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DinamicaTRANSCRIPT
FEUP - 2013 António Arêde 1
Mestrado Integrado em Engenharia Civil
Dinâmica de Estruturase
Engenharia Sísmica
ANTÓNIO ARÊDE
FEUP – DEC – Estruturas
2012-13
Elementos baseados em versões anteriores (desde 1986 a 2003) da autoria de
RAIMUNDO DELGADO ANTÓNIO ARÊDE
FEUP – DEC - Estruturas
António Arêde 2
1.1 INTRODUÇÃO
Acção Dinâmica: Varia a grandeza, direcção e ponto de aplicaçãocom o tempo .
Resposta Dinâmica: Tensões, deslocamentos, velocidades eacelerações que também variam com o tempo
1. INTRODUÇÃO À DINÂMICA DE ESTRUTURAS1. INTRODUÇÃO À DINÂMICA DE ESTRUTURAS
Acelerograma
-150
-100
-50
0
50
100
150
0 2 4 6 8 10 12 14 16
t (s)
a (c
m/s
2)
P
t(s)
x1(t)
x2(t)
xn(t)
t1
t(s)
t(s)
t(s)
Tipos de Análise
DETERMINÍSTICA - a lei de variação da acção com o tempo é conhecida
ESTOCÁSTICA – a acção não é completamente conhecida, mas pode ser definida em termos estatísticos
Os problemas dinâmicos diferem dos estáticos porque:
a solicitação varia com o tempo
ocorrem forças de inércia devidas à aceleração
PP(t)Estático Dinâmico
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1.2 MODELOS DE ANÁLISE
EXPERIMENTAL (modelo físico experimental)
ANALÍTICA (modelo matemático)
Análise de uma estrutura:
Sistema Físico Real Solução Matemática
Fidedigna
Modelo
Matemático
Tipos de Modelos Matemáticos
Designação simbólica para sistema idealizado que inc lui todas as hipóteses simplificativas
MODELOS CONTÍNUOS MODELOS DISCRETOS
Deformada totalmente conhecida
Deformada conhecida em alguns pontos
z(x,t) z (t)12z (t)
3z (t)
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Redução de Problemas Contínuos a um Sistema com 1 Grau de Libe rdade
Este tipo de problema pode ser descrito pelo seguinte modeloesquemático:
A formulação do problema conduzirá a um sistema de equaçõesdiferenciais, cuja resolução permite a obtenção da respost a.
z
z
k
cm
F(t)
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� SISTEMAS COM N GRAUS DE LIBERDADE
Modelos matemáticos de sistemas com vários g.l. (revisões)
Vibrações livres sem e com amortecimento; frequências e mod os devibração; equações de equilíbrio desligadas (revisões)
Resposta a uma acção dinâmica qualquer e à acção sísmica pelométodo da sobreposição modal (revisões)
Método de Rayleigh para análise da resposta sísmica
Matriz de amortecimento de Rayleigh e formulações alternat ivas
Análise dinâmica por métodos de integração directa no tempo
1.3 ÂMBITO DO CURSO
� SISTEMAS COM 1 GRAU DE LIBERDADE
Modelos matemáticos de sistemas de 1 g.l. (revisões)
Vibrações livres com e sem amortecimento (revisões)
Resposta a solicitações harmónicas (revisões)
Resposta a uma solicitação dinâmica qualquer, no domínio do tempo(integral de Duhamel) e no domínio da frequência (análise de Fourier)
Resposta a solicitações sísmicas e espectros de resposta (r evisões)
Análise vibratória pelo método de Rayleigh
Parte I – DINÂMICA DE ESTRUTURAS (complementos)
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� COMPORTAMENTO, MODELAÇÃO E ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE ENGENHARIA CIVIL SOB ACÇÃO SÍSMICA
Caracterização da acção dos sismos: enquadramento re gulamentar
Aspectos básicos da resposta sísmica de estruturas
Critérios de concepção sismo-resistente de edifícios
Determinação dos efeitos da acção dos sismos. Enquadrament o dasdiversas metodologias de modelação e análise:
- gerais exactas e simplificadas,
- baseadas em modelos estruturais planos e tridimensionais .
� NOÇÕES GERAIS DE MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO SÍSMICO
Dimensionamento directo (RSA, EC8)
Dimensionamento por capacidade resistente. Aspectos bási cos.
Projecto sísmico de acordo com o EC8:
Princípios gerais, objectivos, conceitos e metodologias
Principais novidades relativamente ao RSA
Espectro de resposta elástico e espectro de projecto
Orientações de concepção de estruturas sismo-resitentes
Métodos de controlo ou verificação do desempenho sísmico.- Análises pushover (EC8) e análises dinâmicas não-lineare s.
Parte II - ENGENHARIA SÍSMICA
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1.4 BIBLIOGRAFIA
� DYNAMICS OF STRUCTURES
Ray W. Clough and Joseph Penzien
McGraw-Hill, 2nd Ed., 1993
� DYNAMICS OF STRUCTURES.
Theory and Applications to Earthquake Engineering
Anil K. Chopra
Prentice Hall, International Edition, 1995
� STRUCTURAL DYNAMICS.
Theory and Computation
Mario Paz
Chapman & Hall, 4th Edition, 1997
� SISMOS E EDIFÍCIOS
Mário Lopes (coordenador)
Edições ORION, 2008
� REGULAMENTOS
RSA (1983) e REBAP (1985)
Eurocódigo 8 (2004) + Anexo Nacional (2008) e Euród igo 2 (2005)
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2.1 CARACTERIZAÇÃO DE UM SISTEMA COM UM GRAU DE
LIBERDADE
As características da mola são descritas pela relação entre a força F e odeslocamento y da extremidade da mola.
2. MODELOS MATEMÁTICOS DOS SISTEMAS COMUM GRAU DE LIBERDADE
2. MODELOS MATEMÁTICOS DOS SISTEMAS COMUM GRAU DE LIBERDADE
(1) Comportamento LINEAR
ykF =
(2) Comportamento NÃO - LINEAR
dyykdF )(=
No domínio elástico a mola “é um armazém de energia” !!
dyFdW =
2
00 2
1DkdyykdyFW
DD=== ∫∫
Energia de deformação
Essa energia pode ser dissipada por mecanismos de amortecim ento. Omodelo normalmente utilizado para caracterizar o amortecime nto é o deAMORTECEDOR VISCOSO LINEAR , em que a força de amortecimento fa édada por:
vcfa =velocidade
coeficiente de amortecimento
F
(1)
y
(2)
F
yD
F
dy
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Aplicando a 2ª Lei de NEWTON, a equação de movimento de uma par tículaescreve-se:
aF m=∑ aceleração relativa medida em relação a um referencial inercial
massa da partícula
Para os problemas de dinâmica de estruturas é útil introduzir o conceito deforça d’Alembert ou de força de inércia :
af mi −=
que não é mais do que a força fictícia em conjunto com a qual o si stema ficaem equilíbrio. Obtém-se assim a EQUAÇÃO DE EQUILÍBRIO DINÂMICO :
0Ff =+∑i
Força de inércia e Momento das forças de inércia:
f =-mai
a
b
c
G
ma
I Gα
ma
αya
xa
y
x
α+=α )(12
22 cbm
IG
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f(t)
yu(t)
k
c m
2.2 FORMULAÇÃO DAS EQUAÇÕES DE MOVIMENTO
2.2.1 Aplicação das Leis de Newton a um sistema dis creto
Considere-se o eixo y e o deslocamento uem relação a esse eixo.
As forças actuantes sobre o corpo devem estar em equilíbrio .
0tffff eai =+−−− )(
)(tfukucum =++ &&& )(tfukucum =++ &&&
Equação Fundamental da Dinâmica de Estruturas
fi f(t)
fe
af
Exemplo: Derivar a equação do movimento para pequenos deslo camentos doseguinte corpo rígido.
0M O =∑
0lumIsenlPM tG =+−−− )( &&&&θθθ
Mas:
θθθ kMlmII GO =+= e 2
0senlPklmIG =θ+θ+θ+ θ&&)( 2∴
kθ
G
l
lut θ&&&& =
Se θθθθ é pequeno: 0lPklmIG =+++ θθ θ )()( 2 &&
lθ
θO
f t
P
Gθ&&GI
fn
Mθ
tum && num &&
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2.2.2 Aplicação do Princípio dos Trabalhos Virtuais
Esta formulação tem particular interesse quando se aplica a um conjunto decorpos rígidos ligados entre si.
P.T.V. : Para um qualquer deslocamento virtual do sistema, o trabalh o virtualdas forças reais mais o das forças de inércia deve ser nulo.
0WWifr =+δδ
Exemplo: Seja o seguinte corpo rígido.
A coordenada generalizada que caracteriza a configuração do c orpo é θθθθ.Assim, no deslocamento virtual δθδθδθδθ o trabalho virtual das forças reais e das deinércia é:
δθ−δθ−=δ lfl
fW epr 4
3
δθδθδ Gif Ml
fWi
−−=2
0WWifr =δ+δ
Pδθ
θ MG
if
f e
pf
l/2 l/2
p
m
Mas
12
e 2
; ; 2
2
θ=θ=θ=θ== &&&&&& lmIM
lmflkf
lpf GGieP
donde
0lmllm
llkllp =δθθ+δθθ+δθθ+δθ &&&&
12224
3
2
2
8
3
3
22
2 lplk
lm −=+ θθ&&∴
l
G
12
2lmIG =
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2.3 ASSOCIAÇÃO DE CORPOS EM SISTEMAS DE UM GRAU DE
LIBERDADE GENERALIZADO
Podem ser de dois tipos:
Sistemas em que a deformação elástica estáconcentrada em elementos de mola
Sistemas com elasticidade distribuída e emque as deformações podem ser contínuasatravés de toda a estrutura
2.3.1 Sistemas com Deformação Elástica Concentrada em Elementos de Mola
ul
uv
l
u
u
v δ=δ⇒=δδ 2
2
02
402
22
2 =−+−⇔=δ−δ+δ−δ um
l
uNukf
uumvNufuf e
&&&&
ful
Nku
m =
−+∴ 4
2&&
Por contraste, uma força axial de tracção aumenta a rigidez a xial do sistema,tal como acontece no caso da corda de uma viola que através de m aior oumenor tensão na corda, produz um som diferente (rigidez dife rente, logofrequência diferente e portanto mudança de tom, mais agudo o u grave).
uδ
δv
fm m
NG1
k
vδ
uδu /2
u/2u/2
/2u
l/2 l/2
δ δu
2δv
uδ
u
m u/2m u/2
G2
Obs: Neste caso a força axial decompressão reduz a rigidez do sistema
4
lkNcr =
A força axial que conduz a uma rigidez total nula do sistema, c orresponde àsua carga crítica dada por:
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2.3.2 Sistemas com Elasticidade Distribuída
Consideram-se estruturas contínuas mas em que a deformada é dedeterminado tipo.
Caracteriza-se a deformada da estrutura num instante t, por um parâmetro(coordenada generalizada) que multiplica a função de forma que se admitiupara a deformada.
)()(),( xtutxu ψ=
função de forma
coordenada generalizada ou deslocamento generalizado
Exemplo: Barra encastrada, solicitada axialmente na extre midade.
l
xtutxu )(),( =
O Princípio dos Trabalhos Virtuais permite escrever:
intfir WWW δ=δ+δ
Trabalho de deformação interna
O campo dos deslocamentos virtuais é caracterizado por δu e portanto
ul
xxu δ=δ )(
( ) uPluPWr δ=δ=δ
( ) ( )∫ δρ−=δl
fi dxxutxuAW0
,&& masl
xtutxu )(),( &&&& =
donde
( ) ( ) ( ) utulA
dxxutul
Adxu
l
xtu
l
xAW
ll
fi δρ−=δρ−=δρ−=δ ∫∫ &&&&&&30
220
Assim:
PA
x
ρ u(x,t) u(t)
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∫ δεσ=δVint dVW
donde
( ) ( ) utul
AEAdxu
ltu
l
EW l
int δδδ =∫= 0
1
mas ( ) ( )tul
Etu
ldx
dudxAdV =σ==ε= ;
1;
ul
δ=δε 1
Finalmente
( ) ( ) Ptul
AEtu
lA =+ρ&&
3
Um sistema de flexibilidade distribuída, e que é caracteriz ado apenas por umparâmetro (a coordenada generalizada u(t)) conduz a uma equação deequilíbrio dinâmico idêntica à obtida para um sistema discr eto mais simples.
Para o caso geral em que )()(),( xtutxu ψ=
( ) ( ) ( ) **** ftuktuctum =++ &&&
em que
massa generalizada( ) ( )∫ ψ=l
dxxxmm0
2*
( ) ( )∫ ψ=l
dxxxcc0
2* amortecimento generalizado
∫
ψ=l
a dxdx
dAEk
0
2*
∫
ψ=
l f dxdx
dIEk
0
2
2
2*
rigidez generalizada (axial, flexão)
( ) ( )∫ ψ=l
dxxtxpf0
* , força generalizada
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3. MOVIMENTO LIVRE DE SISTEMAS COMUM GRAU DE LIBERDADE
3. MOVIMENTO LIVRE DE SISTEMAS COMUM GRAU DE LIBERDADE
Conforme já apresentado, a equação fundamental é:
( ) ( ) ( ) ( ).00, uutptu &e conhecendoCalcularOBJECTIVO:
)(tpukucum =++ &&& )(tpukucum =++ &&&
em que m, c, k e p(t) podem ser quantidades generalizadas.
Trata-se duma equação diferencial linear de 2ª ordem, de coe ficientesconstantes (2 constantes de integração).
A resposta total é a soma de duas parcelas:
)(tu p - movimento forçado – relacionado directamente com a carga p(t)
)(tuc - movimento natural – relacionado apenas com as característicasdo sistema
Em termos matemáticos:
Solução GERAL u (t) = Solução Particular up(t) + Solução Complementar uc(t)
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3.1 VIBRAÇÕES LIVRES SEM AMORTECIMENTO
0=+ ukum && 0=+ ukum &&
Existem procedimentos gerais para a solução deste tipo de eq uações.Porém, neste caso simples podemos resolvê-la directamente .
Uma solução do tipo
Substituindo na equação diferencial e atendendo a que
Como a equação deve ser satisfeita para qualquer instante t, obtém-se
twAu cos= ou
satisfaz a equação diferencial.
A e B são constantes que dependem do início do movimento e
w é uma característica física da estrutura
twAwu cos2−=&&
0cos)( 2 =+− wtkmwA
→=m
kw2
m
kw =
m
kw =
Frequência Natural (circular ou angular) do Sistema ( rad/s )
twBu sen=A equação também satisfaz a equação diferencial.
A solução geral vem então
twBtwAtu sencos)( +=
twBu sen=
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Determinação das constantes iniciais:
00 )0(;)0(0 uuuut && ==⇒= quandoSe
00 0sen0cos uABAu =→+=
w
uBBwAwu 0
0 0cos0sen&
& =→+−=
wtBwwtAwu cossen +−=&
e sendo
resulta
A solução geral vem então
(Eq. 3.1)wtsenw
uwtutu 0
0 cos)(&
+=
Note-se que esta função é PERIÓDICA!
π=−+→+= 2)()()( wtTtwTtutu
wT
π= 2
wT
π= 2 Período da função (segundos)
π==
2
1 w
Tf
π==
2
1 w
Tf
Frequência Natural
em Ciclos / Segundo
ou Hertz (Hz)
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Exemplo: Seja o seguinte pórtico com uma viga de rigidez “infi nita”.
Pretende-se calcular w, f e T.
010 00 ==→= ummut &e instante noSe
ttu 8.22cos001.0)( =
GPaE
mA
21
3.03.0 2
=×=Dados:
sTHzf
sradw
mNl
EIk
kgm
276.063.314.32
8.22
/8.2210000
2106.2
/106.24
123.0
10211212
100000.58.9
20000
6
63
49
3
=⇒=×
=
=××=
×=×××
==
≅×=
Resolução:
4.0
12EI
5.0
20 kN/m
L312EI
3L
0.276s
0.1 0.2 0.3 0.4 t(seg)
u(mm)
1.0
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Observando a figura
Representação Vectorial ou em Diagrama de Argand
wtsenw
uwtutu 0
0 cos)(&
+=
Projecção no eixo R dos vectores e wu0&0u
ou
( )α−= wtCtu cos)(
Projecção no eixo R do vector C, que partiu com atraso de fase de αααα
α=
α=
sen
cos
0
0
C
wu
C
u
&
( )20
20 wuuC &+=
0u
wu0&α
pode-se escrever
0
0tgu
wu&=αcom
( )wtwtCtu sensencoscos)( α+α=
( )α−= wtCtu cos)(ou
A equação (3.1) pode ser transformada de modo conveniente.
Definindo2
020
+=w
uuC
&
+= wtsenC
wuwt
C
uCtu 00 cos)(
&vem
Ângulo de FASEu
t
T=2π/ω
T=2π/ω
u0
u0
Amplitude
I
R
0u
C
α
wt
u0/w
/w0u sen wt
cos wtu0
C cos (wt-α)
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3.2 VIBRAÇÕES LIVRES COM AMORTECIMENTO
0=++ ukucum &&& 0=++ ukucum &&&
A função tseCu = satisfaz a equação diferencial.
Substituindo
02 =++ ststst eCkesCcesCm
02 =++ kscsm
m
k
m
c
m
c
s
s−
±−=
2
2
1
22
tsts eCeCu 2121 +=
A solução virá
apresentando diferentes formas conforme as raízes s1 e s2.
3.2.1 Sistema Criticamente Amortecido
Caso em que o radicando é nulo
→=−
0
2
2
m
k
m
ccr mkccr 2=
ou, atendendo a que ⇒=m
kw wmccr 2=
amortecimento crítico
e então
m
css cr
221 −==
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Como as soluções são iguais, a solução geral do tipo Cest fornece só umaconstante, e portanto só uma solução independente.
( )tmccreCu 211
−=
Outra solução independente pode ser procurada com o seguint e aspecto
( )tmccretCu 222
−=
sm
ccr =−2
Designando
stst estCeCu 222 +=&
ststst estCesCesCu 22222 ++=&&
02 2222
22 =++++ ststststst etCkestCceCcestCmesCm
tmccretCCu )2/(21 )( −+=
e substituindo
0)()2( 2
0
22
0
=++++==
stst etCkscsmeCcsm4342143421
obtém-se uma expressão verdadeira que confirma a validade d estasegunda solução independente.
Assim, a solução geral será:
u(t)
t
0u
u0
Não entra em movimentooscilatório !!
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3.2.2 Sistema com Amortecimento Superior ao Crítico
3.2.3 Sistema com Amortecimento Inferior ao Crítico
As duas soluções s1 e s2 são reais e a solução geral é
tsts eCeCu 2121 +=
O gráfico é idêntico ao do caso criticamente amortecido só qu e tende parazero menos rapidamente.
crcc >
Coeficiente de amortecimento: 12
≤==ξwm
c
c
c
cr
Foi visto que
m
k
m
c
m
c
s
s−
±−=
2
2
1
22
e então
12222
2
1 −ξ±ξ−=−ξ±ξ−=
wwwwws
s
43421
aw
wiws
s 2
2
1 11 ξ−±ξ−=
⇒<ξsendo
A solução geral é então
tiwwttiwwt aa eCeCu −ξ−+ξ− += 21
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Introduzindo as condições iniciais, tem-se
Fazendo intervir as equações de Eulerxixeix sencos +=
xixe ix sencos −=−
pode-se transformar a expressão anterior
( )( ) ( )( )
( ) ( )
−++=
−++=
+=
ξ−
ξ−
−ξ−
tw
B
iCiCtw
A
CCe
twitwCtwitwCe
eCeCetu
aawt
aaaawt
tiwtiwwt aa
sencos
sencossencos
)(
2121
21
21
4342143421
para obter
( )twBtwAetu aawt sencos)( += ξ−
ξ++= ξ− tww
wuutwuetu a
aa
wt sencos)( 000
&
0uA =
( ) ( )twBwtwAwetwBtwAewtu aaaawt
aawt cossensencos)( +−++ξ−= ξ−ξ−&
aa w
wuuBBwuwu
ξ+=⇒+ξ−= 0000
&&
e finalmente
onde wa é a frequência angular do movimento com amortecimento.
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Tal como para o caso sem amortecimento,pode-se definir α tal que
2
0020
ξ++=aw
wuuuC
&
e obter
com
awu
wuu
0
00tgξ+=α
&
Nos casos correntes o amortecimento varia entre 2% e 20%.
Se ξ ξ ξ ξ = 0.2:
( )α−= ξ− tweCtu awt cos)(
Que graficamente adquire o aspecto
wwwww aa ≅⇒=ξ−= 98.01 2
O diagrama de Argand é idêntico ao apresentado para os sistemas com amortecimento. Neste caso a grandeza do vector vai d iminuindo com o tempo .( )wtCe ξ−
C
α
0u
aw
wuu ξ+ 00&
u(t)
C e−ξwt
t
u0
Ta
aa w
Tπ= 2
Movimento oscilatório não periódico
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3.3 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE AMORTECIMENTO
Experimentalmente podemos determinar o coeficiente de amortecimento induzindo uma vibração no sistema e registando a dim inuição da sua amplitude com o tempo.
Considerem-se dois picos sucessivos u1 e u2
( )α−= ξ−11 cos1 tweCu a
wt
aaa w
tttwtwπ=−⇒π+α−=α− 2
2 1212u2 é tal que
( )α−= ξ−22 cos2 tweCu a
wt
aww
eu
uπξ
=⇒
2
2
1
Tomando o logaritmo natural obtém-se2
2
1
1
22ln
ξ−ξπ=ξπ==δ
aw
w
u
u
Para pequenos amortecimentos vem ξπ≅=δ 2ln2
1
u
u
o que permite determinar o coeficiente de amortecim ento conhecidos u1 e u2 afastados de Ta.
Para aumentar a precisão na sua determinação podemo s usar n
períodos, obtendo-se ξπδ n
u
u
n
2ln1
1 ≅=+
Outro processo consiste em observar o número de cic los que são necessários para reduzir 50% a amplitude do moviment o é consultar a seguinte relação gráfica
6
5
4
3
2
1
00 0.05 0.10 0.15 0.20
nº d
e ci
clo
s p
ara
red
uzir
a am
plit
ude
de
50%
ξ, coef. de amortec.
ln 2 = 2nπξ
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4. RESPOSTA DE SISTEMAS COM UM GRAU DE LIBERDADE A UMA CARGA HARMÓNICA
4. RESPOSTA DE SISTEMAS COM UM GRAU DE LIBERDADE A UMA CARGA HARMÓNICA
A solicitação (forças ou deslocamentos) podem ser represen tadas por senoou cosseno.
4.1 SISTEMA NÃO AMORTECIDO
Seja a solicitação ( ) twptp sen0=
0p
w
- amplitude
- frequência da solicitação
A equação de equilíbrio dinâmico é
twpukum sen0=+&&
e a solução complementar já se viu que é
Dado que no 1º membro só aparecem derivadas pares, a solução particular poderá ser do tipo
( ) wtBwtAtuc sencos +=
( ) twUtu p sen=
sendo
( ) twwUtu p cos=&
( ) twwUtu p sen2−=&&
Substituindo vem
twptwkUtwwUm sensensen 02 =+−
2
20
20
1
1
w
wk
p
wmk
pU
−=
−=
donde
p(t)
t(s)
p0
T
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w
wr =Designando por a razão de frequências
o deslocamento estático00 U
k
p=
vem
201
1
rUU
−=
A solução geral é então
( ) twr
UwtBwtAtu sen1
1sencos
20 −++=
Admitindo que para t = 0 ( ) ( ) 0000 == uu &e
obtém-se
( )
2020
20
110
cos1
cossen
0
r
rUB
r
wUwB
twr
wUwtwBwtwAtu
A
−−=⇒
−+=
−++−=
=
&
donde
( ) ( )wtrtwr
Utu sensen
1 20 −
−=
Trata-se da sobreposição de duas funções harmónicas com frequências diferentes, pelo que o movimento resultante NÃO É HARMÓNICO !!
Temos assim
21
1
r−
twsen
wtsenr
Factor de AMPLIFICAÇÃO DINÂMICA (estacionário)
Resposta em estado ESTACIONÁRIO
Resposta TRANSITÓRIA
FEUP - 2013
António Arêde 28
Exemplo: Considere-se o mesmo pórtico já estudado, sujeito agora a uma
força harmónica horizontal. Pretende-se calcular a respost a dinâmica.
0
15
20
sen)(
2106.2
8.22
21
00
0
0
6
====
=××=
==
uu
rad/sw
kNp
twptp
N/mk
rad/sw
GPaE
&
Dados e resultados anteriores:
5.0
4.0
m=2000 kg/m
0.3x0.3
p(t)
mus 0038.02106.2
2000060
=××
=
6580.w
wr ==
( ) ( )tttu 8.22sen658.015sen658.01
0038.02
−−
=
76411
12
.r
D =−
=
Acção
Resposta
u
t(s)0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
6
4
2
(mm)
estacionária
resposta totaltransitória
p(t)
t(s)
20 kN
10 kN
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
p = 20 sen 15t
t8.22sen658.0764.18.3 ×××−
t15sen764.18.3 ××
FEUP - 2013
António Arêde 29
Factores de Amplificação Dinâmica
3
4
2
1
00 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
r = w/w
Estacionária, DTotal, Dt
D,D t
- da resposta estacionária 21
1
rD
−=
- da resposta total( )
0
max
st u
tuD = Factor de AMPLIFICAÇÃO
DINÂMICA TOTAL
Quando r = 1 ( ) ∞→tu
Verifica-se portanto que quando ocorre a RESSONÂNCIA é impossíveldeterminar u(t) pela expressão anterior. Então a solução será do tipo
( ) wwtwtCtu p == comcos
( )( ) twwtCtwwCtwwCtu
twwtCtwCtu
p
p
cossensen
sencos2−−−=
−=
&&
&
{ wm
pCtwptwtCktwwtmCtwwmC
wm 2sencoscossen2 0
0
2
2
−=⇒=+−−
twtwm
ptu p cos
2)( 0−=
( ) twtwm
pwtBwtAtu cos
2sencos 0−+=
Substituindo vem
donde
e a nova solução total resulta em
FEUP - 2013
António Arêde 30
Sendo para t = 0 ( ) ( ) 0000 == uu &e
obtém-se
donde a expressão final
( )
200
00
220
sen2
cos2
cos
0
wm
pB
wm
pwB
wttmw
wpwt
mw
pwtwBtu
A
=⇒−=
+−=
=
&
( ) ( ) ( )wtwtwtsenk
pwtwtwt
mw
ptu cos
2sencos
20
20 −=+−=
ww =:Obs
cuja evolução no tempo, tem o seguinte aspecto
u(t)
t
Amplitude crescente
4.2 SISTEMA COM AMORTECIMENTO
A equação é agora
twpukucum sen0=++ &&&
sendo a solução complementar
( ) ( )twBtwAetu aatw
c sencos += ξ−
A solução particular assume a forma seguinte
( ) twCtwCtu p cossen 21 +=
Onde são introduzidas estas duas parcelas porque em geral a resposta do sistema amortecido não está em fase com a carga har mónica.
FEUP - 2013
António Arêde 31
Re-arranjando a equação, vem
2
0
2
sen
ww
twm
pu
m
ku
m
cu
ξ↓↓
=++ &&&
Mas como
( ) twwCtwwCtu p sencos 21 −=&
( ) twwCtwwCtu p cossen 22
21 −−=&&
obtém-se, após substituição e separação dos múltipl os de sene cos
( )( ) twm
ptwwCwwCwC sensen2 02
122
1 =+ξ−−
( )( ) 0cos2 221
22 =+ξ+− twwCwwCwC
Dividindo por w2 resulta
k
pCrCrC 0
122
1 2 =+ξ−−
( ) 021 122 =ξ+− CrCr
donde
( ) ( )222
20
121
1
rr
r
k
pC
ξ+−−=
( ) ( )222
02
21
2
rr
r
k
pC
ξξ+−
−=
A solução geral vem então
( ) ( )
( ) ( )( )[ ]
444444444 3444444444 21
4444 84444 76
iaEstacionár Parcela
aTransitóri Parcela
twrtwrrrk
p
twBtwAetu aawt
cos2sen121
1
sencos
2
222
0 ξ−−ξ+−
+
++= ξ−
FEUP - 2013
António Arêde 32
Tal como anteriormente, pode-sedefinir α tal que
( ) ( )222 21 rrC ξ+−=e
com
( )α−= twUtu sen)(
C
α
21 r−
rξ2
21
2
r
rtg
−ξ=α
C
r 21cos
−=αC
rξ=α 2sen
Considerando apenas a parte estacionária , virá
( ) ( )44444 344444 21
α−
α−α=
tw
twtwCk
ptu
sen
cossensencos10
donde
em queCk
pU
10=
( )22
01 1 r
Ck
pR −=
rCk
pR ξ= 2
20
2
( ) ( )D
rrCu
U
kp
U
so
=+−
===222 21
11
0 ξA razão representa
o COEFICIENTE DE AMPLIFICAÇÃO DINÂMICA da parcela estacionária.
wt α
I
RR2
1R
0p
kC =U
FEUP - 2013
António Arêde 33
Equilíbrio de forças da resposta em REGIME ESTACION ÁRIO
DpDk
pkUkFe 0
0 ===
DprDpwm
wcD
k
pwcUcFc 002
0 2 ξ==== &
DprDk
pwmUmFi 0
202 === &&
Velocidade
Este sistema de forças está em equilíbrio em REGIME ESTACIONÁRIO.
A dedução da equação do movimento podia então ser f eita, também, a partir desta consideração de equilíbrio.
O amortecimento introduz um atraso na resposta estac ionária, traduzido
pelo ângulo de fase α:
( )α−= twUtu p sen)(
( )α−−= twwUtu p cos)(&
( )α−−= twwUtu p sen)( 2&&
Pelo equilíbrio de forças pode-se então determinar a fase α e a amplitude U.
R
I
Fe
U
Fc
Fi
U
P0
U
αwt
Aceleração
Deslocamento
I
R
-P0
P0
U
α
kU
cwU
mw U2
FEUP - 2013
António Arêde 34
Do triângulo rectângulo da figura obtém-se
( ) ( ) 20
222 pUwcUwmKU =+−222 1
2tg
r
r
wmk
wc
UwmUk
Uwc
−ξ=
−=
−=α
( ) ( ) 2
2
2
2
22
20
222
202
1
1
+
−
=+−
=⇒
wm
wc
w
wk
p
wcwmk
pU
{ ( ) ( )444 3444 21
D
rr
u
k
pU
S
222
0
21
1
0
ξ+−↓
=⇔
FACTOR de AMPLIFICAÇÃO DINÂMICA versus RAZÃO de FREQUÊNCIAS :
4
3
2
1
00 1 2 3
r
D
ξ=1.0
ξ=0.7ξ=0.5
ξ=0.2
ξ=0
;
Relação entre o ÂNGULO de FASE e a RAZÃO de FREQUÊNCIAS :
r
α
FEUP - 2013
António Arêde 35
a) O movimento é HARMÓNICO e têm a mesma frequência da excitação
b) A amplitude é função de: amplitude e frequência da excitação ; frequência e amortecimento do sistema ;
O coeficiente de amplificação dinâmica tanto pode s er muito maior como menor que a unidade.
c) A RESPOSTA e a EXCITAÇÃO NÃO ESTÃO EM FASE, ou se ja não atingem os valores máximos simultaneamente. A respo sta atinge o máximo segundos depois de a excitação o t er atingido.wα
( )wp ;0
( )ξ;w
Conclusões importantes da resposta em REGIME ESTACI ONÁRIO
( )α−= twUtu sen)( DuU S0=
21
2
r
rtg
−ξ=α( ) ( )222 21
1
rrD
ξ+−=
d) Para (i.e., a forç a varia muito lentamente) o termo vem muito pequeno , tendendo para zero, e o termo ; logo o factor D é pouco maior que 1.
A resposta é então essencialmente independente de ( ξ) e é sobretudo controlada pela parcela estática, ou seja, pela rigidez .
Além disso (porque ), ou seja, a resposta está
essencialmente em fase com a acção .
1<<r ( )ww << ( )22 rξ
+→
−0
1
22r
rξ
( )1<ξ ( ) 11 2 →− r
0→α
e) Para (i.e., a forç a varia muito rapidamente) o termo é
preponderante e o ξ afecta pouco a resposta. No limite ,
donde , ou seja, a massa é que controla a
resposta (maior massa ���� menor U ).
Além disso (porque ), ou seja, a resposta está
essencialmente em oposição de fase com a acção .
1>>r ( )ww >> ( )4r
−→
−0
1
22r
rξ180→α
2
2
24
11
w
w
rrD ==→
20
22
2
00
wm
p
wm
ku
w
wuU ss ==→
f) Para (i.e., a força v aria aproximadamente com a frequência
própria da estrutura), pelo que no limite vem
Quer dizer que a resposta é essencialmente afectada pelo amortecimento ,
donde maior amortecimento ���� menor deslocamento máximo.
Além disso (porque ), ou seja, significa que o
deslocamento é máximo quando a força é nula ( atraso de fase de 90º ).
1≈r ( )ww ≈
∞→
− 21
2
r
rξ90→α
c
wp
wc
p
mw
p
k
puU
u
UD
cr
S
S
/
2222
1 002
000
0
====≈⇒→=ξξξξξ
FEUP - 2013
António Arêde 36FEUP - 2013
( ) ( ) ( )[ ]444 3444 21
44444 844444 76
iaEstacionár Parcela
0
aTransitóri Parcela
sensencos αωωωξ −++= − tDutBtAetu sadadwt
Por derivação obtém-se a velocidade dada por:
Recorde-se que a resposta total é dada por
( ) ( ) ( )[ ]444 3444 21
44444 844444 76
&
iaEstacionár Parcela
0
aTransitóri Parcela
cossencos αωωωωωξ −++= − tDutBtAetu savavwt
21
2
r
rtg
−= ξα
( ) ( )222 21
1
rrD
ξ+−=21 ξωω −=a
ωω=r
k
pus
00 =
[ ]πα ,0∈
)0()0(
:0 iniciais Condições
00 uueuu
t
&& ===
e impondo as condições iniciais, resulta:
ξξ
ξξ
ξξω
ξ
ξ
ddv
ddv
sd
sd
BAB
BAA
rrDuu
uB
rDuuA
−−−=
−+−=
−
−+++=
+=
2
2
22220
00
200
1
1
112(
2
&
que para condições iniciais nula, se simplifica par a:
onde
[ ]ξξξξ
ξξξ
ddvddv
sdsd
BABBAA
rrDuBrDuA
−−−=−+−=
−−+==22
22220
20
1;1
112(;2
António Arêde 37
Para ξ = 0 a solução é indeterminada, podendo a indeterminação ser
levantada usando a regra de l’Hôpital.
Nos casos correntes :amplitude a para pouco contribuie twwwa senξ=
( ) ( ) tweU
tu tw cos12
1
0
−ξ
≅ ξ−
( )2
cossen
2
sen1
1sen
1cos
22
0
twtwtwetwtwtwewt
U
tu
twtw
−=ξ−
+
ξ−ξ+−
=
ξ−ξ−
Assim, no caso de ressonância ( r=1 ) a expressão da resposta escreve-se:
( ) ( )ξ
−+= ξ−
2
cossencos 0 tw
k
ptwBtwAetu aa
tw
e, admitindo que para t = 0 , ( ) ( ) 0000 == uu &e
obtém-se
2
00
12
1;
2
1
ξ−=
ξ=
k
pB
k
pA
( )
−
ξ−ξ+
ξ= ξ− twtwtwe
k
ptu aa
tw cossen1
cos2
12
0
4.3 RESPOSTA EM RESSONÂNCIA
O pico da resposta em regime estacionário ocorre pa ra valores de r próximos
da unidade, sendo que o valor máximo exacto se obté m derivando a
expressão de D em ordem a r.
No entanto, para pequenos valores de ξ, os diversos valores de r no pico da
resposta praticamente coincidem em torno da unidade .
FEUP - 2013
António Arêde 38
Resolvendo a equação aproximada ( ) 1cos1 =−ξ− twe tw em ordem a wt,
obtém-se o número de ciclos necessário para que a r esposta amortecida em ressonância atinja o seu pico, traduzido pelo seg uinte aspecto gráfico:
ξ=0.2 ξ=0.1ξ=0.05
ξ=0.02
2 4 6 8 10 12nº de ciclos
0 4π 8π 12π 16π 20π 24π 28π
u(t)/us0
1/(2ξ)
1/(4ξ)
wt
Assim, a tradução gráfica da equação do movimento e m ressonância com amortecimento é:
t
1/(2ξ)
-1/(2ξ)
u(t)/us0
FEUP - 2013
António Arêde 39
4.4 CÁLCULO DO AMORTECIMENTO EM SISTEMAS DE 1 G.L.
i) Decréscimo da amplitude nas vibrações livres
πδ≅ξn
n
2 nm
mn u
u
+
=δ lnem que
ii) Amplificação em ressonância
Considere-se a estrutura solicitada por
Calcula-se a máxima amplitude U para um conjunto de frequências crescentes.
( ) twptp sen0=2U0
0
U0
1 2 r
3U0
U
w
Sabe-se que
e quando r=1
( ) ( ) 002220
;21
1suU
rrU
U =+−
=ξ
Inconveniente deste procedimento: necessidade de de terminar U0.
Os aparelhos que permitem aplicar a carga dinâmica, não têm, dum modo
geral, a possibilidade de aplicar p0 de forma estática.
1
0
0
1
22
1
=
= ≅⇒≅r
r
U
U
U
U ξξ
mede-se no gráfico
FEUP - 2013
António Arêde 40
iii) A partir das características da curva que relaciona a máxima amplitudecom a razão de frequências
A diferença entre duas frequências que correspondem à mesma amplitude está relacionada com o amortecimento.
12
1== rUU
Seja o caso particular em que
3U0
0 r1 12r 2
r=1U2
U
2U0
U0
r
( ) ( ) ξ=
ξ+−=
22
1
21
0
222
0 U
rr
UU
( ) ( )2222 218 rr ξ+−=ξ
ou seja
donde
Fazendo 2rR = vem ξ±=⇒ξ±≈ξ+ξ±ξ−=≈
212112211
22 rR321
desprezável
Usando a expansão binomial ou em série de Mc-Laurin e desprezando os termos de ordem superior à primeira, obtém-se en tão
( )
( )ξ≅−⇒
+ξ+=
+ξ−=2
22
11
22
11
12
2
1
rr
r
r
L
L
Lendo no gráfico os valores de r1 e r2 para aquele valor particular de U,
é então possível obter uma estimativa do factor de amortecimento.
FEUP - 2013
António Arêde 41
p(t) = p
p0
t = 0
p(t)
t
0
Consideremos a equação correspondente ao movimento devido a
A solução correspondente ao regime estacionário
twp cos0
Resposta complexa
Então a parte estacionária do movimento será dada pe la parte real ou pela parte imaginária conforme a solici tação
4.5 RESPOSTA NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA COMPLEXA
twpukucum RRR cos0=++ &&&
( )[ ]α−= twUuR cos
Do mesmo modo será
twsenpukucum III 0=++ &&&
em que
( )[ ]α−= twsenUuI
Se multiplicarmos por esta equação e a somarmos à anterior resulta
1−=i
pepukucum twi ==++ 0&&&
em que a barra sobre p, u e suas derivadas designa um vector no plano complexo e
[ ]IR uiuu +=
twp cos0 twp sen0
Podemos admitir que a solução é do tipo
( ) twitwi eUeUu == −α
αieUU −= Amplitude de movimento
Amplitude unitária [ ]twitw sencos +
Substituindo na equação de movimento
twitwitwitwi epeUkeiwUCewUm 02 =++−
( )w
mw
mwi
w
w
u
wmw
ci
w
w
u
wk
ci
mk
w
kp
wciwmk
pU s
cr
s
22
2
22
220
20
211
/1
/00
ξξ +
−
=+
−
=+
−
=+−
=
t = 0 p(t) = 0
t
p0
p(t)
FEUP - 2013
António Arêde 42
Ou seja:
obtendo-se assim a resposta complexa no domínio da frequência .
Para determinar a amplitude e a fase da resposta es tacionária necessita-se apenas de determinar a amplitude e fase da expressã o complexa
( ) ( ) ( )
+−==
riru
UwG
s ξ21
12
0
( )wG
( ) ( ) 2222 1
2tg
21
1
0r
r
rru
U
s −=
+−= ξα
ξ
A correspondente representação gráfica é
uwu
uwiewiUu
eUutwi
twi
2−===
=
&&
&
u
I
u
w tα
u
R
pm u
c up
R
k u
I
onde:
(Note-se que multiplicar um número complexo por i, corresponde a rodar o correspondente vector de 90º no plano dos complexos )
Polígono de forças em equilíbrio
FEUP - 2013
António Arêde 43
Aplicando as expressões de e vem
4.5 RESPOSTA A FORMAS ESPECIAIS DE ACÇÃO HARMÓNICA
i) Transmissão de forças de máquinas vibratórias
m
p(t) = p0 sen w t
ck
Tf( ) ( )[ ]tuctuKfff ceT &+⋅=+=
( ) ( ) ( )[ ]αα −+−= twwctwsenkRutf dST cos0
( ) 2220 0
wckRuf dST +⋅=
( ) 2
0
0 21
+=w
wR
p
fd
T ξ
( ) ( )( ) ( )222
22
21
2121
rr
rrRTR d
ξξξ+−
+=+=
Num sistema actuado por uma forca p(t):
( )tu ( )tu&
cuja amplitude máxima é:
k
puS
00
=ou, atendendo a que: k = mw2, c = 2ξmw e
= TR = (factor de) transmissibilidade que medea fracção de força da máquina que étransmitida ao suporte.
ii) No caso de ser uma aceleração na base
gu
m
ut..
..ck
( ) twsenutu gg 0&&&& =
( ) ( ) ( )tututu gt
&&&&&& +=
Acção:
e a aceleração total vem:
A equação de equilíbrio dinâmico escreve-se:
( )twsenum
tumkuucumkuucum
g
gt
0
0
&&
&&&&&&&&
−=
−=++⇔=++
A resposta vem então:
( ) ( )α−−= twsenRk
umtu d
g0&&
a força transmitida à fundação ( fT) engloba a
força elástica ( ku) e de amortecimento( )uc &
FEUP - 2013
António Arêde 44
Derivando 2 vezes e adicionando a obtém-se que permite defini r
a relação entre aceleração total máxima da massa e a aceleraç ão
máxima e suporte dado por:
( )tug&& ( )tu t&&
( )tu0&&
( )0gu&&
( )( ) ( )
=
+−+= TR
rr
r
u
u
g
t
222
20
21
21
0 ξξ
&&
&&
que coincide com o factor de transmissibilidade.
( ) ⇒<<⇔<< 1rww00 g
t uu &&&& →
00 →tu&&
ou seja, a massa move-se rigidamente com o suporte⇒⇒⇒⇒ deslocamento relativo →→→→ 0
(porque o termo em r4 domina e →→→→ ∞)
Se:
Se: ⇒>>⇔>> 1rww
ou seja, a massa quase fica parada enquanto o solo se move muit o rápido.
iii) No caso de ser um deslocamento na base
Acção: ( ) twsenutu gg 0=
É possível concluir a mesma relação de
transmissibilidade em deslocamento:
( )( ) ( )
+−+==
222
20
21
21
0 rr
r
u
uTR
g
t
ξξ
g
t
u
u
ck
m
Note-se que estas expressões são particularmente úteis no e stado de vibrações
induzidas por máquinas, no estudo de acelerações em equipam entos
instalados nas estruturas e ainda na resposta de veículos ci rculando sobre
suportes irregulares (exemplos 3.3, 3.4 e 3.5 do livro de Ani l Chopra).
FEUP - 2013
António Arêde 45
4.6 DISSIPAÇÃO DE ENERGIA SOB ACÇÃO HARMÓNICA
Acção:
Energia dissipada num ciclo:
( ) twsenptp 0= Forças de amortecimento viscoso: ucfc &⋅=
( )∫ ∫ ∫π
⋅⋅π==⋅=⋅=T w
ccD UwcdtucdtufdufE0
/2
0
22&&
A energia introduzida no sistema devido à excitação, num ciclo é dada por:
com dtudu &= wT /2π= ( ) ( )α−= twUwtu cos&
Ou, como mwc 2ξ=2w
km =
w
wr = vem então:
22 UKrED ξπ= dss RUDUU00
=⋅=com
( ) ( ) ( ) ( )( )απ
απ
senUpE
dttwUwtwsenpdtutpdutpE
I
T w
I
0
0
/2
0 0 cos
⋅=⇔
−⋅=== ∫ ∫ ∫&
ou, atendendo à definição do ângulo de fase , pode ser dada por:
−=
21
2tg
r
Rξα
DI EUKrE =⋅ξπ= 22
Conclui-se então que a energia introduzida no sistem a é dissipada pelo
mecanismo de amortecimento do mesmo.
De facto, é possível demonstrar que a energia poten cial ( ES) associada à
deformação elástica e a energia cinética ( EK) associada à força de inércia
durante um ciclo são nulas, ou seja:
( )∫ ∫π
==⋅==w
eS dtukudufE/2
00...........&
( )∫ ∫ ==⋅==w
iK dtuumdufE/2
00...........
π&&&
FEUP - 2013
António Arêde 46
Evolução da força de amortecimento com o deslocamen to:
( ) ( )tuUwcftuCf DD22 −=⇔= &
( )1
22
=
+
⇔Uwc
f
U
tu D
Elipse em (u, fD)
U-U
> 0tu
(t)fD
< 0u tDE = 2π ξ r K U2
u(t)
Evolução da força no suporte com o deslocamento:
( ) ( )( ) ( )tUUwctuK
tuCtuKfff ceT
22 −+=
+=+= &
���� No espaço (u, fT) esta equação
representa uma elipse rodada, onde
fT é a força que se mede no suporte
num caso real.
u
r K Uπ ξ= 2DE 2
c w U
Ku
fT
1k
u(t)
Es = 0porque
Amortecimento viscoso equivalente:
Numa estrutura real, a resposta em termos de
força resistente fR , que acaba por englobar a
restituição elástica e o amortecimento, tem
uma forma menos regular. De qualquer modo,
pode ser registada a resposta histerética num
ciclo e obtida a área do diagrama. ED= energia dissipada real
u > 0
Rf
k
u
1
u
R
(carga)
(descarga)u < 0
Pode-se estimar a razão (factor) de amortecimento vi scoso equivalente ξeq ,
que num sistema ideal sob a mesma solicitação harmó nica, originaria a
mesma energia dissipada:RDeq EkU
w
w =⇒ 22 ξπ
Considerando ainda que a energia de deformação máxi ma até U, é dada
por , pode-se então escrever: o amortecimento
equivalente sob solicitação sinusoidal à frequência .
22
0UKES =
ww
EE Sdreq /4
/0
π=ξ
Se a medição for em ressonância (quando
é mais sensível o amortecimento), vem:
=
πξ
4
1
0S
dreq E
E
FEUP - 2013
FEUP - 2013 António Arêde 47
5. RESPOSTA DE SISTEMAS DE UM GRAU DE LIBERDADE A UMA ACÇÃO DINÂMICA QUALQUER
5. RESPOSTA DE SISTEMAS DE UM GRAU DE LIBERDADE A UMA ACÇÃO DINÂMICA QUALQUER
Em muitos casos a acção dinâmica não é harmónica. Veremos que aresposta pode ser obtida em termos de um integral, que nos cas os em quea acção é simples, pode ser calculado analiticamente e que no utros casospode ser calculado numericamente.
Condições iniciais:
Pretende-se a resposta de um sistema de
1 grau de liberdade (de período T ) para
um impulso de curta duração td << T
Considere-se uma força f(t) com uma duração td. Define-se o correspondente
impulso como sendo
5.1 RESPOSTA DE UM SISTEMA DE 1 G.L. A UM IMPULSO D E PEQUENA DURAÇÃO. RESPOSTA A UM IMPULSO UNITÁRIO
( )∫= dtdttpI
0
( ) ( ) 000 == uu &
A equação do movimento para o caso de amortecimento nulo é:
( )
<=+≤<=+
ttukum
tttpukum
d
d
0
0
&&
&&
Integrando a 1ª equação, e fazendo intervir as condições inic iais, vem
( ) ( ) Idttptuktumdt
dmedd ==+ ∫0&
em que umed é o deslocamento médio no intervalo 0 a td.
Quando 0→dt ( ) ( ) vem , por designando e +0utu d &&
( ) ( )m
IuIum =⇒= ++ 00 && ( ) ldesprezáve→+0ue
dt
p(t)
t
td << T
António Arêde 48
Então, o efeito duma carga que actua durante um tempo muito cu rto é o de
dar à massa m uma velocidade inicial igual a I/m, que é uma das condições
iniciais do movimento livre para t>td. A outra condição é a de deslocamento
inicial desprezável.
Introduzindo estas condições na expressão do deslocamento e mmovimento livre (após o impulso), vem
Obtendo-se assim a RESPOSTA A UM IMPULSO.
Fazendo I = 1 obtém-se a resposta a um impulso unitário , dada por
Para o caso do amortecimento ser não nulo, virá
A um sistema de 1 grau de liberdade
aplica-se uma carga genérica p(t) com a
lei genérica representada na figura.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )wt
wm
dttpwt
w
uwtuwt
w
utu
dt
sensen0
cos0sen0 0∫=≅+=
++
+&&
( ) wtwm
th sen1=
( )( )
twewm
dttptu a
tw
a
td
sen0 ξ−∫=
( ) twewm
th atw
a
sen1 ξ−=
RESPOSTA A UM IMPULSO
RESPOSTA A UM IMPULSO UNITÁRIO
5.2 RESPOSTA A UMA ACÇÃO QUALQUER. INTEGRAL DE DUHAMEL
Condições iniciais:
( ) ( ) 000 == uu &
Amortecimento nulo
τ t
p(t)
dτ
τ
u(t)
t
du(t)
(t −τ)
FEUP - 2013
António Arêde 49
A resposta em t a um impulso elementar dI = p(τ)dτ no instante (τ < t) é
Aplicando o Princípio da Sobreposição dos Efeitos (válido a penas em
sistemas lineares), obtém-se a resposta no instante t como o somatório das
respostas devidas a todos os impulsos anteriores a t, ou seja
ou ainda
( ) ( ) ( ) ( )ττττ −=−= twwm
dptw
wm
Idtud sensen
( ) ( ) ( )∫ −=t
dtwpwm
tu0
sen1 τττ
( ) ( ) ( )∫ −=t
dthptu0
τττ
Função de resposta ao impulso unitário
O integral nesta equação é conhecido como o INTEGRAL de DUHAMEL e
permite calcular o deslocamento total produzido pela força p(t).
Se as condições iniciais forem ( ) ( ) 00 00 uuuu && == e
( ) ( ) ( )∫ −++=t
dtwpwm
tww
utwutu
0
00 sen
1sencos τττ&
resulta
No caso do sistema ter amortecimento e condições in iciais nulas, virá
( ) ( ) ( ) ( )∫ −= −−t
atw
a
dtwepwm
tu0
sen1 τττ τξ
expressão à qual deve ser adicionada uma parcela co rrespondente ao movimento livre com amortecimento se as condições i niciais forem diferentes de zero.
FEUP - 2013
António Arêde 50
5.3 FORÇA CONSTANTE SUBITAMENTE APLICADA (SEM AMORTECIMENTO)
Aplicando o integral de Duhamel a p(t) = P0 = constante , virá
( ) ( )
( ) ( )[ ]
( ) ( ) ( )twututwk
P
twwm
Ptu
dtwPwm
tu
s
t
t
cos1cos1
cos
sen1
0
0
020
0 0
−=⇒−=
−=
−= ∫
τ
ττ
que graficamente vem traduzido do seguinte modo
O máximo deslocamento duma carga subitamente aplicada é então o dobro do deslocamento que se obtém aplicando a mesma carga de forma estática .
5.4 CARGA RECTANGULAR (SEM AMORTECIMENTO)
Trata-se duma carga p(t) = P0 , subitamente aplicada mas só durante um
intervalo de tempo td.
Até ao instante td vem, tal como no caso anterior,
( ) ( ) dtttwk
Ptu <−= cos10
Para t > td temos uma vibração livre em que as condições inicia is são:
( ) ( )dd twk
Ptu cos10 −=
( ) dd twwk
Ptu sen0=&
u/us
t
0
0
1
2
e portanto, substituindo na expressão do movimento livre não amortecido, obtém-se
FEUP - 2013
António Arêde 51
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
−+−−−=
−+−−=
−44444444 344444444 21
twddddd
dddd
ttwtwttwtwttwk
P
ttwtwk
Pttwtw
k
Ptu
cos
sensencoscoscos
sensencoscos1
0
00
( ) ( )[ ]wtttwk
Ptu d coscos0 −−= dtt ≥
5.5 CÁLCULO NUMÉRICO DO INTEGRAL DE DUHAMEL
Quando a função p(t) não é simples, ou só é conhecida a partir de
medições (como é o caso da solicitação sísmica), é necessário calcular o integral numericamente.
A relação trigonométrica ( ) τ−τ=τ− wwtwwttw sencoscossensen
permite escrever o integral de Duhamel com o seguin te aspecto
( ) ( ) ( )∫ ∫−=t t
dwpwm
wtdwpwm
wttu0 0
sen1
coscos1
sen ττττττ
ou( ) ( ) ( )[ ] wmtwtBtwtAtu cossen −=
em que ( ) ( ) ( ) ( )∫∫ ==tt
dwptBdwptA00
sencos ττττττ e
O cálculo numérico de A(t) e de B(t) pode ser feito usando diversos métodos.
Designando a função a integrar por I(τ), virá
Regra dos Trapézios:
Regra de Simpson:
( ) ( )nn IIIIItA +++++τ∆= −1210 2...222
1
( ) ( )nn IIIIItA +++++τ∆= −1210 4...243
1
Quando se pretenda a história completa da resposta é conveniente escrever
A(t) de forma incremental:
t/tn ∆=
e n par.
( ) ( ) ( )∫−
+= −i
i
t
tii dwptAtA1
cos1 τττ
Se o sistema tem amortecimento, o procedimento é an álogo.
FEUP - 2013
António Arêde 52
5.6 CÁLCULO DA VELOCIDADE E ACELERAÇÃO DO INTEGRAL DE DUHAMEL
Partindo da expressão base doo integral de Duhamel:
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )tutum
tptutptuktuctum 22 ωξω −−=⇔=++ &&&&&&
( ) ( ) ( ) ( ) 0)(;0)(;sen1
, 21 ==−= −− tatatwepwm
th atw
a
τττ τξem que:
a velocidade calcula-se por derivação de modo segui nte:
( ) ( ) ( ) ( )
−+∂
∂== ∫ dt
tdatath
dt
tdatathd
t
th
dt
tdutu
ta
ta
)()(,
)()(,
,)( 11
22
)(
)(
2
1
ττ&
No caso do integral de Duhamel tem-se:
( ) ( ) ( ) twepwm
thtathdt
tdaa
tw
a
sen01
0,)(,;0)(
11 ξ−===
( ) ( ) ( ) 00sen1
,)(,;1)( 0
22 ==== etp
wmtthtath
dt
tda
a
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]
( ) ( )( ) ( ) ( )
−
−−−=
−+−−=
−
∂∂=
∂∂
−−
−−−−−−
τξ
ξττ
ττξτττ
τξ
τξτξτξ
twwtwwwm
ep
twewtwewwm
ptwe
wm
p
tt
th
aaaaa
tw
atw
aatw
aa
tw
a
sen1
cos
cossensen)(
2
Pelo que a velocidade se simplifica para:
( ) ( ) ( )[ ] ( )∫∫ ∂
∂=⋅−⋅+∂
∂=tta
tad
t
ththd
t
thtu
0
)(
)(
,00,10
,2
1
ττττ&
A derivada parcial da função integranda vem :
Donde a velocidade se pode expressar por:
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )∫
−
−−−= −−t
aatw dtwtwep
mtu
0 2sen
1cos
1 ττξ
ξττ τξ&
A aceleração pode ser facilmente obtida da equação de equilíbrio dinâmico:
( ) ( ) ( ) ( ) ( )∫∫ =−= −− )(
)(0
2
1
,sen1 ta
ta
t
atw
a
dthdtwepwm
tu τττττ τξ
FEUP - 2013
FEUP - 2013 António Arêde 53
6. ANÁLISE de FOURIER e RESPOSTA no DOMÍNIO da FREQUÊNCIA
6. ANÁLISE de FOURIER e RESPOSTA no DOMÍNIO da FREQUÊNCIA
( ) { }∑∞
=
++=1
0 sencosn
nn twnbtwnaatp
Tw
π2=
( )∫+
=Tt
tdttp
Ta
1
1
10
( )∫+
=Tt
tn dttwntpT
a1
1
cos2
( )∫+
=Tt
tn dttwnsentpT
b1
1
2
frequência que vai aumentando de forma discreta
frequência de força periódica
Valor médio da força no período
pesos (amplitudes das funções cos e sen )
( )[ ]00 .20se aan nn =⇒= =
Neste capítulo apresenta-se a aplicação das séries de Fouri er nadeterminação de:
• Resposta de sistemas a forças PERIÓDICAS
• Resposta de sistemas a forças NÃO PERIÓDICAS como a lternativa à análise no domínio do tempo
6.1 RESPOSTA A FORÇAS PERIÓDICAS
6.1.1 Desenvolvimento em séries de Fourier duma for ça PERIÓDICA
p (t)
T T T
t
1t - é um instante qualquer, normalmente zero ou 2T−
António Arêde 54
Onda rectangular
Contribuição dos primeirostermos não-nulos da série de
Fourier:- termos cos anulam-se
- termos pares sen anulam-se
6.1.2 Resposta a uma carga representada por SÉRIES DE FOURIER
( )
nrw
wnr
twnrk
btu
n
n
nn
==
−= sen
1
12
A resposta estacionária produzida num sistema de 1 grau de lib erdade porcada termo seno da carga harmónica é
e para cada termo cosseno
e para a parcela constante
( ) twnrk
atu
n
nn cos
1
12−
=
( ) ( )
+
−+=
=
∑∞
=120
00
cos1
11
nnn
n
twnsenbtwnar
ak
tu
k
au
t
p(t)
p0
-p0
T1
t
t
n=3
t
n=1
• termos até à 3ª ordem,representados a escalasindicativas diferentes;
• aproximação apenas comtermos até à 3ª ordem;
• aproximação com termosaté à 5ª ordem.
FEUP - 2013
António Arêde 55
6.2 FORMA EXPONENCIAL DAS SÉRIES DE FOURIER
( ) ( ) ( ) ( )twnitwnetwnitwne twintwin sencos;sencos −=+= −
Assim, a função solicitação pode ser expressa por
( ) ( )i
eetwn
eetwn
twintwintwintwin
2sen;
2cos
−− −=+=
( )
∑∑
∑∞
−∞=
∞
=
−
∞
=
−−
=
−+
++=
−+++=
n
twinn
n
twinnntwinnn
n
twintwin
n
twintwin
n
ePei
bae
i
baa
i
eeb
eeaatp
10
10
2222
22
( ) ( )
( ) ( ) ( )
−==
−++=+=
∫∫∫
∫∫−
−−
TTT twin
Ttwintwin
Ttwintwin
nnn
dttwntpidttwntpT
dtetpT
dti
eetp
iTdt
eetp
Ti
baP
000
00
)cos()cos(11
2
1
2
1
22
Os termos imaginários anulam-se mutuamente quando n varia de – ∞∞∞∞ a +∞∞∞∞,
pelo que, o somatório acima resulta numa função real (solici tação aplicada).
Vejamos como se escreve resposta a uma carga harmónica na for maexponencial, partindo da equação de equilíbrio dinâmico :
A parcela estacionária da resposta terá a forma semelhante à funçãosolicitação
twsenitweukucum twi +==++ cos&&&
( ) ( ) twiewHtu =
Considerando a conhecida relação de Euler
pode-se escrever as seguintes expressões
( )( ) ( )twn
nntwn
nnnn bbaa
aa
sencos
00 ;;
2 −−= −===
atendendo a que, pelas definições de an (função par) e de bn (função ímpar), se tem
ou seja
( ) nn
T twinnn BiAwnBiwnAdtetp
TwPP −=−=== ∫
− )()(1
)(0
( ) ( )
==
== ∫∫
T
nn
T
nn dttwntpT
wBBdttwntpT
wAA00
)cos(1
)(;)cos(1
)(
com
FEUP - 2013
António Arêde 56
pelo que, substituindo na equação de equilíbrio, se obtém
6.3 ANÁLISE DA RESPOSTA NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
( ) ( ) twinn
n
n ePwHtu ∑∞
−∞=
=
É semelhante à análise para cargas periódicas. No entanto é n ecessárioestender o conceito de desenvolvimento em séries de Fourier para arepresentação de funções não periódicas.
Considere-se a seguinte carga não periódica, que se pode ima ginar comrepetições fictícias (a tracejado) ao fim de um dado tempo Tp.
Calculando os coeficientes no intervalo [0, Tp], obtém-se a funçãoperiódica representada a tracejado.
e pelo princípio da sobreposição dos efeitos, a parcela esta cionária daresposta total do sistema a uma qualquer função periódica p(t) vem:
( ) ( ) ( ) twitwitwitwi eewHkewHwicewHwm =++− 2
( ) ( )( )k
wG
irr
k
kcwimwwH =
+−=
++−=
ξ21
/1122
22 wr ⋅− wr ⋅k
wcr =ξ2
A resposta a uma frequência será entãownwn =
FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA
Resposta dinâmica complexa a uma solicitação complexa de amplitude unitária twie
p (t)
p-T pT 2Tp
0
( ) ( )inrrn
kwH n
ξ21
/122 +−
=
nP
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António Arêde 57
Se em vez de for adoptada a frequência o par de transformadas d eFourier escreve-se então:
Aumentando o período eliminam-se as repetições da carga, po dendo-sefazer o seguinte ajuste de notação:
Se o incremento da frequência torna-se infinitesimal
e a frequência discreta torna-se na função contínua .
No limite temos o integral de Fourier, em termos de
e a função amplitude
As equações anteriores das séries de Fourier escrevem-se en tão
ππ 22
1 ww
TP
∆≡= porque resulta pequeno quando Tp é escolhido grande
nwwnwn ≡∆= Frequência da n-ésima componente
( ) ( )nnp
n wPw
wPT
Pπ2
1 ∆== ( ) ( ) dtetpwPp
nTt
t
twin ∫
+ −= 1
1
com
( ) ( ) ( )[ ]
( ) ( ) dtetpPTwP
wewPewPw
tp
twi
Tt
Tt
npn
n
twin
n
twin
n
p
p
nn
−=
−=
∞
−∞=
∞
−∞=
∫
∑∑
==
∆=∆=
2
2
2
1
2 ππ
∞→pT wdw →∆
nw w
( ) ( ) ( )wde
wPwdewPtp twi
w
twi
w ∫∫∞
−∞=
∞
−∞===
ππ 22
1
( ) ( ) dtetpwP twi
t
−∞
−∞=∫=
Os dois integrais constituem um par de transformadas de Four ier, que paraexistirem é necessário que seja finito o seguinte integral ( )dttft∫
∞−∞=
( ) ( ) fdefPtp tfi
f
π2∫
∞
−∞==
( ) ( ) dtetPfP tfi
t
π2−∞
−∞=∫=
w
w f
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António Arêde 58
onde define a amplitude por unidade de da componente da
carga com frequência , exactamente como para a solicitação.
A comparação das duas últimas expressões permite concluir q ue:
ou seja, tal como já visto anteriormente, exprime, no domíni o dafrequência, a resposta complexa por unidade de solicitação complexa.
A expressão então obtida traduz a relação excitação-respos ta no domínioda frequência, definida pela função que também se designa de Funçãode Resposta em Frequência (FRF) e fica caracterizada pela am plitude ouganho e pelo ângulo de fase dados por:
( ) ( ) ( )∫∞
−∞==
w
iwt wdewPwHtuπ2
1
A primeira função do par de transformadas de Fourier pode ser interpretada
como a representação duma carga arbitrária como a soma de um n úmero
infinito de componentes harmónicas e define a amplitude por
unidade de da componente da carga com frequência .
De acordo com o exposto atrás, a resposta total será então:
ww( ) π2/wP
Por outro lado, tal como se fez para a solicitação p(t), também se podeescrever a função deslocamento u(t) através do integral de Fourier, i.e.:
( ) ( )wde
wUtu twi
w∫∞
−∞==
π2
ww( ) π2/wU
( ) ( ) ( )wPwHwU = ( ) ( ) ( )wPwUwH /=⇔
( )wH
( )wH
( ) ( ) ( )wwiww
k
rir
kwH
ξξ 2)(1
/1
21
/122 +−
=+−
=
em que
( )( ) ( )222 2)(1
/1
wwww
kwH
ξ+−= ( )
−=
2)(1
2
ww
wwtanaw
ξα
Amplitude ou ganho:
- atinge picos na ressonância ( r=1)
Ângulo de fase:
- varia de 180º em torno da ressonância e vale 90º em r=1
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António Arêde 59
Numéricamente, o cálculo dos integrais de Fourier é feito at ravés desomatórios que resultam de um algoritmo eficaz.
O período é então dividido em N intervalos ∆∆∆∆t ( = Tp / N ) e a carga é definidapara os instantes tm = m ∆∆∆∆t.
Resulta assim
pTw
π2=∆
e
6.4 ANÁLISE NUMÉRICA NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
N
nmi
tmwintwi eee mnπ2
== ∆∆
( ) ∑−
=
==1
0
2N
n
N
mni
nmm ePtppπ
( ) ∑−
=
−==
1
0
21 N
m
N
mni
mnn epN
wPPπ
Estas duas últimas expressões são designadas por par de tran sformadasdiscretas de Fourier.
O cálculo destas transformadas pode ser feito de forma efici ente usando atécnica designada de transformada rápida Fourier (Fast Fou rier Transform– FFT).
Em primeiro lugar é necessário definir o período da carga Tp que tambémserve para definir a frequência mais baixa.
FEUP - 2013
António Arêde 60
RESPOSTA A FORÇAS PERIÓDICAS
( ) ( ) ( )
−∫
−−t
atw
a
dtwepmw 0
1 τττ τξ sen
( ) ∑+∞
−∞=
=n
twinn ePtp ( ) ( )∫
−=T twin
n dtetpt
wP0
1
( ) ( )∑+∞
−∞=
=n
n tutu ( ) ( ) ( ) twinnnn ewPwHtu =
Ou
Integral de Duhamel
com:
twieukucum =++ &&&
( ) ( ) twiewHtu =
( ) ( )rirkwH
ξ21
12 +−
=
wnw
Domínio do tempo Domínio da frequência
RESPOSTA A FORÇAS COM LEI DE VARIAÇÃO QUALQUER
( ) ( ) ( )
−∫
−−t
atw
a
dtwepmw 0
1 τττ τξ sen
( ) ( )wde
wPtp iwt
w∫∞+
−∞==
π2( ) ( )∫
∞+
−∞=
−=t
twi dtetpwP
ππ 2
1
2
( ) ( ) ( )wde
wPwHtu
w
twi
∫∞+
−∞==
π2( ) ( )
wdewP
wH twi
π2
Ou
Integral de Duhamelcom:
( ) ( )rirkwH
ξ21
12 +−
=
Domínio do tempo Domínio da frequência
Transformada directa de Fourier da acção
6.5 COMPARAÇÃO DE METODOLOGIAS DE ANÁLISE NO DOMÍNIO DO TEMPO E NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
Transformada inversa de Fourier da resposta
twieukucum =++ &&&
( ) ( ) twiewHtu =
FEUP - 2013
FEUP - 2013 António Arêde 61
7. RESPOSTA à ACÇÃO SÍSMICA de SISTEMAS COM UM GRAU DE LIBERDADE
7. RESPOSTA à ACÇÃO SÍSMICA de SISTEMAS COM UM GRAU DE LIBERDADE
Conhecendo-se a lei de movimento do solo, pretende-se a resp osta daestrutura.
Neste caso a equação do movimentoda estrutura vem
A força sísmica é então
Tudo se passa como se a massa m fosse solicitada por uma força
proporcional à aceleração do solo, mantendo-se os apoios fi xos.
- deslocamento do solo( )tug
- deslocamento relativo( )tu
- deslocamento total( )tu t
uug
ut
k/2 k/2
m
eixo
de
refe
rên
cia
0=++ ukucum t&&&
O movimento sísmico origina uma resposta dinâmica porque as forças deinércia dependem do deslocamento total e as forças elástica s e deamortecimento dependem do movimento relativo.
tu
gt uuu +=
gumukucum &&&&& −=++
guuwuwu &&&&& −=+ξ+ 22
gef umF &&−=
7.1 CONCEITO E OBTENÇÃO DE ESPECTROS
António Arêde 62
A expressão do movimento relativo pode ser obtida, por exemp lo, através dointegral de Duhamel
- são os acelerogramas registados à superfície do solo( )tug&&
( ) ( ) ( ) ( )∫ ττ−τ= τ−ξ−t twg dtweum
wmtu
0sen
1&&
O valor máximo deste deslocamento pode ser tomado como uma me dida daintensidade do sismo que originou o acelerograma ( )tug
&&
Seja então
( ) ( ){ }tuwSd max, =ξ
Fazendo variar w e ξ, e traçando o resultado num diagrama (Sd , w),,,, paraparaparaparacadacadacadacada valorvalorvalorvalor dededede ξ, obtém-se
5
dS
w10 15 20 25
ξ = 0.02
ξ = 0.1
Resposta de todos os possíveis osciladores de 1 G.L., com umdado amortecimento, a uma dada acção.
ESPECTRO DE RESPOSTA DE DESLOCAMENTOS
Acelerograma
-150
-100
-50
0
50
100
150
0 2 4 6 8 10 12 14 16
t (s)
a (cm/s2)
FEUP - 2013
António Arêde 63
Num sistema sem amortecimento, a aceleração absoluta é semp reproporcional ao deslocamento, o que se verifica também no in stante dosvalores máximos.
Ou seja
Considerando a envolvente de espectros devidos a vá rios acelerogramas que caracterizam a acção sísmica, obtêm-se os Espectros de Resposta Regulamentares .
(7.1)max2
maxmaxmax 00 uwuukumukum ttt −=⇒=+⇒=+ &&&&&&
( ) ( )wSwwS da2−=
O mesmo se pode obter no caso de sistemas com amortecimento, a tendendoa que, quando o deslocamento relativo é máximo, a velocidade relativa é nula(ou próxima de zero), pelo que
( ) ( )ξ−≅ξ ,, 2 wSwwS da
A expressão (7.1), que por mera coincidência é idêntica à que se obtém numaresposta harmónica, sugere a definição duma velocidade fictícia associadacom um movimento harmónico aparente.
Trata-se da designada pseudo-velocidade , cujo valor máximo Sv é definido
como velocidade espectral e dado por
( ) ( ) ( )w
wSwSwwS a
dv
ξ=ξ=ξ ,,,
onde, por conveniência e por serem irrelevantes, se omitira m os sinais.
Outra forma habitual desta expressão é: ( ) ( ) ( )ξ=ξ=ξ ,,, 2 wSwwSwwS dva
(7.2)
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António Arêde 64
Exemplo : Para o pórtico que tem vindo a ser apresentado, d eterminar o máximo deslocamento e o máximo corte basal.
ESPECTRO TRILOGARÍTMICO
É possível num mesmo gráfico registar os valores es pectrais da aceleração, velocidade e deslocamento.
De facto, a relação (8.2) entre as três grandezas es pectrais, permite escrever:
HzfsradwmNkkgm 63.3;/8.22;/102.5;10000 6 ==×==
mmmw
SSscmS a
da 07.800807.08.22
2.4;/420
222 =====
Admitindo ξξξξ = 5%, retira-se do espectro regulamentar
donde a força elástica:
NSkf de 419641007.8102.5 36 =×××== −
Ou, sabendo que num sistema em vibração livre se te m
tieei umffff max0 &&−=−=⇒=+
NSmf ae 420002.410000 =×==
( ) ( ) ( )
π+−=⇒
π=
=
π+=⇒π==
2logloglog
2logloglog
2logloglog2logloglog
av
aav
dvddv
SfS
f
S
w
SS
SfSSfSwS
Estas expressões representam uma infinidade de rect as a 45º e –45º num
gráfico (log Sv , log f ), conforme se vão dando sucessivos valores a Sd e Sa.
Se se construir uma escala para cada uma dessas dua s classes de rectas, i.e., uma escala para as rectas lugar geométrico do s pares de valores que correspondem a um deslocamento espectral constante e outra escala para as rectas de aceleração espectral constante, obtém-se um gráfico tripartido geralmente designado por ESPECTRO TRILOGARÍTMICO.
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António Arêde 65
Exemplo : Espectros Trilogarítmicos do sismo de El Centro ( 1940) – 0.32g, para vários coeficientes de amortecimento.
Espectro de Resposta de Projecto:
(espectro médio, normalizado para uma aceleração máx ima do solo unitária 1.0g)
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De igual forma também pode ser traçado em termos d o período de vibração, apenas se invertendo a orientação das rectas a 45º.
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a) ESCALAS DE QUANTIFICAÇÃO DA ACTIVIDADE SÍSMICA
MAGNITUDE ���� Medida da energia libertada no foco do sismo.
Magnitude de Richter (1935), convencionada como:
• logaritmo decimal (log) da amplitude máxima do movimento sí smico(em mícrons) registada por um sismógrafo a 100 km do foco do si smo;
• a relação da magnitude M com a quantidade E energia libertada no foco,foi estabelecida como log E = 12,2+1,44M , onde E se expressa em erg eM é adimensional;
• os valores da magnitude, efeitos, ocorrências e eventos com parativospodem ser expressos na seguinte escala:
7.2.1 Aspectos básicos da acção sísmica
7.2 ASPECTOS REGULAMENTARES DA ACÇÃO SÍSMICA
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António Arêde 68
INTENSIDADE ���� está ligada aos efeitos do sismo (movimentos do solo)nos diferentes locais, no comportamento das construções e n osefeitos sobre a natureza; é uma escala qualitativa, baseada emobservações dos locais afectados e em relatos de pessoas.
Escala de Mercalli-Sieberg , modificada por Wood e Neumann , com osseguintes graus:
• O sismo passa despercebido à maior parte das pessoas, sendodetectado pelos sismógrafos.
• O sismo é sentido por pessoas em repouso, especialmente nos p isossuperiores dos edifícios altos (oscilação de objectos susp ensos).
• As oscilações são claramente perceptíveis no interior das h abitaçõesmas muitas pessoas não as identificam como sismo. Não háquaisquer estragos materiais.
• O sismo é claramente perceptível como tal no interior das hab itações,vibrando loiças, vidros e portas. No exterior passa desperc ebido àmaioria das pessoas.
• O sismo é claramente perceptível como tal tanto no exterior c omo nointerior das habitações, onde se partem algumas loiças e vid ros e asportas batem fortemente; abrem fendas nos estuques.
• O sismo é imediatamente identificado; os móveis das habitaç õesdeslocam-se, há quedas de estuque e danos nas chaminés eelementos afins .
• O sismo produz danos ligeiros nos edifícios de boa construçã odanos médios nos edifícios de alvenaria corrente e danosconsideráveis nos edifícios de má construção.
• Produzem-se danos ligeiros em estruturas de boas caracterís ticasanti-sísmicas, danos consideráveis nas construções de alv enaria depedra irregular e colapso em grande número de construções ma lconcebidas, como chaminés.
• Produzem-se danos médios nas estruturas especiais e danosconsideráveis em grande número dos edifícios correntes.Fendilhações nos terrenos.
• O sismo destrói a maior parte dos grandes edifícios de alvena ria, umaparte dos edifícios de estrutura de betão armado e alguns edi fíciosligeiros de madeira.
• Colapso generalizado dos edifícios de alvenaria.
• Destruição total, objectos projectados pelas vibrações.
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DOIS CENÁRIOS SÍSMICOS:
SISMOS AFASTADOS (acção sísmica tipo 2 no RSA)
� com epicentro no mar, a grande distância do continente, têm c omoorigem movimentos inter-placas entre as placas europeia e a fricana (falhaao sul do continente) e tipicamente apresentam grande magni tude (M>5.5).
� caracterizam-se por uma grande distância focal, uma duraçã o maior,normalmente acima dos 30 segundos, uma frequência predomin ante baixa,em torno de 1 Hz e uma componente vertical pouco importante emcomparação com a horizontal
b) SISMICIDADE OU ACTIVIDADE SÍSMICA EM PORTUGAL
SISMOS PRÒXIMOS (acção sísmica 1 no RSA)
� com epicentro em terra, já no território continental, têm co mo origemmovimentos intra-placas em diversas falhas activas (Algar ve e Vale doTejo) e geralmente apresentam magnitude moderada (M<5,5).
� caracterizam-se por uma pequena distância focal, uma duraç ão menor,entre 7 e 14 segundos, uma frequência predominante alta entr e 3 e 3,5 Hz euma componente vertical importante que pode chegar à ordem d egrandeza da horizontal
CASOS PARTICULARES (Regiões Autónomas das lhas)
� Todas estão muito distantes das fontes sísmicas inter-plac as relevantespara o continente
� Madeira e Porto Santo , estão em zonas de baixa sismicidade, afectadasapenas por acções sísmicas inter-placas similares às mais f racas doterritório continental.
� Açores , não são afectadas por sismos de grande magnitude eepicentros distantes, mas são fortemente afectadas por act ividade sísmicalocal devido à proximidade da falha entre as placas american a e europeia efalhas locais no mar e em terra. As ilhas dos grupos Central e Oriental (naplaca Europeia), estão em zonas de maior perigosidade sísmic a (maioresacelerações na rocha) enquanto que as ilhas do grupo Ocident al (Flores eCorvo , já na placa americana) não têm fontes sísmicas próximas, se ndoportanto consideradas em zonas de menor sismicidade.
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7.2.2 Caracterização da Acção dos Sismos segundo o R.S.A.
1. Dependem da Zona Sísmica :
���� A , B , C ou D (Artº 28)
���� Coeficiente de Sismicidade α
Valores do coeficiente de sismicidade
Zona sísmica α
A 1.0
B 0.7
C 0.5
D 0.3
2. Dependem do Tipo de Terreno :
���� Tipo I , II ou III (Artº 29)
(qualificação pouco objectiva)
3. Dependem do Tipo de Acção Sísmica (1=Próxima ; 2=Afastada)
(Anexo III – Ponto 2))
4. Quantificação da acção através de acelerações:
���� Espectros de POTÊNCIA ����Análise DINÂMICA (domínio da frequência)
���� Espectros de RESPOSTA ����Análise DINÂMICA (modal, Rayleigh)
���� Coeficiente Sísmico de Referência ����Mét. Simplif. de Análise Estática
A prática corrente apoia-se nosespectros de resposta deACELERAÇÕES TOTAIS numoscilador de 1 g.l., que portantoincluem a amplificação dinâmicada aceleração imposta na base,em resultado da frequência e doamortecimento do oscilador.
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António Arêde 71
7.2.3 Caracterização da Acção dos Sismos segundo o Eurocódigo 8 - EN1998-1
2. A ACÇÃO SÍSMICA está ligada às Exigências de Desempenho
���� EXIGÊNCIA DE NÃO COLAPSO (NCR)
���� Acção Sísmica de projecto (“design seismic action”), definida nosAnexos Nacionais de cada País através dos Parâmetros deDeterminação Nacional (NDPs, em inglês)
Valor recomendado para casos correntes corresponde à proba bilidadede 10% de ocorrência em 50 anos ( ���� período de retorno 475 anos)
�EXIGÊNCIA DE LIMITAÇÃO DE DANOS (DLR)
���� Acção Sísmica de serviço , definida em função da anterior, para cadaPaís através dos Parâmetros de Determinação Nacional
Valor recomendado para casos correntes corresponde à proba bilidadede 10% de ocorrência em 10 anos ou, de forma equivalente a 40.9 %probabilidade de ocorrência em 50 anos ( ���� período de retorno 95 anos)
É adoptada a mesma representação espectral reduzida para 40% ou 55%(respectivamente, para a Acção Sísmica Tipo 1 ou Tipo 2 )
3. A ACÇÃO SÍSMICA depende das Classes de Importância das construções
���� Coeficiente de Importância - γγγγI, que afecta a acção
4 Classes de Importância com valores de γγγγI, fixados no Anexo Nacional,
entre 0,6 e 2,1, dependendo do tipo de Acção Sísmica e da zona(Continente ou Açores)
−γγγγI mais elevados (2,1; 1,6 ou 1,4), para edifícios fundamentai s para
socorro pós-sismo (hospitais, quartéis de bombeiros, etc)
−γγγγI mais reduzidos (0,8 ou 0,6), para edifícios importância redu zida
(edifícios agrícolas)
−γγγγI = 1 para edifícios correntes
1. A SISMICIDADE ( = sismogénese, recorrência e atenuação sísmica) m antém o Duplo Cenário do RSA, embora actualizado:
���� SISMOS AFASTADOS (inter-placas, Acção Sísmica Tipo 1, M > 5.5)
���� SISMOS PRÓXIMOS (intra-placas, Acção Sísmica Tipo 2, M ≤ 5.5)
O Zonamento Sísmico passa a depender do Tipo de Acção Sísmica
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António Arêde 72
4. O ZONAMENTO SÍSMICO é definido no Anexo Nacional como NDP
� Estabelecido em termos da aceleração máxima de projecto dereferência agR
� agR é a aceleração de pico em rocha, para cada tipo da acção sísmic a,definida para cada zona sísmica no Anexo Nacional pelo quadro seguinte:
Acção sísmica Tipo 1 (afastada) Acção sísmica Tipo 2 (próxima)
Zona Sísmica agR (m/s2) Zona Sísmica agR (m/s2)
1.1 2,5 2.1 2,5
1.2 2,0 2.2 2,0
1.3 1,5 2.3 1,7
1.4 1,0 2.4 1,1
1.5 0,6 2.5 0,8
1.6 0,35 - -
���� As Zonas Sísmicas apresentam a seguinte distribuição geográfica:
Em Portugal Continental .
Acção sísmica Tipo 1 Acção sísmica Tipo 2
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António Arêde 73
No Arquipélago da Madeira .
Acção sísmica Tipo 1 (apenas)
No Arquipélago dos Açores .
Acção sísmica Tipo 2 (apenas)
Grupo Ocidental
N
10 0 10 Kilo mKm
Zonas2.12.22.32.42.5
Grupo Oriental
Grupo Central
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5. A ACÇÃO SÍSMICA é definida por Espectros de Resposta de Aceleração
� ESPECTRO DE RESPOSTA ELÁSTICO DE ACELERAÇÕES Se(T)
���� O espectro apresentado está escalado por ag, a aceleração de projecto em
rocha (terreno tipo A), que resulta da aceleração d e pico de referência agR
multiplicada pelo coeficiente de Importância da est rutura ( agR . γγγγI) cujos
valores constam do quadro seguinte (adoptado no Ane xo Nacional ainda para aprovação).
Acção sísmica Tipo 2 Classe de Importância
Acção sísmica Tipo
1 Portugal
Continental Açores
I 0,6 0,8 0,8
II 1,0 1,0 1,0
III 1,6 1,3 1,2
IV 2,1 1,6 1,4
S e/a g
T B T C T D T
S
2,5S η
S e/a g
T B T C T D T
S
2,5S η
∞→T
( ) DCgDC
ggg TTSaTT
SadTd ⋅⋅≈⋅⋅=→ 025.04 2π
Aceleração constante
Velocidade constante
Deslocamento constante
Transição linear para aceleração
do solo
T←0( ) SaSTS gee ⋅=→
Coeficientes de Importância ( γγγγI):
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António Arêde 75
���� Os quatro ramos do espectro apresentam as seguintes expressões:
:0 BTT ≤≤ ( ) ( )
−β⋅η⋅+⋅⋅= 11 0
Bge T
TSaTS
:DC TTT ≤≤ ( )
⋅β⋅η⋅⋅=T
TSaTS C
ge 0
:TTD ≤ ( )
⋅⋅⋅⋅=20 T
TTSaTS DC
ge βη
( ) 0β⋅η⋅⋅= SaTS ge:CB TTT ≤≤
onde:
:DT é o período limite de início do ramo de deslocament o constante���� Os vários ramos do espectro apresentam as zonas de ac eleração, velocidade e deslocamento constantes, tal como se observou já na construção dos espectros.
���� Para períodos muito elevados o movimento tende para o deslocamento relativo
igual ao movimento do solo dg, cuja estimativa se apresenta no gráfico.
:T é o período de vibração da estrutura
( ):TSe é o valor do espectro de resposta elástico em acele ração
:ga é a aceleração de projecto em rocha (terreno tipo A ), já definida
:0β é o factor de amplificação dinâmica, que vale: ���� 2,5 para a componente horizontal da aceleração ag e
���� 3,0 para a componente vertical avg, caso em que S = 1
:BT é o período limite inferior do ramo de aceleração c onstante
:CT é o período limite superior do ramo de aceleração c onstante
:55.0)5/(10 ≥+= ξη é o factor de correcção do amortecimento, com valor unitário para 5% de amortecimento
:S é o factor do terreno
:DT é o período limite superior do ramo de deslocamento constante
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António Arêde 76
���� Os parâmetros S, TB, TC, e TD, dependem do Tipo de Acção Sísmica e
do terreno em que a estrutura se encontra, sendo dados como ND P noAnexo Nacional. Na versão já aprovada são os seguintes os val oresdaqueles parâmetros:
Acção Sísmica Tipo 1
Tipo de Terreno S TB
(s) TC (s)
TD (s)
A 1,0 0,1 0,6 2,0
B 1,35 0,1 0,6 2,0
C 1,6 0,1 0,6 2,0
D 2,0 0,1 0,8 2,0
E 1,8 0,1 0,6 2,0
Acção Sísmica Tipo 2
Tipo de Terreno S TB
(s) TC (s)
TD (s)
A 1,0 0,1 0,25 2,0
B 1,35 0,1 0,25 2,0
C 1,6 0,1 0,25 2,0
D 2,0 0,1 0,3 2,0
E 1,8 0,1 0,25 2,0
���� O espectro de resposta elástico para a componente vertical tem umadescrição formalmente idêntica ao da componente horizontal em que:
S = 1 , ag é substituído ave, cuja quociente para ag bem como os restantes
parâmetros definidores do espectro são dados no quadro segu inte :
Acção sísmica
avg/ag TB (s) TC (s) TD (s)
Tipo 1 0,75 0,05 0,25 1,0 Tipo 2 0,95 0,05 0,15 1,0
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António Arêde 77
Os cinco tipos de terrenos configuram a seguinte diferencia ção, conformedescrita no referido quadro a seguir ilustrado com base na ve rsão inglesa:
6. O TIPO DE TERRENO é definido no Quadro 3.1 do EC8 (EN 1998-1:2004), emfunção de parâmetros geotécnicos objectivos, tais como o nº de pancadasno ensaio SPT (N SPT), a velocidade de propagação das ondas de corte nosolo (v s,30) e a coesão não-drenada (c u) no caso de solos argilosos.
• Rocha (terreno Tipo A)
• Terrenos rijos (terreno Tipo B)
• Solos médios e brandos (terrenos Tipo C e D)
• Formações brandas de pequena espessura (5 a 20m), de tipoaluvionar, assentes sobre maciços rochosos ou quase rochos oscom grande contraste de rigidez (terreno Tipo E).
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FEUP - 2012 António Arêde 78
A frequência de um sistema de 1 grau de liberdade caracteriza o seucomportamento dinâmico.
Um dos processos mais simples para determinar é o método deRayleigh. Pode ser aplicado a um sistema qualquer desde que s e admitaque a sua deformada é de determinado tipo - .
mkw =
)(xψ
O método de Rayleigh assenta no princípio da conservação da e nergia:
“a energia num corpo em vibração livre mantém-se constante se não houverforças de amortecimento” .
Seja então:
wtwutu
wtutu
cos)(
sen)(
0
0
==
&
A Energia Potencial (Energia de deformação da mola), vem
twukukWp
220
2 sen2
1
2
1 ==
e a Energia Cinética da massa será
twwumumWc
2220
2 cos2
1
2
1 == &
Os respectivos valores máximos ocorrem para
220
20
2
10
2
02
1
24
max
max
wumWeWw
Tt
WeukWw
Tt
cp
cp
==⇒==
==⇒==
π
π
Portanto, se a energia total se mantém constante, obtém-se
m
kw
m
kwWW cp =⇔=⇒= 2
maxmax
8. ANÁLISE VIBRATÓRIA pelo MÉTODO de RAYLEIGH8. ANÁLISE VIBRATÓRIA pelo MÉTODO de RAYLEIGH
8.1 FUNDAMENTOS E APRESENTAÇÃO DO MÉTODO
António Arêde 79
8.2 APLICAÇÃO A SISTEMAS CONTÍNUOS
A vantagem deste método aparece mais evidente em sistemas co m muitosgraus de liberdade.
Seja por exemplo o caso de uma viga em que se admite:
( ) ( ) ( ) ( ) twztztzxtxu sen, 0== comψ
Seja por exemplo o caso de uma viga em que se admite:
Isto quer dizer que: a forma da deformada da viga não varia com o tempo ,só se alterando a sua amplitude e, no caso de ser uma vibração livre, variaharmónicamente.
Esta hipótese reduz a viga a um sistema de 1 grau de liberdade ( odeslocamento da extremidade).
Neste caso, a máxima Energia de Deformação (potencial) é
e a máxima Energia Cinética da massa vem
Portanto:
dxx
twzEIdxx
uEIW
L L
p
2
0 0 2
2
0
2
2
2
sen2
1
2
1∫ ∫
∂∂=
∂∂= ψ
∫
∂∂=
L
p dxx
EIzW0
2
2
2202
1max
ψ
( ) dxtwwzmdxt
umW
L L
c ∫ ∫=
∂∂=
0 0
20
22
cos2
1
2
1 ψ
∫=L
c dxwzmW0
22202
1max
ψ
dageneralizamassa
dageneralizarigidez
←
←
ψ
∂ψ∂
=∫
∫L
L
dxm
dxx
EI
w
0
2
0
2
2
2
2
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António Arêde 80
8.3 ESCOLHA DA FUNÇÃO DE FORMA DA DEFORMADA
A aproximação do Método de Rayleigh depende da função de form a ψ(x)adoptada.
Se ψ(x) não for a forma exacta da deformada em vibração livre, é
necessário adicionar forças para manter esta vibração, o qu e significamaior rigidez do sistema e, consequentemente, maior frequência .
A deformação que se obtém na vibração livre decorre da aplica ção deforças de inércia que são proporcionais à distribuição de ma ssa e àamplitude da deformada.
Assim, a Deformada Exacta ψe(x)é a que resulta duma carga
proporcional a m(x) ψe(x)
De um modo geral basta adoptar uma carga proporcional à massa
Então, se se admitir esolicitar o sistema por ,
a deformada ψ(x) que se obtém
será uma boa aproximação.
)(xψ)()( xxm ψ
( ) ( ) ( )xgxmxp pψ⇒=
que conduz à deformada ψp(x) devida às cargas permanentes.
~ m(x).ψ (x)e
ψ (x)e
ψ(x)m(x) ψ(x)
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António Arêde 81
8.4 MÉTODO DE RAYLEIGH APLICADO A ESTRUTURAS PORTICADAS COM VIGAS DE GRANDE RIGIDEZ
E = 2x107 kN/m 2
Laje do piso 1 – 6.75 kN/m 2 (inclui peso próprio, revestimentos, divisórias esobrecargas)
Laje do piso 2 – 4.0 kN/m 2
Peso do piso 1 Laje - 6.75 ××××15.0××××5.0_________________ 506.25 kN
Vigas - 0.2 ××××0.35××××5.0××××25××××10 ____________ 87.5 kN
Pilares - 0.3 ××××0.3××××3.0××××25××××8 ______________ 54.0 kN
647.75 kN
Peso do piso 2 Laje - 4.0 ××××15.0××××5.0 _____________________ 300.0 kN
Vigas - ________________________________ 87.5 kN
Pilares - _______________________________ 27.0 kN
414.5 kN
Massa dos pisos: m 1,Tot = 647.75 / 9.8 = 66.1 ton ; m 2,Tot = 42.3 ton
Massa/ Pórtico: m 1 = m1,Tot / 4 = 16.5 ton; m 2 = m2,Tot / 4 = 10.6 ton
A situação particular de pórticos com vigas de grande rigide z comparadacom a dos pilares, configura o designado “ shear-building ” cuja deformadaé determinada exclusivamente através do esforço de corte en tre pisos.
Como tal, pode ser analisado como uma associação em série da rigidez decorte dos sucessivos pisos em altura, razão pela qual aqui po de serestudado sem recorrer à formulação de sistemas de N graus de l iberdade.
Considere-se o seguinte edifício simétrico nas duas direcç ões em planta :
5.00
3.0
03
.00
Piso 20.2x0.5
Piso 10.2x0.5
0.3
x0.3
0.3
x0.3
0.3
x0.3
0.3
x0.3
Alçado Planta
Lajes: 0.15m esp.
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António Arêde 82
8.4.1 Método de Rayleigh Directo
Admitindo uma deformada com deslocamentos unitários nos do is andares:
1.0
1.0
∑ ∆= 2
2
1max iip ukW
Máxima Energia Potencial
=1
1cos
~twu
em que ki, a rigidez dos pilares entre dois pisos, é
kN/ml
EIki 120002
3
102123.0
122
123
74
3=×
×××=×=
0.0;0.1 21 =∆=∆ uu
e os deslocamentos relativos entre pisos:
Máxima Energia Cinética
−=1
1sen
~twwu&
( ) kJww
umW iic2
22 6.130.16.100.15.16
22
1max
=×+×== ∑ &
Fazendomaxmax cp WW =
26.136000 w=
Hzrad/s 34.3;0.21;18.4412 === fww
kJWp 6000max
=Obtém-se assim
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António Arêde 83
Assim:
8.4.2 Método de Rayleigh Melhorado
Considera-se como deformada a que se obtém aplicando à estru tura asforças de inércia que se desenvolvem com a deformada assumida no ponto
anterior e, que para o piso i, são dadas por
02 cos iiiii utwwmumf =−= &&
Quando a aceleração é máxima, vem
(kN)wf 2
6.10
5.16
=
Por sua vez os correspondentes deslocamentos podem ser obti dos por
iii Tuk =∆
iu∆em que é o deslocamento relativo das extremidades dos pilare s e
iT é o esforço transverso nos pilares.
( ) 21
21
21 0023.00023.0;6.105.1612000 wuwuwu =⇒=∆+=∆
2212
22
22 0032.00009.0;6.1012000 wuuuwuwu =∆+=⇒=∆=∆
Máxima Energia Potencial
( ) 44 036.00032.06.100023.05.162
1
2
1
2
1max
wwufuTWi
iii
iip =×+×==∆= ∑∑
Máxima Energia Cinética
( ) 64226
2 10979.00032.06.100023.05.1622
1max
ww
umW iic−×=×+×== ∑ &
twww
wtwwu sen
0032.0
0023.0
0032.0
0023.0sen 3
2
2
~
−=
−=&
Hzfrad/swwww 05.3;18.19;7.36710979.0036.0 2644 ===⇒×= −
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António Arêde 84
8.4.3 Deformada Devida às Cargas Gravíticas Aplicad as Horizontalmente
Sejam as seguintes forças gravíticas por pórtico para cada p iso:
kNgmF 9.1614/75.64711 ===
kNgmF 6.1034/5.41422 ===
Os correspondentes deslocamentos vêm
md 0221.012000
9.1616.1031 =+=
md 0307.012000
6.1030221.02 =+=
Máxima Energia Potencial
4.32
1max == ∑ iiP dFW
Máxima Energia Cinética
( ) 01.00307.06.1030221.09.1618.92
2
1
2
1
2222
222
maxmax
×=×+××
=
== ∑ ∑
ww
dwg
FumW i
iiic &
De novo, igualando os dois valores máximos da energia, resul ta:
Expressão do RSA⇒=∑∑ 22i
iii dw
g
FdF
∑∑=
2ii
ii
dF
dFgw
donde
Hzfrad/sw 02.3;98.18 ==
FEUP - 2012
António Arêde 85
9. MODELOS MATEMÁTICOS de SISTEMAS COM VÁRIOS GRAUS DE LIBERDADE
9. MODELOS MATEMÁTICOS de SISTEMAS COM VÁRIOS GRAUS DE LIBERDADE
Num sistema com N graus de liberdade, a solução depende de N pa râmetros,tantos quantos os que sejam necessários para descrever adeq uadamente acinemática do sistema de acordo com a distribuição de rigide z e de massa.
No caso dos pórticos planos, por exemplo, tem-se então:
Para um sistema de forçasqualquer :
Para um sistema de forçashorizontais apenas :
3 G.L. por nó 1 G.L. por andar
A caracterização do comportamento dinâmico estrutural requ er a definição de:
Matriz de RIGIDEZ
Matriz de MASSA
Matriz de AMORTECIMENTO
K
M
C
9.2 MATRIZ DE RIGIDEZ
fuK =
Como é bem conhecido
Kij – Força de restituição elástica desenvolvida na direcção i devida a um
deslocamento unitário na direcção j
9.1 GRAUS DE LIBERDADE A CONSIDERAR
FEUP - 2013
António Arêde 86
9.3 MATRIZ DE MASSA
Neste exemplo, “não havendo massa nos pilares”, não há transmi ssão
de forças de inércia entre pisos, i.e. m21 = m31 = m23 = 0, donde
m1
m2
m331m
21m
m11u1
De modo semelhante para a matriz de massa, designa-se
mij – Força de inércia desenvolvida na direcção i devida a uma aceleração
unitária na direcção j
No caso de massas concentradas só nas direcções dos g.l. escolhidos:
=
3
2
1
00
00
00
m
m
m
M Matriz de Massa Diagonal
Para um dado deslocamento na direcção de u1, a função de forma
correspondente será ψ1(x) conforme abaixo esboçada.
O campo de deslocamentos vem então dado por
Quando a massa é distribuída, recorre-se ao conceito de funç ão de formatal como no Método dos Elementos Finitos, aplicado por exemp lo ao casode barras de pórticos como a seguir descrito.
( ) ( ) ( )tuxtxu 111 , ψ=
1.0
1u u3
4u
u2
x
u(x)ψ (x)1
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António Arêde 87
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )tuxxmtxuxmtxfin 1111, ,, &&&& ψ=−=
Admitindo uma distribuição de massa por unidade de comprime nto m(x),as correspondentes forças de inércia vêm dadas por
Quando é necessário aplicar forças mi1 em correspondência com osg.l. considerados, para garantir o equilíbrio com as forças de inérciadistribuídas ao longo da barra.
Através do Princípio dos Trabalhos Virtuais, impondo um des locamentovirtual unitário segundo qualquer uma das direcções, por ex emplo a
direcção de u2 à qual corresponde uma deformada dada por ψ2(x), pode
escrever-se a seguinte equação:
11 =u&&
( ) ( ) int
l
inext WdxxtxfmmmmW δψδ =+⋅⋅+⋅+⋅= ∫0 21,41312111 ,0010
Note-se que apenas estão a ser consideradas as forças de inér cia e nadada parte elástica (forças internas), pelo que o trabalho int erno é nulo.
Resulta então
( ) ( ) ( ) ( ) 010 2121 =
− ∫ tudxxxxmm
l&&ψψ
( ) ( ) ( )∫=l
dxxxxmm0 2121 ψψ
que, atendendo à aceleração nodal unitária, conduz a
Procedendo de igual forma com deslocamentos virtuais unitá rios nasoutras direcções obtém-se os termos mi1, que constituem a 1ª coluna damatriz de massa.
Considerando depois as restantes configurações de acelera ções nodaisunitárias, obtém-se a expressão geral dos termos da matriz d e massa:
( ) ( ) ( )∫=l
jiij dxxxxmm0
ψψ
Por derivação de u1(x,t) em ordem ao tempo, obtém-se o campo das
acelerações( ) ( ) ( )tuxtxu 111 , &&&& ψ=
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António Arêde 88
No contexto do Método dos Elementos Finitos, a matriz de mass a obtém-sepor
dVNNmV jiij ∫ ρ=
em que ρ representa a massa específica.
9.4 MATRIZ DE AMORTECIMENTO
Pode ser definida de modo análogo à matriz de massa. Porém, co nforme severá mais adiante, na maior parte dos casos, não é necessário obter deforma explícita a matriz de amortecimento.
Quando necessário, é muitas vezes definida por proporcional idade àsmatrizes de massa e de rigidez através de
em que α e β são parâmetros independentes, convenientemente definido s
conforme adiante se explicará.
Designa-se por matriz de amortecimento de Rayleigh .
KMC β+α=
9.5 EQUAÇÕES de EQUILÍBRIO DINÂMICO
A sobreposição dos três vectores de forças envolvidas (inér cia,amortecimento e restituição elástica) equilibra o vector s olicitação exterior,resultando no seguinte SISTEMA de EQUAÇÕES de EQUILÍBRIO DINÂMICO:
( )tptuKtuCtuM
eaIfff
=++321321
&321&& )()()(
−−−−−−
=
22
22
~
422313
221561354
313422
135422156
420
llll
ll
llll
ll
lmM
( ) mxm =Para uma barra de massa uniforme , obtém-se a seguinte matriz :
Resulta uma matriz “cheia”, designada matriz de MASSA CONSISTENTE,por ser definida de modo consistente com todos os g.l. envolv idos.
FEUP - 2013
FEUP - 2013 António Arêde 89
10. ANÁLISE MODAL10. ANÁLISE MODAL
Tal como nos sistemas de 1 g.l., a equação de equilíbrio dinâm ico reduz-se a
0=+ uKuM &&
Vejamos em que condições pode ocorrer um movimento que satis faça estaequação.
Seja uma deformada u cuja grandeza varie sinusoidalmente com o tempo:
twu senφ=
φ - caracteriza a forma da deformada, não dependendo do tempo, p elo que
1φ
φ2
φ3
φφφ
=φ
3
2
1
twwu sen2φ−=&&
Substituindo, vem então
0sensen2 =φ+φ− wtKwtwM
Sendo estas equações válidas para qualquer instante, impli ca que
( ) 02 =φ− MwK
Além da solução trivial (nula), este sistema terá outras sol uções não nulas seo respectivo determinante for nulo (sistema indeterminado ):
( ) 0det 2 =− MwK( ) 0det 2 =− MwK
10.1.1 Frequências e modos de vibração
10.1 MOVIMENTO LIVRE SEM AMORTECIMENTO
António Arêde 90
Para uma estrutura com N graus de liberdade, a condição de determinante
nulo conduz a uma equação polinomial de grau N nos w2.
Trata-se da Equação Característica do sistema, da qual se po de obter N
soluções que são as frequências dos N modos de vibração do
sistema.
222
21 ,,, Nwww K
Para cada wn , temos o correspondente φn, modo de vibração que se obtém
resolvendo o seguinte sistema de equações:
que tem uma simples infinidade de soluções (ou seja, o vector φn não é
determinado em grandeza).
Obtém-se uma solução particular, por exemplo, fazendo unitá ria uma das
componentes do vector: φ1n=1 .
O sistema, de N-1 equações em ordem às restantes componentes de φn,
permite determinar este vector:
Vector próprio que caracteriza a
deformada do n -ésimo modo de
vibração.
φ
φφ
=φ
Nn
n
n
nM
2
1
φ
φφ
=φ
Nn
n
n
nM
2
1
( ) 02 =φ−nn MwK( ) 02 =φ−nn MwK
A determinação de valores e vectores próprios pode ser feita com recurso adiversos métodos numéricos (por ex.: método de Jacobi, de St odola, desequências de Sturm, de iterações por sub-espaços)
Temos assim um problema de valores e vectores próprios, em qu e os valores
próprios são os w2.
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António Arêde 91
10.1.2 Condições de Ortogonalidade
Sejam dois modos de vibração φm e φn.
Para o modo φn tem-se
43421
nf
MwKnn n φ=φ 2
Forças de inércia
De igual forma para o modo φm
i j
f jninf
nφ
φimf
jmf
m
Aplicando o teorema de Betti, pode escrever-se
( ) ( )
n
T
mmm
T
nn
n
T
mmm
T
nn
n
T
m
T
MwMw
MwMw
ffmn
φφ=φφ
φφ=φφ
φ=φ
22
22
donde
( ) 022 =φφ−m
T
nmn Mww
Assim, se resulta22mn ww ≠
n m se ≠=φφ 0m
T
nM
Do mesmo modo se pode proceder em relação à matriz de rigidez:
n m se ≠=φφ 0m
T
nK
43421
mf
MwKmm m φ=φ 2
Estas expressões são as designadas CONDIÇÕES de ORTOGONALIDADEdos modos de vibração em relação à matriz de MASSA e à matriz deRIGIDEZ.
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António Arêde 92
1P
5.03
.03
.0
=160 kN
=160 kN2P
0.3
x0.3
0.3
x0.3
I=∞
I=∞
Exemplo : Considere-se o pórtico de 2 andares abaixo repres entado, com vigas supostas de rigidez infinita.
27 /102 mkNE ×=
a) Matriz de RIGIDEZ
kN/mK
kN/mK
kN/mK
kN/ml
EIK
24000
12000
12000
12000
212
22
12
21
311
=−=−=
=
×=
−−
=2400012000
1200012000K
b) Matriz de MASSA
tonmi 33.168.9
160 ==
=
33.160
033.16M
1.0
K12
K22
1.0
21K
K11
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António Arêde 93
0.618
1.0
c) Determinação das FREQUÊNCIAS de VIBRAÇÃO
( )( )
=
×−−−×−
0
0
76.1633.162400012000
1200076.1633.1612000
21
11
2
2
φφ
−−−−
=−2
22
33.162400012000
1200033.1612000
w
wMwK
( ) ( )( ) 01200033.162400033.16120000det 2222 =−−−⇒=− wwMwK
Hzfsradw
Hzfsradw
0.7;/86.43
7.2;/76.16
22
11
==
==
d) Determinação dos MODOS de VIBRAÇÃO
1º MODO
Fazendo 618.00.1 2111 =φ→=φ
=φ618.0
0.11
( )( )
=
×−−−×−
0
0
86.4333.162400012000
1200086.4333.1612000
22
12
2
2
φφ
Fazendo 618.00.1 1222 −=φ→=φ
2º MODO
1.0
0.618
−
=φ0.1
618.02
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António Arêde 94
11φ
21φ x y
12φ
φ221 u2
1u
+ =x y 2
10.2 ANÁLISE DINÂMICA POR SOBREPOSIÇÃO MODAL
A deformada duma estrutura tem sido caracterizada até agora pelas N
componentes do vector deslocamento u no espaço geométrico.
No entanto, a mesma deformada pode também ser caracterizada em termos
dos N modos de vibração, atendendo a que estes podem constituir a b ase
dum outro espaço vectorial: o espaço modal .
Assim, a amplitude de cada um dos modos será a coordenada generalizadaque permitirá caracterizar qualquer deformada no espaço modal .
Esquematicamente, esta estratégia assume o aspecto seguin te:
2211yyu φ+φ=
φ1 – 1º MODO φ2 – 2º MODO u – DEFORMADAFINAL
Genericamente
∑=
φ=N
iii
yu1
yi – COORDENADAS
NORMAIS ou MODAIS
10.2.1 Decomposição de deslocamentos no espaço moda l
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António Arêde 95
10.2.2 Equações de Equilíbrio Desligadas Sem Amorte cimento
Retomando a equação
( )tpuKuM =+&&
e substituindo u e ∑=
φ=N
iii
yu1
&&&&
( )tpyKyMN
iii
N
iii
=
+
∑∑
== 11
φφ &&
Multiplicando à esquerda por T
nφ
( )tpyKyM T
n
N
iii
T
n
N
iii
T
nφφφφφ =
+
∑∑
== 11
&&
desenvolvendo os somatórios, e atendendo a que, devido às co ndiçõesde ortogonalidade, se tem
nn
T
nNN
T
nnn
T
n
T
n
T
n
N
iii
T
nyMyMyMyMyMyM &&&&
43421K&&K&&
43421&&
43421&& φφ=φφ++φφ+φφ+φφ=
φφ ∑=
0
2
0
21
0
11
nn
T
nNN
T
nnn
T
n
T
n
T
n
N
iii
T
nyKyKyKyKyKyK φφ=φφ++φφ+φφ+φφ=
φφ ∑= 43421
KK43421321
0
2
0
21
0
11
resulta
( )tpyKyM T
nnn
T
nnn
T
nφφφφφ =+&&
Definindo
( ) ( )tptF
KK
MM
T
nn
n
T
nn
n
T
nn
φ
φφ
φφ
=
=
= massa generalizada para o modo n
rigidez generalizada para o modo n
força generalizada para o modo n
resulta
FEUP - 2013
António Arêde 96
Obtém-se a seguinte equação de equilíbrio dinâmico no modo n
( )tFyKyM nnnnn =+&& ( )tFyKyM nnnnn =+&&
que é uma equação com apenas uma variável incógnita yn.
Portanto, em vez de um sistema com N equações diferenciais a N
incógnitas, fica-se reduzido a N equações com apenas uma incógnita
cada – são as N equações de equilíbrio desligadas .
Pode ainda verificar-se quennn MKw /2 =
De facto, pré-multiplicando a equação T
nnnMwK n φφ=φ por2
n
n
nn
M
n
T
n
K
n
T
n
M
Kw
MwK
MwK
n
n
n
n
n
=
=
=
2
2
2
43421321φφφφ
A resolução das N equações desligadas permite determinar as coordenadas
modais y1 , y2 , ... , yn , ... , yN , e a deformada final obtém-se, tal como já
apresentado, somando as contribuições dos vários modos de v ibração:
∑=
φ=N
iii
yu1
Esta é a base do designado MÉTODO DA SOBREPOSIÇÃO MODAL !!!
Verifica-se ainda que, sobrepondo apenas as contribuições dos primeiros J
modos de vibração ( com J << N ) se obtêm excelentes resultados
∑=
≅J
iii
yu1
φ
poupando-se muito esforço de cálculo em relação à solução ex acta.
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António Arêde 97
10.2.3 Equações de Equilíbrio Desligadas Com Amorte cimento
Admitindo a ortogonalidade dos modos de vibração, também em relaçãoà matriz de amortecimento, i.e.
n m se ≠=φφ 0m
T
nC
e definindo o amortecimento generalizado para o modo n,resulta
n
T
nn CC φφ=
( )tFyKyCyM nnnnnnn =++ &&& ( )tFyKyCyM nnnnnnn =++ &&&
ou ( )n
nn
n
nn
n
nn M
tFy
M
Ky
M
Cy =++ &&&
Tal como para um simples oscilador de 1 g.l., pode definir-se o
amortecimento crítico para o modo n, que virá dado por
nncritn wMC 2=
e o correspondente coeficiente de amortecimento do modo n será
nnnncritn
nn wMC
C
C2ξ=⇒=ξ
obtendo-se finalmente
( )n
nnnnnnn M
tFywywy =+ξ+ 22 &&&
( )n
nnnnnnn M
tFywywy =+ξ+ 22 &&&
uma expressão formalmente idêntica à obtida para um oscilad or de 1 g.l.
Portanto, todas as metodologias abordadas para obtenção da respostaforçada de osciladores de 1 g.l. são directamente aplicávei s ao cálculoda resposta modal, em particular o integral de Duhamel e as ex pressõesda resposta à acção sísmica.
Fica assim bem patente a vantagem do método de sobreposição modal .
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António Arêde 98
10.2.4 Resumo do Método de Sobreposição Modal
1º EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO DINÂMICO
2º FREQUÊNCIAS e MODOS de VIBRAÇÃO
3º MASSA e FORÇA GENERALIZADAS PARA CADA MODO n
A partir do cálculo de K e M determinam-se os ww e φφ.
4º EQUAÇÕES de MOVIMENTO DESLIGADAS
( )tpuKuCuM =++ &&&
( )n
nnnnnnn M
tFywywy =+ξ+ 22 &&&
( )n
nnnnnnn M
tFywywy =+ξ+ 22 &&&
5º RESPOSTA MODAL À SOLICITAÇÃO
Cada equação pode ser resolvida pelo método mais adequado, p orexemplo usando o integral de Duhamel
( ) ( ) ( ) ( )∫ ττ−τ= τ−ξ−t
atw
nan
n dtweFwM
tyn
nn
n
0sen
1
( ) NNwwwMwK φφφ→→=φ− ,,,,,,0 21212 KK( ) NNwwwMwK φφφ→→=φ− ,,,,,,0 21212 KK
( ) ( )tptFMM T
nnn
T
nn φφφ == ( ) ( )tptFMM T
nnn
T
nn φφφ ==
No caso de existirem deslocamentos ou velocidades iniciais , acorrespondente resposta em vibração livre é dada por:
( ) ( ) ( ) ( )
+ξ+= ξ− twytw
w
wyyety
nn
n
nnana
a
nnnntwn cos0sen
00&
FEUP - 2013
António Arêde 99
As condições iniciais em termos de coordenadas moda is podem ser relacionadas com as correspondentes condi ções iniciais no espaço geométrico
( ) ( )00 yy & e
( ) ( )00 uu & e
De facto, tendo ∑=
φ=N
iii
yu1
e pré-multiplicando por vemMT
nφ
nnnn
T
n
N
iii
T
n
T
nyMyMyMuM =φφ=
φφ=φ ∑=1
ou seja
n
T
nn
n
T
nn M
uMy
M
uMy
&&
φ=
φ= ;
pelo que
( ) ( ) ( ) ( )n
T
nn
n
T
nn M
uMy
M
uMy
00;
00
&&
φ=
φ=
6º DESLOCAMENTOS EM TERMOS DE COORDENADAS GERAIS
7º FORÇAS ELÁSTICAS
( ) ∑=
φ==N
iiie
yKuKtf1
ou, atendendo a queii
MwK i φ=φ 2
∑=
φ=N
iii
yu1∑
=
φ=N
iii
yu1
( ) ( )
∑=
=
N
iiiie
tywMtf1
2φ( ) ( )
∑=
=
N
iiiie
tywMtf1
2φ
Estas forças são depois aplicadas à estrutura como quaisque r outrasforças, a fim de conhecer os esforços por elas induzidos.
FEUP - 2013
António Arêde 100
10.2.5 Decomposição de forças no espaço modal
é um padrão de forças (invariável no tempo)
Frequentemente o vector de forças p(t) é um vector do tipo )()( tfstp =
s
)()( tutf g&&= é a variação no tempo das forças efectivas
Tal como se fez para os deslocamentos decompostos em numa sér ie devectores expressos na base dos modos de vibração através de:
)(tu
∑∑==
==N
nnn
N
nn tytutu
11
)()()( φ
também se pode decompor as forças p(t), ou melhor, a distribuição s, em
termos das distribuições de forças de inércia de cada modo.
Para cada modo, já se viu que as forças de inércia são proporci onais a Mφn
,portanto o que se pretende é então escrever:
∑∑==
==N
mmm
N
mm Mss
11
φα
onde os coeficientes de proporcionalidade α se obtêm multiplicando a
expressão acima por φn e aplicando a propriedade da ortogonalidade.
Resulta então:
n
T
n
n
T
n
nn
T
nn
M
MsM
M
ss
φφφφ
φφ
==⇔
m
T
nn M
sφα =
e assim, a componente (projecção) sn do vector de forças s no modo n (i.e.,
com o mesmo padrão de distribuição das forças de inércia do mo do n), vem
dado por:
expressão que é independente da forma de normalização dos mo dos (porque
qualquer factor de escala que afecte o modo φn cancela-se entre o numerador
e o denominador), o mesmo já não acontecendo com o factor αn ....
onde
e
⇒==∑=
n
T
nn
N
mm
T
nmT
nMMs φφαφφαφ
1
nnn Ms φα=
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