depositos fluvio-lacustre e lagunar

Upload: bsvictor

Post on 24-Feb-2018

226 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    1/71

    Universidade Federal do Esprito SantoCentro de Cincias Agrrias

    Graduao em Geologia

    Caractersticas dos depsitos dos sistemasflvio-lacustre e lagunar

    Aurlio FagundesCalvin CandottiFelipe Mendes

    Flvio MoraesHieres Vetorazzi

    Igor Bremenkamp

    Jorge Denis C. Medeiros

    Victor Bicalho da SilvaMarx Engel

    Lagoa Juparan Linhares ES

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    2/71

    Sumrio1. Introduo

    2. Ambiente Fluvial2.1 Canais2.2 Principais Depsitos Fluviais2.3 Regime de Fluxo2.4 Sedimentao Fluvial

    2.4.1 Rios Meandrantes

    2.4.2 Rios Entrelaados3. Ambiente Lacustre3.1 Introduo ao ambiente lacustre3.2 Tipos de lagos3.3 Facies Lacustres

    4. Ambiente Lagunar Estuarino (Transio)

    4.1 Antigos depositos lagunares brasileiros4.2 Hidrodinmica do fluxo e disperso dos sedimentos4.3 Produto sedimentar4.4 Zoneamento e classificao4.5 Modelo deposicional4.6 Empilhamento faciolgico

    5. Referncias Bibliogrficas

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    3/71

    Fonte: Suguio, 2009. Geologia Sedimentar; Mendes, 1992. Elementos de estratigrafia.

    1. Introduo

    Os parmetros fsicos de um ambiente de sedimentaocompreendem a velocidade, a direo e a variao do vento, daonda ou da gua corrente. Incluem tambm o clima dentro doambiente, definido em funo de variveis como a temperatura, a

    pluviosidade e a umidade, etc.Os parmetros qumicos de um ambiente abrangem a

    composio da gua nos ambientes subaquticos e a geoqumicadas rochas nas reas de influncia de um ambiente continental.

    Os parmetros biolgicos de um ambiente abrangem as

    associaes faunsticas e florsticas.

    Em sntese os ambientes de sedimentao podem serdefinidos como reas da superfcie terrestre com propriedadesfsicas, qumicas e biolgicas bem definidas e diferentes de reasadjacentes.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    4/71

    Fonte: Modificado de Suguio, 2009. Geologia Sedimentar; Mendes, 1992. Elementos de estratigrafia.

    Classificao dos ambientes de sedimentao: Selley (1976)apresentou um esquema geral de classificao muito til no estudode sedimentao moderna.

    Continental

    Terrestre

    Aquoso

    Desrtico

    Glacial

    Esplico (caverna)

    Fluvial

    Paludal (pntano)

    Lacustre

    Transicional

    Deltaico

    Estuarino

    Lagunar

    Litorneo

    Marinho

    Recifal

    Nertico

    Batial

    Abissal

    Tabela 1: Classificao dos ambientes de sedimentao.

    1. Introduo

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    5/71

    Figura 1: Afloramentos de depsitos fluviaisFonte: Borghi, L. Curso de Estratigrafia. Lagesed - UFRJ

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    6/71

    Ambiente Fluvial

    Vales fluviais conduzem na maior parte das vezes ossedimentos em direo ao mar.

    Drenagens exorricas: transportam sedimentos de dentro

    do continente para fora e geram protuberncia deltaica; (Ex: RioDoce)

    Drenagens endorricas: drenam para dentro do prpriocontinente; (Ex: 25 rios desembocam no lago Titicaca

    Peru/Bolvia)

    Drenagens arricas: no drenam para lugar nenhum; (Ex:delta do rio do Okawango Angola/Nambia/BotswanaDeserto deKalahari)

    Fonte: Suguio, 2009. Geologia Sedimentar

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    7/71

    Transporte: carga de fundo, soluo, suspenso.

    Os aluvies so muito importantes prximos ao nvel de

    base,pois possui preservao de 50%. O interesse econmicodeve-se ao fato de serem portadores de jazidas secundrias dediamantes, ouro e cassiterita;

    Sub-ambiente fluvial: Canal, Dique Marginal e plancie de

    inundao.

    Ambiente Fluvial

    Fonte: Suguio, 2009. Geologia Sedimentar

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    8/71

    Canais

    Padro: resulta do gradiente do rio, seo do canal, regimede vazo e dos sedimentos oferecidos pela rea fonte;

    Classificao:

    Retilneo: restrito a pequenos segmentos. Depsitos

    estreitos e descontinuo de areia e cascalhos (barras);Meandrante: simples, sinuosos, gradiente baixo, vale de

    fundo chato. Forte migrao lateral. Vazo regular e carga varivelconforme o sub-ambiente considerado;

    Entrelaado (braided): mltiplos com diversas barras

    aluviais (sand waves), ramos rasos, gradiente elevado, carga defundo predominante. Forte migrao lateral. Presentes em zonas declima ridos, semi-ridos, glaciais e segmentos montanhosos deoutros rios;

    Fonte: Suguio, 2009. Geologia Sedimentar

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    9/71

    Anastomosado: mltiplos (com diversas ilhas que seapresentam fixas), baixa energia, forte carga de suspenso(assentamento de argilominerais), menor migrao do canal, ocorre

    prximo ao nvel de base.

    Rios efmeros: So caractersticos de regies ridas esemi-ridas, tendo seu desenvolvimento associado a inundaesrelmpago, que ocorrem em um intervalo de tempo curto,

    geralmente aps uma tempestade, alternado com longos perodossem qualquer escoamento de guas superficiais.

    Canais

    Fonte: Suguio, 2009. Geologia Sedimentar, Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclsticado Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    10/71

    Canais

    Figura 2: Tiposmorfolgicos bsicos decanais fluviais (Miall,

    1977)Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    11/71

    Principais depsitos fluviais

    Canal (residuais, barras e canais abandonados)

    Residuais (channel lag deposits): se acumulam nas pores maisprofundas do canal e so pobres em fraes finas. Geralmenteestratificados.

    Barras: massas emersas de materiais transportados,

    primordialmente, por carga de fundo. Geralmente estratificadas.

    Fonte: Suguio, 2009. Geologia Sedimentar

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    12/71

    Regime de Fluxo

    Os depsitos de rio, em geral so essencialmente denatureza tracional, onde se observa uma estruturao interna queobedece as variaes do regime de fluxo. O regime de fluxo resulta

    da interao entre a corrente dguaque passa e o fundo arenosodo leito.

    Existe um conflito entre o fundo do leito e a corrente quereage tendncia de movimentao dos gros, gerando as diversas

    formas de leito que so da granulometria da carga transportada,velocidade da corrente e profundidade do local de deposio.

    Fonte: Della Fvera J. C., Fundamentos de Estratigrafia Moderna. Ed. UERJ 2001.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    13/71

    Regime de Fluxo

    Numa evoluo de crescimento por regime de fluxo, passa-se por :

    1) Ausncia de movimento;

    2) formao de laminao plano paralela de regime inferiorassociado a ripples;

    3) dunas com ripples superimpostos;

    4) dunas ou ondas de areia;

    Fonte: Della Fvera J. C., Fundamentos de Estratigrafia Moderna. Ed. UERJ 2001.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    14/71

    Regime de Fluxo

    5) camadas de transio;

    6) laminao plano paralela (carpestes de trao);

    7) antidunas e

    8) transporte total.

    Os itens 1 a 4 representam o regime de fluxo inferior enquantoque os de 6 a 8 o regime de fluxo superior. A maior parte dasestruturas preservadas no registro de regime de fluxo inferior.

    Fonte: Della Fvera J. C., Fundamentos de Estratigrafia Moderna. Ed. UERJ 2001.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    15/71

    Elementos arquiteturais

    A partir da analise bi e tridimensionais de afloramentos possivel individualizar diferentes elementos arquiteturais emdepsitos fluviais.

    (Miall,1996) Individualiza alguns elementos arquiteturais de

    depsitos fluviais, sendo estes:- Canal (CH);

    - Depsitos de acreso frontal (DA);

    - Depsitos de acreso lateral (LA);

    - Formas de leito arenosas (SB);

    - Lenis de areia laminados (LS);

    - Hollow(HO)

    - Formas de leito e barras cascalhosas (GB);

    - Fluxo de gravidade de sedimentos (SG).

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    16/71

    Sedimentao Fluvial

    Costuma-se normalmentedividir a sedimentao fluvial emdois tipos principais de depsitos:os de rios meandrantes e os de riosentrelaados.

    Fonte: Della Fvera J. C., Fundamentos de Estratigrafia Moderna. Ed. UERJ 2001, Da Silva, A.J. et al., 2008.Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Figura 3: Elementos arquiteturais bsicos decanais fluviais (modificado de Miall, 1988).

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    17/71

    Rios Meandrantes

    Depsitos de Rios de meandrantes:

    As feies possivelmente diagnsticas de depsitos de riosmeandrantes como seguem:

    a) corpos tabulares com superfcies inclinadas, resultantes daacreso lateral em direo ao talvegue (dentro do canal), asquais perdem expresso na parte inferior dos corpos;

    b) base plana abrupta e topo gradacional;

    c) depsitos residuais (leg) na base dos corpos;

    d) ocorrncia de meandros abandonados preenchidos por argila(Clay plugs) comonlapsobre a superfcie de acreso;

    e) corpos arenosos de plancie de inundao relativamenteespessos. Um exemplo brasileiro a formao Sergi, Bacia dorecncavo e Camamu-Almada e Fm. Serraria, que ocorrem na

    fase da evoluo das bacias da margem continental.Fonte: Della Fvera J. C., Fundamentos de Estratigrafia Moderna. Ed. UERJ 2001.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    18/71Fonte: Walker, R. G., 2006. Facies Models.

    Figura 4: Bloco-diagrama de um rio hipottico para

    ilustrao

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    19/71Fonte: Borghi, L. Curso de Estratigrafia. Lagesed - UFRJ Figura 5: Rio meandrante e suas fcies sedimentares

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    20/71Fonte: Della Fvera J. C., Fundamentos de Estratigrafia Moderna. Ed. UERJ 2001.

    6

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    21/71

    Rios Entrelaados

    Depsitos de rios entrelaados:

    Como feies presumivelmente diagnsticas de depsitos de canaisentrelaados pode-se citar:

    a) disposio em corpos tabulares, formados de pequenas

    unidades lenticulares, com arranjo de granodescrescnciaascendente, a partir de depsitos conglomerticos na base (legoudepsitos residuais). Quando inteiramente conglomerticos no sepercebem estruturas internas, com exceo de laminao incipiente.Quando arenosos, a estrutura predominante a estratificaocruzada tipo laminar, resultante da migrao de barras longitudinaisou transversais, ocorrendo tambm estratificao cruzada do tipoacanalada;

    b) ausncia quase total de depsitos de transbordamento.

    Fonte: Della Fvera J. C., Fundamentos de Estratigrafia Moderna. Ed. UERJ 2001.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    22/71

    Rios Entrelaados

    O especialista em sedimentao fluvial Paul Potter afirmaque antes do surgimento de plantas terrestres s havia depsitos derios entrelaados, pois para formar meandros necessrio a fixaode margens por plantas, principalmente gramneas, sendo que estassurgiram no Eocretceo.

    Fonte: Della Fvera J. C., Fundamentos de Estratigrafia Moderna. Ed. UERJ 2001.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    23/71Fonte: Della Fvera J. C., Fundamentos de Estratigrafia Moderna. Ed. UERJ 2001.

    7

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    24/71

    Fonte: Borghi, L. Curso de Estratigrafia. Lagesed - UFRJ Figura 8: Rios entrelaados e suas fcies sedimentares.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    25/71

    Fonte: Walker, R. G., 2006. Facies Models.

    Figura 9: Diagramaesquemtico ilustrandocaractersticas

    deposicionais em trssub-ambientes

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    26/71

    Introduo aoambiente lacustre

    Os lagos so massas de gua suficientemente profundas,circundadas por terras e de considervel extenso, de maneira quea vegetao terrestre (excluda a subaqutica) no possa enraizar-se completamente.

    Massas de gua pouco extensas so chamadas de lagoase quando apresentam extenses excessivamente grandes sochamadas de mares (ex: Mar Cspio).

    As massas de guas podem ser permanentes ou perenes edoces (salinidade < 1%), salobras (salinidade entre 1 e 24,7%) ousalgadas (salinidade >24,7%).

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    27/71

    Do ponto hidrolgico, os lagos so classificados como abertos efechados (permanentes ou efmeros).

    Lagos abertos:Apresentam costas relativamente estveis, pois tm seus

    efluentes permanentes e o aporte hdrico e da chuva est emequilbrio com a evaporao.

    Domina o influxo fluvial de materiais clsticos, pormalguns apresentam tambm sedimentao qumica e biognica.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Introduo aoambiente lacustre

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    28/71

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Introduo aoambiente lacustre

    10

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    29/71

    Lagos fechados:

    . Os lagos fechados apresentam costas mveis e ciclosprogradacionais e retrogradacionais, pois no so efluentes

    estveis e o balano hdrico e qumico se estabelece da seguinteforma:

    influxo + precipitao < efluxo + evaporao.

    H o domnio da sedimentao qumica devido altaconcentrao inica.

    Os lagos fechados se desenvolvem em reas endorricas nasquais a rede hidrolgica termina no lago ou em reas sem uma redehidrolgica permanente.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Introduo aoambiente lacustre

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    30/71

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Introduo aoambiente lacustre

    11

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    31/71

    Um fator fundamental no desenvolvimento dos sistemasdeposicionais lacustres a densidade das guas.

    A densidade das guas depende:

    - Da temperatura e em menor grau da salinidade (lagossalgados) e da concentrao de slidos (lagos glaciais).

    - Se as guas lacustres apresentam diferena dedensidade, elas podem se estratificar.

    Os critrios utilizados para o reconhecimento dossedimentos lacustres no so definitivos. As associaes biolgicase uns poucos minerais exclusivos do domnio lacustre so os nicosregistros diferenciadores por si mesmos entre ambientes marinhos econtinentais.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Introduo aoambiente lacustre

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    32/71

    Lagos atuais

    No Brasil, segundo a definio de lagos aceita pela maioriados autores( Wetzel, 1981; Margalef, 1983; Anadon ET AL., 1991;

    Talbat & Allen, 1996), s existem lagoas e lagunas, sendo suasocorrncias principais nas reas costeiras.

    As lagoas costeiras so ecossistemas aquticos de grande

    importncia, uma vez que constituem interfaces entre zonascosteiras, guas interiores e guas costeiras marinhas, ou seja, soecossistemas de transio que ocupam seu espao na zonacosteira.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Introduo aoambiente lacustre

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    33/71

    Geograficamente as lagoas costeiras so encontradas emtodos os continentes, ocupando 13% da zona costeira mundial,sendo encontradas em todos tipo de clima, do rtico ao Equador, dorido ao mido.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Introduo aoambiente lacustre

    Figura 12

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    34/71

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Introduo aoambiente lacustre

    Figura 13

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    35/71

    A existncia destes ecossistemas dependem das flutuaesdo nvel do mar, da atividade tectnica local e da interfernciahumana.

    A formao e manuteno das lagoas so resultado de umequilbrio entre a chegada de sedimentos para construo dabarreira/restinga e a ao das ondas que iro retrabalhar estessedimentos.

    Tanto lagunas como lagoas costeiras tem sua gnesevinculada aos processos transgressivos do mar, que ocorreram apartir do pleistoceno e se prolongaram at os ltimos dois anos doHoloceno.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Introduo aoambiente lacustre

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    36/71

    Critrios para reconhecimentode sedimentos lacustres

    A seguir so enumarados alguns critrios, como

    aproximao para o reconhecimento de sedimentos lacustres:

    Critrios biognicos:a.1) ausncia de fauna marinha (invertebrados estenohalinos comocorais, equinodermos, cefalpodes, briozorios, braquipodes);

    a.2) ausncia de fauna eurihalina (de ambiente transicional de baia);

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    37/71

    a.3)presena de fauna e flora no marinhas (carfitas, gastrpodes,

    ostrcodes, conchostrceos, bivalves, peixes e vertebrados prpriosdesse ambiente);

    a.4) em lagos fechados h uma diversidade de organismos devida elevada sensibilidade s mudanas climticas.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Critrios para reconhecimentode sedimentos lacustres

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    38/71

    Critrios qumicosb.1)associaes e sais diferentes das concentradas da guamarinha normal (por exemplo: trona, tpica de ambiente lacustre).

    Critrios fsicos:c.1) fenmenos de exposio subarea freqentes e sobretudorecorrentes;

    c.2) atividade reduzida da ao de ondas;

    c.3) ausncia de ao de mars;

    c.4) variaes bruscas de fcies;

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Critrios para reconhecimentode sedimentos lacustres

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    39/71

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Critrios para reconhecimentode sedimentos lacustres

    Figura 14

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    40/71

    Tipos de lagos

    O Kukal (1971) definiu quatro tipos de lagos, baseado nadistribuio conforme a faixa climtica e o sedimento do fundo delagos atuais. Adicionando estes aos definidos por Selley (1970),

    para lagos antigos, tem-se seis tipos de lagos:

    a) Depsitos terrgenos: com alta precipitao, drenagem boa.Ex: lagos da regio dos Alpes, Lago Titicaca (Bolvia);

    b) Depsitos carbonticos: clima mais temperado e mido comrelevo baixo (rio s trs argila e h carbonato alglico no fundo).Exemplo: lagos do sul do Canad;

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    41/71

    c) Depsitos carbonticos e orgnicos: apresenta carbonato alglicoe moluscos, representam depsitos lacustres e antigos.

    d) Depsitos saproplicos (com turfa): apresentam pntanosmarginais que progradam para dentro do lago.

    e) Depsitos de leques passando para evaporitos: lagos de climasemi-rido a rido.

    f) Lagos com depsitos salinos (sabkha continental): so osconhecidos lagos de deserto, possuem rea de sal dentro dodeserto com relevo plano.

    Tipos de lagos

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    42/71

    Tipos de lagos

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Figura 15

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    43/71

    Do ponto de vista de morfologia, tamanho e estabilidade, oslagos podem ser integrados em dez grandes grupos (Hutchinson,1957; Wetzel, 1981; Anadn ET AL., 1991; Talbot & Allen, 1996);

    a)Lagos originados por atividade vulcnica;b) Lagos tectnicos;c) Lagos em regies glaciais;d) Lagos formados por desmoronamentos;e) Lagos em regies crsticas;

    f) Lagos originados pela atividade fluvial;g) Lagos formados pela ao do vento;h) Lagos formados pela atividade costeira;i) Lagos de origem orgnica;

    j) Lagos formados por impacto de meteoros

    Tipos de lagos

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    44/71

    Facies lacustres

    Os lagos antigos so reconhecidos pelos seus registrospreservados em afloramentos ou em subsuperfcie, que podem serestudados e caracterizados atravs de furos de sonda.

    Seis fatores principais condicionam o desenvolvimento das fcieslacustres:

    Aforma, dimenso e profundidade da bacia lacustre;

    Barcabouo tectnico e geolgico;

    Cclima e posio latitudinal;

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    45/71

    Dregime hidrolgico;

    Equimismo das guas;

    Ftipo e intensidade dos aportes extra lacustres (alctones).

    A elaborao de um modelo lacustre bastante complexa,porque h vrios fatores de controle e suas influncias variam delago para lago.

    Facies lacustres

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    46/71

    Fcies lacustres internas:

    1Pacotes carbonticos, alternncia de lminas de calcita micrita e

    orgnicas anxicas (margas e folhelhos);

    2 Lutitos e folhelhos orgnicos com estrutura laminar, escape degua e gretas de sinerese (h uma alternncia de eventosturbiditicos distais);

    3 Lutitos e arenitos finos com lminao ondulada, devido aodas ondas, indicando o ambiente de transio no qual h odecrescimento da profundidade.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Facies lacustres

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    47/71

    Fcies lacustres marginais:

    1 Arenitos com laminao horizontal e cruzada de baixo ngulo,

    indicando um ambiente de praia costeiro;

    2 Arenitos com estratificao cruzada, tpicos de depsitos decanal distributrio e de barra de desembocadura;

    3 Linhitos e lutitos interlminados indicando um ambientepantanoso interdistributrio e de baia;

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Facies lacustres

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    48/71

    4Carbonatos algricos (estromatlitos);

    5 Calcarenitos oolticos e oncolticos indicando uma regiocosteira sobre influncia de ondas;

    6 Lutitos e arenitos finos oxidados, laminados, com lineaovariando de partio a ondulada, indicando depsitos fluviais detransbordamento de sistemas efmeros.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Facies lacustres

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    49/71

    Fcies da Zona central:

    1 Fcies salinas, caracterizadas por depsitos de salmourashiperconcentradas;

    2 Margas e folhelhos orgnicos (oil shale). Sedimentos micrticosdetrticos a carbonticos autignicos e material siliciclstico;

    3Lminas de sulfato (gipsita) e carbonato (aragonita).

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Facies lacustres

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    50/71

    Fcies da Zona marginal:

    1Carbonatos estromatolticos e calcarenitos oolticos;

    2 Arenitos siliciclsticos, caractersticos de depsitos de barra epraia por retrabalhamento de depsitos fluviais efmeros;

    3 Margas laminadas com gretas de dessecao, representandosedimentos de uma plancie lamosa supralitoral com gipsita nodulare mineral salino intersticial.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Facies lacustres

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    51/71

    Correspondem as lagunas corpos de gua rasasituados na regio costeira. Mantm conexo mais ou menosrestrita com o mar aberto, sendo isolados deste por restingas, ilhas-

    barreiras ou recifes-barreiras.

    A energia no ambiente lagunar varia de baixa a moderada ea atividade das correntes geralmente pequena.

    As lagunas so encontradas nas costas em que asmars no apresentam grandes desnveis (micromars: < 2m).

    Fonte: Mendes, J. 1992. Elementos da Estratigrafia.

    Ambiente lagunar

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    52/71

    Nas costas adjacentes a desertos, as lagunas tornam-sestios de formao de evaporitos, pois a taxa de evaporao superao suprimento de gua doce de origem fluvial e/ou pluvial.

    O processo predominante no ambiente lagunar odeposicional.

    Fonte: Mendes, J. 1992. Elementos da Estratigrafia.

    Ambiente lagunar

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    53/71

    Em geral, esturios consistem em feies alongadas eestreitas na plancie costeira, que se desenvolvem em direo a umvale fluvial at o limite superior da mar.

    Existe um interesse crescente em se reconhecer e entender aorganizao interna de vales incisos por trs razoes principais:

    1. Importncia econmica: 25% das reservas siliciclsticas dehidrocarbonetos esto associadas a depsitos acumulados nestetipo de sistema ( Dalrymple et al.,1992).

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Ambiente lagunar

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    54/71

    2. Aplicao na identificao de limites de sequncia deposicional,uma vez que vrios incisos instalam-se preferencialmente emassociao a discordncias formadas pelo rebaixamento do nveldo mar. (Reinson et al., 1988; Van Wagoner et al., 1990; Zaitlin &Schultz, 1990; Dalrymple e Zaitlin, 1994).

    3. Atual tendncia de ascenso eusttica vinculada crescenteelevao do nvel do mar iniciada aps a ultima glaciao, a

    aproximadamente 15.000 anos, o que pode resultar nainundao catastrfica de vrias reas densamente povoadas(Kumar & Enfield, 1987; Davis & Clifton, 1987; Demarest &Kraft,1987).

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Ambiente lagunar

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    55/71

    Os sedimentos acumulados na depresso lagunarconsistem, principalmente, em lamas (ricas em matria orgnica),areias finas e conchas fragmentrias.

    Nas regies ridas ou semi-ridas, ocorre, tambm, adeposio de sedimentos qumicos;

    O material detrtico de origem inorgnica provido pelosrios ou levado pelas correntes de mar, ou, ainda, pelos ventos.

    Reina uma certa confuso em torno da definio doambiente lagunar que, para alguns autores, confunde-se com certostipos de ambientes estuarinos.

    Fonte: Mendes, J. 1992. Elementos da Estratigrafia.

    Ambiente lagunar

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    56/71

    O desenvolvimento de esturios favorecido em planciescosteiras de latitude mdia, com plataforma continental ampla,particularmente em vales fluviais afogados onde a subsidncia criaespao de acomodao de sedimentos.

    Alm disso, o regime de mar moderado a alto possibilitaconstante remoo dos sedimentos, o que auxilia odesenvolvimento de esturios preferencialmente a deltas, onde a

    caracterstica a progradao de uma grande carga sedimentar nasproximidades da desembocadura do rio.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Ambiente lagunar

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    57/71

    Figura 16: Lagoa de Aruarama, RJ.Fonte: Mendes, J. 1992. Elementos da Estratigrafia.

    Entre as lagunas brasileiras citam-se as lagoas dos Patos eAraruama e a baa de Sepetiba.

    A lagoa de Araruama exemplifica um ambiente lagunar do

    tipo hipersalino, sendo um importante produtor de sal.

    Ambiente lagunar

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    58/71

    Antigos depsitos lagunares

    brasileirosDos depsitos sedimentares brasileiros interpretados comolagunares, ser citado um exemplo:

    Vicalvi et al.noticiaram a presena de uma paleolaguna de

    idade holocnica na plataforma continental de Abrolhos. Asequncia de sedimentos inconsolidados que a documentaapresenta uma espessura de cerca de 3,5m (dadosecobatimtricos) e ocorre no fundo de uma extensa rea rebaixada(5.000km) daquela plataforma, guarnecida por altos de 40m e

    conhecida como Depresso dos Abrolhos.Todas as informaes diretas a respeito dessespaleodepsitos advenham de um nico testemunho (141cm),tomado da parte superior da sequncia em apreo, e so muitosignificativos para o conhecimento do reflexo das variaes do nveldo mar na regio dos Abrolhos aps a ltima fase glacial.

    Fonte: Mendes, J. 1992. Elementos da Estratigrafia.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    59/71

    Hidrodinmica do fluxo e

    disperso dos sedimentos

    Uma vez no esturio, os sedimentos podem ser

    transportados por um longo tempo para frente e para trs, pelainterao complexa entre fluxo fluvial, correntes de mar cheia evazante e circulao estuarina.

    Quando depositados os sedimentos podem ser novamentere-suspensos, passando por novos ciclos de deposio e eroso.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    60/71

    Produto sedimentar

    Estruturas diagnsticas so formados devido a suanatureza cclica, reconhecidas tanto em estratos cruzados como emdepsitos horizontalizados, acrescidos verticalmente.

    Estratificao cruzada do tipo espinha-de-peixe a feiosedimentar mais comumente utilizada no reconhecimento deprocesso de mar.

    Estratos cruzados individuais (sets) formados sob a ao de

    correntes de mar mostram arranjo interno caracteristicamente emconjuntos de estratificaes cruzadas (foresets)definidas porlaminas de argila.

    Durante perodos subsequntes de falta de gua,depositam-se lminas de argila ao longo dos estratos cruzados.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    61/71

    Zoneamento e classificao

    A distribuio da energia total produzida por estes processosresultam na subdiviso do esturio em trs pores:

    1.Uma interna dominada por processos fluviais;

    2.Central dominada por processos de baixa energia e onde ocorreo equilbrio entre processos marinhos;3.Externa onde se d o domnio de processos marinhos (ondas ecorrente de mar).

    Em termos de depsitos sedimentares, as zonas internas eexternas so dominadas por granulometrias mais grossas que azona central. Isto se deve maior energia do fluxo nessas reas.

    .Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    62/71

    Figura 17: Diagrama ilustrandorelaes gradacionais morfolgicos

    entre lagunas (A), esturios lagunais(B) e esturios (C).

    Fonte: Walker, R. G., 2006. Facies Models.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    63/71

    Figura 18: Bloco-diagrama ilustrando os vrios sub-ambientes e um sistema de ilha-barreiratransgressivo.

    Fonte: Walker, R. G., 2006. Facies Models

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    64/71

    Modelo deposicional

    Esturios so reconhecidos no registro geolgico atravs dapresena de fcies formadas por processos fluviais que interagemlateralmente com fcies produzidas pela ao de correntes demars e ondas.

    Depsitos estuarinos so marcados na base, por umasuperfcie de eroso que registra escavamento na desembocadurade canal fluvial.

    Esturios com domnio de ondas resultam em um corpo dearenito com domnio de processos marinhos. Esturios com domniode mar apresenta uma diviso tripartida (areia-argila-areia) menosdistinta que os esturios dominado por onda.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    65/71

    Empilhamento faciolgico

    Esturios representam feies geolgicas formadas nadesembocadura de vales afogados durante a elevao do nvelrelativo do mar.

    Sucesses estuarinas so tipificadas por seu cartertransgressivo, com transladao de fcies em direo s reas maiscontinentais.

    Para um esturio do tipo dominado por onda, tem-se o

    arranjo faciolgico vertical dos seguintes ambientes deposicionais(de baixo para cima): canal fluvial => delta de cabeceira de baa =>bacia central =>complexo de ilha-barreira.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    66/71

    J em um sistema estuarino dominado por mar, essasucesso substituda pela seguinte:

    Canal fluvial=> canal estreito/meandrante, cujo abandono representado por plancie de mar argilosa/mangue=> plancie demar arenosa com estratificao plano-paralela regime de fluxosuperior =>barra de mar arenosa.

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

    Empilhamento faciolgico

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    67/71

    Figura 19: Empilhamentovertical de fcies resultante detransgresso em: A) dominadopor onda; B) dominado pormar

    Fonte: Da Silva, A.J. et al., 2008. Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    68/71

    Fonte: Borghi, L. Curso de Estratigrafia. Lagesed - UFRJ

    Figura 20: Imagem de satlite e seu esquema de fcies.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    69/71

    Fonte: Borghi, L. Curso de Estratigrafia. Lagesed - UFRJ Figura 21: Testemunho de sondagem e esquemafaciolgico do continente at o mar.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    70/71

    Fonte: Borghi, L. Curso de Estratigrafia. Lagesed - UFRJ Figura 22: Perfil sedimentar e suas fcies componentes.

  • 7/25/2019 Depositos Fluvio-lacustre e Lagunar

    71/71

    5. Referncias Bibliogrficas WALKER, Roger G., JAMES, Noel P., Facies Model: Response to sea

    level change. Geological Association of Canada, 454p. 1992

    DELLA FVERA, J.C., Fundamentos de Etratigrafia Moderna. Rio deJaneiro, EDUERJ, 264 p. 2001

    PEDREIRA, Augusto J., FAGUNDES, Maria A., MAGALHES, Antnio

    J., Ambientes de Sedimentao Siliciclstica do Brasil. So Paulo:Beca-BALL Edies, 343p. 2008

    NICHOLS G., Sedimentology and Stratigraphy. WileyBlackwellPublishing. 419p. 2009

    MENDES, Josu C., Elementos de Estratigrafia. So Paulo: T. A.Queiroz, 566p. 1992

    SEVERIANO, Hlio J.P., Estratigrafia de Sequncias: Fundamentos eAplicaes. Editora Unisinos, 428p. 2001

    SUGUIO, K., Geologia Sedimentar. 2009

    BORGHI, L., Curso de Estratigrafia. Lagesed - UFRJ