Nova Decupagem – Entrevista Osvaldo Andrade – vídeos exportados

Osvaldo Andrade, 53 anos, Segurança. Divorciado. Solteiro.

VÍDEO OSVALDO PARTE 1TEMPO Descrição

28’’ Quando perdeu a visão (2001 a direita, 2004 a esquerda)

57’’ Trauma quando trabalhava de segurança

01’10’’ Alguém interrompe

1’18’’ Foi separar a briga porque tinha mulher no meio e recebeu um soco no rosto

1’30’’ Descolou a retina, mas demorou pra perder

1’50’’ (eu) Explicando a reportagem e introduzindo o assunto

02’09’’ (eu) como era sua percepção sobre seu corpo¿

2’32’’ Antes de eu perder a vista, eu andava largadão, sempre calça jeans, camiseta, tênis

02’59’’ Depois que eu perdi a vista, fiquei um ano e pouco em depressão, não saia de casa

03’14’’ Final de 2005 conheceu uma mulher que incentivou a sair da depressão

03’30’’ Queria saber como estava a moda, roupa que o pessoal estava usando, cuidava da roupa

03’50’’ Não quero que ninguém fale “coitado do ceguinho, tá todo mal arrumado”

04’10’’ Procuro ficar atualizado, na moda

04’24’’ (eu) Maior autoconhecimento do corpo¿

04’40’’ Não (INTERESSANTE)

04’50’’ (eu) Como era sua relação com as suas parceiras antes do descolamento e depois¿

05’20’’Inverteu tudo. Quando eu enxergava, era tímido pra caramba, tinha medo. Dependia dela dar

o sinal verde pra eu me aproximar

05’42’’ Depois que eu perdi a vista, me soltei mais, dei mais indireta, mais cantada

06’01’’ Deu sorte que a primeira vez depois que ele tentou ficou 1 ano e 4 meses junto

06’20’’ (eu) Quando você se relacionava, algo que não valorizava que agora valoriza¿

06’56’’Quando namorava, a gente pensava no ato e muita coisa passava despercebida. Depois que

eu perdi a vista, comecei a notar mais, sentir mais o corpo da mulher, formas.

07’27’’ Quando a gente enxerga, o intuito não é só olhar. Depois que eu perdi a vista, valorizou isso.

07’46’’ (x) Leila interrompe (x) ¬¬

08’06’’Aí eu comecei a valorizar mais o corpo da mulher, a silhueta, sentir o que ela estava sentindo

naquele momento.

08’30’’ (eu) Estimulação sexual é muito visual. Como foi essa mudança¿

08’50’’É isso que eu falo, estimulação agora é o contato, é o tato, sentir o corpo. Depois beijo e aí já

aumenta mais,

09’14’’mas eu acho que meu tempo de namoro, de casamento, acho que a parte mais gostosa é

agora

09’19’’ O melhor é agora, mais completo

09’35’’ (eu) teve mais namoradas¿

09’40’’ Depois dela eu tive (conta da primeira namorada) até 10’38’’

10’42’’ (eu) teve outras¿

10’46’’ Depois eu tive um, dois... Acho que mais quatro, mais ou menos

11’05’’Todas sem deficiência. Morei com uma deficiente que estudava aqui (fala o nome dela –

CORTAR), mas não deu certo, a gente não batia certo

11’38’’ (eu) Como que a família e os amigos agiram em relação à sua sexualidade¿

12’ Morava com a minha irmã mais velha

12’08’’ Conta sobre o primeiro encontro, levou o cunhado pra dar uma olhada se a moça era decente

VÍDEO OSVALDO PARTE 2TEMPO Descrição

01’’ Ela foi, conheceu minha irmã, meus sobrinhos

14’’ Depois que eu saí da casa da minha irmã...

23’’ (x) Vó Inah interrompe (x)

50’’ Sempre tinha alguém que olhava pra mim o aspecto físico e visual

01’06’’Sempre tive sorte, minha família que me ajudou, minha irmã, meu cunhado, primo, até amigos

mesmo

01’21’’ (x) Firmina interrompe (x) ¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬

01’57’’ Sempre tive sorte, nunca ninguém quis se aproveitar, nada, andava comigo na rua normal

02’13’’ Só teve uma que achava ruim de andar de bengala com ela.

02’26’’Essa primeira eu não tinha bengala ainda, ela começou a andar de óculos escuros pra parecer

dois normais

02’40’’ (eu) Como era a relação delas com a sua deficiência¿

VÍDEO OSVALDO PARTE 3TEMPO Descrição

01’’Não gostava de sair na rua, nem de bengala. Aí ela falava “não precisa sair com ela na rua,

tô olhando por nós”

14’’Dessa que falou da bengala eu senti, senti que ela tinha vergonha. Acho que ela aprendeu,

acostumou

30’’Ficamos um ano juntos, depois separamos, aí ano retrasado ela começou a ligar de novo, aí

amanhã vou encontrar com ela de novo

50’’ (eu) LESL ajuda lguma coisa¿

56’’Difícil. Pelo contrário, ficam de olho justamente pra cortar alguma coisa (CUIDADO COM

ISSO)

01’20’’ Não tá acontecendo nada, a gente só vai lá pra frente fumar

01’50’’ É coisinha assim sabe, mas de apoio, incentivo, discutir sobre o assunto, nada

02’06’’ (eu) Coisas práticas, tipo por camisinha, como você aprendeu essa prevenção¿

02’20’’ Sim, agora mais ainda. Aprendi por mim e pela mídia

02’35’’ (eu) Já leu matérias sobre sexualidade e deficiência¿ O que você gostaria de saber¿

3’Acho que histórias e informações. Tenho uma amiga que mora em Duartina, ela é deficiente

física, a coluna dela é um S, puxa a perna

03’24’’

Sempre falamos sobre sexo. Ela ligou pra mim e falou que ela só consegue ter relação em

uma posição só. Isso aí eu não sabia, pra mim foi novidade. Tá certo, limitações, mas não

tantas que ela só consiga fazer em uma posição

04’03’’ (eu) Coisas que têm pro sexo, mas não são pensados pra deficientes. O que vc sente falta¿

04’54’’ Pra mim, audiodescrição. E que fosse acessível pra todo tipo de deficiência

05’07’’Eu gostava muito de assistir, eu com a minha esposa, de assistir filme erótico, mas aí depois

que eu perdi a vista... é, teve uma época da depressão que eu

05’33’’Pensei nunca mais vou fazer isso, puta, quem vai querer fazer amor com um cego¿ Comecei

a abaixar mesmo, até que apareceu essa menina aí, falei não, tô vivo ainda

06’22’’ (eu) por mim eram essas perguntas, que acrescentar algo¿

07’40’’

Tem uma coisa que eu não sei se é verdade, diz que deficiente mental tem um tempo, eles

ficam observando, então quando o deficiente sente alguma coisa, tme um lugar pra ficar,

vamos supor, uma mulher e um homem, aí tem um lugar pra eles se satisfazerem¿

08’33’’ (eu) já ouviu falar sobre assistentes sexuais¿

09’54’’ Agora ficou no meio termo

10’10’’Acho que a maioria precisa, acho que minoria quem pensa o contrário. Pra mim é uma boa,

nunca tinha ouvido falar.

10’54’’ Autoriza usar a imagem.

Amarelo = importante

Cinza = assistentes sexuais