demonstrações fi nanceiras exercício de 2014 em sintonia ... · pdf...

75
Acesse este e outros conteúdos em www.deloitte.com.br Demonstrações financeiras Exercício de 2014 Em sintonia com as regras contábeis brasileiras

Upload: vodieu

Post on 30-Jan-2018

216 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Acesse este e outros conteúdos em www.deloitte.com.br

Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014Em sintonia com as regras contábeis brasileiras

Page 2: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Índice

IFRSs - Normas internacionais de relatório financeiro .................................................................................. 5

Regulamentação contábil - Práticas contábeis brasileiras .......................................................................... 17

Assuntos emergentes no mercado - Uma visão abrangente sobre o novo ................................................. 21

Regulamentações específicas por setor - CVM, instituições financeiras e outras ....................................... 31

Assuntos tributários - Principais temas editados em 2014 .......................................................................... 48

Contabilidade internacional - Normas contábeis norte-americanas ............................................................. 60

Índices de mercado 2013 e 2014 ................................................................................................................ 69

Page 3: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 3

O ano de 2015 começa em um ambiente econômico

e político de incertezas. Nesse contexto, conceitos

como transparência, qualidade das informações e

credibilidade são fundamentais para direcionar o

País e, em consequência, as organizações rumo ao

crescimento sustentável.

Em paralelo, a aplicação de tais conceitos na

elaboração de demonstrações financeiras afirma-se

em sua relevância, considerando que essas

demonstrações são um importante instrumento de

informação entre as organizações e seus ambientes

externo e interno: clientes, fornecedores,

reguladores, credores, funcionários e

administradores, entre outros.

Na elaboração das demonstrações financeiras, é

necessário o exercício de julgamentos. Portanto, é

imprescindível ter em mente que a contabilidade não

gera resultados nem caixa, mas sim reflete a

situação patrimonial e financeira de uma entidade

em um determinado momento do tempo, bem como

é um instrumento primordial para o processo de

tomada de decisões

Pensando nisso, a Deloitte apresenta a mais nova

edição de seu “Guia de Demonstrações Financeiras

- Exercício de 2014”, que traz uma visão abrangente

das principais mudanças contábeis, tributárias e

regulatórias que impactam o encerramento do

exercício de 31 de dezembro de 2014 e os próximos

exercícios, além de seções com conteúdo técnico

para consulta referente a contabilidade, tributos e

ambiente regulatório.

A Deloitte mantém o compromisso de disseminar

conhecimento, sendo fonte de consulta confiável e

de qualidade em todas as etapas do processo de

preparação das demonstrações financeiras e

divulgações relacionadas. Reiteramos nosso suporte

às organizações que fortalecem o mercado de

capitais e o ambiente de negócios brasileiro

Bem-vindo à mais nova

edição de nosso Guia de DFs

Page 4: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 4

.

É com grande satisfação que apresento a mais nova versão do Guia de Demonstrações Financeiras da Deloitte, um dos conteúdos mais tradicionais de nossa organização, que apoia as empresas no fechamento de seus exercícios no ano corrente. A edição deste ano reúne os temas e as atualizações mais importantes para o encerramento dos balanços de 2014. O destaque fica para a tendência de aperfeiçoamento, consolidação e convergência entre as normas internacionais, com o objetivo de aumentar a comparabilidade das informações financeiras divulgadas ao mercado – um processo de aprimoramento constante, que tende a proporcionar maior transparência e credibilidade às organizações. Nossa expectativa é a de que os leitores deste guia encontrem respostas para suas principais dúvidas e sintam-se à vontade para contatar nosso time de especialistas. Boa leitura! Juarez Lopes de Araújo Presidente da Deloitte

Page 5: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 5

IFRSs novas e revisadas para as demonstrações

financeiras anuais de 2014 e exercícios

subsequentes

Esta seção contém o resumo dos normativos

emitidos ou revisados, cujas alterações passaram a

vigorar em 2014 e/ou em exercícios subsequentes,

como segue:

Visão geral das alterações às IFRSs e da nova

Interpretação com adoção obrigatória a partir do

exercício a findar em 31 de dezembro de 2014.

Visão geral das IFRSs novas e revisadas, ainda

não obrigatórias (mas com adoção antecipada

permitida) para o exercício a findar em 31 de

dezembro de 2014. Nesse sentido, a discussão a

seguir reflete as IFRSs emitidas em ou antes de

31 de julho de 2014.

Ao preparar as demonstrações financeiras para o

exercício a findar em 31 de dezembro de 2014,

as companhias precisam considerar e divulgar o

possível impacto da adoção das IFRSs novas e

revisadas emitidas pelo IASB após 31 de julho

de 2014, porém antes da autorização para

emissão das demonstrações financeiras.

Nova Interpretação e alterações às IFRSs com

adoção obrigatória a partir do exercício a findar

em 31 de dezembro de 2014

Após a adoção obrigatória de diversas normas

complexas em 2013, o ano 2014 foi relativamente

mais calmo, com a entrada em vigor de uma nova

Interpretação e de algumas alterações em certas

IFRSs. A nova Interpretação e as alterações às

IFRSs, em geral, trouxeram a necessidade da

adoção retroativa (isto é, valores comparativos

devem ser reapresentados). Cabe ressaltar que

algumas alterações contemplaram disposições

transitórias específicas.

A seguir apresentamos a lista e um breve resumo da

nova Interpretação e das alterações às IFRSs com

adoção obrigatória para períodos anuais iniciados

em ou após 1º de janeiro de 2014:

Nova Interpretação - IFRIC 21 - Tributos.

Alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 -

Entidades de Investimento.

Alterações à IAS 32 - Instrumentos Financeiros:

Compensação de Ativos e Passivos Financeiros.

Alterações à IAS 36 - Divulgações do Valor

Recuperável de Ativos Não Financeiros.

Alterações à IAS 39 - Instrumentos Financeiros:

Novação de Derivativos e Continuação da

Contabilização de “Hedge”.

Nova interpretação - IFRIC 21 - Tributos

A International Financial Reporting Interpretations

Committee - IFRIC 21 aborda a questão sobre

quando reconhecer uma obrigação relativa a

tributos. Tal Interpretação define tributo, assim como

especifica que o fato gerador que dá origem à

obrigação de pagar um tributo é a atividade que gera

o pagamento do tributo, conforme identificada pela

legislação. A Interpretação apresenta orientações

sobre como tipos diferentes de tributos devem ser

contabilizados; em particular, esclarece que a

obrigação econômica, assim como a premissa de

continuidade operacional na elaboração das

demonstrações financeiras, não implica, em conjunto

ou isoladamente, a obrigação presente de

pagamento de um tributo que será gerado pela

operação da entidade no futuro. A IFRIC 21 requer

adoção retroativa.

Alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 - Entidades

de Investimento

As alterações à IFRS 10 definem entidades de

investimento e introduzem exceção à exigência de

consolidar as controladas de uma entidade de

investimento. No que se refere à exceção, uma

entidade de investimento deve mensurar sua

participação nas controladas ao valor justo por meio

do resultado. A exceção não se aplica a controladas

de entidades de investimento que prestem serviços

relacionados às atividades da entidade de

investimento.

IFRSs

Normas internacionais de

relatório financeiro

Page 6: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 6

Para ser classificada como uma entidade de

investimento, determinados critérios devem ser

cumpridos. Especificamente, uma entidade será

classificada como uma entidade de investimento

quando:

Obtiver recursos de um ou mais investidores em

troca da prestação de serviços de gestão de

investimentos.

Ter o compromisso com seu(s) investidor(es) de

que seu objeto social é investir recursos somente

para obter retornos sobre a valorização de

capital, receita de investimentos, ou ambos.

Mensurar e avaliar o desempenho de quase

todos os seus investimentos ao valor justo.

As alterações à IFRS 12 e IAS 27 introduziram

novas exigências de divulgação para as entidades

de investimento.

De um modo geral, tais alterações exigem adoção

retrospectiva, com disposições de transição

específicas.

Alterações à IAS 32 - Instrumentos Financeiros:

Compensação de Ativos e Passivos Financeiros

As alterações à IAS 32 esclarecem as exigências

relacionadas à compensação de ativos e passivos

financeiros. Especificamente, essas alterações

esclarecem o significado das expressões

“atualmente possui o direito legalmente exequível de

compensação” e “realização e liquidação

simultâneas”. Tais alterações exigem adoção

retrospectiva.

Alterações à IAS 36 - Divulgações do Valor

Recuperável de Ativos Não Financeiros

As alterações à IAS 36 excluem a exigência de

divulgação do valor recuperável de uma Unidade Geradora de Caixa (UGC), para a qual o ágio ou

outros ativos intangíveis, com vidas úteis indefinidas,

foram alocados, quando não houver redução ao

valor recuperável ou reversão da redução ao valor

recuperável da correspondente UGC.

Adicionalmente, as alterações introduzem exigências

de divulgação adicionais, aplicáveis quando o valor

recuperável de um ativo ou UGC é mensurado ao

valor justo, deduzido dos custos de alienação. Essas

novas divulgações incluem a hierarquia de valor

justo, principais premissas e técnicas de avaliação

utilizadas. Tais exigências estão em linha com a

divulgação prevista na IFRS 13 - Mensurações do

Valor Justo. Tais alterações requerem adoção

retroativa.

Alterações à IAS 39 - Instrumentos Financeiros:

Novação de Derivativos e Continuação da

Contabilização de Hedge

As alterações à IAS 39 trazem a isenção da

exigência de descontinuidade da contabilização de

hedge quando um derivativo, designado como

instrumento de hedge, é novado sob determinadas

circunstâncias. As alterações também esclarecem

que qualquer alteração no valor justo do derivativo,

designado como instrumento de hedge, resultante da

novação, deve ser incluída na avaliação e

mensuração da efetividade do hedge. Tais

alterações requerem adoção retroativa.

IFRSs novas e revisadas não obrigatórias (mas

que podem ser adotadas antecipadamente) para

o exercício a findar em 31 de dezembro de 2014

A lista a seguir traz as IFRSs novas e revisadas

ainda não obrigatórias (mas que podem ser

adotadas antecipadamente) para o exercício a findar

em 31 de dezembro de 2014:

IFRS 9 - Instrumentos Financeiros.

IFRS 14 - Contas Regulatórias Diferidas.

IFRS 15 - Receita de Contratos com Clientes.

Alterações à IFRS 11 - Contabilização para

Aquisições de Participações em Operações em

Conjunto.

Alterações à IAS 16 e IAS 38 - Esclarecimento

sobre os Métodos Aceitáveis de Depreciação e

Amortização.

Page 7: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 7

Alterações à IAS 16 e IFRS 41 - Agricultura:

Plantas Produtivas.

Alterações à IAS 19 - Planos de Benefícios

Definidos: Contribuições dos Empregados.

Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2010 - 2012.

Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2011 - 2013.

IFRS 9 - Instrumentos Financeiros (revisada em

2014) - Aplicável para períodos anuais iniciados em

ou após 1º de janeiro de 2018

O projeto de revisão dos normativos sobre

instrumentos financeiros é composto por três fases:

Fase 1: Classificação e mensuração dos ativos e

passivos financeiros.

Fase 2: Metodologia de redução ao valor

recuperável.

Fase 3: Contabilização de hedge.

Em julho de 2014, o IASB finalizou a revisão da

contabilização de instrumentos financeiros e emitiu a

IFRS 9 (revisada em 2014), que irá substituir a IAS

39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e

Mensuração em sua totalidade na data de vigência

desse novo normativo.

Comparada à IFRS 9 (revisada em 2013), a versão

de 2014 inclui alterações limitadas às exigências de

classificação e mensuração ao introduzir uma

categoria de mensuração ao “valor justo por meio de

outros resultados abrangentes” para determinados

instrumentos da dívida simples. Tal revisão

acrescenta, ainda, as exigências de redução ao valor

recuperável relacionadas à contabilização das

perdas de crédito esperadas sobre os ativos

financeiros e compromissos de concessão de crédito

de uma entidade.

A IFRS 9 concluída (revisada em 2014) contém

exigências para: (a) classificação e mensuração de

ativos e passivos financeiros; (b) metodologia de

redução ao valor recuperável; e (c) contabilização

geral de hedge.

Fase 1: Classificação e mensuração dos ativos e

passivos financeiros

Com relação à classificação e mensuração nos

termos da IFRS 9, todos os ativos financeiros

reconhecidos, que atualmente estejam incluídos no

escopo da IAS 39, serão posteriormente

mensurados ao custo amortizado ou ao valor justo.

Mais especificamente:

Um instrumento da dívida que: (a) seja mantido

de acordo com um modelo de negócios, cujo

objetivo seja coletar os fluxos de caixa

contratuais; e (b) tenha fluxos de caixa

contratuais que correspondam, exclusivamente,

aos pagamentos do valor principal e de juros,

sobre o valor principal em aberto, deve ser

mensurado ao custo amortizado (líquido de

qualquer baixa para redução ao valor

recuperável), a menos que o ativo seja

designado ao valor justo por meio do resultado.

Um instrumento da dívida: (a) que seja mantido

de acordo com um modelo de negócios, cujo

objetivo seja atingido, tanto mediante a coleta de

fluxos de caixa contratuais quanto através da

venda de ativos financeiros; e (b) cujos prazos

contratuais do ativo financeiro gerem, em

determinadas datas, fluxos de caixa que

correspondam, exclusivamente, aos pagamentos

do valor principal e de juros sobre o valor

principal em aberto, deve ser mensurado ao

valor justo por meio de outros resultados

abrangentes, a menos que o ativo seja

designado ao valor justo por meio do resultado.

Todos os outros instrumentos da dívida devem

ser mensurados ao valor justo por meio do

resultado.

Todos os investimentos patrimoniais devem ser

mensurados no balanço patrimonial ao valor

justo, sendo os ganhos e prejuízos reconhecidos

no resultado, exceto se um investimento

patrimonial não for mantido para negociação, e,

nesse caso, uma opção irrevogável poderá ser

adotada no reconhecimento inicial para mensurar

o investimento ao valor justo por meio de outros

resultados abrangentes, sendo a receita de

dividendos reconhecida no resultado.

Page 8: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 8

A IFRS 9 contém ainda exigências para a

classificação e mensuração dos passivos financeiros

e exigências de baixa. Uma importante alteração

com relação à IAS 39 refere-se à apresentação das

variações no valor justo de um passivo financeiro

designado ao valor justo por meio do resultado atribuíveis a mudanças no risco de crédito daquele

passivo. De acordo com a IFRS 9, essas variações

são apresentadas em “Outros resultados

abrangentes”, a menos que a apresentação do efeito

da mudança no risco de crédito do passivo em

“Outros resultados abrangentes” crie ou aumente um

descasamento contábil no resultado. As variações

no valor justo atribuíveis ao risco de crédito do

passivo financeiro não são posteriormente

reclassificadas no resultado. De acordo com a IAS

39, o valor total da variação no valor justo do passivo

financeiro designado como valor justo por meio do

resultado deve ser apresentado no resultado.

Fase 2: Metodologia de redução ao valor

recuperável

O modelo de redução ao valor recuperável da IFRS

9 reflete as perdas de crédito esperadas, em vez de

perdas de crédito incorridas, nos termos da IAS 39.

De acordo com a abordagem de redução ao valor

recuperável na IFRS 9, não é mais necessário que

um evento de crédito tenha ocorrido antes do

reconhecimento das perdas de crédito. Em vez

disso, uma entidade sempre contabiliza perdas de

crédito esperadas e as variações nessas perdas de

crédito esperadas. O valor das perdas de crédito

esperadas deve ser atualizado em cada data das

demonstrações financeiras para refletir as mudanças

no risco de crédito desde o reconhecimento inicial.

Fase 3: Contabilização de hedge

As exigências de contabilização de hedge trazidas

pela IFRS 9 mantêm os três tipos de mecanismo de

contabilização de hedge da IAS 39. Por outro lado, o

novo normativo trouxe maior flexibilidade no que

tange os tipos de transações elegíveis à

contabilização de hedge, mais especificamente a

ampliação dos tipos de instrumentos que se

qualificam como instrumentos de hedge e os tipos de

componentes de risco de itens não financeiros

elegíveis à contabilização de hedge. Adicionalmente,

o teste de efetividade foi renovado e

substituído pelo princípio de “relacionamento

econômico”. A avaliação retroativa da efetividade do

hedge não é mais necessária. Foram introduzidas

exigências adicionais de divulgação relacionadas às

atividades de gestão de riscos de uma entidade.

O trabalho relacionado a macro hedge do IASB

ainda está na fase preliminar. Um documento de

discussão foi emitido, em abril de 2014, para coletar

pontos de vista e orientações preliminares do

mercado, reguladores e outros. O período para

comentários sobre tal documento findou em 17 de

outubro de 2014.

Disposições transitórias

A IFRS 9 (revisada em 2014) é aplicável para

períodos anuais iniciados em ou após 1° de janeiro

de 2018, sendo permitida a adoção antecipada. Se

uma entidade opta por adotar a IFRS 9

antecipadamente, ela deve adotar todas as

exigências contidas na IFRS 9 ao mesmo tempo,

exceto por aqueles relacionadas à:

1. Apresentação dos ganhos e das perdas do valor

justo, atribuíveis a mudanças no risco de crédito

dos passivos financeiros designados ao valor

justo por meio do resultado, cujas exigências

uma entidade pode adotar antecipadamente sem

adotar as outras exigências na IFRS 9.

2. Contabilização de hedge - uma entidade pode

optar por continuar a adotar as exigências de

contabilização de hedge da IAS 39 em vez das

exigências da IFRS 9.

Uma entidade pode adotar antecipadamente as

versões anteriores da IFRS 9 em vez da versão

2014, se a data de adoção inicial da IFRS 9 da

entidade for anterior a 1º de fevereiro de 2015. A

data de adoção inicial corresponde ao início do

período de relatório anual quando uma entidade

aplica pela primeira vez as exigências da IFRS 9.

A IFRS 9 contém disposições transitórias específicas

para: (a) a classificação e mensuração de ativos

financeiros; (b) a redução ao valor recuperável de

ativos financeiros; e (c) a contabilização de hedge. É

recomendável ler as IFRSs para mais detalhes.

Page 9: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 9

IFRS 14 - Contas Regulatórias Diferidas - Aplicável

para as primeiras demonstrações financeiras anuais

elaboradas de acordo com as IFRSs com períodos

anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2016

A IFRS 14 determina a contabilização de saldos de

contas regulatórias diferidas referente ao mercado

em que a tarifa é regulada. A norma está disponível

apenas para adotantes iniciais das IFRSs que

reconheceram saldos de contas regulatórias

diferidas (ativos e passivos) nos termos de seus

Generally Accepted Accounting Principles (GAAP)

anteriores. A IFRS 14 permite aos adotantes iniciais,

elegíveis das IFRSs, manter suas políticas e práticas

contábeis sobre ativos e passivos regulatórios

contabilizadas conforme os GAAP anteriores, com

mudanças limitadas, e requer a apresentação

separada de saldos de contas regulatórias diferidas

no balanço patrimonial e nas demonstrações do

resultado e de outros resultados abrangentes. As

divulgações são também necessárias para identificar

a natureza e os riscos associados à forma de

regulamentação de tarifas que resultou no

reconhecimento de saldos de contas regulatórias

diferidas.

A IFRS 14 é aplicável para as primeiras

demonstrações financeiras anuais elaboradas de

acordo com as IFRSs da entidade para períodos

anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2016,

sendo permitida a adoção antecipada.

IFRS 15 - Receita de Contratos com Clientes -

Aplicável para períodos anuais iniciados em ou após

1º de janeiro de 2017

A IFRS 15 estabelece um único modelo abrangente

a ser utilizado pelas entidades na contabilização das

receitas resultantes de contratos com clientes. Ela

irá substituir as normas e interpretações

relacionadas a receitas a seguir na sua data de

vigência:

IAS 18 - Receita.

IAS 11 - Contratos de Construção.

IFRIC 13 - Programas de Fidelização de

Clientes.

IFRIC 15 - Contratos para Construção de

Imóveis.

IFRIC 18 - Transferências de Ativos de Clientes.

SIC 31 - Receita - Transações de Permuta

Envolvendo Serviços de Publicidade.

Conforme sugerido pelo título da nova norma de

receitas, a IFRS 15 irá cobrir apenas as receitas

resultantes de contratos com clientes. Nos termos da

IFRS 15, um cliente de uma entidade é uma parte

que celebrou contrato com a entidade para obter

mercadorias ou serviços que correspondem à

produção das atividades ordinárias da entidade

mediante pagamento de contraprestação.

Diferentemente do escopo da IAS 18, o

reconhecimento e a mensuração da receita de juros

e receita de dividendos resultante de investimentos

da dívida e patrimoniais não fazem mais parte do

escopo da IFRS 15. Portanto, eles fazem parte do

escopo da IAS 39 (ou da IFRS 9, se a IFRS 9 for

adotada antecipadamente).

Conforme mencionado anteriormente, a nova norma

de receitas tem um único modelo para tratar as

receitas de contratos com clientes. Seu princípio

básico é que uma entidade deve reconhecer receitas

para demonstrar a transferência das mercadorias ou

serviços prometidos aos clientes em um valor que

reflita a contraprestação que a entidade espera

receber em contrapartida a essas mercadorias ou

serviços.

Page 10: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 10

A nova norma de receitas introduz uma abordagem de reconhecimento e mensuração de receitas composta por cinco passos:

A nova norma de receitas introduziu uma orientação

muito mais rígida, com relação aos seguintes

assuntos:

Se um contrato (ou série de contratos) contém

mais de uma mercadoria ou serviço prometido e,

em caso positivo, quando e como as

mercadorias ou serviços prometidos devem ser

separados.

Se o preço da transação, alocado a cada

obrigação de desempenho, deve ser reconhecido

como receita ao longo do tempo ou em um

determinado período de tempo. Nos termos da

IFRS 15, uma entidade reconhece receitas

quando uma obrigação de desempenho é

cumprida, isto é, quando o “controle” das

mercadorias ou serviços relacionados à

obrigação de desempenho específica é

transferido para o cliente. Diferentemente da IAS

18, a nova norma não inclui orientação separada

para “vendas de mercadorias” e “prestação de

serviços”; em vez disso, a nova norma requer

que as entidades avaliem se as receitas devem

ser reconhecidas ao longo do tempo ou em um

determinado período de tempo, não obstante se

as receitas referem-se a “vendas de

mercadorias” ou “prestação de serviços”.

Quando o preço da transação inclui um

componente de contraprestação variável, como

esse fato irá afetar o valor e o prazo de

reconhecimento das receitas. O conceito de

contraprestação variável é abrangente; o preço

da transação é considerado como variável em

virtude de descontos, abatimentos, restituições,

créditos, concessões nos preços, incentivos,

bônus de desempenho, penalidades e arranjos

de contingências. A nova norma introduz um

grande obstáculo para que a contraprestação

variável seja reconhecida como receita, isto é, a

receita apenas é reconhecida na medida em que

seja extremamente provável que uma reversão

significativa do valor das receitas acumuladas

reconhecidas não irá ocorrer quando a incerteza

relacionada à contraprestação variável é

subsequentemente resolvida.

Quando os custos incorridos na obtenção de um

contrato e os custos incorridos no cumprimento

de um contrato podem ser reconhecidos como

ativo.

Divulgações abrangentes são exigidas pela nova

norma.

Diversas entidades em diferentes setores serão

provavelmente afetadas pela IFRS 15 (pelo menos

até um determinado nível). Em alguns casos, as

mudanças podem ser substanciais e podem exigir

mudanças nos sistemas de Tecnologia da

Informação - TI e controles internos existentes. As

entidades devem considerar a natureza e a

extensão dessas mudanças.

Para mais informações, favor consultar as

publicações da Deloitte (IFRS in Focus e IFRS

Industry Insights) que enfatizam as implicações

práticas da IFRS 15 a diversos setores. Essas

publicações podem ser baixadas em

http://www.iasplus.com/en/tag-types/global.

A IFRS 15 é aplicável a períodos anuais iniciados

em ou após 1º de janeiro de 2017, sendo permitida

a adoção antecipada. As entidades podem optar por

adotar a norma retroativamente ou utilizar uma

abordagem de transição modificada, que

corresponde a adotar a norma retroativamente

apenas em contratos que não correspondam a

contratos concluídos na data da adoção inicial (por

exemplo,1º de janeiro de 2017 para uma entidade

com final do exercício em 31 de dezembro).

Page 11: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 11

Alterações à IFRS 11 - Contabilização para

Aquisições de Participações em Operações em

Conjunto - Aplicáveis para períodos anuais iniciados

em ou após 1º de janeiro de 2016

As alterações à IFRS 11 fornecem orientações sobre

como contabilizar a aquisição de participação em

uma operação conjunta na qual as atividades

constituem um negócio conforme definido na IFRS 3

- Combinações de Negócios. Mais especificamente,

as alterações afirmam que os princípios relevantes

da contabilização de combinações de negócios na

IFRS 3 e em outras normas (por exemplo, na IAS 36,

com relação ao teste de redução ao valor

recuperável de uma UGC, a qual o ágio sobre a

aquisição de uma operação conjunta foi alocado)

devem ser adotados. As mesmas exigências devem

ser aplicadas à formação de uma operação conjunta

se, e apenas se, um negócio existente for

contribuído para a operação conjunta por uma das

partes que participam da operação conjunta.

Um operador conjunto é também obrigado a divulgar

as informações relevantes exigidas pela IFRS 3 e

outras normas com relação a combinações de

negócios.

As alterações à IFRS 11 devem ser adotadas

prospectivamente para períodos anuais iniciados em

ou após 1º de janeiro de 2016.

Alterações à IAS 16 e IAS 38 - Esclarecimento sobre

os Métodos Aceitáveis de Depreciação e

Amortização - Aplicáveis para períodos anuais

iniciados em ou após 1º de janeiro de 2016

As alterações à IAS 16 proíbem as entidades de

utilizarem um método de depreciação com base em

receitas para itens do imobilizado. As alterações à

IAS 38 introduzem uma presunção refutável de que

as receitas não constituem base adequada para fins

de amortização de um intangível. Essa presunção

pode ser apenas refutada nas duas circunstâncias

limitadas a seguir:

a) Quando o intangível é expresso como uma

medida da receita. Por exemplo, uma entidade

pode adquirir uma concessão para explorar e

extrair ouro de uma mina de ouro. A expiração

do contrato pode se basear em um valor fixo do

total de receitas a ser gerado a partir da extração

(por exemplo, um contrato pode permitir a

extração de ouro da mina até que a receita

acumulada total proveniente da venda de ouro

atinja 2 bilhões de unidades monetárias) e pode

não se basear na data ou no valor do ouro

extraído. Desde que o contrato determine um

valor total fixo de receita a ser gerada com base

no qual a amortização é determinada, a receita a

ser gerada pode constituir base adequada para

fins de amortização do intangível; ou

b) Quando pode ser demonstrado que a receita e o

consumo de benefícios do intangível estão

substancialmente correlacionados.

Tais alterações são aplicáveis prospectivamente

para períodos anuais iniciados em ou após 1º de

janeiro de 2016.

Alterações à IAS 16 e IAS 41 - Agricultura: Plantas

Produtivas - Aplicáveis para períodos anuais

iniciados em ou após 1º de janeiro de 2016

As alterações à IAS 16 - Imobilizado e IAS 41 -

Agricultura definem uma planta produtiva e exigem

que os ativos biológicos que se enquadram na

definição de planta produtiva sejam contabilizados

como “Imobilizado” de acordo com a IAS 16, em vez

da IAS 41. No que se refere às alterações, as

plantas produtivas podem ser mensuradas,

utilizando o modelo de custo ou o modelo de

reavaliação descrito na IAS 16.

Mediante a adoção inicial das alterações, as

entidades podem utilizar o valor justo dos itens da

planta produtiva como seu custo presumido no início

do primeiro período apresentado. Qualquer diferença

entre o valor contábil anterior e o valor justo deve ser

reconhecida nos lucros acumulados de abertura no

início do primeiro período apresentado.

O produto proveniente das plantas produtivas

continua a ser contabilizado de acordo com a IAS

41.

Page 12: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 12

Alterações à IAS 19 - Planos de Benefícios

Definidos: Contribuições dos Empregados -

Aplicáveis para períodos anuais iniciados em ou

após 1º de julho de 2014

As alterações à IAS 19 esclarecem como uma

entidade deve contabilizar as contribuições feitas por

empregados ou terceiros que estejam relacionadas

aos serviços prestados aos planos de benefícios

definidos, levando em consideração se essas

contribuições dependem da quantidade de anos de

serviços prestados pelo empregado.

Para contribuições que não dependem da

quantidade de anos de serviços, a entidade pode

reconhecer as contribuições como uma redução do

custo de serviços no período no qual o

correspondente serviço é prestado, ou atribuí-las aos

períodos de serviço dos empregados utilizando a

fórmula de contribuição do plano ou pelo método

linear; enquanto para contribuições que dependem

da quantidade de anos de serviços a entidade deve

atribuí-las aos períodos de serviço dos empregados.

É necessária a adoção retroativa de tais alterações.

Page 13: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 13

Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2010 - 2012 - Aplicáveis para períodos anuais iniciados em ou após 1º de julho de 2014, exceto conforme divulgado a seguir

As melhorias anuais incluem as alterações a uma série de IFRSs, resumidas a seguir.

Norma Descrição da alteração Detalhes

IFRS 2 -

Pagamento

Baseado em

Ações

Definição de condição de

exercício

As alterações: (a) mudam as definições de “condição de

exercício” e “condição de mercado”; e

(b) acrescentam definições para “condição de

desempenho” e “condição dos serviços” que foram

anteriormente incluídas na definição de “condição de

exercício”. As alterações à IFRS 2 são aplicáveis para

operações de pagamentos baseados em ações, para as

quais a data de outorga ocorre a partir de 1º de julho

2014.

IFRS 3 -

Combinações de

Negócios

Contabilização de

contraprestação

contingente em uma

combinação de negócios

As alterações esclarecem que a contraprestação

contingente classificada como ativo ou passivo deve ser

mensurada ao valor justo em cada data das

demonstrações financeiras, independentemente se a

contraprestação contingente é um instrumento financeiro

no escopo da IFRS 9 ou IAS 39 ou um ativo ou passivo

não financeiro. As variações no valor justo (exceto pelos

ajustes do período de mensuração) devem ser

reconhecidas no resultado. As alterações à IFRS 3 são

aplicáveis a combinações de negócios para as quais a

data de aquisição ocorre a partir de 1º de julho de 2014.

IFRS 8 -

Segmentos

Operacionais

a) Agregação de

segmentos operacionais

b) Conciliação do total de

ativos dos segmentos

reportáveis com os ativos

da entidade

As alterações: (a) exigem que uma entidade divulgue os

julgamentos efetuados pela Administração na aplicação

dos critérios de agregação a segmentos operacionais,

inclusive uma descrição dos segmentos operacionais

agregados e os indicadores econômicos avaliados para

determinar se os segmentos operacionais têm

características econômicas similares; e (b) esclarecem

que uma conciliação do total dos ativos dos segmentos

reportáveis com os ativos da entidade deve ser apenas

prevista se os ativos do segmento forem regularmente

fornecidos ao principal tomador de decisões.

IFRS 13 -

Mensuração do

Valor Justo

Direitos e obrigações de

curto prazo

As alterações às Bases para Conclusão da IFRS 13

esclarecem que a emissão da IFRS 13 e subsequentes

alterações à IAS 39 e IFRS 9 não excluem a capacidade

de mensurar os direitos e as obrigações de curto prazo

sem taxa de juros declarada sobre seus valores nas

faturas, sem desconto, se o efeito do desconto for

irrelevante.

Page 14: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 14

Norma Descrição da alteração Detalhes

IAS 16 -

Imobilizado e

IAS 38 - Intangível

Método de reavaliação -

reapresentação

proporcional da

depreciação

(amortização) acumulada

As alterações à IAS 16 e IAS 38 excluem

inconsistências identificadas na contabilização da

depreciação/amortização acumulada quando um item do

imobilizado ou um intangível é reavaliado. As novas

normas esclarecem que o valor bruto contábil é ajustado

em linha com a reavaliação do valor contábil do ativo e

que a depreciação/amortização acumulada corresponde

à diferença entre o valor bruto contábil e o valor contábil

após levar em consideração as perdas por redução ao

valor recuperável acumuladas.

IAS 24 -

Divulgações de

Partes

Relacionadas

Pessoal-chave da

Administração As alterações esclarecem que uma entidade da

Administração que presta serviços de pessoal-chave da

Administração para a entidade que reporta ou para a

controladora da entidade que reporta é uma parte

relacionada da entidade que reporta.

Consequentemente, a entidade que reporta deve

divulgar como transações com partes relacionadas os

valores incorridos com o serviço, pagos ou a pagar, para

a entidade da Administração, em contraprestação à

prestação de serviços de pessoal-chave da

Administração. Porém, a divulgação dos componentes

da contraprestação paga ao pessoal-chave da

Administração por meio de outra entidade não é

necessária.

Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2011 - 2013 - Aplicáveis para períodos anuais iniciados em ou após 1º

de julho de 2014)

As melhorias anuais incluem as alterações a uma série de IFRSs, resumidas a seguir.

Norma Descrição da alteração Detalhes

IFRS 3 -

Combinações de

Negócios

Exceções ao escopo de

controladas em conjunto

As alterações esclarecem que a IFRS 3 não se aplica

à contabilização da formação de todos os tipos de

acordos conjuntos nas demonstrações financeiras do

próprio acordo-conjunto.

IFRS 13 -

Mensuração do

Valor Justo

Escopo do parágrafo 52

(exceção da carteira)

As alterações esclarecem que o escopo da exceção

da carteira, para fins de mensuração do valor justo de

um grupo de ativos e passivos financeiros em base

líquida, inclui todos os contratos dentro do escopo da

mencionada exceção e contabilizados de acordo com

a IAS 39 ou IFRS 9, mesmo aqueles contratos que

não se enquadram nas definições de ativos ou

passivos financeiros da IAS 32.

IAS 40 -

Propriedade para

Esclarecendo a inter-

-relação entre a IFRS 3 e

a IAS 40 ao classificar

As alterações esclarecem que a IAS 40 e a IFRS 3

não são mutuamente exclusivas e a adoção de ambas

as normas pode ser necessária. Consequentemente,

Page 15: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 15

Norma Descrição da alteração Detalhes

Investimento propriedade como

propriedade para

investimento ou

propriedade ocupada pelo

proprietário

uma entidade que adquire uma propriedade para

investimento deve determinar se:

a) A propriedade se enquadra na definição de

propriedade para investimento nos termos da IAS

40.

b) A transação se enquadra na definição de

combinação de negócios nos termos da IFRS 3.

Com relação às alterações à IAS 40, as alterações exigem a avaliação sobre se a aquisição de uma

propriedade para investimento constitui uma aquisição de ativo ou uma combinação de negócios a ser

realizada mediante referência à IFRS 3. A IFRS 3 define negócio como um conjunto integrado de atividades

e ativos capazes de serem conduzidos e geridos, com o objetivo de oferecer retorno sob a forma de

dividendos, custos menores ou outros benefícios econômicos diretamente para os investidores ou outros

proprietários, membros e participantes. Mais especificamente, a IFRS 3 afirma que um negócio é composto

por insumos e processos com capacidade para criar produtos. Para enquadrar-se na definição de negócios,

o conjunto integrado de atividades e ativos deve ter dois elementos essenciais: insumos e processos; a

produção não é especificamente necessária (apesar dos negócios normalmente apresentarem produção).

Ao considerar se a aquisição de uma propriedade para investimento corresponde a uma aquisição de ativo

ou combinação de negócios, é necessário julgamento considerável levando em consideração os fatos e as

circunstâncias específicas inerentes a cada transação. É importante diferenciar uma aquisição de ativo de

uma combinação de negócios, porque seus respectivos tratamentos contábeis são bastante diferentes. A

tabela a seguir descreve as principais diferenças entre o tratamento contábil de uma aquisição de ativo(s) e

uma combinação de negócios.

Questão Aquisição de ativo(s) Combinação de negócios

Qual é a norma aplicável? Diversas IFRSs (por exemplo, IAS

40, IAS 16 e IAS 2 - Estoque)

A IFRS 3.2(b) avalia a aquisição

de um ativo ou grupo de ativos

que não constitui um negócio nos

termos da IFRS 3.

IFRS 3

Page 16: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 16

Questão Aquisição de ativo(s) Combinação de negócios

Como contabilizar a

contraprestação da aquisição?

A contraprestação paga e a

pagar seria alocada entre os

ativos adquiridos.

Tanto a contraprestação paga

quanto a contraprestação a pagar,

bem como os ativos adquiridos,

devem ser mensuradas ao valor

justo na data da combinação de

negócios.

Como contabilizar os custos da

transação?

Adotar as IFRSs aplicáveis (por

exemplo, IAS 40, IAS 16 e IAS 2).

A IAS 2, IAS 16 e IAS 40

requerem que as propriedades

sejam inicialmente mensuradas ao

custo, o que normalmente inclui

os custos da transação

diretamente atribuíveis.

A IFRS 3 geralmente requer que

os custos da transação sejam

imediatamente lançados como

despesas no resultado.

A aquisição resultaria em

qualquer ágio/compra

vantajosa?

Não Qualquer excedente da

contraprestação com relação aos

ativos líquidos identificáveis do

adquirente deve ser reconhecido

como ágio. É necessária a

avaliação anual da redução ao

valor recuperável do ágio.

Qualquer excedente dos ativos

líquidos identificáveis da

adquirente com relação à

contraprestação deve ser

reconhecido no resultado como

ganho de compra vantajosa (após

reavaliação de acordo com a IFRS

3.36).

Há qualquer imposto diferido

adicional a ser reconhecido

na data da aquisição?

Não. A IAS 12.15(b) proíbe o

reconhecimento de passivo fiscal

diferido para diferenças

temporárias tributáveis,

resultantes do reconhecimento

inicial de um ativo em uma

transação que não corresponda

a uma combinação de negócios

e não afete o lucro contábil ou o

lucro tributável na data da

transação.

Sim, os ativos ou passivos fiscais

diferidos devem ser reconhecidos

na data da combinação de

negócios com relação a, por

exemplo, ajustes ao valor justo

efetuados na data da combinação

de negócios.

Page 17: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 17

Como parte do processo de harmonização com as

Normas Internacionais de Relatório Financeiro

(IFRSs) iniciado em 2008 e regulamentação das

práticas contábeis alteradas a partir da edição das

Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09 (conversão em Lei

da Medida Provisória nº 449/08), o Comitê de

Pronunciamentos Contábeis (CPC) continua com o

compromisso de emitir os pronunciamentos, as

orientações e as interpretações técnicos à medida

que novas normas internacionais são emitidas ou

revisadas.

O quadro a seguir contempla os pronunciamentos,

as orientações e as interpretações técnicos editados

pelo CPC e as respectivas deliberações da

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e resoluções

do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que os

aprovaram. Deve ser observado que as deliberações

da CVM devem ser seguidas pelas companhias de

capital aberto e as resoluções do CFC devem ser

seguidas por todas as outras entidades, devendo-se

avaliar cada caso para aquelas entidades sujeitas à

regulamentação específica, como as

regulamentadas pelo Banco Central do Brasil

(BACEN), pela Superintendência de Seguros

Privados (SUSEP), pela Agência Nacional de Saúde

Suplementar (ANS), Agência Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) e pela Agência

Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Agenda Conjunta de Regulação CVM e CPC - Atualizada em 30 de novembro de 2014 (Fonte: www.cpc.org.br)

Pronunciamentos

CPC Descrição IASB

CVM

(Deliberação)

CFC

(Resolução)

CPC 00 (R1) Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de

Relatório Contábil-financeiro

Framework 675/11 1.374/11 NBC TG

Estrutura Conceitual

CPC 01 (R1) Redução ao Valor Recuperável de Ativos IAS 36 639/10 1.292/10 NBC TG 01

CPC 02 (R2) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de

Demonstrações Contábeis

IAS 21 640/10 1.295/10 NBC TG 02

CPC 03 (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa IAS 7 641/10 1.296/10 NBC TG 03

CPC 04 (R1) Ativo Intangível IAS 38 644/10 1.303/10 NBC TG 04

CPC 05 (R1) Divulgação sobre Partes Relacionadas IAS 24 642/10 1.297/10 NBC TG 05

CPC 06 (R1) Operações de Arrendamento Mercantil IAS 17 645/10 1.304/10 NBC TG 06

CPC 07 (R1) Subvenção e Assistência Governamentais IAS 20 646/10 1.305/10 NBC TG 07

CPC 08 (R1) Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e

Valores Mobiliários

IAS 39

(partes)

649/10 1.313/10 NBC TG 08

CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) - 557/08 1.138/08 NBC TG 09

CPC 10 (R1) Pagamento Baseado em Ações IFRS 2 650/10 1.314/10 NBC TG 10

CPC 11 Contratos de Seguro IFRS 4 563/08 1.150/09 NBC TG 11

CPC 12 Ajuste a Valor Presente - 564/08 1.151/09 NBC TG 12

CPC 13 Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória

nº 449/08

- 565/08 1.152/09 NBC TG 13

CPC 14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e

Evidenciação (Fase I) (*)

(*) (*) (*)

CPC 15 (R1) Combinação de Negócios IFRS 3 665/11 1.350/11 NBC TG 15

CPC 16 (R1) Estoques IAS 2 575/09

alterada pela

624/10

1.170/09 NBC TG 16

CPC 17 (R1) Contratos de Construção IAS 11 691/12 1.411/12 NBC TG 17

CPC 18 (R2) Investimento em Coligada, em Controlada e em

Empreendimento Controlado em Conjunto

IAS 28 696/12 1.424/13 NBC TG 18

CPC 19 (R2) Negócios em Conjunto IFRS 11 694/12 1.415/12 NBC TG 19

Regulamentação contábil

Práticas contábeis brasileiras

Page 18: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentação contábil

Práticas contábeis brasileiras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 18

CPC Descrição IASB

CVM

(Deliberação)

CFC

(Resolução)

CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos IAS 23 672/11 1.172/09 NBC TG 20

CPC 21 (R1) Demonstração Intermediária IAS 34 673/11 1.174/09 NBC TG 21

CPC 22 Informações por Segmento IFRS 8 582/09 1.176/09 NBC TG 22

CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de

Erro

IAS 8 592/09 1.179/09 NBC TG 23

CPC 24 Evento Subsequente IAS 10 593/09 1.184/09 NBC TG 24

CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes IAS 37 594/09 1.180/09 NBC TG 25

CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis IAS 1 676/11 1.185/09 NBC TG 26

CPC 27 Ativo Imobilizado IAS 16 583/09 1.177/09 NBC TG 27

CPC 28 Propriedade para Investimento IAS 40 584/09 1.178/09 NBC TG 28

CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola IAS 41 596/09 1.186/09 NBC TG 29

CPC 30 (R1) Receitas IAS 18 692/12 1.412/12 NBC TG 30

CPC 31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação

Descontinuada

IFRS 5 598/09 1.188/09 NBC TG 31

CPC 32 Tributos sobre o Lucro IAS 12 599/09 1.189/09 NBC TG 32

CPC 33 (R1) Benefícios a Empregados IAS 19 695/12 1.425/13 NBC TG 33

CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas IAS 27 693/12 1.413/12 NBC TG 35

CPC 36 (R3) Demonstrações Consolidadas IFRS 10 698/12 1.426/13 NBC TG 36

CPC 37 (R1) Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade IFRS 1 647/10 1.306/10 NBC TG 37

CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração IAS 39 604/09 1.196/09 NBC TG 38

CPC 39 Instrumentos Financeiros: Apresentação IAS 32 604/09 1.197/09 NBC TG 39

CPC 40 (R1) Instrumentos Financeiros: Evidenciação IFRS 7 684/12 1.198/09 NBC TG 40

CPC 41 Resultado por Ação IAS 33 636/10 1.287/10 NBC TG 41

CPC 43 (R1) Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 41 - 651/10 1.315/10 NBC TG 43

CPC 44 Demonstrações Combinadas - 708/13 2013/NBCTG44

CPC 45 Divulgação de Participações em Outras Entidades IFRS 12 697/12 1.427/13 NBC TG 45

CPC 46 Mensuração do Valor Justo IFRS 13 699/12 1.428/13 NBC TG 46

CPC PME (R1) Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas com

Glossário de Termos

IFRS for

SMEs

- 1.255/09 NBC TG

1000

Revisão dos

Pronunciamentos

no 06/2014

Alteração nos CPCs 04, 05, 10, 15, 22, 25, 26, 27, 28, 33,

38, 39 e 46

IAS 39, IAS

24, IFRS 2,

IFRS 3,

IFRS 8, IAS

37, IAS 16,

IAS 40, IAS

19, IAS 39,

IAS 32 e

IFRS 13

728/14 -

(*) Pronunciamento atualizado, correspondente à orientação OCPC nº 03, que deixa de ter aplicabilidade após a edição dos pronunciamentos CPCs 38, 39 e

40.

Page 19: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentação contábil

Práticas contábeis brasileiras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 19

Interpretações

CPC Descrição IASB CVM

(Deliberação)

CFC

(Resolução)

ICPC 01

(R1)

Contratos de Concessão IFRIC 12 677/11 1.261/09 ITG 01

ICPC 02 Contrato de Construção do Setor Imobiliário IFRIC 15 612/09 1.266/09 ITG 02

ICPC 03 Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento

Mercantil

IFRIC 4, SIC 15 e

SIC 27

717/13 1.256/09 ITG 03

ICPC 04 Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 - Pagamento

Baseado em Ações (*)

(*) (*) (*)

ICPC 05 Pronunciamento Técnico CPC 10 - Pagamento Baseado em

Ações - Transações de Ações do Grupo e em Tesouraria (*)

(*) (*) (*)

ICPC 06 Hedge de Investimento Líquido em Operação no Exterior IFRIC 16 616/09 1.259/09 ITG 06

ICPC 07 Distribuição de Dividendos in Natura IFRIC 17 717/13 1.260/09 ITG 07

ICPC 08

(R1)

Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos - 683/12 1.398/12 ITG 08

ICPC 09

(R2)

Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações

Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método

de Equivalência Patrimonial

- 729/14 2014/ITG09

ICPC 10 Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à

Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos

CPCs 27, 28, 37 e 43

- 619/09 1.263/09 ITG 10

ICPC 11 Recebimento em Transferência de Ativos dos Clientes IFRIC 18 620/09 1.264/09 ITG 11

ICPC 12 Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros

Passivos Similares

IFRIC 1 621/09 1.265/09 ITG 12

ICPC 13 Direitos a Participações Decorrentes de Fundos de Desativação,

Restauração e Reabilitação Ambiental

IFRIC 5 717/13 1.288/10 ITG 13

ICPC 14 Cotas de Cooperados em Entidades Cooperativas e Instrumentos

Similares

IFRIC 2 717/13 -

ICPC 15 Passivos Decorrentes de Participação em um Mercado Específico

- Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos

IFRIC 6 638/10 1.289/10 ITG 15

ICPC 16 Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais IFRIC 19 717/13 1.316/10 ITG 16

ICPC 17 Contratos de Concessão: Evidenciação SIC 29 677/11 1.375/11 ITG 17

ICPC 18 Custos de Remoção de Estéril (Stripping) de Mina de Superfície

na Fase de Produção

IFRIC 20 714/13 2013/ITG18

ICPC 19 ICPC 19 - Tributos IFRIC 21 730/14 2014/ITG09

ICPC 20 Limite de Ativo de Benefício Definido, Requisitos de Custeio

(Funding) Mínimo e sua Interação

IFRIC 14 731/14 2014/ITG09

(*) Revogada. O texto dessa interpretação está contido no pronunciamento CPC 10 (R1).

Page 20: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentação contábil

Práticas contábeis brasileiras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 20

Orientações

CPC Descrição IASB

CVM

(Deliberação)

CFC

(Resolução)

OCPC 01

(R1)

Entidades de Incorporação Imobiliária - 561/08 alterada

pela 624/10

1.154/09 CTG01

OCPC 02 Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008 - Ofício-Circular

CVM/SNC/SEP

nº 01/2009

1.157/09 CTG 02

OCPC 03 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e

Evidenciação

- Ofício-Circular

CVM/SNC/SEP

nº 03/2009

1.199/09 CTG 03

OCPC04 Aplicação da Interpretação Técnica ICPC 02 às Entidades de

Incorporação Imobiliária Brasileiras

- 653/10 1.317/10 CTG 04

OCPC05 Contratos de Concessão - 654/10 1.318/10 CTG 05

OCPC 06 Apresentação de Informações Financeiras Pro Forma - 709/13 2013/CTG06

OCPC 07 Evidenciação na Divulgação dos Relatórios Contábil-financeiros de

Propósito Geral

- 727/14 2014/CTG07

Pronunciamentos, orientações e interpretações técnicos em fase de emissão

CPC Assunto Correlação IASB Estágio Atual

CPC 34 Exploração de Avaliação de Recursos Minerais IFRS 6 Aguardando revisão do

IASB

CPC 42 Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente

Inflacionária

IAS 29 Aguardando revisão do

IASB

OCPC 08 Audiência Pública nº 06/2014 - OCPC 08 - Em análise pelo CPC dos

comentários recebidos na

audiência pública

Revisão dos

Pronunciamentos

no 07/2014

Audiência Pública nº 07/2014 - alteração nos CPCs 18 e 37 IAS 27 Em audiência pública até

20/12/2014

Page 21: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 21

Introdução

A Deloitte, com o intuito de proporcionar aos usuários do “Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício

de 2014” informações relevantes para auxiliá-los no processo de atualização das mudanças contábeis,

tributárias regulatórias e questões de governança corporativa, traz neste tópico artigos escritos por

profissionais da Deloitte, especialistas em alguns temas importantes que estão em evidência no mercado,

tanto para o exercício de 2014 como para os próximos exercícios.

Educação Profissional Continuada para auditores e

preparadores de demonstrações financeiras

Foi recentemente aprovada a Norma Brasileira de

Contabilidade (NBC PG) que regulamenta o

Programa de Educação Profissional Continuada

(PEPC) do Conselho Federal de Contabilidade

(CFC). A norma apresenta proposta para a

ampliação do PEPC para outros segmentos da

profissão e não apenas para os profissionais que

exercem atividades de auditoria independente.

Isso significa um grande passo para manter,

atualizar e expandir os conhecimentos e as

competências técnicas dos profissionais de

contabilidade já que, conforme previsto no item 4.(f)

desta norma, a Educação Profissional Continuada

(EPC) passa a ser obrigatória também para

responsáveis técnicos pelas demonstrações

financeiras, ou que exerçam funções de

gerência/chefia na área contábil das empresas

sujeitas à contratação de auditoria independente

pela CVM, pelo BACEN e pela SUSEP ou

consideradas de grande porte nos termos da Lei

Federal nº 11.638/07 (sociedades de grande porte).

O programa requer que os profissionais referidos

nesta norma cumpram, no mínimo, 40 pontos de

EPC por ano-calendário, conforme tabela de

pontuação constante no anexo da norma. Os

profissionais devem estar atentos ao cumprimento

dessa pontuação por meio de cursos, palestras,

seminários, conferências, painéis, reuniões,

congressos, convenções, graduação, pós-

-graduação e auto estudo, entre outros, desde que

esses eventos estejam devidamente credenciados

pelo CFC. Cabe ao profissional a verificação prévia

do devido credenciamento no PEPC para a atividade

ou o evento que pretende realizar. Os profissionais

também são responsáveis pelo lançamento,

preferencialmente no sistema web do CFC e

Conselho Regional de Contabilidade (CRC), das

informações relativas às atividades que necessitem

de apreciação para atribuição de pontos e a entrega

do relatório de atividades anuais no CRC de

jurisdição do registro principal do profissional até o

dia 31 de janeiro do ano subsequente ao ano-base.

Uma Comissão de Educação Profissional

Continuada (CEPC) do CFC foi criada para

estabelecer as diretrizes e os procedimentos

necessários para a implantação dessa norma pelos

CRCs e pelas organizações (capacitadoras) que

ministram e registram os eventos nos CRCs sujeitos

à aprovação. A CEPC também é responsável em

avaliar o cumprimento da pontuação dos

profissionais de contabilidade. O descumprimento

das disposições dessa norma pelos profissionais de

contabilidade constitui infração às normas

profissionais de contabilidade e ao Código de Ética

Profissional do Contador, a ser apurada em regular

processo administrativo no âmbito do respectivo

CRC. No caso de auditores independentes, o

descumprimento acarretará a baixa do respectivo

Cadastro Nacional de Auditores Independentes

(CNAI).

A NBC PG 12 entrou em vigor em 21 de novembro

de 2014, devendo ser aplicada a partir de 1° de

janeiro de 2015. Já para os contadores preparadores

de demonstrações financeiras, nas circunstâncias

descritas, a aplicação deve ocorrer a partir de 1º de

janeiro de 2016.

Por Emerson Ferreira

Sócio de Auditoria Deloitte

Assuntos emergentes

Uma visão abrangente sobre o

novo

Page 22: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos emergentes no mercado

Uma visão abrangente sobre o novo

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 22

Reconhecimento de Receita - IFRS 15

O International Accounting Standards Board (IASB)

publicou a IFRS 15 - Revenue from Contracts with

Customers (Receita de Contratos com Clientes), em

maio de 2014. Esta nova norma define os critérios

únicos para contabilização de receitas de contratos

com clientes e substitui as determinações atuais

relacionadas ao reconhecimento de receitas,

atualmente incluída em diversas normas e

interpretações. O princípio básico é que uma

entidade reconhece receitas, a fim de refletir a

transferência de mercadorias ou serviços,

mensurada como o valor ao qual a entidade espera

ter direito. O critério de reconhecimento de receitas

poderá ser alterado para algumas entidades, uma

vez que a nova norma é mais detalhada do que as

normas existentes e introduz novas complexidades.

Entretanto, a nova norma não é aplicável a

transações que são tratadas em outras normas,

como: (a) arrendamento mercantil; (b) instrumentos

financeiros; (c) contratos de seguros;

(d) investimentos em outras entidades; e

(e) transações não monetárias entre entidades que

atuam no mesmo ramo de atividade.

A nova norma é aplicável, obrigatoriamente, para

períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro

de 2017. O IFRS 15 permite a adoção antecipada,

mas a utilização dessa prerrogativa no Brasil

depende da emissão dessa norma pelo CPC e/ou

pela CVM.

As entidades podem optar por adotar a norma

retroativamente ou utilizar uma abordagem

modificada no período da adoção. A norma é

resultado de um projeto de convergência em

conjunto com o US Financial Accounting Standards

Board - FASB, que teve início em 2002. A norma foi

alinhada quase que na sua totalidade, e as

diferenças mais significativas entre as IFRSs e o US

GAAP referem-se às divulgações intermediárias e à

data de adoção.

A norma exige que todos os cinco passos a seguir sejam endereçados:

1) Identificar o contrato com o cliente.

2) Identificar as diferentes obrigações do contrato.

3) Determinar o preço da transação.

4) Alocar o preço da transação entre as obrigações do contrato.

5) Reconhecer a receita quando (ou na medida em que) a entidade satisfaz cada obrigação do contrato.

Alguns exemplos de situações que poderão impactar as demonstrações financeiras quando da adoção da IFRS 15 são:

Se os contratos atualmente existentes são exigíveis, conforme o ambiente legal em que a entidade atua (enforceable rights).

Se mercadorias distintas são fornecidas ou serviços distintos são prestados, deve-se concluir se devem ser contabilizados separadamente ou em conjunto.

Se gastos específicos relacionados à obtenção de um contrato devem ou não ser capitalizados.

Se as receitas devem ser ajustadas para fins de efeito do valor da moeda no tempo.

Em que momento alterações contratuais devem ser registradas.

O impacto nos preços a serem considerados, na medida em que mecanismos de precificação incluem valores variáveis.

Se as receitas devem ser reconhecidas ao longo do tempo ou em um determinado momento.

A nova norma requer significativamente mais divulgações relacionadas às receitas, e as entidades devem garantir a existência de processos apropriados para a coleta de informações.

Page 23: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos emergentes no mercado

Uma visão abrangente sobre o novo

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 23

Conforme citado anteriormente, de forma resumida, a IFRS 15 introduz novas exigências. A complexidade de aplicação dessa abordagem e elaboração de divulgações detalhadas exigidas na nova norma pode requerer mudanças nos sistemas contábeis existentes e, em alguns casos, as entidades podem concluir que devem desenvolver novas atividades de controle. As entidades devem assegurar que têm tempo suficiente para desenvolver e implantar quaisquer mudanças necessárias.

Por Tarcísio Santos

Sócio de Auditoria Deloitte

Arranjos de pagamentos

Com o grande crescimento do mercado de meios de

pagamento, o qual permite que um cidadão efetue

transações de pagamentos sem a necessidade de

intermediação de uma instituição financeira,

mostrou-se necessária a existência de normas para

tornar o mercado mais seguro e transparente.

Com isso, em 9 de outubro de 2013, a Presidente da

República sancionou a Lei nº 12.865, que

estabeleceu, entre outros assuntos, os princípios e

as normas gerais sobre os chamados “arranjos de

pagamento” e “instituições de pagamento”, os quais

passam a integrar o Sistema de Pagamentos

Brasileiro (SPB), além de conferir ao Conselho

Monetário Nacional (CMN) e ao Banco Central do

Brasil (BACEN) poderes para regulamentá-los.

Os arranjos de pagamento, em resumo, consistem

em um conjunto de regras que disciplina o

funcionamento de um determinado instrumento de

pagamento aceito por mais de um recebedor. Já as

“instituições de pagamento” são as entidades que

participam desses arranjos, como, por exemplo, os

emissores de cartões.

A nova Lei criou também outros conceitos, incluindo

o de “instituidor de arranjo de pagamento”, que é a

pessoa jurídica responsável pelo arranjo de

pagamento e, quando for o caso, pelo uso da marca

associada ao arranjo, bem como o de “conta de

pagamento”, que consiste na conta de registro detida

em nome do usuário final de serviços de pagamento.

Muito embora a Lei nº 12.865/13 deixa claro que as

instituições de pagamento não se confundem com as

instituições financeiras, sendo inclusive vedadas

aquelas atividades privativas de instituições

financeiras, as instituições de pagamento estão

sujeitas, além da supervisão do BACEN, ao regime

de administração especial temporária, à intervenção

e à liquidação extrajudicial próprias das instituições

financeiras, assim como às mesmas penalidades

administrativas previstas para essas.

Adicionalmente, passam a ter de seguir o conjunto

de normas contábeis conforme instituídas pelo

BACEN, o plano de contas do Plano Contábil das

Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF)

e os procedimentos de elaboração de balanços

semestrais que passam a ser sujeitas as auditorias

independentes de forma semelhante ao que é

requerido as instituições financeiras.

O CMN e o BACEN instituíram um primeiro marco

regulatório, disciplinando o funcionamento de

arranjos e instituições de pagamento, por meio das

Resoluções nº 4.282 e n° 4.283 e das Circulares

nº 3.680, nº 3.681, nº 3.682 e nº 3.683, todas

datadas de 4 de novembro de 2013.

A Resolução nº 4.282/13 estabelece as diretrizes

que devem ser observadas na regulamentação, na

vigilância e na supervisão das instituições de

pagamento e dos arranjos de pagamento integrantes

do SPB que tratam a Lei nº 12.865/13, entre eles,

interoperabilidade dos arranjos de pagamento,

confiabilidade, qualidade e segurança dos serviços

de pagamento e inclusão financeira.

Já a Resolução nº 4.283/13 explicita para as

instituições reguladas as exigências de

transparência de informações, inclusive sobre os

riscos e as responsabilidades decorrentes da

utilização de serviços financeiros, além de exigir a

adequação dos produtos e serviços a necessidades,

perfil e interesses do cliente ou usuário.

As novas circulares, por sua vez, dividem-se em

quatro assuntos: (a) instituições de pagamento;

(b) arranjos de pagamento; (c) contas de

pagamento; e (d) gerenciamento de riscos das

instituições de pagamento.

Page 24: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos emergentes no mercado

Uma visão abrangente sobre o novo

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 24

Os principais impactos para as instituições que passarão a fazer parte do “guarda-chuva” do BACEN são, entre outros:

A necessidade de alocação dos recursos líquidos correspondentes aos saldos de moedas eletrônicas mantidas em conta de pagamento, inclusive os saldos em trânsito, exclusivamente em espécie em uma conta específica no BACEN ou títulos públicos federais.

Implantação de estrutura de gerenciamento de riscos e adesão de instituições financeiras a arranjos de pagamento.

Atendimento ao conjunto de critérios, procedimentos e regras contábeis e de

publicação das demonstrações financeiras estabelecidas pelo COSIF.

Para adequação aos requerimentos regulatórios, o BACEN estabeleceu prazos mínimos, os quais são aplicáveis às instituições de pagamento e arranjos de pagamento participantes do SPB.

As instituições de pagamento integrantes do SPB em fase de constituição devem solicitar autorização para funcionamento ao BACEN e ingressar com pedido de autorização para funcionamento até maio de 2014, já aquelas em funcionamento devem ingressar com o pedido de autorização para funcionamento até 1º de dezembro de 2014.

O conjunto de normas da regulamentação de arranjos de pagamentos esta sumariada a seguir.

Resolução BACEN nº 4.282/13

Estabelece as diretrizes que devem ser observadas na regulamentação, na vigilância e na supervisão das instituições de pagamento e dos arranjos de pagamento integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), de que trata a Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013.

Resolução BACEN nº 4.283/13

Altera a Resolução nº 3.694, de 26 de março de 2009, que dispõe sobre a prevenção de riscos na contratação de operações e na prestação de serviços por parte de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Circular BACEN nº 3.680/13

Dispõe sobre a conta de pagamento utilizada pelas instituições de pagamento para registros de transações de pagamento de usuários finais.

Circular BACEN nº 3.681/13

Dispõe sobre o gerenciamento de riscos, os requerimentos mínimos de patrimônio, a governança de instituições de pagamento, a preservação do valor e da liquidez dos saldos em contas de pagamento e dá outras providências.

Circular BACEN nº 3.682/13

Aprova o regulamento que disciplina a prestação de serviço de pagamento no âmbito dos arranjos de pagamentos integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), estabelece os critérios segundo os quais os arranjos de pagamento não integrarão o SPB e dá outras providências.

Page 25: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos emergentes no mercado

Uma visão abrangente sobre o novo

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 25

Circular BACEN nº 3.683/13

Estabelece os requisitos e os procedimentos para constituição, autorização para funcionamento, alterações de controle e reorganizações societárias, cancelamento da autorização para funcionamento, condições para o exercício de cargos de administração das instituições de pagamento e autorização para a prestação de serviços de pagamento por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Circular BACEN nº 3.704/14

Dispõe sobre as movimentações financeiras relativas à manutenção, no Banco Central do Brasil, de recursos em espécie correspondentes ao valor de moedas eletrônicas mantidas em contas de pagamento e a participação das instituições de pagamento no Sistema de Transferência de Reservas (STR).

Circular BACEN nº 3.705/14

Altera as Circulares nº 3.681/13, nº 3.682/13 e nº 3.683/13, que dispõem sobre os arranjos e as instituições de pagamento, e a Circular nº 3.347/07, que dispõe sobre o Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS).

Por Marcelo Teixeira

Sócio de Auditoria Deloitte

Page 26: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos emergentes no mercado

Uma visão abrangente sobre o novo

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 26

COSO Framework 2013

Uma “Tempestade Perfeita”

Em resposta a uma confluência de normas e

atividades regulatórias (por exemplo, normas e

atividades do Committee of Sponsoring

Organizations of the Treadway Commission (COSO),

do Public Company Accounting Oversight Board

(PCAOB) ou da SEC, as companhias, os comitês de

auditoria, os auditores externos e os reguladores têm

aumentado seu foco nos controles internos sobre os

relatórios financeiros. Declarações de

representantes da SEC e do PCAOB têm enfatizado

que as companhias e os auditores externos devem

aumentar a atenção que dão aos controles internos.

Adicionalmente, em 9 de outubro de 2014, a CVM

aprovou a Instrução CVM nº 552 que, dentre outras

alterações propostas, expandiu significativamente as

divulgações obrigatórias do Formulário de

Referência sobre a estrutura de controles internos

das companhias a partir 2016. Tais divulgações

adicionais incluem:

As principais práticas de controles internos e o

grau de eficiência de tais controles, indicando

eventuais imperfeições e as providências

adotadas para corrigi-las.

As estruturas organizacionais envolvidas.

Se e como a eficiência dos controles internos é

supervisionada pela Administração da

companhia, indicando o cargo das pessoas

responsáveis pelo referido acompanhamento.

Com esse cenário em mente, as companhias têm

uma oportunidade de usar a implantação do COSO

2013 como um meio para atualizar e reavaliar a sua

estrutura de controles internos.

Em dezembro de 2013, o Vice Chief Accountant da

SEC, Sr. Brian Croteau, declarou o seguinte: “À

medida em que mantemos ou aumentamos a

intensidade de nosso foco em nos controles internos

sobre os relatórios financeiros... eu continuo

convencido de que pelo menos alguns dos

resultados das inspeções do PCAOB relacionados à

auditoria dos controles internos sobre relatórios

financeiros são indicadores prováveis de problemas

semelhantes de avaliação dos controles internos

sobre os relatórios financeiros por parte da

Administração das companhias e, portanto, também

um potencial indicativo de risco de deficiências

materiais não identificadas... eu continuo a

questionar se todas as deficiências materiais estão

sendo devidamente identificadas... as causas podem

ser, em primeiro lugar, porque as irregularidades não

estão sendo identificadas ou, de outra forma, porque

a gravidade das deficiências não está sendo

avaliada de forma adequada”.

Em março de 2014, a Sra. Jeanette Franzel, membro

do Conselho do PCAOB, fez a seguinte observação:

“Estamos atualmente no que podemos chamar de

"tempestade perfeita" na área de controles internos

sobre os relatórios financeiros, o que exige uma

ação efetiva de todos os participantes envolvidos

com relatórios financeiros e auditoria. A

Administração das companhias, os auditores

internos e os auditores externos estão inteirando-se

sobre o novo framework do COSO ao mesmo tempo

em que as empresas de auditoria externa estão

tomando medidas para responder aos resultados de

inspeções do PCAOB associados às suas auditorias

dos controles internos das companhias”.

Novo Framework do COSO

Originalmente publicado em 1992, o Internal Control

- Integrated Framework do COSO (o “COSO 1992”)

tornou-se um dos frameworks de controles internos

mais aceitos no mundo. O principal objetivo do

COSO na atualização e melhoria do framework é de

abordar as mudanças significativas nos ambientes

operacionais e de negócios que ocorreram ao longo

dos últimos 20 anos.

A versão atualizada do framework do COSO (o

“COSO 2013”) enfatiza o papel do Conselho de

Administração na criação de um ambiente de

controle eficaz e de um processo de avaliação de

riscos, incluindo a identificação e o tratamento de

riscos de fraude. Apesar dos componentes de

controle interno do COSO 2013 serem os mesmos

do COSO 1992 (ou seja, ambiente de controle,

avaliação de riscos, atividades de controle,

informação e comunicação e atividades de

monitoramento), o novo framework exige que as

companhias avaliem se os 17 princípios estão

Page 27: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos emergentes no mercado

Uma visão abrangente sobre o novo

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 27

presentes e funcionando para determinar se o seu

sistema de controles internos é eficaz.

Além disso, os 17 princípios são apoiados por

pontos de foco, que são considerações importantes

para a companhia avaliar se o desenho e a

efetividade operacional dos controles atendem aos

princípios. Estas alterações irão conduzir à

necessidade de um processo diferente para a

avaliação de deficiências. Do ponto de vista de

certificação dos controles internos sobre os relatórios

financeiros, quando um ou mais dos 17 princípios do

COSO 2013 não estiverem presentes e funcionando,

existe uma grande deficiência (major deficiency), o

que equivale a uma fraqueza material (material

weakness) sob a Seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley

de 2002 ("SOX 404").

17 Princípios de Controles Internos do COSO

Page 28: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos emergentes no mercado

Uma visão abrangente sobre o novo

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 28

Muitos temas em evidência, como competência e

responsabilidade daqueles que executam as

atividades de controles internos, identificação e

tratamento de riscos de fraude, qualidade das

informações utilizadas nos controles internos e

eventos que podem exigir mudanças nos controles

internos, são discutidos em detalhes no COSO 2013.

Para uma análise mais detalhada desses temas,

consulte a publicação Heads Up: COSO Enhances

Its Internal Control - Integrated Framework, emitida

pela Deloitte em 10 de junho de 2013.

Alerta aos Foreign Private issuers

As companhias que utilizam o COSO 1992 para

avaliação de controles internos sobre os relatórios

financeiros devem estar cientes das orientações de

transição do COSO, que afirma que o COSO 1992

estará disponível até 15 de dezembro de 2014,

momento em que o COSO irá considerá-lo obsoleto

e será substituído pelo COSO 2013. Além disso, o

antigo Chief Accountant da SEC, Sr. Paul Beswick,

afirmou em maio de 2013 que “a equipe da SEC

planeja acompanhar a transição para os registrantes

que utilizam o COSO 1992 para avaliar a

necessidade de alguma ação por parte da equipe da

SEC em algum momento no futuro”.

A SEC também indicou que “quanto maior o período

durante o qual o registrante continuar a utilizar o

COSO 1992, maior será a probabilidade de que o

registrante receberá questionamentos da equipe da

SEC sobre se o uso do COSO 1992 satisfaz as

exigências da SEC na utilização de um framework

adequado e reconhecido (particularmente após 15

de dezembro de 2014)”.

Muito além dos relatórios financeiros

Há uma tendência crescente para as companhias

usarem o COSO 2013 além de seu uso para os

controles internos sobre os relatórios financeiros, e

abranger controles que abordam questões

regulatórias importantes ou riscos operacionais.

Usando um framework comum para identificar e

implantar controles e cobrir um amplo espectro de

riscos materiais pode facilitar uma abordagem

coerente e eficaz na avaliação e também promover a

eficiência através da alavancagem de certos

controles para tratar de vários tipos de risco.

As áreas em que as companhias podem considerar

a aplicação do framework compreendem:

Administrar o cumprimento com a Lei de Práticas

de Corrupção no Exterior (Foreign Corrupt

Practices Act - FCPA): houve um aumento

significativo das ações de aplicação da FCPA

pela SEC e pelo Departamento de Justiça

Norte-Americano.

Administrar o cumprimento com as

regulamentações globais de segurança e de

privacidade, incluindo as regras da indústria de

cartões de pagamento e gestão de riscos

associados a ameaças e ataques cibernéticos: O

COSO 2013 pode ser utilizado para gerenciar a

conformidade de acordos contratuais com

terceiros, incluindo os relacionados com a

segurança de acesso e requisitos de

licenciamento.

Administrar o cumprimento com os

requerimentos regulatórios específicos:

Exemplos incluem regulamento sobre lavagem

de dinheiro; regulamentos específicos de

determinado país; regulamentos específicos de

cada indústria, como órgão e agências

reguladores; etc.

Criação de programas de governança, risco e

controles relacionados à sustentabilidade: Como

as companhias enfrentam uma pressão

crescente para tratar de questões ambientais,

sociais e de governança, o COSO 2013 pode

ajudar no desenvolvimento de um programa para

gerenciar os riscos relacionados a essas

questões. Atualmente, mais do que nunca, os

investidores estão avaliando o desempenho da

companhia sobre os riscos ambientais, sociais e

de governança, tornando-se cada vez mais

adversos a tais riscos.

Proporcionar um framework para identificar,

mitigar e gerir áreas de riscos operacionais e

estratégicos, identificados por meio de processos

de gestão de riscos corporativos das

companhias.

Page 29: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos emergentes no mercado

Uma visão abrangente sobre o novo

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 29

A aplicação do COSO 2013 em outras áreas, além

dos controles internos sobre relatórios financeiros,

pode proporcionar uma disciplina necessária para

tratar da matriz de riscos, que está cada vez mais

complexa. O novo framework também pode fornecer

uma gestão coerente e eficaz para definir, implantar

e monitorar a estrutura de controles internos e para

aprimorar continuamente os processos de gestão de

risco da companhia.

Questões para reflexão

A companhia está utilizando o framework do

COSO apenas para riscos relacionados aos

controles internos sobre relatórios financeiros, ou

também para os riscos operacionais e

regulatórios?

As atividades de controle que a companhia

possui foram mapeados para o novo framework

do COSO?

Ao considerar o novo framework do COSO,

foram identificadas lacunas relacionadas ao

processo, às atividades de controle ou à

documentação? Se sim, como essas lacunas

estão sendo endereçadas?

A companhia está disseminando o conteúdo do

novo framework do COSO para sua liderança,

seus gestores de riscos e os responsáveis pelos

controles da companhia?

Quais políticas estão em vigor e quem são os

responsáveis pela comunicação das

considerações de controles internos para partes

externas (por exemplo, prestadores de serviços

terceirizados)?

A companhia utiliza tecnologia de informação e

de análise de dados para ajudar a monitorar

continuamente seu sistema de controles

internos?

Por Bruce Mescher

Sócio de GIOS - Global IFRS and Offerings

Services

As instituições financeiras estão adaptadas às

Políticas de Responsabilidade Socioambiental?

Os conceitos de sustentabilidade e de

responsabilidade socioambiental já não são mais

uma novidade para as corporações brasileiras, mas

as aplicações, o planejamento e a coleta de

resultados relacionados ao tema nem sempre são

claramente compreendidas por elas. Em decorrência

disso, resolvemos analisar as instituições financeiras

e o braço econômico que costuma liderar as

mudanças em padrões empresariais e descobrir o

atual estágio das práticas do tema nas organizações

que compõem o sistema financeiro nacional. Foi fácil

observar políticas empregadas em grandes

instituições, mas quando tratamos daquelas de

menor porte não encontramos praticamente política

nem iniciativa em andamento.

Em primeiro lugar, as instituições financeiras devem

entender que o relatório e as políticas de

responsabilidade socioambientais precisam envolver

três pilares de sustentação (ambiental, social e

econômico) - é necessário haver uma coesão entre

eles para que o processo possa caminhar

adequadamente. Estratégia corporativa, visando à

criação de valor no curto, médio e longo prazos,

envolvimento dos principais stakeholders nos

processos de tomada de decisão e transparência e

responsabilidade nas decisões tomadas e nos

impactos gerados são fatores essenciais para a

compreensão do tema. Portanto, as questões

socioambientais não devem envolver apenas

legislações que se preocupem com o meio ambiente.

Por isso, é necessário reforçar que as empresas

devem entender como estão em relação às suas

políticas e quais critérios precisam ser abordados. A

partir desse ponto, as instituições devem partir de

duas premissas: a primeira é a elaboração de uma

Política de Responsabilidade Socioambiental

(PRSA), estabelecendo diretrizes e objetivos

alinhados, controles e monitoramento para garantir

sua implementação. Depois torna-se necessário criar

e divulgar o Relatório Socioambiental Anual, com

indicadores que reflitam a adequada aplicação da

política.

Page 30: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos emergentes no mercado

Uma visão abrangente sobre o novo

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 30

Como já foi mencionado, ainda há um longo caminho

a ser percorrido pelas instituições financeiras. Esse

fato também foi observado em pesquisa recente

elaborada pela Deloitte em parceria com o Uniethos,

o estudo intitulado “Sustentabilidade nas Instituições

Financeiras”, mostrou o pouco interesse que o tema

ainda desperta no segmento de pequenas e médias

instituições, apesar dos riscos existentes para o

desenvolvimento econômico do Brasil.

A pesquisa englobou dois grupos: o primeiro, e mais

detalhado, com 40 dessas instituições, indicou que

apenas 29% possuem comitê de responsabilidade

socioambiental e que pouco mais da metade (55%)

faz avaliação prévia de riscos ambientais. Ainda,

82% não incluem critérios de sustentabilidade para o

cálculo da remuneração variável de seus executivos.

Já entre as participantes da segunda rodada (888),

somente 50 adotam políticas de responsabilidade

socioambiental, 86 publicam relatórios de

sustentabilidade e 92 praticam gestão de risco

socioambiental. Em suma, cerca de 10% das

entidades que se submeteram à consulta

apresentam um trabalho mais efetivo ligado à

sustentabilidade. O resultado de ambos os

levantamentos demonstra o espaço que ainda existe

para o tratamento do tema socioambiental no Brasil.

As questões socioambientais permeiam todos os processos da instituição, por isso, a sua implantação é tão importante para manter em funcionamento o ciclo produtivo da companhia. Apenas dessa forma o desenvolvimento se tornará pleno e organizado. Uma iniciativa que auxiliará nesse aspecto é a resolução do BACEN, que acarretará, de forma obrigatória, a implantação de uma política de responsabilidade socioambiental. A medida irá contemplar os impactos socioambientais de serviços e produtos financeiros; a avaliação dos riscos e oportunidades relacionados às mudanças climáticas e à biodiversidade e o gerenciamento do risco socioambiental.

Agora as instituições financeiras de pequeno e médio portes podem e devem se espelhar nas grandes, que já contam com políticas e ações socioambientais para viverem o processo de implantação dessas ações. O estabelecimento de uma política é essencial para a construção de um padrão mínimo de gestão, com a definição das dimensões econômicas, social e ambiental nos negócios e na relação ética e transparente da instituição com suas partes interessadas (fornecedores e clientes). E, especialmente, em função desse posicionamento elas se tornam um exemplo para a sociedade civil como um todo, trazendo à tona a importância de uma cadeia inteiramente sustentável.

Tempo de mudanças

A sociedade e o mercado vinham requerendo a

criação de uma legislação específica para coibir ou

reduzir a prática de corrupção entre agentes do

governo e empresas privadas ou estatais. De fato,

no início de janeiro de 2014 entrou em vigor a Lei nº

12.846, de abrangência nacional, que pode ser

aplicada por qualquer ente da União: governo

federal, estadual ou municipal. A Lei prevê a

responsabilização criminal e cível dos agentes que

praticarem atos que não estejam em conformidade

com a legislação do nosso País, mas ainda não foi

regulamentada. Com a nova Lei, o Brasil passa a

possuir uma legislação comparável à norte-

americana (Foreign Corrupt Practices Act, ou FCPA)

e o Bribery Act, do Reino Unido.

O tema é preocupante porque a corrupção tem custado ao mundo cerca de USS$ 2,6 trilhões ao ano, de acordo com estimativa do Fórum Econômico Mundial, ou cerca de 5% do PIB global. A adoção de regras mais claras, por parte do Brasil, é um grande passo para que o País mude a forma de fazer negócios, um reflexo de nossa cultura e de nossa visão de mundo. Regras claras e transparentes tendem a produzir uma cultura mais afeita ao cumprimento das leis e o aperfeiçoamento das regras de delação premiada também impulsionam a investigação de atos ilícitos, na medida em que incentivam a denúncia por parte dos próprios envolvidos.

Page 31: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos emergentes no mercado

Uma visão abrangente sobre o novo

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 31

Para as empresas, a nova Lei traz a oportunidade para que possam adequar suas ferramentas de compliance e governança corporativa para inicialmente mitigar riscos relacionados a essa prática e também, caso sejam envolvidas em situações de corrupção, possam aproveitar totalmente os benefícios oferecidos pela legislação. Muitas companhias nessa situação acabam por transformar suas práticas de governança em referência para o mercado.

Atualmente, cada vez mais a população acompanha o noticiário e repudia casos que fazem menção à corrupção e às práticas ilícitas nas companhias e no governo. Aliado ao interesse do público, as redes sociais transformaram-se em um potente veículo de divulgação de reclamações, denúncias e cobrança de autoridades e empresários. No momento, o cidadão tem maior poder para conhecer e fiscalizar essas operações e, consequentemente, vem demandando por mais transparência e investigações e por menos leniência e impunidade.

Um novo momento das relações entre companhias, setor público e toda a sociedade começa a tomar corpo e as companhias, mais do que nunca, precisam se adequar aos novos tempos.

Ambos Por Camila Araújo

Sócia da área de Consultoria em Gestão de

Riscos da Deloitte e líder da área de serviços em

Sustentabilidade. Ela também integra o Comitê

de Sustentabilidade da ANEFAC

Page 32: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 32

Comissão de Valores Mobiliários (CVM):

regulamentações emitidas em 2014 e 2013 (que não

estavam disponíveis quando da elaboração do guia

de 2013)

Instrução CVM nº 553, de 16 de outubro de 2014

Altera dispositivos da Instrução CVM nº 301, a fim de

ajustar dois aspectos da norma que tratam do

cadastro dos clientes às recomendações previstas

pelo Grupo de Ação Financeira de Lavagem de

Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo -

GAFI/FATF:

1. Reforça que toda a relação de negócio só pode

ser iniciada ou mantida após observadas as

providências relacionadas ao processo cadastral

e da política Conheça seu Cliente.

2. Exige declaração sobre os propósitos e a

natureza da relação de negócio com a

instituição, deixando claro que a referida

declaração poderá ser obtida quando ocorrer a

atualização dos dados cadastrais dos clientes já

existentes.

Em virtude das manifestações recebidas, o atual

parágrafo único, artigo 2º, do Anexo I da Instrução

CVM nº 301/99 foi alterado para prever a

inaplicabilidade das obrigações impostas pelo

referido dispositivo na hipótese de negociação de

cotas de fundos de investimento em mercado

secundário.

Instrução CVM nº 552, de 9 de outubro de 2014

Altera e acrescenta dispositivos à Instrução CVM nº

480/09 e altera dispositivos das Instruções CVM nº

358/02 e nº 481/09. A nova norma atualiza alguns

dos dispositivos do formulário de referência, previsto

na Instrução CVM nº 480/09, fazendo ajustes para

racionalizar e aprimorar a prestação de informações

pelas companhias. Além disso, acrescenta dois

anexos à referida Instrução CVM nº 480/09.

Anexo 30-XXXII: regula as informações que

devem ser divulgadas nos aumentos de capital

deliberados pelo Conselho de Administração e

traz para essas operações o mesmo regime de

divulgação requerido no Anexo 14 da Instrução

CVM nº 481/09 para os aumentos de capital

deliberados em assembleia geral.

Anexo 30-XXXIII: disciplina as informações que

devem ser divulgadas ao mercado pela

companhia sempre que for realizada uma

transação entre partes relacionadas que se

enquadre nos critérios estabelecidos na nova

norma. O objetivo é permitir que os acionistas

possam monitorar as transações mais relevantes

de forma mais estreita e imediata.

As seguintes modificações podem ser destacadas:

1. Autorização para que solicitações de conversão

da categoria B para a categoria A sejam

analisadas concomitantemente a pedido de

registro de oferta pública de ações ou de valores

mobiliários conversíveis ou referenciados em

ações.

2. Consolidação das informações prestadas nas

Seções 8 (Grupo Econômico) e 15 (Controle) em

uma só seção do formulário de referência.

3. Especificação das informações que devem ser

divulgadas em aumentos de capital decorrentes

de plano de opção no Anexo 30-XXXII (em

consequência, o Anexo 14 da Instrução CVM nº

481/09 também foi alterado).

4. Exclusão das transações envolvendo

companhias controladas direta ou indiretamente

pelo emissor, em que não haja participação de

administradores do emissor ou de seus

controladores diretos e indiretos ou pessoas a

eles vinculadas, do rol das transações que

devem ser comunicadas.

5. Revisão dos critérios propostos para determinar

as transações entre partes relacionadas que

serão divulgadas na forma do Anexo 30-XXXIII,

tendo sido fixado que deverão ser comunicadas

as transações:

a) cujo valor total supere o menor dos seguintes

valores: (i) R$50.000.000,00; ou (ii) 1% do ativo

total do emissor; e

Regulamentações específicas por setor CVM, instituições financeiras e outras

Page 33: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 33

b) a critério da Administração, cujo valor total seja

inferior aos parâmetros previstos anteriormente,

tendo em vista: (i) as características da operação;

(ii) a natureza da relação da parte relacionada

com o emissor; e (iii) a natureza e extensão do

interesse da parte relacionada na operação.

Os critérios fixados para a comunicação de

transações entre partes relacionadas procuraram

garantir que o comunicado se aplique aos diferentes

emissores.

O parâmetro de R$50.000.000,00 foi fixado levando

em conta o número e os valores das transações com

partes relacionadas reportadas pelas companhias de

maior porte no formulário de referência. Desse modo,

a regra atende ao que se pretendia para esse tipo de

companhia. De outro lado, a divulgação de

transações com valores superiores a 1% do ativo

total atende às preocupações externadas pelos

participantes na audiência pública em relação às

companhias de menor porte.

Instrução CVM nº 551, de 25 de setembro de 2014

Altera e acrescenta dispositivos às Instruções CVM

nº 332/00, nº 400/03 e nº 476/09. O principal objetivo

é permitir a distribuição pública com esforços

restritos de ações de emissores categoria A e

valores mobiliários correlatos, tais como debêntures

conversíveis por ações. Para tanto, a CVM precisou

fazer alguns ajustes na Instrução nº 476/09. Os

principais foram:

1. A inclusão de um regime de concessão de

direito de prioridade aos antigos acionistas.

2. A não aplicação da restrição de negociação de

90 dias às ações, bônus de subscrição e

certificados de depósito de ações.

A CVM implantou também outras medidas pontuais

que têm o intuito de aumentar a abrangência da

norma e aprimorar a supervisão das ofertas com

esforços restritos:

1. Inserção dos Certificados de Operações

Estruturadas (COE) no rol de ativos previsto na

Instrução CVM nº 476/09, viabilizando sua oferta

pública com esforços restritos.

2. Aumento do número de investidores qualificados

que podem adquirir valores mobiliários na oferta

(passará de 20 para 50).

3. Inserção de um comunicado de início de oferta.

4. Aprimoramento da informação relativa ao

encerramento da oferta.

De acordo com a Instrução CVM nº 551/14, as

companhias que não tenham feito uma oferta pública

registrada terão a negociação no mercado

secundário das ações de sua emissão restrita a

investidores qualificados por um período de 18

meses a contar da data de admissão à negociação

das suas ações em bolsa.

A CVM altera, ainda, a Instrução CVM nº 400/03, a

fim de inserir novas regras para emissores em fase

pré-operacional. As ofertas públicas de ações e

valores mobiliários correlatos realizadas por eles

deverão ser distribuídas, exclusivamente, para

investidores qualificados e a negociação de seus

valores mobiliários ficará restrita a esses investidores

pelo prazo de 18 meses contados da oferta.

Já no caso de distribuição pública com esforços

restritos de ações emitidas por companhia em fase

pré-operacional que já tiverem sido objeto de oferta

pública registrada na CVM, a negociação por

investidores não qualificados será permitida após o

decurso do prazo de 18 meses contados da oferta

pública registrada na Autarquia, em linha com o

proposto na Instrução CVM nº 400/03.

Se não houver oferta pública registrada, os valores

mobiliários somente poderão ser negociados por

investidores não qualificados quando o emissor se

tornar operacional, transcorrerem 18 meses da

oferta e desde que a admissão à negociação do

ativo em bolsa de valores tenha ocorrido há pelo

menos 18 meses.

Page 34: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 34

Instrução CVM nº 550, de 17 de julho de 2014

Altera e acrescenta dispositivo à Instrução CVM nº

401/03, que dispõe sobre os registros de negociação

e de distribuição pública de Certificados de Potencial

Adicional de Construção (CEPAC). O prazo de

distribuição dos CEPACs passou de seis meses para

dois anos, contados da data de divulgação do

anúncio de início da oferta. O novo período está em

linha com as decisões do Colegiado ao analisar

pedidos de prorrogação do prazo de distribuição

feitos à CVM.

Assim, a norma estabelece um prazo de distribuição

mais adequado ao tempo de amadurecimento

necessário para os empreendimentos imobiliários

que se pretende financiar com esse instrumento.

Instrução CVM nº 549, de 24 de junho de 2014

Altera a Instrução CVM nº 409/04, que dispõe sobre

a constituição, o funcionamento e a administração

dos fundos de investimento. A Instrução cria os

Fundos de Investimento em Ações - Mercado de

Acesso (FMA), que terão como política de

investimento aplicar pelo menos 2/3 do seu

patrimônio em ações de companhias listadas nesse

segmento. A norma também regulamenta

mecanismos para viabilizar o investimento em

companhias menos líquidas autorizando os FMA,

constituídos sob a forma de condomínio fechado,

para recomprar cotas do próprio fundo, quando

estiverem sendo negociadas em mercado abaixo do

seu valor patrimonial. Os FMAs também poderão

investir até 1/3 do patrimônio em companhias

fechadas, desde que tenham ingerência na gestão

dessas companhias nos mesmos moldes exigidos

dos fundos de investimento em participação. Com

isso, a CVM cria um fundo de ações que pode

investir em companhias fechadas e abertas. A

intenção é permitir que tais fundos possam

acompanhar a evolução de companhias que ainda

não realizaram oferta pública de ações, mas que

pretendem ou tenham potencial de fazê-la

futuramente. A Instrução permite, ainda, a cobrança

de taxa de desempenho sobre retornos absolutos

(índices de juros ou inflação, por exemplo), pois não

há nenhum índice de renda variável que reflita de

forma adequada a evolução de companhias de

menor porte.

Instrução CVM nº 548, de 6 de maio de 2014

Altera, acrescenta e revoga dispositivos da Instrução

CVM nº 400/03, que dispõe sobre as ofertas públicas

de distribuição de valores mobiliários nos mercados

primário ou secundário. O principal objetivo da nova

norma é dispensar o dever de publicar os avisos

obrigatórios das ofertas públicas em jornais. Porém,

exige a divulgação desses avisos na Internet nas

páginas da emissora, do ofertante, da instituição

intermediária, da CVM e da entidade administradora

do mercado, sendo os valores mobiliários da

emissora admitidos à negociação.

Instrução CVM nº 547, de 5 de fevereiro de 2014

A nova norma altera dispositivos da Instrução CVM

nº 358/02, que dispõe sobre a divulgação e o uso de

informações sobre ato ou fato relevante, e da

Instrução CVM nº 480/09, que trata do registro de

emissores de valores mobiliários admitidos à

negociação em mercados regulamentados de

valores mobiliários, e tem como objetivo oferecer às

companhias abertas a opção de divulgar

comunicados de fato relevante por meio de portais

de notícia presentes na Internet e não apenas em

jornais de grande circulação, como já fazem

atualmente.

Instrução CVM nº 546, de 3 de fevereiro de 2014

Altera dispositivos da Instrução CVM nº 400/03, que

dispõe sobre as ofertas públicas de distribuição de

valores mobiliários, nos mercados primário ou

secundário. O principal objetivo é estimular o uso do

Programa de Distribuição Contínua (PDC). Para

tanto, passa a ser permitido que a instituição

financeira informe determinadas características da

emissão da Letra Financeira (LF) apenas no

momento do registro automático de distribuição e

não desde o registro do PDC. A CVM ainda atualiza

a regulamentação do PDC devido às mudanças

recentes do regime jurídico aplicável às LFs. Nesse

sentido, veda-se que letras financeiras emitidas com

cláusula de conversão em ações possam ser objeto

de PDC e expande-se o escopo de informações

previstas no Anexo X da Instrução CVM nº 400/03.

Page 35: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 35

Instrução CVM nº 545, de 29 de janeiro de 2014

Dispõe sobre o processo administrativo sancionador

de rito sumário. Tem por objetivo orientar quanto ao

que é considerado como infração de natureza

objetiva e em quais hipóteses, que pode ser adotado

rito sumário de processo administrativo sancionador,

bem como informa passo-a-passo sobre os

procedimentos aplicáveis.

Instruções CVM nº 541, 542, 543 e 544, de 20 de

dezembro de 2013

Regulamentam a prestação de serviços relacionados

à infraestrutura de mercado. Com essas normas, a

CVM moderniza e aprimora o regime aplicável a

importantes atividades de infraestrutura de mercado

relacionadas à existência e detenção de ativos

financeiros ofertados publicamente ou negociados

em mercados organizados.

O principal objetivo das novas normas é assegurar

condições para o desenvolvimento seguro do

mercado brasileiro, em linha com os princípios e

padrões debatidos mundialmente como adequados

para impedir novas crises financeiras.

As novas normas asseguram que os valores

mobiliários negociados no mercado brasileiro, e seus

respectivos lastros, de fato existem, que eles se

encontram disponíveis para negociação e que, uma

vez adquiridos, eles pertençam ao investidor que os

tenha adquirido. Tal modelo se apoia sobre uma

cadeia de obrigações e de responsabilidades que

envolve os escrituradores, os custodiantes e os

depositários centrais.

Assim, as Instruções 541/13, 542/13 e 543/13, que

substituem a antiga Instrução CVM nº 89/88, tratam,

respectivamente, das atividades de depósito

centralizado, custódia e escrituração de valores

mobiliários. Os escrituradores atuam na qualidade

de mantenedores dos registros sobre a emissão de

ativos escriturais. Os custodiantes são responsáveis

pela guarda de ativos emitidos fisicamente ou são

detentores das posições de custódia dos clientes

nos depositários centrais. E os prestadores de

serviço de depósito centralizado são essenciais para

a negociação de um ativo em mercados organizados,

concentrando todos os atos correspondentes aos

ativos neles depositados.

Basicamente, a cadeia de obrigações e

responsabilidades entre esses diferentes agentes se

articula da seguinte maneira:

a) Um determinado valor mobiliário, emitido

fisicamente ou de forma escritural, é custodiado

por um custodiante autorizado ou registrado em

um escriturador.

b) A propriedade fiduciária desse ativo é transmitida

para o depositário central que, perante o

custodiante ou o escriturador, se torna o seu

titular, ocorrendo, assim, a sua “imobilização”.

c) Com isso, o mesmo ativo “nasce” nos registros

internos do depositário central, em que são

identificados os investidores que são seus

titulares.

d) Com as negociações dos ativos, a titularidade

destes é transferida, nos registros do depositário

central, para novos investidores.

e) Os investidores são sempre representados,

perante o depositário central, por um custodiante,

em uma faceta distinta daquela descrita no item

(a) anterior. Nesse caso, custódia é prestação de

serviço para investidores.

A Instrução CVM nº 541/13 regulamenta ainda o

processo de constituição de garantias sobre os

valores mobiliários que forem objeto de guarda

centralizada, nos termos do artigo 26 da Lei n°

12.810/13. Tal artigo cria a possibilidade de

constituição de garantias sobre os ativos a partir de

registros efetuados no próprio ambiente em que os

ativos estão depositados. Tal medida facilita o

processo de constituição de garantias sobre valores

mobiliários e traz mais segurança a uma série de

operações financeiras.

Page 36: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 36

Já a Instrução CVM nº 544/13, por sua vez, trata das

atividades de registro de valores mobiliários e de

operações com valores mobiliários. O registro é uma

prática comum no Brasil e tem sido valorizado, no

debate internacional, como um dos mecanismos

capazes de gerar informações sobre os ativos

emitidos e sobre as operações realizadas por

instituições financeiras, o que faz com que as

entidades registradoras sejam consideradas

importantes infraestruturas de mercado.

É importante destacar que o registro de um valor

mobiliário não se confunde com o depósito

centralizado daquele valor mobiliário. O depósito

centralizado, como esclarecido, destina-se a

assegurar que um determinado ativo é imobilizado e

que ele é, efetivamente, detido por um investidor. Já

o registro, que pode ser do ativo em si ou de

operações realizadas, tem funções eminentemente

informacionais, gerando bases de dados que servem

de importante suporte para as atividades dos

reguladores e para a administração da exposição

das instituições financeiras.

Pela Instrução CVM nº 544/13, que trouxe dois

novos dispositivos para a Instrução CVM nº 461/07,

a CVM deixou claro que as obrigações de registro

que têm surgido em algumas leis recentemente

(como a que estabelece que o registro de derivativos

é condição para a sua validade) são supridas a partir

do registro da operação ou do ativo em um sistema de mercado de balcão organizado, que é uma figura

já consolidada no sistema brasileiro, regulamentada

pela Instrução CVM nº 461/07.

As três regras relacionadas a depósito centralizado,

custódia e escrituração entraram em vigor em junho

de 2014, com prazo para a adaptação dos agentes a

elas sujeitos de um ano e meio da data da entrada

em vigor. A regra relacionada à prestação de

serviços de registro entra em vigor imediatamente,

por não demandar nenhum tipo de adaptação.

As principais mudanças decorrentes das respectivas

audiências públicas são:

a) Instrução CVM nº 541/13 (depositário central):

A nova Instrução não contempla a

obrigatoriedade de constituição de

Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízo

(MRP) por depositários centrais.

A CVM manteve o regime de participação de

depositários centrais uns nos outros, mas

também criou obrigações de

interoperabilidade entre diferentes

depositários centrais, regulamentando, assim,

dois padrões de relacionamento entre

diferentes depositários.

A CVM permitiu que a distribuição de cotas

de fundos fechados, não destinadas à

negociação em mercado secundário, não

seja sujeita à obrigatoriedade de depósito

centralizado, em linha com o que a minuta

havia proposto para os fundos abertos.

A Instrução estabelece no § 3º do artigo 32

requisitos para que operações

compromissadas entre os bancos e seus

clientes sejam também reconhecidas como

sujeitas a um regime de beneficiário final a

partir da identificação dos clientes no

depositário, mesmo que esses não detenham

posição própria e, desde que haja proteção

para os ativos assim detidos, ou seja, não se

confundam com o patrimônio da instituição

financeira.

Como esclarecido, a CVM passou a tratar

tanto do acesso de um depositário aos

sistemas de outros quanto das obrigações de

interoperabilidade. Foram aprofundados, em

razão das sugestões recebidas, os requisitos

relacionados ao acesso e à

interoperabilidade, a fim de impedir

comportamentos discriminatórios e

anticoncorrenciais por um depositário central.

Page 37: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 37

b) Instrução CVM nº 542/13 (custodiante):

Mudanças relacionadas às diferentes

atividades que um custodiante pode realizar:

custódia de ativos emitidos fisicamente, que

é pressuposto para a imobilização de um

ativo no depositário central, e a custódia

como prestação de serviço para investidores,

com a manutenção das contas destes no

depositário central.

Harmonização das regras referentes à

prestação de informações para os

investidores constantes das três normas.

c) Instrução CVM nº 543/13 (escriturador):

Caracterização dos sistemas de registro de

determinados ativos, que são emitidos por

meio de tal registro, como sujeitos ao regime

da escrituração, nos casos em que tais ativos

forem destinados à distribuição pública.

Instrução CVM nº 540, de 26 de novembro de 2013

Acrescenta dispositivos à Instrução CVM nº 391/11,

que dispõe sobre a constituição, o funcionamento e

a administração de Fundos de Investimentos em

Participações (FIP). O objetivo dessa reforma é

aumentar os investimentos de FIPs nas empresas de

pequeno e médio portes, com a flexibilização da

exigência de que esses FIPs tenham efetiva

influência na definição da política estratégica e na

gestão das companhias investidas. Para tanto, o

investimento deve ser feito em companhias listadas

em segmento voltado ao mercado de acesso com

padrões de governança corporativa mais restritos

que os exigidos por lei.

Outra alteração importante foi a elevação do

patamar de 20% para 35% do patrimônio líquido do

FIP, que poderá ser investido em companhias com

dispensa da exigência de ingerência na sua gestão.

O prazo para aplicação dos recursos ainda foi

estendido de até 90 dias para seis meses, em

virtude dos comentários na audiência.

Instrução CVM nº 539, de 13 de novembro de 2013

Dispõe sobre o dever de verificação da adequação

de produtos, serviços e operações, recomendados

por instituições financeiras, ao perfil do cliente

(suitability). A Instrução exige que as pessoas

habilitadas a atuarem como integrantes do sistema

de distribuição e os consultores de valores

mobiliários, ao recomendarem produtos, realizarem

operações ou prestarem serviços, verifiquem sua

adequação ao perfil do cliente. Para tanto, deverão

ser observados os seguintes requisitos:

a) Se o produto, serviço ou operação é adequado

aos objetivos de investimento do cliente.

b) Se a situação financeira do cliente é compatível

com o produto, o serviço ou a operação.

c) Se o cliente possui conhecimento necessário para

compreender os riscos relacionados ao produto,

ao serviço ou à operação.

Também devem ser analisadas e classificadas as

categorias de produtos disponíveis, considerando,

no mínimo, os riscos e seus ativos subjacentes, o

perfil dos emissores, as eventuais garantias e os

prazos de carência.

A Instrução prevê, ainda, casos de vedação à

recomendação pelos participantes do mercado de

produtos ou serviços ao cliente, quando:

a) O perfil do cliente não for adequado ao produto

ou serviço.

b) Não forem obtidas as informações que

permitam a identificação do perfil do cliente.

c) As informações relativas ao perfil do cliente não

estiverem atualizadas.

O perfil do cliente deve ser atualizado, no mínimo, a cada 24 meses.

Page 38: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 38

Uma importante modificação foi a exclusão dos

analistas e administradores de carteiras de valores

mobiliários do escopo da norma, por não atuarem

diretamente na distribuição ou no aconselhamento

de clientes específicos.

Outra alteração relevante foi a supressão da

referência a “ofertas” ao longo da norma, sendo

mantido apenas o termo “recomendações”. Dessa

forma, fica mais claro que o foco da Instrução é a

recomendação de produtos e serviços a clientes

específicos, afastando-se a preocupação em torno

da amplitude da expressão “oferta”.

Vale ressaltar que o cliente continua livre para

ordenar suas operações, devendo ser alertado,

apenas, caso sua ordem esteja inadequada ao seu

perfil ou quando este estiver desatualizado ou não

existir.

A Instrução traz ainda casos em que é dispensada a

obrigatoriedade de verificar a adequação ao perfil,

quando se possa presumir que o cliente tenha

conhecimento necessário ou estrutura suficiente

para respaldar suas próprias decisões de

investimento. Esse rol de clientes foi ampliado, fruto

das manifestações na audiência pública, incluindo-se

os demais participantes do sistema de distribuição e

não apenas as instituições financeiras, os

investidores não residentes, os analistas de valores

mobiliários e, por fim, as pessoas jurídicas

consideradas investidores qualificados.

Outras regulamentações da CVM

Durante o exercício de 2014, a CVM emitiu diversas

deliberações, com o objetivo de aprovar os

pronunciamentos, as interpretações e as orientações

técnicos emitidos pelo CPC. Adicionalmente,

relacionamos a seguir o resumo dos principais

Ofícios-Circulares emitidos pela CVM em 2014:

Superintendência de Relações com Investidores

Institucionais

Ofício-Circular/CVM/SIN nº 06, de 5 de dezembro de

2014

O presente Ofício-Circular tem como objetivo orientar

os administradores fiduciários e os gestores de

fundos de investimento quanto a procedimentos

recomendáveis na aquisição de ativos financeiros

representativos de dívidas ou obrigações não

soberanas (crédito privado). Note-se que o escopo

do presente trabalho abarca tanto os veículos

regulados pela Instrução CVM nº 409/04 quanto os

fundos estruturados, sobre os quais, apesar da

regulação por normas próprias, a Instrução CVM nº

409/04 incide subsidiariamente.

Ofício-Circular/CVM/SIN nº 05, de 21 de novembro

de 2014

O presente Ofício-Circular tem como objetivo

disponibilizar orientações sobre procedimentos

relativos ao funcionamento de fundos de

investimento, ao registro de investidor não residente

e às atividades de administração de carteiras,

consultoria e análise de valores mobiliários.

Ofício-Circular/CVM/SIN nº 04, de 15 de setembro

de 2014

O presente Ofício-Circular tem como objetivo orientar

os administradores de fundos de investimento

quanto ao preenchimento do item 11 do Anexo V

(Perfil Mensal) da Instrução CVM nº 409/04,

acrescido do artigo 3º da Instrução CVM nº 512/11.

Ofício-Circular/CVM/SIN nº 03, de 15 de setembro

de 2014

O presente Ofício-Circular tem como objetivo

informar sobre a prorrogação de prazo para envio de

informações e documentos periódicos de fundos de

investimento

Page 39: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 39

Ofício-Circular/CVM/SIN nº 01, de 19 de fevereiro de

2014

O presente Ofício-Circular tem como objetivo

informar sobre a prorrogação de prazo para envio

das informações mensais dos fundos de

investimento - posição fevereiro de 2014.

Superintendência de Relações com o Mercado e

Intermediários

Ofício-Circular/CVM/SMI nº 003 e nº004, de 16 de

maio de 2014

Os presentes Ofícios-Circulares têm como objetivo

informar sobre a Declaração Eletrônica de

Conformidade - Instrução CVM nº 510/11.

Ofício-Circular/CVM/SMI nº 002, de 28 de abril de

2014

O presente Ofício-Circular tem como objetivo

informar sobre a Instrução CVM nº 542/13, § 1º do

artigo 21.

Ofício-Circular/CVM/SMI nº 001, de 31 de março de

2014

O presente Ofício-Circular tem como objetivo

informar sobre os procedimentos na abertura de

conta-corrente previstos na Instrução CVM nº

301/99.

Superintendência de Relações com Investidores

Institucionais/Superintendência de Normas

Contábeis e de Auditoria

Ofício-Circular/CVM/SIN/SNC nº 1, de 2 de maio de

2014

O presente Ofício-Circular tem como objetivo orientar

os administradores de Fundos de Investimento

Imobiliários (FII) sobre a forma de cálculo dos “lucros

auferidos, apurados segundo o regime de caixa”, nos

termos do artigo 10, parágrafo único, da Lei nº

8.668/93, para fins de cálculo do valor a distribuir.

Superintendência de Relações com Empresas

Ofício-Circular/CVM/SEP nº 003, de 15 de setembro

de 2014

O presente Ofício-Circular tem como objetivo

informar às companhias incentivadas que, para

manutenção do registro atualizado, a partir de 1º de

outubro de 2014 poderão ser enviadas as

informações periódicas e eventuais por intermédio

do website da CVM ou da BM&FBOVESPA na rede

mundial de computadores.

Ofício-Circular/CVM/SEP nº 002, de 21 de março de

2014

O presente Ofício-Circular tem como objetivo

informar às companhias abertas e estrangeiras que,

a partir de 21de março de 2014, está disponível uma

nova versão do Sistema Empresas.Net (versão 7.0),

que traz melhorias no módulo para preenchimento e

envio dos formulários de Referência, Cadastral,

Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFP),

Informações Trimestrais (ITR) e SEC.

Ofício-Circular/CVM/SEP nº 001, de 6 de fevereiro

de 2014

O presente Ofício-Circular tem como objetivo trazer

orientações gerais sobre procedimentos a serem

observados pelas companhias abertas e

estrangeiras.

Superintendência de Relações com o Mercado e

Intermediários e Superintendência de Relações com

Investidores Institucionais

Ofício-Circular/CVM/SMI/SIN nº 005, de 2 de

dezembro de 2014

Com vistas ao fiel cumprimento da Instrução CVM nº

301/99, em particular, ao disposto nos incisos VIII e I

do § 1º do artigo 6º, por meio desse Ofício a CVM

informa que o Grupo de Ação Financeira contra a

Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do

Terrorismo (GAFI/FATF), em reunião plenária

ocorrida no dia 24 de outubro de 2014, aprovou e

publicou comunicados que relacionam países e

jurisdições com deficiências estratégicas na

prevenção da lavagem de dinheiro e no combate ao

financiamento do terrorismo.

Page 40: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 40

Ofício-Circular/CVM/SMI/SIN nº 002, de 11 de abril

de 2014

Este Ofício faz referência à Resolução nº 601, de 5

de fevereiro de 2014, editada pelo Conselho

Regional de Economia (CORECON), com o objetivo

de criar e regular a por ela denominada atividade de

Consultor Econômico Financeiro Independente

(“Consultor Econômico”).

Ofício-Circular/CVM/SMI/SIN nº 001, de 15 de

janeiro de 2014

Com vistas ao fiel cumprimento da Instrução CVM nº

301/99 em assunto, em particular ao disposto nos

artigos 7º e 7º-A, reiteramos os termos do OFÍCIO

CIRCULAR/CVM/SMI/SIN nº 004, de 12 de

dezembro de 2013, ocasião em enfatizamos que na

hipótese de que a pessoa natural ou jurídica

obrigada não tenha prestado nenhuma

“Comunicação” de que trata o caput do artigo 7º da

ICVM nº 301/99 ao Conselho de Controle de

Atividades Financeiras (COAF), no período de 1º de

janeiro a 31 de dezembro de 2013, a pessoa

obrigada deverá comunicar até 31 de janeiro de

2014 a não ocorrência no ano civil anterior de

transações ou propostas de transações passíveis de

serem comunicadas, nos termos do artigo 7º-A

(“declaração negativa”).

Banco Central do Brasil (BACEN): regulamentações

do setor emitidas em 2013 e 2014

Resolução nº 4.275, de 31 de outubro de 2013

Altera a Resolução nº 3.792/09, que dispõe sobre as

diretrizes de aplicação dos recursos garantidores

dos planos administrados pelas Entidades Fechadas

de Previdência Complementar (EFPC). Entre outros,

a norma aumenta a exigência na análise de riscos

de investimentos, dispensa a observação dos limites

de investimentos no Plano de Gestão Administrativa

(PGA), formaliza e dispensa a observação de

restrições aplicáveis às EFPCs nas carteiras dos

fundos multimercados estruturados, reforça a

responsabilidade do Administrador Estatutário

Tecnicamente Qualificado (AETQ), amplia a

exigência de certificação e reforça os prazos.

Resolução nº 4.277, de 31 de outubro de 2013

Estabelece requisitos mínimos e ajustes prudenciais

a serem observados no processo de apreçamento

de instrumentos financeiros avaliados pelo valor de

mercado. A referida Resolução entra em vigor em 1º

de janeiro de 2015 (redação dada pela Resolução nº

4.349, de 30 de junho de 2014).

Resolução nº 4.278, de 31 de outubro de 2013

Altera e revoga disposições da Resolução nº 4.192,

de 1º de março de 2013, que dispõe sobre a

metodologia para apuração do Patrimônio de

Referência (PR), sendo o cálculo aplicável às

instituições integrantes do conglomerado financeiro

até 31 de dezembro de 2014, e, a partir de 1º de

janeiro de 2015, as instituições do conglomerado

prudencial.

Resolução nº 4.279, de 31 de outubro de 2013

Dispõe sobre critérios para a extinção do saldo

devedor de instrumentos autorizados a compor o

Capital Complementar e o Nível II do Patrimônio de

Referência (PR) das instituições financeiras e

demais instituições autorizadas a funcionar pelo

BACEN e para a conversão desses instrumentos em

ações da instituição emitente, bem como altera as

disposições da Resolução nº 4.122, de 2 de agosto

de 2012, podendo o BACEN determinar a extinção

quando considerar a medida necessária para

viabilizar a continuidade dessa instituição e, ao

mesmo tempo, para mitigar riscos relevantes para o

regular funcionamento do sistema financeiro.

Resolução nº 4.280, de 31 de outubro de 2013

Dispõe sobre a elaboração, a divulgação e a

remessa de demonstrações financeiras consolidadas

do conglomerado prudencial ao BACEN e revoga a

Resolução nº 4.195, de 1º de março de 2013. A

Resolução dispõe sobre a elaboração das

demonstrações financeiras consolidadas, a partir de

30 de junho de 2014, as quais devem ser

examinadas semestralmente por auditor

independente.

Page 41: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 41

Resolução nº 4.281, de 31 de outubro de 2013

Altera dispositivos da Resolução nº 4.193, de 1º de

março de 2013, que dispõe sobre a apuração dos

requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência

(PR), de Nível I e de capital principal e institui o

adicional de capital principal.

Circular nº 3.673, de 31 de outubro de 2013

Altera a Circular nº 3.648, de 4 de março de 2013,

que estabelece os requisitos mínimos para o cálculo

da parcela relativa às exposições ao risco de crédito

sujeitas ao cálculo do requerimento de capital

mediante sistemas internos de classificação do risco

de crédito (abordagens Internal ratings-based - IRB)

autorizados pelo BACEN (RWAcirb) do montante

dos ativos ponderados pelo risco (RWA).

Circular nº 3.674, de 31 de outubro de 2013

Altera dispositivos da Circular nº 3.646, de 4 de

março de 2013, que estabelece os requisitos

mínimos e os procedimentos para o cálculo, por

meio de modelos internos de risco de mercado, do

valor diário referente à parcela relativa às

exposições ao risco de mercado, sujeitas ao cálculo

do requerimento de capital mediante modelo interno

autorizado pelo BACEN (RWAmint) dos ativos

ponderados pelo risco (RWA), de que trata a

Resolução nº 4.193, de 1º de março de 2013, e

dispõe sobre a autorização para uso dos referidos

modelos.

Circular nº 3.675, de 31 de outubro de 2013

Altera e revoga dispositivos da Circular nº 3.640, de

4 de março de 2013, que estabelece os

procedimentos para o cálculo da parcela dos ativos

ponderados pelo risco (RWA), relativa ao cálculo do

capital requerido para o risco operacional mediante

abordagem padronizada (RWAopad), de que trata a

Resolução nº 4.193/13.

Circular nº 3.676, de 31 de outubro de 2013

Altera dispositivos da Circular nº 3.647, de 4 de

março de 2013, que estabelece os requisitos

mínimos para a utilização de abordagem avançada,

baseada em modelo interno, no cálculo da parcela

relativa ao risco operacional (RWAoama) dos ativos

ponderados pelo risco (RWA), de que trata a

Resolução nº 4.193, de 1º de março de 2013.

Circular nº 3.677, de 31 de outubro de 2013

Altera dispositivos da Circular nº 3.638, de 4 de

março de 2013, que estabelece os procedimentos

para o cálculo da parcela dos ativos ponderados

pelo risco (RWA) referente às exposições, sujeitas à

variação do preço de ações cujo requerimento de

capital é calculado mediante abordagem

padronizada (RWAacsj) de que trata a Resolução nº

4.193, de 1º de março de 2013.

Circular nº 3.678, de 31 de outubro de 2013

Dispõe sobre a divulgação de informações

referentes à gestão de riscos, à apuração do

montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA) e

à apuração do Patrimônio de Referência (PR).

Circular nº 3.679, de 31 de outubro de 2013

Altera a Circular nº 3.644, de 4 de março de 2013,

que estabelece os procedimentos para o cálculo da

parcela dos ativos ponderados por risco (RWA)

referente às exposições ao risco de crédito sujeitas

ao cálculo do requerimento de capital mediante

abordagem padronizada (RWAcpad).

Resolução nº 4.282, de 4 de novembro de 2013

Estabelece as diretrizes que devem ser observadas

na regulamentação, na vigilância e na supervisão

das instituições de pagamento e dos arranjos de

pagamento integrantes do Sistema de Pagamentos

Brasileiro (SPB), de que trata a Lei nº 12.865, de 9

de outubro de 2013.

Page 42: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 42

Resolução nº 4.283, de 4 de novembro de 2013

Altera a Resolução nº 3.694, de 26 de março de

2009, que dispõe sobre a prevenção de riscos na

contratação de operações e na prestação de

serviços por parte de instituições financeiras e

demais instituições autorizadas a funcionar pelo

BACEN.

Circular nº 3.680, de 4 de novembro de 2013

Dispõe sobre a conta de pagamento utilizada pelas

instituições de pagamento para registros de

transações de pagamento de usuários finais.

Circular nº 3.681, de 4 de novembro de 2013

Dispõe sobre o gerenciamento de riscos, os

requerimentos mínimos de patrimônio, a governança

de instituições de pagamento e a preservação do

valor e da liquidez dos saldos em contas de

pagamento e dá outras providências.

Circular nº 3.682, de 4 de novembro de 2013

Aprova o regulamento que disciplina a prestação de

serviço de pagamento no âmbito dos arranjos de

pagamentos integrantes do Sistema de Pagamentos

Brasileiro (SPB) e estabelece os critérios segundo os

quais os arranjos de pagamento não integrarão o

SPB e dá outras providências.

Circular nº 3.683, de 4 de novembro de 2013

Estabelece os requisitos e os procedimentos para

constituição, autorização para funcionamento,

alterações de controle e reorganizações societárias,

cancelamento da autorização para funcionamento,

condições para o exercício de cargos de

administração das instituições de pagamento e

autorização para a prestação de serviços de

pagamento por instituições financeiras e demais

instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN.

Circular nº 3.684, de 20 de novembro de 2013

Estabelece metodologia padronizada para a

realização de análise de sensibilidade do valor de

mercado do Certificado de Operações Estruturadas

(COE), para fins de informação à entidade

administradora do sistema de registro. Esta Circular

entra em vigor em 6 de janeiro de 2014.

Circular nº 3.687, de 6 de dezembro de 2013

Altera a Circular nº 3.429, de 14 de janeiro de 2009,

que estabelece procedimentos para a remessa de

informações relativas às exposições ao risco de

mercado e à apuração das respectivas parcelas do

Patrimônio de Referência Exigido (PRE), de que

tratam as Resoluções nº 3.464, de 26 de junho de

2007, e nº 3.490, de 29 de agosto de 2007, para

adequá-la ao disposto nas Resoluções nº 4.192 e nº

4.193, ambas de 1º de março de 2013, e para

eliminar a obrigatoriedade de remessa ao BACEN

das informações relativas ao consolidado

econômico-financeiro.

Circular nº 3.692, de 16 de dezembro de 2013

Dispõe sobre procedimentos relativos à conversão

em ações e à extinção do saldo devedor de

instrumentos de captação elegíveis a compor o

Patrimônio de Referência (PR).

Resolução nº 4.292, de 20 de dezembro de 2013

Dispõe sobre procedimentos a serem efetuados

caso seja solicitada a portabilidade de operações de

crédito realizadas com pessoas naturais. A referida

Resolução estabelece as regras pelas quais as

instituições financeiras deverão garantir a

portabilidade das suas operações de crédito

realizadas com pessoas naturais, mediante o

recebimento de recursos transferidos por outra

instituição financeira. A transferência de operação de

crédito entre instituições financeiras será

operacionalizada a pedido do devedor e na forma

prevista na Resolução, sendo vedada a utilização de

procedimentos alternativos com vistas à obtenção de

resultado semelhante ao da portabilidade. Esta

Resolução entra em vigor em 5 de maio de 2014.

Page 43: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 43

Resolução nº 4.294, de 20 de dezembro de 2013

Altera a Resolução nº 3.954, de 24 de fevereiro de

2011, que dispõe sobre a contratação de

correspondentes no País. Dispõe, entre outras, que

o valor pago na contratação da operação deve

representar: I - no máximo 6% do valor de operação

de crédito encaminhada, repactuada ou renovada;

ou II - no máximo 3% do valor de operação objeto de

portabilidade.

Circular nº 3.693, de 20 de dezembro de 2013

Estabelece procedimentos para contabilização da

remuneração de correspondentes no País, devendo

a parcela da remuneração referente à originação de

operações de crédito ou de arrendamento mercantil

encaminhada por correspondentes no País ser

reconhecida como despesa na data da contratação,

repactuação ou renovação dessas operações e a

parcela da remuneração referentes a serviços

prestados após a originação ser apropriada como

despesa pro rata temporis ao longo do prazo do

contrato da operação de crédito a que se refere. A

Circular nº 3.722, de 7 de outubro de 2014, disciplina

que os procedimentos estabelecidos na Circular

nº 3.693/13 devem ser aplicados prospectivamente.

Esta Circular entra em vigor em 2 de janeiro de 2015.

Resolução nº 4.296, de 20 de dezembro de 2013

Dispõe sobre o registro da Letra de Crédito do

Agronegócio (LCA) e dos direitos creditórios a ela

vinculados em sistemas de registro e de liquidação

financeira de ativos autorizados pelo BACEN.

Circular nº 3.696, de 3 de janeiro de 2014

Altera a Circular nº 3.644, de 4 de março de 2013,

que estabelece os procedimentos para o cálculo da

parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA)

referente às exposições ao risco de crédito sujeitas

ao cálculo do requerimento de capital mediante

abordagem padronizada (RWAcpad).

Resolução nº 4.308, de 30 de janeiro de 2014

Altera a Resolução nº 4.122, de 2 de agosto de 2012,

que estabelece requisitos e procedimentos para

constituição, autorização para funcionamento,

cancelamento de autorização, alterações de controle,

reorganizações societárias e condições para o

exercício de cargos em órgãos estatutários ou

contratuais das instituições que especifica com a

alteração, entre outras, do prazo para realização da

inspeção do BACEN na instituição passando de 60

para 90 dias.

Circular nº 3.699, de 12 de fevereiro de 2014

Prorroga o prazo para a remessa de informações

relativas ao atendimento a limites e padrões mínimos

regulamentares que devem ser observados pelas

cooperativas de crédito que optarem pela apuração

do montante dos ativos ponderados pelo risco na

forma simplificada (RWArps), de que trata a

Resolução nº 4.194, de 1º de março de 2013

conforme cronograma definido pelo BACEN na

referida Circular.

Resolução nº 4.311, de 20 de fevereiro de 2014

Altera disposições da Resolução nº 4.192, de 1º de

março de 2013, que dispõe sobre a metodologia

para apuração do Patrimônio de Referência (PR). As

alterações referem-se à participação de não

controladores em subsidiárias que é deduzida da

apuração do Capital Principal, do Nível I e do PR.

Circular nº 3.701, de 13 de março de 2014

Estabelece procedimentos para a elaboração, a

divulgação e a remessa ao BACEN de

demonstrações financeiras consolidadas do

conglomerado prudencial, devendo o balancete

patrimonial analítico - conglomerado prudencial (doc

4060) ser remetido mensalmente até o último dia

subsequente ao da data-base e o balanço

patrimonial analítico - conglomerado prudencial (doc

4066) deve ser remetido semestralmente até o

último dia útil do mês seguinte ao da respectiva

data-base.

Page 44: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 44

Resolução nº 4.320, de 27 de março de 2014

Altera a Resolução nº 3.516, de 6 de dezembro de

2007, que dispõe sobre a liquidação antecipada de

contratos de concessão de crédito e de

arrendamento mercantil financeiro contratados à

taxa prefixada e estabelece que o valor presente dos

pagamentos previstos para fins de amortização ou

de liquidação antecipada deve ser calculado com a

utilização da taxa de juros pactuada no contrato

prevista em cláusula específica. Esta Resolução

entra em vigor em 5 de maio de 2014.

Circular nº 3.704, de 24 de abril de 2014

Dispõe sobre as movimentações financeiras relativas

à manutenção, no BACEN, de recursos em espécie

correspondentes ao valor de moedas eletrônicas

mantidas em contas de pagamento e à participação

das instituições de pagamento no Sistema de

Transferência de Reservas (STR).

Circular nº 3.705, de 24 de abril de 2014

Altera as Circulares nº 3.681, nº 3.682 e nº 3.683, de

4 de novembro de 2013, que dispõem sobre os

arranjos e as instituições de pagamento, e a Circular

nº 3.347, de 11 de abril de 2007, que dispõe sobre o

Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro

Nacional (CCS).

Resolução nº 4.327, de 25 de abril de 2014

Dispõe sobre as diretrizes que devem ser

observadas no estabelecimento e na implantação da

Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA)

pelas instituições financeiras e demais instituições

autorizadas a funcionar pelo BACEN, devendo as

instituições elaborar a PRSA e o plano de ação para

implementá-la até 28 de fevereiro de 2015 (no caso

de instituições obrigadas a implantar o Processo

Interno de Avaliação da Adequação de Capital -

Icaap), conforme regulamentação em vigor, e até 31

de julho de 2015, as demais instituições.

Resolução nº 4.329, de 25 de abril de 2014

Altera, na parte que trata o regulamento anexo à

Resolução nº 3.198, de 27 de maio de 2004, que

dispõe sobre a prestação de serviços de auditoria

independente para as instituições financeiras,

demais instituições autorizadas a funcionar pelo

BACEN e para as câmaras e os prestadores de

serviços de compensação e de liquidação.

Resolução nº 4.330, de 26 de abril de 2014

Altera a Resolução nº 4.123, de 23 de agosto de

2012, que disciplina a emissão de Letra Financeira

(LF) por parte das instituições financeiras que

especifica. A referida Resolução, entre outros

assuntos, altera os percentuais máximos de Letra

Financeira, que pode ser adquirida pela instituição

emissora.

Circular nº 3.706, de 2 de junho de 2014

Altera a Circular nº 3.506, de 23 de setembro de

2010, que dispõe sobre a metodologia de apuração

da taxa de câmbio real/dólar divulgada pelo BACEN

(PTAX). Entre outras, fica interrompida pelo BACEN,

a partir de 1º de setembro de 2014, a divulgação das

taxas PTAX de compra e de venda do dia, bem

como dos boletins de abertura e intermediários, por

meio da transação PTAX800 do Sisbacen.

Circular nº 3.709, de 18 de julho de 2014

Altera a Circular nº 3.282, de 28 de abril de 2005,

que estabelece prazo para o registro de títulos e

valores mobiliários e dispõe sobre a remessa de

informações pelos sistemas de registro e de

liquidação financeira. Esta Circular passa a vigorar a

partir de 31 de dezembro de 2014, devendo o

registro das operações contratadas e não

resgatadas ou liquidadas até 31 de dezembro de

2014 ser completado com as novas informações

requeridas por meio desta Circular até 30 de abril de

2015.

Page 45: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 45

Circular nº 3.711, de 24 de julho de 2014

Altera a Circular nº 3.644, de 4 de março de 2013,

que estabelece os procedimentos para o cálculo da

parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA)

referente às exposições ao risco de crédito sujeitas

ao cálculo do requerimento de capital mediante

abordagem padronizada (RWAcpad).

Circular nº 3.712, de 24 de julho de 2014

Altera a Circular nº 3.622, de 27 de dezembro de

2012, que dispõe sobre o cumprimento da

exigibilidade de recolhimento compulsório sobre

recursos à vista, e a Circular nº 3.569, de 22 de

dezembro de 2011, que define as regras do

recolhimento compulsório sobre recursos a prazo.

Circular nº 3.715, de 20 de agosto de 2014

Altera a Circular nº 3.569, de 22 de dezembro de

2011, que define as regras do recolhimento

compulsório sobre recursos a prazo.

Circular nº 3.714, de 20 de agosto de 2014

Altera a Circular nº 3.644, de 4 de março de 2013,

que estabelece os procedimentos para o cálculo da

parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA)

referente às exposições ao risco de crédito sujeitas

ao cálculo do requerimento de capital mediante

abordagem padronizada (RWAcpad).

Circular nº 3.716, de 21 de agosto de 2014

Altera dispositivos e o Anexo 1 da Circular nº 3.678,

de 31 de outubro de 2013, que dispõe sobre a

divulgação de informações referentes à gestão de

riscos, à apuração do montante dos ativos

ponderados pelo risco (RWA) e à apuração do

Patrimônio de Referência (PR). Entre outras, a

Circular desobriga as instituições obrigadas a

constituir Comitê de Auditoria divulgar as

informações referentes à gestão de riscos, à

apuração do montante dos ativos ponderados pelo

risco (RWA) e à apuração do Patrimônio de

Referência (PR) e altera o prazo para atualização

das informações de que trata a Circular, passando

de 40 dias para 60 dias o prazo máximo para

atualização das informações trimestrais para os

trimestres findos em 31 de março, 30 de junho e 30

de setembro.

Circular nº 3.717, de 11 de setembro de 2014

Dispensa as instituições financeiras e demais

instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN da

elaboração e da remessa do documento Estatística

Econômico-financeira (Estfin), código no Catálogo de

Documentos (Cadoc) 4150, a partir de 1º de abril de

2015.

Circular nº 3.723, de 15 de outubro de 2014

Altera a Circular nº 3.569, de 22 de dezembro de

2011, que redefine e consolida as regras do

recolhimento compulsório sobre recursos a prazo,

alterando a forma de cálculo das operações de

crédito concedidas a partir de 27 de outubro de 2014

para capital de giro.

Circular nº 3.724, de 15 de outubro de 2014

Altera dispositivos da Circular nº 3.682, de 4 de

novembro de 2013, e da Circular nº 3.683, de 4 de

novembro de 2013, referentes aos prazos de

encaminhamento de pedido de autorização de

arranjos e de instituições de pagamento que

estavam em funcionamento quando da publicação

das referidas Circulares, devendo essas encaminhar

o pedido de autorização para funcionamento até 1º

de dezembro de 2014.

Conselho Nacional de Previdência Complementar

(CNPC)

Resolução CNPC nº 12, de 19 de agosto de 2013

Altera a Resolução nº 8, de 31 de outubro de 2011,

do Conselho Nacional de Previdência Complementar,

que dispõe sobre os procedimentos contábeis das

entidades fechadas de previdência complementar.

Esta Resolução altera o Anexo B da Resolução nº 8,

de 31 de outubro de 2011, que se refere à

Demonstração das Provisões Técnicas do Plano de

Benefícios. Esta Resolução entra em vigor na data

de sua publicação.

Page 46: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 46

Resolução CNPC nº 13, de 4 de novembro de 2013

Altera o artigo 28 da Resolução nº 26, que dispõe

sobre as informações constantes em estudo

específico da situação econômico-financeira e

atuarial acerca das causas do déficit técnico,

devendo ser elaborado o plano de equacionamento

de déficit. Esta Resolução entra em vigor na data de

sua publicação.

Resolução CNPC nº 14, de 24 de fevereiro de 2014

Altera a Resolução nº 26, de 29 de setembro de

2008, que dispõe sobre as condições e os

procedimentos a serem observados pelas entidades

fechadas de previdência complementar na apuração

do resultado, na destinação e utilização de superávit

e no equacionamento de déficit dos planos de

benefícios de caráter previdenciário que administram

e dá outras providências. Esta Resolução entra em

vigor na data de sua publicação.

Superintendência Nacional de Previdência

Complementar (PREVIC)

Instrução PREVIC nº 5, de 1º de novembro de 2013

Dispõe sobre os procedimentos a serem observados

pelas entidades fechadas de previdência

complementar na divulgação de informações aos

participantes e assistidos e dá outras providências.

Esta Instrução entra em vigor na data de sua

publicação.

Instrução PREVIC nº 6, de 13 de novembro de 2013

Altera a Instrução MPS/SPC nº 34, de 24 de

setembro de 2009, que estabelece normas

específicas para os procedimentos contábeis das

entidades fechadas de previdência complementar,

define a forma, o meio e a periodicidade de envio

das demonstrações financeiras e dá outras

providências. E também altera a Instrução PREVIC

nº 01, de 12 de abril de 2013, que estabelece

orientações e procedimentos a serem adotados

pelas entidades fechadas de previdência

complementar para a solicitação de autorização

prévia à Superintendência Nacional de Previdência

Complementar (PREVIC) para a manutenção de

taxa real de juros do plano de benefícios superior

aos limites estipulados. Esta Instrução entrará em

vigor a partir da data de sua publicação.

Instrução PREVIC nº 7, de 12 de dezembro de 2013

Estabelece orientações e procedimentos a serem

adotados pelas entidades fechadas de previdência

complementar na realização dos estudos técnicos

que visem atestar a adequação e aderência de

hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e

financeiras dos planos de benefícios. Esta Instrução

entra em vigor na data de sua publicação, com

eficácia a partir das avaliações atuariais de

encerramento do exercício de 2014.

Instrução PREVIC nº 8, de 17 de abril de 2014

Dispõe sobre os procedimentos a serem observados

pelas entidades fechadas de previdência

complementar na divulgação de informações aos

participantes e assistidos e dá outras providências.

Esta Instrução entra em vigor na data da sua

publicação.

Instrução PREVIC nº 9, de 5 de junho de 2014

Alterar o artigo 12 da Instrução PREVIC nº 1, de 12

de abril de 2013, que passa a vigorar com a seguinte

redação: "Art. 12. Excepcionalmente, para a

solicitação de manutenção de taxa de juros real

referente aos exercícios de 2013 e de 2014, o prazo

para envio do pedido de autorização será,

respectivamente, até 31 de julho de 2013 e até 31 de

agosto de 2014”. Esta Instrução entrará em vigor a

partir da data de sua publicação.

Instrução PREVIC nº 10, de 20 de junho de 2014

Instala a Comissão de Mediação, Conciliação e

Arbitragem da Superintendência Nacional de

Previdência Complementar (CMCA) e aprova o seu

regulamento. Esta Instrução entra em vigor na data

de sua publicação.

Instrução PREVIC nº 11, de 10 de setembro de 2014

Dispõe sobre procedimentos para o envio de

informações aos participantes ativos e assistidos de

planos de benefícios, orienta as entidades fechadas

de previdência complementar sobre o

desenvolvimento de projetos de educação financeira

e previdenciária e dá outras providências. Esta

Instrução entra em vigor na data de sua publicação.

Page 47: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 47

Instrução PREVIC n° 12, de 13 de outubro de 2014

Dispõe sobre as Demonstrações Atuariais (DA) dos

planos de benefícios administrados pelas entidades

fechadas de previdência complementar e dá outras

providências. Esta Instrução entra em vigor na data

de publicação, com efeitos a partir das

Demonstrações Atuariais (DA) do encerramento do

exercício de 2014.

Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e

Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)

Resolução CNSP nº 300, de 16 de dezembro de

2013

Institui regras e procedimentos para o cálculo do

patrimônio líquido ajustado, exigido das entidades

abertas de previdência complementar, sociedades

de capitalização, sociedades seguradoras e

resseguradores locais.

Resolução CNSP nº 301, de 16 de dezembro de

2013

Dispõe sobre as regras e os procedimentos para o

cálculo dos limites de retenção aplicáveis às

operações com cobertura de risco dos produtos de

previdência complementar das sociedades

seguradoras e entidades abertas de previdência

complementar.

Resolução CNSP nº 302, de 16 de dezembro de

2013

Dispõe sobre o capital mínimo requerido para

autorização e funcionamento e sobre o plano de

regularização de solvência das sociedades

seguradoras, das entidades abertas de previdência

complementar, das sociedades de capitalização e

dos resseguradores locais.

Resolução CNSP nº 311, de 16 de junho de 2014

Dispõe sobre a prestação de serviços de auditoria

atuarial independente para as sociedades

seguradoras, entidades abertas de previdência

complementar, sociedades de capitalização e

resseguradores locais. Em vigor a partir de 1º de

janeiro de 2015, produzindo seus efeitos em relação

ao exercício de 2014.

Resolução CNSP nº 312, de 16 de junho de 2014

Dispõe sobre a prestação de serviços de auditoria

independente para as sociedades seguradoras,

sociedades de capitalização, entidades abertas de

previdência complementar e resseguradores locais,

bem como sobre a criação do Comitê de Auditoria.

Resolução CNSP nº 316, de 25 de setembro de

2014

Dispõe sobre o capital mínimo requerido para

autorização e funcionamento e sobre o plano de

regularização de solvência das sociedades

seguradoras, das entidades abertas de previdência

complementar, das sociedades de capitalização e

dos resseguradores locais. Em vigor em 1º de

janeiro de 2015.

Circular SUSEP nº 483, de 6 de janeiro de 2014

Dispõe sobre alterações das normas contábeis a

serem observadas pelas sociedades seguradoras,

sociedades de capitalização, entidades abertas de

previdência complementar e resseguradores locais,

instituídas pela Resolução CNSP nº 86, de 3 de

setembro de 2002.

Circular SUSEP nº 484, de 6 de janeiro de 2014

Dispõe sobre a exigência de certificação do auditor

independente e sobre a educação profissional

continuada do auditor independente.

Circular SUSEP nº 485, de 6 de janeiro de 2014

Estabelece critérios para fins de cálculo da provisão

de sinistros ocorridos e não avisados (IBNR) e da

parcela da provisão de prêmios não ganhos relativa

aos riscos vigentes e não emitidos (PPNG-RVNE), a

serem adotados pelas sociedades seguradoras e

entidades abertas de previdência complementar que

não possuírem base de dados suficiente para

utilização de metodologia própria.

Circular SUSEP nº 486, de 23 de janeiro de 2014

Dispõe sobre instruções complementares

necessárias à execução das regras de cálculo do

capital de risco baseado nos riscos de subscrição

dos resseguradores locais.

Page 48: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 48

Circular SUSEP nº 492, de 31 de julho de 2014

Dispõe sobre os critérios para a constituição de

banco de dados de perdas operacionais pelas

sociedades seguradoras, entidades abertas de

previdência complementar, sociedades de

capitalização e resseguradores locais, para fins de

estudos de aprimoramento do modelo regulatório de

capital de risco baseado no risco operacional.

Circular SUSEP nº 498, de 15 de outubro de 2014

Adota de forma parcial o Pronunciamento Técnico

CPA-001 - Princípios Atuariais elaborado pelo

Instituto Brasileiro de Atuária (IBA).

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

Resolução Normativa nº 344, de 23 de dezembro de

2013

Altera a Resolução Normativa - RN nº 290, de 27 de

fevereiro de 2012, que dispõe sobre o Plano de

Contas Padrão da ANS para as operadoras de

planos de assistência à saúde.

Resolução Normativa nº 351, de 17 de junho de

2014

Define critérios para a suspensão da exigibilidade de

créditos da Agência Nacional de Saúde Suplementar

(ANS) pelo depósito judicial de seu montante integral

diretamente comunicado à ANS pela operadora de

planos de saúde depositante; altera a Resolução

Normativa - RN nº 4, de 19 de abril de 2002, que

dispõe sobre o parcelamento de débitos tributários e

não tributários para com a ANS, além do

ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) e

revoga o inciso IV do artigo 70 do Regimento Interno

da ANS, instituído pela RN nº 197, de 16 de julho de

2009.

Page 49: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 49

Lei no. 12.973, de 13 de maio de 2014, Revogação

do RTT e outras alterações

Em 13 de maio de 2014 foi promulgada a Lei nº

12.973/14, conversão da Medida Provisória nº

627/13, no qual houve a revogação do Regime

Tributário de Transição (RTT) e a disciplina tributária

de diversos aspectos introduzidos pela Lei nº

11.638/07, que aproximou as normas contábeis

brasileiras aos padrões internacionais das IFRSs.

De um modo geral, a Lei nº 12.973/14 implica

alterações da legislação tributária federal relativa ao

Imposto de Renda Pessoas Jurídicas (IRPJ), à

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), à

Contribuição para o PIS/PASEP e à Contribuição

para o Financiamento da Seguridade Social

(COFINS).

Referida legislação também alterou a legislação

aplicável à tributação dos lucros auferidos por

coligadas e controladas no exterior - Tributação em

Bases Universais (TBU).

Revogação do RTT

A Lei nº 12.973/14 corrobora o já disposto na Medida

Provisória nº 627/13 com relação à revogação do

RTT (instituído pela Lei nº 11.941/09) para todos os

contribuintes, a partir de 1º de janeiro de 2015.

Contudo, a opção do contribuinte e os efeitos

advindos da Lei nº 12.973/14, inclusive a extinção do

RTT, poderão ser antecipados para 1º de janeiro de

2014.

Com o advento da Lei nº 12.973/14, o RTT será

extinto e os efeitos tributários decorrente das novas

regras contábeis brasileiras foram disciplinados, de

modo que a tributação do IRPJ, da CSLL, do PIS e

da COFINS passa a basear-se no balanço

societário, observados os aspectos disciplinados na

referida legislação.

Antecipação dos efeitos

O contribuinte poderá antecipar os efeitos da Lei nº

12.973/14 para 1º de janeiro de 2014, nos termos da

IN RFB nº 1.499/14. Inicialmente, referida opção

seria manifestada quando da entrega da Declaração

de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF)

do mês de agosto de 2014, cujo prazo de envio foi

prorrogado para 7 de novembro de 2014, e seria

irretratável. Após a publicação da IN RFB nº

1.499/14, contudo, foi permitido ao contribuinte que

tenha feito a opção na DCTF de agosto de 2014

alterar a opção quando da entrega da DCTF de

dezembro de 2014.

Para efeito da adoção inicial da Lei, caso o

contribuinte opte pela adoção antecipada,

permanece a neutralidade tributária (RTT) para as

operações ocorridas até 31 de dezembro de 2013.

Nos casos em que o contribuinte não adotar

antecipadamente os efeitos da Lei nº 12.973/14,

permanece a neutralidade tributária (RTT) para as

operações ocorridas até 31 de dezembro de 2014.

Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT)

O contribuinte que não optar pela adoção antecipada

dos efeitos da Lei nº 12.973/14 para o exercício de

2014 deverá elaborar e entregar o Controle Fiscal

Contábil de Transição (FCONT) relativo a tal

período, nos termos da IN RFB nº 1.492/14.

Controle por subcontas

A Lei nº 12.973/14 instituiu o controle dos ajustes de

RTT efetuados entre 2008 e 2013 (para os optantes

pela adoção antecipada da Lei para 2014) ou entre

2008 e 2014 (para os não optantes) em subcontas.

O objetivo da demonstração dos ajustes em

subcontas é permitir a rastreabilidade dos ajustes

reportados em exercícios anteriores até a sua futura

realização.

A disciplina quanto ao controle dos ajustes em

subcontas foi editada pela IN nº 1.493/14. Referida

Instrução Normativa determina que as subcontas

serão analíticas e registrarão os lançamentos

contábeis das diferenças entre contabilidade fiscal

(métodos e critérios vigentes até 31 de dezembro de

2007) e contabilidade societária (métodos e critérios

conforme legislação contábil atual) em último nível.

Assuntos tributários Principais temas editados em 2014

Page 50: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos tributários

Principais temas editados em 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 50

O contribuinte que não demonstrar a abertura dos

ajustes de RTT em subcontas, como determinado na

legislação fiscal, deverá atentar-se para:

Caso haja saldo de ajustes de RTT de períodos

anteriores, não realizados até 31 de dezembro

de 2013 (optantes) ou até 31 de dezembro de

2014 (não optantes), que seriam passíveis de

futura exclusão das apurações do IRPJ e da

CSLL, à medida da realização do ativo: os

valores não poderão ser excluídos.

Caso haja saldo de ajustes de RTT de períodos

anteriores, não realizados até 31 de dezembro

de 2013 (optantes) ou até 31 de dezembro de

2014 (não optantes), que seriam passíveis de

adição à medida da realização do ativo: o saldo

deverá ser imediatamente adicionado nas

apurações do IRPJ e da CSLL de janeiro de

2014 (optantes) ou janeiro de 2015 (não

optantes).

Nova base de cálculo dos juros sobre o capital

próprio

Com o advento da Lei nº 12.973/14, a legislação

tributária passou a elencar expressamente as contas

do patrimônio líquido que devem compor a base de

cálculo dos juros sobre o capital próprio,

diferentemente da legislação anterior, que somente

elencava as contas de patrimônio líquido que não

deveriam compor a base de cálculo dos juros sobre

o capital próprio.

No que se refere à dedutibilidade dos juros sobre o

capital próprio, a IN nº 1.492/14 dispôs o quanto

segue, de acordo com a decisão do contribuinte pela

adoção antecipada dos efeitos da Lei nº 12.973/14

para 2014, ou diante da não opção:

Optante: o cálculo dos juros sobre o capital

próprio deverá ser elaborado com base no

patrimônio líquido mensurado de acordo com as

disposições da Lei nº 6.404/76. A dedutibilidade

dos juros sobre o capital próprio estará limitada

aos lucros, computados antes da dedução dos

juros, ou lucros acumulados e reservas de

lucros, calculados de acordo com as disposições

da Lei nº 6.404/76 (balanço societário).

(Instrução Normativa RFB nº 1.397, de 16 de

setembro de 2013 - II - OS LUCROS,

COMPUTADOS ANTES DA DEDUÇÃO D - Inclusão)

Não optante: o cálculo dos juros sobre o capital

próprio deverá ser elaborado com base no

patrimônio líquido mensurado de acordo com os

métodos e critérios contábeis vigentes até 31 de

dezembro de 2007. A dedutibilidade dos juros

sobre o capital próprio estará limitada aos lucros,

computados antes da dedução dos juros, ou

lucros acumulados e reservas de lucros,

calculados de acordo com os métodos e critérios

contábeis vigentes até 31 de dezembro de 2007

(balanço fiscal). Alternativamente, o não optante

poderá efetuar o cálculo com base no patrimônio

líquido societário mensurado de acordo com as

disposições da Lei nº 6.406/76 (balanço

societário).

Distribuição de dividendos

Nos termos da IN RFB nº 1.492/14, o eventual

excesso de dividendos calculados com base nos

resultados apurados entre 2008 e 2013,

considerando o resultado societário e o resultado

fiscal, não estará sujeito à retenção do Imposto de

Renda Retido na Fonte (IRRF), nem integrará a base

de cálculo do IRPJ e da CSLL do beneficiário pessoa

física ou jurídica, residente ou domiciliado no Brasil

ou no exterior.

Para o período de 2014, contudo, o saldo de

dividendos isento de tributação corresponderá ao

valor calculado com base no resultado fiscal,

apurado em consonância com os métodos e critérios

contábeis apurados até 31 de dezembro de 2007.

Com relação a eventuais excedentes de dividendos

calculados com base no resultado societário apurado

em 2014, aplicam-se as seguintes disposições:

No caso de beneficiário pessoa física residente

no Brasil, a parcela excedente de dividendos

estará sujeita à incidência do IRRF calculado de

acordo com a Tabela Progressiva Mensal (0% -

27,5%) e o valor integrará a base de cálculo do

IRPF.

No caso de beneficiário pessoa jurídica residente

do Brasil, a parcela excedente será computada

na base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

Page 51: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos tributários

Principais temas editados em 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 51

No caso de beneficiário residente ou domiciliado

no exterior, a parcela excedente estará sujeita à

incidência de IRRF à alíquota de 15% ou 25%

(paraíso fiscal ou regime de tributação

favorecida).

Avaliação de investimentos

Nos termos da IN RFB nº 1.397/13, o contribuinte

deverá avaliar os investimentos pelo valor de

patrimônio líquido da coligada ou controlada,

mensurado em consonância com os métodos e

critérios contábeis vigentes até 31 de dezembro de

2007 (balanço fiscal).

Alternativamente, para o período compreendido

entre 2008 e 2013 (optantes pelos efeitos da Lei

nº12.973/14 para 2014) ou entre 2008 e 2014 (não

optantes pelos efeitos da Lei nº 12.973/14 para

2014), o contribuinte poderá avaliar os investimentos

com base no patrimônio líquido da coligada ou

controlada mensurado de acordo com as

disposições da Lei nº 6.404/76 (balanço societário).

Nos casos em que o contribuinte não optante possuir

participação societária sujeita à avaliação do

investimento pelo valor de patrimônio líquido, em

pessoa jurídica optante, o valor do investimento

deverá ser avaliado com base nas disposições da

Lei nº 6.404/76 (balanço societário).

Multas por descumprimento das obrigações

acessórias

A Lei nº 12.973/14 estabeleceu multas para o

contribuinte que deixar de apresentar o Livro de

Apuração do Lucro Real (LALUR), ou que apresentar

este com inexatidões, incorreções ou omissões.

O contribuinte que deixar de apresentar o LALUR, ou

apresentá-lo em atraso, considerando o prazo legal,

ficará sujeito à multa equivalente à 0,25% por mês-

-calendário ou fração, do lucro líquido antes do IRPJ

e da CSLL do período a que se refere a apuração,

limitada a 10%. Para as pessoas jurídicas que, no

exercício anterior, tiverem auferido receita bruta

total, igual ou inferior a R$3.600.000,00, a multa será

limitada em R$100.000,00. Para as pessoas

jurídicas que, no exercício anterior, tiverem auferido

receita bruta total superior a R$3.600.000,00, a

multa será limitada a R$5.000.000,00.

Ainda, o contribuinte que apresentar o LALUR com

omissões, inexatidões ou incorreções, ficará sujeito

à multa equivalente à 3%, não inferior a R$100,00,

do valor omitido, inexato ou incorreto.

As multas poderão ser reduzidas caso o LALUR seja

apresentado em até 30 ou 60 dias após o prazo

legal, ou antes do início de qualquer procedimento

de ofício, bem como se houver apresentação no

prazo fixado em intimação.

Tributação em Bases Universais (TBU)

Com o advento da Lei nº 12.973/14, a tributação dos

resultados auferidos por controladas e coligadas no

exterior sofreu alterações significativas. Referidas

regras são aplicáveis para todos os contribuintes que

detenham participações societárias no exterior a

partir do ano-calendário 2015.

À opção do contribuinte, contudo, é permitido que

tais regras sejam antecipadas para o exercício de

2014. A formalização da opção ocorrerá mediante

envio da DCTF de agosto de 2014, podendo ser

alterada na DCTF de dezembro de 2014.

Em suma, as principais disposições de TBU

introduzidas pela Lei nº 12.973/14 são:

Investimentos em controladas: os resultados

auferidos por controladas no exterior, inclusive

coligadas equiparadas às controladas, serão

tributados nas apurações do IRPJ e da CSLL da

controladora de 31 de dezembro do período no

qual os resultados tiverem sido apurados em

balanço, independentemente da disponibilização.

Contudo, caso atendidos alguns critérios

definidos pela legislação fiscal (1. controlada

residente em país no qual o Brasil mantenha

tratado ou acordo para troca de informações;

2. controlada não esteja localizada em paraíso

fiscal ou sujeita a regime de tributação

favorecida; 3. controlada possua renda ativa

superior a 80%; e 4. controlada não seja

controlada por outra entidade localizada em

paraíso fiscal ou sujeita a regime de tributação

favorecida), os resultados auferidos por

controladas poderão ser consolidados para fins

de tributação do resultado positivo no Brasil.

Page 52: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos tributários

Principais temas editados em 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 52

Investimentos em coligadas: os lucros auferidos

por coligadas no exterior serão computados nas

apurações do IRPJ e da CSLL em 31 de

dezembro do ano-calendário em que tiverem

sido disponibilizados para a pessoa jurídica

brasileira, desde que atendidos aos requisitos

determinados na legislação fiscal (1. coligada

não esteja em regime de subtributação; 2.

coligada não esteja localizada em paraíso fiscal

ou seja beneficiária de regime fiscal privilegiado;

e 3. coligada não seja controlada, direta ou

indiretamente, por pessoa jurídica submetida a

regime de subtributação). A legislação

estabeleceu situações em que os lucros são

considerados disponibilizados,

independentemente do efetivo pagamento dos

dividendos.

Atendidos a alguns critérios, o contribuinte

poderá deduzir a parcela do ajuste de preços de

transferência e subcapitalização efetuados

espontaneamente nas apurações do IRPJ e da

CSLL da parcela positiva a ser tributada

referente aos lucros apurados pelas controladas

no exterior.

Até o ano-calendário 2022, a controladora

brasileira poderá deduzir crédito presumido de

9% sobre a renda incidente sobre a parcela

positiva computada no lucro real relativo a

investimento em pessoas jurídicas no exterior

que possuam atividades de transformação.

Regra geral, o pagamento dos impostos

incidentes sobre os lucros exterior ocorrerá de

forma imediata. A Lei nº 12.973/14 previu,

contudo, a opção de diferimento do pagamento

do imposto na proporção dos lucros distribuídos

nos anos subsequentes ao encerramento do

período de apuração, observados alguns

critérios.

Escrituração Contábil Fiscal (ECF)

Em substituição à Declaração de Informações

Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), a

Receita Federal do Brasil estabeleceu por meio da

IN RFB nº 1.422/13 a obrigatoriedade de entrega da

ECF a todas as pessoas jurídicas, a partir do ano-

-calendário 2014.

A transmissão da ECF ocorrerá anualmente, até o

último dia útil do mês de julho do ano seguinte a que

se refira, pelo Sistema Público de Escrituração

Digital (Sped), devendo ser assinada digitalmente

mediante certificado digital.

Caso o contribuinte deixe de apresentar no prazo

fixado, ou apresente a ECF com incorreções ou

omissões, sujeitar-se-á às multas previstas no artigo

8º-A do Decreto-lei nº 1.598/77, introduzido pela Lei

nº 12.973/14.

Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

IOF sobre empréstimos do exterior - Decreto nº

8.263, de 3 de junho de 2014

Em 3 de junho de 2014, foi publicado o Decreto nº

8.263/14 que alterou o Decreto do IOF (Decreto nº

6.306/07). Nos termos da legislação publicada, para

liquidações de operações de câmbio contratadas a

partir de 4 de junho de 2014 para ingresso de

recursos no país, inclusive em operações simbólicas,

referente a empréstimo externo sujeito a registro no

BACEN, com prazo médio mínimo de até 180 dias,

haverá incidência de IOF à alíquota de 6%.

Nesse sentido, para as operações de empréstimo

externo com prazo médio superior a 180 dias, há

previsão de alíquota zero de IOF para tais

transações.

Conversão de empréstimo externo em capital - IOF

Solução de Consulta COSIT nº 261/14

EMPRÉSTIMO EXTERNO. SAÍDA DE RECURSOS.

OPERAÇÕES SIMULTÂNEAS DE CÂMBIO.

ALÍQUOTA ZERO. APLICABILIDADE.

Na operação simultânea de câmbio referente à saída

de recursos para a quitação do empréstimo, em face

da conversão de empréstimo externo em

Investimento Estrangeiro Direto (IED), é aplicável a

alíquota zero do IOF estabelecida pelo inciso IX do

artigo 15-A do Decreto nº 6.306/07, com a redação

dada pelo Decreto nº 7.456/11.

Page 53: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos tributários

Principais temas editados em 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 53

EMPRÉSTIMO EXTERNO. CONVERSÃO EM

INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO.

INGRESSO DE RECURSOS. OPERAÇÕES

SIMULTÂNEAS DE CÂMBIO. ALÍQUOTA ZERO.

APLICABILIDADE.

Na operação simultânea de câmbio referente à

entrada de recursos financeiros destinados à

integralização de capital social, em face da

conversão de empréstimo externo em IED, é

aplicável a alíquota zero do IOF estabelecida pelo

inciso XIX do artigo 15-A do Decreto nº 6.306/07,

com a redação dada pelo Decreto nº 7.456/11.

Compensação de imposto pago no exterior - Lucro

presumido

Solução de divergência COSIT nº 8/14

LUCRO PRESUMIDO. SERVIÇOS PRESTADOS

DIRETAMENTE AO EXTERIOR. NÃO

AUTORIZADA COMPENSAÇÃO DO IMPOSTO

PAGO NO EXTERIOR.

A pessoa jurídica que exercer a opção pelo regime

de tributação com base no lucro presumido e prestar

serviço diretamente no exterior não poderá

compensar imposto pago no país de domicílio da

pessoa física ou jurídica contratante.

AUTORIZADA A COMPENSAÇÃO DE IMPOSTO

PAGO NO EXTERIOR NO CASO DE PAÍS COM O

QUAL O BRASIL POSSUA ACORDO PARA EVITAR

A BITRIBUTAÇÃO

A compensação do imposto pago no exterior é

autorizada se houver acordo ou convenção para

evitar a dupla tributação entre o Brasil e o país no

exterior que determine a compensação em um

Estado contratante do imposto pago no outro Estado

contratante como método para evitar a dupla

tributação, sem que se exija um regime de tributação

específico. Nessa hipótese, a compensação ocorrerá

nos termos do referido acordo ou convenção para

evitar a dupla tributação.

Reabertura do parcelamento da Lei nº 11.941/09 em

2013 - Lei nº 12.996, de 18 de junho de 2014

Em 2014, foi reaberto o prazo para inserção de

débitos de tributos federais, conforme parcelamento

da Lei nº 11.941/09, para valores vencidos até 31 de

dezembro de 2013.

Como inovação ao programa anterior, a reabertura

instituiu a necessidade de antecipação de percentual

mínimo do montante total da dívida objeto do

parcelamento, podendo tal antecipação ser paga em

até cinco prestações a partir do mês do pedido de

parcelamento.

Medida Provisória no. 651, de 9 de julho de 2014

Em 2014, o governo publicou a Medida Provisória nº

651/14. Referida Medida gerou o Projeto de Lei nº

15/14, o qual foi aprovado pelo Senado em 29 de

outubro de 2014 e atualmente aguarda sansão

presidencial. O Projeto de Lei, em suma, contempla

as seguintes disposições:

Regime especial de valores tributários para as

empresas exportadoras - Reintegra

Reinstituição do Reintegra, cujo regime tem o

objetivo de devolver parcial ou integralmente o

resíduo tributário remanescente na cadeia de

produção de bens exportados.

Com a reinstituição do Reintegra, as pessoas

jurídicas que exportem bens elencados no artigo 23

da Medida Provisória nº 651/14 poderão apurar

créditos sobre a receita auferida com a exportação

desses bens, mediante a aplicação de percentual,

que pode variar de 0,1% a 3%, de acordo com a

natureza do bem exportado.

Excepcionalmente, esses percentuais poderão ser

acrescidos em até dois pontos percentuais, no caso

de exportação de bens, para os quais na cadeia de

produção se verifique a ocorrência de resíduo

tributário que justifique a devolução adicional,

comprovado por estudo ou levantamento realizado

conforme critérios e parâmetros definidos em

regulamento a ser editado após a publicação da Lei.

Page 54: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos tributários

Principais temas editados em 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 54

Os créditos apurados pelo Reintegra não serão

computados na base de cálculo de PIS, COFINS,

IRPJ e CSLL.

Quitação de débitos parcelados - utilização de

prejuízos fiscais e base negativa de CSLL

O contribuinte com parcelamento de débitos de

natureza tributária, perante a Receita Federal do

Brasil (RFB) e Procuradoria-Geral da Fazenda

Nacional (PGNF), vencidos até 31 de dezembro de

2013, poderá, mediante requerimento, utilizar saldos

próprios de prejuízo fiscal e base negativa de CSLL

apurados até 31 de dezembro de 2013 e declarados

até 30 de junho de 2014, para a quitação antecipada

dos débitos parcelados.

O Projeto de Lei possibilita também a utilização de

créditos de prejuízo fiscal e base negativa de CSLL

entre companhias controlada e controladora, de

forma direta ou indireta, ou entre companhias

controladas direta ou indiretamente por uma mesma

companhia, em 31 de dezembro de 2013,

domiciliadas no Brasil, desde que se mantenham

nessa condição até a data da opção pela quitação

antecipada dos débitos e apenas após a utilização

total dos créditos próprios.

Referida opção deverá ser formalizada em até 15

dias após a publicação da Lei, com a condição de

que o contribuinte deverá efetuar o pagamento em

espécie de, no mínimo, 30% do saldo do

parcelamento e quitar integralmente o saldo

remanescente mediante a utilização dos créditos de

prejuízo fiscal e base negativa de CSLL.

O valor dos créditos de prejuízo fiscal e base

negativa de CSLL a serem utilizados para quitação

dos débitos parcelados será determinado mediante a

aplicação das alíquotas de: 25% sobre o montante

do prejuízo fiscal; 15% sobre a base de cálculo

negativa de CSLL, no caso de instituições

financeiras autorizadas pelo BACEN, entidades

seguradoras reguladas pela SUSEP, entidades de

previdência complementar e empresas de

capitalização; 9% sobre a base de cálculo negativa

de CSLL, no caso das demais pessoas jurídicas.

Proposta de nova reabertura de prazo para adesão

aos programas de parcelamento - Refis, instituídos

pelas Leis nº 11.941/09 e nº 12.249/10

O Projeto de Lei nº 15/14 propõe a alteração da Lei

nº 12.996/14 para reabrir, até o 15º dia após a

publicação da Lei decorrente da conversão da

Medida Provisória nº 651/14, o prazo para adesão

aos parcelamentos previstos nas Leis nº 11.941/09 e

nº 12.249/10.

A opção pelas modalidades de parcelamento

previstas nas Leis nº 11.941/09 e nº 12.249/10 deve

ocorrer mediante o pagamento, à vista, de

percentual da dívida, o qual pode variar entre 5% e

20%, dependendo do valor total da devido.

Portarias MCTI nº 715/14 e nº 788/14

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

publicou em 16 de julho de 2014 a Portaria MCTI nº

715/14, que criou e estabeleceu o procedimento de

análise dos formulários para informações sobre as

atividades de Pesquisa Tecnológica e

Desenvolvimento de Inovação Tecnológica

(FORMP&Ds).

Em 5 de agosto de 2014 foi publicada a Portaria

MCTI nº 788/14 que, em linha com a Portaria nº

715/14, dispõe sobre a criação de Comitês de Auxilio

Técnico (CAT) para análise das informações

prestadas eletronicamente sobre os programas de

Pesquisa Tecnológica e Desenvolvimento de

Inovação Tecnológica (PD&I) das pessoas jurídicas

beneficiárias da Lei nº 11.196/05 (Lei do Bem).

A edição das Portarias MCTI nº 715/14 e nº 788/14

demonstra o início de uma estruturação robusta do

MCTI para uma profunda análise técnica e científica

das atividades de PD&I consideradas pelos

contribuintes para o cálculo do benefício fiscal de

PD&I.

Page 55: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos tributários

Principais temas editados em 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 55

Aplicabilidade dos tratados internacionais - Serviços

técnicos e de assistência técnica

Parecer PGFN/CAT nº 2.363/13

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN)

revisitou o tema sobre a interpretação do artigo que

trata dos lucros das companhias, em tratados

internacionais para evitar a bitributação da renda

celebrados pelo Brasil, no que diz respeito aos

pagamentos feitos ao exterior a título de serviços de

assistência técnica e serviços técnicos sem

transferência de tecnologia.

Através do Parecer PGFN/CAT nº 2.363/13, as

autoridades fiscais expuseram o entendimento de

que as remessas ao exterior efetuadas para

pagamento de serviços técnicos sem transferência

de tecnologia deveriam ser abrangidas pelo escopo

do artigo do tratado que trata do lucro das empresas

(artigo 7º) e, consequentemente, não estaria sujeito

à incidência do IRRF no Brasil.

Esse Parecer representou a maior mudança de

posicionamento das autoridades fiscais sobre o

assunto dos últimos 14 anos e corrobora com as

decisões anteriormente proferidas pelos Tribunais

Regionais Federais, bem como pelo Superior

Tribunal de Justiça, os quais já vinham

posicionando-se a favor da prevalência do artigo dos

tratados sobre a legislação nacional.

Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 5/14

Alinhado ao Parecer PGFN/CAT nº 2.363/13, em 20

de junho de 2014, as autoridades fiscais emitiram o

Ato Declaratório Interpretativo (ADI) RFB nº 5/14, no

qual foi publicado que o tratamento fiscal das

remessas efetuadas ao exterior (pessoa física ou

pessoa jurídica) para o pagamento da prestação de

serviços técnicos ou de assistência técnica,

independentemente da existência de transferência

tecnológica, deve ser determinado de acordo com as

disposições do tratado aplicável a cada caso,

conforme segue:

Quando o respectivo protocolo de um tratado

estabelecer que o pagamento de serviços

técnicos e de assistência técnica deve ser

tratado como royalties e o tratado conferir ao

Brasil o direito de tributação desses valores, o

pagamento deverá ser objeto de retenção na

fonte, de acordo com o artigo do tratado que

trata royalties, independentemente de existir ou

não transferência de tecnologia nos serviços

prestados.

Quando o item anterior não for aplicável e os

serviços técnicos ou de assistência técnica forem

relacionados com as habilidades técnicas de

uma pessoa física ou um grupo de pessoas

físicas, e o tratado conferir ao Brasil o direito de

tributação desses valores, o pagamento deverá

ser tributado de acordo com o artigo do tratado

que trata de profissões independentes.

Nos demais casos, os pagamentos devem ter o

tratamento conferido pelo artigo do tratado que

aborda lucro das companhias.

Como a nova orientação tem natureza interpretativa,

os contribuintes poderão avaliar os procedimentos

adotados em períodos anteriores, levando em conta

a natureza dos serviços e os países envolvidos, para

aplicar corretamente os benefícios dos tratados não

só prospectivamente, mas também retroativamente.

Ressaltamos que o ADI RFB nº 5/14, ao abordar o

assunto acerca dos serviços equiparados a royalties,

menciona expressamente que a equiparação

ocorrerá “quando o respectivo protocolo contiver

previsão de que os serviços técnicos e de

assistência técnica recebam igual tratamento, na

hipótese em que Acordo ou Convenção autorize a

tributação no Brasil”.

Page 56: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos tributários

Principais temas editados em 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 56

Preços de transferência

IN RFB nº 1.458/14

A Receita Federal do Brasil alterou a norma que

dispõe sobre os preços praticados nas operações de

compra e de venda de bens, serviços ou direitos

efetuados por pessoa física ou jurídica no Brasil,

com pessoa vinculada no exterior (IN RFB nº

1.312/12), por meio da IN RFB nº 1.458/14,

passando a permitir, para determinação do preço

parâmetro, que as companhias considerem os

custos de desembarque no porto, de transporte

interno, de armazenagem e de desembaraço

aduaneiro, incluindo os impostos e as taxas de

importação no mercado de destino do bem.

A previsão com relação a esses ajustes foi incluída

para os métodos dos Preços Independentes

Comparados (PIC), do Método do Preço sob

Cotação na Importação (PCI) e do Preço sob

Contratação na Exportação (Pecex), de tal sorte que

poderão ser aplicados por importadores ou

exportadores, de commodities (PCI e Pecex) ou não

(PIC).

Ademais, na avaliação pelo método PCI, o preço da

commodity passou a sujeitar-se a ajustes

correspondentes às diferenças entre o valor

suportado pelo vendedor e as especificações de

contrato-padrão estabelecidas pela BM&FBOVESPA

ou em instituições de pesquisa setoriais.

Impostos Indiretos (ICMS, IPI e ISS) e Contribuições

Sociais sobre o Faturamento (PIS e COFINS)

Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014

Além das já mencionadas alterações relativas à

legislação do IRPJ e da CSLL, a Lei nº 12.973/14

promoveu outras alterações relativas ao PIS e à

COFINS:

Base de cálculo de PIS e COFINS

De acordo com o artigo 52 da Lei nº 12.973/14, a

base de cálculo das contribuições tributadas pelo

regime cumulativo (artigo 3º da Lei nº 9.718, de 27

de novembro de 1998) será calculada com base no

faturamento, sendo a partir de então entendido como

a receita bruta de que trata o artigo 12 do Decreto-lei

nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977. Tal artigo

ainda prevê que se excluem do faturamento as

vendas canceladas e os descontos incondicionais

concedidos; as reversões de provisões e

recuperações de créditos baixados como perda, que

não representem ingresso de novas receitas, o

resultado positivo da avaliação de investimento pelo

valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos

derivados de participações societárias, que tenham

sido computados como receita bruta; e a receita

decorrente da venda de bens classificados no ativo

não circulante que tenha sido computada como

receita bruta e a receita reconhecida pela

construção, recuperação, ampliação ou

melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida

seja ativo intangível representativo de direito de

exploração, no caso de contratos de concessão de

serviços públicos.

Diante de tal alteração, os valores relativos ao

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e ao

Imposto sobre Operações relativas à Circulação de

Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de

Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação (ICMS), quando cobrados pelo

vendedor dos bens ou prestador dos serviços na

condição de substituto tributário, passaram a ser

tributados pelas contribuições.

Créditos de PIS e COFINS no regime não cumulativo

Com o advento da Lei nº 12.973/14, passou a ser

prevista a possibilidade de aproveitamento de

créditos de PIS e COFINS relativos aos bens

incorporados ao ativo intangível, adquiridos para

utilização na produção de bens destinados à venda

ou na prestação de serviços.

Page 57: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos tributários

Principais temas editados em 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 57

Contratos de concessão de serviços públicos

No caso de contrato de concessão de serviços

públicos, a receita decorrente da construção,

recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento

da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo

financeiro representativo de direito contratual

incondicional de receber caixa ou outro ativo

financeiro, integrará a base de cálculo da

contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, à

medida do efetivo recebimento.

Arrendamento mercantil

No caso de operação de arrendamento mercantil

não sujeita ao tratamento tributário previsto na Lei

nº 6.099, de 12 de setembro de 1974, em que haja

transferência substancial dos riscos e benefícios

inerentes à propriedade do ativo, o valor da

contraprestação deverá ser computado na base de

cálculo da contribuição para o PIS/PASEP e da

COFINS pela pessoa jurídica arrendadora.

É previsto também que as pessoas jurídicas sujeitas

ao regime de tributação de que tratam as Leis

nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e nº 10.833,

de 29 de dezembro de 2003, poderão descontar os

créditos calculados sobre o valor do custo de

aquisição ou construção dos bens arrendados

proporcionalmente ao valor de cada contraprestação

durante o período de vigência do contrato.

ICMS - Cesta básica

Em 2014, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou

recurso de um contribuinte do setor agrícola do Rio

Grande do Sul, que questionava o direito ao crédito

na íntegra do ICMS incidente na aquisição de

insumos utilizados na produção de produtos da cesta

básica que gozam de redução de base de cálculo.

Por 9 votos a 1 e reconhecendo a repercussão geral,

o STF entendeu que a redução da base de cálculo

do ICMS equivale a uma isenção parcial; portanto, o

aproveitamento de créditos deveria ser proporcional

à redução.

A mencionada redução da base de cálculo, que foi

objeto da discussão, tem previsão no Convênio

ICMS nº 128/94, que autoriza os Estados a

estabelecer carga tributária de 7% nas operações

internas com produtos que compõem a cesta básica.

Além da carga tributária reduzida, o Convênio

também autoriza os Estados a não exigir a anulação

proporcional do crédito apropriado, o que resulta na

necessidade de verificação da legislação do Estado

em que o estabelecimento estiver instalado, para

que seja corretamente definido o procedimento que

deverá ser seguido.

A título exemplificativo, o Estado de São Paulo

dispensou a anulação dos créditos para as

empresas industriais, enquanto os Estados do Rio

Grande do Sul e Santa Catarina, por não terem

disposição semelhante em seus regulamentos, vêm

exigindo a anulação dos créditos aproveitados

quando os produtos resultantes da industrialização

tenham gozado da base de cálculo reduzida. Mesmo

no Estado de São Paulo, se houver aquisições de

produtos acabados provenientes de outros Estados

para posterior revenda, deverá ser feito o estorno

proporcional dos créditos.

A decisão do STF, a princípio, não possui

modulação dos efeitos que possibilita a fixação de

sua eficácia - ex nunc (a partir da data em que foi

proferida a decisão ou a partir de outro período a ser

estabelecido pela Corte Suprema). Dessa forma, a

decisão proferida abrange tanto fatos geradores já

ocorridos quanto fatos geradores futuros.

Prazo de entrega do Bloco K - Livro de controle de

produção digital

Atendendo ao pedido dos contribuintes que

alegavam uma grande dificuldade para cumprimento

da obrigação acessória, a entrega do Bloco K do

Sped, relativo ao controle de estoque e produção,

passará a ser entregue somente a partir de janeiro

de 2016.

Extinção do Demonstrativo de Apuração de

Contribuições Sociais (DACON) para fatos gerados

ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.441/14, a

Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)

declarou que foi extinto o DACON para fatos

geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de

2014.

Page 58: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos tributários

Principais temas editados em 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 58

Vedação do crédito de PIS/PASEP e COFINS

relativo à importação de bens usados incorporados

ao ativo imobilizado

A Receita Federal, através de seu Ato Declaratório

Interpretativo n° 13, de 29 de outubro de 2014,

declarou que é vedada a apuração de crédito da

COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP em

relação à importação de bens usados incorporados

ao ativo imobilizado da pessoa jurídica.

Protocolo sobre substituição tributária de diversos

produtos

O Conselho Nacional de Política Fazendária

(CONFAZ) divulgou os Protocolos ICMS nº 40/14 a

nº 51/14, que tratam, entre outros assuntos, sobre a

substituição tributária nas operações com autopeças,

colchoaria, materiais elétricos, produtos eletrônicos,

máquinas e equipamentos, materiais de construção,

de limpeza, perfumaria e produtos alimentícios.

Tais protocolos referem-se às operações entre

diversos Estados e de acordo com o produto

comercializado.

Procedimento especial para ressarcimento de crédito

presumido de COFINS e PIS/PASEP

A Portaria MF nº 348, de 26 de agosto de 2014,

dispôs sobre procedimento especial para

ressarcimento de créditos de contribuição para o

PIS/PASEP e de COFINS de que trata o artigo 31

da Lei nº 12.865/13, o qual autoriza a pessoa jurídica

sujeita ao regime não cumulativo a descontar dessas

contribuições, devidas em cada período de

apuração, o crédito presumido calculado sobre a

receita decorrente da venda no mercado interno ou

da exportação dos produtos classificados nos

códigos mencionados na norma em referência.

Conforme a referida Portaria, a RFB deverá, no

prazo de até 60 dias contados da data do pedido de

ressarcimento dos mencionados créditos, efetuar o

pagamento de 70% do valor pleiteado por pessoa

jurídica que atenda, cumulativamente, às seguintes

condições:

a) Cumpra os requisitos de regularidade fiscal para

o fornecimento de certidão negativa ou de

certidão positiva, com efeitos de negativa, de

débitos relativos aos tributos administrados pela

RFB e à Dívida Ativa da União administrada

pela PGFN.

b) Não tenha sido submetida ao regime especial

de fiscalização de que trata o artigo 33 da Lei

nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, nos 36

meses anteriores à apresentação do pedido.

c) Esteja obrigada à Escrituração Fiscal Digital -

Contribuições (EFD - Contribuições) e a

Escrituração Contábil Digital (ECD).

d) Esteja inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa

Jurídica (CNPJ), em 31 de dezembro do ano

anterior ao pedido, há mais de 24 meses.

e) Possua patrimônio líquido igual ou superior a

R$20.000.000,00, apurado no balanço

patrimonial informado na ECD apresentada à

RFB no ano anterior ao do pedido de

ressarcimento.

f) Tenha auferido receita igual ou superior a

R$100.000.000,00, informada na ECD

apresentada à RFB no ano anterior ao do

pedido de ressarcimento.

g) O somatório dos pedidos de ressarcimento dos

créditos de que trata o artigo 1º, protocolados no

ano-calendário, não ultrapasse 30% do

patrimônio líquido informado na ECD

apresentada à RFB no ano-calendário anterior

ao do pedido de ressarcimento.

Incidência de IPI sobre revenda de produtos

importados.

Em decisão proferida em 11 de junho, o STJ decidiu

sobre a não incidência do IPI na revenda de

mercadorias importadas que não sofrem processo

de industrialização no território nacional.

Page 59: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos tributários

Principais temas editados em 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 59

Com base na decisão e por meio de ação judicial o

contribuinte poderá buscar o afastamento da

incidência do imposto nas suas operações, podendo

ser avaliada ainda a possibilidade de recuperação

dos valores recolhidos anteriormente.

Novas obrigações - Programa Inovar Auto

Em 2014, as autoridades fiscais inseriram novas

obrigações para prestação de informações

relacionadas ao Programa de Incentivo à Inovação

Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de

Veículos Automotores (Inovar Auto), criado pela Lei

nº 12.715/12.

Estão aptas a habilitarem-se ao Programa Inovar

Auto:

Empresas que produzam veículos no País.

Empresas que não produzam, mas

comercializam veículos no País.

Empresas que apresentem projeto de

investimento no setor automotivo no País.

As empresas habilitadas ao Programa poderão

usufruir de crédito presumido de IPI. Contudo, a

partir de novembro de 2014, todos os fornecedores

diretos das empresas habilitadas ao Programa

Inovar-Auto deverão calcular o valor total de

matérias-primas importadas aplicadas aos produtos

vendidos às produtoras/comercializadoras de

veículos automotivos. Os resultados dos estudos

deverão ser reportados para o Ministério do

Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior

(MDIC), até o dia 15 de cada mês, através de

arquivo eletrônico XML.

Nos termos da legislação fiscal, o cumprimento das

medidas estabelecidas pelo MDIC é mandatório para

todos os fornecedores de companhias habilitadas no

Programa, e a não observação da norma, total ou

parcial, pelos fornecedores diretos acarretarão:

Multa de 2% sobre o valor das operações de

venda na hipótese de omissão na prestação das

informações.

Multa de 1% sobre a diferença entre o valor

informado e o valor devido na hipótese de

incorreções no cumprimento da obrigação.

Perda da habilitação do Programa Inovar Auto

por parte da montadora, na hipótese de

utilização de valor a maior de crédito presumido

por companhia habilitada em razão de

incorreções nas informações.

Assuntos tributários sobre questões trabalhistas e

previdenciárias

Desoneração da folha de pagamento

O Governo Federal, por meio da Medida Provisória

nº 651/14, alterou o texto dos artigos 7º e 8º da Lei

nº 12.546/11, os quais conferiam um caráter

temporário para a desoneração da folha de

pagamento, limitando-a até o dia 31 de dezembro de

2014. Sem a imposição de outra data-limite no texto

trazido pela Medida Provisória, o Governo

transformou-a em um regime permanente.

Outra medida trazida pelo novo texto foi a ampliação

do regime de desoneração da folha de pagamento a

setores até então não beneficiados e o retorno de

alguns setores ao recolhimento sobre a folha.

Inconstitucionalidade da cobrança de INSS sobre

serviços prestados por cooperativa de trabalho

O Supremo Tribunal Federal, em abril de 2014,

decidiu, em sede do Recurso Extraordinário nº

595.838/SP (de relatoria do Ministro Dias Toffoli),

pela inconstitucionalidade da disposição legal que

determinava o recolhimento da contribuição do

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre

serviços prestados por cooperativas de trabalho

devido pela companhia contratante, inciso IV, artigo

22, da Lei nº 8.212/91.

Page 60: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Assuntos tributários

Principais temas editados em 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 60

A inconstitucionalidade, decidida por unanimidade,

foi constatada pelo fato de que a Constituição

Federal determina que uma nova fonte de custeio da

Seguridade Social somente poderá ser estabelecida

através de Lei Complementar (artigo195, § 4º, da

Constituição Federal) e trâmite legislativo, o que não

ocorreu no caso da exigência do recolhimento de

INSS sobre serviços prestados por cooperativas.

Diante desse fato, os contribuintes que recolheram o

INSS a esse título podem instaurar processos

judiciais arguindo a inconstitucionalidade e a

repetição do indébito, por tratar-se de pagamento

indevido de tributo.

Page 61: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 61

Os projetos prioritários do Financial Accounting

Standards Board (FASB) e do International

Accounting Standards Board (IASB), assim como os

projetos individuais do FASB, estão apresentados

nas próximas páginas, refletindo as revisões de

agendas e cronogramas do FASB e IASB e o

progresso ocorrido nesses projetos desde a emissão

da última publicação, em novembro de 2013.

Projetos Conjuntos FASB/IASB

Instrumentos financeiros

O objetivo desses projetos é melhorar

significativamente a utilidade das informações

relacionadas a instrumentos financeiros nas

demonstrações financeiras. O projeto sobre

instrumentos financeiros vai substituir os respectivos

padrões de instrumentos financeiros do IASB e

FASB por uma norma comum. O FASB e IASB

esperam que a simplificação dos requerimentos de

contabilização de instrumentos financeiros também

ocorra nessa melhoria.

Em maio de 2010, o FASB liberou uma minuta de

exposição (Exposure Draft - ED) que alteraria: (a) a

classificação e mensuração de ativos e passivos

financeiros, (b) a contabilização para redução ao

valor recuperável de ativos financeiros, e (c) a

contabilização de hedge (hedge accounting). Desde

o fim do período de comentários relativo à minuta de

exposição, o FASB deliberou novamente e revisou

vários aspectos de suas propostas iniciais. Além

disso, o FASB adicionou dois componentes à sua

reconsideração, relativa ao tratamento contábil de

instrumentos financeiros: (1) apresentação de ativos

e passivos financeiros no balanço patrimonial em

base líquida, e (2) divulgações relacionadas à

liquidez e aos riscos associados à taxa de juros de

instrumentos financeiros.

a) Classificação e Mensuração de Ativos e

Passivos Financeiros

Status: Minutas de exposição dessa norma foram

emitidas em fevereiro e abril de 2013, com seu

período para comentários encerrando-se em maio de

2013. Essa norma continua em processo de

redeliberação e discussão pelo FASB, tendo sido

abordada pela última vez na reunião de 22 de

outubro de 2014.

O FASB propõe por tentativa que ativos financeiros

devem ser mensurados ao valor justo por meio do

resultado, valor justo por meio de outros resultados

abrangentes, ou custo amortizado, com base em

avaliação das características contratuais dos fluxos

de caixa do instrumento financeiro e do respectivo

modelo de negócio. A reclassificação de uma

categoria para outra será necessária caso o modelo

de negócios utilizado pela companhia na

Administração de um determinado grupo de ativos

financeiros mude, o que não deve ser frequente.

Investimentos em instrumentos de patrimônio líquido

(tanto negociáveis como não negociáveis) serão

mensurados ao valor justo por meio do resultado;

todavia, uma exceção mais prática - mensuração por

meio do custo - seria permitida para instrumentos de

patrimônio líquido não negociáveis mantidos tanto

por companhias de capital aberto quanto de capital

fechado. Passivos financeiros serão mensurados ao

custo amortizado, com exceção de derivativos,

vendas de período curto e todas aquelas que serão

subsequentemente negociadas ao valor justo (as

quais seriam mensuradas pelo valor justo por meio

do resultado).

b) Redução do Valor Recuperável de Ativos

Financeiros

Status: A emissão da minuta de exposição dessa

norma foi realizada em 20 de dezembro de 2012,

com seu período de comentários encerrando-se em

31 de maio de 2013. Essa norma continua em

processo de redeliberação e discussão pelo FASB,

tendo sido abordada pela última vez na reunião de 3

de setembro de 2014.

O modelo proposto seria utilizar um único modelo

objetivo de “perda esperada” para o reconhecimento

de perdas de crédito, substituindo os vários modelos

de avaliação existentes no US GAAP, que

geralmente exigem que a perda deve ser

considerada “incorrida” antes de ser reconhecida.

Segundo a proposta, as companhias devem estimar

os fluxos de caixa que não esperam coletar,

utilizando toda a informação disponível, incluindo a

experiência histórica e as previsões razoáveis e

suportáveis sobre o futuro. O balanço patrimonial

Contabilidade internacional Normas contábeis norte-americanas

Page 62: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 62

deve refletir a atual estimativa de perdas de crédito

esperadas na data do balanço (a provisão para

créditos de liquidação duvidosa) e a demonstração

do resultado deve refletir os efeitos da deterioração

(ou melhoria) do crédito que tenha ocorrido durante

o período.

c) Contabilidade de Hedge (Hedge Accounting)

Status: O IASB emitiu alterações ao IFRS 9 em

2014. O FASB está em processo de pesquisa e

análise dos comentários recebidos sobre a minuta

de 2010 e, durante o seu processo de decisões, irá

considerar também o conteúdo do IFRS 9 para a

emissão da norma. O assunto foi discutido pela

última vez na reunião do FASB de 23 de setembro

de 2014.

Após propor alterações pontuais e simplificações

para o tratamento de hedge accounting como parte

da minuta de exposição de maio de 2010, o FASB

emitiu uma minuta de discussão (Discussion Paper -

DP) em fevereiro de 2011, a fim de obter

comentários sobre a minuta de exposição emitida

pelo IASB em dezembro de 2010, que propõe alinhar

as práticas de hedge accounting com as práticas de

gerenciamento de riscos. O FASB também está

considerando as sugestões recebidas pelo IASB

sobre o IFRS 9.

Reconhecimento de receita

Status: Em maio de 2014, o FASB emitiu o ASU

2014-09, que busca refletir o mesmo impacto

contábil trazido pelo IFRS 15, emitido pelo IASB na

mesma data. A norma possui vigência para

companhias abertas para exercícios iniciados a partir

de 15 de dezembro de 2016 (incluindo os períodos

interinos) e para as demais companhias para

exercícios anuais iniciados a partir de 15 de

dezembro de 2017 (e para períodos interinos que

façam parte de exercícios iniciados a partir de 15 de

dezembro de 2018).

A atualização da norma de contabilidade (Accounting

Standard Update - ASU) propõe um modelo único e

abrangente a ser utilizado pelas companhias na

contabilização de contratos com clientes e substitui

grande parte da norma contábil relativa ao

reconhecimento de receita, acabando, assim, com

um grande volume de normas que são aplicadas a

indústrias específicas, as quais vêm sendo utilizadas

há anos. Em seu lugar, as companhias aplicariam

um princípio geral no reconhecimento de receita

relativo a contratos, nos quais bens ou serviços são

oferecidos. Esse princípio geral requereria que a

companhia: (1) identificasse seus contratos com

determinado cliente; (2) identificasse os diferentes

elementos/obrigações; (3) determinasse o preço de

transação; (4) alocasse o preço de transação para

os diferentes elementos/obrigações do contrato; e

(5) reconhecesse a respectiva receita com base no

atendimento a elementos/obrigações do contrato.

Arrendamentos mercantis (Leases)

Status: Em agosto de 2010, o FASB e IASB emitiram

uma minuta de exposição (emitida pelo FASB como

um ASU proposto) sobre arrendamentos mercantis.

Após a consideração de sugestões, o FASB e IASB

emitiram uma versão revisada dessa minuta em

maio de 2013, com período de comentários

encerrado em setembro de 2013. As alterações

encontram-se em processo de redeliberação, tendo

sido abordadas pela última vez na reunião do FASB

de 22 de outubro de 2014.

O modelo de arrendamento mercantil proposto por

ambos os Comitês propunha inicialmente, com base

na minuta de 2010, a alteração do tratamento

contábil de arrendamentos mercantis pelo

arrendatário, basicamente eliminando a opção de

arrendamento mercantil operacional, o que resultará

em um tratamento único, no balanço patrimonial,

para qualquer modalidade de leasing (exceto

leasings de curto prazo). Sob o modelo proposto, o

arrendatário reconhecerá uma obrigação de realizar

pagamentos futuros e um ativo que representa o

direito de uso do respectivo bem.

Tendo como base os comentários recebidos

relativos a esse modelo proposto, os Comitês estão

discutindo várias questões relativas à mensuração,

incluindo período de arrendamento, aluguéis

contingentes e formas de reconhecimento no

resultado. Também ocorreram várias discussões

sobre aspectos mais fundamentais do arrendamento

mercantil, como, por exemplo, distinção de um

arrendamento mercantil para um contrato de serviço

e o tratamento contábil por parte do arrendador.

Page 63: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 63

Como resultado de tais deliberações, os Comitês

emitiram a norma revisada em 2013. Essa nova

minuta propõe uma abordagem dupla para o

reconhecimento, a mensuração e a apresentação de

despesas e fluxos de caixa decorrentes de um

contrato de arrendamento. Para a maioria dos

contratos de locação de imóveis, um locatário

apresentaria uma despesa de arrendamento linear

em sua demonstração do resultado. Para a maioria

dos demais contratos de locação, tais como

equipamentos ou veículos, um locatário apresentará

a amortização do ativo separadamente dos juros

sobre o passivo de arrendamento. O FASB e o IASB

também estão propondo divulgações que deverão

permitir aos investidores e a outros usuários das

demonstrações financeiras compreenderem os

montantes, a tempestividade e a incerteza dos fluxos

de caixa decorrentes de contratos de arrendamento.

O FASB e o IASB também estão propondo

alterações no modo como locadores de

equipamentos e veículos contabilizariam locações

que estejam atualmente fora do balanço. Essas

mudanças visam proporcionar maior transparência

sobre a exposição de tais locadores ao risco de

crédito e risco de ativos.

Contratos de seguros

Status: Em junho de 2013, o FASB emitiu uma

minuta das alterações propostas, para comentários

até outubro de 2013, as quais se encontram em

processo de redeliberação, tendo sido abordadas

pela última vez na reunião do FASB de 22 de

outubro de 2014. Atualmente, o US GAAP possui

princípios mais detalhados, evoluindo

gradativamente ao longo de décadas, resultando em

mais de um modelo, alguns dos quais são

incompatíveis com outros, mais recentemente

emitidos. Por outro lado, as IFRSs não têm um

padrão abrangente em matéria de contratos de

seguros.

Essas considerações, bem como um forte apoio do

mercado, convenceram o FASB a trabalhar com o

IASB em um projeto conjunto de contratos de

seguros, não só para melhorar o atual US GAAP,

mas também para trabalhar no sentido de um padrão

internacional convergente.

Uma das mudanças mais significativas é que a

minuta das alterações propostas exige que os

contratos que transferem de forma significativa o

risco de seguro venham a ser contabilizados de

forma semelhante, independentemente do tipo de

instituição emissora do contrato. Em outras palavras,

as características do contrato, não do tipo de

seguradora, determinam se a transação é um

seguro.

Consequentemente, a proposta de norma aplica-se a

bancos, fiadores, prestadores de serviços e outros

tipos de seguradoras, além de companhias de

seguros.

A norma contábil proposta também estabelece os

princípios que uma seguradora aplicaria no

reconhecimento, na mensuração, na apresentação e

na divulgação de contratos de seguro emitidos e

contratos de resseguro realizados em suas

demonstrações financeiras. Isso aumentaria a

utilidade das informações sobre passivos de

seguros, incluindo a natureza, os valores, o tempo e

a incerteza dos fluxos de caixa relacionados com os

passivos, e os efeitos relacionados com a

demonstração do resultado abrangente.

Segundo a proposta, a seguradora iria aplicar um

dos dois modelos de mensuração com base nas

características do contrato. A abordagem de “bloco

de construção” seria aplicada à maior parte dos

seguros de vida e contratos de saúde a longo prazo,

enquanto a abordagem de alocação do prêmio seria

aplicada mais a seguros de propriedade e

responsabilidade e contratos de saúde de curto

prazo, bem como algumas garantias e contratos de

serviços.

Contratos de seguros que utilizam a abordagem de

bloco de construção seriam contabilizados a cada

período de reporte com base no valor presente atual

do líquido dos fluxos de caixa esperados e das

saídas de caixa, com base na estimativa ponderada

de probabilidade (valor esperado) que incorpora

todas as informações relevantes e considera todas

as características do contrato, incluindo garantias.

Page 64: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 64

Projetos Individuais do FASB

Apresentação de operação descontinuada

Status: Alteração emitida em julho de 2014.

O objetivo principal dessa alteração é aprimorar a

definição e apresentação de operações

descontinuadas, visando à aproximação com a

norma existente nas IFRSs, eliminando o conceito

de itens extraordinários da demonstração do

resultado do exercício.

Companhias em fase de desenvolvimento

Status: Alteração emitida em junho de 2014.

A norma tem a intenção de reduzir os custos e a

complexidade no sistema de relatórios financeiros

das demonstrações financeiras de companhias em

fase de desenvolvimento, substituindo e

simplificando as exigências para apresentação e

divulgação das demonstrações financeiras para

essas companhias.

Estrutura conceitual para divulgação

Status: O FASB irá considerar os comentários

recebidos, quando do desenvolvimento do processo

de decisão do Board, para estabelecer as exigências

de divulgação. O FASB está trabalhando nesse

projeto em conjunto com o European Financial

Reporting Advisory Group (EFRAG).

Adicionalmente, o FASB planeja ainda trabalhar com

a SEC e o PCAOB, com o objetivo de esclarecer a

aplicação de materialidade para as divulgações

financeiras.

O objetivo e foco principal desse projeto são

aprimorar a eficácia das notas explicativas das

demonstrações financeiras, comunicando

claramente a informação que é mais importante para

o usuário. Embora a redução do volume das notas

explicativas não seja o foco principal, o FASB espera

que o foco nas informações importantes tenha esse

resultado na maioria dos casos.

Em resposta às solicitações e recomendações feitas

por diversos constituintes, em 2009 o FASB

adicionou à sua agenda um projeto para estabelecer

uma estrutura conceitual, que visa tornar

divulgações relativas às demonstrações financeiras

“mais efetivas, coordenadas e menos redundantes”.

Esse projeto tem dois objetivos principais:

Estabelecer uma ampla estrutura conceitual, a

fim de aperfeiçoar a efetividade de divulgações

financeiras, o que seria atingido por meio do foco

nos aspectos mais relevantes para os usuários

finais das demonstrações financeiras. Esses

aspectos seriam apresentados em uma ordem e

formato que promovessem uma comunicação

clara, o que resultaria na redução no volume das

divulgações necessárias, porém, um aumento na

utilidade de tais divulgações.

Procurar melhores maneiras de integrar as

informações contidas nas demonstrações

financeiras, análise e discussão da

administração (Management Discussion and

Analysis - MD&A) e outras peças contábeis, com

a intenção primária de promover uma

comunicação mais relevante, e evitar repetições

sempre que possível. Para alcançar esse

objetivo, o Comitê precisaria primeiramente

desenvolver uma estrutura conceitual visionando

o primeiro objetivo, citado anteriormente.

Em 12 de julho de 2012, o FASB emitiu uma minuta

de discussão (DP), com o objetivo de receber

feedback das partes relacionadas relativas a esse

projeto. A minuta de discussão (DP), que não

caracteriza uma proposta do FASB, ou pontos de

vista preliminares, identifica aspectos das

divulgações em notas explicativas que precisam ser

aperfeiçoadas e explora as possíveis maneiras de se

fazê-lo. Se aplicadas, algumas das ideias da minuta

de discussão (DP) poderiam alterar

significativamente o processo atualmente utilizado

pelo FASB para a criação de exigências de

divulgação em normas emitidas futuramente e

potencialmente alterariam exigências contidas nas

normas atuais.

Page 65: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 65

Em março de 2014, o FASB colocou em audiência

pública a minuta referente ao capítulo da estrutura

conceitual prevista referente às divulgações em

notas explicativas, com prazo para comentários até

julho de 2014.

Adicionalmente, esse projeto também possui as

seguintes frentes de trabalho, que foram segregadas

em subprojetos específicos pelo FASB, em estágio

de deliberações iniciais:

Planos de benefícios definidos.

Mensuração a valor justo.

Imposto de renda.

Estoques.

Relatórios intermediários.

Transferências e serviços: contratos de reaquisição

e transações similares

Status: Alteração da norma emitida em junho de

2014.

O objetivo dessa alteração é aprimorar a

contabilidade existente e a orientação para

divulgação dos contratos de reaquisição e outras

transações envolvendo a transferência e os

contratos futuros (forward agreements) para

readquirir os ativos transferidos a um preço fixo do

cessionário, tratando de questões aplicadas e

alterações no mercado e assegurando que os

investidores obtenham informação útil sobre essas

transações.

As alterações propostas eliminam a distinção entre

os acordos que são efetuados antes do vencimento

do ativo transferido e aqueles efetuados na data de

vencimento do ativo transferido. Como resultado,

ambos os tipos de transferências com contratos

futuros de recomprar os ativos transferidos ou

substancialmente os mesmos ativos a um preço fixo

continuariam registrados no cedente e seriam

contabilizados como empréstimos garantidos. Para

esses tipos de arranjos, a orientação proposta

resulta em informações mais comparáveis com as

IFRSs.

Quando o cedente não mantiver controle efetivo

sobre um ativo financeiro transferido, a transação

será avaliada nas condições de desreconhecimento

restantes no US GAAP para determinar se ela deve

ser contabilizada como um empréstimo garantido ou

uma venda com um acordo de recompra a prazo.

A orientação proposta esclarece as características

de ativos que podem ser considerados

“substancialmente o mesmo” e exige novas

divulgações para determinadas transferências com

contratos futuros de recomprar os ativos

transferidos.

Continuidade dos negócios da entidade (“going

concern”)

Status: Alteração da norma emitida em agosto de

2014.

Essa alteração introduz conceitos para a avaliação

da Administração sobre a existência de eventual

dúvida substancial quanto à continuidade dos

negócios da companhia e ao detalhamento das

informações a serem divulgadas em notas

explicativas. A Administração da companhia é

requerida a fazer a cada data de reporte a avaliação

se existe dúvida substancial sobre a capacidade de

manutenção dos negócios por um período de um

ano após a data de emissão das demonstrações

financeiras.

Demonstrações financeiras de companhias sem fins

lucrativos

Status: O FASB planeja emitir as alterações às

normas em minuta no primeiro trimestre de 2015.

O objetivo desse projeto é reexaminar as normas

existentes de apresentação das demonstrações

financeiras para companhias sem fins lucrativos,

focando em aprimorar as exigências de classificação

de ativos líquidos e as informações fornecidas nas

demonstrações financeiras e nas notas explicativas

sobre liquidez, desempenho financeiro e fluxos de

caixa.

Page 66: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 66

O Board decidiu provisoriamente:

Substituir as exigências existentes, a fim de

apresentar os totais, para cada uma das três

classes de ativos líquidos, na posição das

demonstrações financeiras. O Board também

decidiu efetuar alterações na terminologia e

definição das classes de ativos líquidos.

Manter a exigência atual para fornecer

informações referentes à natureza e aos

montantes de diferentes tipos de restrições

impostas pelo doador, mas modificar as

exigências para: (a) remover a distinção entre

restrição temporária e permanente; e (b) em vez

de descrever as diferenças na natureza, focar

em como e quando os recursos podem ser

utilizados (ativos líquidos).

Outros Projetos do FASB

Além dos projetos listados anteriormente, o FASB

possui ativos os seguintes projetos de

reconhecimento e mensuração em estágios menos

avançados:

Estrutura conceitual - mensuração.

Estrutura conceitual - apresentação.

Contabilização de ágio em companhias públicas

e sem fins lucrativos.

Contabilização de imposto de renda -

Transferência de ativos dentro do Grupo e

classificação dos impostos diferidos.

Definição de um negócio.

Contabilização pelo cliente de honorários pagos

em um contrato de processamento em nuvem

(cloud computing)

Melhorias na contabilização de planos de opções

de ações a empregados.

Simplificação da data de mensuração de ativos

de planos de benefícios.

Simplificação na contabilização subsequente de

estoques.

Pelo status dos projetos disponibilizados pelo

FASB em seu website, atualizado em outubro de

2014, não é esperada a emissão de minutas de

documentos ou documentos finais em 2014 ou

2015.

Sumário das principais atualizações de normas norte-americanas - ASU (Accounting Standard Updates)

Emitidas em 2014

Referência Título Vigência

ASU 2014-17 Combinação de negócios (Tópico 805): Pushdown

Accounting (um consenso do grupo de trabalho de assuntos

emergentes do FASB).

Períodos anuais que terminam em 18 de novembro de 2014 ou após.

ASU 2014-16 Derivativos e Hedge (Tópico 815): Determinar se o contrato de acolhimento em um instrumento financeiro híbrido emitido sob a forma de uma ação é mais semelhante à dívida ou ao patrimônio (um consenso do grupo de trabalho de assuntos emergentes do FASB).

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2015 ou após.

ASU 2014-15 Apresentação das Demonstrações Financeiras - Continuidade (Subtópico 205-40): A divulgação de incertezas sobre a capacidade de uma entidade para prosseguir em continuidade.

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2016 ou após.

ASU 2014-14 Recebíveis - Reestruturações de Dívidas Problemáticas por Parte dos Credores (Subtópico 310-40): Classificação de determinados créditos à habitação garantidos pelo governo quando da execução (um consenso do grupo de trabalho de

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2014 ou após.

Page 67: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 67

Emitidas em 2014

Referência Título Vigência

assuntos emergentes do FASB).

ASU 2014-13 Consolidação (Tópico 810): Mensurar os ativos e os passivos financeiros de uma entidade financeira garantidora consolidada (um consenso do grupo de trabalho de assuntos emergentes do FASB).

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2015 ou após.

ASU 2014-12 Remuneração - Pagamento Baseado em Ações (Tópico 718): Contabilização de pagamento baseado em ações quando os termos de uma outorga incluem uma meta de desempenho que pode ser alcançada após o período do serviço prestado (um consenso do grupo de trabalho de assuntos emergentes do FASB).

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2015 ou após.

ASU 2014-11 Transferência e Serviços de Cobrança (Tópico 860): Operações de recompra até o vencimento, financiamento de recompra e divulgações.

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2014 ou após.

ASU 2014-10 Entidades em Fase de Desenvolvimento (Tópico 915): Eliminação de determinados requerimentos de divulgação de informação financeira, incluindo uma atualização para entidades de interesse variável - orientação no Tópico 810 - Consolidação.

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2014 ou após.

ASU 2014-09 Receitas de Contratos de Clientes (Tópico 606)

Seção A Resumo e alterações que geram receita a partir de contratos com os clientes (Tópico 606) e outros ativos e custos diferidos - contratos com clientes (Subtópico 340-40).

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2016 ou após.

Seção B Alterações de conformidade com outros temas e subtemas na codificação e nas tabelas de status.

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2016 ou após.

Seção C Informações de Background e Bases para Conclusões Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2016 ou após.

ASU 2014-08 Apresentação das Demonstrações Financeiras (Tópico 205) e Imobilizado e Equipamentos (Tópico 360): Divulgações de operações descontinuadas e divulgação de alienação de componentes de uma entidade.

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2014 ou após.

ASU 2014-07 Consolidação (Tópico 810): Aplicação de entidade de participação variável e orientação aos contratos de arrendamento de controle comum (um consenso do Conselho da Entidade Privada).

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2014 ou após.

ASU 2014-06 Correção e Melhorias Técnicas Relacionadas com os Termos do Glossário

Períodos anuais que terminam em 14 de março de 2014 ou após.

ASU 2014-05 Contratos de Concessão de Serviço (Tópico 853) (um consenso do grupo de trabalho de assuntos emergentes do FASB)

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2014 ou após.

ASU 2014-04 Recebíveis - Reestruturações de Dívidas Problemáticas por Parte dos Credores (Subtópico 310-40): Reclassificação de Imóveis residenciais colateralizados em crédito imobiliário ao consumidor quando da execução hipotecária (um consenso do grupo de trabalho de assuntos emergentes do FASB).

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2014 ou após.

ASU 2014-03 Derivativos e Hedge (Tópico 815): Contabilização de certos Períodos anuais que terminam

Page 68: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 68

Emitidas em 2014

Referência Título Vigência

swaps de taxas de juros com recebimento pós-fixado, pagamento prefixado - abordagem simplificada para a contabilização de hedge (um consenso do Conselho da Entidade Privada).

em 15 de dezembro de 2014 ou após.

ASU 2014-02 Intangíveis - Goodwill e Outros (Tópico 350): Contabilização de ágio (um consenso do Conselho da Entidade Privada).

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2014 ou após.

ASU 2014-01 Investimentos - Método de Equivalência Patrimonial e Joint Ventures (Tópico 323): Contabilização de investimentos em projetos habitacionais qualificados e acessíveis (um consenso do grupo de trabalho de assuntos emergentes do FASB).

Períodos anuais que terminam em 15 de dezembro de 2014 ou após.

Emitidas em 2013

Referência Título Vigência

ASU 2013-12 Definição de Entidade Pública Empresarial - Uma adição ao

glossário.

N/A

ASU 2013-11 Tributos sobre o Lucro (Tópico 740): Apresentação de

benefícios tributários não reconhecidos quando uma perda

operacional líquida do passado, uma perda tributária similar,

ou um crédito tributário do passado existir (um consenso do

grupo de trabalho de assuntos emergentes do FASB).

Períodos anuais que terminam

em 15 de dezembro de 2013 ou

após.

ASU 2013-10 Derivativos e Contabilidade de Proteção (Tópico 815):

Inclusão das taxas efetivas do fed para swap (ou índices

overnight de taxa de swap) como benchmark para taxas de

juros para fins de contabilidade de hedge (um consenso do

grupo de trabalho de assuntos emergentes do FASB).

Operações de Hedge iniciadas

em 17 de julho de 2013 ou

após.

ASU 2013-09 Mensuração do Valor Justo (Tópico 820): Diferimento da

data de efetividade de determinadas notas explicativas de

planos de benefícios a empregados para empresas

fechadas na atualização nº 2011-04.

Válido desde sua emissão.

ASU 2013-08 Serviços Financeiros - Companhias de Investimento (Tópico

946): Ajustes no escopo, na mensuração e nos

requerimentos de divulgação.

Períodos anuais que terminam

em 15 de dezembro de 2013 ou

após.

ASU 2013-07 Apresentação das Demonstrações Financeiras (Tópico

205): Bases da contabilidade de liquidação.

Períodos anuais que terminam

em 15 de dezembro de 2013 ou

após.

ASU 2013-06 Entidades sem Fins Lucrativos (Tópico 958): Serviços

recebidos de pessoal ligadas à uma afiliada (um consenso

do grupo de trabalho de assuntos emergentes do FASB).

Períodos anuais que terminam

em 15 de junho de 2014 ou

após.

ASU No 2013-05 Moedas Estrangeiras (Tópico 830): Contabilidade da

investidora para ajustes acumulados de conversão no

desreconhecimento de certas subsidiárias ou grupo de

ativos dentro de uma empresa estrangeira ou um

Períodos anuais que terminam

em 15 de dezembro de 2013 ou

após.

Page 69: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 69

Emitidas em 2013

Referência Título Vigência

investimento em uma empresa estrangeira (um consenso do

grupo de trabalho de assuntos emergentes do FASB).

ASU 2013-04 Passivos (Tópico 405): Obrigações resultantes de acordos

em conjunto e acordos de diversos passivos, para os quais

o valor total da obrigação é fixado na data de reporte (um

consenso do grupo de trabalho de assuntos emergentes do

FASB).

Períodos anuais que terminam

em 15 de dezembro de 2013 ou

após.

ASU 2013-03 Instrumentos Financeiros (Tópico 825): Esclarecendo o

escopo da aplicabilidade de notas explicativas específicas

para empresas não públicas.

Válido desde sua emissão.

ASU 2013-02 Resultados Abrangentes (Tópico 220): Divulgando os

montantes reclassificados para fora de outros resultados

abrangentes

Períodos anuais que terminam

em 15 de dezembro de 2012 ou

após.

ASU 2013-01 Balanço Patrimonial (Tópico 210): Esclarecendo o escopo

de notas explicativas sobre compensação de ativos e

passivos

Períodos anuais que iniciam em

1º de janeiro de 2013 ou após.

Page 70: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 70

Taxas de câmbio

Dólar x Real

2013 2014

Compra Venda Médio Compra Venda Médio

Janeiro 1,9877 1,9883 2,0311 2,4257 2,4263 2,3822

Fevereiro 1,9749 1,9754 1,9733 2,3327 2,3334 2,3837

Março 2,0132 2,0138 1,9828 2,2624 2,2630 2,3261

Abril 2,0011 2,0017 2,0022 2,2354 2,2360 2,2328

Maio 2,1314 2,1319 2,0348 2,2384 2,2390 2,2209

Junho 2,2150 2,2156 2,1690 2,2019 2,2025 2,2355

Julho 2,2897 2,2903 2,2540 2,2668 2,2674 2,2246

Agosto 2,3719 2,3725 2,3475 2,2390 2,2396 2,2680

Setembro 2,2294 2,2300 2,2705 2,4504 2,4510 2,3329

Outubro 2,2020 2,2026 2,1886 2,4436 2,4442 2,4483

Novembro 2,3243 2,3249 2,2958 2,5595 2,5601 2,5484

Dezembro 2,3420 2,3426 2,3446 (*) (*) (*)

Euro x Real

2013 2014

Compra Venda Médio Compra Venda Médio

Janeiro 2,6977 2,6987 2,7014 3,2711 3,2726 3,2438

Fevereiro 2,5824 2,5832 2,6324 3,2215 3,2231 3,2562

Março 2,5843 2,5853 2,5696 3,1162 3,1175 3,2185

Abril 2,6354 2,6364 2,6066 3,1001 3,1011 3,0838

Maio 2,7668 2,7676 2,6378 3,0527 3,0538 3,0491

Junho 2,8817 2,8827 2,8676 3,0137 3,015 3,0389

Julho 3,0435 3,0452 2,9456 3,0343 3,0360 3,0113

Agosto 3,1297 3,1308 3,1139 2,9441 2,9453 3,0202

Setembro 3,0170 3,0181 3,0043 3,0936 3,0954 3,0088

Outubro 2,9982 2,9995 2,9865 3,0560 3,0572 3,1038

Novembro 3,1610 3,1626 3,0968 3,1902 3,1914 3,1779

Dezembro 3,2252 3,2265 3,2148 (*) (*) (*)

Índices de mercado 2013 e 2014

Page 71: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Índices de mercado 2013 e 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 71

Índices de inflação

Índice Geral de Preço de Mercado (IGP-M)

2013 2014

Mês (%) Ano (%) 12 meses (%) Mês (%) Ano (%) 12 meses (%)

Janeiro 0,34 0,34 7,91 0,48 0,48 5,67

Fevereiro 0,29 0,63 8,29 0,38 0,86 5,77

Março 0,21 0,84 8,06 1,67 2,55 7,31

Abril 0,15 0,98 7,30 0,78 3,35 7,98

Maio 0,00 0,99 6,22 -0,13 3,21 7,84

Junho 0,75 1,74 6,31 -0,74 2,45 6,25

Julho 0,26 2,01 5,18 -0,61 1,82 5,33

Agosto 0,15 2,16 3,85 -0,27 1,55 4,88

Setembro 1,50 3,69 4,40 0,20 1,75 3,54

Outubro 0,86 4,58 5,27 0,28 2,04 2,95

Novembro 0,29 4,88 5,60 0,98 3,04 3,65

Dezembro 0,60 5,51 5,51 (*) (*) (*)

Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI)

2013 2014

Mês (%) Ano (%) 12 meses (%) Mês (%) Ano (%) 12 meses (%)

Janeiro 0,31 0,31 8,11 0,40 0,40 5,62

Fevereiro 0,20 0,51 8,24 0,85 1,25 6,31

Março 0,31 0,81 7,97 1,48 2,75 7,55

Abril -0,06 0,76 6,83 0,45 3,21 8,10

Maio 0,32 1,08 6,20 -0,45 2,75 7,27

Junho 0,76 1,85 6,28 -0,63 2,10 5,79

Julho 0,14 1,99 4,84 -0,55 1,54 5,06

Agosto 0,46 2,46 3,98 0,06 1,60 4,64

Setembro 1,36 3,86 4,47 0,02 1,62 3,26

Outubro 0,63 4,51 5,46 0,59 2,22 3,22

Novembro 0,28 4,80 5,49 1,14 3,39 4,10

Dezembro 0,28 4,80 5,49 (*) (*) (*)

Page 72: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Índices de mercado 2013 e 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 72

Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna/Fundação Getúlio Vargas (IPC - DI/FGV)

2013 2014

Mês (%) Ano (%) 12 meses (%) Mês (%) Ano (%) 12 meses (%)

Janeiro 1,01 1,01 5,95 0,99 0,99 5,61

Fevereiro 0,33 1,34 6,04 0,66 1,66 5,96

Março 0,72 2,07 6,16 0,85 2,52 6,10

Abril 0,52 2,60 6,17 0,77 3,31 6,36

Maio 0,32 2,93 5,96 0,52 3,85 6,57

Junho 0,35 3,29 6,22 0,33 4,19 6,55

Julho -0,17 3,12 5,80 0,10 4,29 6,84

Agosto 0,20 3,32 5,54 0,12 4,42 6,76

Setembro 0,30 3,63 5,29 0,49 4,93 6,96

Outubro 0,55 4,20 5,36 0,43 5,38 6,83

Novembro 0,68 4,91 5,59 0,65 6,07 6,80

Dezembro 0,69 5,63 5,63 (*) (*) (*)

Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Consumidor

(INPC/IBGE)

2013 2014

Mês (%) Ano (%) 12 meses (%) Mês (%) Ano (%) 12 meses (%)

Janeiro 0,92 0,92 6,63 0,63 0,63 5,26

Fevereiro 0,52 1,44 6,77 0,64 1,27 5,39

Março 0,60 2,05 7,22 0,82 2,10 5,62

Abril 0,59 2,66 7,16 0,78 2,90 5,81

Maio 0,35 3,02 6,95 0,60 3,52 6,08

Junho 0,28 3,30 6,97 0,26 3,79 6,06

Julho -0,13 3,17 6,38 0,13 3,92 6,33

Agosto 0,16 3,33 6,07 0,18 4,11 6,35

Setembro 0,27 3,61 5,69 0,49 4,62 6,59

Outubro 0,61 4,25 5,58 0,38 5,02 6,34

Novembro 0,54 4,81 5,58 0,53 5,57 6,33

Dezembro 0,72 5,56 5,56 (*) (*) (*)

Page 73: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

Índices de mercado 2013 e 2014

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2014 73

Taxas de juros

Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)

TJLP (% ao ano)

2011 2012 2013 2014

Janeiro 6,00 6,00 5,00 5,00

Fevereiro 6,00 6,00 5,00 5,00

Março 6,00 6,00 5,00 5,00

Abril 6,00 6,00 5,00 5,00

Maio 6,00 6,00 5,00 5,00

Junho 6,00 6,00 5,00 5,00

Julho 6,00 5,50 5,00 5,00

Agosto 6,00 5,50 5,00 5,00

Setembro 6,00 5,50 5,00 5,00

Outubro 6,00 5,50 5,00 5,00

Novembro 6,00 5,50 5,00 5,00

Dezembro 6,00 5,50 5,00 5,00

Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)

SELIC (% ao ano)

2011 2012 2013 2014

Janeiro 0,86 0,89 0,60 0,85

Fevereiro 0,84 0,75 0,49 0,79

Março 0,92 0,82 0,55 0,77

Abril 0,84 0,71 0,61 0,82

Maio 0,99 0,74 0,60 0,87

Junho 0,96 0,64 0,61 0,82

Julho 0,97 0,68 0,72 0,95

Agosto 1,07 0,69 0,71 0,87

Setembro 0,94 0,54 0,71 0,91

Outubro 0,88 0,61 0,81 0,95

Novembro 0,86 0,55 0,72 0,84

Dezembro 0,91 0,55 0,79 (*)

(*) Dados públicos não disponíveis até a data de preparação deste material

Page 74: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

A Deloitte desenvolve publicações e conteúdos eletrônicos – portais e aplicativo para tablet – que visam apoiar estratégias e tomadas de decisão de líderes empresariais. São estudos, pesquisas primárias, livros, guias e outros materiais que revelam nosso compromisso em produzir e disseminar conhecimento, em benefício do ambiente de negócios e da sociedade.

Conteúdos para decisores

Acompanhe-nos pelas mídias sociais:linkedin.com/company/deloitte-brasil facebook.com/deloittebrasiltwitter.com/deloitteBRyoutube.com/deloitte

Conteúdos eletrônicosSite e portais informativos

Saiba mais sobre nossos conteúdos e acesse-os a partir do site www.deloitte.com.br. Para assinaturas da Mundo Corporativo, envie um e-mail para [email protected].

Estudos e pesquisas primáriasVisões que apoiam líderes empresariais

Mundo CorporativoUma das principais revistas corporativas do País, comemorando seu décimo aniversário

LivrosColetâneas de artigos com tendências e visões sobre o mundo dos negócios

Guia de Demonstrações Financeiras – Exercício de 2014

Direção geral do Projeto: Contato para leitores:

Rogério Mota [email protected]

Bruce Mescher 11 5186-6686

Coordenação técnica:

Flavia Pereira

André Santos

Bruno Sebben

Estão reservados à Deloitte todos os direitos autorais desta

publicação. A reprodução de informações nela contidas está

sujeita à autorização prévia, mediante consulta formal e

citação de fonte.

O conteúdo desta publicação não tem como objetivo

esgotar todas as questões relacionadas às preparações das

demonstrações financeiras e às IFRSs e não deve ser utilizado

como base na tomada de decisões. O conteúdo dos artigos

assinados pelos articulistas e colaboradores não reflete

necessariamente as opiniões da Deloitte.

O site www.iasplus.com da Deloitte fornece, gratuitamente,

informações completas sobre a emissão de relatórios financeiros

internacionais e as atividades do IASB em particular.

Page 75: Demonstrações fi nanceiras Exercício de 2014 Em sintonia ... · PDF filesobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a ... sobre

A Deloitte refere-se a uma ou mais entidades da Deloitte Touche Tohmatsu Limited, uma sociedade privada, de responsabilidade limitada, estabelecida no Reino Unido (“DTTL”), sua rede de firmas-membro, e entidades a ela relacionadas. A DTTL e cada uma de suas firmas-membro constituem entidades legalmente separadas e independentes. A DTTL (também chamada “Deloitte Global”) não presta serviços a clientes. Consulte www.deloitte.com/about para obter uma descrição mais detalhada da DTTL e suas firmas-membro.

© 2014 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.