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1.Descrição da espécie. Amescla (Trattinickia rhoifolia). 1.Classificação (APG III). De acordo com o sistema de classificação Angiosperm Phylogeny Group (APG III, 2009), a espécie Trattinickia rhoifolia obedece a seguinte classificação: Grupo Angiospermae, clado Malvide, ordem Sapindales e família Burseraceae. 1.2 Características dendrológicas. A amescla é considerado uma planta aromática e rugosa, podendo ter altura de 8 a 16 m de altura, com copa globosa. Seu tronco pode ser curto e cilíndrico, com casca grossa e sulcada longitudinalmente, de 30 a 60 cm de diâmetro (Lorenzi, 2002).

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Page 1: Departamento de Ciências da Educação€¦ · Web viewA emergência no processo de germinação ocorre entre 2 – 3 meses e a taxa de germinação é baixa (Lorenzi, 2002). Em

1.Descrição da espécie.

Amescla (Trattinickia rhoifolia).

1.Classificação (APG III).

De acordo com o sistema de classificação Angiosperm Phylogeny Group (APG

III, 2009), a espécie Trattinickia rhoifolia obedece a seguinte classificação: Grupo

Angiospermae, clado Malvide, ordem Sapindales e família Burseraceae.

1.2 Características dendrológicas.

A amescla é considerado uma planta aromática e rugosa, podendo ter altura de

8 a 16 m de altura, com copa globosa. Seu tronco pode ser curto e cilíndrico, com

casca grossa e sulcada longitudinalmente, de 30 a 60 cm de diâmetro (Lorenzi, 2002).

Figura 1. Tronco e fuste de Trattinickia rhoifolia.

Page 2: Departamento de Ciências da Educação€¦ · Web viewA emergência no processo de germinação ocorre entre 2 – 3 meses e a taxa de germinação é baixa (Lorenzi, 2002). Em

Figura 2. Tronco e casca de Trattinickia rhoifolia

Possuem folhas alternas, compostas imparipinadas, com pecíolo anguloso na

base, entre 15 a 25 cm de comprimento. Seus folíolos são coriáceos em número de 5

a 9, sendo estes rugosos, opostos, com nervuras da face inferior (Lorenzi, 2002).

Figura 3. Unicata de amescla.

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Figura 4. Etiqueta da unicata de amescla.

O fruto uma drupa ovoide e apaniculada, glabra, contendo poupa adocicada e

carnosa, contém apenas uma semente e o fruto é de coloração roxa quando maduro

(Lorenzi, 2002).

Segundo Lorenzi (2002), o Trattinickia rhoifolia tem maior ocorrência na região

Amazônica, principalmente nos estados do Amazonas e Para, na mata pluvial de terra

firme. Tendo a madeira com características de serem moderadamente pesada, dura e

compacta, com média resistência mecânica e pouco durável. Sendo utilizadas na

confecção de moveis simples, esquadrias e na construção civil. As flores são apícolas.

Os frutos são muito apreciados por pássaros. Sendo indicada a arvore para

recuperação ou enriquecimento de áreas degradadas.

1.3 Aspectos silviculturais.

É uma planta pioneira, perenifólia, heliofita até ciofita, seletiva xerófita.

Ocorrendo preferencialmente em áreas de terrenos elevados, arenosos e de media a

baixa fertilidade. Anualmente produz uma quantidade elevada de sementes viáveis

que são dispersas em sua maioria por aves que consomem a polpa carnosa que

envolve as sementes (Lorenzi, 2002).

A arvore de amescla tem sua floração predominante entre os meses de

setembro a outubro. E a maturação dos frutos ocorre nos meses de maio a junho.

Geralmente um kg de semente tem aproximadamente 760 unidades. A emergência no

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processo de germinação ocorre entre 2 – 3 meses e a taxa de germinação é baixa

(Lorenzi, 2002).

Em trabalhos realizados a campo por Corassa et al., (2014) indicaram o

armazenamento de toras e utilidade da madeira de amescla em ambientes externos

sem tratamento com produtos químicos não se tem características favoráveis devido

sua alta susceptibilidade aos agentes bióticos.

A madeira de trattinnickia rhoifolia apresenta baixa durabilidade natural devido

ao baixo teor de extrativos e de lignina, tendo uma massa especifica baixa e uma alta

porosidade (Romanini et al., 2014).

1. Referências bibliográficas.

ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP III. 2009. An update of the Angiosperm Phylogeny Group for the orders and families of flowering plants: APG III. Botanical Journal of the Linnaean Society, 161: 105-121.

CORASSA, J. N.; PIRES, E. M.; NETO, V. R. A; TARIGA, T. C. Térmitas associados a degradação de cinco espécies florestais em campo de apodrecimento. Floresta e Ambiente 2014; 21(1):78-84

LORENZI, HARRI. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 2/ Harri Lorenzi. 2. Ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. 

ROMANINI, A.; STANGERLIN, D. M.; PARIZ, E.; SOUZA, A. P.; GATTO, D. A.; CALEGARI, L. Durabilidade natural da madeira de quatro espécies amazônicas em ensaios de deterioração de campo. Nativa, Sinop, v. 02, n. 01, p. 13-17, 2014.