dentes traumatizados - protocolo de atendimento

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  • 8/14/2019 Dentes Traumatizados - Protocolo de Atendimento

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    FACULDADE DE ODONTOLOGIA DAUNIVERSIDADE DE SO PAULO

    CENTRO DE ATENDIMENTODENTSTICA-ENDODONTIA

    TRAUMATISMO DENTAL

    CENTRO DE ESTUDOS ENDODNTICOSJOO AUGUSTO FLEURY VARELLA

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    DESENVOLVIMENTOProf. Dr. Celso Luiz Caldeira [email protected]

    COLABORADORES DO CORPO DOCENTE DA DISCIPLINA DEENDODONTIA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA

    DA UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    Professor Titular

    Prof. Dr. Joo Humberto Antoniazzi

    Professores Associados

    Prof. Dr. Ablio Albuquerque M. de Moura

    Prof. Dr. Antonio Carlos Bombana

    Prof. Dr. Carlos Eduardo Aun

    Prof. Dr. Jos Luiz Lage Marques

    Prof. Dr. Manoel Eduardo de Lima Machado

    Prof. Dr. Mrcia Martins Marques

    Prof. Dr. Marcelo dos Santos

    Professores Doutores

    Prof. Dr. Celso Luiz Caldeira

    Prof. Dr. Giulio Gavini

    Prof. Dr. Igor Prokopowitsch

    Colaboradores do CADE-TraumaProf. Weber Bueno de AndradeCD Carmen Vianna Abro

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    ndice analtico

    TRAUMA A - INTRODUO 1

    TRAUMA B - IDENTIFICAO 2

    LEGENDAS 2

    Avaliao do procedimento 2

    Radiografias 2

    Cdigos de atendimento 3

    Cdigos adicionais 3

    TRAUMA C DIAGNSTICO INICIAL E

    CLASSIFICAO DOS TRAUMATISMOS 4

    DIAGNSTICO 4

    Exame neurolgico bsico 4

    Histria mdica do paciente 4

    Histria do Trauma 4

    Exame extra-oral 5Exame intra-oral 5

    Exame radiogrfico 5

    CLASSIFICAO 6

    Leses das estruturas duras do dente 6

    Leses das estruturas de suporte 6

    T1 - FRATURAS DE ESMALTE OU ESMALTE

    E DENTINA SEM EXPOSIO

    7

    T2 - FRATURAS DE ESMALTE E DENTINA

    COM EXPOSIO PULPAR E RIZOGNESEINCOMPLETA 8

    T3 - FRATURAS DE ESMALTE E DENTINA

    COM EXPOSIO PULPAR E RIZOGNESE

    COMPLETA 10

    T4 - FRATURAS CORONORADICULARES 12

    T5 FRATURAS RADICULARES TERO

    CERVICAL 14

    T6 FRATURAS RADICULARES TERO

    MDIO 15

    T7 FRATURAS RADICULARES TERO

    APICAL 17

    T8 FRATURAS ALVEOLARES 19

    T9 CONCUSSES 20

    T10- SUB-LUXAES 21

    T11- LUXAES LATERAIS 22

    T12- EXTRUSES 23

    T13- INTRUSES 24

    T14- AVULSES

    (RIZOGNESE INCOMPLETA) 25

    T15- AVULSES

    (RIZOGNESE COMPLETA) 27

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    P R O T O C O L O D E A T E N D I M E N T O D E D E N T E S T R A U M A T I Z A D O S

    1

    INTRODUO

    Neste captulo so apresentados alguns dados epidemiolgicos e de

    freqncia importantes para o atendimento do dente traumatizado,alm de justificar a necessidade de que os procedimentos sejamrealizados de maneira rpida e eficaz

    studos epidemiolgicos revelam que uma em cada duas crianas sofre traumatismo dentrio,ocorrendo com maior freqncia entre 07 e 12 anos, com incidncia pouco maior no sexomasculino. A fratura coronria o tipo de leso mais comum, geralmente surgida doresultado de um acidente, prtica desportiva ou violncia. Na maioria dos traumatismos

    dentrios um tratamento rpido e apropriado pode diminuir seu impacto, tanto do ponto de vista dasade bucal como esttico. As novas tecnologias e uma melhor compreenso do processo inflamatriotem propiciado um enfoque mais conservador no tratamento dos traumatismos dentrios.Recentemente, a Associao Internacional de Traumatismo Dentrio (IADT), consciente dacomplexidade do tratamento dos traumatismos dentrios, desenvolveu um protocolo que reflete umaacurada discusso entre seus membros.

    A Disciplina de Endodontia da FOUSP por sua vez, procurou adaptar esse protocolo realidade clnicae social brasileira, indicando mtodos de diagnstico e tratamento comprovados em seus estudos, bemcomo embasada numa reviso detalhada da literatura odontolgica internacional. Porm, algumassituaes ainda carecem de estudos mais amplos e conclusivos. Nestes casos, as sugestes desteprotocolo so baseadas na opinio de consenso dos professores.

    No atendimento de dentes traumatizados, os protocolos de atendimento so extremamentenecessrios, uma vez que permitem ajudar os cirurgies-dentistas e outros profissionais da sade atrabalhar de maneira cuidadosa e eficiente.

    muito importante promover a conscincia pblica e educar a populao que est sujeita ao risco detraumatismo dental. Por isso, este documento apresenta informaes bsicas de preveno e primeirossocorros relacionados ao trauma. A aplicao correta destas tcnicas, imediatamente aps a ocorrnciado traumatismo dentrio, dever melhorar o prognstico a curto e longo prazo. Alm disso, o protocolopretende servir no somente como guia de atendimento mas tambm como referncia de ensino.

    Ainda, convm salientar que este protocolo no enfoca temas relacionados ao diagnstico e tratamentode traumas faciais maiores, dos ossos e dos tecidos moles, que so a primeira etapa crtica no manejodo paciente traumatizado, bem como o atendimento de crianas com dentio decdua, o que exige umcuidado particular.

    TRAUMA

    A

    E

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    2

    IDENTIFICAO

    O diagnstico e tratamento das situaes traumticas so

    classificadas e identificadas por marcadores para orientar otratamento e ressaltar os casos que envolvem maior risco

    ualquer tipo de atendimento em sade deve ser baseado em experincias clnicas que, emalgumas situaes envolvem procedimentos ainda discutveis, ou envolvem mtodospaliativos, ou casos em que a dificuldade do tratamento, bem como a condio do pacienteou do dente traumatizado, pode no trazer o benefcio esperado e infelizmente se tornar

    um insucesso. Neste sentido, foi proposto que cada situao de diagnstico e tratamento fosseacompanhada por uma classificao identificada por marcadores coloridos que, registradas a seguir,orientam o profissional e avaliam os riscos ou dificuldades.

    LEGENDASAVALIAO DO PROCEDIMENTOCondies para a qual h evidncia e/ou acordo geral que um determinadoprocedimento benfico, til ou efetivoCondies para a qual h evidncia conflitiva e/ou divergente de opinies sobre aeficcia de um procedimento ou tratamento.Condies para a qual h evidncia e/ou acordo geral que umprocedimento/tratamento pode no ser efetivo

    RADIOGRAFIASO OCLUSALC PERIAPICAL CNTRICAE PERIAPICAL EXCNTRICAI INTERPROXIMALM TECIDOS MOLES

    TRAUMA

    B

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    3

    CDIGOS DE ATENDIMENTO

    EXAME CLNICO

    EXAME RADIOGRFICO

    MATERIAL NECESSRIO

    TCNICA

    ACOMPANHAMENTO

    CDIGOS ADICIONAISALTERNATIVAS E SUGESTES

    ATENO

    PROCEDIMENTO INCORRETO

    NO FAA !!!!

    PROGNSTICO BOM

    PROGNSTICO DUVIDOSO

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    DIAGNSTICO INICIAL E

    CLASSIFICAO DOS

    TRAUMATISMOS

    DIAGNSTICO

    O tratamento de urgncia das leses traumticas talvez seja aquela que maisexija do dentista: discernimento, experincia, habilidade, pacincia, acuidade e precisona tomada dos dados coletados do paciente e da conduo da terapia mais adequada.Convm lembrar que, infelizmente, as leses traumticas so mais freqentes em

    crianas e jovens, tanto as da fase pr-escolar como os pr-adolescentes, alertando aindamais para a necessidade de conduzir cada caso com muita ateno.

    m EXAME NEUROLGICO BSICO essencial em todas as situaes queenvolvem traumatismos, e deve sempre ser realizado antes de qualquer procedimento local,porque, alm da importncia para a sade geral do paciente, toma pouco tempo, e realizadoatravs da tomada dos sinais vitais, de observaes visuais clnicas e relatos do paciente

    quanto presena de viso dupla, nuseas ou vmitos, perodos de inconscincia, amnsia, cefalia etontura. Nestas situaes o encaminhamento imediato para atendimento mdico, de preferncia emnvel hospitalar, imprescindvel.

    Cabe, a seguir, questionar sobre a HISTRIA MDICA DO PACIENTE, parainquerir sobre hipersensibilidade alrgena do paciente, medicamentos de rotina, problemas sistmicos,e grau de imunizao ao ttano que possui, a seguir, direcionar as questes particularmente ao traumaocorrido.

    Conhecer a HISTRIA DO TRAUMA, sabendo como, quando e onde ocorreu oacidente, de significncia mpar para a resoluo do caso, no somente do ponto de vista legal, comopara imprimir o tratamento imediato mais correto.

    Recordar datas e/ou horrios e verificar a direo do impacto sobre a estrutura dentriapode conduzir o diagnstico e tratamento, estar alerta para regies laceradas de lbio e lngua,fraturas de osso alveolares e maxilares, indicando at reas com fragmentos de objetos ou superfciesdo local do trauma escondidos na mucosa bucal.

    TRAUMA

    C

    U

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    5

    EXAME EXTRA-ORALDeve-se proceder anlise de sinais visveis de lacerao facial, edemas, fragmentos de objetos,disformia facial causada por deslocamento sseo, e outras caractersticas clnicas a seremconsideradas, assim como devemos investigar dores na articulao temporomandibular, indicadoras deluxao ou fraturas.

    EXAME INTRA-ORALTECIDOS MOLESA inspeo e a palpao destas reas pode revelar fraturas alveolares e outras sseas, bem como apresena de objetos includos em lbio, bochecha, palato e soalho da cavidade bucal, que devem sercomplementados com o exame radiogrfico.

    TECIDOS DUROS / SUSTENTAODeve ser realizado cuidadosamente, intentando preservar as estruturas dentrias e o suporteremanescente. Alm da observao clnica quanto insero do dente no alvolo, seu posicionamento ealinhamento, no se deve excluir as reas maxilares e mandibulares desta anlise.

    Avaliar os dentes quanto mobilidade e, se possvel gradu-la, da menor mobilidade (0-zero) at amaior (3-trs), anotando na ficha clnica.

    Qualquer fratura, seja de esmalte, dentina, ou mesmo as radiculares verticais e horizontais, devem serchecadas e anotadas, lembrando sempre de recorrer inclusive arcada oposta quela traumatizada,com testes comparativos de percusso horizontal e vertical, e palpao.

    Quanto aos testes de sensibilidade, no incomum encontrar respostas pouco confiveis num primeiromomento; portanto, deve-se sempre realiz-los dias aps o trauma e sempre que o paciente retornar

    para o controle da terapia efetuada.Portanto, reconhecer as leses associadas ao trauma e distinguir entre os recursos semiotcnicos importante, sendo os mais utilizados: a transiluminao (identificao de rachaduras de esmalte,fraturas e trincas superficialmente) e, principalmente, os testes trmicos, que se valem do estmulofrio, como o gelo e os gases refrigerantes.

    O teste deve ser realizado evitando-se pressionar o dente traumatizado em direo horizontal ouaxial, quando poder suscitar em sensibilidade advinda da sustentao periodontal. Alm disso, d-sepreferncia utilizao dos gases refrigerantes, pois so de fcil aplicao e permitem obterrespostas mais confiveis.

    O acompanhamento da vitalidade do dente traumatizado deve ser realizado periodicamente, atravsdos testes pulpares e da observao clnica de alteraes cromticas e presena de fstula ou edema,entre outros fatores que, somados, denotem a necessidade de interveno endodntica com brevidade.

    EXAME RADIOGRFICOO exame radiogrfico deve, num primeiro momento, ser realizado na rea definida pelo exame clnicoinicial e na arcada oposta, postergando-se outras regies secundariamente envolvidas no trauma. Aradiografia deve sempre ser tomada na consulta inicial, para orientar o reposicionamento do dentetraumatizado, avaliar a estrutura dentria remanescente e verificar quais dentes foram envolvidos.Nas sesses subseqentes, ser til para anlise da consolidao de fraturas, anlise da evoluo oucura das leses periapicais.e laterais, bem como para observao do surgimento ou interrupo dosprocessos de reabsoro.

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    CLASSIFICAO

    Apresentao da classificao dos traumatismos dentrios emfuno das estruturas envolvidas e extenso da leso traumtica,apresentadas nos captulos seguintes na forma protocolar

    LESES DAS ESTRUTURAS DURAS DO DENTE

    FRATURA CORONRIA

    ESMALTE ou ESMALTE E DENTINA

    ESMALTE E DENTINA COM EXPOSIO PULPAR

    FRATURA CORONO-RADICULAR

    FRATURA RADICULAR

    LESES DAS ESTRUTURAS DE SUPORTE (SUSTENTAO)

    FRATURA ALVEOLAR

    CONCUSSO

    SUB-LUXAO

    LUXAO LATERAL

    EXTRUSO

    INTRUSO

    AVULSO

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    FRATURAS DE ESMALTE

    FRATURAS DE ESMALTE E

    DENTINA SEM EXPOSIOConsiderar extenso da fratura e verificar se h exposio pulparPode haver sensibilidade dolorosa s mudanas trmicas e/ou mastigaoRealizar teste de sensibilidade pulpar

    C IVerificar tamanho da cmara pulpar e estgio de desenvolvimento radicularM

    Analisar laceraes de tecidos moles em busca de fragmentos dentrios ou outroscorpos estranhos

    Material para isolamentoMaterial clnico e material para Dentstica RestauradoraBrocasMandril para contra-ngulo e tiras de lixaSoro fisiolgico ou RinossoroHidrxido de Clcio pasta - Resina composta Ionmero de vidroSe for apenas fratura de esmalte:1. Regularizar bordas cortantes com discos para polimento2. ou aplicar ionmero de vidro provisoriamente3. ou restaurar usando agente adesivo e resinaSe for fratura de esmalte e dentina:1. Aplicar ionmero de vidro provisoriamente2. Restaurar usando agente adesivo e resinaSe existir um fragmento intacto:1. Limpar o fragmento e hidratar em soro fisiolgico ou Rinossoro por 10 minutos2. Reposicionar e colar com um sistema adesivo

    Se houver proximidade com a polpa, usar uma base de Ca(OH)2

    Avaliar mensalmente durante 6 meses

    TRAUMA

    1

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    FRATURAS DE ESMALTE E

    DENTINA COM EXPOSIO

    PULPARConsiderar extenso da fratura e constatar a exposio pulpar

    Verificar h quanto tempo ocorreu o trauma e a exposio

    Realizar teste de sensibilidade pulpar

    CVerificar tamanho da cmara pulpar e estgio de desenvolvimento radicularM

    Analisar laceraes de tecidos moles em busca de fragmentos dentrios ou outroscorpos estranhos

    Material para isolamentoMaterial clnico, material para Dentstica Restauradora e EndodontiaBrocasSoro fisiolgico ou Rinossoro Hipoclorito de sdio 0.5% - medicaes NDP e PRPHidrxido de Clcio p.A. soluo anestsica - Resina composta Ionmero de vidro

    Micro-exposio pulpar1. Lavar a cavidade com hipoclorito de sdio 0.5% e gotejar NDP2. Realizar capeamento pulpar direto com Ca(OH)2 p.A.3. Aplicar ionmero de vidro provisoriamente4. Restaurar usando agente adesivo e resina

    Mdia e grande exposio pulpar1. Lavar a cavidade com hipoclorito de sdio 0.5%2. Realizar pulpotomia parcial ou total (dependendo da condio clnica do tecidopulpar exposto), gotejar NDP e colocar Ca(OH)2p.A.3. Aplicar ionmero de vidro provisoriamente4. Restaurar usando agente adesivo e resina

    Em ambas situaes, se existir um fragmento intacto:1. Limpar o fragmento e hidratar em soro fisiolgico ou Rinossoro por 10 minutos2. Reposicionar e colar com um sistema adesivo

    TRAUMA

    2RIZOGNESEINCOMPLETA

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    Exposio com MORTIFICAO PULPARCirurgia de acesso, preparo do canal e medicao com Ca(OH)2 p.A + PRP parapromover apicificao e se consiga finalizar o tratamento endodntico

    A medicao com Ca(OH)2 p.A + PRP deve ser renovada quando, na avaliao

    radiogrfica mensal, forem observados espaos vazios em meio medicao anterior,principalmente no tero apical

    Micro exposio pulpar1. Avaliar mensalmente a sensibilidade pulpar at se completar a rizognese2. Avaliar as condies da restaurao

    Mdia e grande exposio pulpar1. Enquanto a rizognese for incompleta, avaliar as condies de vitalidade pulpar

    Ao se completar a rizognese, realizar tratamento endodntico

    Exposio com MORTIFICAO PULPAR

    Ao se completar a apicificao, realizar tratamento endodnticoAtentar para a necessidade de reforo cervical na restaurao final

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    FRATURAS DE ESMALTE E

    DENTINA COM EXPOSIO

    PULPAR

    Considerar extenso da fratura e constatar a exposio pulparConsiderar a possibilidade que leses de estrutura de suporte possam estar associadasRealizar teste de sensibilidade pulpar

    Verificar h quanto tempo ocorreu o trauma e a exposio

    CVerificar tamanho da cmara pulpar e estgio de desenvolvimento radicularM

    Analisar laceraes de tecidos moles em busca de fragmentos dentrios ou outroscorpos estranhos

    Material para isolamentoMaterial clnico, material para Dentstica Restauradora e EndodontiaBrocasSoro fisiolgico ou Rinossoro Hipoclorito de sdio 0.5% medicao PRPHidrxido de Clcio p.A.- Resina composta Ionmero de vidro

    Independente do tamanho e tempo da exposio pulpar1. Na primeira sesso: realizar pulpectomia, se possvel PQC e medicao intracanalcom Ca(OH)2

    p.A + PRP2. Completar o tratamento endodntico3. Restaurar com resina Exposio com MORTIFICAO PULPARNa primeira sesso: realizar penetrao desinfetante, se possvel PQC e medicaointracanal com Ca(OH)

    2

    p.A + PRP

    A medicao intracanal deve permanecer no mnimo por 45 dias independente donmero de trocas realizadas.1. A medicao com Ca(OH)2

    p.A + PRP deve ser renovada quando, na avaliaoradiogrfica, forem observados espaos vazios em meio medicao anterior,principalmente no tero apical2. Restaurar com resina

    TRAUMA

    3RIZOGNESECOMPLETA

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    Independente do tamanho, tempo da exposio pulpar e condiopatolgica1. Avaliar a cada 30 dias nos 6 primeiros meses2. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

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    FRATURAS CORONORADICULARES

    O fragmento coronrio pode estar aderido ao periodonto e com mobilidadeConsiderar extenso da fratura (geralmente ocorre h 2 a 3 mm abaixo do nvelgengival e o fragmento apical no est deslocado)

    Avaliar o grau de rizognese e verificar se houve exposio pulpar

    Verificar h quanto tempo ocorreu o trauma e a exposioRealizar teste de sensibilidade pulpar

    CA linha de fratura geralmente oblqua em relao ao longo eixo do dente

    Material para isolamentoMaterial clnico, material para Dentstica Restauradora, Periodontia e EndodontiaBrocas

    Soro fisiolgico ou Rinossoro Hipoclorito de sdio 0.5%Hidrxido de Clcio pasta - Resina composta Ionmero de vidroFio ortodntico rgido 0.50mm

    Tratamento imediato - no momento da urgnciaSe existir um fragmento aderido ao periodonto:1. Lavar a rea com soro fisiolgico ou Rinossoro2. Reposicionar e estabilizaro fragmento nos dentes vizinhos com uma conteno deresina APENAS AT PERMITIR SUA REMOO NA SESSO SEGUINTE

    Se o fragmento NO POSSIBILITAR REPOSIO:1. Remover o fragmento2. Na exposio pulpar seguir os passos de Fratura de esmalte e dentina com exposio

    Tratamento mediato sesses seguintes1. Expor o limite subgengival : Gengivectomia ou Extruso (ortodntica)

    Rizognese completa: tratamento endodntico

    A medicao intracanal com Ca(OH)2 p.A + PRP deve permanecer no mnimo por 45

    dias independente do nmero de trocas realizadas.A medicao deve ser renovada quando, na avaliao radiogrfica, forem observadosespaos vazios em meio medicao anterior, principalmente no tero apical

    TRAUMA

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    Rizognese incompleta (polpa viva): pulpotomia e esperar a formao radicularRizognese incompleta (polpa morta): penetrao desinfetante e medicao

    intracanal com Ca(OH)2 p.A + PRP para promover apicificao e se consiga finalizar otratamento endodntico, seguindo a seqncia de trocas j descritas

    Realizar bochechos dirios com clorexidina 0.12% no mnimo por 2 semanas1. Avaliar a cada 30 dias nos 6 primeiros meses2. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

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    FRATURAS RADICULARES

    TERO CERVICAL

    Geralmente a coroa do dente est COM MUITA MOBILIDADE e o fragmento deslocadoRealizar teste de sensibilidade pulpar aps reposicionar e conter o fragmento

    Realizar 3 radiografias periapicaisC:1 paralelismo com posicionador1 com variao vertical de +201 com variao vertical de -20

    Material clnico, material para EndodontiaBrocasSoro fisiolgico ou Rinossoro Resina composta- Fio ortodntico rgido 0.70mm

    Se existir um fragmento aderido ao periodonto:1. Limpar a rea com soro fisiolgico ou Rinossoro2. Reposicionar e estabilizar o fragmento nos dentes vizinhos com uma conteno

    com fio rgido e resina (deixar no mnimo 90 dias)3. Realizar alvio oclusal4. Radiografar novamente

    Se o fragmento NO POSSIBILITAR REPOSIO:1. Remover o fragmento2. Como h exposio pulpar, seguir os mesmos passos de Fratura de Esmalte edentina com exposio pulpar3. Nas sesses seguintes expor o limite subgengival da fratura: Gengivectomia ouExtruso (ortodntica), realizar tratamento endodntico e prottico

    Realizar bochechos dirios com clorexidina 0.12% no mnimo por 2 semanas1. Avaliar a cada 30 dias nos 6 primeiros meses2. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

    Em cada sesso: realizar testes de sensibilidade, buscar sinais como fstula

    ou edema, verificar alteraes cromticas na coroa e tomar radiografias

    TRAUMA

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    FRATURAS RADICULARES

    TERO MDIOGeralmente o dente est COM ALGUMA MOBILIDADE e pode ocorrer desalinhamentoda borda incisal do dente fraturado em relao aos adjacentesRealizar teste de sensibilidade pulpar aps reposicionar e conter o fragmentoVerificar se ocorreu fratura alveolar (em caso positivo ver captulo 8)

    Realizar 3 radiografias periapicaisC1 paralelismo com posicionador1 com variao vertical de +201 com variao vertical de -20Material clnico, material para EndodontiaBrocasSoro fisiolgico ou Rinossoro Resina composta- Fio ortodntico rgido 0.70mm

    Se existir um fragmento aderido ao periodonto:1. Limpar a rea com soro fisiolgico

    2. Reposicionar e estabilizar o fragmento nos dentes vizinhos com uma contenocom fio rgido e resina (deixar no mnimo 90 dias)3. Realizar alvio oclusal4. Radiografar novamente

    Se o fragmento NO POSSIBILITAR REPOSIO ou NO existir um fragmento:1. Remover o fragmento e avaliar se possvel a recuperao prottica2. SE FOR POSSVEL: Nas sesses seguintes expor o limite subgengival da fratura:por Extruso (ortodntica), realizar tratamento endodntico e prottico

    Realizar bochechos dirios com clorexidina 0.12% no mnimo por 2 semanas

    1. Avaliar a cada 30 dias nos 6 primeiros meses

    2. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

    Em cada sesso: realizar testes de sensibilidade, buscar sinais como fstula ou

    edema, verificar alteraes cromticas na coroa e tomar radiografias

    Constatada ausncia de vitalidade pulpar, realizar tratamento endodnticoNO MNIMO at a linha de fratura

    TRAUMA

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    Constatada leso periapical, tentamos realizar tratamento endodnticoultrapassando a linha de fratura e colocando um retentor intra-radicular paramanter os fragmentos posicionados. Se no for possvel, tratar at a linha defratura e remover o tero apical cirurgicamente

    Apesar de no ser uma ocorrncia comum, um dente com RIZOGNESEINCOMPLETA tambm pode apresentar fratura radicular.Neste caso, o momento inicial exige a tentativa de manuteno de polpa com vitalidade,para que a maturao se complete.Portanto, havendo necessidade de interveno endodntica, deve-se tratarendodonticamente o dente at a linha de fratura e preservar o remanescente apicalsempre que possvel.

    Ocorrendo mortificao pulpar deve-se proceder com o tratamento para apicificao.

    No realizar pulpectomia ou qualquer interveno endodntica sem que seobservem sinais evidentes de mortificao pulpar

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    FRATURAS RADICULARES

    TERO APICAL

    Geralmente o dente est COM POUCA OU SEM MOBILIDADERealizar teste de sensibilidade pulpar aps reposicionar e conter o fragmentoVerificar se ocorreu fratura alveolar (em caso positivo ver captulo 8)

    Realizar 3 radiografias periapicaisC1 paralelismo com posicionador1 com variao vertical de +201 com variao vertical de -20Material clnicoBrocasSoro fisiolgico ou Rinossoro Resina composta- Fio ortodntico rgido 0.70mm

    1. Limpar a rea com soro fisiolgico ou Rinossoro2. Reposicionar e estabilizar o fragmento nos dentes vizinhos com uma conteno

    com fio rgido e resina (deixar no mnimo 90 dias)3. Realizar alvio oclusal4. Radiografar novamente

    Realizar bochechos dirios com clorexidina 0.12% no mnimo por 2 semanas1. Avaliar a cada 30 dias nos 6 primeiros meses2. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

    Em cada sesso: realizar testes de sensibilidade, buscar sinais como fstula ou

    edema, verificar alteraes cromticas na coroa e tomar radiografias

    Constatada ausncia de vitalidade pulpar, realizar tratamento endodnticoNO MNIMO at a linha de fratura

    Constatada leso periapical, tratar endodonticamente at a linha de fratura eremover o tero apical cirurgicamente

    TRAUMA

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    Apesar de no ser uma ocorrncia comum, um dente com RIZOGNESEINCOMPLETA tambm pode apresentar fratura radicular.Neste caso, o momento inicial exige a tentativa de manuteno de polpa com vitalidade,para que a maturao se complete.Portanto, havendo necessidade de interveno endodntica, deve-se tratarendodonticamente o dente at a linha de fratura e preservar o remanescente apicalsempre que possvel.Ocorrendo mortificao pulpar deve-se proceder com o tratamento para apicificao.

    No realizar pulpectomia ou qualquer interveno endodntica sem que seobservem sinais evidentes de mortificao pulpar

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    FRATURAS ALVEOLARES

    O segmento sseo dos dentes envolvidos est COM MOBILIDADERealizar teste de sensibilidade pulpar aps reposicionar e conter os dentes envolvidos

    CMOUTRAS EXTRA-BUCAISMaterial clnico material para EndodontiaBrocasSoro fisiolgico ou Rinossoro Resina composta- Fio ortodntico rgido 0.70mm

    1. Lavar a rea com soro fisiolgico ou Rinossoro2. Reduo da fratura ssea (manobra de Champret)3. Reposicionar e estabilizar os dentes envolvidos nos dentes vizinhos com umaconteno com fio rgido e resina (deixar no mnimo 90 dias)4. Realizar alvio oclusal5. Radiografar novamente

    ENCAMINHAR PARA AVALIAO BUCO-MAXILO-FACIAL

    Realizar bochechos dirios com clorexidina 0.12% no mnimo por 2 semanas

    1. Avaliar a cada 30 dias nos 6 primeiros meses2. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

    Em cada sesso: realizar testes de sensibilidade, buscar sinais como fstula ou

    edema, verificar alteraes cromticas na coroa e tomar radiografias dos dentesenvolvidosConstatada ausncia de vitalidade pulpar, realizar tratamento endodntico

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    CONCUSSES

    Dente sensvel ao toqueSem mobilidade, deslocamento ou hemorragia do sulco gengivalRealizar teste de sensibilidade

    BNo se espera observar anomalias na radiografia

    Material clnicoBrocasResina composta- Fio ortodntico semi-rgido 0.20 ou 0.30mm ou fio de nylon

    Realizar conteno semi-rgida ou flexvel para comodidade do paciente durante 7-10dias, ou de acordo com o diagnstico de trauma dos dentes vizinhosRealizar alvio oclusal

    Realizar bochechos dirios com clorexidina 0.12% no mnimo por 2 semanasAdministrar analgsico para as primeiras 48 horas

    1. Avaliar a cada 15 dias nos 2 primeiros meses2. Avaliar a cada 30 dias aps os 2 primeiros meses at 6 meses3. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

    Reavaliar periodicamente a manuteno da vitalidade pulpar SE OCORRER MORTIFICAO PULPAR: realizar penetrao desinfetante, PQC e

    medicao intracanal com Ca(OH)2 p.A + PRP por, no mnimo 45 dias, independente do

    nmero de trocas necessrias

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    SUB-LUXAES

    Dente sensvel ao toquePode apresentar pequena mobilidade, porm sem deslocamentoNa grande maioria das vezes verifica-se hemorragia no sulco gengivalRealizar teste de sensibilidade

    CNo se espera observar alteraes na radiografia

    Material clnicoBrocasResina composta - Fio ortodntico semi-rgido 0.30 ou 0.40mm ou fio de nylon calibroso

    Realizar conteno semi-rgida ou flexvel para comodidade do paciente durante 7-10dias, ou de acordo com o diagnstico de trauma dos dentes vizinhosRealizar alvio oclusal

    Realizar bochechos dirios com clorexidina 0.12% no mnimo por 2 semanasAdministrar analgsico para as primeiras 48 horas

    1. Avaliar a cada 15 dias nos 2 primeiros meses2. Avaliar a cada 30 dias aps os 2 primeiros meses at 6 meses3. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

    Reavaliar periodicamente a manuteno da vitalidade pulparSE OCORRER MORTIFICAO PULPAR: realizar penetrao desinfetante, PQC emedicao intracanal com Ca(OH)2

    p.A + PRP por, no mnimo 45 dias, independente donmero de trocas necessrias

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    LUXAES LATERAIS

    O dente pode estar deslocado em todos os sentidos, geralmente em direo palatina.Geralmente est sensvel ao toque podendo apresentar mobilidade

    Ao teste de percusso observa-se um som metlico altoRealizar teste de sensibilidadeVerificar o tempo do trauma, pois pode haver dificuldade de reposicionamento do denteC O EO espao periodontal aumentado apical se observa melhor nas radiografias oclusal ouexcntricas

    Material clnicoBrocasResina composta- Fio ortodntico semi-rgido 0.30 ou 0.40mm ou fio de nylon calibroso

    Havendo fratura alveolar seguir os passos do captulo 8

    1. Reposicionar o dente luxado sempre que possvel utilizando os dedos polegar eindicador, tracionando o dente ligeiramente para oclusal e relocando-o aoalvolo

    2. Realizar conteno semi-rgida ou flexvel durante 7-10 dias, ou de acordo como diagnstico de trauma dos dentes vizinhos

    3. Realizar alvio oclusal

    Ocorrendo dificuldade em reposicionar o dente, pode-se realizar reposioortodntica, passado o primeiro ms de avaliao

    Realizar bochechos dirios com clorexidina 0.12% no mnimo por 2 semanasAdministrar analgsico para as primeiras 48 horas

    1. Avaliar a cada 15 dias nos 2 primeiros meses2. Avaliar a cada 30 dias aps os 2 primeiros meses at 6 meses3. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

    Reavaliar periodicamente a manuteno da vitalidade pulparSE OCORRER MORTIFICAO PULPAR: realizar penetrao desinfetante, PQC emedicao intracanal com Ca(OH)2

    p.A + PRP por, no mnimo 45 dias, independente donmero de trocas necessrias

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    EXTRUSES

    O dente apresenta-se deslocado em posio abaixo da borda incisal dos dentesadjacentes, sem porm, estar totalmente fora do alvoloGeralmente est sensvel ao toque e com alto grau de mobilidade.Realizar teste de sensibilidade aps a reposio e conteno

    CObservar aumento do espao periodontal e desnvel com relao borda incisal/ oclusaldos dentes vizinhos

    Material clnicoBrocasResina composta - Fio ortodntico semi-rgido 0.40 ou 0.50mm ou fio de nylon calibroso

    Reposicionar o dente com presso digitalEstabilizar o dente com uma conteno semi-rgida por at 3 semanasRealizar alvio oclusal

    Havendo fratura alveolar seguir os passos do captulo 8Realizar bochechos dirios com clorexidina 0.12% no mnimo por 2 semanas

    Administrar analgsico para as primeiras 48 horas1. Avaliar a cada 15 dias nos 2 primeiros meses2. Avaliar a cada 30 dias aps os 2 primeiros meses at 6 meses3. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

    Reavaliar periodicamente a manuteno da vitalidade pulparSE OCORRER MORTIFICAO PULPAR: realizar penetrao desinfetante, PQC e

    medicao intracanal com Ca(OH)2

    p.A + PRP por, no mnimo 45 dias, independente donmero de trocas necessrias

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    INTRUSES

    O dente est deslocado de axial para apical, no osso alveolarGeralmente est sem sensibilidade ao toque e sem mobilidade.

    Ao teste de percusso observa-se um som metlico altoRealizar teste de sensibilidade

    CObservar a diferena da borda incisal em relao aos dentes vizinhosObservar ausncia de espao pericementrio em nvel apical

    Material clnicoBrocasCalcitonina ou alendronato sdico Hidrxido de Clcio p.A.Resina composta- Fio ortodntico semi-rgido 0.40 ou 0.50mm ou fio de nylon calibroso

    Se possvel e sentir confiana, luxar MUITO SUAVEMENTE o dente com frceps

    dentes com rizognese incompletaEsperar reposio espontnea/reerupo

    dentes com rizognese completaAguardar reerupo espontnea por 2 semanasSe no acontecer: Realizar reposio ortodntica ou cirrgica

    Realizar pulpectomia preventiva 1-3 semanas depois do traumaMedicao intracanal com calcitonina ou alendronato sdico nas 2 primeiras trocas e

    com hidrxido de clcio nas seguintes, at que se consiga uma ausncia ouestabilizao do processo de reabsoro, muito freqente neste caso

    Havendo fratura alveolar seguir os passos do captulo 8Realizar bochechos dirios com clorexidina 0.12% no mnimo por 2 semanas

    Administrar analgsico para as primeiras 48 horas1. Avaliar a cada 15 dias nos 2 primeiros meses2. Avaliar a cada 30 dias aps os 2 primeiros meses at 6 meses3. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

    TRAUMA

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    AVULSES

    O dente foi totalmente expulso de seu alvoloNo esquecer dos exames neurolgicos bsicos

    Analisar cuidadosamente durante a anamnese: local do acidente, tempo ocorridodesde o trauma e o meio de transporte do dente

    C

    Material clnicoBrocasResina composta- Fio ortodntico FLEXVEL 0.30 ou tipo Twist ou fio de nylon

    SE O DENTE J FOI REIMPLANTADO

    No extrair o dente para reimplant-lo

    Limpar a rea afetada com spray de gua, soro ou clorexidina.Suturar laceraes gengivais, especialmente na rea cervicalVerificar radiograficamente se o dente foi reimplantado na posio adequadaRealizar conteno flexvel por uma semana

    SE O DENTE FOI MANTIDO EM MEIO MIDO DE CONSERVAO ADEQUADO EEM TEMPO INFERIOR A 120 MINUTOSLavar a superfcie radicular e o forame apical abundantemente com soro fisiolgico

    Remover o cogulo do alvolo irrigando com soro fisiolgicoSe houver fratura da parede alveolar,reposicionar com um instrumento adequadoReimplantar lentamente com suave presso digitalRealizar conteno flexvel por uma semana

    SE O DENTE FOI MANTIDO EM MEIO INADEQUADO E/OU EM TEMPO SUPERIORA 120 MINUTOS

    O reimplante no est indicado

    Realiza-se curetagem do alvolo e lavagem com soro fisiolgico e sutura

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    14RIZOGNESE

    INCOMPLETA

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    Pode-se, conhecendo os riscos e o carter experimental do procedimento, optarpelo reimplante tardio, conforme descrito no captulo a seguir

    EM TODOS OS CASOS:Administrar antibiticos sistmicos: Amoxicilina 500mg 4x ao dia por 7 dias.Para pacientes alrgicos: tetraciclina, eritromicina 4x ao dia por 7 dias

    Avaliar sempre a dose apropriada para a idade e peso do pacienteAvaliar a necessidade de soro antitetnico, se a proteo anterior (vacina contra ottano) no puder ser determinada

    Realizar bochechos dirios com clorexidina 0.12% no mnimo por 2 semanas1. Avaliar a cada 30 dias nos 6 primeiros meses

    2. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

    Considere a possibilidade de revascularizao

    Evite o tratamento endodntico a no ser que apresente sinais objetivos evidentesde fracasso como: dor, fstula, dente em infra-ocluso, alterao cromtica, sommetlico percusso, sinais de reabsoro externa ou leso periapical ao exameradiogrfico

    O teste de sensibilidade pode demorar at 6 meses para responder positivamente

    Se o tratamento endodntico for necessrio, siga as recomendaes da tcnica deapicificao, medicando nas 2 primeiras trocas com calcitonina ou alendronatosdico e nas seguintes com hidrxido de clcio

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    AVULSES

    O dente foi totalmente expulso de seu alvoloNo esquecer dos exames neurolgicos bsicos

    Analisar cuidadosamente durante a anamnese: local do acidente, tempo ocorridodesde o trauma e o meio de transporte do dente

    C

    Material clnico BrocasHipoclorito de sdio 0.5% - Endo PTCResina - Fio ortodntico FLEXVEL 0.30 ou tipo Twist fio de nylon -fios 0.70 e 0.90mmIonmero de vidro

    Soluo de fluoreto de sdio acidulado a 2,4% e pH 5.5 - Hidrxido de clcio p.A.SE O DENTE J FOI REIMPLANTADO

    No extrair o dente para reimplant-lo

    Limpar a rea afetada com spray de gua, soro ou clorexidina.Suturar laceraes gengivais, especialmente na rea cervicalVerificar radiograficamente se o dente foi reimplantado na posio adequadaRealizar conteno flexvel por uma semana

    SE O DENTE FOI MANTIDO EM MEIO MIDO DE CONSERVAO ADEQUADO EEM TEMPO INFERIOR A 120 MINUTOS

    Lavar a superfcie radicular e o forame apical abundantemente com soro fisiolgicoRemover o cogulo do alvolo irrigando com soro fisiolgicoExaminar o alvolo.Se houver fratura na parede do alvolo, reposicion-la com uminstrumento adequadoReimplantar lentamente com suave presso digitalRealizar conteno flexvel por uma semana

    SE O DENTE FOI MANTIDO EM MEIO INADEQUADO E EM TEMPO SUPERIOR A120 MINUTOS (REIMPLANTE TARDIO)Preferentemente remover o ligamento periodontal necrtico, raspando a superfcieradicular com uma lmina de bisturi

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    15RIZOGNESE

    COMPLETA

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    Submergir o dente em soluo de fluoreto de sdio acidulado a 2,4% e pH 5.5 por umtempo mnimo de 5 minutosRealizar cirurgia de acesso, preparo qumico-cirrgico com abundante utilizao desubstncias qumicas (hipoclorito de sdio 0.5% e Endo PTC), medicar com hidrxido declcio e selar a cavidade com ionmero de vidroRemover o cogulo do alvolo com irrigao de soro fisiolgico e curetagemSe houver fratura da parede alveolar, reposicionar com instrumento adequadoReimplantar lentamente com suave presso digitalRealizar conteno rgidae deix-la at que se observe clinica e radiograficamente apresena de anquilose (o que geralmente entre 45 a 120 dias)

    Havendo fratura alveolar seguir os passos do captulo 8

    EM TODOS OS CASOS:

    Administrar antibiticos sistmicos: Amoxicilina 500mg 4x ao dia por 7 dias.Para pacientes alrgicos: tetraciclina, eritromicina 4x ao dia por 7 dias

    Avaliar sempre a dose apropriada para a idade e peso do pacienteAvaliar a necessidade de soro antitetnico, se a proteo anterior (vacina contra ottano) no puder ser determinada

    Realizar bochechos dirios com clorexidina 0.12% no mnimo por 2 semanas1. Avaliar a cada 30 dias nos 6 primeiros meses2. Avaliar a cada 6 meses nos prximos 2 anos

    SE O DENTE J FOI REIMPLANTADO OU FOI MANTIDO EM MEIO MIDO DECONSERVAO ADEQUADO E EM TEMPO INFERIOR A 120 MINUTOS

    No mximo entre 14 a 21 dias deve-se iniciar o tratamento endodntico,medicando com calcitonina ou alendronato sdico nas 2 primeiras trocas ehidrxido de clcio nas seguintesObture o canal apenas quando a lmina dura intacta puder ser observada ao redorde toda a superfcie radicular

    SE O DENTE FOI MANTIDO EM MEIO INADEQUADO E EM TEMPO SUPERIORA 60 MINUTOS (REIMPLANTE TARDIO)Obture o canal aps a remoo da conteno