aula 1 a 10 jackson bezerra -lÍngua portuguesa

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www.gustavobrigido.com.br SEMÂNTICA É a denominação dada ao estudo da significação das palavras: Significante e significado Significante é a parte física da palavra (os fonemas e as letras). Significado é o sentido da palavra que provoca na mente do ouvinte ou do leitor uma imagem ou uma ideia. SINONÍMIA É o fenômeno em que palavras diferentes apresentam o mesmo significado (ou bastante parecidos). Exemplos: Distante - afastado, remoto Rosto - face, semblante, cara. Cômico - engraçado ANTONÍMIA É o fato semântico em que as palavras apresentam significados contrários. Exemplos: Feio pobre Pequeno - grande. Riqueza - pobreza. (AFRF) Escolha o conjunto de palavras que pode substituir, na ordem apresentada, as palavras sublinhadas, sem alteração do sentido dos enunciados. Ao otimismo infrene daqueles que, sob o regime da ilimitada liberdade de crédito, alcançavam riquezas rápidas, correspondia a perplexidade e o descontentamento dos outros, mais duramente atingidos pelas consequências da cessação do tráfico. Num depoimento citado por Nabuco, lê-se este expressivo desabafo do espírito conservador diante dos costumes novos, acarretados pela febre das especulações: ―Antes bons negros da costa da África para felicidade nossa, a despeito de toda a mórbida filantropia britânica, que, esquecida de sua própria casa, deixa morrer de fome o pobre irmão branco, escravo sem senhor que dele se compadeça, e hipócrita ou estólida chora, exposta ao ridículo da verdadeira filantropia, o fado de nosso escravo‖. (Sérgio Buarque de Holanda)

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Page 1: AULA  1 A 10 JACKSON BEZERRA -LÍNGUA PORTUGUESA

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SEMÂNTICA É a denominação dada ao estudo da significação das palavras:

Significante e significado

Significante é a parte física da palavra (os fonemas e as letras).

Significado é o sentido da palavra que provoca na mente do ouvinte ou do leitor uma

imagem ou uma ideia. SINONÍMIA

É o fenômeno em que palavras diferentes apresentam o mesmo significado (ou

bastante parecidos).

Exemplos:

Distante - afastado, remoto

Rosto - face, semblante, cara.

Cômico - engraçado

ANTONÍMIA É o fato semântico em que as palavras apresentam significados contrários.

Exemplos:

Feio – pobre

Pequeno - grande.

Riqueza - pobreza.

(AFRF) Escolha o conjunto de palavras que pode substituir, na ordem apresentada,

as palavras sublinhadas, sem alteração do sentido dos enunciados.

Ao otimismo infrene daqueles que, sob o regime da ilimitada liberdade de crédito,

alcançavam riquezas rápidas, correspondia a perplexidade e o descontentamento dos

outros, mais duramente atingidos pelas consequências da cessação do tráfico. Num

depoimento citado por Nabuco, lê-se este expressivo desabafo do espírito

conservador diante dos costumes novos, acarretados pela febre das especulações:

―Antes bons negros da costa da África para felicidade nossa, a despeito de toda a

mórbida filantropia britânica, que, esquecida de sua própria casa, deixa morrer de

fome o pobre irmão branco, escravo sem senhor que dele se compadeça, e hipócrita

ou estólida chora, exposta ao ridículo da verdadeira filantropia, o fado de nosso

escravo‖. (Sérgio Buarque de Holanda)

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a) descomedido; parva; destino

b) desenfreado; estóica; sofrimento

c) infringível; estulta; vaticínio

d) insaciável; estável; sorte

e) néscio; estática; ritmo

HOMONÍMIA É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados

diferentes, possuem a mesma estrutura fonética - HOMÔNIMOS.

Homônimos homófonos (homófonas heterográficas):

São iguais na pronúncia, mas têm grafias diferentes.

Exemplos:

cela (pequeno quarto) — sela (petrecho de montaria; verbo selar);

acender (iluminar) — ascender (subir)

cessão (ato de ceder) — sessão (tempo de uma reunião ou espetáculo)

seção (divisão, repartição);

HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS (HOMÓGRAFAS

HETEROFÔNICAS): São iguais na grafia, mas diferentes na pronúncia. Exemplos:

colher (substantivo)— colher (verbo)

começo [substantivo) — começo (verbo);

almoço (substantivo) — almoço (verbo);

HOMÔNIMAS PERFEITAS São iguais na escrita e na pronúncia. Exemplos:

livre (adjetivo) — livre (verbo livrar);

serra (substantivo) — serra (verbo).

Verão (verbo) - verão (subst.).

Morro (verbo) - morro (subst.).

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- ESAF - Partidos devem ir às ruas explicar para os cidadãos por que existem e

quais são suas propostas. (final do 4º parágrafo) No período acima, empregou-se

corretamente a forma POR QUE. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha

ocorrido.

(A) O povo não entende por que os partidos políticos se esquivam de se apresentar

claramente.

(B) Nem sempre é fácil entender as modificações por que passam os partidos

políticos.

(C) As pessoas desejam entender por que, nas relações entre os partidos políticos, as

alianças rapidamente se dissolvem.

(D) Às vezes sem saber por que, o povo escolhe determinados candidatos para cargos

importantes.

(E) Na realidade, o povo sabe por que deve escolher bem seus representantes.

Emprego dos Porquês

POR QUE

A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome

interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo":

Exemplos:

Quero saber por que você voltou tão tarde para casa.

Por que você comprou este carro?

Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo,

equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas

quais).

Exemplos:

Estes são os direitos por que estamos lutando.

O monumento por que passamos existe há décadas.

POR QUÊ

Caso surja no final de uma frase, imediatamente anteposto a um ponto (final, de

interrogação, de exclamação) ou a reticências, a sequência deve ser grafada por quê,

pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico.

Exemplos: Estudamos muito ontem à noite. Sabe por quê?

Será deselegante se você perguntar novamente por quê!

PORQUE A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como.

Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa.

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Exemplos:

Vou ao hipermercado porque não temos mais açúcar.

Você veio até aqui porque não conseguiu ligar?

PORQUÊ A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e

normalmente surge acompanhada de palavra

determinante (artigo, por exemplo).

Exemplos:

Não consigo entender o porquê de sua falta.

Existem muitos porquês para justificar sua ação.

Você não vai ao baile? Diga-me só um porquê.

REVISÃO Forma Emprego Exemplos

Por que Em frases interrogativas (diretas e

indiretas)

Em substituição à expressão "pelo

qual" (e suas variações)

Por que ela gritou?

(interrogativa direta)

Digam-me por que ela gritou.

(interrogativa indireta)

Os países por que passamos eram

bonitos.(por que = pelos quais)

Por quê No final de frases Elas estão nervosas por quê?

Ela não veio não sei por quê.

Porque Em frases afirmativas e em

respostas

Não fui ao baile porque estive

doente.

Porquê Como substantivo Todos sabem o porquê de sua

aflição.

PARÔNIMAS São as palavras que apresentam pequenas diferenças na escrita e na pronúncia, e

também têm significados diferentes.

Exemplos:

comprimento (extensão) cumprimento (saudação)

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coro (conjunto de vozes) couro (pêlo de animal)

deferir (conceder) diferir (adiar)

descrição (ato de descrever) discrição (reserva de atitudes)

emergir (vir à tona) imergir (mergulhar)

eminente (ilustre) iminente (próximo)

flagrante (evidente) fragrante (perfumado)

inflação (desvalorização da moeda) infração (violação da lei)

infringir [transgredir) infligir (aplicar)

ratificar (confirmar) retificar (corrigir)

tráfego (trânsito de veículos) tráfico (comércio desonesto)

FORMAS VARIANTES Há palavras que admitem mais de uma forma de grafia, sem que isso lhes altere o

sentido. O emprego dessas formas variantes é indiferente, mas a forma mais usada na

linguagem cotidiana é sempre preferível.

catorze e quatorze xérox e xerox

cociente e quociente matracar e matraquear

assoviar e assobiar mobiliar e mobilhar

bêbado e bêbedo entretenimento e entretimento

xeretar e xeretear coisa e cousa

redemoinho e remoinho malvadeza e malvadez

chipanzé e chimpanzé espécime e espécimen

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derrubar e derribar embaralhar e baralhar

VAMOS PRATICAR 01 - (AFC/STN ) - Marque o item em que a forma proposta não preenche a lacuna do

respectivo segmento do texto com precisão vocabular e correção gramatical.

a) No âmbito das políticas públicas, houve mudanças concretizadas através das

propostas coletadas no Relatório do Ministério da Justiça pelo Comitê Nacional para

a participação brasileira na III Conferência Mundial das Nações Unidas contra o

Racismo, --------------------- Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata.

Descriminação b) No documento oficial está a seguinte proposta: ―adição de cotas ou outras medidas

afirmativas que promovam ----------------------------------------------- universidades

públicas.‖ o ascenso de negros às

c) O próprio presidente do Supremo Tribunal Federal defende a ação afirmativa, que

considera constitucional: ―Precisamos deixar de lado a postura ---------------------- e

partir para atos concretos.‖ contemplativa

d) ―O único modo de se ---------------------- desigualdades é colocar a lei a favor

daquele que é tratado de modo desigual.‖ corrigirem

e) Em vários setores do Governo Federal, medidas de ação afirmativa já foram ou ----

---------------- implantadas. têm sido

HIPERÔNIMO

É uma palavra cujo significado é mais abrangente do que o de seu hipônimo. É o que

acontece, por exemplo, com as palavras veículo e carro - veículo é hiperônimo de

carro porque em seu significado está contido o significado de carro ao lado do

significado de outras palavras como carroça, trem, caminhão. Carro é um hipônimo

de veículo. A relação entre hipônimos e hiperônimos é muito útil para a retomada de

elementos textuais:

Há muito tempo planejavam derrubar aquele ipê. A velha árvore parecia perturbar os

administradores municipais.

Proteja o mico-leão dourado. É um animal que corre risco de extinção.

Para esse trabalho, você precisará utilizar uma caneta, uma prancheta e um bloco de

papel em que fará as anotações diárias. Todo esse material será fornecido pela

empresa contratante.

A informação acima usa o hiperônimo ―material‖ para

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A) englobar os hipônimos ―caneta‖, ―prancheta‖ e ―bloco de papel‖.

B) substituir os sinônimos ―caneta‖, ―prancheta‖ e ―bloco de papel‖.

C) evitar a ambiguidade de ―caneta‖, ―prancheta‖ e ―bloco de papel‖.

D) desfazer a polissemia de ―caneta‖, ―prancheta‖ e ―bloco de papel‖.

E) ampliar a conotatividade de ―caneta‖, ―prancheta‖ e ―bloco de papel‖.

Veja outros casos:

HIPERÔNIMO (MAIS GERAL) – HIPÔNIMO (MAIS ESPECÍFICO)

Felino – gato

Boi – mamífero

QUANTO À QUESTÃO, material engloba, tem como ―ingredientes‖ caneta,

prancheta e bloco de papel.

HIPERÔNIMO – HIPÔNIMO - material – caneta, prancheta e bloco de papel.

AULA 02

Acentuação Gráfica

Oxítonas

1. São assinaladas com acento agudo as palavras oxítonas que terminam em a, e e o

abertos, e com acento circunflexo as que terminam em e e o fechados, seguidos ou

não de s:

a já, cajá, vatapá

as ás, ananás, mafuás

e fé, café, jacaré

es pés, pajés, pontapés

o pó, cipó, mocotó

os nós, sós, retrós

e crê, dendê, vê

es freguês, inglês, lês

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o avô, bordô, metrô

os

bisavôs, borderôs,

propôs

NOTA

Incluem-se nesta regra os infinitivos seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los,

las: dá-lo, matá-los, vendê-la, fê-las, compô-lo, pô-los etc.

OBSERVAÇÃO: Nunca se acentuam: (a) as oxítonas terminadas em i e u, e em

consoantes - ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor etc.; (b) os infinitivos

em i, seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las - fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-

las.

2. Acentuam-se sempre as oxítonas de duas ou mais sílabas terminadas em -em e -

ens:

alguém, armazém, também, conténs, parabéns, vinténs.

Paroxítonas i

dândi, júri, táxi

is lápis, tênis, Clóvis

ã/ãs ímã, órfã, ímãs

. ão/ãos

bênção, órfão, órgãos

us bônus, ônus, vírus

l amável, fácil, imóvel

um/uns álbum, médium, álbuns

n albúmen, hífen, Nílton

ps bíceps, fórceps, tríceps

r

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César, mártir, revólver

x

fênix, látex, tórax

NOTAS

a) O substantivo éden faz o plural edens, sem o acento gráfico.

b) Os prefixos anti-, inter-, semi- e super-, embora paroxítonos, não são acentuados

graficamente: anti-rábico, anti-séptico, inter-humano, inter-racial, semi-árido, semi-

selvagem, super-homem, super-requintado.

c) Não se acentuam graficamente as paroxítonas apenas porque apresentam vogais

tônicas abertas ou fechadas: espelho, famosa, medo, ontem, socorro, pires, tela etc

Proparoxítonas

Todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente: abóbora, bússola, cântaro,

dúvida, líquido, mérito, nórdico, política, relâmpago, têmpora etc.

Casos especiais

1- Acentua-se Ditongos abertos em palavras oxítonas ÉIS, ÉU(S), ÓI(S), papéis,

herói, heróis, troféu, céu, mói (moer), Mas não acentua-se Ditongos abertos em

palavras paroxítonas ideia, colmeia, celuloide, boia.

Observe: há casos em que a palavra se enquadrará em outra regra de acentuação.

Por exemplo: contêiner, Méier, destróier serão acentuados porque terminam em

2- Acentuam-se sempre o i e o u tônicos dos hiatos, quando estes formam sílabas

sozinhas ou são seguidos de s: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída,

saúde, viúvo, etc. Não se acentuam i e u se depois vier 'nh': rainha, tainha, moinho.

Nas paroxítonas, o i e u não serão mais acentuados se vierem depois de um ditongo:

baiuca, bocaiuva, feiura, maoista, saiinha (saia pequena), cheiinho (cheio). Mas, se, nas oxítonas, mesmo com ditongo, o i e u estiverem no final, haverá acento:

tuiuiú, Piauí, teiú.

3- Mantém-se o acento circunflexo do singular crê, dê, lê, vê nas formas do plural

desses verbos - crêem, dêem, lêem, vêem - e de seus compostos - descrêem, desdêem,

relêem, revêem etc.

4- Acentua-se com acento agudo o u tônico pronunciado precedido de g ou q e

seguido de e ou i, com ou sem s: argúi, argúis, averigúe, averigúes, obliqúe, obliqúes

etc.

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5- Acentuam-se graficamente as palavras terminadas em ditongo oral átono, seguido

ou não de s: área, ágeis, importância, jóquei, lírios, mágoa, extemporâneo, régua,

tênue, túneis etc.

6- Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã, coração, devoções,

maçã, relação etc.

Acento diferencial

Esta regra desapareceu da nova ortografia, exceto para os verbos:

PODER (diferença entre passado e presente. Ele não pôde ir ontem, mas pode ir

hoje.

PÔR (diferença com a preposição por): Vamos por um caminho novo, então vamos

pôr casacos;

TER e VIR e seus compostos (ver acima). Observe:

1)Perdem o acento as palavras compostas com o verbo PARAR: Para-raios, para-

choque. 2) FÔRMA (de bolo): O acento será opcional; se possível, deve-se evitá-lo: Eis aqui

a forma para pudim, cuja forma de pagamento é parcelada.

Trema (O trema não é acento gráfico.)

Desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras do português: Linguiça,

averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico.

Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele Bündchen, müleriano

REVISÃO 01. Todas as palavras abaixo são acentuadas pela mesma regra que preceitua o uso do

acento em tráfico, À EXCEÇÃO DE

a) fétido

b) África

c) açúcar

d) época

e) século

2. (FCC) As palavras do texto que recebem acento pela mesma razão que o justifica

em funcionários e excluída são, respectivamente,

a) décadas e possível.

b) revolucionária e benefícios.

c) países e fenômeno.

d) mínimas e públicos.

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e) previdência e saúde.

3. (FCC) As palavras que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica

em agrária e países são, respectivamente,

a) sufrágio e possível.

b) média e obrigará.

c) domínio e saído.

d) constituída e salário.

e) histórico e torná-los.

4. (FCC) As palavras acentuadas pela mesma razão que justifica os acentos na

expressão domínio econômico, são:

a) história notável.

b) trânsito difícil.

c) prejuízo público.

d) experiência política.

e) heroísmo extraordinário.

AULA 03

ESTRUTURA DAS PALAVRAS

Neste módulo iremos verificar a estrutura das palavras, ou seja, como ela é

estruturada.

A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos.

Exemplo: gatinho – gat + inho

Infelizmente – in + feliz + mente

ELEMENTOS MÓRFICOS

Os elementos mórficos são:

Radical;

Vogal temática;

Tema;

Desinência;

Afixo;

Vogais e consoantes de ligação.

RADICAL O significado básico da palavra está contido nesse elemento; a ele são acrescentados

outros elementos.

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Exemplo: pedra, pedreiro, pedrinha.

VOGAL TEMÁTICA

Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também

indicar a conjugação a que o verbo pertence.

Exemplo: cantar, vender, partir.

OBSERVAÇÃO:

Nem todas as formas verbais possuem a vogal temática.

Exemplo: parto (radical + desinência)

TEMA

É o radical com a presença da vogal temática.

Exemplo: choro, canta.

DESINÊNCIAS

São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar.

São subdivididas em:

DESINÊNCIAS NOMINAIS;

DESINÊNCIAS VERBAIS.

DESINÊNCIAS NOMINAIS – indicam o gênero e número. As desinências de

gênero são a e o; as desinências de número são o s para o plural e o singular não tem

desinência própria.

Exemplo: gat o

Radical desinência nominal de gênero

DESINÊNCIAS VERBAIS

Indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos.

Exemplo: cant á va mos

Radical v.t d.m.t d.n.p

v.t » vogal temática

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d.m.t » desinência modo-temporal

d.n.p » desinência número-pessoal

AFIXOS

São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos

podem ser:

PREFIXOS – quando colocado antes do radical;

SUFIXOS – quando colocado depois do radical

Exemplo:

Pedrada.

Inviável.

Infelizmente

VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO

São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral,

por motivos de eufonia, ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras.

Exemplo: silvícola, paulada, cafeicultura.

(CESGRANRIO-RJ) – Assinale a opção em que o vocábulo não apresenta

desinência de gênero:

a) viúva;

b) ela;

c) estrela;

d) parente;

e) deusa.

Assinale a alternativa sem desinência modo-temporal:

a) aplaudias;

b) acordou;

c) faltarás;

d) vendam;

e) cobrasses.

Assinale a opção em que o processo de formação de palavras está Indevidamente

caracterizado:

a) vaga-lume: composição;

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b) cruzeiro: sufixação;

c) palmeira: sufixação;

d) irritação: sufixação;

e) baunilha: sufixação.

REVISÃO

Assinale a opção em que há erro na identificação do elemento mórfico grifado:

a) compostas: desinência de feminino;

b) quadrar: radical;

c) adotei vogal temática;

d) pareceram: vogal temática;

e) influência: desinência de feminino.

AULA 04

PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

PALAVRAS PRIMITIVAS

palavras que não são formadas a partir de outras.

Exemplo: pedra, casa, paz, etc.

PALAVRAS DERIVADAS

palavras que são formadas a partir de outras já existentes.

Exemplo: pedrada (derivada de pedra), ferreiro (derivada de ferro).

PALAVRAS SIMPLES são aquelas que possuem apenas um radical.

Exemplo: cidade, casa, pedra.

PALAVRAS COMPOSTAS - são palavras que apresentam dois ou mais radicais.

Exemplo: pé-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva.

Na língua portuguesa existem dois processos de formação de novas palavras:

derivação e composição.

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DERIVAÇÃO

É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que

já existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras:

Prefixal;

Sufixal;

Parassintética;

Regressiva;

Imprópria.

PREFIXAL

processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo a um radical.

Exemplo: desfazer, inútil.

Vejamos alguns prefixos latinos e gregos mais utilizados:

PREFIXO LATINO PREFIXO GREGO SIGNIFICADO EXEMPLOS PREF.

LATINO PREF. GREGO Ab-, abs- Apo- Afastamento Abs ter Apo geu Ambi- Anfi-

Duplicidade Ambí guo Anfí bio Bi- di- Dois Bí pede Dí grafo Ex- Ex- Para fora Ex

ternar Êx odo Supra Epi- Acima de Supra citar Epi táfio

SUFIXAL processo de derivação pelo qual é acrescido um sufixo a um radical.

Exemplo: carrinho, livraria.

Vejamos alguns sufixos latinos e alguns gregos:

SUFIXO LATINO EXEMPLO SUFIXO GREGO EXEMPLO -ada Paulada -ia

Geologia -eria Selvageria -ismo Catolicismo -ável Amável -ose Micose

PARASSINTÉTICA

processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo simultaneamente ao

radical.

Exemplo: anoitecer, pernoitar.

OBSERVAÇÃO :

Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas não são formadas por

parassíntese. Para que ocorra a parassíntese é necessários que o prefixo e o sufixo

juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação basta retirar o

prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, então ela foi

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formada por derivação parassintética. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo

com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e

sufixal.

REGRESSIVA - processo de derivação em que são formados substantivos a partir

de verbos.

Exemplo: Ninguém justificou o atraso. (do verbo atrasar)

O debate foi longo. (do verbo debater)

O monumento por que passamos existe há décadas.

IMPRÓPRIA - processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical

da palavra sem que sua forma se altere.

Exemplo: O jantar estava ótimo

COMPOSIÇÃO

É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A

composição pode ocorrer de duas formas:

JUSTAPOSIÇÃO e AGLUTINAÇÃO.

JUSTAPOSIÇÃO

quando não há alteração nas palavras e continua a serem faladas (escritas) da mesma

forma como eram antes da composição.

Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + moleque)

AGLUTINAÇÃO

quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia.

Exemplo: planalto (plano + alto)

Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras

que são hibridismo, abreviação e onomatopéia.

ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO

É a forma reduzida apresentada por algumas palavras:

Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta).

HIBRIDISMO

É a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes.

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Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro – francês +

cracia – grego).

ONOMATOPÉIA

Consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da

natureza.

Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!.

Finda-se mais um tutorial onde pudemos observar o seguinte:

EXERCÍCIOS

(CESGRANRIO) Indique a palavra que foge ao processo de formação de chape-

chape:

a) zunzum

b) reco-reco

c) toque-toque

d) tlim-tlim

e) vivido

(CESGRANRIO) Os vocábulos aprimorar e portal classificam-se, quanto ao

processo de formação de palavras, respectivamente, em:

a) parassíntese - prefixação

b) parassíntese - parassíntese

c) prefixação - parassíntese

d) sufixação - prefixação e sufixação

e) prefixação e sufixação - prefixação

(CESGRANRIO) As palavras esquartejar, desculpa e irreconhecível foram

formadas, respectivamente, pelos processos de:

a) sufixação - prefixação - parassíntese

b) sufixação - derivação regressiva - prefixação

c) composição por aglutinação - prefixação - sufixação

d) parassíntese - derivação regressiva - prefixação

e) parassíntese - derivação imprópria - parassíntese

AULA 05

Substantivos CONCEITO- são palavras que usamos para nomear os seres e as coisas. Possuem

classificação e flexionam-se em gênero, número e grau.

Quanto à classificação podem ser:

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Concretos

Quando tratam de coisas reais, ou tidas como reais.

homem, menino, lobisomem, fada.

Abstratos Quando tratam de estados e qualidades, sentimentos e ações.

vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).

Simples Quando formados por um só radical.

planta, tempo, chuva…

Compostos Quando possuem mais de um radical.

couve-flor, passatempo, guarda-chuva…

Derivados Quando derivam de outra palavra da língua portuguesa.

pedreira, pedreiro, ferreiro, portaria…

Comuns Quando se referem a seres da mesma espécie, sem especificá-los.

País, município, pessoa…

Próprios

Quando se referem a seres, pessoas, entidades determinados. São escritos sempre

com inicial maiúscula.

Brasil, Fortaleza, Pedro, Deus…

Coletivos

Quando se referem a um conjunto de seres da mesma espécie.

álbum (fotografias, selos), biblioteca (livros), código (leis)…

Masculino/Feminino

Masculino Quando podem ser precedidos dos artigos o ou os.

Feminino Quando podem ser precedidos dos artigos a ou as.

Existem ainda substantivos que são uniformes em gênero:

Epicenos Quando um só gênero se refere a: animais, macho e fêmea.

jacaré (macho ou fêmea)…

Sobrecomuns Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.

a criança (tanto menino quanto menina)

Comuns de dois gêneros Quando uma só forma existe para se referir a indivíduos dos dois sexos.

o artista, a artista, o dentista, a dentista…

Flexionam-se em número para indicar a quantidade (um ou mais seres).

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Singular Quando se refere a um único ser ou grupo de seres.

homem, povo, flor…

Plural Quando se refere a mais de um ser ou grupo de seres.

homens, povos, flores…

Existem ainda substantivos que só se empregam no plural.

férias, pêsames, núpcias…

Flexionam-se em grau para se referir ao tamanho e também emprestar significado

pejorativo, afetivo, etc.

Normal: gente, povo…

Aumentativo: gentalha, povão (com sentido pejorativo)

Diminutivo: gentinha, povinho (com sentido pejorativo)

Indique a alternativa em que todos os substantivos são abstratos:

a) tempo – angústia – saudade – ausência – esperança– imagem;

b) angústia – sorriso – luz – ausência – esperança –inimizade;

c) inimigo – luz – esperança – espaço – tempo;

d) angústia – saudade – ausência – esperança – inimizade;

e) espaço – olhos – luz – lábios – ausência – esperança.

Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm um significado; e no feminino

têm outro, diferente. Marque a alternativa em que há um substantivo que não

corresponde ao seu significado:

a) O capital = dinheiro;

A capital = cidade principal;

b) O grama = unidade de medida;

A grama = vegetação rasteira;

c) O rádio = aparelho transmissor;

A rádio = estação geradora;

d) O cabeça = o chefe;

A cabeça = parte do corpo;

e) A cura = o médico.

O cura = ato de curar.

Marque a alternativa que apresenta os femininos de ―Monge‖, ―Duque‖, ―Papa‖ e

―Profeta‖:

a) monja – duqueza – papisa – profetisa;

b) freira – duqueza – papiza – profetisa;

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c) freira – duquesa – papisa – profetisa;

d) monja – duquesa – papiza – profetiza;

e) monja – duquesa – papisa – profetisa.

AULA 06

Adjetivo

Palavra variável que restringe a significação do substantivo, indicando qualidades e

características deste. Mantém com o substantivo que determina relação de

concordância de gênero e número.

Adjetivos pátrios

Indicam a nacionalidade ou a origem geográfica, normalmente são formados pelo

acréscimo de um sufixo ao substantivo de que se originam (Alagoas>alagoano).

Podem ser simples ou compostos, referindo-se a duas ou mais nacionalidades ou

regiões; nestes últimos casos assumem sua forma reduzida e erudita, com exceção do

último elemento (franco-ítalo-brasileiro).

Locuções adjetivas

Expressões, geralmente, formadas por preposição e substantivo que equivalem a

adjetivos (anel de prata = anel argênteo / andar de cima = andar superior / estar com

fome = estar faminto).

açúcar - sacarino

dinheiro - pecuniário

fábrica - fabril

1.Em que caso a palavra destacada não tem valor de adjetivo?

a) Um branco, velho, pedia esmolas.

b) Um velho, branco, pedia esmolas.

c) Era um dia cinzento.

d) O sabão usado desbotou o verde da camisa.

e) Os viajantes dormiam tranquilos.

Variação dos adjetivos

Gênero

Uniforme ou biforme (inteligente X honesto [a])

Observações não se diz que um adj. é masc. ou fem., e sim que tem terminação masc. ou fem.

os adj. cortês, pedrês, montês, descortês são uniformes

Número

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Os adjetivos simples formam o plural segundo os mesmos princípios dos substantivos

simples, em função de sua terminação. (agradável X agradáveis)

Os substantivos utilizados como adjetivos ficam invariáveis. (blusas cinza)

Os adjetivos terminados em -OSO, além do acréscimo do -S de plural, mudam o

timbre do primeiro -o, num processo de metafonia.

Grau

São três: normal, comparativo e superlativo

comparativo - mesma qualidade entre dois ou mais seres, duas ou mais qualidades

de um mesmo ser.

igualdade - tão alto quanto (como / quão)

superioridade - mais alto (do) que (analítico) / maior (do) que (sintético)

inferioridade - menos alto (do) que

superlativo - exprime qualidade em grau muito elevado ou intenso.

absoluto - quando a qualidade não se refere à de outros elementos. Pode ser analítico

(acréscimo de adv. de intensidade) ou sintético (-íssimo, -érrimo, -ílimo). (muito alto

X altíssimo)

relativo - qualidade relacionada, favorável ou desfavoravelmente, à de outros

elementos. Pode ser de superioridade analítico (o mais alto de/dentre), superioridade

sintético (o maior de/dentre) ou de inferioridade (o menos alto de/dentre)

Observação

superior tem superlativo supremo e sumo, inferior tem superlativo ínfimo /

apresentam formas sintéticas especiais os adjetivos bom, mau, grande e pequeno

Listas de superlativos absolutos sintéticos eruditos:

acre - acérrimo

alto - supremo, sumo

amável - amabilíssimo

amigo - amicíssimo

baixo - ínfimo

1. Assinale a alternativa em que o adjetivo que qualifica o substantivo seja

explicativo:

a) dia chuvoso;

b) água morna;

c) moça bonita;

d) fogo quente;

e) lua cheia.

O item em que a locução adjetiva não corresponde ao adjetivo dado é:

a) hibernal - de inverno;

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b) filatélico - de folhas;

c) discente - de alunos;

d) docente - de professor;

e) onírico - de sonho.

Assinale a alternativa em que todos os adjetivos têm uma só forma para os dois

gêneros:

a) andaluz, hindu, comum;

b) europeu, cortês, feliz;

c) fofo, incolor, cru;

d) superior, agrícola, namorador;

e) exemplar, fácil, simples.

AULA 07

Artigo

é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los, indicando, ao

mesmo tempo, gênero e número.

Dividem-se os artigos em

definidos: o, a, os, as

indefinidos: um, uma, uns, umas.

Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular:

Viajei com o médico.

Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral:

Viajei com um médico.

Procure e assinale a única alternativa em que há erro, quanto ao problema do

emprego do artigo.

a) Nem todas opiniões são valiosas.

b) Disse-me que conhece todo o Brasil.

c) Leu os dez romances do escritor.

d) Andou por todo Portugal.

e) Todas cinco, menos uma, estão corretas.

Observações Sobre o Emprego do Artigo 1ª) Ambas as mãos.

Usa-se o artigo entre o numeral ambas e o substantivo.

Ambas as mãos são perfeitas.

Observação

2ª) Estou em Paris / Estou na famosa Paris.

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Não se usa artigo antes dos nomes de cidades, a menos que venham determinados por

adjetivos ou locuções adjetivas.

Vim de Paris

Vim da luminosa Paris.

Mas com alguns nomes de cidades conservamos o artigo.

O Rio de Janeiro, O Cairo, O Porto.

Obs.: Pode ou não ocorrer crase antes dos nomes de cidade, conforme venham ou não

precedidos de artigo.

Vou a Paris.

Vou à Paris dos museus.

3ª) Toda cidade / toda a cidade.

Todo, toda designam qualquer, cada.

Toda cidade pode concorrer (qualquer cidade).

Todo o, toda a designam totalidade, inteireza.

Conheci toda a cidade (a cidade inteira).

No plural, usa-se todos os, todas as, exceto antes de numeral não seguido de

substantivo.

Exemplos:

Todas as cidades vieram.

Todos os cinco clubes disputarão o título.

Todos cinco são concorrentes.

4ª) Tua decisão / a tua decisão.

De maneira geral, é facultativo o uso do artigo antes dos possessivos.

Aplaudimos tua decisão.

Aplaudimos a tua decisão.

Classifique as orações de acordo com o código representado:

A – artigo definido

B – artigo indefinido

a- Uns alunos chegaram mais cedo à escola ( ).

b – O bem sempre vencerá o mal ( ).

c – Preciso de uma explicação para o fato ( ).

d – Chegaram as encomendas ( ).

e – Nesta loja vendem-se uns artigos importados ( ).

Procure e assinale a única alternativa em que há erro quanto ao problema do emprego

do artigo:

a – ( ) Nem todas as opiniões são valiosas.

b – ( ) Disse-me que conhece todo o Brasil.

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c – ( ) Leu todos os dez romances do escritor.

d – ( ) Andou por todo Portugal.

e – ( ) Todas cinco, menos uma, estão corretas.

AULA 08

Numeral

é uma palavra que exprime número de ordem, múltiplo ou fração. Os numerais

classificam-se em:

Dividem-se os numerais em

1º) Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, treze, catorze,

vinte, trinta, quarenta, cinqüenta, cem, mil, milhão, bilhão.

2º) Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, etc.

3º) Fracionários: meio, um terço, um quarto, um quinto, um sexto, um sétimo, um

oitavo, um nono, um décimo, treze avos, catorze avos, vinte avos, trinta avos,

quarenta avos, cinqüenta avos, centésimo, milésimo, milionésimo, bilionésimo.

4º) Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo,

nônuplo, décuplo, cêntuplo.

Atenção para a grafia dos numerais cardinais: 16 – dezesseis

600 – seiscentos

50 – cinqüenta

60 – sessenta

17 – dezessete

13 – treze

14 – catorze ou quatorze

Atenção para a grafia dos seguintes numerais ordinais:

6º - sexto

400º - quadringentésimo

900º - nongentésimo

80º - octogésimo

11º - undécimo

600º - seiscentésimo

70º - septuagésimo

300º - trecentésimo

12º - duodécimo

Observação

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1ª) Na designação de papas, reis, séculos, capítulos, tomos ou partes de obras, usam-

se os ordinais para a série de 1 a 10; daí em diante, usam-se os cardinais, desde que o

numeral venha depois do substantivo.

Exemplos: D. Pedro II (segundo), Luís XV (quinze), D. João VI (sexto), João XXIII

(vinte e três), Pio X (décimo), Capítulo XX (vinte).

2ª) Quando o substantivo vier depois do numeral, usam-se sempre os ordinais.

Exemplos: primeira parte, décimo quinto capítulo, vigésimo século.

3ª) Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros textos legais, usa-se o

ordinal até 9 e daí em diante o cardinal.

Exemplos: artigo 1° (primeiro), artigo 12 (doze).

4ª) Aos numerais que designam um conjunto determinado de seres dá-se o nome de

numerais coletivos.

Exemplos: dúzia, centena.

5ª) A leitura e escrita por extenso dos cardinais compostos deve ser feita da seguinte

forma:

a) Se houver dois ou três algarismos, coloca-se a conjunção e entre eles.

Exemplos: 94 = noventa e quatro ; 743 = setecentos e quarenta e três.

Formas variantes: Alguns numerais admitem formas variantes como catorze / quatorze, bilhão / bilião.

Nota: As formas cincoenta (50) e hum (1) são erradas.

Marque o emprego incorreto do numeral:

a) século III (três)

b) página 102 (cento e dois)

c) 80º (octogésimo)

d) capítulo XI (onze)

e) X tomo (décimo)

Indique o item em que os numerais estão corretamente empregados:

a) Ao Papa Paulo seis sucedeu João Paulo primeiro.

b) após o parágrafo nono, virá o parágrafo décimo.

c) depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo primeiro.

d) antes do artigo dez vem o artigo nono.

e) o artigo vigésimo segundo foi revogado.

6)Em todas as frases abaixo,a palavra grifada é um numeral,exceto em:

a)Ele só leu um livro este semestre.

b)Não é preciso mais que uma pessoa para fazer este serviço.

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c)Ontem à tarde, um rapaz procurou por você?

d)Você quer uma ou mais caixas deste produto?

AULA 09

Pronome Palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um

substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.

Pronome substantivo X pronome adjetivo

Esta classificação pode ser atribuída a qualquer tipo de pronome, podendo variar em

função do contexto frasal.

pronome substantivo - substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou

socorro)

pronome adjetivo - acompanha um substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz é

belo)

Pessoal

Indicam uma das três pessoas do discurso, substituindo um substantivo. Podem

também representar, quando na 3ª pessoa, uma forma nominal anteriormente

expressa.

Ex.: A moça era a melhor secretária, ela mesma agendava os compromissos do chefe.

Apresentam variações de forma dependendo da função sintática que exercem na

frase. Os pronomes pessoais retos desempenham, normalmente, função de sujeito;

enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento.

Observação Oos pronomes oblíquos tônicos devem vir regidos de preposição. Em comigo,

contigo, conosco e convosco, a preposição com já é parte integrante do pronome.

Os pronomes de tratamento estão enquadrados nos pronomes pessoais. São

empregados como referência à pessoa com quem se fala (2a pessoa), entretanto, a

concordância é feita com a 3ª pessoa

Observação 2 Também são considerados pronomes de tratamento as formas você, vocês

(provenientes da redução de Vossa Mercê), Senhor, Senhora e Senhorita.

As formas oblíquas o, a, os, as completam verbos que não vêm regidos de preposição;

enquanto lhe e lhes para verbos regidos das preposições a ou para (não expressas)

em pouco uso, porém vigente, as formas mo, to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam

da fusão de dois objetos, representados por pronomes oblíquos (Ninguém mo disse =

ninguém o disse a mim).

O, a, os e as viram lo(a/s), quando associados a verbos terminados em r, s ou z e

viram no(a/s), se a terminação verbal for em ditongo nasal.

O/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham função se sujeitos de infinitivo ou verbo no

gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar, mandar, ouvir e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi

sair / Deixei-as chorando).

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Você hoje é usado no lugar das 2as pessoas (tu/vós), levando o verbo para a 3ª pessoa

as formas de tratamento serão precedidas de Vossa, quando nos dirigirmos

diretamente à pessoa e de Sua, quando fizermos referência a ela. Troca-se na

abreviatura o V. pelo S.

Quando precedidos de preposição, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a

funcionar como oblíquos.

Eu e tu não podem vir precedidos de preposição, exceto se funcionarem como sujeito

de um verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ≠ para mim fazer)

Me, te, se, nos, vos - podem ter valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter

valor reflexivo e recíproco.

Os pronomes pessoais retos podem desempenhar função de sujeito, predicativo do

sujeito ou vocativo, este último com tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e

pronto / Ó, tu, Senhor Jesus).

Não se pode contrair as preposições de e em com pronomes que sejam sujeitos (Em

vez de ele continuar, desistiu ≠ Vi as bolsas dele bem aqui).

Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome pessoal em relação ao

uso culto da língua:

a) Ele entregou um texto para mim corrigir.

b) Para mim, a leitura está fácil.

c) Isto é para eu fazer agora.

d) Não saia sem mim.

e) Entre mim e ele há uma grande diferença.

Assinale o tratamento dado ao reitor de uma Universidade:

a) Vossa Senhoria

b) Vossa Santidade

c) Vossa Excelência

d) Vossa Magnificência

e) Vossa Paternidade

AULA 10

Pronome relativo

Pronomes Relativos São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados

anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas

adjetivas.

Por exemplo: O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.

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O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema"e introduz uma oração

subordinada. Diz-se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo que.

PRONOME DEMONSTRATIVO COMO ANTECEDENTE

O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as.

Por exemplo: Não sei o que você está querendo dizer.

Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.

Por exemplo:

Quem casa, quer casa.

O Pronome que é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo

universal. Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu

antecedente for um substantivo.

Por exemplo:

O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)

A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)

Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)

O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso,

são utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde"

(que podem ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados

com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas

preposições:

Por exemplo: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me

deixou encantado. (O uso de que neste caso geraria ambiguidade.)Essas são as

conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar que depois

de sobre.).

O relativo "que" às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração.

Por exemplo: Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua

vocação natural.

CUJO E QUANTO

O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente.

Equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais.

Por exemplo: Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.(antecedente)(consequente)

e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome

indefinido: tanto (ou variações) e tudo:

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Por exemplo: Emprestei tantos quantos foram necessários.(antecedente)

Ele fez tudo quanto havia falado.

QUEM E ONDE

O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição.

Por exemplo: É um professor a quem muito devemos.(preposição)

g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser

utilizado na indicação de lugar.

Por exemplo: A casa onde morava foi assaltada.

EXERCÍCIOS

1.Assinale a frase em que se verifica uma transgressão ao registro culto e formal da

língua no que se refere ao emprego do pronome relativo.

a) O resultado a que chegaram confirmou sua intuição.

b) Os colegas de trabalho com quem não simpatizava foram excluídos do processo.

c) Recebi o relatório de um gerente de cujo nome não me recordo.

d) São várias as reivindicações por que estão lutando os trabalhadores.

e) O funcionário o qual me referi não tem nenhuma dose de carisma.

2.Abaixo foram feitas alterações na redação da oração adjetiva no final do período "É

possível utilizar a política para acelerar a aquisição de direitos e o fim do deficit de

reconhecimento que as atinge" (6º parágrafo). Das alterações feitas, está

INCORRETA quanto ao emprego do pronome relativo, de acordo com as normas da

língua culta, a seguinte:

a) com que elas convivem.

b) de que elas se envergonham.

c) cuja existência está encoberta pelo preconceito.

d) contra o qual elas tanto lutam.

e) onde se reduz o papel da mulher na sociedade.

3. Em relação à regência nominal ou verbal, qual a frase em que NÃO se emprega o

pronome relativo precedido de preposição?

a) O físico ______ frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua nova forma

de pensar.

b) A conferência ______ assistimos marcou o início de uma nova etapa em nossa

vida.

c) Era impossível aceitar as provocações ______ foram submetidos durante o

discurso.

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d) As provações ________ estamos expostos são importantes para descobrirmos

novas oportunidades.

e) Os obstáculos _______ transpusemos ao longo da vida profissional nos ajudaram a

atingirmos o sucesso.

4. A respeito do emprego dos pronomes relativos, assinale a opção correta.

a) É correto colocar artigo após o pronome relativo cujo (cujo o mapa, por exemplo).

b) O relativo cujo expressa lugar, motivo pelo qual aparece no texto ligado ao

substantivo mapa na expressão "cujo mapa".

c) O pronome cujo é invariável, ou seja, não apresenta flexões de gênero e número.

d) O pronome relativo quem, assim como o relativo que, tanto pode referir-se a

pessoas quanto a coisas em geral.

e) O pronome relativo que admite ser substituído por o qual e suas flexões de gênero

e número.