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Departamento Nacional De Pós-Graduação e Atualização www.pos.redentor.edu.br Diretrizes do Curso de Pós-Graduação LATO SENSU Medicina Intensiva Pediátrica Qualidade Reconhecida AMIB

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Diretrizes do Curso de Pós-Graduação LATO SENSU

Medicina Intensiva Pediátrica

Qualidade Reconhecida AMIB

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DIRETRIZES CURRICULARES DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM MEDICINA INTENSIVA PEDIÁTRICA OFICIAL I – Histórico Com os avanços tecnológicos das últimas décadas, a Medicina Intensiva Pediátrica tornou-se essencial no tratamento de pacientes pediátricos graves. É nessas unidades que se tem a garantia de sucesso de cirurgias complexas, bem como da terapia de pacientes pediátricos acometidos por disfunções orgânicas múltiplas ou de pacientes pediátricos politraumatizados, dentre outros. A Medicina Intensiva Pediátrica tem sido indubitavelmente uma das principais responsáveis pela melhora observada nos índices prognósticos e diminuição da mortalidade desses pacientes pediátricos. No entanto, reconhece-se, hoje, que, para que tal melhoria ocorra, faz-se necessário que esses pacientes sejam conduzidos por equipe multidisciplinar liderada por profissional capacitado por meio de formação em Medicina Intensiva Pediátrica. A Medicina Intensiva Pediátrica é uma especialidade jovem em nosso país. Vários programas de residência médica em Medicina Intensiva Pediátrica estão ativos há vários anos. No entanto, ainda estão concentrados em áreas geográficas limitadas e com número de vagas insuficientes para suprir as necessidades de um país com dimensões continentais, como o Brasil. Essas limitações impossibilitam o acesso à formação de novos profissionais gerando, assim, a necessidade de programas que visem aperfeiçoar a qualificação de profissionais que já atuem nessa área da atividade médica. A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) foi fundada em 1980 e tem como missão desenvolver a Medicina Intensiva para cuidar da vida com ciência, arte e amor. É uma organização filiada a World Federation of Societies of Intensive and Critical Care Medicine e à Federação Pan-Americana e Ibérica de Medicina Crítica e Terapia Intensiva (FPIMCTI). Mantém convênio com a Associação Médica Brasileira (AMB). A AMIB vem desenvolvendo atividade educacional há longo tempo, como nos programas de Comissão de Formação do Intensivista e nos cursos de imersão. A especialização dos médicos da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) é realizada por meio do programa de Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica e da Residência Médica. Entretanto, há uma nova oportunidade educacional por cursos de pós-graduação (PG) lato sensu realizados para capacitação profissional. O curso de PG lato sensu em Medicina Intensiva Pediátrica chancelada pela AMIB preenche importante lacuna na atualização e no aperfeiçoamento do conhecimento de profissionais que, hoje, atuam nessa área médica, visando à melhoria da qualidade do atendimento prestado ao paciente pediátrico crítico e melhorando, assim, seu prognóstico. O impacto do programa na melhoria da qualidade dos serviços de terapia intensiva pediátrica bem como no aumento do reconhecimento da importância dessa especialidade nas comunidades nas quais eles foram desenvolvidos tem sido surpreendente. A AMIB tem, assim, a missão de promover a expansão desse projeto primando pela qualidade superior do mesmo. Apresentamos, aqui, a organização e o programa do curso de PG lato sensu em Medicina Intensiva Pediátrica.

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II – Apresentação O curso se configura como uma PG lato sensu em Medicina Intensiva Pediátrica. Compreende 360 horas-aula (h/a) de atividades curriculares divididas em 18 módulos de 20 h/a cada, que comportam 25 (vinte e cinco) disciplinas totalizando 360h/a. O curso é vinculado a uma Instituição de Ensino Superior (IES) credenciada pelo Ministério da Educação (MEC) para cursos de PG lato sensu e tem como eixo norteador a transformação do ambiente intra-hospitalar caracterizado pela maior longevidade da população; pelo aumento da complexidade dos procedimentos clínicos e cirúrgicos atualmente disponíveis para o diagnóstico e terapêutica de pacientes pediátricos graves, aliados à necessidade de prática multidisciplinar e interdisciplinar integradas e essenciais para a assistência a saúde otimizada desses pacientes. III – Justificativa A AMIB, ao mesmo tempo em que reitera a necessidade de formação de novos profissionais na área de Medicina Intensiva Pediátrica por meio da residência médica, reconhece a impossibilidade de levar essa formação, em curto prazo, a todo o Brasil sendo, assim, necessário e urgente desenvolver projetos de Educação Continuada que visam à melhor qualificação de profissionais que atuam nessa área médica. Entende-se que o paciente pediátrico gravemente enfermo deve ser assistido por equipe multidisciplinar habilitada e treinada para a identificação e o manuseio precoce de situações que colocam esses pacientes em risco de vida. A literatura médica internacional demonstra claramente que a capacitação profissional traz vantagens quanto à evolução dos pacientes, ao tempo de internação e aos custos hospitalares. V – Objetivos O curso foi desenvolvido de acordo com a Resolução 1, de 3 de abril de 2001, da Câmara de Educação Superior (CES)/Conselho Nacional de Educação (CNE)/MEC. O objetivo geral do curso é o de proporcionar uma qualificação em Medicina Intensiva Pediátrica, em nível de PG, aos profissionais médicos que atuem nessa área ou que possam vir a atender pacientes pediátricos gravemente enfermos. O curso visa, ainda, conscientizar os profissionais de saúde sobre a necessidade de profissionais capacitados atuando na área de Medicina Intensiva Pediátrica, mas, principalmente, do impacto na melhoria do atendimento de saúde e dos resultados obtidos pela presença desse profissional na UTIP. Os objetivos específicos do curso incluem:

promover atividades científicas e proporcionar o aperfeiçoamento em Medicina Intensiva Pediátrica;

capacitar o médico a identificar e a solucionar os problemas do paciente pediátrico gravemente enfermo;

desenvolver, no médico, em seus aspectos conceituais e práticos, a liderança necessária para o trabalho em equipe, próprios da multiprofissionalidade e transdisciplinaridade assistencial do paciente pediátrico grave;

fomentar o conhecimento e a prática dos conceitos éticos e humanitários da Medicina Intensiva Pediátrica;

desenvolver o espírito profissional observador e crítico, capaz de realizar estudos de realidade, pesquisa e educação continuada em Medicina Intensiva Pediátrica bem como formar profissionais capazes de liderar

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projetos associativos identificados com as necessidades sociais da comunidade em que se insere.

É importante ressaltar que a especialidade “Medicina Intensiva Pediátrica” exige

vivência prática, requerendo destreza técnica em inúmeros procedimentos

invasivos e complexos, os quais não serão contemplados de maneira prática na

PG lato sensu. A formação do intensivista pediátrico exige experiência em beira de

leito idealmente obtida em programas de residência médica ou, alternativamente,

após um mínimo de 4 (quatro) anos de experiência clínica comprovada na

especialidade, com pelo menos 4 (oito) anos de formado e especialista em

Pediatria, além disso, o candidato deverá comprovar a participação em atividades

da área de Medicina Intensiva Pediátrica, sendo estes os requisitos exigidos

atualmente pela AMIB para que o médico seja considerado candidato a prestar a

prova de título AMIB-AMB para a titulação na especialidade.

A certificação obtida com a PG deve ser considerada na pontuação de participação em atividades da área de Medicina Intensiva Pediátrica, obedecendo às normas do Edital da Prova, quando da avaliação para obtenção do Título de Especialista em Medicina Intensiva Pediátrica. VI – Carga horária A carga horária total do curso é de 360 horas. VII – Período e periodicidade A duração do curso é de18 módulos. O curso é ministrado em módulos mensais com 20 h/a. As aulas serão distribuídas em dois dias: na sexta-feira das 14 às 22hs e sábado das 8 às 20hs. VIII – Público-alvo Com tal programa, a AMIB visa contemplar especialmente os profissionais que já atuam em Medicina Intensiva Pediátrica, mas que não tiveram formação nessa especialidade durante a residência médica, que é considerada padrão-ouro na formação de intensivistas pediátricos. O curso tem ainda papel qualificador importante para profissionais que atuam em unidades de urgência e emergência, já que aborda o paciente pediátrico grave em todos seus aspectos. De acordo com a Resolução 1, de 3 de abril de 2001 da CES/CNE/MEC, que estabelece normas para o funcionamento dos cursos de PG, fica definido que o curso deve ser oferecido a portadores de Diploma de Médico. IX – Metodologia O curso será constituído por atividades teóricas e práticas, com a utilização de recursos audiovisuais, grupos de estudo, seminários, discussão de casos clínicos, uso de simuladores, de manequins, dispositivos e equipamentos, quando apropriado. A elaboração de trabalho de conclusão de curso (TCC) é obrigatória e

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deve ocorrer no prazo de, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias após a conclusão do encerramento do curso. As atividades são desenvolvidas por docentes e pesquisadores da IES e da AMIB, bem como por pesquisadores e professores convidados de outras instituições de ensino e pesquisa de todo o país. IX – Estrutura Curricular

Disciplinas Carga

Horária

1. Via Aérea 10h

2. Reanimação cardiopulmonar e cerebral 10h

3. Choque e Hemodinâmico 20h

4. Sistema Respiratório I. 20h

5. Sistema Respiratório II. 20h

6. Respiratório III. Módulo prático de Ventilação pulmonar mecânica Invasiva e não invasiva

20h

7. Introdução à prática da Terapia Intensiva Pediátrica. Epidemiologia clínica. Metodologia científica

10h

8. Distúrbio Hidroeletrolítico e Ácido Básico. Equilíbrio Hidroeletrolítico e Distúrbios Metabólicos.

10h

9. Cardiointensivismo 20h

10. Bioética 10h

11. Alterações Endócrinas. 10h

12. Distúrbios Hematológicos 10h

13. Sedação, analgesia e bloqueio neuromuscular 10h

14. Infecção na UTIP 20h

15. Neurointensivismo 20h

16. Terapia Intensiva do Aparelho Digestivo 10h

17. Acidentes na infância 10h

18. Procedimentos em UTIP 10h

19. Conceitos básicos do dia-dia da Medicina Intensiva 10h

20. Nefrointensivismo 10h

21. Nutrição em Terapia Intensiva 10h

22. PFCCS – CURSO AMIB 20h

23. Terapia intensiva neonatal 1 20h

24. Terapia intensiva neonatal 2 20h

25. Terapia intensiva neonatal 3 20h

360h

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Disciplinas e ementário Via Aérea (10 h/a) Ementa: Anatomia da via aérea (passagem nasal, boca, faringe, laringe, traqueia, brônquios). Abertura da via aérea manualmente e com dispositivos e sua manutenção e Reconhecimento dos sinais e sintomas de uma VA instável. Reconhecendo a Via Aérea Difícil. Manejo da via aérea em situações especiais - PIC elevada- Trauma de face- Queimado. Dispositivos supra glóticos (máscara laríngea, máscara laríngea Proseal, tubo laríngeo, cobra PLA, combitube) Cricotireotomia/traqueostomia na UTI. Estação Prática Ventilação com bolsa máscara, dispositivos para estabilização da Via aérea. Estação Prática Intubação Estação Prática Via aérea difícil. Reanimação cardiopulmonar e cerebral (10 h/a) Ementa: Reanimação cardiopulmonar e cerebral - Conceito, etiologia e epidemiologia. Reanimação cardiopulmonar e cerebral - ABC. Acesso vascular e intra-ósseo – teoria. Reanimação cardiopulmonar e cerebral - Fármacos utilizados. Reanimação cardiopulmonar e cerebral – Estabilização prognóstico. Reanimação cardiopulmonar e cerebral – algoritmos; Estação Prática Massagem cardíaca. Estação Prática desfibrilação e cardioversão com avaliação de arritmias. Estação Prática acesso intra-ósseo. Choque e Hemodinâmico (20 h/a) Ementa: Conceitos básicos: Transporte, consumo e extração de oxigênio. Choque: Conceito e classificação. Choque séptico. Efeitos sistêmicos do choque. Síndrome da resposta inflamatória e sepse. Disfunção de múltiplos órgãos e sistemas: Abordagem clínica e laboratorial. Ressuscitação volêmica. Drogas inotrópicas e vasoativas. Choque e Hemodinâmico. Perfusão tecidual. Microcirculação no choque séptico. Disfunção mitocondrial no choque séptico. Entendendo a macrohemodinâmica. Monitorização hemodinâmica I, II e III. Sepse: Diretrizes atuais. Algoritmos do “guideline” para tratamento do choque séptico pediátrico e neonatal. Abordagem das formas graves do dengue. Caso clínico I e II. Sistema Respiratório I (20 h/a) Ementa: Anatomia e Fisiologia respiratória I – Troca gasosa. Fisiologia respiratória II – Mecânica e músculos respiratórios. Fisiologia respiratória III – Circulação pulmonar e controle respiratório. Monitoração respiratória I – Troca gasosa e interpretação gasométrica. Monitoração respiratória II – Mecânica respiratória. Monitoração respiratória III – Mecânica respiratória. Insuficiência respiratória I – epidemiologia e Fisiopatologia. Insuficiência Respiratória II - Diagnóstico. Imagens nas patologias pulmonares. Ventilação mecânica e interação cardio-pulmonar. Estudo dirigido: Fisiologia aplicada à ventilação pulmonar mecânica. Sistemas e técnicas de fornecimento de oxigênio. Tipos de respiradores. Modos ventilatórios I, II, III e IV. Ventilação não invasiva I – Indicações e modos. Ventilação não invasiva II – manejo e complicações. Casos clínicos. Sistema Respiratório II (20h/a) Ementa: Doenças Respiratórias obstrutivas altas. Asma Aguda Grave. Bronquiolite e bronquiolite obliterante. Ventilação mecânica nas patologias obstrutivas. Pneumonias domiciliar grave e pneumonia associada à ventilação. Ventilação

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mecânica na Pneumonia. Insuficiência Respiratória Crônica. Síndrome da Angústia Respiratória Aguda I – Fisiopatologia e Biologia molecular da lesão pulmonar aguda. Síndrome da Angústia Respiratória Aguda II – Manejo ventilatório. Síndrome da Angústia Respiratória Aguda III – Manejo farmacológico. Hipertensão Pulmonar. Ventilação mecânica na doença neuromuscular. Métodos de resgate – óxido nítrico e Ventilação de alta frequência. Desmame de ventilação mecânica e extubação. Complicações da ventilação mecânica e traqueostomia no doente crítico em VM. Cuidados com o paciente em ventilação pulmonar mecânica. Casos clínicos. Sistema Respiratório III (20h/a) Módulo prático de Ventilação pulmonar mecânica Invasiva e não invasiva Ementa: Bases físicas da VM (respirador) Teórica. Oximetria e capnografia (Teórica). Modos de ventilação convencional. Ventilação na ARDS. VM nos processos obstrutivos. VM nos processos restritivos. Modos de ventilação alternativos (NAVA, BILEVEL e PAV). Ventilação de Alta frequência. VM em Neonatologia (Teórica). Ventilação no paciente com fístula bronco-pleural (teórica). Umidificação, aquecimento do ar e uso de filtros (Teórica). VM em Neonatologia. Ventilação não invasiva. Monitorização da mecânica respiratória. Ventilação com relação invertida. Recrutamento alveolar. Terapia com broncodilatador e outros gases (NO e Heliox). Insuflação de gás traqueal. Casos clínicos. Introdução à prática da Terapia Intensiva Pediátrica. Epidemiologia clínica. Metodologia científica (10h/a) Ementa: História da Terapia Intensiva Pediátrica e O impacto da Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos e Neonatal (UCIP) para a criança, família e sociedade. Estrutura física da UCIP e regulamentação para o funcionamento. Critérios de internação e alta na UTI Pediátrica e neonatal. Escores prognósticos em UTI Pediátrica. Escores prognósticos em UTI Neonatal. Indicadores de qualidade, segurança do paciente e eventos adversos. Tecnologia da informação na UTIP. Área de atuação do intensivista pediátrico. Introdução epidemiologia e bioestatística para médicos. Como montar e programar um Trabalho de Conclusão de Curso. Distúrbio Hidroeletrolítico e Ácido Básico. Equilíbrio Hidroeletrolítico e Distúrbios Metabólicos. (10h/a) Ementa: Fisiologia da homeostase da água. Desordens do metabolismo da água. Necessidades hídricas e eletrolíticas basais. Distúrbio do metabolismo do sódio: hiponatremia e hipernatremia. Distúrbio do metabolismo do potássio: hipo e hipercalemia. Distúrbio do metabolismo do cálcio, fósforo e magnésio. Princípios Gerais Distúrbios ácido-básicos simples e mistos e Ânion GAP. Distúrbios ácido- básicos metabólicos. Distúrbios ácido-básicos respiratórios e mistos. Casos clínicos. Cardiointensivismo (20h/a) Ementa: Anatomia e fisiologia cardiovascular e interação cardiopulmonar. Conceito de Circulação regional (Circulação Pulmonar, Circulação cerebral, Circulação coronária, Circulação Gastrointestinal e Circulação renal). Avaliação da Função cardiovascular e métodos diagnósticos em cardiointensivismo. Crise hipertensiva. Alteração do Ritmo cardíaco. Insuficiência cardíaca – etiologia, fisiopatologia e diagnóstico. Miocardite - Cardiomiopatia. Choque cardiogênico.

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Cardiopatias congênitas – manejo clínico na UTI - Crises hipoxêmicas. Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca – aspectos gerais – aspectos relacionados à cirurgia – aspectos relacionados à circulação extracorpórea. Ecocardiograma para o Intensivista – Noções. Avaliação da volemia pelo ecocardiograma. Avaliação da função cardíaca pelo ecocardiograma. Derrame pericárdico e tamponamento cardíaco. Farmacologia. CEC, TX e ECMO. Prática de ecocardiograma. Discussão de casos clínicos. Bioética (10h/a) Ementa: Aspectos éticos e legais no atendimento em UTI. Como dar más notícias? Gerenciamento de conflitos em UTI. A criança com dependência tecnológica. A criança em fase terminal de doença irreversível. Cuidados paliativos em UTIP? Óbito em UTIP. Morte encefálica e doação de órgãos. Discussão de casos clínicos. Alterações Endócrinas (10h/a) Ementa: Controle glicêmico no paciente crítico. Cetoacidose diabética e coma hiperosmolar não cetótico. Disfunção adrenal e corticoterapia. Diabetes insípidus. Secreção inapropriada de hormônio antidiurético e síndrome perdedora de sal cerebral. Erro inato do metabolismo. Distúrbios da tireoide na UTI. Rabdomiólise e mioglobinúria. Casos clínicos. Distúrbios Hematológicos (10h/a) Ementa: Avaliação Laboratorial dos Distúrbios da Coagulação. Emergências Hematológicas. Alterações da coagulação distúrbios hemorrágicos e CIVD. Distúrbios Plaquetários. Hemoterapia e complicações. Paciente Oncológico – Emergências. Hiperleucocitose e suas Complicações. Crise Falcêmica Grave. Anticoagulação no Paciente Pediátrico. Sedação, analgesia e bloqueio neuromuscular (10h/a) Ementa: Anatomia e fisiopatologia da dor. Manifestações Clínicas da Dor e repercussões fisiopatológicas. Drogas sedativas. Drogas analgésicas. Drogas bloqueadoras da junção neuromuscular. Indicações e manejo das drogas sedativas, analgésicas e neurobloqueadoras. Novas drogas. Métodos para avaliação da dor, sedação e bloqueio neuromuscular. Tolerância, Abstinência e Dependência. Dellirium em UTI. Desmame da Sedoanalgesia / Drogas Substitutivas. Casos clínicos. Infecção na UTIP (20h/a) Ementa: Imunidades inata e adquirida, infecção e resposta do hospedeiro. Avaliação laboratorial do paciente com suspeita de infecção. Pneumonia associada à ventilação mecânica. Infecção relacionada ao cateter. Infecção de vias urinárias. Infecções bacterianas. Infecções fúngicas. Doenças causadas por vírus. Tétano e botulismo. Malária e outras doenças tropicais. Tuberculose. Colite pseudomembranosa. Endocardite infecciosa. Infecção em pacientes imunodeprimidos. Controle de infecção na UTIP/Precauções universais e tipos de isolamento. Antibioticoterapia em Medicina Intensiva e resistência de microrganismos. Antifúngicos. Antivirais. Peculiaridades do tratamento antimicrobiano na insuficiência renal e hepática e DMOS. Casos clínicos.

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Neurointensivismo (20h/a) Ementa: Avaliação da criança em coma. Estabilização inicial do paciente com insulto cerebral agudo. Hipertensão Intracraniana – etiopatogenia e fisiopatologia. Fisiopatologia da Lesão cerebral primária e secundária. Monitoração neurológica. Tratamento da hipertensão intracraniana – diretrizes. Traumatismo crânio-encefálico. Traumatismo raquimedular. Convulsão e status epilepticus. Meningites e meningoencefalites. Acidente vascular encefálico. Imagem em neurologia intensiva. Encefalopatia hipóxico-isquêmica. Encefalopatias Metabólicas. Pós-operatório de lesões infratentoriais e supratentoriais, hidrocefalia e patologias da calota craniana. Doenças neuromusculares e polineuromiopatia do paciente crítico. Casos clínicos. Terapia Intensiva do Aparelho Digestivo (10h/a) Ementa: Hemorragia Digestiva. Abdome Agudo. Pré e Pós-operatório de Cirurgias Abdominais. Síndrome Compartimental Abdominal. Insuficiência Intestinal. Insuficiência Hepática Aguda. Pancreatite Aguda. Profilaxia da hemorragia digestiva: Indicações racionais. Interpretação de exames de imagens. Casos clínicos Acidentes na infância (10h/a) Ementa: Abordagem Inicial do Paciente Politraumatizado. Trauma de Face e Vias Aéreas. Trauma Torácico. Trauma de Abdome e Pelve. Afogamento não Fatal. Grande Queimado. Queimadura Elétrica. Aspiração de Corpo Estranho. Intoxicações Exógenas I e II. Acidentes por Animais Peçonhentos. Casos Clínicos. Procedimentos em UTIP (10h/a) Ementa: Acesso venoso profundo. Acesso arterial. Paracentese - Pericardiocentese - Punção lombar. Toracocentese e drenagem torácica. Lavado broncoalveolar protegido não broncoscópico - Passagem de cateter para alimentação. Cateterismo vesical, punção suprapúbica e aferição da pressão intra-abdominal. Intubação orotraqueal. Punção da cartilagem cricóide e cricotireotomia. Aspiração traqueal. Conceitos básicos do dia-dia da Medicina Intensiva (10h/a) Ementa: Admissão e monitorização do paciente na UTI. Reconhecimento da sepse, Choque e DMOS. Reconhecimento da insuficiência respiratória aguda. Reconhecimento da agudização da insuficiência respiratória crônica. Problemas comuns nos respiradores. Transporte do paciente criticamente doente. Cuidados na infusão de drogas. Prescrição na UTI e evolução no prontuário. Balanço hídrico no paciente criticamente doente. Cuidados específicos na mobilização do paciente grave. Configuração dos alarmes na UTI. Discussão de casos. Nefrointensivismo (10h/a) Ementa: Novos Critérios Diagnósticos e Classificação LRA. Manuseio Conservador da LRA. Métodos Dialíticos I e II. Complicações em Pacientes Nefróticos. Glomerulonefrites Rapidamente Progressivas. Síndrome Hemolítica Urêmica. Emergências Hipertensivas. Complicações Nefrológicas em Oncologia. Casos clínicos.

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Nutrição em Terapia Intensiva (10h/a) Ementa: Avaliação nutricional e gasto energético no paciente criticamente doente. Desnutrição, jejum e suas complicações. Princípios da nutrição enteral e vias de acesso. Tipos de dietas e suas indicações. Prescrição da nutrição enteral e progressão da dieta. Contra-indicações, complicações e dificuldades na progressão da nutrição enteral. Princípios e indicações para nutrição parenteral. Macronutrientes e micronutrientes. Prescrição da nutrição parenteral e progressão da nutrição parenteral. Complicações da nutrição parenteral. Casos clínicos - nutrição enteral. Casos clínicos - nutrição parenteral. PFCCS – AMIB (20h/a) Descrição: O PFCCS, assim como o FCCS, é um curso de imersão da Sociedade Norte-Americana de Medicina Intensiva franqueada à AMIB no Brasil e voltada aos princípios fundamentais do tratamento intensivo pediátrico nas primeiras 24 horas. Tem por objetivos treinar os intensivistas pediátricos e pediatras na reanimação dos pacientes pediátricos gravemente enfermos, além de prepará-los para reconhecer e tratar a deterioração aguda de pacientes previamente estáveis. O curso, composto de módulos teóricos e práticos, ensina a priorizar as necessidades de avaliação dos pacientes pediátricos graves, a selecionar os testes diagnósticos mais apropriados, a identificar e tratar mudanças significativas nos pacientes pediátricos instáveis, a reconhecer e tratar as condições ameaçadoras à vida, e, a saber, referenciar os pacientes para centros de atendimento de maior complexidade. Terapia intensiva neonatal I (20h/a) Ementa: Reanimação neonatal. Particularidades da reanimação do neonato prematuro. Fisiologia Respiratória no neonato. Insuficiência respiratória no neonato. Taquipnéia transitória e síndrome adaptativa. Síndrome do desconforto respiratório. Síndrome de aspiração de mecônio. Pneumonias. Terapia intensiva neonatal. Diagnóstico diferencial do desconforto respiratório no neonato. Ventilação pulmonar mecânica não invasiva. Ventilação pulmonar mecânica invasiva tipos de respiradores. Ventilação pulmonar mecânica invasiva convencional. Ventilação pulmonar mecânica invasiva – novos modos ventilatórios. Ventilação de alta frequência. Ventilação pulmonar mecânica invasiva monitoração. Oxido nítrico. Complicações da ventilação pulmonar mecânica. Abordagem da doença pulmonar obstrutiva crônica. Casos clínicos. Terapia intensiva neonatal II (20h/a) Ementa: Fisiologia cardiovascular do feto e do neonato. Cardiopatias congênitas - diagnóstico. Cardiopatias congênitas - terapêutica. Choque cardiogênico no período neonatal. Abordagem do canal arterial no neonato. Icterícia neonatal. Distúrbios hematológicos no feto e no neonato. Terapia intensiva neonatal. Uso de hemocomponentes no período neonatal. Patologias cirúrgicas do trato gastrointestinal. Enterocolite necrozante. Doenças hepáticas no período neonatal. Distúrbio do metabolismo dos carboidratos. Distúrbio do metabolismo do cálcio, fósforo e magnésio. Distúrbio do metabolismo do sódio. Distúrbio do metabolismo do potássio. Necessidades hídricas no período neonatal. Distúrbios da tireoide. Casos clínicos.

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Terapia intensiva neonatal III (20h/a) Ementa: Doenças na gravidez e o seu impacto para o feto. Encefalopatia hipóxico-isquêmica. Hemorragia intracraniana. Lesão de substância branca. Convulsão no período neonatal. Ultrassonografia Transfontanellar doppler trancraniano. Hipotonia e doença neuromuscular. Terapia intensiva neonatal. Infecções bacterianas. Infecções por fungos e protozoários. Infecções virais. Sepse neonatal precoce. Sepse neonatal tardia. Choque séptico no período neonatal. Nutrição enteral. Nutrição parenteral. Controle térmico do neonato. Retinopatia da prematuridade. Casos Clínicos. Bibliografia Básica: CARVALHO, Werther Brunow de; HIRSCHHEIMER, Mário Roberto; MATSUMOTO, Toshio. Terapia Intensiva Pediátrica. SP: Atheneu Edição 3ª 2 Volumes, 2006. PIVA & CELINY. Medicina Intensiva em Pediatria. Revinter, 2005. ROGERS, MC. Manual de Tratamento Intensivo em Pediatria. Editora: Medsi. Ano 1991 ZIMMERMAN, Sol S; GILDEA Joan Holter. Tratamento Intensivo em Pediatria. Editora: Santuário. Ano: 1988. Bibliografia Complementar: BARBOSA, Arnaldo Prata; Carvalho, Werther Brunow de; JOHNSTON, Cíntia. Ventilação Não-invasiva em Neonatologia e Pediatria. SP: Atheneu. BARBOSA, Arnaldo Prata; CARVALHO, Werther Brunow de; JOHNSTON, Cíntia. Desmame e Extubação Em Pediatria e Neonatologia. SP: Atheneu. BARBOSA, Arnaldo Prata; CARVALHO, Werther Brunow de; JOHNSTON, Cíntia. Neurointensivismo - Vol. 7 - Série Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal. SP: Atheneu.

BARBOSA, Arnaldo Prata; Carvalho, Werther Brunow de; JOHNSTON, Cíntia. Monitorização e Suporte Hemodinâmico. SP: Atheneu. BOUSSO, Albert; CARVALHO, Werther Brunow de; TROSTER, Eduardo Juan. Algoritmos Em Terapia Intensiva Pediátrica - Edição Revista e Atualizada. SP: Atheneu.

CARVALHO, Werther Brunow de; Souza, Nivaldo de; SOUZA, Renato Lopes de. Emergência e Terapia Intensiva Pediátrica. SP: Atheneu. CARVALHO, Werther Brunow de; JOHNSTON, Cíntia. Manual de Ventilação Pulmonar Mecânica Em Pediatria e Neonatologia. SP: Atheneu. CARVALHO, Werther Brunow de; LEE, June Ho; PETRILLI, Antonio Sergio. Cuidados Intensivos no Paciente Oncológico Pediátrico. SP: Atheneu. CARVALHO, Werther Brunow de. Insuficiência Ventilatória Aguda - Vol. 5 - Série Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal. SP: Atheneu. CARVALHO, Werther Brunow de; DELGADO, Artur Figueiredo. Manual de Monitorização Hemodinâmica Em Pediatria. SP: Atheneu. COHERTY, JP; EINCHENWALD, EC; STARK, AR. Manual de Neonatologia. 5ª Edição. Editora: Medsi, 2005. FANAROFF, AA; Martin RJ. Neonatal. Perinatal Medicine. 8ª Ed Mosby, 2006. KOPELMAN, B e COLS. Diagnóstico e Tratamento em Neonatologia. 1a ed Atheneu: 2004.

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XI – Corpo Docente O corpo docente será constituído por professores especialistas indicados pela AMIB, sendo que pelo menos 50% (cinquenta por cento) deles deverá possuir titulação de Mestre ou de Doutor obtida em programa de PG stricto sensu reconhecido pelo MEC. XII – Sistema de Avaliação A avaliação do aluno é feita de forma individual, por disciplina, conforme desempenho em sala de aula. O desempenho modular do aluno é também avaliado por meio de provas escritas realizadas sistematicamente, ao final de cada módulo ministrado, trabalhos teóricos e práticos. A avaliação do rendimento escolar é expressa, numericamente, numa escala de 0 (zero) a 10 (dez). Considera-se aprovado o aluno que obtiver, no mínimo, nota 7 (sete) em cada módulo cursado, com frequência não inferior a 75% (setenta e cinco por cento) por módulo da carga horária fixada no currículo pleno. A nota do TCC deve ser também de, no mínimo, 7 (sete) para garantir o Certificado de Conclusão do Curso. O desempenho dos professores, bem como o conteúdo e a aplicação do módulo, também é avaliado sistematicamente por meio de formulários padronizados aplicados ao final de cada módulo e preenchido pelos alunos. XIII – TCC É obrigatória a elaboração do TCC para a integralização de todos os cursos de PG lato sensu, de acordo com o Artigo 10, da Resolução CNE/MEC no. 1, de 3 de abril de 2001, que regulamenta os cursos de PG. O TCC é um pré-requisito para a certificação do aluno e deve ser apresentado em forma de monografia, ensaio clínico ou, ainda, como artigo encaminhado para publicação em revista científica na área de Medicina Intensiva ou de outra especialidade com tema pertinente. É facultativa a participação do Coordenador Local como orientador no TCC. A orientação do trabalho pode ser realizada por professor pertencente ao corpo docente do curso, bem como por orientador externo. Em todos os casos, os encontros, a metodologia e o custo do trabalho de orientação (quando for o caso) devem ser combinados diretamente com o orientador. O trabalho deve ser realizado individualmente e sua apresentação é por escrito, no prazo de até 6 (seis) meses após a conclusão dos módulos do curso. A não apresentação do trabalho escrito dentro do prazo inviabilizará a expedição do certificado. A banca examinadora deve ser composta por professores do curso. O aproveitamento para aprovação e certificação deve ser de, no mínimo, 7 (sete). Não alcançando o aproveitamento mínimo, o trabalho pode ser refeito e reapresentado para nova correção, mais uma única vez, no prazo de 3 (três) meses após o primeiro resultado. Os trabalhos devem ser construídos dentro das temáticas abordadas no curso, após aprovação da Coordenação Local.

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XIV – Certificação A certificação obtida na conclusão do curso é conferida pela própria IES responsável pelo curso. Os alunos que obtiverem aprovação em todas as disciplinas e no TCC, bem como frequência de 75% (setenta e cinco por cento), por módulo receberão um certificado de conclusão de PG lato sensu em Medicina Intensiva Pediátrica, assinado pelo Coordenador Acadêmico da IES e pelo Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Medicina Intensiva AMIB. O selo da AMIB deve ser afixado no verso do diploma. A conclusão do curso de PG lato sensu AMIB por si não habilita o profissional a prestar prova de título de especialista em Medicina Intensiva Pediátrica da AMB/AMIB. Os critérios para se tornar candidato são determinados pela AMB/AMIB e fixados em edital da cada prova. XV – Resolução de Casos Não Previstos A resolução dos casos não previstos deve ser realizada pela Coordenação Nacional, ouvindo-se os Coordenadores Regionais e a coordenação da formação do intensivista pediátrico AMIB. Se necessário, deve ser realizada uma reunião dos Coordenadores Regionais para tratar dos temas pertinentes ao curso e do melhor aproveitamento de todos. XVI – Conclusão Ao término do curso, os profissionais devem ter a dimensão da importância da especialidade em Medicina Intensiva Pediátrica para o avanço da medicina e, certamente, tornar-se-ão multiplicadores de conhecimentos, junto dos profissionais de saúde e da população de sua região, além de serem estimulados a assumir um compromisso social de apoio às campanhas de divulgação de âmbito nacional. A implementação deste projeto traz a certeza do cumprimento da missão científica e social da AMIB, contribuindo para otimização da prestação de serviços de saúde nas UTIPs em nosso país. Ao mesmo tempo, contribui para a promoção da saúde integral e da melhoria da qualidade de vida dos pacientes pediátricos portadores de doenças graves e suas respectivas sequelas, possibilitando, assim, sua readaptação às atividades da vida diária e o exercício pleno de sua cidadania.