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DECRETO Nº 3.488, DE 12 DE MARÇO DE 1975 Aprova o regulamento do código sanitário do Estado de Pernambuco. O GOVERNADOR DO ESTADO no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no Art. 4º, da lei nº 6834, de 31 de dezembro de 1974, que estabelece normas referentes à saúde, complementando as disposições do Decreto–Lei n.º 268, de 30 de abril de 1970, que institui normas gerais sobre promoção, proteção e recuperação de saúde. DECRETA: Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento do Código Sanitário do Estado de Pernambuco, anexo ao presente Decreto. Art. 2º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação. PALÁCIO FREI CANECA, em 12 de março de 1975 ERALDO GUEIROS LEITE Governador do Estado Fernando Jorge Simão dos Santos Figueira REGULAMENTO DO CÓDIGO SANITÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCO E QUE SE REFERE AO DECRETO N.º 3488 DE 12. 3.75 CAPÍTULO I DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA Art. 1º - Todo serviço de abastecimento de água estará sujeito ao controle da autoridade sanitária. Art. 2º - Nos projetos e obras de sistemas de abastecimento de água, deverão ser respeitados os princípios gerais contidos neste artigo, independentemente de outras exigências estabelecidas pelos órgãos competentes: I - O aproveitamento deverá ser feito em manancial de superfície ou subterrâneo; a água, após o tratamento, obedecerá aos padrões estabelecidos para cada tipo de consumo; II - As tubulações, suas juntas e peças especiais, deverão ser do tipo e material aprovados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, tendo em vista manter inalteradas as características da água transportada; III - À água a ser distribuída deverá ser adicionada, obrigatoriamente, um teor conveniente de cloro ou de seus compostos, para fins de desinfecção ou de prevenção contra eventuais contaminações, utilizando-se para isto aparelhamento apropriado; IV - A fluoretação de águas de abastecimento obedecerá as normas técnicas a serem expedidas pelo órgão competente; V - Toda água, natural ou tratada, contida em reservatórios, casas de bombas, poço de sucção ou em outras partes, será convenientemente protegida contra respingos, infiltração ou despejos, devendo tais estruturas ser construídas com materiais à prova de percolação e as aberturas de inspeção, dotadas de dispositivos que impeçam a entrada de líquidos ou matérias estranhas; VI - Não será permitida a interconexão de tubulações ligadas diretamente ao sistema de abastecimento público, com outras tubulações que contenham água não potável, ou proveniente de outras fontes de abastecimento. Art. 3º - Em todo sistema de abastecimento de água serão observadas as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, bem como os regulamentos dos órgãos competentes de modo que o suprimento atenda aos padrões estabelecidos para cada tipo de consumo. Art. 4º - Os prédios deverão ser abastecidos diretamente da rede pública, quando houver, sendo obrigatória a existência de reservatório no caso de o abastecimento público não assegurar absoluta continuidade no fornecimento de água. Art. 5º - Será obrigatória a construção de reservatórios em toda edificação com mais de dois pavimentos e em escolas, internatos, hotéis, motéis, pensões, quartéis, hospitais, casas de saúde e estabelecimentos similares. Art. 6º - A capacidade total dos reservatórios será equivalente, no mínimo, às necessidades do consumo diário do prédio.

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DECRETO Nº 3.488, DE 12 DE MARÇO DE 1975

Aprova o regulamento do código sanitário do Estado de Pernambuco.

O GOVERNADOR DO ESTADO no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no Art. 4º, da lei nº 6834, de 31 de dezembro de 1974, que estabelece normas referentes à saúde, complementando as disposições do Decreto–Lei n.º 268, de 30 de abril de 1970, que institui normas gerais sobre promoção, proteção e recuperação de saúde.

DECRETA:

Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento do Código Sanitário do Estado de Pernambuco, anexo ao presente Decreto.

Art. 2º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO FREI CANECA, em 12 de março de 1975

ERALDO GUEIROS LEITE Governador do Estado

Fernando Jorge Simão dos Santos Figueira

REGULAMENTO DO CÓDIGO SANITÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCO E QUE SE REFERE AO DECRETO N.º 3488 DE 12. 3.75

CAPÍTULO I

DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Art. 1º - Todo serviço de abastecimento de água estará sujeito ao controle da autoridade sanitária.

Art. 2º - Nos projetos e obras de sistemas de abastecimento de água, deverão ser respeitados os princípios gerais contidos neste artigo, independentemente de outras exigências estabelecidas pelos órgãos competentes:

I - O aproveitamento deverá ser feito em manancial de superfície ou subterrâneo; a água, após o tratamento, obedecerá aos padrões estabelecidos para cada tipo de consumo;

II - As tubulações, suas juntas e peças especiais, deverão ser do tipo e material aprovados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, tendo em vista manter inalteradas as características da água transportada;

III - À água a ser distribuída deverá ser adicionada, obrigatoriamente, um teor conveniente de cloro ou de seus compostos, para fins de desinfecção ou de prevenção contra eventuais contaminações, utilizando-se para isto aparelhamento apropriado;

IV - A fluoretação de águas de abastecimento obedecerá as normas técnicas a serem expedidas pelo órgão competente;

V - Toda água, natural ou tratada, contida em reservatórios, casas de bombas, poço de sucção ou em outras partes, será convenientemente protegida contra respingos, infiltração ou despejos, devendo tais estruturas ser construídas com materiais à prova de percolação e as aberturas de inspeção, dotadas de dispositivos que impeçam a entrada de líquidos ou matérias estranhas;

VI - Não será permitida a interconexão de tubulações ligadas diretamente ao sistema de abastecimento público, com outras tubulações que contenham água não potável, ou proveniente de outras fontes de abastecimento.

Art. 3º - Em todo sistema de abastecimento de água serão observadas as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, bem como os regulamentos dos órgãos competentes de modo que o suprimento atenda aos padrões estabelecidos para cada tipo de consumo.

Art. 4º - Os prédios deverão ser abastecidos diretamente da rede pública, quando houver, sendo obrigatória a existência de reservatório no caso de o abastecimento público não assegurar absoluta continuidade no fornecimento de água.

Art. 5º - Será obrigatória a construção de reservatórios em toda edificação com mais de dois pavimentos e em escolas, internatos, hotéis, motéis, pensões, quartéis, hospitais, casas de saúde e estabelecimentos similares.

Art. 6º - A capacidade total dos reservatórios será equivalente, no mínimo, às necessidades do consumo diário do prédio.

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Parágrafo Único – A estimativa do consumo deverá atender às exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 7º - Os reservatórios terão a superfície lisa, impermeável e resistente, não deverão ser revestidos de material que possa prejudicar a qualidade da água, e serão providos de:

I - Cobertura apropriada;

II - Torneira de bóia na entrada da tubulação de alimentação;

III - Extravasor com diâmetro que ultrapasse o da tubulação de alimentação, protegido com tela, devendo desaguar em ponto perfeitamente visível, não nas calhas ou condutores de telhados;

IV - Canalização de limpeza, funcionando por gravidade, ou por meio de elevação mecânica, no caos de reservatórios inferiores.

Art. 8º - Será obrigatória a limpeza dos reservatórios, no mínimo uma vez por ano de acordo com técnica recomendada pela autoridade sanitária.

Art. 9º - A cobertura do reservatório deverá ser mantida livre; é vedada sua utilização para qualquer outra finalidade, sendo inclusive proibido acumular objetos, sobre a mesma.

Art. 10 - Nenhum prédio situado em local provido de rede de distribuição de água e coletora de esgotos poderá ser habitado em estar ligado às mesmas.

Art. 11 - Será expressamente proibida a sucção da rede de abastecimento.

Art. 12 - Quando não houver rede de distribuição de água ou quando o abastecimento público for reconhecidamente irregular ou precário, será permitida a utilização de água de poços, desde que satisfaçam as seguintes condições:

I - Serem convenientemente afastados de focos de contaminação;

II - Terem as paredes estanques no trecho em que possa haver infiltração de águas de superfície;

III - Terem bordas superiores, no mínimo, a 0,40m (quarenta centímetros) acima da superfície do solo;

IV - Serem cobertos e terem a abertura protegida contra a entrada de água de superfície, insetos e substâncias estranhas;

V - Serem munidos de bomba.

Art. 13 - Nos locais providos de serviços públicos de abastecimento de água, só poderão ser construídos poços depois de autorização do órgão competente.

Art. 14 - Os poços deverão sempre estar em nível superior, a distância, no mínimo de 10m (dez metros) de fossas, atendidas as condições de impermeabilidade do solo.

Art. 15 - Um poço de abastecimento de água servirá apenas a uma habitação, salvo no caso de existência de bomba, caixa de água e rede de distribuição.

Art. 16 - A critério da autoridade competente, em zonas com serviço regular de abastecimento de água, poderão ser construídos poços para fins industriais ou para uso na agricultura.

Art. 17 - As águas das fontes poderão ser utilizadas para abastecimento, desde que satisfaçam às condições de potabilidade.

Art. 18 - As fontes deverão ser protegidas de contaminação e a adução deverá ser feita de modo a assegurar a boa qualidade da água.

Art. 19 - Na captação das águas das fontes deverão ser observadas as seguintes exigências:

I - Ser dotada de caixa de captação impermeável, de concreto armado, de alvenaria, de tijolos ou de pedras, ou de outro material, e devem satisfazer as exigências da autoridade competente;

II - Oferecer proteção contra infiltração de poluentes;

III - Estar convenientemente distanciada de fossas, sumidouros de águas servidas ou de qualquer outra fonte de contaminação.

Art. 20 - Sob nenhum pretexto, que não tenha por base condições imperiosas de Saúde Pública, será suspenso o fornecimento da água.

Art. 21 - Os bebedouros deverão ser de jato inclinado, ter o bocal do jato protegido, e a 20mm (vinte milímetro), pelo menos, acima da borda do receptáculo.

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Parágrafo Único – Os bebedouros não devem ser instalados em banheiros.

CAPÍTULO II

DA COLETA E DESTINO DE EXCRETOS

Art. 22 - Todo o serviço de coleta e a disposição de esgoto sanitário estará sujeito ao controle da autoridade sanitária.

Art. 23 - Os projetos e obras de um serviço de coleta e disposição de esgotos sanitários deverão respeitar os princípios gerais estabelecidos por este Regulamento, as exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas e os regulamento dos órgãos competentes.

Art. 24 - Os Serviços coletivos de esgoto sanitário deverão satisfazer as seguintes condições:

I - Empregarem para coleta e transporte das águas residuárias de preferência o sistema separador absoluto;

II - Manterem as instalações e redes coletoras em perfeitas condições de funcionamento;

III - Operarem sob responsabilidade de profissional habilitado.

Art. 25 - As águas residuárias deverão ser coletadas, transportadas e terem destino final, através de instalações ou sistemas de esgoto sanitário que satisfaçam as seguintes condições:

I - Permitirem a coleta total de todos os resíduos líquidos;

II - Promoverem o pronto e eficiente escoamento dos materiais coletados;

III - Impedirem a poluição e consequentemente contaminação das águas e dos alimentos;

IV - Impedirem a emissão de gases que possam poluir o ar;

V - Permitirem a fácil verificação, manutenção e reparo de seus dispositivos e canalizações.

Art. 26 - Não será permitido na rede coletora de esgoto sanitário o lançamento de despejos que contenham:

I - Gases tóxicos ou substâncias capazes de produzi-los;

II - Substâncias inflamáveis ou que produzam gases inflamáveis;

III - Resíduos ou materiais capazes de causar obstruções, incrustações ou danos às instalações da coleta, transporte e tratamento;

IV - Substâncias que possam interferir nos processos de tratamento.

Art. 27 - As águas residuárias de qualquer natureza ou origem, deverão ser submetidas a prévio tratamento por processo compatível com o corpo receptor, antes do destino final.

Parágrafo Único – As águas residuárias poderão ter destino final sem prévio tratamento, a juízo das autoridades competentes, e desde que as suas características satisfaçam o que o prescrevem os regulamentos dos órgãos competentes e as Normas Técnicas Espaciais.

Art. 28 - Sob nenhum pretexto, que não tenha por base condições imperiosas de Saúde Pública, será interrompida a ligação de instalações de esgoto sanitário de qualquer edificação com a rede coletora pública.

Art. 29 - Toda edificação terá um conjunto de canalizações e aparelhos sanitários que constituirá a instalação predial de esgoto sanitário destinada a coletar e a afastar todos os dejetos domésticos ou industriais.

Art. 30 - Todos os prédios situados em logradouros dotados de coletor de esgoto sanitário, deverão ser ligados ao referido coletor.

Parágrafo Único – Quando a instalação predial ou qualquer dispositivo de esgoto não puder ter seus despejos conduzidos por gravidade para um coletor público, deverão ser instaladas caixa coletora e dispositivo de recalque.

Art. 31 - Toda habitação terá o ramal principal de escoamento com o diâmetro nunca inferior a 10cm (dez centímetro), e provido, no mínimo, de dispositivo de inspeção.

Parágrafo Único – Se a ligação de dois ou mais prédios for por um mesmo ramal principal, o diâmetro deste será calculado em relação à declividade existente e ao número de prédios que servir, devendo situar–se obrigatoriamente, em um corredor ou em viela sanitária descoberta.

Art. 32 - Os aparelhos sanitários, quaisquer que sejam os seus tipos serão desconectados dos ramais respectivos por meio de sifões individuais, com fecho hídrico nunca inferior a 5cm (cinco centímetro), munidos de opérculos, de fácil acesso à limpeza ou terão seus despejos conduzidos para um sifão único, segundo a técnica mais aconselhada.

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Art. 33 - Todos os sifões, exceto os autoventilados, deverão ser protegidos, contra dessifonamento e contrapressão, por meio de ventilação apropriada.

Art. 34 - A instalação deverá ser ventilada através de:

I - Tubos de queda, prolongados acima da cobertura do edifício;

II - Canalização independente e ascendente, constituída de tubos ventilados.

Parágrafo Único – O tubo de ventilação poderá ser ligado ao prolongamento de um tubo de queda, acima da última inserção do ramal de esgoto.

Art. 35 - Não será permitida a ligação de águas pluviais ou resultantes de drenagem à rede coletora de esgotos sanitários.

Art. 36 - Os tanques de lavagem serão obrigatoriamente ligados a rede coletora de esgotos sanitários através de um fecho hídrico.

Art. 37 - Nos locais onde não houver rede coletora de esgotos sanitários, competirá à autoridade sanitária determinar o processo mais indicado para afastamento das águas residuais.

Parágrafo Único – Será adotado de preferência o sistema de fossa séptica com instalações complementares.

Art. 38 - A fossa séptica deverá atender, além das exigências deste Regulamento e as da Associação Brasileira de Normas Técnicas, as seguintes condições:

I - Receber todos os despejos domésticos ou qualquer outro despejo de características semelhantes;

II - Não receber águas pluviais nem resíduos industriais que possam prejudicar as condições de funcionamento;

III - Ter capacidade adequada ao número de pessoas a que servir, com dimensionamento mínimo para a utilização das 5 (cinco) pessoas;

IV - Ser construída de material com durabilidade e estanqueidade adequada ao fim a que se destina e resistente à agressões química e à abrazão provocadas pelos despejos;

V - Ter facilidade de acesso, em vista da necessidade periódica de remoção de lôdo digerido;

VI - Não ser localizada no interior das edificações e sim em áreas livres do terreno.

Art. 39 - Na disposição do efluente de uma fossa séptica, deverão ser atendidas as seguintes condições:

I - Nenhum manacial destinada ao abastecimento domiciliar pode ficar sujeito a poluição ou a contaminação;

II - Não podem ser prejudicadas as condições de balneabiliade de praias e outros locais de recreio e esporte;

III - Não devem ser produzidos odores desagradáveis, presença de insetos e outros inconvenientes;

IV - Não deve haver poluição ou contaminação do solo, capaz de afetar, direta ou indiretamente, a saúde de pessoas ou de animais.

Art. 40 - As bacias sanitárias, os mictórios e demais aparelhos destinados a receber despejos, deverão ser de louça, de ferro fundido ou de outro material de idênticas ou melhores características, obedecidas as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas;

Parágrafo Único – É expressamente proibido a instalação de aparelhos sanitários, pias ou lavatórios construídos de cimento.

Art. 41 - Não será permitido o funcionamento de instalações sanitárias de qualquer natureza cujas peças apresentarem defeitos, soluções ou acidentes.

Art. 42 - Os receptáculos das bacias sanitárias deverão fazer corpo com os respectivos sifões, sendo necessária a permanência na bacia de uma quantidade de água suficiente para impedir a aderência de dejetos.

Art. 43 - As válvulas fluxíveis deverão ser instaladas sempre em nível superior ao das bordas do receptáculo dos aparelhos e serão providas, obrigatoriamente, de dispositivos que impeçam a aspiração de água contaminada do aparelho sanitário para rede domiciliária de água .

Art. 44 - Os mictórios serão providos de dispositivos de lavagem ligados a caixa de descarga ou válvula fluxível.

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Art. 45 - Os despejos das pias das copas e das cozinhas de hotéis, restaurantes e estabelecimentos congêneres passarão, obrigatoriamente, por uma caixa de gordura.

Art. 46 - Haverá sempre um ralo instalado no piso das copas , cozinhas, lavanderias, e compartimentos sanitários.

Art. 47 - As instalações sanitárias deverão ser sempre mantidas irrepreensivelmente limpas por meio de descargas intermitentes ou contínuas.

Art. 48 - Será terminantemente proibida a passagem de tubulações de abastecimento no interior ou nas proximidades de fossas, ramais de esgotos, poços absorventes e poços de visitas e caixas de inspeção.

Art. 49 - Será terminantemente proibida a passagem de ramais ou de outras canalizações do sistema de esgotos pelo interior de depósitos ou de caixas de água, ou em suas proximidades.

Art. 50 - Será permitido, a critério da autoridade sanitária, o funcionamento de organizações, devidamente registradas, que se destinarem à construção, melhoria e limpeza de fossa;

§ 1º - A solicitação para funcionamento deverá ser feita à Secretaria de Saúde, através de requerimento, no qual constatem: o nome da firma, informes referentes e localização, os fins a que se destina, as condições e o modo de operação, bem como outras informações que a autoridade sanitária julgar necessárias.

§ 2º - A licença para funcionamento deverá ser renovada anualmente, observadas as determinações da Secretaria da Fazenda no que se refere ao ano fiscal.

Art. 51 – Os veículos empregados na remoção de materiais retirados das fossas deverão ser mantidos em boas condições de higiene, e deverão assegurar o transporte de resíduos sem desprendimento de odores.

Parágrafo Único – A limpeza e a desinfecção desses veículos deverão ser feitas, obrigatoriamente, após a remoção de materiais retirados das fossas.

Art. 52 - A Secretaria de Saúde, só permitirá a utilização dos veículos que se apresentarem em condições de higiene satisfatórias.

Art. 53 - Os materiais retirados das fossas só poderão ser transportados por veículos que apresentarem, além das demais condições exigidas, identificação fácil, através de dizeres exteriorizados por caracteres bem visíveis.

Parágrafo Único – Caberá à Secretaria de Saúde fixar as normas para identificação desses veículos.

Art. 54 - O material transportado deverá ter destino conveniente, satisfazer as exigências deste Regulamento e dos demais órgãos competentes.

Art. 55 - Os locais de guarda e limpeza desses veículos deverão estar situados a uma distância adequada de residências, escolas, hospitais e de outros estabelecimentos de utilização pública, a critério da autoridade sanitária, não devendo causar incômodos ou inconvenientes às populações e afastados de coleções de água.

Parágrafo Único - O material resultante de limpeza dos veículos deverá ter destino conveniente, a fim de satisfazer ás exigências prevista no Regulamento e não constituir fator de poluição das águas e do solo.

CAPÍTULO III

DO LIXO

Art. 56 - Todo serviço de coleta e disposição final do lixo estará sujeito ao controle da autoridade sanitária.

Art. 57 - O lixo domiciliar deverá ser coletado, transportado e ter destino final com as seguintes condições:

I - Os recipientes de coleta domiciliar deverão ser estanques, de fácil remoção e de esvaziamento, com superfície interna lisa, e dotados de dispositivos adequados de fechamento, ou ainda acondicionado em recipientes removíveis;

II - Os veículos de transportes deverão ser dotados de compartimentos adequados ao acondicionamento, com dispositivo que impeça a queda de resíduos nas vias públicas.

III - Não deverá ser utilizado, quando “in natura”, para alimentação de animais;

IV - Não deverá ser depositado sobre o solo em condições inadequadas e não ser queimado ao ar livre;

V - Não deverá ser lançado as coleções d’água.

Art. 58 - O lixo de estabelecimentos que se destinarem à execução de atividades atinentes à promoção, preservação ou recuperação da saúde, e a reabilitação deverá ter coleta e destino final adequados, a juízo da autoridade sanitária competente.

Parágrafo Único – O lixo séptico de hospitais ou estabelecimentos congêneres deverá ser sempre incinerado.

Art. 59 – Entende-se por lixo séptico:

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I - Todos os produtos oficinais utilizados no tratamento dos pacientes;

II - Fragmentos de tecidos e outros resíduos provenientes do centro cirúrgico, centro obstétrico e de laboratórios;

III - Resíduos provenientes da limpeza de todas as unidades que servirem à internação ou ao tratamento de pacientes

IV - Restos de alimentos.

Art. 60 - Os incinerados dos hospitais ou estabelecimentos congêneres, deverão ter capacidade suficiente para a queima de, pelo menos, 2kg (dois quilogramas) de lixo por leito/dia.

Art. 61 - O solo poderá ser utilizado para destino de lixo domiciliar, desde que, adotado o processo de aterro sanitário, obedecidas as seguintes condições:

I - Delimitação da área do terreno destinado a receber o lixo, por meio de dispositivo que impeça o acesso de pessoas estranhas e de animais;

II - Adoção de meios que impeçam a poluição das águas subterrâneas ou de superfície;

III - Compactação adequada do lixo depositado;

IV - Adoção de medidas de controle de insetos e de roedores, bem como o despreendimento de odores e a combustão;

V - Instalação de dispositivo que impeça a dispersão, pela vizinhança, de resíduos carregados pelos ventos;

VI - Cobertura final de terra, em camada com espessura mínima de 0,60m (sessenta centímetros).

Art. 62 - A incineração do lixo só poderá ser efetuada em equipamento adequado, com suprimento suficiente de ar e combustível.

Art. 63 - Os incineradores de lixo deverão ser construídos de modo a não causarem riscos, prejuízos ou incômodos às pessoas e ao ambiente;

Parágrafo Único – Os incineradores deverão ter duas câmaras: uma para a combustão e outra para a incineração. A incineração deverá ter queimador próprio, independente do aclopado à câmara de combustão.

Art. 64 - As instalações domiciliares em edificações de uso coletivo além do disposto neste Regulamento e em Normas Técnicas Especiais, deverão satisfazer às seguintes condições:

I - Terem compartimento próprio para colocação dos recipientes de coleta, com as seguintes características:

a) Ser construído de alvenaria;

b) Ter piso e paredes revestidos com material lavável, impermeável, liso e resistente;

c) Ter, no piso, ralo sifonado para coleta de líquidos e águas de lavagem, ligados à rede de esgoto sanitário;

d) Ter ampla e permanente ventilação;

e) Ter área de acordo com o número de recipientes e com o volume de lixo a ser coletado em 24 (vinte e quatro) horas;

f) No cálculo do volume de lixo a ser coletado considera–se a contribuição de 2,5 (dois e meio) litros por pessoa;

g) Ter porta com largura não inferior a 0,70m (setenta centímetros).

II - O tubo de queda para o transporte de lixo deverá satisfazer às seguintes condições:

a) Ter as paredes lisas e uniformes, de material lavável e não absorvente;

b) Ter diâmetro, nunca inferior, a 0,45m (quarenta e cinco centímetros), alinhamento a prumo, evitando–se curvas ou saliências que possam provocar obstruções;

c) Ser separado da chaminé do incinerador;

d) Ter abertura para despejo, com fechamento automático e hermético, com secção menor do que a do tubo de queda, e instaladas em compartimento próprio, com acesso por área de uso comum.

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Art. 65 - Será vedado colocar por mais de 24 horas, lixo em depósitos ao ar livre.

Art. 66 - A disposição de resíduos que contenham substância tóxicas, venenosas, radioativas, inflamáveis, explosivas ou incômodas deverá ser realizado de modo adequado e por processo previamente autorizado pela autoridade competente.

CAPÍTULO IV

DA PROTEÇÃO DAS ÁGUAS

Art. 67 - As águas litorâneas e das bacias hidrográficas do Estado de Pernambuco, tendo em vista a proteção e o controle da poluição, serão destinadas:

I - Ao abastecimento público ou privado;

II - À recreação, natação e outras atividades esportivas;

III - As atividades pastoris e agrícolas;

IV - Ao abastecimento industrial e geração de energia elétrica;

V - À navegação, aos terminais de carga e descarga;

VI - À manutenção da fauna e flora aquática;

VII - À diluição e ao afastamento dos despejos industriais e sanitários;

Art. 68 - Será proibido o lançamento em qualquer coleção de águas, interiores ou costeiras, superficiais ou subterrâneas, de afluentes da redes de esgotos, públicos ou privados, de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos das industriais e de resíduos sólidos ou líquidos domésticos, direta ou indiretamente, sem prévia autorização da autoridade competente;

§ 1º - Toda substância que, lançada na água a torne prejudicial a saúde a ao bem–estar das populações, prejudique a vida aquática ou altere as características das águas receptoras, transformando-as em impróprias para o abastecimento, para fins agrícolas, comerciais, industriais ou recreativos, será considerada como poluente.

§ 2º - Considera–se fonte poluidora toda instalação ou prédio que lance direta ou indiretamente poluentes nas coleções de água.

Art. 69 - A autoridade competente, ao conceder autorização deverá verificar:

I - A utilização das águas receptoras e suas respectivas bacias;

II - Se irá constituir uma ameaça à saúde, segurança ou bem–estar das populações;

III - Se irá prejudicar a vida animal ou vegetal;

IV - Se irá tornar as águas receptoras impróprias para o abastecimento, ou para fins agrícolas, comerciais, industriais ou recreativos;

V - Se o lançamento irá prejudicar os materiais, a propriedade pública ou privada, ou interferir nas atividades normais da comunidade.

Art. 70 - A Secretaria de Saúde poderá exigir o prévio tratamento das águas residuárias e de outros resíduos, ou de refugos industriais, de acordo com suas características, antes do seu lançamento no corpo receptor, tendo em vista a sua utilização.

Art. 71 - Será vedada a colocação de lixo, resíduos e refugos industriais ou agrícolas e dejetos de animais nas proximidades dos cursos d'água.

Parágrafo Único – Deverá ser mantida, na dependência da topografia do terreno, uma distância mínima de 20 a 50 metros.

Art. 72 - A Secretaria de Saúde poderá exercer ação fiscalizadora, e tomar outras medidas, independente da atuação de outros órgãos públicos, com atribuição de proteger os cursos de águas.

Parágrafo Único – Constatada a poluição ou a fonte poluidora, a Secretaria de Saúde poderá solicitar a participação de outros órgãos públicos, tendo em vista impedir o lançamento de poluentes.

Art. 73 - A autoridade sanitária poderá constatar a poluição dos cursos d’água através de:

I - Inspeção pela verificação de substâncias que modifiquem as características físicas do corpo receptor.

II - Presença de materiais fluentes, óleos e graxa, e

CAPÍTULO V

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DA PROTEÇÃO DO SOLO

Art. 74 – Será proibido o lançamento no solo de qualquer substância ou mistura de substância que o tornarem:

I - Prejudicial ou inconveniente à saúde e ao bem–estar do homem;

II - Impróprio às atividades normais da comunidade;

III - Prejudicial ao uso ou gozo de propriedade e danoso às edificações;

IV - Impróprio, prejudicial ou inconveniente à vida animal ou vegetal.

Art. 75 - Será vedado colocar no solo, mesmo por curto espaço de tempo, qualquer resíduo industrial, sólido ou líquido em propriedades públicas ou particulares, sem prévia autorização da autoridade sanitária.

Art. 76 - A indústria antes de lançar resíduos sólidos ou líquidos no solo, mesmo por curto espaço de tempo, deverá obter a autorização da autoridade sanitária.

Art. 77 - A solicitação para lançamento de resíduos industriais no solo, deverá ser feita através de requerimento, instruído com memorial descritivo no qual constem os produtos e as substâncias, tempo de permanência e outras informações julgadas pertinentes.

Parágrafo Único – A solicitação deverá ser renovada, através de novo requerimento, todas as vezes que houver modificações nos produtos ou substâncias ou nas quantidades a serem lançadas.

Art. 78 - A autoridade sanitária não poderá conceder autorização para deposição no solo, mesmo por curto espaço de tempo de substâncias tóxicas, venenosas, radioativas, inflamáveis, explosivas ou incômodas.

CAPÍTULO VI

DO CONTROLE DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Art. 79 - Será proibido o lançamento na atmosfera de qualquer substância que possa modificar na sua composição ou alternar suas propriedades, de modo a torná–la:

I - Imprópria ou prejudicial à saúde;

II - Inconsciente ao bem–estar público;

III - Maléfica à vida animal ou vegetal;

IV - Prejudicial à propriedade pública ou privada e capaz de interferir nas atividades normais da comunidade.

Art. 80 - Os estabelecimentos industriais, comerciais, agropecuários, públicos ou privados, as atividades de transportes por veículos automotores e correlatos, as operações mecânicas de máquinas fixas ou móveis, temporárias ou permanentes, em qualquer campo de aplicação e finalidade a que se destinarem e que produzem ou tendam a produzir modificações na composição ou alterações nas propriedades do ar atmosférico, deverão utilizar dispositivos protetores adequados, modificar métodos de trabalho, substituir materiais ou tomar outras previdências, a critério de autoridade sanitária, no sentido de evitar a poluição do ar atmosférico.

Art. 81 - No desempenho das atividades de fiscalização e inspeção das fontes de poluição atmosférica, as autoridades sanitárias terão livre entrada, em qualquer dia e hora, às instalações industriais, comerciais, agropecuárias ou outras, privadas ou públicas.

Art. 82 - Será proibida a emissão contínua na atmosfera de fumaças com totalidade superior ao padrão 2 (dois) da Escala de Ringelman.

Parágrafo Único – Para as operações iniciais de combustão ou de limpeza de fornalhas, é tolerada a emissão de fumaça com padrão 3 (três) da Escala de Ringelman durante 6 (seis) minutos, no máximo em cada período de 1(uma) hora.

Art. 83 - Nas zonas urbanas, será proibida a incineração de resíduos sólidos e de refugos industriais ao ar livre;

Parágrafo Único – A queima só poderá ser feita em incinerador adequado e, durante a combustão, se deverá evitar a dispersão de poluentes.

Art. 84 - Nas zonas rurais poderá ser tolerada a emissão de poluentes, a critério da autoridade sanitária, desde que, não ocasione danos ou incômodos à coletividade e seja eventual.

Art. 85 - Não será permitida a descarga na atmosfera de produtos sólidos, como: poeiras, cinzas, fuligem, carvão ou outros, em quantidades que exceda a 0,9 (nove decigramas) cúbico de ar, no ponto de descarga na atmosfera.

Art. 86 - As normas técnicas, estabelecerão as quantidades permissíveis de poluentes que poderão ser lançadas na atmosfera.

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CAPÍTULO VII

DOS SONS INCÔMODOS E RUÍDOS

Art. 87 - Será vedado perturbar o sossego ou bem–estar, público ou particular, por meio de sons ou ruídos de qualquer natureza, emitidos por qualquer fonte.

Art. 88 - Serão considerados como capazes de perturbar o sossego ou bem–estar público, os sons ou ruídos que ultrapassarem os níveis de intensidade sonora estabelecidos por este Regulamento ou por normas técnicas vigentes.

Art. 89 - Todas as fontes produtoras de sons ou ruídos que perturbarem o sossego ou bem–estar, público ou privado ficarão sob controle das autoridades sanitárias.

Art. 90 - Os níveis de intensidade de som serão determinados em termos de pressão sonora, por aparelhos designados“ medidores de intensidade de som”, e os resultados, expressos em decibéis.

Art. 91 - Para o estabelecimento de níveis de sons e ruídos toleráveis, será adotado o critério de horário noturno e diurno, compreendendo–se como horário noturno o das 22:00 (vinte e duas) horas até 05:00 (cinco) horas.

Art. 92 - Ficarão estabelecidos os seguintes níveis de sons e ruídos, permitidos de acordo com o horário de atividade:

I - Horário noturno: até trinta decibéis, medidos na curva “A” do medidor de intensidade de sons (decibelímetro);

II - Horário diurno: até sessenta decibéis, e medido na curva “B” do medidor de intensidade de som.

Parágrafo Único – A medição dos níveis de sons incômodos e ruídos será feita dentro do domicílio ou estabelecimento prejudicado, com as janelas e portas fechadas, e à distância de 1m (um metro) da parede.

Art. 93 - As exigências deste Regulamento não dispensarão o cumprimento dos dispositivos legais exigidos por outras autoridades fora da área de atuação da Secretaria de Saúde.

CAPÍTULO VIII

DO SANEAMENTO DA ZONA RURAL

Art. 94 - As habitações singulares deverão obedecer às exigências mínimas estabelecidas para as casas do tipo popular.

Art. 95 - De acordo com as possibilidades individuais e locais, a critério da autoridade sanitária, ficarão terminantemente proibidas a construção, a reforma ou a reconstrução de casas de barro e das com piso sem revestimento.

Art. 96 - As instalações sanitárias, segundo as possibilidades locais e individuais, a critério da autoridade sanitária, obedecerão às exigências deste Regulamento.

Art., 97 - O abastecimento d’água, qualquer que seja sua origem, obedecerá ás exigências deste Regulamento.

Art. 98 - Nenhuma fossa poderá ser construída ou instalada a montante ou menos, de 30m (trinta metros) das nascentes de água e deverá ficar a uma distância mínima de 10m (dez metros) de poços destinados ao abastecimento, atendidas as condições de impermeabilidade do solo.

Art. 99 - Os paióis, tulhas e outros depósitos de cereais ou Forragens, deverão ser convenientemente arejado e ter piso impermeabilizados ou isolados do solo.

Art. 100 - As casas comerciais de gêneros alimentícios, nas propriedades rurais, deverão ter piso revestido de material liso, resistente e impermeável, e as paredes deverão ser revestidas do mesmo modo até a altura mínima de 2m (dois metros), permitindo–se o revestimento com uma barra de tinta a óleo.

Art. 101 - As indústrias que se instalarem nas zonas rurais ficarão subordinadas às exigências deste Regulamento e às demais que íhe forem aplicáveis.

Art. 102 - A autoridade sanitária deverá, obrigatoriamente, exigir a adoção de medidas que visarem á proteção sanitária das populações rurais todas às vezes que as autoridades municipais não fizerem cumprir as exigências deste Regulamento.

Art. 103 - As águas contaminadas ou de procedência duvidosas não poderão ser utilizadas para a irrigação de hortaliças.

CAPÍTULO IX

DA LOCALIZAÇÃO E CONDIÇÕES SANITÁRIAS DOS ABRIGOS DESTINADOS A ANIMAIS

Art. 104 - Os estábulos, cocheiras, granjas e estabelecimentos congêneres só serão permitidos na zona rural;

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Parágrafo Único - A sua remoção será obrigatória, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, a critério da autoridade sanitária, quando o local se tornar núcleo de população densa.

Art. 105 - O piso dos estábulos, cocheiras, granjas e estabelecimentos congêneres deverá ficar em nível mais elevado do que o do solo, revestido de camada resistente e impermeável e ter declividade mínima de 2% (dois por cento).

Parágrafo Único – Ficarão dispensados os revestimentos impermeável dos pisos, quando se tratar de criação de aves em gaiolas ou ripados, desde que os galpões sejam convenientemente ventilados, e tomadas medidas adequadas contra a proliferação de moscas, parasitas e desprendimento de odores.

Art. 106 - Será proibido colocar os resíduos de estábulos, cocheiras, granjas e estabelecimentos similares na superfície do solo, sem que sejam tomadas medidas adequadas de proteção, a critério da autoridade sanitária, de modo a evitar a poluição do solo, proliferação de insetos e contaminação das águas de superfície ou do lençol freático.

Art. 107 - As instalações de estábulos, cocheiras, granjas e estabelecimentos congêneres deverão ficar á distância mínima de 20 (vinte) metros dos limites de terrenos vizinhos e das faixas de domínio das estradas.

Art. 108 - Os estábulos, cocheiras, granjas e estabelecimentos congêneres ficarão obrigados a adotar as medidas indicadas pela autoridade sanitária no que concerne à provisão de água, quando não beneficiados pelo sistema público de abastecimento.

Art. 109 - As báias terão divisões e dispositivos que facilitem a lavagem do piso.

Art. 110 - Nos estábulos, cocheiras, granjas e estabelecimentos congêneres serão permitidos compartimentos habitáveis, destinados aos tratadores dos animais, desde que fiquem completamente isolados e tenham instalações sanitárias próprias.

Art. 111 - Será permitida na zona rural a existência de pocilgas desde que obedeçam às seguintes condições:

I - Estarem localizadas, no mínimo, a uma distância de 20m (vinte) metros dos terrenos vizinhos e das faixas de domínio das estradas;

II - Terem o piso impermeabilizado e, sempre que possível, providas de água corrente, e suas paredes impermeabilizadas até a altura mínima de 1m (um) metro;

III - Os resíduos líquidos deverão ser canalizados por meio de manilhas ligadas diretamente a uma fossa séptica, com poço absorvente para o afluente da mesma.

Art. 112 - Nos chiqueiros, poderão ser tolerados os estrados de madeira em pequenas seções, e facilmente removíveis.

Art. 113 - Será permitida a existência na zona urbana, a critério de autoridade sanitária, de galinheiros de uso exclusivamente domestico, com o máximo de 8 (oito) aves, situados fora da habitação e que não tragam inconvenientes ou incômodos à vizinhança.

CAPÍTULO X

DAS EDIFICAÇÕES E HABITAÇÃO EM GERAL

Art. 114 - O projeto, a construção ou a reforma de edificações destinadas à habitação, deverão obedecer às exigências estabelecidas neste Regulamento, às Normas Técnicas Especiais e á Legislação Municipal vigente nas localidades onde forem construídas.

Parágrafo Único – Verificada a não observância destas exigências, a Secretaria de Saúde poderá impedir ou embargar a construção, ou proibir a ocupação do prédio, independentemente de qualquer indenização aos proprietários ou de reparação de seus prejuízos.

Art. 115 – Na localização das edificações, deverão ser considerados o uso e a finalidade a que se destinarem, tendo em vista o zoneamento urbano, estabelecido pela Legislação Municipal.

Parágrafo Único – Nos Municípios nos quais não haja sido ainda estabelecido o zoneamento urbano, a Secretária da Saúde poderá impedir que seja construída, ou ocupada uma edificação cujo uso venha acarretar prejuízos à saúde, à segurança ou o bem–estar das populações, a juízo da autoridade sanitária.

Art. 116 – Os materiais empregados na construção das edificações deverão ser compatíveis com o uso ou a finalidade a que estas se destinarem, e ainda impermeáveis, imputrecíveis, incombustíveis, maus condutores de calor e de som e satisfazer as exigências das Normas Técnicas e do Código de Obras dos locais onde forem construídas.

Art. 117 - Os edifícios destinados à habitação deverão oferecer aos ocupantes condições de conforto, segurança, iluminação, ventilação e isolamento térmico e acústico convenientes.

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Art. 118 – Nenhum prédio de construção nova, reconstruído ou reformado, poderá ser ocupado sem o “Alvará de Habite-se” da autoridade sanitária estadual.

Parágrafo Único – Será dispensado o “Alvará de Habite-se” por parte da autoridade sanitária, quando as municipalidades dispuserem de profissionais qualificados, com registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura.

Art. 119 - Os terrenos que servirem à construção deverão ser previamente preparados, de modo a evitar a estagnação de águas de qualquer natureza, e as edificações deverão ser isoladas do solo por camada resistente e impermeável.

Art. 120 - Nas construções destinadas à habitação, será obrigatório a existência de:

I - Instalação de água ligada à rede de distribuição, no caso de sua existência no local, salvo nos casos especiais, especificados neste Regulamento;

II - Instalações sanitárias que propiciam a coleta e destino conveniente dos excretos;

III - Banheiro e, no mínimo, duas pias;

IV - Uma camada impermeável que as isola do solo, cobrindo toda a área de construção e atravessando as alvenarias até o parâmetro externo, com 0,10m (dez centímetros) de espessura, no mínimo;

V - Um sistema de circulação compatível, formado por corredores para circulação horizontal, e escadas, rampas ou elevadores para movimentação vertical.

Art. 121 - Para fins de iluminação e ventilação, todo compartimento deverá dispor de uma ou mais aberturas com comunicação direta para o exterior.

Parágrafo Único – Excetuam-se os corredores de uso privativo, os de uso coletivo até 10m (dez metros) de comprimento, as caixas de escadas, poços e “hall” de elevadores.

Art. 122 - A superfície iluminante dos compartimentos deverá ser, no mínimo de 1/8 (um oitavo) de área ou do seu piso, respeitado, sempre o mínimo de 0,60m² (sessenta centímetros quadrados). A área de ventilação será, no mínimo, igual à metade da superfície iluminante.

Art. 123 - Consideram–se suficientes para insolação de dormitórios, salas, salões e outros compartimentos, os espaços livres fechados que contenham, em plano horizontal, área equivalente a H²/4 (H ao quadrado dividido por quatro), onde H representa a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto e o piso do pavimento mais baixo a ser insolado, sendo permitido o escalonamento.

Parágrafo Único - A dimensão mínima do espaço livre fechado será sempre igual ou superior a H/4, não podendo ser inferior a 2m (dois metros) e ter a área mínima de 10m² (dez metros quadrados), com qualquer forma, desde que possa ser inscrito no plano horizontal um círculo de diâmetro igual a H/4.

Art. 124 - Os espaços livres abertos em duas faces – corredores quando para a insolação dos dormitórios, salas e outros compartimentos, só serão considerados suficientes se dispuserem de largura igual ou maior do que H/5, com o mínimo de 2m (dois metros).

Art. 125 - Para a iluminação e ventilação de cozinhas domiciliares, dispensas e copas em prédios até 3 pavimentos, será suficiente o espaço livre fechado com 6m², (seis metros quadrados), com acréscimo de 2m² (dois metros quadrados) para cada pavimento excedente dos 3; a dimensão mínima será de 2m (dois metros), e seus lados guardarão a relação de 1:1,5.

Art. 126 - Para ventilação de compartimentos sanitários, caixas de escada e corredores com mais de 10m (dez metros) de comprimento, será suficiente o espaço livre fechado, em prédio até 4 pavimentos, de área mínima de 4m² (quatro metros quadrados). Para cada pavimento excedente, haverá um acréscimo de 1m² (um metro quadrado), por pavimento. A dimensão mínima não será inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), e a relação entre os lados deverá ser de 1:1,5.

Parágrafo Único – Em qualquer tipo de edifício, será admitida a ventilação indireta ou ventilação forçada de compartimento sanitário, mediante:

I - Ventilação indireta por meio de forro falso, através de compartimento contínuo, com altura não inferior a 0,40 (quarenta centímetros), largura não inferior a 1m (um metro), extensão não superior a 5m (cinco metros), comunicação direta com o exterior, tendo as bocas providas de tela, sendo a interna removível para limpeza;

II - Ventilação natural por meio da chaminé de tiragem, cuja secção transversal deverá ser capaz de conter um circulo de 0,60m (sessenta centímetros) de diâmetro, e ter área mínima correspondente a 0,06m² (seis centímetros quadrados) por metro de altura, tendo na base comunicação com o exterior.

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Art. 127 - Os espaços livres abertos em duas faces opostas serão considerados suficientes para iluminação e ventilação das cozinhas, copas e despensas, quando dispuserem de largura igual ou superior a H/2, com um mínimo de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros).

Art. 128 – Não serão considerados insolados ou iluminados os compartimentos cuja profundidade, a partir de abertura iluminante, for três vezes maior que seu pé direito, ou duas vezes e meia que sua largura, incluída na profundidade a projeção das saliências, pórticos, alpendres ou outras coberturas.

Art. 129 - Os compartimentos das habitações deverão apresentar as áreas mínimas seguintes:

I - Salas – 8m² (oito metros quadrados);

II - Quartos de vestir ou toucador – 6m² (seis metros quadrados);

III - Dormitórios;

a) Quando se tratar de um ou dois – 12m² (doze metros quadrados)

b) Quando se tratar de mais de dois – 10m² (dez metros quadrados) para um deles e 8m2 (oito metros quadrados para cada um dos demais, sendo permitido um com área de 6m2 (seis metros quadrados).

Art. 130 - A área mínima da cozinha será de 4m² (quatro metros quadrados) e não se comunicará diretamente com os compartimentos a providos de latrinas ou dormitórios.

Parágrafo Único – Nas habitações que dispuserem de um só aposento e banheiro, será permitido um compartimento de serviço com área mínima de 3m² (três metros quadrados), podendo conter fogão, e sem acesso direto aquela dependência.

Art. 131 - As despensas deverão ter uma área mínima de 6m² (seis metros quadrados), e a menor dimensão não inferior a 2m (dois metros).

Art. 132 - Nas residências, deverá haver pelo menos uma instalação sanitária, provida de uma latrina, um lavatório e um dispositivo para banhos. Sua área mínima é de 3m² (três metros quadrados) e a dimensão mínima, de 1m (um metro).

Parágrafo Único - Essa instalação sanitária poderá ser fracionada em dois compartimentos, sendo que o de banho deverá ter área mínima de 2m² (dois metros quadrados)e o da latrina, 1,20m² (um metro e vinte centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1m (um metro).

Art. 133 - Os compartimentos sanitários providos de latrinas ou mictórios não poderão ter comunicação direta com as salas de refeição, cozinha ou despensas.

Art. 134 - A largura mínima dos corredores internos será de 0,80m (oitenta centímetros), nos edifícios de habitação coletiva ou para fins comerciais, a largura mínima será de 1,20m (um metro e vinte centímetros) quando de uso comum.

Art.135 - Será obrigatória a instalação de elevadores de passageiros nos edifícios que tiverem mais de 3 (três) pavimentos.

Parágrafo Único - Não será considerado o último pavimento quando for destinado exclusivamente a serviços do edifício ou a habitação do zelador.

Art. 136 - Quando o edifício possuir 6 (seis) ou mais pavimentos, será obrigado a ter, no mínimo, 2 (dois) elevadores.

Art. 137 - Nos edifícios com dois ou mais pavimentos, será obrigatória a construção de escadas ou rampas, não sendo permitido elevador como meio exclusivo de acesso aos pavimentos.

Art. 138 - Quando em um prédio existirem acessos isolados e independentes para os pavimentos superiores, deverão coexistir tantas escadas ou rampas quantas forem as vias de acesso isoladas e independentes.

Art. 139 - As escadas deverão atender às seguintes características:

I - Serem construídas de material resistente e incombustível;

II - Terem passagem livre com altura não inferior a 2,00m (dois metros);

III - Terem largura mínima de 0,80 (oitenta centímetros), nos edifícios de habitação coletiva e nos comerciais, será de 1,20m (um metro e vinte centímetros);

IV - Terem os degraus de altura não superior a 0,19m (dezenove centímetros) e de profundidade inferior a 0,25m (vinte e cinco centímetro);

V - Terem o piso revestido com material adequado à sua finalidade;

VI - Terem balaustrada ou corrimão com altura de 0,85m (oitenta e cinco centímetros);

VII - Terem seus lances com número de degraus não superior a 20 (vinte);

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VIII - Terem patamar com comprimento não inferior a 0,80m (oitenta centímetros) entre seus lances.

Art. 140 - As escadas em caracol, admitidas para acesso a jiraus, torres e adegas, e as de uso eventual, não poderão ter largura inferior a 0,50m (cinqüenta centímetros).

Art. 141 - Será permitida a construção de escadas em leques em casos especiais e a juízo da autoridade sanitária.

Parágrafo Único – Além das disposições deste artigo, as escadas em leques deverão atender às seguintes condições:

I - A largura dos degraus deverá ser medida em linha interna à distância máxima de 0,60m (sessenta centímetros) do bordo côncavo;

II - Os degraus deverão ter largura 0,07 (sete centímetros) junto ao bordo côncavo;

Art. 142 - As escadas em prédio de uso residencial unifamiliar poderão ser construídas de madeira.

Art. 143 - As rampas deverão atender às seguintes condições:

I - Serem construídas de material resistente e incombustível;

II - Terem passagem livre com altura não inferior a – 2,00m (dois metros);

III - Terem largura mínima de 1,00m (um metro), quando em edificação de uso residencial unifamiliar ou com nítida utilização secundária;

IV - Terem largura mínima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) quando em edificação de uso coletivo;

V - Terem declividade não superior a 1/10 (um décimo) de seu comprimento;

VI - Terem o piso revestido com material antiderrapante e adequado à sua finalidade;

VII - Terem balaustrada ou corrimão com altura de 0,85m (oitenta e cinco centímetros);

Art. 144 – Exigem-se, no mínimo, para pé direito:

I - Nos compartimentos em pavimento térreo e destinados a loja, comércio e indústria – 4m (quatro metros)

II - Nos compartimentos destinados à habitação noturna – 3,00m (três metros);

III - Nos demais compartimentos – 2,80m (dois metros e oitenta centímetros);

IV - Nos porões, o mínimo será de 0,50 m (cinquenta centímetros) e o máximo, de 1,20 (um metro e vinte centímetros);

Parágrafo Único – Os porões habitáveis terão, no mínimo, um pé direito de 2,20 (dois metros e vinte centímetros).

Art. 145 - As cozinhas, copas, despensas, compartimentos de serviços e instalações sanitárias terão obrigatoriamente o piso revestido de material resistente, lavável, liso e impermeável, e suas paredes, revestidas internamente até 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de altura, no mínimo, de camada resistente, lisa e impermeável.

Art. 146 - O pavimento térreo das edificações deverá ficar a 0,15 (quinze centímetros), no mínimo, acima do nível superior do terreno.

Art. 147 - Em cada pavimento dos prédios destinados a escritório, deverão existir instalações sanitárias separadas para ambos os sexos, com acesso independente.

§ 1º - As instalações sanitárias para homens serão na proporção de uma latrina, um mictório e um lavatório para cada 100m² (cem metros quadrados) de área útil de salas.

§ 2º - As instalações sanitárias para mulheres serão na proporção de uma latrina e de um lavatório para cada 100m² (cem metros quadrados) de área útil de salas.

Art. 148 - Nos prédios de escritórios, as salas terão área mínima de 10m² (dez metros quadrados).

Art. 149 - Nas habitações coletivas que necessitarem de empregados para conservação, ou de garagistas, será obrigatória a existência de sanitário, vestiário e chuveiro para uso exclusivo dos mesmos.

Parágrafo Único – Esta exigência será dispensada, a juízo da autoridade sanitária, nas habitações que, comprovadamente, pelas suas dimensões, não necessitarem de empregados ou de garagistas em período integral, sendo, entretanto, obrigatória a existência de um sanitário e de uma pia.

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Art. 150 - A subdivisão de compartimentos por meio de tabiques será permitida apenas nas seguintes condições:

I - Quando os compartimentos resultantes satisfazerem às exigências deste Regulamento.

II - Quando não impedirem a ventilação e a iluminação diretas e naturais dos comportamentos resultantes, salvo nos casos previstos neste Regulamento.

Parágrafo Único - Os tabiques deverão ser de material adequado ao uso e finalidade dos compartimentos resultantes, e construídos de forma a garantirem perfeita estabilidade.

Art. 151 - Será permitida a construção de galerias ou jiraus em um compartimento, desde que atendidas ás seguintes condições:

I - Ter o compartimento pé direito, no mínimo, de 4,00m (quatro metros);

II - Os compartimentos resultantes satisfizerem o disposto neste Regulamentos;

III - Permitir uma passagem livre inferior com altura mínima de 2,00m (dois metros);

IV - Ser dotado de escada fixa e de parapeito ou balaustrada;

V - Não ocupar mais de 25% (vinte e cinco por cento) da área de compartimento.

Art. 152 - Os jiraus e as galerias poderão ocupar até 50% (cinquenta por cento) da área do compartimento, desde que:

I - Deixem passagem livre inferior com altura mínima de 3,00m (três metros);

II - Terem pé direito mínimo de – 2,50 (dois metros e cinquenta centímetros).

Art. 153 - As construções populares deverão obedecer às disposições deste Regulamento, sendo permitida a existência de compartimento com pé direito, no mínimo, de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), de instalações sanitárias com 2m² (dois metros quadrados) e de cozinha com pavimentação de tijolos e revestimento de argamassa de cimento, de espessura não inferior a 1,5cm (um centímetro e meio).

Art. 154 - Ficará proibida a construção de forros gradeados, de tecido ou de material facilmente combustível.

Parágrafo Único – Sempre que houver construção superposta ao cômodo forrado, o forro será de material incombustível.

CAPÍTULO XI

DAS ÁGUAS PLUVIAIS E DE DRENAGEM

Art. 155 - Será expressamente proibida a introdução direta ou indireta de águas pluviais nos ramais domiciliares ou na rede coletora de esgotos sanitários.

Art. 156 - Os edifícios, sempre que construídos nas divisas dos lotes ou no alinhamento da via pública, serão providas de calhas e condutores para escoamento das águas pluviais, com diâmetro e declividade convenientes ao escoamento.

Parágrafo Único – Para efeito deste artigo excluir-se-ão os edifícios cuja disposição dos telhados oriente as águas pluviais para o próprio terreno da área construída.

Art. 157 - As águas pluviais provenientes das calhas e dos condutores dos edifícios com mais de três pavimentos, ou mesmo as áreas descobertas, deverão ser canalizadas até as sarjetas, galerias das imediações, ou rede pública de esgoto pluvial, passando sempre por baixo das calçadas.

§ 1º - Nas mudanças de direção e no encontro de coletores, deverão ser construídas caixas de inspeção.

§ 2º - As caixas coletoras deverão ser dotadas de dispositivo de retenção de materiais grosseiros.

Art. 158 - Nos prédios já ligados à rede coletora de esgotos, será obrigatória a retirada de ralos ligados à referida rede e destinados a receberem águas pluviais.

Art. 159 - Nos terrenos com edificações, deverão ser realizadas obras que assegurem o imediato escoamento das águas pluviais.

Art. 160 - Não será permitida a condução das águas resultantes de drenagem para os ramais domiciliares ou para a rede coletora de esgotos sanitários.

Art. 161 - As águas de drenagem dos terrenos deverão ser conduzidas para a rede pública de esgoto pluvial, galerias ou sarjetas, ou terem outro destino, a critério da autoridade competente.

Art. 162 - Nas mudanças de direção dos condutores das águas de drenagem e no encontro de coletoras, deverão ser construídas caixas de inspeção.

Parágrafo Único – As caixas coletoras deverão ter dispositivos de retenção de materiais grosseiros.

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Art. 163 - Na construção de um sistema de esgoto pluvial deverão ser adotadas medidas que impeçam o abrigo de animais ou a procriação de insetos que sirvam de reservatórios ou transmissores de doenças.

CAPÍTULO XII

DAS NORMAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO, APLICAÇÃO, REFORMA E RECONSTRUÇÃO

Art. 164 - A construção, reconstrução, reformas, ampliação e ocupação de prédios para qualquer uso ou fim a que se destinarem, bem como as obras e serviços de saneamento básico, e os loteamentos de terrenos em áreas urbanas ou rurais, deverão atender às exigências deste Regulamento, das Normas Técnicas Especiais e da Legislação Municipal vigente.

Art. 165 - Tendo em vista a proteção da Saúde individual e coletiva e os efeitos sobre o ambiente, a Secretária de Saúde deverá embargar a construção, reconstrução, reformas ou ampliação de prédios e instalações para qualquer uso ou fim a que se destinarem, as obras e serviços de saneamento básico e loteamentos em áreas urbanas ou rural quando em desacordo com as exigências deste Regulamento e Normas Técnicas Especiais.

Art. 166 – Estarão sujeitos à aprovação prévia pela Secretaria de Saúde os projetos de construção, reconstrução, reformas ou aplicação dos prédios destinados a:

I - Manipulação, industrialização ou comercialização de gêneros a produtos alimentícios;

II - Manipulação, industrialização ou comercialização de produtos farmacêuticos, e de produtos destinados á higiene e toucador;

III - Assistência médico–hospitalar e congêneres;

IV - Hotéis, motéis, casa de cômodos, pensões e estabelecimentos afins;

V - Execução de atividades que produzam resíduos de qualquer natureza, capazes de poluir ou contaminar o meio ambiente.

Art. 167 - Os projetos para a aprovação de construção, reforma ou ampliação dos prédios referidos no artigo 166 deverão ser encaminhados, em 2 (duas) vias, através de requerimento, á Secretaria de Saúde contendo especificações concernentes á:

I - Projeto arquitetónico;

II - Projeto de instalações de abastecimento de água;

III - Projeto de instalações de esgoto sanitário, doméstico e industrial;

IV - Projeto de esgoto pluvial;

V - Projetos especiais atinentes ao uso ou atividades a que se destina o prédio.

Parágrafo Único – A Secretaria de saúde devolverá, no prazo de 30 (trinta) dias, ao proprietário ou responsável, uma via do projeto, devidamente aprovado, desde que, satisfeitas todas as exigências deste Regulamento, das Normas Técnicas Especiais e outras consideradas indispensáveis à saúde e ao bem–estar individual e coletivo.

Art. 168 - O projeto arquitetônico deverá ser constituído de:

I - Planta de situação ou terreno que receberá a obra, em escala 1:1000 (um por mil), na qual deverão ser indicados dimensões, orientação, denominação e largura do logradouro público para o qual faz frente;

II - Planta de localização do prédio no lote ou terreno, na escala de 1: 250 (um por duzentos e cinquenta) ou 1: 500 (um por quinhentos), na qual estarão indicados: afastamento do prédio das linhas divisórias, dimensões externas do prédio e a posição das construções existentes;

III - Planta baixa de todos os pavimentos, na escala de 1: 50 (um por cinquenta) ou 1:100 (um por cem), onde estarão indicados: uso, área, dimensões; o tipo de piso em cada compartimento, dimensões de vãos, as dimensões e tipo de parede, dimensões das áreas livres de ventilação e insolação;

IV - Planta de cortes longitudinal e transversal, na escala 1: 50 (um por cinquenta) ou 1:100 (um por cem), onde estarão indicados: tipo de fundação, pé direito, altura de vãos e esquadrias, peitoris e vergas, detalhes das esquadrias, da estrutura de cobertura ou telhado, e altura de barra de revestimentos especiais das paredes;

V - Plantas de elevação das fachadas para os logradouros públicos, na escala 1:50 (um por cinquenta) ou 1:100 (um por cem), onde estará indicada a altura do prédio;

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VI - Memorial informativo sobre o uso a ser dado ao prédio ou obra, sobre os materiais a serem empregados e equipamentos a serem instalados.

Art. 169 - O projeto das instalações de abastecimento de água deverá constituir–se de:

I - Planta baixa de todos os pavimentos do prédio, em escala 1: 50 (um por cinqüenta) ou 1:100 (um por cem), onde estarão indicados: uso e a área de cada compartimento, posição dos aparelhos a serem abastecidos, traçado da rede de distribuição de água, localização e a capacidade de reservatórios, sistema de recalque e, quando a fonte de suprimento for domestica, detalhes e localização da mesma e da adução à rede predial;

II - Estereograma da rede de distribuição;

III - Memorial descritivo das instalações e especificações dos materiais e equipamentos a serem empregados.

Art. 170 – O projeto das instalações de esgoto sanitário deverá construir-se de:

I - Planta baixa de todos os pavimentos, na escala 1: 50 (um por cinquenta) ou 1:100 (um por cem), onde estarão indicados: uso e a área de cada compartimento, posição de cada aparelho sanitário a ser esgotado, traçado da rede coletora e, se a rede de esgoto não for ligada à rede pública, sistema de tratamento e posição final do efluente;

II - Planta de localização do prédio no terreno, na escala 1: 250 (um por duzentos e cinquenta) ou 1: 500 (um por quinhentos), onde estará indicada a localização de ligação à rede pública, ou quando adotado sistema de tratamento e disposição doméstica, a localização do dispositivo de tratamento;

III - Perfil longitudinal e transversal do terreno, na escala 1: 250 (um por duzentos e cinquenta) ou 1: 500 (um por quinhentos), tomando-se como preferência de nível o logradouro público para o qual faz frente o terreno;

IV - Memorial descritivo das instalações e especificações dos materiais a serem empregados e dos equipamentos a serem instalados.

Art. 171 - O projeto das instalações de esgoto pluvial deverá constituir–se de:

I - Planta baixa de todos os pavimentos e do telhado ou cobertura do prédio, na escala 1:50 (um por cinquenta) ou 1:100 (um por cem), onde estarão indicados:

Traçado da rede coletora e disposição final das águas pluviais;

II - Memorial descritivo das instalações e especificações dos materiais empregados e dos equipamentos a serem instalados.

Art. 172 - Os documentos gráficos e os memoriais informativos do projeto arquitetônico e das instalações sanitárias poderão ser apresentados em um único projeto geral.

Art. 173 - A construção deverá obedecer aos detalhes gráficos e ao memorial informativo de acordo com o projeto aprovado.

Art. 174 - A Secretaria de Saúde, uma vez aprovado o projeto, não se responsabilizará por deficiências técnicas que possam advir da construção, operação e do uso.

Art. 175 - A construção será embargada pela autoridade sanitária competente, sem prejuízo de outras penalidades previstas na legislação quando:

I - Não tiver seu projeto aprovado de acordo com este Regulamento e com as Normas Técnicas Especiais;

II - For desrespeitado o projeto aprovado.

Art. 176 - Os estabelecimentos destinados as finalidades abaixo relacionadas, só poderão funcionar depois de devidamente autorizados pela Secretaria de Saúde:

I - Manipulação, industrialização ou comercialização de gêneros e produtos alimentícios;

II - Manipulação, industrialização ou comercialização de produtos farmacêuticos, e de higiene ou toucador;

III - Assistência médico–hospitalar e congêneres;

IV - Hotéis, motéis, casa de cômodos, pensões e estabelecimentos afins;

V - A execução de atividades que produzam resíduos de qualquer natureza, capazes de poluir ou contaminar o meio ambiente.

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Parágrafo Único – A Secretaria de Saúde só poderá conceder a autorização para funcionamento após a vistoria final para efeito do “Habite-se” do Serviço Técnico de Engenharia do Corpo de Bombeiro da Polícia Militar de Pernambuco.

CAPÍTULO XIII

DOS HOTÉIS, PENSÕES, MOTÉIS, CASAS DE CÔMODOS E ESTABELECIMENTOS CONGÊNERES

Art. 177 - Os hotéis, pensões, casas de cômodos e estabelecimentos afins só poderão funcionar depois de devidamente autorizados pela Secretaria de Saúde.

§ 1º - A solicitação para o funcionamento deverá ser feita em requerimento dirigido à Secretaria de Saúde.

§ 2º - A Secretaria de Saúde só poderá conceder autorização depois de verificar se o estabelecimento estar conforme às especificações contidas no projeto aprovado e satisfazer as exigências deste Regulamento de normas técnicas especiais.

Art. 178 - Os hotéis, pensões, motéis, casas de cômodos e estabelecimentos congêneres deverão ter as paredes das áreas comuns revestidas de material liso, impermeável e de fácil limpeza, até a altura de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) no mínimo.

Art. 179 - Não será permitido o emprego de madeira ou de qualquer outro material facilmente inflamável para separar cômodos em hotéis, pensões, motéis ou estabelecimentos congêneres.

Art. 180 - Será obrigatória a existência de instalações sanitárias para ambos os sexos, na proporção de uma latrina e um chuveiro para cada 20 (vinte) hóspedes, excluídos, no cômputo geral, os apartamentos que dispuserem de sanitário próprio.

§ 1º - No cômputo das instalações sanitárias, não serão consideradas as destinadas aos empregados de estabelecimento, de existência obrigatória e privativas.

§ 2º - As instalações sanitárias serão privativas dos andares em que estiverem localizadas.

Art. 181 - Os dormitórios que não dispuserem de instalações sanitárias privativas, deverão possuir pia com água corrente.

Art. 182 - Aplicar–se–ão aos hotéis, motéis, pensões e estabelecimentos congêneres as disposições relativas aos restaurantes no que lhes for aplicáveis.

Art. 183 - Os quartos, instalações sanitárias, salas e demais cômodos deverão dispor de uma ou mais aberturas em comunicação direta com o exterior, para fins de iluminação e ventilação.

§ 1º - Estarão isentos desta exigência os corredores até 10m (dez) metros de comprimento, caixa de escadas, poços, “hall” de elevadores e depósitos.

§ 2º - Poderá ser admitida, na forma deste Regulamento, a ventilação indireta ou forçada das instalações sanitárias e de outros compartimentos, a critério da autoridade competente.

Art. 184 - Os hotéis, motéis, pensões, casas de cômodos e estabelecimentos congêneres estarão sujeitos às exigências deste Regulamento, no que concerne às habitações em geral.

Parágrafo Único – A área mínima dos dormitórios será de 8m² (oito metros quadrados).

Art. 185 - Nos quartos, a área mínima por ocupante será de 5m² (cinco metros quadrados).

Art. 186 - Os hotéis, motéis, pensões, casas de cômodos e estabelecimentos congêneres deverão ter depósito de água com capacidade de 100 L (cem litros) por hóspede, levando–se em consideração a lotação prevista.

CAPÍTULO XIV

DOS ESTABELECIMENTOS DE TRABALHO EM GERAL

Art. 187 - Antes de iniciada a construção, reconstrução, reforma ou ampliação de qualquer estabelecimento de trabalho, deverá ser solicitada autorização da Secretaria de Saúde no que diz respeito à localização, ao projeto de construção e às atividades industriais.

Parágrafo Único – A autoridade sanitária, no que diz respeito à aprovação do local, deverá levar em conta:

I - Saneamento estabelecido pelas prefeituras municipais;

II - A natureza dos trabalhos a serem executados no estabelecimento;

III - A possibilidade de riscos à vida ou à saúde das populações vizinhas, bem como os incômodos que possam provocar.

Art. 188 - A Secretaria de Saúde só poderá autorizar a construção, reconstrução, reforma ou ampliação de um estabelecimento de trabalho, depois de devidamente instruída com plantas e memoriais descritivos, considerados suficientes onde estiverem consignados os materiais empregados, os produtos intermediários e finais, os métodos de trabalho, o destino dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos, e , se necessário, o

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tratamento ou os dispositivos utilizados no sentido de evitar que esses resíduos atuem como fonte de poluição atmosférica ou dos cursos d’água, representem uma ameaça à vida, à saúde, ou perturbem o sossego da população.

Art. 189 - Os estabelecimentos de trabalho só poderão funcionar depois de devidamente autorizados pela Secretaria de Saúde.

§ 1º - A solicitação para o funcionamento deverá ser feita em requerimento dirigido à autoridade sanitária.

§ 2º - A autoridade sanitária só poderá conceder autorização depois de verificar se o estabelecimento está conforme às especificações contidas no projeto aprovado e satisfaz as exigências deste Regulamento e de Normas Técnicas Especiais.

Art. 190 - Os que vierem a habitar ou construir, na vizinhança de um estabelecimento de trabalho regularmente instalado, tendo sido satisfeitas as exigências deste Regulamento quanto à construção, ao funcionamento e à utilização de dispositivos protetores contra a poluição e a contaminação ambientais, não poderão solicitar a sua remoção ou o fechamento.

Art. 191 - O pé direito mínimo dos locais de trabalho deverá ser de 4m (quatro) metros.

Parágrafo Único – Serão admitidas reduções, desde que atendidas às condições de iluminação e ventilação condizentes com a natureza de trabalho e que haja ausência de fontes de calor, obedecido o mínimo de 3,00m (três metros) em pavimentos superiores ao térreo.

Art. 192 - Os pisos deverão ser de material resistente liso e impermeável.

Parágrafo Único – A natureza e as condições do piso, paredes e forros, serão determinadas, tendo em vista o processo e as condições do trabalho, a juízo da autoridade competente.

Art. 193 - A superfície iluminante natural dos locais de trabalho será igual a 1/5 (um quinto) da área total do piso, no mínimo.

Art. 194 - A área de ventilação natural deverá corresponder, no mínimo, a 2/3 (dois terços) da superfície iluminante natural.

Art. 195 - Em casos especiais, tecnicamente justificados e a juízo da autoridade competente, serão permitidas a iluminação e a ventilação artificiais.

Art. 196 - Tendo a construção mais de 2 (dois) pavimentos, deverá ser dotada de, no mínimo, 2 (duas) escadas, situadas em locais diferentes, e, devidamente afastadas.

Parágrafo Único – Será permitido substituir as escadas ou uma delas por rampas.

Art. 197 - As escadas deverão ser de lances retos, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros), devendo ser de 19 (dezenove), no máximo, o número de degraus entre os patamares.

§ 1º - A altura máxima dos degraus deverá ser de 0,17m (dezessete centímetros) a sua largura não deverá ser inferior a 0,25 (vinte e cinco centímetros).

§ 2º - As rampas deverão ter, no mínimo, 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de largura, e declividade máxima de 15% (quinze por cento).

Art. 198 - As galerias, jiraus e similares, no interior dos locais de trabalho deverão atender às exigências contidas nos artigos 151 e 152 deste Regulamento.

Art. 199 - Haverá em todos os estabelecimentos de trabalho instalações sanitárias independentes para ambos os sexos, nas seguintes proporções:

I - 1 (uma) latrina, 1 (um) lavatório e 1 (um) chuveiro para cada 20 (vinte) operários;

II - 1 (um) mictório para cada 20(vinte) operários (homens).

Art. 200 - Os compartimentos de instalações sanitárias não poderão ter comunicação direta com os locais de trabalho, devendo existir, entre eles, ante–câmaras com abertura para o exterior.

Parágrafo Único – As instalações sanitárias deverão ter o piso e as paredes , até a altura mínima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), revestidos de material liso, impermeável, resistente e de fácil limpeza.

Art. 201 - Em todos os estabelecimentos, haverá vestiários em locais apropriados, separados por sexos.

Art. 202 - Nos estabelecimentos em que trabalharem mais de 10 (dez) operários , deverá existir um compartimento para ambulatório, destinado aos primeiros socorros, com área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados), paredes até 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), no mínimo, e piso, revestido de material liso, resistente e impermeável.

Art. 203 - Os estabelecimentos em que trabalharem mais de 30 (trinta) mulheres, com mais de 16 (dezesseis) anos de idade, deverão dispor de local apropriado, a juízo da autoridade competente, onde seja permitido manter, sob vigilância e assistência, os seus filhos, no período de amamentação.

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Parágrafo Único - Nesse local será obrigatória a existência de:

I - Berçário com área de 2,00m² (dois metros quadrados) por criança, na proporção de 1 (um) berço para cada 25 (vinte e cinco) mulheres, e área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados);

II - Saleta de amamentação com área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados);

III - Cozinha dietética com área mínima de 4,00m² (quatro metros quadrados);

IV - Compartimento de banho e higiene das crianças com área mínima de 4,00m² (quatro metros quadrados).

Art. 204 - Nos estabelecimentos em que trabalharem mais de 300 (trezentos) operários, será obrigatório a existência de refeitório.

Parágrafo Único – O refeitório deverá obedecer às seguintes condições:

I - Ter área de 0,40m² (quarenta centímetros quadrados) por trabalhador;

II - Ter paredes, até a altura mínima de 2,00m (dois metros), e o piso, revestido com material liso, resistente e impermeável;

III - Ter a superfície iluminante com área igual a 1/8 (um oitavo) da área do piso, no mínimo, e a ventilação, correspondente a 2/3 (dois terços) da superfície iluminante;

IV - Ter lavatório na proporção de 1 para cada 40 (quarenta) operários.

Art. 205 - Os dormitórios ou residências não poderão ter comunicação direta com os locais de trabalho, a não ser através de antecâmaras com abertura para o exterior.

Art. 206 - As instalações geradoras de calor serão localizadas em compartimentos especiais, ficando separadas, no mínimo, 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) das paredes vizinhas, e isoladas termicamente.

Art. 207 - As instalações causadoras de ruídos ou choques serão providas de dispositivos destinados a evitar tais inconvenientes, a critério da autoridade competente.

Art. 208 - Os gases, vapores, fumaças, poeiras e demais agentes de poluição, resultantes das atividades industriais, não poderão ser lançados na atmosfera, quando nocivos ou incômodos, sem tratamento adequado, a juízo da autoridade competente.

CAPÍTULO XV

DAS ESCOLAS E INTERNATOS

Art. 209 - As escolas deverão ser construídas de preferência em terrenos planos, secos, e em logradouros livres de intenso movimento de veículos, afastadas 80m (oitenta metros), no mínimo, de edificações destinadas à industrias que por sua natureza possam trazer riscos à saúde e à segurança dos alunos, bem como de ferrovias, hospitais, quartéis, cemitérios, necrotérios e depósitos de substâncias inflamáveis ou tóxicas.

Art. 210 - A área ocupada pelo prédio da escola não deverá exceder de mais da metade da área do terreno destinado ao estabelecimento.

Art. 211 - O prédio escolar deverá ter, no mínimo, 3 (três) faces isoladas, não podendo funcionar em construção geminada.

Art. 212 - As salas de aula deverão ser pintadas com tinta de cor clara, fosca, e ter o mobiliário convenientemente adaptado ao desenvolvimento físico do escolar.

Art. 213 - A área das salas de aula corresponderá no mínimo, a 1m² (um metro quadrado), por aluno lotado em carteira dupla, e a 1,35m² (um metro e trinta e cinco centímetros) quadrados quando em carteira individual.

Art. 214 - Os auditórios ou salas de grande capacidade ficarão sujeitos às seguintes exigências:

I - Área útil nunca inferior a 0,80m² (oitenta centímetros quadrados) por pessoa;

II - Visibilidade perfeita, comprovada para qualquer espectador, da superfície da mesa do orador, bem como dos quadros ou telas de projeção;

III - Ventilação natural ou renovação mecânica de 20m² (vinte metros cúbicos) de ar por pessoa, no mínimo, no período de 1 (uma) hora.

Art. 215 - O pé direito médio das salas de aula nunca será inferior a 3,00m (três metros), com o mínimo, em qualquer ponto, de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) .

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Parágrafo Único - Nas escolas técnicas profissionais, o pé direito das oficinas não poderá ser inferior a 4m (quatro metros).

Art. 216 - A área de ventilação das salas de aula deverá ser, no mínimo igual a 2/3 (dois terços) da superfície iluminante, a qual será igual ou superior a 1/5 (um quinto) da área do piso.

§ 1º - A iluminação artificial, utilizada unicamente em cursos noturnos, deverá ser difusa, uniformemente distribuída, de modo a não provocar ofuscamento ou sombras, e nunca inferior a 200 luxes, medidos na carteira, na parte menos iluminada da sala.

§ 2º - As escolas técnicas profissionais ou oficinas deverão receber luz da esquerda e do alto.

Art. 217 - As portas das salas de aula deverão ter largura mínima de 0,90m (noventa centímetros) e altura mínima de 2,00m (dois metros), e deverão abrir para fora.

Art. 218 - As paredes divisórias das salas de aula deverão ir até o teto, e ser construídas com materiais incombustíveis e não inflamáveis.

Art. 219 - O piso das salas de aula deverá ser de madeira, cerâmica, borracha ou outro material apropriado, a juízo da autoridade competente.

Art. 220 - Os corredores terão largura correspondente a 1cm (um centímetro) por aluno que deles se utilize, respeitado o mínimo de 1,80 (um metro e oitenta centímetros).

Parágrafo Único – No caso da existência de armários ou vestiários ao longo dos corredores, será exigido o acréscimo de 0,50m (cinquenta centímetros) por lado utilizado.

Art. 221 - As escadas e rampas internas deverão ter, em sua totalidade, largura correspondente, no mínimo, a 1cm (um centímetro) por aluno, previsto na lotação do pavimento superior, a crescida de 0,005m (cinco milímetros) por aluno de outro pavimento que delas dependa, respeitando o mínimo de 1,60 m(um metro e sessenta centímetros).

§ 1º - As escadas não poderão apresentar trechos em leque; os lances serão retos e os degraus não terão mais de 0,16m (dezesseis centímetros) de altura nem menos de 0,25m (vinte e cinco centímetros) de profundidade,

§ 2º - As rampas não poderão apresentar declividade superior a 15 (quinze por cento).

Art. 222 – As escolas deverão ter compartimentos sanitários devidamente separados por sexo.

§ 1º - Esses compartimentos, em cada pavimento, deverão ser dotados de latrinas em números correspondente, no mínimo, a uma para cada grupo de 25 (vinte e cinco) alunas; e 1 latrina e 1 mictório para cada 40 (quarenta) alunos; um lavatório para cada 40 alunos ou alunas, previsto na lotação do edifício.

§ 2º - As dimensões das bacias das latrinas atenderão às idades dos alunos.

§ 3º - As portas das celas em que estiverem situadas as latrinas deverão ser colocadas de forma a deixar um vão livre de 0,15m (quinze centímetros) de altura na parte inferior, e de 0,30 (trinta centímetros), no mínimo, na parte superior.

§ 4º - Será obrigatória a existência de instalações sanitárias nas áreas de recreação.

Art. 223 - Nas escolas, as cozinhas e copas, quando houver, deverão satisfazer às exigências mínimas estabelecidas para tais compartimentos, concernentes a restaurantes, atendidas, porém ás peculiaridades escolares.

Art. 224 - Nos internatos, serão observadas as disposições referentes às habitações em geral no que lhes for aplicável.

Art. 225 - Será obrigatória a existência de local coberto para recreio nas escolas primárias, ginasiais ou correspondentes com área, no mínimo, igual a 1/3 (um terço) da soma das áreas das salas de aula.

Parágrafo Único – As escolas cujos cursos ultrapassarem o período de uma hora ficarão dispensadas das exigências deste artigo.

Art. 226 - As escolas ao ar livre, os parques infantis e congêneres obedecerão às exigências deste Regulamento, no que lhes for especificamente aplicável.

Art. 227 - As escolas deverão ser dotadas de reservatórios de água potável, com capacidade mínima correspondente a 40 (quarenta) litros por aluno.

Parágrafo Único – Nos internatos, esse mínimo será de 150 litros por aluno.

Art. 228 - Será obrigatória a existência, nos internatos, de compartimentos destinados exclusivamente a alunos doentes.

CAPÍTULOS XVI

DOS HOSPITAIS E ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR

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Art. 229 - Antes de iniciada a construção, reconstrução, reforma٭ ou ampliação de hospital, casa de saúde, maternidade٭, sanatório ou de qualquer estabelecimento de assistência médico–hospitalar deverá ser solicitada autorização à Secretaria de Saúde.

Parágrafo Único – A solicitação deverá ser feita através de requerimento dirigido à Secretária de Saúde, no qual constem informações referentes à área, localização e memorial descritivo das funções e atividades a serem desenvolvidas, projeto arquitetônico, projetos das instalações de abastecimento de água; projeto das instalações de esgotos sanitários, projeto de instalações de esgoto pluvial, e outras informações consideradas indispensáveis, a critério da autoridade sanitária.

Art. 230 - Os hospitais, casas de saúde, maternidade e demais estabelecimentos de assistência médico–hospitalar só poderão funcionar depois de devidamente autorizada pela Secretária de Saúde.

§ 1º - A solicitação para funcionamento deverá ser feita através de requerimento dirigido à autoridade sanitária.

§ 2º - A autoridade sanitária só poderá conceder a autorização depois de verificar: se o estabelecimento está conforme às especificações contidas no projeto aprovado; se licenciado pelo serviço Técnico de Engenharia do Corpo de Bombeiros da Policia Militar de Pernambuco; e se satisfaz às exigências deste Regulamento e de Normas Técnicas Especiais.

Art. 231 - A licença de funcionamento deverá ser renovada anualmente, observada as determinações da Secretária da Fazenda no que se refere ao ano fiscal.

Art. 232 - Os hospitais e demais estabelecimentos de assistência médico–hospitalar deverão, de preferência, ser construídos a uma distância conveniente de indústrias, aeroportos, quartéis, depósitos de inflamáveis e explosivos , e casas de diversões.

§ 1º - Executam–se os hospitais pertencentes a estas organizações, a critério da autoridade sanitária.

§ 2º- A distância mínima será determinada pela autoridade sanitária com vistas aos inconvenientes específicos que possam advir.

Art. 233 - Nos hospitais e estabelecimentos congêneres, a área construída deverá ocupar no máximo, 50% (cinquenta por cento) da área total do terreno.

Art. 234 - Os hospitais e estabelecimentos congêneres deverão observar um recuo obrigatório de 5m (cinco metros), no mínimo, e um afastamento de 5m (cinco metros) das divisas dos lotes, no mínimo.

Art. 235 - Em todos os hospitais e estabelecimentos congêneres, deverão existir unidades independentes, destinadas a:

I - Internação;

II - Diagnóstico e tratamento ambulatorial, e

III - Administração e apoio ou serviços gerais.

Parágrafo Único – Para cada uma das unidades independentes deverá ser reservada a área mínima prevista nas Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 236 - A unidade de internação poderá ser constituída de apartamentos, quartos individuais, quartos com dois leitos e enfermarias.

Parágrafo Único – Apartamentos são dependências com instalações sanitárias próprias destinadas a um paciente e acompanhante.

Art. 237 - As enfermarias são dependências destinadas a receber 3 (três) ou mais pacientes, não podendo conter mais de 6 (seis) leitos em cada subdivisão, e uma unidade de enfermagem não deverá exceder de 24 (vinte e quatro) leitos.

Parágrafo Único – Nenhum leito poderá estar localizado a mais de 35,00m (trinta e cinco metros) do posto de enfermagem.

Art. 238 - A cada leito destinado ao paciente, deverá corresponder uma área mínima de:

I - 10,00m² (dez metros quadrados), sem dimensão inferior a 3,00m (três metros), em cômodos individuais;

II - 7,00m² (sete metros quadrados) em cômodos de 2 a 3 leitos;

III - 6,00m² (seis metros quadrados) em cômodos de 4 a 6 leitos.

Art. 239 - Em toda unidade de internação deverá existir um afastamento mínimo:

I - 0,50m (cinquenta centímetros) entre o leito e a parede paralela;

II - 1,00m (um metro) entre dois leitos paralelos;

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III - 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) entre o pé do leito e a parede ou outro leito.

Art. 240 - Em cada unidade de enfermagem, deverão existir instalações sanitárias, no mínimo, na proporção de:

I - 1 (uma) bacia sanitária e 1 (um) lavatório para cada 6 (seis) leitos;

II - 1 (um) chuveiro para cada 12 (doze) leitos.

§ 1º - Não deverão figurar neste cômputo as instalações sanitárias destinadas aos funcionários, médicos e visitantes, e as privativas de quartos ou apartamentos.

§ 2º - Na contagem de leitos não serão computados os pertences aos quartos que dispuserem de instalações sanitárias privativas.

§ 3º - As instalações sanitárias deverão obedecer às exigências deste Regulamento e às especificações contidas nas Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 241 - Em cada unidade de enfermagem deverão existir instalações sanitárias para funcionários, separadas por sexo, com bacia sanitária, pia e chuveiro.

Art. 242 - Em cada unidade de enfermagem será obrigatória a existência de dependências ou locais para o atendimento que deverão satisfazer ás especificações contidas nas Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 243 - Os quartos, apartamentos para doentes e as enfermarias deverão ter:

I - Pé direito mínimo de 3m (três metros);

II - Vãos livres de acesso de 0,90 (noventa centímetros) de largura, no mínimo;

III - Paredes revestidas de material liso, impermeável e resistente, até a altura de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), no mínimo;

IV - Piso revestido de material liso, impermeável e resistente à lavagem.

Art. 244 - Os hospitais destinados à crianças ou que tenham unidade de pediatria, deverão ter acomodações próprias com berços e leitos infantis.

Parágrafo Único - A unidade de pediatria destinar–se–á à internação de crianças até 12 (doze) anos de idade.

Art. 245 - Os berços e os leitos infantis, deverão estar situados em quartos individuais ou em unidade de enfermagem destinados exclusivamente a crianças.

Art. 246 - As unidades de enfermagem destinadas à crianças poderão conter mais de 24 (vinte e quatro) berços com subdivisões que tenham no máximo, 6 (seis) berços, e para cada um deverá ser reservada uma área não inferior a 2,30m² (dois metros e trinta centímetros quadrados), e não poderão estar situados a uma distância maior de 20m (vinte metros) do posto de enfermagem.

Art. 247 - Em toda enfermaria com berço deverá existir um balcão e pia com torneira comandada sem o uso das mãos, chamada de emergência e painel de vidro que permita a visualização das crianças.

Art. 248 - A unidade de enfermagem não poderá conter mais de 24 (vinte e quatro) leitos infantis, subdividida em enfermarias que tenham no máximo, 6 (seis) leitos infantis, e para cada leito deverá existir uma área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados) em dependência de até 3 (três) leitos ou 5m² (cinco metros quadrados) para as com 4 a 6 leitos, não poderão estar situados a mais de 35m (trinta e cinco metros) do ponto de enfermagem.

Art. 249 - Em toda unidade de enfermagem será obrigatória a existência de dependências ou locais para o atendimento que deverão satisfazer às especificações contidas nas Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 250 - Para cada grupo de 6 (seis) leitos infantis ou 6 (seis) berços deverão existir: uma bacia sanitária, uma pia e um chuveiro, não se computando a instalação sanitária dos quartos individuais ou a destinada ao pessoal.

Parágrafo Único – As bacias sanitárias destinadas a crianças menores de 6 anos deverão ser adaptadas à idade, e possuir equipamento para limpeza de urinóis.

Art. 251 - Para cada grupo de 12 (doze) berços devera existir uma banheira ou tinta instalada a 0,60m (sessenta centímetros) do solo, e com chuveiro manual.

Art. 252 - Os berçários deverão atender às exigências contidas nas Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

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Art. 253 - Todo hospital deverá possuir apartamentos, quartos ou enfermarias destindas exclusivamente ao isolamento de doentes ou portadores de doenças transmissíveis, na proporção de, no mínimo, 1 (um) leito para cada unidade de enfermagem:

I - Os doentes, portadores ou suspeitos de doenças transmissíveis deverão ser isolados segundo o tipo de infecção;

II - Os quartos ou enfermarias deverão ter acesso direto ao sanitário anexo e privativo, com latrina, pia, e chuveiro;

III - Deverá existir local apropriado, provido de laboratório, destinado à troca de aventais;

IV - As portas de acesso às enfermarias deverão ser duplas, com espaço, entre as mesmas, de 1m (um metro);

V - As janelas serão envidraçadas ou teladas.

Art. 254 - Em todo hospital geral ou estabelecimentos congêneres deverá existir uma sala de Cuidados Intensivos;

Parágrafo Único – Esta sala deverá atender às exigências contidas nas Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 255 - Nos hospitais ou estabelecimentos congêneres nos quais existirem Unidade de Terapia Intensiva, está deverá atender às exigências das Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 256 - Em todo hospital ou estabelecimentos congêneres em que se realize qualquer tipo de cirurgia deverá existir um Centro Cirúrgico.

Parágrafo Único – O Centro Cirúrgico deverá atender às exigências contidas nas Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 257 - O Centro Obstétrico deverá existir obrigatoriamente em toda a maternidade e nos hospitais e estabelecimentos congêneres que mantiverem uma seção de maternidade.

Parágrafo Único - O Centro Obstétrico deverá satisfazer às exigências das Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 258 - Em todo hospital os estabelecimentos congêneres deverá existir uma Unidade de Emergência.

Parágrafo Único – A Unidade de Emergência deverá atender às exigências das Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 259 - Em todo hospital ou estabelecimentos congêneres deverá existir uma unidade centralizada destinada à limpeza e à esterilização de todo equipamento e material utilizado no atendimento aos doentes.

Art. 260 - A área total mínima da Central de Esterilização deverá ser de 0,80m² (oitenta centímetros quadrados) por leito em estabelecimento até 200 leitos, ou de 0,60m² (sessenta centímetros quadrado) por leito em estabelecimentos com mais de 200 leitos.

Art. 261 - Na Central de Esterilização deverão existir locais destinados a:

I - Recepção, exame e limpeza do material, com mesa, aparelhos de lavagem, pias e balcões;

II - Limpeza dos carros de transporte, dotados de jato a vapor ou dosador de germicida;

III - Preparo do material a ser esterilizado, com mesas de trabalho e box envidraçado;

IV - Esterilização com estufa e autoclave;

V - Estocagem e distribuição do material esterilizado.

Art. 262 - O fluxo e a seqüência das operações deverão ser realizados de modo a evitar o cruzamento do material limpo com o sujo e, quando indicado, deverá haver barreira física entre as áreas.

Art. 263 - Em todo hospital geral e estabelecimentos congêneres deverão existir locais apropriados para a recepção, estocagem, preparo e distribuição dos alimentos e para a limpeza dos utensílios, com área mínima de 1,80m² (um metro e oitenta centímetros quadrados) por leito.

Art. 264 - Em todo hospital ou estabelecimento congêneres deverá existir uma área destinada à recepção, estocagem, distribuição e ao controle dos medicamentos;

I - Esta área não deverá ser inferior a 0,20m² (vinte centímetros quadrados) por leito, e nela deverá ser reservado:

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a) Local apropriado para a guarda dos medicamentos;

b) Local para o serviço administrativo;

c) Local para distribuição de medicamentos;

II - Será obrigatória a existência de pia com água corrente.

Art. 265 - A farmácia de todo hospital geral ou estabelecimentos congêneres deverá satisfazer as exigências deste Regulamento no que lhes for aplicável.

Art. 266 - As clinicas especializadas ou hospitais com unidade de fisioterapia, reabilitação ou cinesioterapia deverão possuir:

I - Local para recreação e sala de espera;

II - Local para controle do movimento de pacientes, com arquivo;

III - Consultórios;

IV - Locais destinados à aplicação fisioterápica, com cubículos individuais, tendo área mínima de 2,40m x 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);

V - Locais destinados a exercícios;

VI - Vestuários separados por sexo;

VII - Sanitários independentes para cada sexo, isolados dos vestiários;

VIII - Área de deposito, guarda de materiais e equipamentos;

IX - Vestiário e instalações sanitárias para o pessoal de serviço, separadas para cada sexo.

Art. 267 - As unidades de fisioterapia, reabilitação e cinesioterapia deverão atender às exigências deste Regulamento no que lhe for aplicável.

Art. 268 - Nos hospitais gerais e estabelecimentos congêneres, deverão existir locais apropriados para a realização de exames patológicos e análises clínicas com:

I - Sala de espera, comum ou separada por tipo de exames, e de recepção de material;

II - Salas destinadas à coleta do material, separadas por tipo de exame;

III - Salas para exames e análises, separadas por classe de exame;

IV - Local para limpeza, expurgo e desinfecção;

V - Secretaria;

VI - Sanitários;

VII - Local apropriado para depósito e guarda de material.

Art. 269 - Os laboratórios de análise e de exames patológicos dos hospitais e estabelecimentos congêneres com menos de 100 (cem) leitos e que só atenderem a pacientes internados, deverão possuir, no mínimo:

I - Sala com 36,00m² (trinta e seis metros quadrados) para exames e locais de expurgo;

II - Sala para coleta de material;

III - Secretaria.

Art. 270 - O laboratório de exames patológicos e de análises clínicas dos hospitais e estabelecimentos congêneres deverá atender às exigências de Normas Técnicas Especiais e as deste Regulamento no que lhes for aplicável.

Art. 271 - As instalações elétricas , hidráulicas, mecânicas e especiais deverão atender às exigências deste Regulamento e estar conforme às especificações constantes nas Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 272 - Em todo hospital geral ou estabelecimentos congêneres será obrigatória a existência de local, com área mínima de 9m² (nove metros quadrados), exclusiva para o armazenamento e a seleção pré–transfusional de sangue, com pia e balcão, geladeira e duas centrífugas.

Art. 273 - Nos hospitais ou estabelecimentos congêneres, em que se processarem a coleta de sangue para transfusão, será obrigatória a existência, no mínimo de:

I - Sala de recepção, espera e registro;

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II - Sala de entrevista e exame clínico;

III - Sala para coleta de sangue, com pia e balcão, armário, cadeira reclinável ou mesa de exame;

IV - Local para alimentação dos doadores;

V - Sala para classificação, armazenamento e seleção de sangue a transfundir, dotada de pia com balcão ou mesa com tampo impermeável, geladeira com congelador e armário.

Art. 274 - Os serviços de transfusão sangüínea deverão atender às exigências de Normas Técnica Especiais e às deste regulamento no que lhes for aplicável.

Art. 275 - Para os serviços administrativos dos hospitais gerais ou estabelecimentos congêneres deverão ser reservados salas ou locais destinados a:

I - Entrada com sala de espera;

II - Sala para admissão e registro, em hospitais com mais de 100 (cem) leitos;

III - Sala para entrevistas , em hospitais com mais de 100 (cem) leitos;

IV - Sala para diretor;

V - Sala para diretor clínico, obrigatória nos hospitais com mais de 100 (cem) leitos;

VI - Sala para contabilidade;

VII - Sala para tesouraria, obrigatória nos hospitais com mais de 100 (cem) leitos;

VIII - Depósito para material de limpeza;

IX - Sanitários separados por sexo;

X - Sala para serviço do pessoal.

Art. 276 - As salas destinadas aos serviços administrativos deverão ser convenientemente iluminadas e ventiladas, com pé direito mínimo de 3m (três metros) e área mínima de 12m² (doze metros quadrados).

Art. 277 - Em todos os locais ou salas na unidade de administração, nos quais os doentes tenham acesso, as paredes deverão ser revestidas até 1,80m (1 um metro e oitenta centímetros) de material liso, impermeável e resistente; o piso deverá ser de material liso, impermeável e resistente às lavagens; e deverão ser dotadas de pias.

Art. 278 - Em todo hospital ou estabelecimentos congêneres deverá existir uma Unidade de Documentação Médica.

Parágrafo Único – A Unidade de Documentação Médica será responsável pelo processamento e guarda dos prontuários médicos e pela elaboração de toda estatística hospitalar.

Art. 279 - A Unidade de Documentação Médica deverá atender às exigências das Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 280 - Todo hospital ou estabelecimentos congêneres deverá enviar periodicamente informações estatísticas à Secretaria de Saúde.

Parágrafo Único - A Secretaria de Saúde solicitará informações que possibilitem o conhecimento de morbidade e de mortalidade, os serviços prestados e outras que julgar necessárias.

Ar. 281 - Todo hospital ou estabelecimentos congêneres, deverá possuir locais apropriados para a guarda e depósito de objetos, constituídos de:

I - Almoxarifado, destinado á guarda de material de consumo, com exceção de medicamentos e de gêneros alimentícios, com área mínima de 0,80m² (oitenta centímetros quadrados) por leito;

II - Depósito de material de limpeza;

III - Depósito de objetos em desuso; e

IV - Arquivo morto.

Art. 282 - Nos hospitais gerais e estabelecimentos congêneres será recomendável a instalação de lavandaria.

Parágrafo Único – A instalação tornar-se-á obrigatória, quando o processamento da roupa for feito no hospital.

Art. 283 - Os hospitais ou estabelecimentos congêneres que não tiverem lavandaria, deverão possuir instalações adequada á desinfecção da roupa contaminada.

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Art. 284 - A lavandaria deverá estar localizada na área de serviços de apoio, com um mínimo de 1,70m² (um metro e setenta centímetros quadrados) por leito.

Art. 285 - As lavandarias de hospitais deverão ser construídas e organizadas de modo a permitir uma separação física entre a área contaminada e as demais.

Art. 286 - Em todo hospital ou estabelecimentos congêneres deverão existir locais apropriados, destinados à acomodação do corpo clínico e de outros funcionários.

Parágrafo Único – Os locais destinados à acomodação do corpo clínico e dos demais funcionários deverão satisfazer às exigências contidas nas Normas de construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 287 - A Unidade de Radiodiagnóstico do hospital e estabelecimentos congêneres deverá atender às exigências de Normas Técnicas Especiais e as deste Regulamento, e estar conforme às contidas nas Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 288 - Em todo hospital e estabelecimentos congêneres deverão existir entradas independentes, destinadas a:

I - Pacientes e visitantes;

II - Serviço, funcionários e mercadorias;

III - Emergência.

Art. 289 - Os corredores deverão ter a largura mínima de:

I - 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), nas unidades de administração;

II - 2,00m (dois metros) nas unidades de internação;

III - 2,00m ( dois metros) na unidade de apoio ou serviços gerais.

Parágrafo Único – No Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico e na Unidade de Emergência será obrigatória a largura de 3,00m (três metros), no caso de circulação única; e 2,20m (dois metros e vinte centímetros), para a circulação principal e 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) para circulação secundária.

Art. 290 - A circulação vertical será assegurada por meio de escadas, rampas, elevadores, monta–carga e tubos de queda.

Art. 291 - Nos hospitais e estabelecimentos congêneres, as escadas deverão ser construídas de material incombustível e atender às seguintes exigências:

I - Largura mínima de1,50m (um metro e cinquenta centímetros) para as que deverão ser utilizadas por pacientes;

II - Deverão estar situadas a uma distância máxima de 30m (trinta metros) de qualquer leito destinado à internação;

III - As destinadas exclusivamente a funcionários poderão ter a largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros)

IV - Os degraus não deverão ter altura superior a 0,15m (quinze centímetros) nem profundidade inferior a 0,30m (trinta centímetros);

V - Não poderão ser construídas em leque;

VI - É obrigatória a existência de um patamar, com comprimento mínimo de 1m (um metro), sempre que o número de degraus exceder de 15 (quinze);

VII - Deverão ser providas de corrimão ou balaustrada;

VIII - O vão da escada não poderá ser aproveitado para instalação de elevador, monta–cargas ou tubos de queda;

IX - Serão de existência obrigatória em toda edificação com dois ou mais pavimentos.

Art. 292 - As rampas de hospitais ou de estabelecimentos congêneres deverão satisfazer às seguintes exigências:

I - Terem declividade no máximo até 10% (dez por cento);

II - Terem patamar com 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de profundidade, no mínimo, entre cada pavimento servido;

III - Serem construídas de material resistente e incombustível;

IV - Terem o piso revestido com material antiderrapante;

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V - Só poderão ser utilizadas para atender, no máximo, dois pavimentos;

VI - Deverão ter a largura mínima de 1,60 (um metro e sessenta centímetros);

VII - Deverão ser providos de corrimãos;

VIII - Em nenhum ponto da rampa, o pé direito poderá ser inferior a 2m (dois metros).

Art. 293 - Os elevadores de hospitais ou de estabelecimentos congêneres deverão atender ás exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas e satisfazer requisitos específicos.

Art. 294 - Será obrigatória a existência de elevadores destinados ao transporte de pacientes nos hospitais com mais de dois pavimentos e naqueles com dois pavimentos mas que não possuem rampa.

Art. 295 - Os elevadores de pacientes deverão:

I - Ser em número de 2, no mínimo, nos hospitais com até 200 leitos, e de 1 para cada 100 leitos excedentes;

II - Ter dimensões mínimas de 2,20m (dois metros e vinte centímetros);

III - Portas de correr simultâneas, com largura mínima de 1,10m (um metro e dez centímetros);

IV - Ter nivelador automático e dispositivo de interrupção de chamadas.

Art. 296 - Os elevadores que servirem a mais de 4 (quatro) pavimentos deverão ter cômodo automático, coletivo, com seleção na subida e na descida.

Art. 297 - Nos hospitais e estabelecimentos congêneres com serviço de nutrição e dietética, situado em pavimento outro que não o térreo, deverá haver um elevador ou monta–carga destinado a este serviço.

Art. 298 - Os monta–cargas de hospitais e estabelecimentos congêneres deverão atender às exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas, além das seguintes:

I - As portas não deverão se comunicar diretamente com o corredor;

II - Só poderão ser utilizados para transporte de carga limpa.

Art. 299 - Os tubos de queda para transporte de lixo e roupa suja deverão ter:

I - Superfície interna lisa com diâmetro não inferior a 0,60m (sessenta centímetros);

II - Portas que permitem vedação completa, com mecanismo ou sinalização que impeça a abertura simultânea de mais de uma porta e não deverão abrir para corredores ou outra área comum;

III - Dispositivos que permitam a limpeza e a desinfecção;

IV - Abertura superior localizada a 1m (um metro), no mínimo, acima do telhado e situada a um distância mínima de 2,00m (dois metros) de outra superfície vertical.

Art. 300 - Na construção de hospitais e estabelecimentos congêneres , o pé direito deverá:

I - Nas salas de cirurgia, de parto, de emergência e outras com luminárias instaladas no teto, ter, no mínimo, 3,00 (três metros), não computada o espaço para dispositivos de sustentação e ductos;

II - Nas salas de radiologia, de medicina física, cozinha, lavandaria e esterilização, deverá estar de acordo com o equipamento a ser instalado, a fim de que seja mantido o pé direito útil básico de 3,00m (três metros);

III - Nas demais unidades, não deverá ser inferior a 2,80m (dois metros e oitenta centímetros).

Art. 301 - Canos e trilhos, suspensos em locais de circulação, deverão ser instalados, pelo menos, à altura de 2,20 (dois metros e vinte centímetros).

Art. 302 - Todo o material utilizado para o acabamento de tetos, paredes e pisos deverá ser resistentes e de fácil limpeza.

Art. 303 - As tubulações do sistema elétrico, hidráulico e mecânicos, destinadas ao abastecimento e à coleta em unidades de diagnóstico e tratamento, bem como as tubulações destinadas ao abastecimento e à coleta no serviço de nutrição e dietética, central de esterilização e lavandaria nunca deverão se embutidas, passarão através de forro ou piso falso, desembocando em poços visitáveis.

Art. 304 - Nas áreas sensíveis não deverá haver tubulações expostas.

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Art. 305 - As unidades que exigirem permanência prolongada de pessoas ou servirem de grada de material que possa ser afetado por eventual irradiação (despensas, farmácia, almoxarifado e outras) não deverão ser instaladas imediatamente abaixo do serviço de radiologia.

Art. 306 - O acabamento do teto, paredes e piso das unidades de radiologia deverá obedecer às exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas, referente à matéria.

Art. 307 - Nos locais onde houver aglomeração de público, fontes de ruídos ou vibração, deverão ser previstos revestimentos, de acordo com o que prescreve a Associação Brasileira de Normas Técnicas, referente à matéria.

Art. 308 – Refeitório geral, salas de recreação e mecanoterapia não deverão estar localizados sobre quartos, enfermarias, salas de cirurgia, parto ou terapia intensiva, salvo quando forem adotadas medidas de proteção acústica.

Art. 309 - Salas que contiverem equipamento produto de calor deverão ser isoladas e ventiladas de forma a impedir o aquecimento do piso localizado sobre as máquinas e paredes.

Art. 310 - Onde for prevista a utilização de agentes anestésicos inflamáveis, deverá ser colocado piso condutor.

Art. 311 - Todos os pisos sujeitos à lavagem constante deverão ser de material resistente à água e soluções germicidas, isentos de desenhos e ranhuras que dificultem a limpeza.

Art. 312 - O piso nas áreas de trabalho molhado do serviço de nutrição, lavandaria e central de esterilização, deverá ter superfície antiescorregadia.

Art. 313 - Teto, paredes e piso de salas de cirurgia, parto, recuperação, terapia intensiva, berçários e outras áreas igualmente sensíveis, deverão ser perfeitamente lisos, sem frestas ou saliência que possam abrigar partículas de sujeiras. As interseções de paredes entre si e paredes e piso deverão ser preferentemente arredondadas.

Art. 314 - O acabamento em serviço de nutrição e dietética, copas, expurgos e salas de necropsias não deverá proporcionar frestas, saliências, cantos ou aberturas que possam abrigar insetos, roedores e sujeira. As interseções entre paredes e piso deverão ser preferentemente arredondadas e contínuas.

Art. 315 - Nas unidades de psiquiatria para casos agudos, as interseções das paredes deverão, sempre que possível, apresentar concordâncias arredondadas com raio mínimo de 0,30m (trinta centímetros).

Art. 316 - Em todos os leitos destinados a pacientes, deverá existir um botão de chamada ligado ao posto de enfermagem e a sala de serviço, com sinalização sobre a porta do apartamento, quarto ou enfermaria.

Parágrafo Único - Nas cômodos destinados a isolamento, a chamada deverá ser ligada por meio de cordão descartável.

Art. 317 - Sempre que possível, deverá existir em cada sanitário uma chamada de emergência, com sinalização individualizada.

Art. 318 - Deverão existir chamadas de emergência, para uso de enfermagem nas salas de cirurgia, parto, recuperação, emergência, cuidados intensivos e terapia intensiva.

Art. 319 - A instalação elétrica dos hospitais e estabelecimentos afins deverá atender às exigências de Normas Especiais e às constantes das Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 320 - Os esgotos sanitários dos hospitais e estabelecimentos afins deverão atender a todas as exigências deste Regulamento, além de:

I - O tubo de esgoto não deverá ser instalado no teto ou ficar exposto na sala de cirurgia, na sala de parto, sala de recuperação ou terapia intensiva, berçário, áreas de estocagem e preparo de alimentos, refeitório, áreas de preparo e estocagem de material esterilizado, rouparia e outras áreas sensíveis à contaminação;

II - Nenhuma bolsa de tubo ou conexão será montada em sentido contrário ao do escoamento;

III - Deverão ser instalados ralos em todos os cômodos que necessitam de lavagem constante;

IV - Não deverá haver ralos na sala de cirurgia e na sala de parto;

V - Deverá existir caixa de retenção para os efluentes da sala de gesso, cozinha, copa, lavandaria e oficinas.

Art. 321 - Em todo hospital ou estabelecimentos congêneres, deverá ser instalada, no mínimo, uma caldeira a vapor.

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Parágrafo Único – A caldeira deverá atender a todas as exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas e às do Departamento Nacional de Higiene e Segurança do Trabalho.

Art. 322 - A caldeira deverá ter capacidade conveniente, calculada na dependência dos aparelhos a serem abastecidos, com previsão de uma pressão mínima equivalente a 2 bar (kp/cm²).

Art. 323 - A rede de distribuição deverá ser de aço preto, sem costura, revestida com material isolante e não poderá ser embutida.

Art. 324 - Em todo hospital ou estabelecimentos congêneres em que for instalado um sistema centralizado de óxido nitroso, este deverá estar conforme à Associação Brasileira de Normas Técnicas, no que diz respeito a sistema centralizados de agentes de uso medicinal.

Parágrafo Único – A rede de distribuição deverá assegurar um posto de utilização para cada local de anestesia em sala de cirurgia, parto e radiologia.

Art. 325 - Em todo hospital ou estabelecimentos congêneres em que for instalado um sistema centralizado de oxigênio, este deverá atender às exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas, referentes a sistemas centralizados de agentes oxidantes de uso medicinal.

Art. 326 - No sistema centralizado, a rede de distribuição deverá assegurar postos de utilização de oxigênio, em:

I - Unidades de internação – um posto poderá servir simultaneamente a dois leitos;

II - Salas de cuidados intensivos, recuperação e terapia intensiva – um posto para cada leito;

III - Salas de cirurgia e emergência, - um posto para cada local de anestesia;

IV - Berçários – um posto para cada incubadora e um, no mínimo, para cada quatro berços;

V - Salas de trabalho de parto e sala de parto – dois postos por leito;

VI - Salas de exames radiológicos – um posto para cada sala de exame.

Art. 327 - Em todo hospital em que for instalado um sistema central de aspiração médico–cirúrgica, este deverá atender as especificações referentes a vácuo clínico, das Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

Art. 328 - O sistema de abastecimento e distribuição de água dos hospitais e estabelecimentos congêneres deverá satisfazer a todas as exigências deste Regulamento, além de ter:

I - A canalização da rede externa de abastecimento ligada apenas à caixa d’água não sendo permitida qualquer outra conexão de saída;

II - Capacidade de fornecer, no mínimo, 600 l, (seiscentos litros) por leito/dia

III - Dois reservatórios, no mínimo, de modo a permitir a limpeza periódica dos mesmos sem interrupção do abastecimento;

IV - Os reservatórios, dimensionados de modo a assegurar autonomia do abastecimento, por dois dias, no mínimo;

V - Dois grupos pelo menos de moto-bomba, para uso alternado;

VI - Pressão mínima, nos postos de saída, não inferior a 0,5 kgf/cm²;

VII - Hidrômetros setoriais ou torneiras de passagem que possibilitem a interrupção do fornecimento para a lavandaria, o serviço de nutrição e dietética, central de esterilização, a hidroterapia, a revelação automática e o sistema central de ar condicionado.

Art. 329 - Na instalação de lavatórios, pias, torneiras, vasos sanitários, chuveiros e bebedouros em hospitais e estabelecimentos congêneres deverão ser atendidas a todas as exigências deste Regulamento e ás das Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

CAPÍTULO XVII

DAS CLÍNICAS, INSTITUTOS E SALÕES DE BELEZA, CABELEIREIROS, BARBEARIAS, CASAS DE BANHOS, SAUNAS

Art. 330 - As clínicas, institutos e salões de beleza, casas de banhos e saunas, só poderão funcionar após a autorização da autoridade sanitária.

§ 1º - A solicitação para funcionamento deverá ser feita através de requerimento dirigido à Secretaria de Saúde, com informações relativas à localização, às atividades a serem desenvolvidas e outras a serem julgadas necessárias, a critério da autoridade sanitária.

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§ 2º - A licença para funcionamento deverá ser renovada anualmente, observadas as determinações da Secretaria da Fazenda no que se refere a ano fiscal.

Art. 331 - Os locais destinados e institutos ou salão de beleza, cabeleireiros e barbearias terão:

I - Áreas mínima de 9m² (nove metros quadrados) por cadeira instalada e 4m² (quatro metros quadrados) por cadeira excedente;

II - Piso revestido de material liso, impermeável, resistente e que preste a lavagem constantes;

III - Paredes revestidas até 2m (dois metros), no mínimo, de material liso, impermeável e resistente.

Art. 332 - Todo estabelecimento destinado a instituto ou salão de beleza, cabeleireiro, barbearia, casa de banho e sauna deverá se abastecido de água potável e possuir, no mínimo. além dos utensílios indispensáveis, uma latrina e um lavatório.

Art. 333 - Nos institutos e salões de beleza, barbearias, cabeleireiros, casas de banho e saunas serão permitidos outros ramos da atividade comercial, exceto a venda de gêneros alimentícios , desde que não interfiram no uso da área mínima destinada àquelas atividades e sejam separadas.

Art. 334 - As casas de banho e sauna observarão as disposições referentes aos institutos e salões de beleza, no que lhes for aplicável e mais as seguintes:

I - As banheiras serão de ferro esmaltado ou de material aprovado pelo órgão competente;

II - Os quartos de banhos terão superfície mínima de 3m² (três metros quadrados).

Art. 335 - As banheiras deverão ser sempre lavadas; desinfetadas após cada banho.

Art. 336 - Não será permitida nos institutos e salões de beleza, cabeleireiros, barbearias, casas de banhos e saunas , a existência de aparelhos de fisioterapia.

Parágrafo Único - A existência, nestes estabelecimentos, de aparelhos de fisioterapia implicará na obrigatoriedade de um profissional devidamente habilitado.

Art. 337 - As clínicas de beleza só poderão funcionar sob responsabilidade de profissional devidamente habilitado e deverão ter, no mínimo:

I - Sala de atendimento de clientes;

II - Sala de consultas;

III - Sala destinadas às aplicações.

Parágrafo Único – A sala destinada às aplicações deverá ter área mínima de 10m² (dez metros quadrados), piso liso, impermeável e resistente, paredes revestidas até a altura de 2m (dois metros), no mínimo, de material liso, impermeável e resistente.

Art. 338 - O sabão fornecido aos banhistas deverá ser de uso individual.

Art. 339 - O pessoal que exercer as atividades nas clínicas, institutos e salões de beleza, barbearias, casas de banhos e saunas, deverá ter “Carteira de Saúde”, renovada anualmente, manter absoluto asseio pessoal e usar aventais de cores claras.

Art. 340 - As roupas, utensílios, bem como as instalações das casas de banho e saunas deverão ser mantidas limpas e desinfetadas.

Parágrafo Único – As roupas utilizadas nos quartos de banhos deverão ser individuais, não podendo servir a mais de um banhista sem prévia lavagem e desinfeção.

Art. 341 - Será proibido às casas de banho atenderem pessoas que sofrerem de dermatoses, doenças transmissíveis ou repugnantes.

Parágrafo Único – Os estabelecimentos que tiverem médico responsável, em caráter permanente, poderão atender pessoas nessas condições, obedecidas as determinações do profissional.

CAPÍTULO XVIII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DE SANEAMENTO

Art. 342 - O locatário ou morador será o responsável pela limpeza e condições de higiene do prédio ou da habitação.

Parágrafo Único – Nos prédios desocupados a responsabilidade recairá sobre o proprietário ou procurador.

Art. 343 - Nenhum prédio ou parte de prédio destinado à habitação, individual ou coletiva, poderá ser ocupado ou utilizado sem prévia autorização da autoridade competente.

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Art. 344 - A autoridade sanitária poderá impedir a ocupação ou utilização de um prédio, desde que o mesmo não satisfaça às exigências deste Regulamento.

Art. 345 - Quando um prédio ou parte de prédio não oferecer as condições de higiene necessárias, a autoridade sanitária intimará o responsável a realizar as melhorias necessárias.

Parágrafo Único – A autoridade sanitária ao verificar que um prédio não oferece condições de segurança, deverá fazer a comunicação de imediato à Prefeitura Municipal.

Art. 346 – Quando o locatário, proprietário ou seus procuradores, não realizarem as melhorias necessárias e indicadas, no prazo previsto, a autoridade sanitária solicitará a desocupação do prédio, devendo a Prefeitura Municipal retirar a licença dos estabelecimentos por ela licenciados.

Art. 347 - A autoridade sanitária, quando julgar conveniente, mandará afixar o edital de interdito no prédio ou parte do prédio ocupado.

Parágrafo Único – O edital de interdito só poderá ser levantado pala autoridade sanitária, sob pena de mulata e a ação judicial.

Art. 348 - Quando a autoridade sanitária houver esgotado todos os recursos legais consignados neste Regulamento e, apesar disto, não tiverem sido executadas as obras e melhorias indicadas, esteja o prédio ocupado ou não, as demolições, obras ou melhoramentos necessários serão executados pela Prefeitura Municipal, correndo as despesas por conta dos infratores, sendo cobradas executivamente.

Art. 349 - Será afixado o edital de interdito nos prédios que, estando desabitados, não puderem ser visitados por se desconhecer o endereço do depositário das respectivas chaves, demora ou recusa do mesmo em cedê-las ou por dificuldades por ele criadas.

Parágrafo Único – O edital de interdito só poderá ser retirado depois que forem realizadas as obras e melhorias indicadas pela autoridade sanitária.

Art. 350 - Estando um prédio ou parte do mesmo sob ação da autoridade judiciária ou de outra, e sendo indicada a realização de obras com vistas à saúde pública, a autoridade sanitária solicitará a cooperação do órgão judiciário ou de outro indicado, no sentido de que sejam sanadas as irregularidades.

Art. 351 - Quando em um prédio, interditado pela autoridade judiciária ou outra, houver gêneros alimentícios deteriorados ou quaisquer substâncias que possam prejudicar a saúde pública ou causar–lhe incômodos, a autoridade sanitária comunicará o fato à autoridade competente, solicitando–lhe autorização para realizar a remoção ou destruição das substâncias julgadas nocivas, perigosas ou incômodas.

Art. 352 - Será obrigatório o mais rigoroso asseio nos domicílios particulares e suas dependências, nas habitações coletivas, casas comerciais, nos armazéns, trapiches ou estabelecimentos de qualquer natureza, e seus responsáveis estarão sujeitos às penalidades previstas.

Parágrafo Único – Todas as instalações sanitárias, tanques, banheiros, mictórios, latrinas, seus aparelhos e acessórios, deverão ser mantidos em perfeitas condições de funcionamento e rigoroso asseio.

Art. 353 - Os compartimentos das edificações não poderão atender a finalidades diferentes daquelas para as quais foram construídas, salvo quando satisfizerem todas as exigências deste Regulamento e devidamente licenciado para a nova utilização.

Art. 354 - Qualquer prédio ou parte de prédio só poderá ser transformado em hotel, casa de cômodos , pensão ou estabelecimentos afim, com assentimento da autoridade sanitária.

Art. 355 - Será proibido criar ou manter animais que por sua espécie ou quantidade, possam causar insalubridade ou incômodo aos vizinhos.

Art. 356 - Será proibido utilizar quaisquer compartimento de uma habitação, inclusive porões ou sótãos, para deposito de galinhas ou de outros animais.

Art. 357 - Nos prédios em construção haverá instalações provisórias adequadas, a critério da autoridade sanitária, para deposição dos dejetos dos operários.

Art. 358 - Deverão ser utilizados os meios indicados pela autoridade sanitária no sentido de que as águas de infiltração ou pluviais acumuladas nas escavações não sirvam de procriação a insetos.

Art. 359 - Os terrenos baldios deverão ser convenientemente fechados, drenados, e periodicamente limpos e capinados.

Parágrafo Único – Será obrigatória a remoção ou soterramento de resíduos putrescíveis, assim como de latas ou de quaisquer outros recipientes que possam acumular água.

CAPÍTULO XIX

DOS CEMITÉRIOS, CREMATÓRIOS, NECROTÉRIOS E LOCAIS DESTINADOS A VELÓRIOS

Art. 360 - Os cemitérios, crematórios, necrotérios e locais destinados a velórios só poderão ser construídos, reformados, ampliados ou instalados, depois de autorizados pela autoridade sanitária.

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Art. 361 - O requerimento solicitando a autorização para construção, reforma ou ampliação, deverá ser dirigido à Secretaria de Saúde e instruído com as seguintes informações:

I - Localização do terreno com planta especificando dimensões, orientação, denominação e largura do logradouro público para qual faz frente e distância da esquina do logradouro mais próximo;

II - Situação do terreno com plantas nas quais constem: área, orientação das construções vizinhas;

III - Plantas de construção com especificações na escala de 1:100 (um por cem)

Parágrafo Único – A autoridade sanitária poderá solicitar outras informações que julgar necessárias.

Art. 362 - Os cemitérios, crematórios, necrotérios e locais destinados a velórios só poderão funcionar depois de autorizados pela autoridade sanitária.

§ 1º - A solicitação para o funcionamento deverá ser feita através de requerimento.

§ 2º - A autoridade sanitária só poderá conceder a autorização depois de verificar as exigências deste Regulamento e se estão de acordo com as posturas municipais e a Legislação Federal vigentes.

Art. 363 - Os cemitérios serão construídos em pontos elevados, de preferência em zona rural, afastados de habitações, escolas, hospitais, fábricas e quartéis, em locais de fácil acesso, na contravertente das águas de abastecimento, e deverão ficar isolados por logradouros públicos com largura mínima de 14,00m (quatorze metros), em zonas abastecidas pela rede de água, ou de 30,00 (trinta metros) em zonas não providas das mesmas.

Parágrafo Único – Em caráter excepcional, serão tolerados a juízo da autoridade sanitária, cemitérios em regiões planas.

Art. 364 - Nos cemitérios, o nível superior do lençol d’água deverá ficar 2,00m (dois metros), no mínimo, da superfície do terreno.

Art. 365 - O nível dos cemitérios em relação aos cursos de água vizinhos, deverá ser suficientemente elevado, de modo que as águas das enchentes não atinjam o fundo das sepulturas.

Art. 366 - Os vasos ornamentais deverão ser feitos de modo a não conservarem água, que permita a procriação de insetos.

Art. 367 - Os crematórios deverão satisfazer às seguintes condições:

I - Estarem situados ou localizados em zona rural, afastados de habitações, escolas, fábricas, hospitais, ou outras edificações de uso coletivo;

II - Serem construídos de alvenaria e atender a todos as exigências das habitações em geral no que lhes for aplicável;

III - Disporem das seguintes instalações; sala de vigília com iluminação adequadas; sala de descanso;

IV - Terem câmara crematória que assegure completa incineração.

Art. 368 - Será permitida a construção de velórios junto aos crematórios, desde que devidamente autorizados e com instalações próprias.

Art. 369 - Os necrotérios e locais destinados a velórios deverão ficar, no mínimo, 4,00m (quatro metros) afastados dos terrenos vizinhos.

Art. 370 - Os locais destinados a velórios deverão ter ventilação e iluminação naturais suficientes e disporem, no mínimo de sala de vigília, compartimento de descanso e instalações sanitárias independentes por sexos.

Art. 371 - A sala de velório deverá ter acesso independente, pé direito mínimo de 4m (quatro metros) e área de 12m² (doze metros quadrados), no mínimo.

Art. 372 - As paredes dos necrotérios e dos locais destinados a velórios deverão ter os cantos arredondados e receberão revestimento liso, resistente e impermeável, até 2,00m (dois metros) de altura, no mínimo.

Art. 373 - Os necrotérios deverão ter acesso independente, sala destinada à vestuário e instalação sanitárias próprias.

Art. 374 - A sala de necrotério deverá ter pé direito, no mínimo, de 4m (quatro metros) e 6m² (seis metros quadrados) por mesa de necrópsia, com no mínimo de 15m (quinze metros).

Art. 375 - O piso do necrotério e dos locais de velório deverá ser revestido de material liso, resistente e impermeável e ter declividade para escoamento das águas de lavagem.

Art. 376 - As mesas dos necrotérios deverão ser de aço inoxidável, mármore, vidro, ardósia ou material congêneres e construídas de forma a facilitar o escoamento dos líquidos que terão destino conveniente,

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Art. 377 - As mesa dos necrotérios deverá, ter, no mínimo, 2m (dois metros) por 0,70m (setenta centímetros) e sobre ela deverá existir torneira ou outro dispositivo que garanta a vasão permanente de água durante a realização da necrópsia.

Art. 378 - Na sala de necrópsia deverá existir armário para guarda de equipamentos, local para redação, e para cada mesa de necrópsia será exigida uma pia com balcão de aço inoxidável, mármore ou material congênere, ligado à rede de esgoto.

Art. 379 - Em todo necrotério com mais de duas mesas de necrópsia deverá existir uma câmara frigorífica.

Parágrafo Único- A câmara frigorífica deverá assegurar a manutenção de uma temperatura de 4ºc (± ½ºc) e umidade relativa de 70%±.

Art. 380 - A autoridade sanitária, ao verificar que um cemitério, necrotério ou velório, não satisfaz às exigências deste Regulamento, deverá solicitar à autoridade municipal ou responsável as providências que julgar convenientes.

Parágrafo Único – A autoridade municipal ou responsável terá um prazo de 3 (três) meses para realizar as obras necessárias.

Art. 381 - A autoridade sanitária poderá exigir a construção de um novo cemitério, necrotério ou velório, à autoridade municipal, no prazo de 6 (seis) meses, quando constatar a impossibilidade de adaptá–los às exigências deste Regulamento.

Art. 382 - Em todo cemitério deverá existir um administrador, responsável perante a Secretária de Saúde, e um livro especial, devidamente rubricado, onde serão anotados: nome, idade, sexo, residência, causa de morte, local e data do óbito, e data de inumação do todo sepultamento, à disposição da autoridade sanitária.

Parágrafo Único – Não será registrada a causa de morte no caso deste não constar no atestado Médico da Certidão de Óbito, sendo anotado apenas que se trata de morte natural.

Art. 383 - Em todo cemitério deverá existir um necrotério.

Parágrafo Único – As autoridades municipais deverão providenciar a sua construção no prazo de 6 (seis) meses, a partir da data da publicação do presente Regulamento.

CAPÍTULO XX

DAS CASAS FUNERÁRIAS, INUMAÇÕES, EXUMAÇÕES, TRANSLADAÇÕES E CREMAÇÕES.

Art. 384 - As casas funerárias só poderão exercer as suas atividades depois de autorizadas pela autoridade sanitária.

Parágrafo Único – A autorização é exigida para as filiais e em casos de mudança de endereço ou de formação de nova firma.

Art. 385 - A solicitação para o funcionamento deverá ser feita através de requerimento dirigido à autoridade sanitária, no qual constem as informações julgadas necessárias.

Parágrafo Único – A licença para funcionamento deverá ser renovada anualmente, observadas as determinações da Secretária da Fazenda no que se concerne ao ano fiscal.

Art. 386 - O transporte de cadáver para município fora daquele em que ocorrer o óbito, só poderá

ser efetuado após consentimento da autoridade sanitária.

Parágrafo Único – A autoridade sanitária só poderá conceder a autorização após verificar se o Atestado de Óbito está devidamente preenchido e satisfeitas as exigências.

Art. 387 - Será proibido o uso de caixões metálicos ou de madeira revestida interna ou externamente com aquele material, excetuando–se os destinados a:

I - Embalsamados;

II - Exumados;

III - Cadáveres que não tenham de ser com eles enterrados, sendo obrigatória a desinfecção após o uso.

Art. 388 - Outros meterias poderão ser utilizados no confecção de caixões, desde que aprovada pela autoridade sanitária.

Art. 389 - O transporte de cadáveres só poderá ser feito em veículos especialmente destinado a esse fim.

Parágrafo Único – Os veículos deverão no lugar em que pousar o caixão fúnebre, ter revestimento de placa metálica ou de outro material impermeável, e ser lavados e disinfectados após o uso.

Art. 390 - O prazo mínimo para exumação será fixado em três anos, contados da data do óbito, sendo reduzido para dois anos, no caso de criança até idade de seis anos inclusive.

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§ 1º - Quando ocorrer avaria no túmulo, infiltração de água, necessidade de perícia judicial ou policial para instruir inquéritos, ou em caso de interesse público comprovado, poderão ser alterados os prazos referidos neste artigo.

§ 2º - O transporte dos restos mortais exumados será feito em caixão funerário adequado, ou em urna metálica, após autorização da autoridade sanitária competente.

Art. 391 - As exumações para fins policiais ou sanitários poderão ser realizados à qualquer tempo, à critério da autoridade competente.

Art. 392 - Nenhuma cremação ou inumação será realizada antes de se manifestarem no cadáver os primeiros sinais de decomposição orgânica.

Art. 393 - Ficará terminantemente proibido a inumação em igrejas, capelas, cruzeiros ou em qualquer local fora da área interna dos cemitérios públicos.

CAPÍTULO XXI

DAS LAVANDARIAS PÚBLICAS

Art. 394 - As lavanderias públicas ou as de colégios, orfanatos, hospitais, casas de saúde, hotéis e estabelecimentos afins, estarão sujeitas à fiscalização da autoridade sanitária.

Art. 395 - Nas localidades em que não houver rede coletora de esgotos as águas residuais das lavandarias terão destino adequado, a critério da autoridade sanitária.

Art. 396 - As lavandarias serão dotadas obrigatoriamente de reservatório de água com capacidade correspondente ao volume de serviço.

Art. 397 - As lavandarias deverão ser abastecidas diretamente da rede pública de distribuição de água.

Parágrafo Único – Nas localidades onde não houver rede de distribuição de água ou quando o abastecimento for irregular ou precário, será permitido o uso de água de poços ou de outra procedência, desde que de boa qualidade.

Art. 398 - As lavandarias que não dispuserem de instalações apropriadas para secagem de roupas, deverão ter locais destinados a esta finalidade, com insolação e ventilação adequadas.

Art. 399 - Nas lavanderias deverão existir locais separados para recebimento e depósito de roupa suja, independente dos destinados à roupa limpa.

Art. 400 - O transporte de roupas servidas às lavandarias públicas , assim como o das roupas limpas, deverá ser em envólucros apropriados.

CAPÍTULO XXII

DOS AEROPORTOS, ESTAÇÕES RODOVIÁRIAS E FERROVIÁRIAS

Art. 401 - As condições de higiene e as instalações que importem à saúde ou afetar a segurança do público nos aeroportos, estações rodoviárias e ferroviárias, estarão sujeitas à fiscalização da autoridade sanitária.

Art. 402 - Nos aeroportos, estações ferroviárias e rodoviárias deverão existir obrigatoriamente e em número suficiente, instalações sanitárias para uso público.

Parágrafo Único – As instalações serão destinadas separadamente a cada sexo e deverão ser mantidas em perfeito estado de funcionamento bem como irrepreesilvemente limpas.

Art. 403 - Nos aeroportos, estações ferroviárias e rodoviárias, deverá existir, obrigatoriamente, reservatório de água potável que assegure um suprimento adequado.

Art. 404 - Os bares, restaurantes e estabelecimentos congêneres obedecerão às exigências deste Regulamento no que lhes for aplicável.

Art. 405 - Será proibida a varredura a seco ou outra prática de limpeza que provoque o levantamento de poeira nos aeroportos, estações rodoviárias e ferroviárias.

Art. 406 - Os aeroportos, estações ferroviárias e rodoviárias deverão atender todas as exigências deste Regulamento no que lhes for aplicável.

CAPÍTULO XXIII

DOS CINEMAS, TEATROS, LOCAIS DE REUNIÕES, CIRCOS E PARQUES DE DIVERSÕES DE USO PÚBLICO

Art. 407 - As salas de espetáculo serão construídas com materiais incombustíveis.

Art. 408 - Em toda sala de espetáculo, qualquer que seja a localização, deverá ser assegurado o rápido escoamento dos espectadores, por meios de portas, rampas com declividade máxima de 15% (quinze por cento) ou de escadas.

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Art. 409 - As portas das salas de espetáculos, no mínimo em número de 2 (duas), terão largura correspondente a 0,01m (um centímetro) por pessoa prevista na lotação total, com um mínimo de 2m (dois metros), e deverão obrigatoriamente abrir para o lado de fora.

Art. 410 - Nas salas de espetáculo, a largura mínima das passagens longitudinais deverá ser de 1m (um metro) e das transversais de1,70m (um metro e setenta centímetros);quando o número de pessoas que por elas transitarem for superior a 100 (cem), a largura aumentará à razão de 0,008m (oito milímetros) por pessoa excedente.

Art. 411 - Nas salas de espetáculo, as escadas terão a largura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) e deverão apresentar lances retos de 16 (dezesseis) degraus, no máximo, entre os quais se intercalarão patamares de 1,20m (um metro e vinte centímetro) de extensão no mínimo.

§ 1º - Quando o número de pessoas que por elas transitarem for superior a 100 (cem); a largura aumentará à razão de 0,008m (oito milímetros) por pessoa excedente.

§ 2º - Quando a sala for localizada em pavimento superior ou inferior, o número de escadas será de 2 (dois) por pavimento, no mínimo, dirigidas para saídas autônomas.

Art. 412 - As salas de espetáculo serão dotadas de dispositivos que garantam a renovação constante do ar, na razão de 50m³/ hora (cinquenta metros cúbicos por hora), por pessoa.

Parágrafo Único – Quando instalado sistema de ar condicionado, serão estabelecidos as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 413 - As cabines de projeção de cinema deverão satisfazer às seguintes condições:

I - Área mínima de 4,00m² (quatro metros quadrados);

II - Construídas de material incombustível, devendo a porta abrir para fora;

III - Ventilação natural ou mecânica.

Art. 414 - Os camarins deverão ter área mínima de 4,00m² (quatro metros quadrados) e abertura para o exterior ou dotadas de ventilação mecânica.

Parágrafo Único – Os camarins, individuais ou coletivos, serão separados para cada sexo e dotados de latrina, chuveiros e lavatório.

Art. 415 - As instalações sanitárias nos cinemas, teatros ou locais de reuniões destinados ao público, deverão ser separados por sexo, mantidas em perfeito estado de funcionamento e irrepreensivelmente limpas.

Parágrafo Único – Admitindo–se proporcionalidade numérica por sexo, as instalações sanitárias deverão conter, no mínimo, uma latrina para cada 50 (cinquenta) pessoas, um lavatório e um mictório para cada 100 (cem) pessoas.

Art. 416 - As paredes dos cinemas, teatros e locais de reuniões deverão receber, na parte interna, revestimento liso impermeável e resistente, até a altura de 2,00m (dois metros), no mínimo, outros revestimentos poderão ser aceitos, a critério da autoridade competente.

Art. 417 - O pé direito mínimo das salas de espetáculo será de 6,00m (seis metros), e o das frisas, camarotes e galerias não poderá ser inferior a 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros).

Art. 418 - Deverá ser mantida uma declividade de piso nos cinemas e teatros que assegure ampla visibilidade ao espectador sentado em qualquer ponto ou ângulo do salão.

Art. 419 - Os circos, parques de diversão e estabelecimentos congêneres, deverão possuir instalações sanitárias independente para cada sexo, na proporção mínima de uma latrina e um mictório para cada 100 (cem) freqüentadores.

§ 1º - Na construção das instalações sanitárias, será permitido o emprego da madeira e de outros materiais, a critério da autoridade competente, devendo o piso receber revestimento liso, resistente e impermeável.

§ 2º - Será obrigatória a remoção das instalações sanitárias por ocasião do encerramento das atividades que lhes deram origem.

Art. 420 - Será obrigatória a instalação de bebedouros automáticos nos cinemas, teatros e locais de reuniões.

Art. 421 - Acima das aberturas de saída das salas de espetáculos será obrigatória a instalação de sinalização de emergência, de cor vermelha, ligada a circuito autônomo de eletricidade.

Art. 422 - Os cinemas, teatros e locais de reuniões para uso público, só poderão funcionar depois de concedida a autorização do Serviço Técnico de Engenharia do corpo de Bombeiro da Polícia Militar de Pernambuco.

CAPÍTULO XXIV

DAS COLÔNIAS DE FÉRIAS E ACAMPAMENTOS EM GERAL

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Art. 423 - As colônias de férias e os acampamentos em geral só poderão funcionar depois de devidamente autorizados pela autoridade sanitária.

Parágrafo Único – A solicitação para funcionamento deverá ser feita através de requerimento dirigido à autoridade sanitária local, com informações referentes a: localização, fonte de abastecimento de água, destino de dejetos e outras consideradas indispensáveis, à critério da autoridade sanitária.

Art. 424 - O responsável por colônias de férias ou acampamentos de outra natureza, fará proceder exames bacteriológicos periódicos das águas destinadas ao seu abastecimento, qualquer que sejam as suas procedências.

Parágrafo Único – A autoridade sanitária, tendo em vista as condições locais e o número de pessoas, determinará a periodicidade dos exames bacteriológicos, que no máximo será de 30 dias.

Art. 425 - As colônias de férias ou acampamentos pertencentes aos poderes públicos não se eximirão dessa exigência.

Art. 426 - Os acampamentos de trabalho ou de recreação e as colônias de férias, só poderão ser instaladas em terrenos secos e com declividade suficientes para o escoamento das águas pluviais.

Art. 427 - A água de abastecimento, qualquer que seja sua procedência deverá ser potável.

Art. 428 - As fontes e poços quando utilizados para abastecimento de água das colônias de férias e dos acampamentos em geral, deverão atender às exigências deste Regulamento.

Art. 429 - Nenhuma fossa poderá ser instalada a montante e a menos de 20m (vinte metros) das nascentes de água ou de poços destinados ao abastecimento, atendidas às condições do terreno.

Art. 430 - As instalações sanitárias deverão ser independentes, atendendo separadamente cada sexo, e na proporção mínima de 1 (uma) para cada 50 (cinquenta) freqüentadores.

Art. 431 - Na construção das instalações sanitárias, poderá ser empregada madeira ou outros materiais, a critério da autoridade sanitária, e piso deverá ser de material liso, resistente e impermeável.

Art. 432 - O signatário do requerimento à autoridade sanitária, será responsável perante a Secretária de Saúde pela manutenção das condições de higiene e limpeza final.

Art. 433 - Por ocasião do encerramento, o responsável fará proceder as obras necessárias, tendo em vista a manutenção das condições sanitárias dos locais onde foram instalados os acampamentos em geral e colônias de férias.

Art. 434 - O lixo será colocado em recipientes fechados e o destino final será a incineração ou depositados em valas, que deverão receber uma camada protetora de terra, não inferior a 30 cm (trinta centímetros).

CAPÍTULO XXV

DAS PISCINAS

Art. 435 - Nenhuma piscina será ser construídas ou reformada sem que o projeto seja previamente aprovado pela Secretária de Saúde.

Art. 436 - A solicitação para construção ou reforma, será feita mediante requerimento à Secretária de Saúde, no qual constem informações referentes à localização, o projeto, plantas, memorial descritivo e outros esclarecimentos julgados necessário.

Art. 437 - As piscinas só poderá funcionar depois de obtida a autorização da Secretaria de Saúde.

§ 1º - A solicitação para funcionamento deverá ser feita através de requerimento dirigido à autoridade sanitária.

§ 2º - A Autoridade sanitária só poderá conceder a autorização depois de verificar se a piscina está conforme o projeto aprovado.

Art. 438 - As piscinas serão classificadas em três categorias:

I - Públicas – as utilizadas pelo público em geral;

II - Privativas – as utilizadas somente pelos membros de uma instituição;

III - Residenciais – as utilizadas apenas pelos seus proprietários e familiares.

Art. 439 - As piscinas deverão ter, obrigatoriamente:

I - Revestimento interno de material impermeável e de superfície lisa;

II - Declividade no fundo, em profundidade inferiores a 1,40m (um metro e quarenta centímetro), com rampa que não poderá exceder de 12% (doze por cento), não sendo permitidas mudanças bruscas até a profundidade de 2m (dois metros);

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III - Área de circulação em sua periferia, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) revestida de material impermeável e antiderrapante;

IV - Nos pontos de acesso, tanques–lavapés de dimensões mínimas de 1,50m (um metro e cinquenta centímetro) no sentido do caminhamento, e de 0,70m (setenta centímetros), no sentido normal ao do caminhamento;

V - Tubos afluentes, localizados de modo a produzir uniforme e efetiva circulação da água, serão colocados de 0,20m (vinte centímetros) e 0,30m (trinta centímetros) abaixo do nível normal da água e com vazão suficiente para encher a piscina, no máximo em 12 (doze) horas;

VI - Tubos afluentes, com capacidade para esvaziamento total da piscina em 10 (dez) horas, no máximo, devendo ser providos de crivos;

VII - Na parte interna, dispositivo capaz de drenar a água superficial, provido de orifícios necessários para o livre escoamento de água, com ligação direta para a rede de esgoto.

Parágrafo Único – As piscinas residenciais ficarão dispensadas das exigências dos ítens III e IV deste artigo.

Art. 440 - As piscinas infantis e as de aprendizes que tenham comunicação direta com as destinadas a nadadoras, serão providas de dispositivos na linha divisória.

Art. 441 - As piscinas deverão dispor de; atendendo separadamente cada sexo, vestuários, instalações sanitárias e chuveiros, em relação à sua área, no mínimo, na proporção de:

I - 1 (um) chuveiro para cada 60m² (sessenta metros quadrados) ou fração;

II - 1 (uma) latrina para cada 100m² (cem metros quadrados) ou fração;

III - 1 (um) lavatório para cada 100m² (cem metros quadrados) ou fração;

§ 1º - Na distribuição destas instalações se deverá manter a relação de 50% (cinquenta por cento) para as do sexo masculino e de 50% (cinquenta por cento) para as do sexo feminino.

§ 2º - Nas dependências destinadas às pessoas do sexo masculino, deverão existir mictórios, na proporção de 1 (um) para cada 100m² (cem metros quadrados).

§ 3º - Nas dependências destinadas às pessoas do sexo feminino, deverá existir 1 (um) bidé para cada aparelho sanitário colocado junto a este.

Art. 442 - A existência de piscina infantil ou de aprendizes tornará obrigatória a construção de vestiário e demais instalações sanitárias privativas para menores, nas mesmas proporções referidas no artigo 441.

Parágrafo Único – Estarão dispensadas dessas exigências as piscinas que tiverem instalações sanitárias em compartimentos individuais.

Art. 443 - Nas piscinas residências , será obrigatória a existência de no mínimo, 1 (um) chuveiro 1 (um) aparelho sanitário e 1 (um) mictório.

Parágrafo Único – Essas piscinas estarão dispensadas da exigência de instalações sanitárias proporcionais a sua área.

Art. 444 - Não será permitido vender ou consumir bebidas alcoólicas na área de circulação em torno da piscina, a qual deverá ser sempre mantida livre e limpa, e só poderá ser utilizada por pessoas em trajes de banho.

Art. 445 - Será obrigatória a existência de um muro divisório de no mínimo, 050 (cinquenta centímetros) de altura, entre canteiros, jardins ou gramados, e a área de circulação em torno da piscina.

Art. 446 - A parte destinada a espectadores deverá ser separada da piscina e de suas dependências, devendo possuir acesso independente e instalações sanitárias próprias.

Art. 447 - A instalação de trampolins ou plataformas com 3m (três metros) de altura, só será permitida em pontos correspondentes à profundidade mínima de 3m (três metros), e a instalação de plataforma com mais de 3m (três metros), de altura em pontos correspondentes à profundidade mínima de 5m (cinco metros).

Art. 448 - Toda piscina pública ou privativa deverá ter um médico responsável.

§ 1º - Todo banhista deverá ser submetido a um exame médico semestral, no mínimo.

§ 2º - Será vedado às pessoas com ferimentos, dermatoses ou com doença transmissíveis utilizarem as piscinas.

Art. 449 - Todo banhista será obrigado a tomar banho de chuveiro antes de entrar na piscina.

Art. 450 - As roupas de banho e toalhas, quando fornecidas pela entidade responsável pela piscina, deverão ser de uso individual e desinfetadas após o uso.

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Art. 451 - A água das piscinas deverá apresentar as seguintes propriedades:

I - Limpidez total, que a torne permeável à visão até a profundidade de 4,00m (quatro metros);

II - Ausência de cor em pequena quantidade, e homogeneidade de cor, numa mesma profundidade, quando vista em grande massa;

III - Ausência de odor ou de gosto;

IV - Concentração hidrogênio-iônico (ph) entre os limites de 6.8 e 7.3.

Art. 452 - A água das piscinas será desinfetada pelo cloro ou seus compostos, devendo apresentar, sempre que a piscina estiver em uso, um teor de cloro livre de 0,2 a 0,6 de miligrama por litro.

Parágrafo Único – Se o cloro ou seus compostos forem usados com amônia, o teor do cloro residual na água, quando a piscina estiver em uso, ficará entre 0,6 a 1,0 de miligrama por litro.

Art. 453 - Os tanques–lavapés, existentes obrigatoriamente nos pontos de acesso , deverão ter dispositivos para renovação da água, cujo tempo de permanência será de um hora ou terão um excesso de cloro livre compreendido entre os limites de 0,6 a 1,0 de miligrama por litro em caso de maior permanência.

Art. 454 - As amostras para os exames bacteriológicos deverão ser colhidas a 1,00m (um metro) das bordas da piscina, entre os tubos afluentes, na profundidade de 0,30m (trinta centímetros).

Art. 455 - O controle bacteriológico será feito sempre que julgado necessário pela autoridade sanitária, devendo o resultado evidenciar ausência de germes do grupo coliforme, em amostras de 5 a 10ml (cinco a dez mililitros) de água.

Art. 456 - Serão obrigatoriamente removidos os depósitos do fundo das piscinas, bem como escumas e materiais que sobrenadem.

Art. 457 - Em toda a piscina será obrigatória a existência de um “operador de piscina” , devidamente habilitado e responsável pelas condições sanitárias junto à Secretaria de Saúde.

Art. 458 - O “operador de piscina” deverá manter um registro diário, em livro apropriado, da situação sanitária e das operações de tratamento e controle.

Parágrafo Único – Compete à Secretária de Saúde estabelecer as informações que deverão ser registradas.

Art. 459 - As piscinas residenciais ficarão dispensadas das exigências especificadas nos artigos 457 e 458 deste Regulamento.

CAPÍTULO XXVI

DOS ESTABELECIMENTOS VETERINÁRIOS E CONGÊNERES

Art. 460 - Os hospitais , clínicas, consultórios veterinários, locais ou centros para adestramento de animais, e estabelecimentos afins, estarão sujeitos à fiscalização da Secretária de Saúde.

Art. 461 - Os hospitais, clínicas, consultórios veterinários, locais ou centro para adestramento de animais, e estabelecimentos congêneres, só poderão funcionar depois de obtida a autorização da Secretária de Saúde.

§ 1º - A solicitação para o funcionamento deverá ser feita pelo responsável, ou responsáveis, através de requerimento dirigido à autoridade sanitária, no qual constem informações referentes à localização, às instalações, memorial descritivo das atividades a serem desenvolvidas e outras julgadas necessárias.

§ 2º - A licença para funcionamento deverá ser renovada anualmente, observadas as determinações da Secretaria da Fazenda no que se refere ao ano fiscal.

Art. 462 - Os hospitais , clínicas, consultórios veterinários, locais ou centros para adestramento de animais, e estabelecimentos afins, destinado ao atendimento de animais domésticos de pequeno porte, poderão estar situados no perímetro urbano das cidades, desde que atenda às posturas municipais.

Art. 463 - Os canís e outros compartimentos destinados a animais nos hospitais e clínicas deverão ser individuais, localizados em recinto fechado, com iluminação e ventilação adequadas, providos de meios destinados a evitar a exalação de odores desagradáveis e a proporção de ruídos incômodos, construídos de alvenaria ou de outro material, a critério da autoridade sanitária, com piso e paredes, até a altura de 1,70m (um metro e setenta centímetros), no mínimo, revestidos de material impermeável.

Parágrafo Único – Serão toleradas a critério da autoridade sanitária, gaiolas de ferro, ou de outro material adequado de uso individual, com fundo removível e dimensões adaptadas ao porte do animal.

Art. 464 - Os estabelecimentos destinados ao adestramento de animais, poderão ser do tipo solário individual.

Parágrafo Único – O solário deverá ser totalmente cercado, coberto por tela e provido de abrigo.

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Art. 465 - Os hospitais, clínicas, consultórios veterinários, locais ou centros para adestramento de animais, e estabelecimentos afins, deverão ser ligados à rede de abastecimento de água e providos de sistema de escoamento de líquidos residuais, ligado à rede de esgoto.

§ 1º - Nas localidades onde não houver rede de distribuição de água, será utilizado outro tipo de abastecimento, a critério da autoridade sanitária, desde que atenda às exigências deste Regulamento.

§ 2º - Quando não existir rede de esgoto, será empregado outro tipo de escoamento de líquidos residuais, de preferência o sistema de fossa séptica com instalações complementares.

Art. 466 - Os hospitais , clínicas, consultórios veterinários, locais ou centros para adestramento de animais, e estabelecimentos afins, deverão ser mantidos irrepreensivelmente limpos e desinfectados de modo conveniente.

Art. 467 - Os hospitais , clínicas, consultórios veterinários, locais ou centros para adestramento de animais, e estabelecimentos afins, deverão atender a todas as exigências deste Regulamento, no que lhe for aplicável.

Art. 468 - Todas as pessoas que exercerem atividades, em jornada completa ou parcial nestes estabelecimentos, deverão ser imunizadas contra as doenças passíveis de serem adquiridas pelo convívio com os animais sob sua guarda, e para as quais existirem vacinas de eficácia comprovada.

CAPÍTULO XXVII

DA PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÕES E RISCOS ELÉTRICOS

Art. 469 - O uso, manuseio e transporte de material radioativo estarão sujeitos às exigências deste Regulamento no que lhes for aplicável e deverão ser regidos pelas “ Normas Básicas de Proteção Radiológica” e pelas resolução de Comissão Nacional de Energia Nuclear.

Art. 470 - Caberá à Secretaria de Saúde fiscalizar o cumprimento destas normas.

Parágrafo Único – Esta fiscalização se estenderá aos órgãos públicos autárquicos, ou privados, que utilizarem, manusearem ou transportarem material radioativo.

Art. 471 - Para o cumprimento de suas atribuições, no que diz respeito à proteção das populações contra os riscos das radiações, a Secretaria de Saúde poderá firmar convênio com outros órgãos do poder público.

Art. 472 - Para efeito deste Regulamento serão admitidas as seguintes condições:

I - Raio – X – radiação eletromagnética produzida por freamento brusco de elétrons acelerados;

II - Raios Gama – radiação eletromagnética produzidas por excitação do núcleo na ocasião de sua desintegração;

III - Radiação Ultra Violeta ou Radiação Ultra Violeta Longa – Radiação eletromagnética cujo comprimento de onda varia de 1,700 a 3,900 angstren;

IV - Substância Radioativa – qualquer material sólido, líquido ou gasoso, constituído de átomos que espontaneamente sofrerem desintegração emitindo radiação;

V - Radiação Primária – radiação originada diretamente de fonte de radiação ou no alvo das máquinas geradoras de Raios X;

VI - Radiação Secundária – radiação proveniente da interação de radiação primária com qualquer meio material;

VII - Feixe Útil – parte aproveitável da radiação primária da fonte ou de um tubo de Raios x que passa através da “Janela”, cone, diafragma, ou de outro colimador qualquer;

VIII - Radiação Direta ou de Vasamento – radiação que escapa do tubo de Raio X, em qualquer direção, com exceção de feixe útil;

IX - Barreira Protetora – anteparo de material absorvente destinado a atenuar a radiação, como: biombos, aventais, luvas, anteparos protetores e congêneres.

X - Equivalente em Chumbo – expressão de espessura de chumbo puro laminado equivalente ao seu valor de absorvente, sob condições determinadas, ao material utilizado;

XI - Área Controlada – área em que a exposição à radiação do pessoal em serviço está sob supervisão de um especialista;

XII - Instalação de Radiação – todo local onde se acione aparelho que produza radiação ou em que haja produção, armazenamento, emprego ou disposição para qualquer finalidade de material radioativo.

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Art. 473 - Os gabinetes de Raios X, radium, cobalto e laboratórios de isótopos, deverão ser instalados de preferência em pavilhão isolado ou em locais que ofereçam boas condições de segurança, aproveitando–se o maior número possível de paredes ou adjacentes e locais não usados por pessoas;

Parágrafo Único – As pessoas não sujeitas a riscos e a vizinhança em geral, não poderão ficar expostas, fora do local de radiação, a uma dose superior a um décimo (1/D) do máximo permissível.

Art. 474 - Os gabinetes de radioagnóstico, radioterapia e os laboratórios de radioisótopos, não poderão ser instaladas em subsolo sem ar condicionado e, em hipótese alguma, poderão funcionar em antecâmaras.

Art. 475 - As salas em que se processarem irradiações, deverão ser amplas e adequadas para as instalações a que se destinarem e apresentar condições de ventilação e iluminação condizentes.

Art. 476 - Qualquer parede, abertura, teto e piso na sala de radiação, que não se constituir uma proteção suficiente para reduzí–la ao índice permissível, deverá ser revestido ou reforçado por barreiras protetora de espessura determinada pelo tempo de permanência de pessoas, pela energia, intensidade, distância e sentidos de incidência da radiação.

Art. 477 - As ampolas de Raio x, deverão ser providas de cúpula protetora com blindagem formada por material de espessura conveniente, de acordo com suas características.

Art. 478 - Os aparelhos de Raio X deverão ser instalados de modo que o feixe útil não seja dirigido para os lados freqüentemente ocupados por membros do público.

Art. 479 - Deverá haver um biombo protetor para o operador quando a mesa de comando estiver situada no campo das radiações secundárias.

Parágrafo Único – Os aparelhos providos de válvulas retificadores que emitirem radiações, deverão proporcionar proteção adequada aos operadores.

Art. 480 - Quando a mesa de cômodo do aparelho de tensão nominal, superior a 125 KV, estiver situada dentro da sala de Raios X, exigir–se–á construção de cabine de comando, de acordo com as especificações prescritas pela autoridade competente.

Art. 481 - O visor de vidro plumbífero dos biombos e cabines deverá ser fixo e proporcionar proteção equivalente ou superior a dois milímetros de chumbo.

Art. 482 - A sala de Raios X conterá apenas os móveis indispensáveis que deverão ser, de preferência, de madeira, sendo vedado seu uso para qualquer outro tipo de trabalho.

Art. 483 - Será obrigatório nos serviços de Raios X, o uso de acessórios necessários à proteção individual de operadores e pacientes.

Art. 484 - A Secretaria de Saúde deverá efetuar periodicamente pelo menos uma vez por ano, levantamento radiométrico ambiental das dependências dos serviços radiodiagnóstico, radioterapia e medicina nuclear.

Art. 485 - Será vedada a presença de pessoas, na sala de irradiação cuja permanência seja dispensável.

Art. 486 - Nas instalações de roentgenterapia, deverá haver um dispositivo externo facilmente visível e que indique funcionamento do aparelho.

Art. 487 - As portas das salas de radioteleterapia deverão possuir intertravamento elétrico associado ao comando do aparelho.

Art. 488 - Na execução de radioscopias, radiografias, abreugrafias e exames correlatos, e em relação à sua repetição num mesmo paciente, deverão ser tomadas as seguintes precauções:

I - A exposição à radiação deverá ser reduzida no mínimo necessário;

II - A exposição sistemática, para fins de cadastro e outros de menores de 14 anos, deverá ser reduzida ao mínimo;

III - A autoridade sanitária determinará o prazo de validade da abreugrafia e de outros exames afins, e seus relatórios terão o mesmo valor de exame original.

Art. 489 - O piso da sala de radiologia, deverá ser recoberto com material isolante adequado, a critério da autoridade sanitária.

Art. 490 - Os equipamentos radiológicos providos de condensadores como parte de seu circuito de alta tensão, deverá possuir dispositivos especiais para descarga da energia residual.

Art. 491 - Todos os componentes dos aparelhos de Raio x, de diagnóstico ou terapia, deverão ser ligados à terra por intermedio de um fio ou cabo condutor, com bitola não superior a seis B.F. e conjugados por braçadeiras ou terminais de aperto, de modo a acarretar a resistência da terra não superior a três décimos de OHMS.

Parágrafo Único – Excluem–se destas exigências os aparelhos portáteis.

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Art. 492 - Os pedais deverão ser ligados com interruptor geral comum, de modo a evitar o funcionamento contínuo em caso de ligação acidental.

Art. 493 - As redes de alta tensão deverão ser instaladas com isoladores adequados, situados à altura de dois metros e meio do piso, no mínimo.

Art. 494 - À entrada da linha, deverá ser colocada uma chave geral de fácil manejo, em local bem visível e ao alcance do operador, longe dos dispositivos de alta tensão.

§ 1º - Quando o gerador alimentar mais de uma ampola, cada uma destas linhas secundárias será provida de chave própria, que a isole completamente, quando fora de uso.

§ 2º - A chave primária e as secundárias não deverão ter possibilidade de ligação acidental.

Art. 495 - As chaves gerais deverão ser do tipo blindado e providas de fusíveis com capacidade adequada.

Art. 496 - Sempre que forem usados anestésicos inflamáveis na pratica de exames radiológicos, inclusive em salas de operação deverão ser empregados aparelhos à prova de explusão.

Art. 497 - Os que manipularem radium, sais de radium e materiais congêneres, deverão estar protegidos contra os efeitos dos raios alfa, beta e gama, particularmente sobre mãos, órgãos hematopoéticos e gônadas.

Art. 498 - A manipulação do radium deverá ser feita à distância de preferência, por meio de longas pinças providas de monopla de chumbo, não devendo ser tocado diretamente com as mãos, sendo que na preparação de moldes e aparelhos, o operador trabalhará em mesa angular em L com anteparo de espessura de chumbo, ou material equivalente, calculada a função da quantidade de radium manipulado.

Art. 499 - As salas para manipulação de radium ou substâncias radioativas, deverão ser bem ventiladas, isoladas e utilizadas somente durante o trabalho, sendo sinalizadas com os dizeres “Perigo – Radioatividade”.

Art. 500 - O radium, ou outras substâncias radioativas quando fora de uso, deverá ser conservada o mais distante possível do pessoal do serviço e mantido em cofre munido de gavetas, com proteção de chumbo em todas as direções, com espessuras calculadas de acordo com a quantidade e características físicas do material.

Art. 501 - Os que trabalharem em contacto com fontes de alto poder radioativo, deverão obedecer a um sistema de rodízio, que os afaste periodicamente depois de exposições que ultrapassem os máximos permissíveis.

Art. 502 - O acesso do pessoal em serviço às salas onde existirem doentes portando radium, ou com doses terapêuticas de outras substâncias radioativas, ou em salas de tratamento, obedecerá a seguinte norma:

I - Acesso sem objeção, quando o nível de radiação ambiente for inferior a 0,03 Rem/semana e onde não haja possibilidade de contaminação;

II - Acesso limitado aos que trabalham isentos de vestimentas especiais, quando o nível de radiação ambiente for inferior a 0,1 Rem/semana e a contaminação possível seja mínima, não exigindo tratamento especial;

III - Acesso limitado aos que trabalharem com vestimenta apropriada, inclusive revestimento para sapato, quando o nível de radiação ambiente for igual a 0,1Rem/semana e houver necessidade de tratamento próprio na eventualidade de contaminação radioativa;

IV - Acesso apenas à pessoas que trabalharem na área em questão, com condições de trabalhos rigorosamente controladas, exigindo–se vestimentas próprias, quando o nível ambiente for superior a 0,1 Rem/semana e contaminação radioativa elevada.

Art.. 503 - Os pacientes submetidos a radiumterapia deverão permanecer com proteção conveniente para terceiros, segundo normas estabelecidas.

Art. 504 - O transporte de material radioativo será fiscalizado pela autoridade sanitária e regido pelas Normas Básicas de Proteção Radiológica e resoluções da Comissão Nacional de Energia Nuclear.

Art. 505 - No uso terapêutico e na pesquisa científica de substâncias radioativas artificiais, deverão ser tomadas providências que assegurem a proteção do pessoal, idênticas as exigidas para as naturais.

Art. 506 - Nos laboratórios de pesquisas científicas, onde se fizerem estudos e aplicações relativas a transmutação atômica, deverá existir proteção adequada contra radiações.

Art. 507 - A deposição dos resíduos radioativos só poderá ser feita nas condições estabelecidas pelas autoridades competentes.

Art. 508 - Será absolutamente proibido o trabalho em regime de exposição de 8h/dia ou 40h/hora, sem o uso de dosímetros pessoais, como: filmes dosimétricos, dosímetros termolminescentes ou radio-fotoluminescentes.

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Art. 509 - O transporte de radium ou de doses terapêuticas de material radioativo nos hospitais e nos centros urbanos será feito com proteção adequada, observando–se os valores indicados por cálculos, e seus portadores não deverão se expor à dose superior a 0,0025 Rem/hora.

CAPÍTULO XXVIII

DA HIGIENE DA ALIMENTAÇÃO

Art. 510 - Cabe a Secretaria de Saúde planejar, coordenar e executar as ações que visem assegurar o consumo adequado de alimentos, compatível com o desenvolvimento harmônico e a manutenção da saúde.

Art. 511 - Para execução das ações ligadas a higiene da alimentação, a Secretaria de Saúde colaborará com organizações públicas ou privadas que exerçam, direta ou indiretamente, atribuições relacionadas com a alimentação em seus múltiplos aspectos.

Art. 512 – A secretaria de Saúde promoverá e participará de inquéritos e de outros estudos, tendo em vista conhecer às características epidemiológicas de doenças da nutrição e das transmitidas pelos alimentos.

Art. 513 - A Secretaria de Saúde fará observar, no que se for de sua competência, as normas e padrões estabelecidos pelo Governo Federal para orientação dos problemas referentes a alimentação e à adequada execução das medidas ligadas ao controle higiênico dos alimentos.

Art. 514 - O Laboratório Central da Secretaria de Saúde será considerado laboratório oficial do Estado para a realização de exames bromatológicos e de pesquisas sobre a higiene dos alimentos.

§ 1º - O Laboratório Central da Secretaria de Saúde funcionará de conformidade com às exigências da legislação em vigor.

§ 2º - Quando necessário, a Secretaria de Saúde poderá credenciar outros órgãos, estaduais ou municipais , atendendo a conveniência de descentralização ou da realização de exames bromatológicos e de pesquisas especializadas.

Art. 515 - A fabricação, produção, elaboração, fracionamento, beneficiamento, acondicionamento, conservação, transporte, armazenamento, depósito, distribuição e outras quaisquer atividades relacionadas com o fornecimento de alimentos em geral ou com o consumo, deverão se processar em rigorosa conformidade com as disposições legais, regulamentares e técnicas vigentes, e em condições que não sejam nocivas à saúde.

Art. 516 - Para os efeitos deste Regulamento, de acordo com a legislação em vigor, considera–se:

I - Alimento – toda substância ou mistura de substância, no estado sólido, líquido, pastoso ou em qualquer outra forma adequada, destinada a fornecer ao organismo humano os elementos normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento;

II - Matéria-prima alimentar – toda substância de origem vegetal ou animal, em estado bruto, que, para ser utilizada como alimento, precise, sofrer tratamento ou transformação de natureza física, química ou biológica;

III - Alimento in natura – todo alimento de origem vegetal ou animal, para cujo consumo imediato se exija, apenas, a remoção da parte não comestível e os tratamentos indicados para sua perfeita higienização e conservação;

IV - Alimento enriquecido – todo alimento que tenha sido adicionado de substância nutriente com finalidade de reforçar o seu valor nutritivo;

V - Alimento dietético – todo alimento elaborado para regimes alimentares especiais destinados a ser ingerido por pessoas sãs;

VI - Alimento de fantasia ou artificial – todo alimento preparado com o objetivo de imitar alimento natural e em cuja composição entre, preponderantemente, substâncias não encontrada no alimento a ser imitado;

VII - Alimento irradiado – todo alimento que tenha sido intencionalmente submetido à ação de radiações ionizantes, com a finalidade de preserva-lo ou para outros fins lícitos, obedecidas as normas que vierem a ser elaboradas pelo órgão competente do Ministério da Saúde;

VIII - Aditivo intencional – toda substância ou mistura de substâncias, dotadas ou não de valor nutritivo, ajuntadas ao alimento com a finalidade de impedir alterações , manter, conferir ou intensificar seu aroma, cor e sabor, modificar ou manter estado físico geral ou exercer qualquer ação exigida para uma boa tecnologia de fabricação de alimentos;

IX - Aditivo acidental – toda substância, residual ou migrada, presente no alimento em decorrência dos tratamentos prévios a que tenham sido submetidos a matéria–prima alimentar e o alimento “ in natura”, e do contato do alimento com

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os artigos e utensílios empregados nas suas diversas fases de frabico, manipulação, embalagem, estocagem, transporte ou venda;

X - Produto alimentício – todo alimento derivado de matéria–prima alimentar ou de alimento “in natura”, acondicionado ou não, de outras substâncias permitidas, obtido por processo tecnológico adequado;

XI - Padrão de identidade e qualidade – o estabelecido pelo órgão competente do ministério da Saúde, dispondo sobre a denominação, definição e composição de alimentos, matérias–primas, alimentos “in natrura” e aditivos intencionais, fixando requisitos de higiene, normas de envasamento e rotulagem, métodos de amostragem e análise;

XII - Rótulo – qualquer identificação impressa ou litografada, bem como os dizeres pintados ou gravados a fogo, por pressão ou declaração, aplicados sobre o recipiente, vasilhame, envoltório, cartucho ou qualquer outro tipo de embalagem do alimento ou sobre o que acompanha o continente.

XIII - Embalagem – qualquer forma pela qual o alimento tenha sido acondicionado, guardado, empacotado ou envasado;

XIV - Propaganda – a difusão, por qualquer meios, de indicação e a distribuição de alimentos relacionados com a venda e o emprego de matéria–prima alimentar, alimento “in natura”, materiais utilizados no seu fabrico ou preservação, objetivando promover ou incrementar o seu consumo;

XV - Órgão competente – o órgão técnico específico do Ministério da Saúde, bem como os órgãos federias, estaduais, municipais, dos Territórios e do Distrito Federal, congêneres, devidamente credenciados;

XVI - Laboratório oficial – o órgão técnico específico do Ministério da Saúde, bem como os órgãos congêneres federais, estaduais, municipais, dos Territórios e do Distrito Federal, devidamente credenciados;

XVII - Autoridade fiscalizadora competente – o funcionário do órgão competente do Ministério da Saúde ou dos demais órgãos fiscalizadores federais, estaduais ou municipais, dos Estados, Territórios e do Distrito Federal;

XVIII - Análise de controle – aquela que é efetuada imediatamente após o registro do alimento, quando da sua entrega ao consumo, e que servirá para comprovar a sua conformidade com o respectivo padrão de identidade e qualidade;

XIX - Análise fiscal – a efetuada sobre o alimento pela autoridade fiscalizadora competente e que servirá para verificar a sua conformidade com os dispositivos legais;

XX - Estabelecimento – o local onde se fabrique, produza, manipule, beneficie, fracione, acondicione, conserve, transporte, armazene, deposite para venda, distribua ou venda alimento, matéria–prima alimentar, alimento “in natura”, aditivos intencionais, materiais, artigos e equipamentos destinados a entrar em contacto com os mesmos.

Parágrafo Único – considera-se ainda:

I - Comércio ambulante ou vendedor ambulante – aquele que trabalha nos logradouros públicos, com bancas ou unidades móveis em locais permitidos pelas autoridades competentes, ou que realize vendas a domicílio ou em logradouros e locais não prefixados;

II - Material resistente à corrosão – material que mantenha as características originais de sua superfície sob influência prolongada de alimentos, compostos para limpeza ou soluções desinfetantes ou outras que possam entrar em contato com o mesmo;

III - Licenciado – significa que o estabelecimento apresentou, ao exame inicial, condições iguais ou superiores aos padrões estabelecidos pelos órgãos competentes;

IV - Análise prévia – a análise que procede o registro;

V - Aproveitamento condicional – utilização parcial ou total de um alimento ou matéria–prima alimentar, inadequado para o consumo humano direto, que, após tratamento, adquire condições para seu consumo, seja na alimentação do homem, seja na alimentação de animais.

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Art. 517 - A autoridade fiscalizadora terá livre acesso em qualquer momento e a qualquer local em que haja frabico, manipulação, beneficiamento, acondicionamento, conservação, transporte, depósito, distribuição ou venda de alimentos.

Art. 518 - A Secretaria de Saúde deverá fiscalizar a publicidade e a propaganda de alimentos por qualquer meio ou veículo, e impedir as que julgar inconvenientes.

Art. 519 - São considerados impróprios para o consumo os alimentos que:

I - Contiverem substâncias venenosas ou tóxicas em quantidade que possa torna-los prejudiciais à saúde do consumidor ou acima dos limites de tolerância;

II - Contiverem parasitas patogênicos em qualquer estágio de evolução ou seus produtos.

III - Contiverem parasitas que indiquem a deterioração, defeito de manipulação, de acondicionamento ou de conservação;

IV - Sejam compostos, no todo ou em parte de substância em decomposição;

V - Estejam alterados por ação de causas naturais, como umidade, ar, luz e enzimas;

VI - Tenham sofrido avarias, deterioração ou modificações em sua composição intrínseca;

VII - Apresentarem alterações em seus caracteres físicos;

VIII - Contiverem elementos estranhos ou impurezas, ou demostrarem pouco asseio em qualquer das fases de manipulação, da origem ao consumidor;

IX - Sejam constituídos ou tenham sido preparados, no todo ou em parte, com produto proveniente de animal que não tenha morrido por abate, ou de animal enfermo, excetuados os casos permitidos pela inspeção veterinária oficial;

X - Tenham sua embalagem constituída, no todo ou em parte, por substância prejudicial à saúde.

XI - Destinados ao consumo imediato, tenham ou não sofrido assadura, cocção, e estejam expostos à venda sem a devida proteção.

Art. 520 – Considerar-se-ão adulterados os alimentos que tenham sido submetidos a tratamentos ou operações que reduzam seu valor nutritivo normal, ou que tenham sido modificados em sua apresentação para induzir o consumidor a erro ou engano, e especialmente nos seguintes casos:

I - Quando tiverem sido adicionados a ou misturados com substâncias que lhes modifiquem a qualidade, reduzam o valor nutritivo ou provoquem a deterioração;

II - Quando tenham sido misturados com substâncias inertes ou estranhas, para aumentar seu peso ou volume;

III - Quando, no todo ou em parte, tenham sido privados de substâncias ou princípios alimentares úteis, ou ainda substituídos por outros de qualidade inferior sem a devida indicação;

IV - Quando tiverem sido artificialmente coloridos, revestidos, aromatizados, ou adicionados de substâncias estranhas para dissimular defeitos de elaboração, fraudes e alterações, ou melhorar a apresentação de modo a aparentar melhor qualidade do que a real, salvo nos casos expressamente previstos por este Regulamento ou por Normas Técnicas Especiais;

V - Quando estiverem em desacordo com o respectivo padrão de identidade ou qualidade.

Art. 521 – Considerar-se-ão fraudados ou falsificados os alimentos que:

I - Tenham as aparências e caracteres gerais dos produtos legítimos ou genuínos protegidos por marca registrada ou sido postos à venda com denominações reservadas àqueles;

II - Na composição, peso ou medida, diversificarem do anunciado nos envólucros ou rótulos, ou não estiverem de acordo com as especificações.

CAPÍTULO XXIX

DA PROTEÇÃO DOS ALIMENTOS

Art. 522 - Em todas as fases de seu processamento, das fontes de produção até ao consumidor, o alimento deverá estar livre e protegido de contaminação física, química e biológica.

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Art. 523 - Na industrialização e comercialização de alimentos e no preparo de refeições, deverá ser restringido, tanto quanto possível, o contato manual direto.

Art. 524 - Não será permitido o emprego de materiais anteriormente usados para outros fins na embalagem ou acondicionamento de alimentos.

Art. 525 - Os recipientes para a venda de bebidas a granel deverão ser providos de torneira , cobertos e mantidos de modo a evitar contaminações.

§ 1º - Fica terminantemente proibido o retorno da bebida ao recipiente.

§ 2º - É proibido na venda de bebidas à granel utilizar conchas, copos ou utensílios semelhantes para retirá– las do recipiente.

Art. 526 - Os alimentos embalados deverão ser armazenados, depositados ou expostos sobre estrados, em prateleiras, ou dependurados em suportes, não sendo permitido o contato direto com o piso.

Art. 527 - Os alimentos a granel poderão ser armazenados, depositados ou acondicionados em silos, tanques, barrís, tulhas ou outros recipientes, desde que satisfaçam as exigências deste Regulamento e de Normas Técnicas Especiais.

Art. 528 - As dependências para o armazenamento ou depósito de alimentos pulverulentos ou granulados deverão ser constantemente limpas de modo a mantê-las em perfeitas condições de higiene, sem a utilização de água.

Parágrafo Único – Será permitido o uso da água quando estas dependências estiverem desocupadas.

Art. 529 - Os alimentos crus, não deverão, sob nenhuma hipótese, entrar em contato com outros que possam ser consumidos, sem lavagem, desinfecção ou cozimento prévios.

§ 1º - Será proibido colocar no mesmo compartimento alimentos crus e alimentos cozidos.

§ 2º - Os alimentos que desprendam odores acentuados deverão ser armazenados, depositados ou expostos separadamente dos demais.

§ 3º - Será proibido colocar “ frios” em contato direto com as prateleiras.

Art. 530 - Será proibido sobrepor bandejas, pratos e outros recipientes com alimentos desprovidos de cobertura.

Art. 531 - Os alimentos congelados deverão ser mantidos em temperatura inferior a 18ºC (dezoito graus centígrados) abaixo de zero.

Art. 532 - Os alimentos congelados poderão ser descongelados pala utilização de:

I - Instalações com temperatura de 7ºC (sete gruas centígrados), ou menos, e unidade controlada;

II - Água potável e corrente à temperatura de 21ºC (vinte e um graus centígrados), ou menos, de preferência em embalagem impermeável;

III - Método direto de cozimento;

IV - Qualquer outro método julgado satisfatório pela autoridade sanitária.

Parágrafo Único – O alimento congelado, quando descongelado, não poderá ser novamente refrigerado ou congelado.

Art. 533 - Nenhuma substância alimentícia que já tenha sofrido cocção, assadura, fervura ou que não dependa de um destes preparos, poderá ser exposta à venda sem estar devidamente protegida contra a contaminação por poeiras, insetos ou por outros meios, mediante caixas, armários, dispositivos envidraçados ou envólucros adequados.

Art. 534 - Não será permitido o contato direto do alimento com jornais, outros impressos, papéis coloridos, ou anteriormente usados.

Parágrafo Único – A face externa de papéis ou sacos plásticos poderá conter, em forma impressa, dizeres referentes ao alimento ou ao estabelecimento.

Art. 535 - Será proibido colocar em caixas, cestos e em veículos destinados ao transporte de alimentos, qualquer uma outra substância que possa alterá–los, prejudicá–los ou contaminá–los.

Art. 536 - Todo indivíduo que trabalhar em estabelecimento de gêneros alimentícios, será obrigado a ter a carteira de saúde, fornecida pela autoridade sanitária competente e renovada anualmente.

Art. 537 - Nenhum indivíduo portador de ou com doença transmissível, com dermatoses exsudativas ou esfoliativas poderá lidar com gêneros alimentícios.

Art. 538 - Os indivíduos encarregados da fabricação, preparo, manipulação e venda de alimentos, deverão usar: gorro, avental ou macacão e sapatos brancos.

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Parágrafo Único – Esta vestimenta será exclusiva dos locais de trabalho.

Art. 539 - Os aparelhos, utensílios, vasilhames e outros materiais empregados na preparação, fabricação, manipulação, acondicionamento, transporte, conservação ou venda de alimentos, deverão ser de materiais inofensivos, mantidos limpos e em bom estado de conservação.

Art. 540 - As empresas de transporte serão obrigadas, quando a autoridade competente solicitar a fornecer informações sobre mercadorias em trânsito, depositadas em seus armazéns sob sua guarda, apresentar as guias de importação ou exportação, faturas e demais documentos relativos aos alimentos, e facilitar a inspecção e coleta de amostras.

CAPÍTULO XXX

DOS ESTABELECIMENTOS DESTINADOS AO COMÉRCIO E À INDÚSTRIA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS

Art. 541 - Os estabelecimentos em que se fabriquem, preparem, beneficiem, manipulem, acondicionem, depositem ou vendam gêneros alimentícios, só poderão funcionar depois de registrados e devidamente licenciados na repartição sanitária competente, que expedirá o alvará de licença.

Art. 542 - O requerimento para funcionamento dos estabelecimentos de que trata o artigo 541, deverá ser dirigido à Secretaria de Saúde a ser instruído com: nome da firma, localização, atividades a serem desenvolvidas e demais informações julgadas necessárias pela autoridade sanitária.

§ 1º - A licença para funcionamento deverá ser renovada anualmente.

§ 2º - O requerimento para renovação da licença deverá obedecer às determinações da Secretaria da Fazenda, concernentes ao ano fiscal.

§ 3º - A autoridade sanitária deverá conceder a renovação da licença no prazo de 30 (trinta) dias, no caso do estabelecimento atender às exigências regulamentares; caso contrário, deverá determinar a adoção das providências cabíveis.

Art. 543 - A reforma, reconstrução e ampliação de estabelecimentos em que se fabriquem, preparem, beneficiem, manipulem, acondicionem, depositem ou vendam gêneros alimentícios, implicará em nova solicitação de registro.

Art. 544 - Nos locais em que se fabriquem, preparem, beneficiem, acondicionem ou depositem alimentos, será terminantemente proibido depositar , guardar, manter, manipular ou vender substâncias que possam corrompê–los, alterá–los, adulterá–los, falsificá–los ou avariá–los.

Parágrafo Único – Só será permitido, nos estabelecimentos em que se depositem ou que se vendam alimentos, a venda de desinfectantes, saneamentos e produtos similares, em locais separados e apropriados, a critério da autoridade sanitária.

Art. 545 - Os estabelecimentos em que se fabriquem, preparem, beneficiem, manipulem, acondicionem, depositem ou se vendam alimentos, deverão ser mantidos irrepreensivelmente limpos.

Art. 546 - Será vedada a comunicação direta de compartimentos destinados a latrinas, mictórios, vestiários, refeitórios com os locais em que se fabriquem, preparem, beneficiem, manipulem, acondicionem, depositem ou se vendam alimentos.

Art. 547 - Será obrigatória a existência de instalações sanitárias destinadas exclusivamente aos operários em todos os estabelecimentos em que se fabriquem, preparem, beneficiem, manipulem, acondicionem, depositem ou vendam alimentos.

Parágrafo Único – As instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo e mantidas as proporções previstas para os estabelecimentos de trabalho em geral.

Art. 548 - As salas em que se fabriquem, preparem, beneficiem, depositem ou vedam alimentos, deverão ser revestidas de material liso, empermeável, resistente, até a altura de 2m (dois metros), no mínimo, e ter o piso revestido de material liso, empermeável e resistente, com declividade suficiente para o escoamento das águas de lavagem e com ralos a prova de insetos.

Art. 549 - As janelas das salas em que se fabriquem, preparem, manipulem, beneficiem ou depositem alimentos, deverão ser teladas.

Art. 550 - Em todos os estabelecimentos em que se fabriquem, preparem, beneficiem, depositem ou vendam alimentos, deverão ser tomadas as providências necessárias a impedir a proliferação de ratos.

Art. 551 - Os mercados e supermercados deverão satisfazer às seguintes exigências:

I - Terem dispositivos nas portas e janelas que impeçam a entrada de insetos e roedores;

II - Terem pé direito mínimo de 4,00m (quatro metros), contados do ponto mais baixo da cobertura;

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III - Terem piso revestido de material resistente, liso e com declividade para facilitar o escoamento das águas de lavagem;

IV - Terem abastecimento de água potável e sistema de escoamento de águas residuais e de lavagem com ralo à prova de insetos;

V - Atenderem às demais exigências deste Regulamento no que lhe for aplicável.

Art. 552 - Os edifícios de padarias, quando se destinarem somente à indústria panificadora, deverão ter, no mínimo, as seguintes dependências, destinadas à:

I - Depósito de matéria–prima;

II - Sala de manipulação;

III - Sala de expedição ou vendas;

IV - Depósito de combustível;

V - Vestiário e instalações sanitárias, separadas por sexo e mantidas as proporções previstas para os estabelecimentos de trabalho em geral.

Art. 553 - O forno deverá estar situado a uma distância mínima de 0,50m (cinquenta centímetros), de qualquer parede, sobre superfície superior só poderá ser colocada a estufa.

Art. 554 - O depósito de combustível deverá ser instalado de modo a não prejudicar a higiene do estabelecimento, e não servir de abrigo a animais nem incomodar os vizinhos.

Art. 555 - As panificadoras, pastelarias, fábricas de massa ou estabelecimentos congêneres, deverão atender a todas as exigências referentes a padarias, além de terem equipamento apropriado à retenção de gorduras.

Parágrafo Único – As cozinhas destes estabelecimentos deverão ter área mínima de 10m² (dez metros quadrados), não podendo a largura ser inferior a 3m (três metros).

Art. 556 - As torrefadoras de café deverão ter, no mínimo, as seguintes dependências destinadas a:

I - Depósito de matéria–prima;

II - Torrefação;

III - Moagem e acondicionamento;

IV - Expedição e vendas;

V - Vestiário e instalações sanitárias, separadas por sexo e mantida as proporções previstas para os estabelecimentos de trabalho em geral.

Parágrafo Único – Nas torrefadores de café, deverá ser instalada chaminé com dispositivos que evitem a eliminação de fuligem, partículas e outros detritos.

Art. 557 - As fábricas de doces, de conservas de origem vegetal, e estabelecimentos congêneres, deverão, no mínimo, ter dependências próprias, destinadas à:

I - Depósito de matéria–prima;

II - Sala de manipulação;

III - Sala de rotulagem e acondicionamento;

IV - Sala de venda e expedição;

V - Local para caldeira e depósito de combustível;

VI - Vestiário e instalações sanitárias, separados por sexo e mantidas as proporções previstas para os estabelecimentos de trabalho em geral.

Art. 558 - As fábricas de bebidas e estabelecimentos congêneres deverão ter dependências próprias, destinadas a:

I - Depósito de matéria–prima;

II - Sala de manipulação;

III - Sala de limpeza e lavagem de vasilhames;

IV - Sala de rotulagem e acondicionamento;

V - Sala de venda e expedição;

VI - Vestiários e instalações sanitárias separadas por sexo e mantidas as proporções previstas para os estabelecimentos de trabalho em geral.

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Parágrafo Único – A sala de manipulação deverá ter área mínima de 25m ² (vinte e cinco metros quadrados), com largura mínima de 4m (quatro metros).

Art. 559 - As fábricas de bebidas e estabelecimentos congêneres, deverão ter abastecimento de água potável.

Art. 560 - Os armazéns frigorificos e as fábricas de gelo deverão ter o piso revestido de material impermeável e antiderrapante, sobre base de concreto; as paredes, até a altura da ocupação, revestidas com material liso, impermeável e resistente, e as câmaras de refrigeração sempre providas de ante–câmaras.

Parágrafo Único – As câmaras frigorificas deverão permitir a separação dos gêneros alimentícios segundo o tipo do alimento.

Art. 561 - As fabricas de gelo para uso alimentar deverão obrigatoriamente ser abastecidas de água potável.

Art. 562 - As casas de venda de aves deverão ter piso revestido de material resistente, liso, impermeável e não absorvente com declividade suficiente para o escoamento de água residuais, providos de ralos, e as paredes, até a altura mínima de 2,00m (dois metros), revestidas de material liso, resistente e impermeável.

Parágrafo Único – Nesses locais é expressamente proibida a matança ou preparo de aves.

Art. 563 - Os locais de venda de aves vivas não deverão ter comunicação direta com os de venda de aves abatidas.

Art. 564 - Os estabelecimentos industriais e comerciais de carne e peixe deverão ter:

I - Piso revestido com material resistente, liso e impermeável e com declividade que permita o rápido escoamento de água residuais, provido de ralos;

II - Paredes revestidas, até a altura mínima de 2,00m (dois metros), com material resistente, liso e impermeável;

III - Dependências e instalações destinadas à venda, separadas das utilizadas para outras finalidades;

IV - Dependências isoladas para o preparo de alimentos com fins industriais;

V - Abastecimento de água potável;

VI - Vestiário e instalações sanitárias separados por sexo e mantidas as proporções previstas para os estabelecimentos de trabalho em geral;

VII - Currais, bretes e demais instalações de estacionamento e circulação dos animais, pavimentados e impermeabilizados;

VIII - Locais apropriados para separação e isolamento de animais doentes;

IX - Câmara frigorifica;

X - Local apropriado para necrópsias, com as instalações necessárias e forno crematório anexo;

XI - Escritório, locais para laboratório e inspeção veterinária.

Art. 565 - Os matadouros avículas, além das disposições relativas aos estabelecimentos industriais de carnes e peixes que lhes forem aplicáveis, deverão dispor das seguintes dependências:

I - Compartimentos para separação das aves em lotes, de acordo com a procedência e raça;

II - Compartimento para matança com área mínima de 20,00m² (vinte metros quadrados), com piso revestido de material liso, resistente, impermeável, declividade, que permita rápido escoamento de água residuais, e ralo, paredes, até a altura mínima de 2,00m (dois metros), revestidos de material liso, impermeável e resistente;

III - Depósitos com tampa para as penas e outros produtos não comestíveis.

Art. 566 - As cocheiras, granjas, pocilgas e outros locais destinados a animais, deverão estar situados, no mínimo, a 20m (vinte metros) daqueles nos quais se manipulem alimentos para uso humano.

Art. 567 - Só será permitido o uso de tanques, ou outros depósitos de alvenaria para guarda, armazenamento, beneficiamento de carnes e derivados, se os mesmos estiverem revestidos de material liso, impermeável e resistente.

Parágrafo Único – A ligação à rede de esgoto será obrigatória e deverá possuir facho hídrico.

Art. 568 - A área mínima dos açougues será de 15,00m² (quinze metros quadrados), com largura mínima de 3m (três metros).

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Art. 569 - Os açougues deverão ter:

I - Piso revestido de material resistente, liso, impermeável, com declividade para escoamento de águas residuais, e ralos;

II - Paredes revestidas até a altura mínima de 2,00m (dois metros), de material liso, impermeável e resistente;

III - Portas e demais aberturas teladas, de modo a impedir a entrada de insetos e roedores;

IV - Pia e água corrente;

V - Balcão ou mesa com tampo revestido de material liso impermeável e resistente;

VI - Instalação frigorífica.

Art. 570 - Não será permitido nos açougues o preparo de produtos de carne.

Art. 571 - Os entrepostos de carne terão área mínima de 40,00m² (quarenta metros quadrados) e deverão possuir câmara frigorifica.

Parágrafo Único – Serão extensivas aos entrepostos de carne todas as disposições referentes aos açougues no que lhes for aplicáveis.

Art. 572 - A área mínima das peixarias será de 15,00m² (quinze metros quadrados).

Art.573 - As peixarias deverão ter:

I - Piso revestido de material liso, resistente e impermeável, com declividade para escoamento de águas residuais, e provido de ralos;

II - Paredes revestidas, até a altura mínima de 2,00m (dois metros), de material liso, resistente e impermeável;

III - Porta e demais aberturas teladas, de modo a impedir a entrada de insetos e roedores ;

IV - Mesa ou balcão com tampa revestido de material liso, impermeável e resistente;

V - Instalação frigorífica.

Art. 574 - Não será permitido nas peixarias o preparo ou fabrico de conserva de peixe.

Art. 575 - A copa, cozinha, despensa, salões de consumação dos cafés, restaurantes e bares deverão ter piso revestido de material liso, resistente, impermeável, com declividade suficiente para escoamento de águas de lavagens, e ralos a prova de insetos; as paredes, até a altura de 2m (dois metros), revestidas de material liso, impermeável e resistente.

Art. 576 - As cozinhas desses estabelecimentos deverão ter área mínima de 10m ² (dez metros quadrados), não podendo a largura ser inferior a 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), e terão obrigatoriamente, equipamento para retenção de gorduras.

Art. 577 - Os pequenos estabelecimentos para servir lanches poderão dispor de copa quente, com 4m² (quatro metros quadrados) de área, desde que nela só trabalhe uma pessoa.

Parágrafo Único – As janelas da copa, cozinha e despensa, deverão ser teladas.

Art. 578 - Nos cafés, bares e restaurantes e estabelecimentos congêneres, as instalações sanitárias para empregados deverão ser separadas das destinadas ao público.

CAPÍTULO XXXI

DOS ADITIVOS

Art. 579 - Só será permitido o emprego de aditivos intencionais quando:

I - Comprovada sua inocuidade;

II - Previamente aprovados pela Comissão Nacional de Normas e Padrões Para Alimentos;

III - Não induzir o consumidor a erro ou confusão;

IV - Utilizado no limite permitido.

Art. 580 - No uso de um aditivo deverão ser observadas as seguintes considerações:

I - O emprego de um aditivo anteriormente usado poderá ser vedado por conta de novas concepções científicas ou tecnológicas;

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II - O limite permitido poderá ser modificado por recomendação ou determinação do órgão competente;

III - A permissão para emprego de novos aditivos dependerá da demonstração das razões de ordem tecnológica que o justifiquem e da comprovação da sua inocuidade documentada, por literatura técnica e científica idônea, ou da tradição de emprego reconhecida pela Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos.

Art. 581 - No interesse da Saúde Pública poderão ser estabelecidos limites residuais para os aditivos incidentais presentes no alimento, desde que:

I - Considerados toxicologicamente toleráveis;

II - Empregada uma adequada tecnologia de fabricação de alimento.

Art. 582 - O emprego de substâncias, materiais, artigos, equipamentos ou utensílios sucetíveis de cederem ou transmitirem resíduos para os alimentos, deverá está conforme as exigências estabelecidas pela Comissão Nacional de Normas e Padrões.

Art. 583 - Por motivos de ordem tecnológica e de outros julgados procedentes, será permitido, mediante prévia autorização do órgão técnico competente, por prazo não excedente de 1 (um) ano expor ‘a venda alimento adicionado de aditivo não previsto no padrão de identidade e qualidade do alimento.

Parágrafo Único – O aditivo empregado será expressamente mencionado na rotulagem do alimento.

CAPÍTULO XXXII

DO REGISTRO E CONTROLE, PADRÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE

Art. 584 - Somente poderão ser expostos a venda alimentos, matérias–primas alimentares, alimentos “in natura” , aditivos para alimentos, artigos e utensílios destinados a entrar em contato com alimentos, produtos alimentícios, alimentos enriquecidos, alimentos dietéticos, alimento de fantasia e alimento irradiado que:

I - Tenham sido previamente registrados no órgão técnico competente, de acordo com as exigências do Ministério da Saúde;

II - Tenham sido elaborados, reembalados, transportados, importados ou vendidos por estabelecimentos devidamente licenciados;

III - Tenham sido rotulados segundo as disposições deste Regulamento e de Normas Técnicas Especiais;

IV - Obedeçam, na sua composição, às especificações do padrão de identidade e qualidade, quando se tratar de alimento padronizado, ou aquelas que tenham sido declaradas no momento do respectivo registro, quando se tratar de alimento de fantasia ou artificial, ou ainda não padronizado.

Art. 585 - Para a concessão do registro, a autoridade competente obedecerá às normas e padrões fixados pela Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos e, suplementarmente, as Normas Técnicas Especiais.

§ 1º - O registro a que se refere este artigo será válido em todo o território nacional e será concedido no prazo máximo de 60 (sessenta) dias a contar da data do respectivo requerimento, salvo os casos de inobservância dos dispositivos deste Regulamento e de Normas Técnicas Especiais;

§ 2º - O registro deverá ser renovado cada 10 (dez) anos mantido o mesmo número do registro anteriormente concedido;

§ 3º - O registro de que trata este artigo não exclui aqueles exigidos por lei para outras finalidades.

Art. 586 - Ficarão dispensadas da obrigatoriedade do registro no órgão técnico competente:

I - As matérias–primas alimentares e os alimentos “in natura”, salvo aqueles cujo registro tenha sido determinado pelo órgão competente do Ministério da Saúde;

II - Os aditivos intencionais e os coadjuvantes da tecnologia de fabricação de alimentos dispensados por resolução da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos;

III - Os produtos alimentícios, quando destinados à preparação dos alimentos industrializados, em estabelecimentos devidamente licenciados, desde que incluídos em resoluções da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos.

Art. 587 - Concedido o registro, ficará obrigada a firma responsável comunicar à Secretaria de Saúde no prazo de até 30 (trinta) dias, a data de entrega do alimento ao consumo.

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§ 1º - Após o recebimento da comunicação, deverá a autoridade fiscalizadora competente providenciar a coleta de amostra para a respectiva análise de controle que será efetuada no alimento, tal como se apresenta ao consumo.

§ 2º - A análise de controle observará as normas estabelecidas para a análise fiscal.

§ 3º - O laudo da análise de controle será remetida ao órgão competente do Ministério da Saúde e ao órgão técnico que concedeu o registro, para arquivamento, e passará a constituir o elemento de identificação do alimento.

§ 4º - Em caso de análise condenatória, e sendo o alimento considerado impróprio para consumo, será feita imediata comunicação ao órgão competente do Ministério da Saúde e ao órgão técnico que concedeu o registro a fim de que seja cancelado o registro anteriormente concedido e determinada a sua apreensão em todo o território nacional.

§ 5º - No caso da constatação de falhas , erros ou irregularidades sanáveis, e sendo o alimento considerado próprio para o consumo, deverá o interessado ser notificado da ocorrência, concedendo–se o prazo necessário para a devida correção, decorrido o qual proceder–se–á à nova análise de controle. Persistindo as falhas, os erros ou irregularidades, ficará o infrator sujeito às penalidades cabíveis.

§ 6º - Em caso de haver modificação que implique em alteração de identidade, qualidade, tipo ou marca do alimento já registrado, deverá o interessado comunicar previamente ao órgão competente do Ministério da Saúde, através do órgão técnico que concedeu o registro procedendo–se a nova análise de controle, podendo ser mantido o número do registro anteriormente concedido.

Art. 588 - O registro de aditivos intencionais de embalagens, de equipamentos, utensílios elaborados e/ou revestidos internamente de substâncias resinosas e poliméricas, e de coadjuvantes de tecnologia da fabricação que tenha sido declarada obrigatório, será sempre procedido de análise prévia.

Parágrafo Único – O laudo de análise será encaminhado ao órgão competente que expedirá o respectivo certificado de registro.

Art. 589 - Os alimentos e aditivos intencionais deverão ser rotulados de acordo com as disposições deste Regulamento e demais dispositivos que regem a matéria.

Parágrafo Único – As disposições deste artigo se aplicam aos aditivos intencionais e produtos alimentícios dispensados de registro, bem como as matérias primas alimentares e alimentos “in natura”, quando acondicionados em embalagem que os caracterizem.

Art. 590 - Os rótulos deverão mencionar em caracteres perfeitamente legíveis:

I - A qualidade, a natureza e o tipo de alimento, observados a definição, a descrição e a classificação estabelecida no respectivo padrão de identidade e qualidade ou então no rótulo arquivado nó órgão técnico competente, no caso de alimento de fantasia ou artificial, ou de alimento não padronizado;

II - Nome e/ou marca do alimento;

III - Nome do fabricante ou produtor;

IV - Sede da fábrica ou local de produção;

V - Número de registro do alimento no órgão técnico competente;

VI - Indicação do emprego de aditivo intencional, mencionado–o expressamente ou indicando o código de identificação correspondente a especificação da classe a que pertencer;

VII - Número de identificação da partida, lote ou data de fabricação, quando se tratar do alimento perecível;

VIII - Peso ou volume líquido;

IX - Outras indicações que venham a ser fixadas em regulamentos.

§ 1º - Os alimentos rotulados no País, cujos rótulos contenham palavras em idiomas estrangeiros deverão trazer a respectiva tradução, salvo em se tratando de denominação universalmente consagrada.

§ 2º - Os rótulos de alimentos destinados à exportação poderão trazer as indicações exigidas pela lei do País a que se destinam.

§ 3º - Os rótulos dos alimentos destituídos, total ou parcialmente, de um de sues componentes normais, deverão mencionar a alteração autorizada.

§ 4º - Os nomes científicos que forem inscritos nos rótulos de alimentos deverão, sempre que possível, ser acompanhados da correspondente denominação comum.

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Art. 591 - Os rótulos de alimentos de fantasia ou artificial não poderão conter indicações especiais de qualidade, nem trazer menções, figuras ou desenhos que possibilitem falsa interpretação ou que induzam o consumidor a erro ou engano quanto à sua origem, natureza ou composição.

Art. 592 - Os rótulos de alimentos que contiverem corantes artificiais deverão trazer na rotulagem a declaração “ Colorido Artificialmente.”

Art. 593 - Os rótulos de alimentos adicionados de essências naturais ou artificiais, com o objetivo de reforçar ou reconstituir o sabor natural do alimento, deverão trazer a indicação“ Contém Aromatizantes....”, seguido do código correspondente e da declaração“ Aromatizado Artificialmente”, no caso de ser empregado aroma artificial.

Art. 594 - Os rótulos dos alimentos elaborados com essências naturais, deverão trazer as indicações “ Sabor de ....” “Contem Aromatizante....”, seguindo do código correspondente.

Art. 595 - Os rótulos dos alimentos elaborados com essências artificiais deverão trazer a indicação “Sabor Imitação ou Artificial e ....” , seguido da declaração “ Aromatizado Artificialmente”.

Art. 596 - As indicações exigidas pelos artigos deste Regulamento, bem como as que servirem para mencionar o emprego de aditivos, deverão constar do painel principal do rótulo do produto, em forma facilmente legível.

Art. 597 - O disposto no artigo 592, 593, 594, 595 e 596 se aplica no que couber à rotulação dos aditivos intencionais e coadjuvantes de tecnologia de fabricação de alimentos.

§ 1º - Os aditivos intencionais, quando destinados ao uso doméstico, deverão mencionar no rótulo a forma de emprego, o tipo de alimento em que poderá ser adicionado e a quantidade a ser empregada expressa sempre que possível em medidas de uso caseiro.

§ 2º - Os aditivos intencionais e os coadjuvantes de tecnologia de fabricação, isento de registro pela Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos, deverão ter essa condição mencionada no perspectivo rótulo.

§ 3º - As etiquetas de utensílios ou de recipientes destinados ao uso doméstico, deverão mencionar o tipo de alimento que poderá ser neles acondicionado.

Art. 598 - Os rótulos dos alimentos enriquecidos e dos alimentos dietéticos e de alimentos irradiados, deverão trazer a respectiva indicação em caracteres facilmente legíveis.

Parágrafo Único – A declaração de “Alimento Dietético” deverá ser acompanhada da indicação para o tipo de regime a que se destina o produto, expresso em linguagem de fácil entendimento.

Art. 599 - As declarações superlativas da qualidade de um alimento só poderão ser mencionadas na respectiva rotulagem em consonância com a classificação constante de respectivo padrão de identidade e qualidade ou de Norma Técnica Especial.

Art. 600 - Não poderão constar da rotulagem denominações, designações, nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou indicações que possibilitem interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, procedência, natureza, composição ou qualidade do alimento, ou que lhe atribuam qualidades ou características nutritivas superiores àquelas que realmente possuam.

Art. 601 - Não serão permitidas na rotulagem quaisquer indicações relativas à qualidade de alimento que não sejam as estabelecidas por este Regulamento ou por Norma Técnica Especial.

Art. 602 - As disposições deste Regulamento deverão ser aplicadas aos textos e materiais de propaganda de alimentos qualquer que seja o veículo utilizado para a sua divulgação.

Art. 603 - Os alimentos industrializados, quando entregues ao consumo a granel, deverão ser acompanhados de indicação da qualidade, natureza e do tipo do alimento.

Art. 604 - Será aprovado para cada tipo ou espécie de alimento um padrão de identidade e qualidade, dispondo sobre:

I - Denominação, definição e composição, compreendendo a descrição do alimento, citando o nome científico quando houver, e os requisitos que permitam fixar um critério de qualidade;

II - Requisitos de higiene, compreendendo medidas sanitárias concretas e demais disposições necessárias à obtenção de um alimento puro, comestível e de qualidade comercial;

III - Aditivos intencionais que poderão ser empregados, abrangendo a finalidade de emprego e o limite de adição;

IV - Requisitos aplicáveis a peso e medida;

V - Requisitos relativos à rotulagem e a apresentação do produto;

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VI - Métodos de coleta de amostras, ensaios e análise do alimento.

§ 1º - Os requisitos de higiene abrangerão também o padrão microbiológico do alimento e o limite residual de pesticidas e contaminantes tolerados.

§ 2º - Os padrões de identidade e qualidade poderão ser revistos pelo órgão competente do Ministério da Saúde, ou pelo órgão técnico devidamente credenciado, por iniciativa própria ou a requerimento da parte interessada, devidamente fundamentado.

§ 3º - Poderão ser aprovados subpadrões de identidade e qualidade, devendo os alimentos por ele abrangidos ser embalados e rotulados de forma a distinguí–los do alimento padronizado correspondente.

CAPÍTULO XXXIII

DA ANÁLISE FISCAL E PERÍCIA DE CONTRAPROVA

Art. 605 - A Secretaria de Saúde deverá realizar periodicamente, ou quando necessário, coleta de amostras de alimentos e de matérias primas alimentares para efeito de análise fiscal, e verificar se estão conforme os padrões de qualidade.

Art. 606 - A coleta de amostras será feita sem interdição da mercadoria, quando se tratar de análise fiscal de rotina.

Art. 607 - Os alimentos manifestante impróprios serão apreendidos pelas autoridades sanitárias.

§ 1º - Não serão apreendidos, mesmo nos estabelecimentos de gênero alimentícios, os tubérculos, bulbos, rizomas, sementes e grãos em estado de germinação quando destinados ao plantio ou fins industriais, desde que essa circunstância esteja claramente declarada.

§ 2º - A autoridade fiscalizadora lavrará termo de apreensão, que será assinado por ela e pelo infrator ou na recusa e ausência deste, por duas testemunhas, e especificará a natureza, tipo, marca, procedência e quantidade da mercadoria apreendida, bem como os nomes do fabricante e do detentor do alimento.

§ 3º - No caso em que for indicada a inutilização sumária da mercadoria apreendida, poderá ser dispensada a lavratura do termo de apreensão quando o valor for notoriamente ínfimo, execeto se no ato houver protesto do infrator.

Art. 608 - Os alimentos suspeitos de alteração ou com indícios de adulteração ou falsificação, serão interditados pela autoridade sanitária.

Art. 609 - A interdição do alimento para análise fiscal será iniciada com a lavratura do termo de apreensão, assinado pela autoridade fiscalizadora e pelo possuidor ou detentor da mercadoria, ou, na ausência por duas testemunhas, anotando–se a natureza, tipo, marca, procedência, quantidade da mercadoria apreendida, nome do fabricante e do detentor do alimento.

Parágrafo Único – Da mercadoria interna serão colhidas amostras para análise fiscal e perícia de contraprova.

Art. 610 - As amostras para análise fiscal e perícia de contraprova de alimentos ou de matérias primas alimentares, serão divididas em três partes, colhidas do estoque ou da partida da mercadoria sob fiscalização, tornadas invioláveis para assegurar a autenticidade e conservadas de modo adequado a fim de assegurar as suas características originais.

Parágrafo Único - Das amostras colhidas, uma será utilizada no laboratório oficial para análise fiscal; outra ficará em poder do detentor ou responsável pelo alimento, e a terceira permanecerá no laboratório oficial, servindo as duas últimas para perícia de contraprova.

Art. 611 - Se a quantidade ou natureza do alimento não permitir a coleta da amostra na forma prevista por este Regulamento ou por Normas Técnicas Especiais, o mesmo deverá ser levado ao laboratório oficial, onde, na presença do detentor, responsável e ou do perito por ele indicado, ou na sua falta, por duas testemunhas , será efetuada, de imediato, a análise fiscal.

Art. 612 - O prazo da interdição não poderá ser superior a 60 (sessenta) dias e, para os produtos perecíveis, 48 (quarenta e oito) horas, decorridos os quais considerar–se-á libedo.

Art. 613 - A análise fiscal será realizada no laboratório oficial e os laudos analíticos deverão ser fornecidos à autoridade fiscalizadora no prazo máximo de 30 (trinta) dias e, no caso de alimentos perecíveis, no de 24 (vinte e quatro) horas, a contar da data do recebimento da amostra.

§ 1º - No caso da análise fiscal não comprovar infração de qualquer norma legal vigente, a autoridade comunicará ao interessado, e libertará a mercadoria interditada dentro de 24 (vinte e quatro) horas após o recebimento do laudo.

§ 2º - Em caso da análise fiscal concluir pela condenação do alimento, a autoridade fiscalizadora notificará o interessado, que poderá apresentar defesa escrita, ou requerer perícia de contraprova dentro de 10 (dez) dias, no caso de alimentos perecíveis, no de 24 (vinte e quatro) horas.

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§ 3º - A notificação de que trata o parágrafo anterior deverá ser feita no prazo máximo de 10 (dez) dias, ou em 24 (vinte e quatro) horas, quando se tratar de alimento perecível, a contar da data do recebimento do laudo da análise condenatória.

§ 4º - Decorrido o prazo referido no parágrafo 2º deste artigo, sem que o interessado tenha apresentado defesa, ou requerido perícia de contraprova, o laudo da análise fiscal será considerado definitivo.

§ 5º - No caso da análise fiscal condenatória se referir à amostra colhida em fiscalização de rotina, a autoridade sanitária poderá efetuar nova coleta de amostras, com interdição da mercadoria.

Art. 614 - O possuidor ou responsável pelo alimento interditado ficará proibido de entregá–lo ao consumo, desviá–lo ou substituí-lo.

Art. 615 - A perícia de contraprova será efetuada na amostra em poder do detentor ou responsável, no laboratório oficial que tenha realizado a análise fiscal, pelo mesmo perito do laboratório oficial que tenha realizado a análise fiscal, e com a presença do perito indicado pelo interessado lavrando– se a respectiva ata.

§ 1º - Ao perito indicado pelo interessado, que deverá ser legalmente habilitado, serão dadas todas as informações que solicitar acerca da análise fiscal, bem como os métodos utilizados e demais documentos por ele julgados indispensáveis.

§ 2º - Na perícia de contraprova, não será efetuada a análise no caso de a amostra apresentar indícios de alteração ou violação.

Art. 616 - Será aplicada na perícia de contraprova o mesmo método de análise empregado na análise fiscal condenatória, salvo se houver concordância dos peritos quanto ao emprego de outro.

Art. 617- Em caso de divergência entre os peritos quanto ao resultado da análise fiscal condenatória ou de discordância entre os resultados desta última com a da perícia de contraprova caberá recurso de parte interessada, ou de perito responsável pela análise condenatória, à autoridade competente, devendo esta terminar a realização de novo exame pericial da amostra em poder do laboratório oficial de controle.

§ 1º - O recurso de que trata este artigo, deverá ser interposto no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da conclusão da perícia de contraprova.

§ 2º - A autoridade que receber o recurso deverá decidir sobre o mesmo no prazo de 10 (dez) dias, contados da data do seu recebimento.

§ 3º - Esgotado o prazo referido no parágrafo 2º, e não tendo havido decisão do recuso, prevalecerá o resultado da perícia de contraprova.

Art. 618 - No caso de partida de grande valor econômico, confirmada a condenação do alimento em perícia de contraprova, poderá o interessado solicitar nova coleta de amostra, aplicando–se, nesse caso, adequada técnica de amostragem estatística.

§ 1º - Entende–se por partida de grande valor econômico, aquela cujo valor seja igual ou superior a 100 (cem) vezes o maior salário mínimo vigente do País.

§ 2º - Excetuados os casos da presença de organismos patogênicos ou de suas toxinas, bem como os de adulteração ou fraude, considerar–se–á liberada a partida que indicar um índice de alteração ou deterioração inferior a 10% (dez por cento) do seu total.

Art. 619 - No caso de alimentos condenados oriundos de unidades federativas diversa daquela em que está localizado o órgão apreensor, o resultado da análise condenatória será, obrigatoriamente, comunicado ao órgão competente do Ministério da Saúde.

CAPÍTULO XXXIV

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 620 - Os alimentos sucedâneos deverão ter aparência diversa daquela do alimento genuíno ou permitir por outra forma a sua imediata identificação.

Art. 621 - O emprego de produtos destinados à higienização de alimentos, matérias primas alimentares e alimentos “in natura” , ou de recipientes ou utensílios destinados a entrar em contato com os mesmos, dependerá de prévia autorização do órgão competente.

Art. 622 - Será permitido, excepcionalmente, expor à venda, sem necessidade de registro prévio, alimentos elaborados em caráter experimental, e destinados à pesquisa de mercado.

§ 1º - A permissão a que se refere este artigo deverá ser solicitada pelo interessado, que submeterá a autoridade competente a fórmula do produto, e indicará o local e o tempo de duração da pesquisa, a qual não deverá ultrapassar de 90 dias.

§ 2º - O rótulo do alimento, nas condições deste artigo, deverá satisfazer às exigências deste Regulamento e de Normas Técnicas Especiais.

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Art. 623 - A permissão excepcional de que trata o artigo 622, será dada mediante a satisfação prévia dos requisitos que vierem a ser fixados pelo órgão competente.

Art. 624 - O alimento importado, bem como os aditivos e matérias primas empregados em seu fabrico, deverão obedecer às disposições da legislação vigente.

Art. 625 - Os alimentos destinados à exportação poderão ser fabricados de acordo com as normas vigentes no país para o qual se destinam.

Art. 626 - Excluem–se do disposto neste Regulamento e nas suas Normas Técnicas Especiais, os produtos com finalidades medicamentosa ou terapêutica, qualquer que seja a forma sob a qual se apresentam ou o modo pelo qual são ministrados.

Art. 627 - A importação de alimentos, de aditivos para alimentos e de substâncias destinadas a serem empregadas no fabrico de artigos, utensílios e equipamentos destinados a entrar em contato com alimentos, ficará subordinada às exigências regulamentares, sendo a análise de controle efetuada obrigatoriamente, no momento do seu desembarque no País

Art. 628 - Os produtos referidos no artigo 627, quando importados na embalagem original, ficarão desobrigados dos registros no órgão competente.

Art. 629 - As peças, maquinarias, utensílios e equipamentos destinados a entrar em contato com alimentos, nas diversas fases de fabrico, manipulação, estocagem, acondicionamento ou transporte, não deverão interferir nocivamente na elaboração do produto, nem alterar o seu valor nutritivo ou as suas características organolépticas.

Parágrafo Único – A autoridade sanitária poderá interditar temporária ou definitivamente os materiais referidos neste artigo, bem como as instalações que não satisfizerem aos requisitos técnicos e às exigências deste Regulamento e de Normas Técnica Especiais.

Art. 630 - Os alimentos destituídos, total ou parcialmente, de um de seus componentes normais, só poderão ser expostos à venda mediante autorização expressa do órgão competente.

Art. 631 - A critério da autoridade sanitária, que levará em conta as características locais, as condições de conservação e de acondicionamento, bem como as condições de fiscalização, poderá, a título precário, ser autorizada a venda de alimentos em estabelecimentos não especializados.

Art. 632 - Os alimentos que em 21 de outubro de 1969 estavam registrados há menos de 10 anos em qualquer repartição federal, ficarão, de acordo com o Decreto–Lei Federal nº 986/69, dispensados de novo registro até que se complete o prazo estipulado.

Art. 633 - A critério da autoridade sanitária, que levará em conta as condições e as características locais e do produto, será autorizada a venda ambulante ou em feiras livres, de produtos perecíveis de consumo imediato, desde que higienicamente preparados.

Art. 634 - Os produtos alimentícios destinados à venda ambulante ou em feiras livres, deverão ser mantidos em boas condições sanitárias e, quando necessário, acondicionados de modo a serem preservados de contaminação.

Art. 635 - Todos os produtos alimentícios destinados à venda ambulante ou em feiras livres, deverão estar agrupados de acordo com a sua natureza e protegidos da ação dos raios solares, chuvas e outras intempéries, ficando terminantemente proibido mantê–los colocados diretamente sobre o solo.

§ 1º - O depósito temporário e a exposição de alimentos somente serão permitidos sobre estrados, mesas, taboleiros e outros dispositivos colocados, no mínimo, a 0,40m (quarenta centímetros) do solo.

§ 2º - As superfícies dos dispositivos para depósito e exposição de alimentos, quando não revestidos de material liso, compacto, resistente, impermeável, não absorvente e não corrosível, deverão estar perfeitamente pintadas em cores claras ou cobertas com toalhas de plástico ou fazenda.

Art. 636 - As louças, copos e talheres e demais utensílios, depois de convenientemente lavadas e desinfetados, deverão ser mantidas livres da ação de poeiras, insetos e protegidas das contaminações.

Art. 637 - Será expressamente proibido o uso de pratos, copos, talheres e demais utensílios quando quebrados, rachados, lascados, gretados ou defeituosos.

Parágrafo Único – Os açucareiros, farinheiros, saleiros e assemelhados, deverão ser do tipo higiênico e providos de tampa de fechamento eficiente.

Art. 638 - Os veículos de transporte de gêneros alimentícios deverão ser construídos, mantidos e utilizados de modo a preservarem os alimentos, substâncias ou insumos e outros de qualquer contaminação ou alterações e manterem ou promoverem temperatura adequada à sua conservação quando indicado.

Art. 639 - Estão sujeitos a estas exigências os veículos que se destinarem exclusivamente ao transporte de:

I - Carnes, derivados e subprodutos alimentícios;

II - Pescados, derivados e subprodutos alimentícios;

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III - Leite, derivados e subprodutos alimentícios;

IV - Produtos de panificação, confeitaria e congêneres;

V - Mel, doces, balas, caramelos, gomas de mascar e respectivos similares;

VI - Café torrado e/ ou moído;

VII - Gelo;

VIII - Os utilizados no comércio ambulante e em feiras livres.

Art. 640 - Nos veículos a que se refere o artigo 639, será expressamente proibido o transporte de lixo, resíduos, estrumes, substâncias repugnantes, tóxicas ou suscetíveis de contaminarem os gêneros alimentícios ou alterarem as suas características.

Art. 641 - Os veículos a que se refere o artigo 639, deverão ser pintados extremamente com tintas adequadas ou revestidos de material metálico não corrosível, ou outro adequado a critério da autoridade sanitária.

Parágrafo Único – Nas laterais do compartimento de carga deverá constar o nome da firma proprietária, endereço, e outros dizeres a critério da autoridade sanitária.

Art. 642 - Os condutores e ajudantes deverão portar carteira de saúde, renová–la anualmente, fazer uso de vestiário adequado ao serviço e manter–se em condições de higiene.

Art. 643 - Os veículos deverão ser mantidos nas mais rigorosas condições de limpeza, lavados e desinfectados.

CAPÍTULO XXXV

DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

Art. 644 - Entende–se por doença transmissível aquela que tem por agente etiológico um ser vivo, ou seus produtores tóxicos que podem ser transferidos de uma fonte de infecção ou reservatório, para um suscetível.

Art. 645 - Fonte de infecção ou reservatório é a pessoa, animal, vegetal ou substância que possibilita a sobrevivência de um agente infeccioso, podendo apresentar ou não sinais clínicos da infecção.

Parágrafo Único – Os que não apresentam sinais clínicos de uma infecção são denominados de portadores

Art. 646 - Suscetível é a pessoa ou animal que se julga não ter resistência ou imunidade em nível suficiente para impedir a penetração, desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no seu organismo.

Art. 647 - Entende–se por transmissão a transferência de um agente etiológico, ou de seus produtos tóxicos, de uma fonte de infecção para um suscetível.

Art. 648 - Compete a Secretaria de Saúde estabelecer normas e executar medidas, tendo em vista a prevenção das doenças transmissíveis.

Art. 649 - As medidas previstas visam a erradicar ou reduzir a freqüência das doenças transmissíveis, e , neste sentido, a autoridade sanitária poderá exigir a adoção de providências sobre a fonte de infecção, os meios de transmissão e o suscetível.

Art. 650 - Notificação compulsória é a comunicação à autoridade sanitária competente dos casos confirmados ou suspeitos de: blastomicoses, bouba, bruceloses, câncer, cancro venéreo, carbúnculo, cólera, coqueluche, dengue, difteria, disenteria, Doença de Chagas, encefalites a vírus, eritema infeccioso, escarlatina, esquistossomose, exantema súbito, febre amarela, febre tifóide e outras salmoneloses, gonococcia, gripe, hepatites por vírus, leishimanioses, leptospiroses, lepra, linfogranuloma venéreo, malária, meningite cérebro–espinhal epidêmica, meningo–encefalites epidêmicas, oftalmias de recém nascido, parotidite epidêmica, pênfigos, poliomielite anterior aguda, quarta moléstia venérea, raiva, peste, rubeola, riquetsioses, sarampo, sífilis, tracoma, tuberculose, varicela, varíola (inclusive alastrim), outras viroses humanas, e infortúnios do trabalho, as doenças consideradas no artigo 9 do Código Nacional de Saúde, Decreto nº 499974A, de 21 de janeiro de 1961.

Parágrafo Único - Pelo Regulamento Sanitário Internacional, cólera, varíola (inclusive alastrim), peste e febre amarela são consideradas doenças quarentenárias.

Art. 651 - São também classificadas como de notificação compulsória as toxicomanias.

Art. 652 - A relação das doenças de notificação compulsória será alterada em consonância com a legislação federal e/ou por determinação do Secretario de Saúde, fundamentado em informações epidemiológicas.

Art. 653 - A Secretaria de Saúde deverá identificar, no prazo, de 30 (trinta) dias, às instituições de saúde, aos médicos e outros profissionais interessados, as alterações que ocorrerem na regulamentação de notificação compulsória.

Art. 654 - A notificação será feita à unidade sanitária estadual mais próxima do local de residência do caso clínico, suspeito ou confirmado.

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§ 1º - A notificação poderá ser feita no Serviço de Epidemiologia ou a uma outra organização de saúde, com devida autorização do Serviço de Epidemiologia.

§ 2º - A notificação dos toxicomanias será feita ao Serviço de Fiscalização da Secretaria de Saúde.

§ 3º - A notificação dos infortúnios do trabalho será feita ao Serviço Médico da Delegacia Regional do Trabalho, do Ministério do Trabalho.

Art. 655 - A notificação do doente ou suspeito deverá ser feita o mais rápido possível, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, após o conhecimento do caso clínico, suspeito ou confirmado.

Art. 656 - A notificação do doente ou suspeito deverá ser feita pessoalmente, por telefone ou outro qualquer meio, desde que aceito pela autoridade sanitária.

Parágrafo Único – A critério da autoridade competente, poderá ser exigida notificação por meio de modelos, fornecidos pelo Serviço de Epidemiologia.

Art. 657 - Na comunicação da existência de um caso de notificação compulsória, deverão constar:

I - Nome completo, idade, sexo, ocupação e local de residência, no caso de menor, nome dos pais ou responsáveis;

II - Diagnóstico presuntivo ou confirmado, e os resultados dos exames de laboratório, se houver;

III - Data do início dos sintomas e da notificação;

IV - Nome e endereço do notificante.

Art. 658 - Será responsável pela notificação o médico assistente e outros profissionais que exercerem atividades junto ao doente, o profissional que realizar os exames de laboratório, o diretor do hospital ou da instituição que prestar qualquer tipo de assistência ao doente ao responsável por habitações coletivas, estabelecimentos de ensino ou locais de trabalho.

Parágrafo Único – Estando o caso sob internamento, a direção do hospital deverá obrigatoriamente comunicar a ocorrência ao órgão oficial da saúde mais próximo, ou ao Serviço de Epidemiologia da Secretária de Saúde, independente da notificação anterior.

Art. 659 - A notificação sob a responsabilidade de hospitais ou de outras instituições que prestarem assistência ao doente será feita por intermédio de modelos fornecidos pela Secretaria de Saúde.

Art. 660 - A Secretaria de Saúde ao tomar conhecimento da existência de um caso, confirmado ou suspeito de doença de notificação compulsória, deverá:

I - Confirmar o diagnóstico quando julgar indicado, a critério da autoridade sanitária;

II - Realizar a investigação epidemiológica;

III - Empregar os meios que julgar convenientes e mais indicados no sentido de conseguir a cura do caso e evitar a disseminação da doença.

Art. 661 - Para confirmar o diagnóstico de um caso clínico ou suspeito e determinar o estado do portador, a autoridade sanitária poderá exigir a realização de exames clínicos ou laboratoriais e , no caso de ocorrer o óbito, a necropsia.

Parágrafo Único – Enquanto não for esclarecido o diagnostico , a autoridade sanitária poderá exigir a adoção de medidas profiláticas com o objetivo de evitar a ocorrência de novos casos de doenças.

Art. 662 - Na investigação epidemiólogica, a autoridade sanitária procederá com a devida presteza e deverá seguir um critério de propriedades estabelecido segundo as recomendações internacionais, as determinações do Ministério da Saúde e as condições epidemiológicas locais.

Art. 663 - Serão dadas todas as facilidades de acesso a domicílio, locais de trabalho, escolas, internatos, hotéis e outros locais, no sentido de que a autoridade encarregada de realizar a investigação epidemiológica possa identificar a fonte de infecção, os meios de transmissão e os possíveis novos casos.

Art. 664 - A autoridade sanitária poderá exigir a realização dos exames que considerar mais indicados para identificar os portadores das doenças transmissíveis.

Art. 665 - Os portadores deverão ficar sob controle da autoridade sanitária e acatar as recomendações que objetivam evitar a disseminação das infecções.

Art. 666 - A autoridade sanitária poderá exigir para os portadores de doenças transmissíveis a aplicação de medidas terapêuticas e/ou a interdição de atividades que ponham em risco a saúde de outros indivíduos.

Parágrafo Único – Uma vez constatada a supressão do estado de portador, a autoridade sanitária não mais poderá exercer medidas visando ao seu controle.

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Art. 667 - A autoridade sanitária poderá exigir o tratamento bem como o isolamento hospitalar ou domiciliar, dos indivíduos acometidos por uma das doenças de notificação compulsória.

§ 1º - Sempre que possível o isolamento deverá ser mantido até que o doente deixe de eliminar o agente etiológico da doença de notificação compulsória.

§ 2º - Quando a autoridade sanitária julgar indicado, o período de eliminação dos agentes etiológicos das doenças de notificação compulsória será verificado através dos resultados dos exames do laboratório.

Art. 668 - O isolamento hospitalar e domiciliar estarão sujeitos à supervisão direta da autoridade sanitária, que deverá exigir a execução de medidas preventivas e o tratamento clínico indicado.

Art. 669 - As faltas escolares que ocorrerem durante o período de isolamento imposto pela autoridade sanitária ou com sua aquiescência, deverão ser abonadas.

Art. 670 - Durante o período de isolamento, a autoridade sanitária deverá exigir a desinfecção de todo material ou substância que possa ser responsabilizada pela transmissão do agente etiológico das doenças transmissíveis ou dos seus produtos tóxicos.

Parágrafo Único – Cabe à autoridade sanitária estabelecer, segundo as exigências técnicas e o material ou a substância, as práticas de desinfecção concorrente que deverão ser aplicadas.

Art. 671 - As práticas de desinfecção concorrente ou terminal poderão ser complementadas com medidas destinadas a combater os vetores biológicos ou os reservatórios.

Art. 672 - Uma vez ocorrida a cura clínica, o óbito ou remoção do doente, a autoridade sanitária poderá exigir, em relação ao domicílio, as melhorias que julgar convenientes.

Art. 673 - A autoridade sanitária poderá exigir para os comunicantes das doenças de notificação compulsória a adoção de medidas que visem a evitar a disseminação das mesmas.

§ 1º - O tempo da adoção destas medidas não poderá exceder o período máximo de incubação estabelecido para a doença em consideração.

§ 2º - As faltas ao estabelecimento de ensino ou ao de trabalho, público ou privado, que resultarem em conseqüência da exigência pela autoridade sanitária da adoção de medidas que visem a impedir a disseminação das doenças de notificação compulsória, serão obrigatoriamente abonadas.

Art. 674 - Identificado, através de investigação epidemiológica ou de outro meio, o modo de transmissão de um determinante primário de doença, a autoridade sanitária deverá exigir a adoção das medidas mais indicadas, tendo em vista evitar a ocorrência de novos casos.

Parágrafo Único – Neste sentido a autoridade sanitária poderá solicitar a cooperação de outras autoridades do poder público ou privado.

Art. 675 - A autoridade sanitária poderá exigir a aplicação de um agente imunizante, todas as vezes que for comprovada sua eficácia por uma organização internacional e houver indicação para seu uso.

Art. 676 - Compete à Secretária de Saúde organizar as normas para a aplicação, conservação e uso dos agentes imunizantes.

Parágrafo Único – Estas normas deverão ser adotadas obrigatoriamente pelas organizações que mantenham convênios ou recebam colaborações da Secretaria de Saúde.

Art. 677 - Quando houver indicação a autoridade sanitária poderá exigir e/ou executar provas imunológicas no sentido de determinar a suscetibilidade ou resistência a determinadas infecções.

Art. 678 - A vacinação contra varíola e outras doenças em relação as quais exista um agente imunizante de eficácia comprovada, será praticada de modo sistemático, obrigatoriamente se as circunstâncias o exigirem, e a revacinação feita periodicamente.

Art. 679 - Será vedado às pessoas que não apresentarem atestado de vacinação antivariólica, como determina o Código Nacional de Saúde.

I - O exercício de qualquer cargo ou função federal, estadual, municipal, autárquico ou paraestatal;

II - A matrícula em estabelecimento de ensino, público ou privado, de qualquer natureza ou categoria;

III - O internamento ou trabalho em asilo, creche, patronato e instituto de educação ou assistência social;

IV - O trabalho em organização privada, de qualquer natureza;

V - A entrada no País.

Art. 680 - Não poderá ser fornecida carteira de identidade, de registro individual de trabalho, ou outra oficialmente instituída, sem a apresentação do atestado de vacinação antivariólica.

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Art. 681 - A Secretaria de Saúde poderá tornar compulsória o uso de uma determinada vacina todas as vezes que estiver empenhada em programa de erradicação, de controle ou diante da ameaça, ou na vigência de uma epidemia.

Art. 682 - Os atestados de imunização, os resultados de exames e a carteira de saúde, sempre individuais, não poderão ser retidos por qualquer órgão ou autoridade, mesmo em se tratando da apresentação exigida por lei.

Art. 683 - Na iminência ou vigência de uma epidemia, a autoridade sanitária poderá determinar a adoção de medidas extraordinárias, inclusive a limitação parcial ou total do direito de locomoção, com vistas ao controle dessa situação.

Art. 684 - Na iminência ou vigência de uma epidemia, a autoridade sanitária poderá determinar o fechamento total ou parcial de qualquer estabelecimento, público ou privado, enquanto persistir a freqüência anormal de casos.

Art. 685 - A autoridade sanitária poderá solicitar a colaboração de outras autoridades, inclusive a policial, com vistas a execução de medidas referentes à prevenção das doenças.

CAPÍTULO XXXVI

DOS VETORES E RESERVATÓRIOS ANIMADOS, RESPONSÁVEIS PELA PROPAGAÇÃO OU EXISTÊNCIA DE DOENÇAS, E DE OUTROS ANIMAIS PREJUDICIAIS ÀS POPULAÇÕES

Art. 686 - A Secretaria de Saúde colaborará com outros órgãos do Estado, da União, Prefeitura Municipal e organizações particulares, na execução das atividades de controle e, quando possível, de erradicação dos roedores, prejudiciais à saúde, dos vetores biológicos ou mecânicos, dos moluscos hospedeiros intermediários e de outros animais com responsabilidade na existência ou propagação de doenças, ou prejudicais ao bem–estar das coletividades.

Art. 687 - O combate aos vetores mecânicos, artrópodes importunos e roedores prejudiciais à saúde com vistas ao seu controle e, quando possível, a erradiação será de responsabilidade das autoridades municipais e de todos os componentes da comunidade.

§ 1º - Executadas as situações especiais, a juízo da autoridade sanitária, caberá à Secretaria de Saúde dar orientação técnica aos poderes municipais e a outros órgãos interessados no combate a estes animais.

§ 2º - A Secretaria de Saúde ante a ameaça de epidemias ou tendo em vista impedir a disseminação de doenças, poderá tomar medidas complementares.

Art. 688 - A Secretaria de Saúde em colaboração com a Secretaria de Agricultura desenvolverá atividades tendo em vista o controle ou, quando possível, a erradicação de espécies responsáveis pela existência ou propagação de zooneses.

Parágrafo Único – Cabe à Secretaria de Saúde, tendo em vista a freqüência da doença, as possibilidades de epidemias, riscos de propagação a outras áreas e as determinações do Ministério da Saúde, estabelecer as prioridades no combate a estas espécies.

Art. 689 - A Secretaria de Saúde poderá firmar convênios com o Ministério da Saúde ou outros órgãos dos poderes público ou privado, visando controle de zoonoses ou de espécies com responsabilidades na existência ou transmissão das doenças.

Art. 690 - O pessoal da execução das atividades de combate, tendo em vista o controle e, se possível, a erradicação das espécies responsável pela existência ou propagação de doenças, deverá ter acesso facilitado às áreas de trabalho e receber toda colaboração das autoridades locais e dos proprietários dos imóveis.

Art. 691 - Os proprietários ou responsáveis por construções, edifícios, qualquer que seja seu uso ou finalidades, ou terrenos, deverão tomar as medidas indicadas pelas autoridades competentes, no sentido de mantê–los livres de roedores, insetos e de outros animais prejudiciais a saúde ou bem estar do homem.

Art. 692 - Os proprietários ou responsáveis por construções, edifícios ou terrenos, deverão impedir o acúmulo de lixo, restos de alimentos ou de outros materiais que servirem à alimentação ou ao abrigo de roedores, e tomar outras providências a critério das autoridades competentes.

Art. 693 - Os estabelecimentos públicos ou privados, em que sejam depositados, manipulados, fracionados, guardados, elaborados e negociados materiais que se prestarem ao abrigo ou à alimentação de roedores, serão construídos e mantidos à prova destes animais.

Parágrafo Único – A autoridade competente não poderá conceder a autorização para o funcionamento destes estabelecimentos sem que a condição prevista neste artigo seja satisfeita integralmente.

Art. 694 - A arrumação, o empilhamento de sacos, fardos, caixões e material similar nos estabelecimentos referidos no artigo 693, deverão ser feitos de modo a permitir a realização das atividades necessárias no combate aos roedores.

§ 1º - Sempre que possível, as bases das pilhas deverão ser protegidas contra os ratos.

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§ 2º - É obrigatória a cooperação dos responsáveis por estes estabelecimentos na desratização, que se fará de conformidade com as instruções de autoridade competente.

Art. 695 - A Secretaria de Saúde no combate a vetores biológicos e moluscos hospedeiros intermediários, deverão atender a critérios de prioridades em que se levem em conta a introdução ou reintrodução de novas espécies, a freqüência da endomia, as possibilidades de epidemias e os recursos disponíveis.

Art. 696 - Nos programas de trabalho com vistas ao combate a vetores biológicos e moluscos hospedeiros intermediários, a Secretaria de Saúde deverá:

I - Localizar, delimitar e cadastrar os focos locais favoráveis à proliferação;

II - Eliminar os focos e realizar prospecção periódica nos locais favoráveis à proliferação e ao refúgio;

III - Utilizar substâncias de comprovada ação letal sobre as espécies, na forma adulta ou larvária.

Art. 697 - O combate aos artrópodes e aos moluscos se fará preferentemente através das obras de saneamento do meio.

Parágrafo Único – As Prefeituras Municipais deverão colaborar com a Secretaria de Saúde na execução de obras de saneamento que visam ao combate aos artrópodes e aos moluscos.

Art. 698 - O combate aos artrópodes e aos moluscos deverá ser precedido por campanhas educativas sob a responsabilidade de profissionais habilitados.

Art. 699 - Os proprietários ou locatários das edificações e áreas anexas, serão responsáveis pelas condições de limpeza e deverão destruir os focos existentes bem como tornar estes locais desfavoráveis a proliferação ou refúgio dos artrópodes ou moluscos impróprios a estas espécies.

Art. 700 - Os proprietários ou responsáveis por terrenos ou outras propriedades, deverão tomar as providências indicadas, a critério da autoridade sanitária, no sentido de evitar a proliferação e o refúgio de vetores biológicos, moluscos ou de outros animais prejudiciais à saúde e ao sossego do homem.

Art. 701 - A autoridade sanitária poderá exigir dos proprietários dos terrenos alagados, baxios ou com escavações, a realização de obras com vistas à evitar a proliferação de insetos ou de outros animais prejudiciais à saúde ou ao sossego do homem.

Art. 702 - A Secretaria de Saúde poderá exigir que as Prefeituras Municipais tomem as devidas providências tendo em vista o controle de animais com responsabilidades por zoonoses.

Art. 703 - Tendo em vista a saúde da população, ficará proibido o livre trânsito ou a permanência de animais nos logradouros e próprios públicos, mercados, feiras, praças, praias, piscinas, estabelecimentos hospitalares, escolares, clubes recreativos e esportivos, casas comerciais e estabelecimentos industriais, bem como em halls, escadas, elevadores patamares e área de uso em comum de edifício de apartamentos e de conjuntos residênciais.

Parágrafo Único – Excetuam–se da proibição do presente artigo, os estabelecimentos legal e adequadamente instalados para a criação, venda, exposição, competição e, tratamento de animais, e os abatedouros.

Art. 704 - Ficará proibido conduzir animais em veículos de aluguel, coletivo ou não, destinados ao transporte de passageiros, salvo em compartimento específico, adequado, isolado e independente.

Art. 705 - Será permitida a presença de cães na via pública, desde que acorrentados, açaimados, vacinados e com registro atualizado, bem como conduzidos por responsável ou seus respectivos donos.

Parágrafo Único – A presença de cães nas praias, somente será permitida antes das 7 (sete) e após as 17 (dezessete) horas.

Art. 706 - Os animais utilizados em tração de carroças, os destinados a locais de exposição oficial, exibição, corridas em prado e os empregados no transporte ou passeio, quando devidamente presos e acompanhados por seus donos ou responsáveis, poderão trafegar pela via pública desde que obedecido o disiciplinamento de itinerários.

Art. 707 - A Secretaria de Saúde poderá exigir das autoridades municipais a apreensão e o sacrifício de qualquer animal, independente do seu estado de saúde, tendo em vista o controle de zoonoses.

Art. 708 - Na condição prevista no artigo 707, não poderá haver reclamação nem ser exigida indenização da Secretaria de Saúde.

Art. 709 - A Secretaria de Saúde poderá exigir a vacinação de animais em relação a zoonoses, desde que se verifique a existência de um produto imunizante de eficácia comprovada.

Art. 710 - Os médicos veterinários deverão comunicar à Secretaria de Saúde a ocorrência de epizootias, das zooneses existentes na relação de doenças de notificação compulsória.

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Parágrafo Único – Na notificação deverá constar a doença, a espécie de animal, o nome e o endereço do proprietário.

CAPÍTULO XXXVII

DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS E TRANSFUSÕES SANGÜÍNEAS

Art. 711 - À Secretaria de Saúde caberá a execução e a fiscalização das medidas que tiverem por objetivo impedir a transmissão de doenças através de transfusão de sangue ou de substâncias afins.

Art. 712 - Só poderá ser aceito o sangue de doadores que se apresentarem em bom estado de saúde física e mental, evidenciado através da realização de exames clínicos e de laboratório, e com ficha clínica completamente preenchida por médico.

Parágrafo Único – Nos doadores, salvo em condições excepcionais e a critério da autoridade sanitária, deverão ser realizados os exames indicados com vista à identificação do doente ou portador de doenças transmissíveis.

Art. 713 - Ao sangue fresco ou estocado, proveniente de doadores ocasionais, quaisquer que seja as suas procedências, deverão ser aplicados, quando não houver contra–indicação, processos físicos ou químicos ou de outra natureza que impeçam a transmissão de agentes de doenças.

Art. 714 - Os bancos de sangue, ou qualquer outra instituição destinada a essa atividade, serão obrigados a manter um fichário completo e convenientemente atualizado dos doadores.

Art. 715 - Os bancos de sangue deverão se adaptar a todas as exigências deste Regulamento no que lhes diz respeito.

CAPÍTULO XXXVIII

DAS DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E ACIDENTES PESSOAIS

Art. 716 - A Secretaria de Saúde promoverá e/ou organizará o desenvolvimento de atividades que objetivem o controle dos acidentes pessoais e das doenças não transmissíveis.

Parágrafo Único – Estas atividades serão executadas em unidades da Secretaria de Saúde, tais como: dispensários, hospitais, ambulatórios e outras, e deverão preferentemente ser dirigidas às doenças que por sua elevada freqüência representem um problema de interesses coletivo e para as quais existam meios eficientes de controle.

Art. 717 - A Secretaria de Saúde no sentido de pesquisa e/ou do controle dos acidentes pessoais e das doenças não transmissíveis, poderá firmar convênio com instituições, públicas ou privadas, que as dediquem a estas atividades.

Art. 718 - No controle das doenças não transmissíveis, as atividades serão orientadas precipuamente no sentido:

I - Do diagnóstico e tratamento precoces;

II - Dos exames periódicos de saúde, de preferência dirigidos aos grupos com maior riscos;

III - Da execução de medidas sobre as causas predisponentes e determinantes;

IV - De pesquisa.

Art. 719 - A doença não transmissível que vier a ser considerada como de interesse coletivo e estiver sob o regime de controle da Secretaria de Saúde, mesmo sob a forma de convênio, passará a ser considerada como de notificação compulsória.

Art. 720 - No controle das doenças não transmissíveis e dos acidentes pessoais, serão empregadas prioritariamente as técnicas de educação sanitária, além de outras atividades.

CAPÍTULO XXXIX

DA RECUPERAÇÃO DA SAÚDE

Art. 721 - A Secretaria de Saúde executará atividades assistenciais, tendo em vista recuperar a saúde, limitar a invalidez e reabilitar os doentes.

Art. 722 - As atividades assistenciais serão exercidas pela Secretaria de Saúde em dispensários, ambulatórios, hospitais, casas de saúde, maternidades, sanatórios, ou em estabelecimentos congêneres.

Art. 723 - As atividades assistenciais serão destinadas prioritariamente aos indivíduos que:

I - Não tiverem condições de assegurar estas atividades por seus próprios meios;

II - Sofrerem de doenças que estiverem sob regime de controle pela Secretaria de Saúde;

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III - Necessitarem, por condições especiais, de assistência médica e educacional conjuntas.

Art. 724 - A Secretaria de Saúde poderá prestar ajuda às instituições, públicas ou privadas, que exercerem atividades destinadas a recuperar a saúde, limitar a invalidez ou reabilitar os doentes.

§ 1 º - A ajuda só poderá ser prestada mediante a assinatura de convênio.

§ 2º - A Secretaria de Saúde só poderá prestar ajuda a instituições que atenderem gratuitamente ou às que prestarem atividades assistenciais mediante a cobrança de uma quantia mínima, a ser determinada em portaria pela Secretaria de Saúde.

§ 3º - As instituições que receberem ajuda deverão, obrigatoriamente, estender seus benefícios indistintamente a todos os indivíduos que as procurarem.

§ 4º - Os hospitais que receberam ajuda deverão reservar um número mínimo de leitos, determinado em convênio, para a assistência gratuita.

Art. 725 - A ajuda a que se refere o artigo 724 poderá ser prestada através de subvenção ou auxílio.

§ 1º - A subvenção terá, obrigatoriamente, o caráter supletivo e será destinada às despesas de manutenção, não poderá exceder de 30% (trinta por cento) do gasto total da instituição.

§ 2º - O auxílio poderá ser prestado através de orientação técnica, auditagem, pessoal ou material.

Art. 726 - As instituições destinadas a recuperar a saúde, limitar a invalidez ou reabilitar os doentes que receberem ajuda, deverão obrigatoriamente, enviar a Secretaria de Saúde, as informações solicitadas e remeter periodicamente os boletins estatísticos corretamente preenchidos.

CAPÍTULO XL

DA SAÚDE ORAL

Art. 727 - A Secretaria de Saúde executará atividades de Odontologia Sanitária, através de medidas preventivas e assistenciais.

Art. 728 - As atividades de Odontologia Sanitária sob a responsabilidade da Secretaria de Saúde serão exercidas em grupos escolas, dispensários, ambulatórios, hospitais, casas de Saúde, maternidades, sanatórios ou estabelecimentos congêneres.

Art. 729 - As atividades de Odontologia Sanitária obedecerão às normas do programa de assistência odontológica estabelecidas no Plano de Saúde da Secretaria de Saúde.

Art. 730 - As atividades preventivas terão prioridades e poderão ser exercidas através de medidas de caráter coletivo ou individual.

Art. 731 - As atividades assistenciais que visarem à recuperação e à reabilitação oral, serão destinadas aos indivíduos que:

I - Não tiverem condições de assegurar estas atividades por seus próprios meios;

II - Exigirem atenção odontológica como complemento de outras atividades de saúde;

III - Necessitarem, por condições especiais de assistência dentária e educacional conjuntas.

Art. 732 - Na utilização de atividades de Odontologia Sanitária deverá ser dada prioridade:

I - A grupos que por determinadas condições facilitarem a execução das tarefas;

II - A métodos que dêem resultados eficientes e duradouros.

Art. 733 - A Secretaria de Saúde poderá prestar ajuda a instituições públicas ou privadas que exercerem atividades de Odontologia Sanitária.

§ 1º - A ajuda só poderá ser prestada mediante a assinatura de convênio.

§ 2º - A Secretaria de Saúde só poderá prestar ajuda a instituições que atenderem gratuitamente ou que prestarem atividades assistenciais mediante a cobrança de uma quantia mínima, a ser determinada em portaria pelo Secretario de Saúde.

§ 3º - As instituições que receberem ajuda deverão obrigatoriamente, se adaptar ao programa de Assistência Odontológica da Secretaria de Saúde, inclusive em relação aos critérios de prioridades estabelecidas.

Art. 734 - A ajuda a que se refere o artigo 733 poderá ser prestada através de subvenção ou auxílio.

§ 1º - A subvenção terá, obrigatoriamente, o caráter supletivo e será empregada nas despesas de manutenção.

§ 2º - O auxílio poderá ser prestado através de orientação técnica, pessoal e/ou material.

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Art. 735 - As instituições destinadas à execução de atividades de Odontológica Sanitária que receberem ajuda deverão obrigatoriamente, enviar à Secretaria de Saúde as informações solicitadas e remeter periodicamente os boletins estatísticos corretamente preenchidos.

CAPÍTULO XLI

DA SAÚDE MENTAL

Art. 736 - A Secretaria de Saúde executará, supervisionará e coordenará as atividades sanitárias relacionadas com a saúde mental.

Art. 737 - Os programas e as atividades de saúde mental deverão estar integrados e ser desenvolvidos em consonância com o Plano Estadual de Saúde e de acordo com as Normas do Ministério da Saúde.

Art. 738 - A Secretaria de Saúde executará estudos epidemiológicos, tendo em vista estabelecer a incidência e a prevalência das doenças mentais, bem como identificar os seus determinantes.

Art. 739 - As atividades de Saúde Mental deverão se dirigidas no sentido da:

I - Promoção tendo em vista o pleno desenvolvimento biopsicossocial;

II - Prevenção, consubstanciada na atuação sobre os determinantes das doenças mentais;

III - Recuperação, realizada através de tratamento ambulatorial ou de internamento;

IV - Reabilitação, objetivando a habilitação e a recuperação social e profissional.

Art. 740 - As atividades de saúde mental serão desenvolvidas em dispensários, ambulatórios, hospitais especializados, de hospitais gerais, casas de saúde, centros de psiquiatria infantil, ou em outras unidades de saúde.

Art. 741 - A Secretaria de Saúde, tendo em vista a execução de atividades relacionadas à Saúde Mental, estimulará o desenvolvimento de “ Centros Comunitários de Saúde Mental” ou de associações afins.

Art. 742 - As instituições privadas, atinentes à execução de atividades relacionadas com à saúde mental deverão estar registradas e licenciadas pela Secretaria de Saúde.

Art. 743 - A solicitação para registro e licenciamento deverá ser feita através de requerimento dirigido a Secretaria de Saúde, com informações relativas à localização, às atividades a serem desenvolvidas e outras julgadas necessárias, a critério da autoridade sanitária.

Parágrafo Único – A licença para funcionamento deverá ser renovada anualmente, respeitadas as determinações da Secretaria da Fazenda no que se refere ao ano fiscal.

Art. 744 - A Secretaria de Saúde poderá prestar ajuda a entidades públicas ou privadas que exercerem atividades relacionadas com a saúde mental.

§ 1º - A ajuda só poderá ser prestada mediante convênio;

§ 2º - A instituição que receber ajuda deverá obrigatoriamente adaptar o seu programa ao de Saúde Mental estabelecido pela Secretaria de Saúde, e se orientar segundo as normas do Ministério da Saúde.

Art. 745 - A ajuda a que se refere o artigo 744 constará de subvenção ou auxílio.

§ 1º - A subvenção terá, obrigatoriamente, caráter supletivo e será destinada às despesas de manutenção: não poderá exceder de 30% (trinta por cento) do gasto total da instituição.

§ 2º - O auxílio poderá ser prestado através de orientação técnica, pessoal e/ou material.

Art. 746 - As instituições que receberem ajuda deverão remeter à Secretaria de Saúde todas as informações requeridas e enviar periodicamente os dados estatísticos solicitados.

Art. 747 - O tratamento do doente mental deverá ser realizado preferentemente em dispensário ou em unidade que preste assistência em regime ambulatorial.

Art. 748 - O atendimento inicial ao doente mental deverá ser feito em dispensário, serviço de emergência ou em outra unidade sob regime ambulatorial.

Art. 749 - O internamento do doente mental, para fins de tratamento deverá se processar através de ambulatório, dispensário, serviço de emergência ou de outra unidade de atendimento inicial.

Art. 750 - As instituições hospitalares e para–hospitalares de assistência psiquíatrica poderão utilizar a capacidade laborativa de seus pacientes com fins terapêuticos, ou tendo em vista a habilitação ou recuperação profissional, desde que haja indicação técnica e supervisão especializada.

Art. 751 - As instituições hospitalares e para–hospitalares poderão institucionar a assistência hétero familiar, tendo em vista a reintegração social dos pacientes passíveis de adaptação à vida familiar

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Art. 752 - A unidade de psiquiatria dos Hospitais Gerais deverá atender às exigências contidas nas Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral, do Ministério da Saúde.

CAPÍTULO XLII

ESTATÍSTICA

Art. 753 - Será atribuição da Secretaria de Saúde coletar, apurar analisar e divulgar os dados estatísticos necessários ao planejamento, execução e avaliação das atividades, na área de suas atribuições.

Art. 754 - Todas as instituições, de direito público ou privado, de qualquer natureza ou pessoa, deverão fornecer em prazo compatível com as necessidades dos serviços, as informações estatísticas solicitadas pela Secretaria de Saúde.

Art. 755 - A Secretaria de Saúde deverá solicitar às instituições de direito público ou privado, de qualquer natureza ou pessoa, as informações estatísticas necessárias à execução de suas atividades, em modelos impressos.

Parágrafo Único – Não será necessária a utilização de modelos impressos em relação a informar referentes às doenças de notificação compulsória.

Art. 756 - A Secretaria de Saúde deverá apurar e analisar os dados estatísticos solicitados, e fornecer às instituições interessadas as informações referentes ao setor da saúde.

Art. 757 - A Secretaria de Saúde deverá orientar a coleta e análise de informações estatísticas, principalmente no sentido de conhecimento da mortalidade, morbidade e natalidade, em todas as suas características, dos serviços e recursos para a saúde; controle e avaliação das atividades executadas pelas diversas instituições que exercem ações relacionadas à saúde.

Art. 758 - Tendo em vista o planejamento, a organização e o funcionamento de serviços destinados à assistência aos recém–nascidos, a Secretaria de Saúde poderá solicitar aos cartórios de Registro Civil os dados que julgar necessários referentes a nascimentos.

Parágrafo Único - Os responsáveis por hospitais, maternidades, casa de saúde e estabelecimentos afins, deverão enviar periodicamente à Secretaria de Saúde as informações solicitadas referentes a nascimentos.

Art. 759 - No sentido de elaborar estatísticas de morbidade, a Secretaria de Saúde deverá realizar inquéritos ou outros tipos de estudos, e utilizar as informações existentes em instituições que prestem qualquer tipo de assistência médica.

Parágrafo Único – as entidades, de direito público ou privado, ou pessoas que prestem qualquer tipo de assistência médica, deverão fornecer à Secretaria de Saúde as informações solicitadas em prazo conveniente à elaboração de estatísticas de morbidade.

Art. 760 - A Secretaria de Saúde deverá planejar, organizar e executar as atividades estatísticas que forem necessárias ao conhecimento da mortalidade, em todos os seus aspectos.

Art. 761 - Compete à Secretaria de Saúde estabelecer o modelo oficial da declaração de óbito.

Art. 762 - Ao ser encaminhada ao Cartório de Registro Civil, a declaração de óbito deverá estar com as duas vias corretamente preenchidas a apresentar o visto da autoridade sanitária.

I - A autoridade sanitária só poderá apor o “visto” depois de comprovar que todos os requisitos da declaração de óbito foram corretamente preenchidos, particularmente os referentes ao atestado médico;

II - A autoridade sanitária encarregada de apor o “visto” na declaração de óbito, ao verificar omissões ou falhas, deverão devolvê–lo ou, a seu critério, solicitar a participação do Serviço de Verificação de Óbitos ou do Serviço Médico Legal.

Art. 763 - A autoridade sanitária, a seu critério, e independentemente da correção do preenchimento da declaração de óbito, poderá encaminhar o cadáver ao Serviço de Verificação de Óbitos ou do Serviço Médico Legal.

Art. 764 - A primeira via da declaração de óbito será de propriedade da Secretaria de Saúde, que deverá retê–la depois de receber o visto da autoridade sanitária, para servir a elaboração das estatísticas de mortalidade.

Parágrafo Único – nas localidades onde não houver autoridade sanitária encarregada de apor o visto na declaração de óbito, as duas vias deverão ficar no Cartório do Registro Civil, o qual enviará, a mensalmente a primeira via à Repartição Sanitária, ou a entregará a funcionário devidamente credenciado, mediante solicitação.

Art. 765 - O “atestado médico” da declaração de óbito só poderá ser preenchido pelo médico que tiver assistido o paciente e firmado um diagnóstico, depois de se certificar da realidade da morte, com letra legível, do próprio punho, e nele deverá constar o número de sua inscrição no Conselho Regional de Medicina.

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Art. 766 - O Médico atestante, ao preencher o “atestado médico ” da declaração de óbito, deverá se reger pelas recomendações em vigor, e certificar a causa de morte segundo a nomeclatura constante na Classificação Internacional de Doenças.

Art. 767 - O médico não deverá firmar a declaração de óbito:

I - De indivíduos a quem não tenha prestado assistência médica, exceto no desempenho das funções de médico legista ou quando em atividade no Serviço de Verificação de Óbitos;

II - Quando a causa primária ou imediata da morte for acidente culposo, suicídio ou homicídio, exceto quando investido na função de médico legista.

Art. 768 - Nos casos de morte violenta por acidentes, homicídios, ou suicídios, a autoridade sanitária só poderá colocar o visto na declaração de óbito depois de tomadas todas as providências de ordem médico–legal.

Art. 769 - Nos casos de mortes violentas por acidentes, homicídios, ou suicídios, a autoridade sanitária só poderá autorizar o transporte do cadáver para outro Estado ou Municípios, depois de concluídas todas as providências de ordem médico–legal.

Art. 770 - Nas localidades onde existir Serviço de Verificação de Óbitos, a declaração de óbito dos casos de mortes sem assistência médica, de mortes súbitas e os óbitos fetais só poderão receber o visto da autoridade sanitária depois de procedido o exame cadavérico por este serviço.

CAPÍTULO XLIII

DA EDUCAÇÃO SANITÁRIA

Art. 771 - A Secretaria de Saúde deverá orientar e/ou executar os programas de educação sanitária, consideradas indispensáveis ao bom andamento dos programas de Saúde.

Art. 772 - As atividades da educação sanitária desenvolvidas pela Secretaria de Saúde serão planejadas e supervisionadas pelo seu órgão especializado.

Art. 773 - O pessoal especializado em educação em saúde planejará e orientará as atividades de educação sanitária de acordo com os objetivos dos programas da Secretaria de Saúde.

Art. 774 - O pessoal especializado em educação em saúde da Secretaria de Saúde utilizará todos os meios e técnicas a fim de que os programas de educação sanitária atinjam seus objetivos.

Art. 775 - Sempre que possível e em colaboração com a Secretaria de Educação, a Secretaria de Saúde estimulará o desenvolvimento de atividades de educação sanitária em estabelecimentos de ensino.

Parágrafo Único – O pessoal especializado da Secretaria de Saúde, em comum acordo com a Secretaria de Educação, poderá participar diretamente das atividades de educação sanitária exercida nos estabelecimentos de ensino.

Art. 776 - A Secretaria de Saúde, por todos os meios a seu alcance, colaborará com os clubes de mães, centros de juventude, escolas maternais e com todas as outras associações interessadas nos problemas de saúde, estimulando as suas atividades e participando das mesmas.

Art. 777 - Todo pessoal que exerça atividades nos escritórios regionais, dispensários, ambulatórios, hospitais, centro de saúde ou estabelecimentos congêneres, subordinados à Secretaria de Saúde, ou em aqueles que tenham convênio com essa Secretaria, deverá participar das atividades sanitárias, em consonância com o programa elaborado pelo órgão especializado da Secretaria de Saúde.

CAPÍTULO XLIV

DO PREPARO DE PESSOAL TÉCNICO

Art. 778 - O preparo, o aperfeiçoamento e a especialização de pessoal profissional e de pessoal técnico e auxiliar de Saúde Pública, considerado fundamental para a execução dos programas de trabalho das repartições sanitárias, serão proporcionados por cursos de pós–graduação, pelo ensino técnico e pelo adestramento em serviço.

Art. 779 - Competirá a Secretaria de Saúde tomar as providências mais indicadas, na dependência das necessidades, no sentido do preparo, aperfeiçoamento e especialização do pessoal profissional, do pessoal técnico e auxiliar de Saúde Pública.

Art. 780 - Os cursos de pós–graduação, de aperfeiçoamento e de especialização, serão regidos pelas normas vigentes emanadas do Ministério da Educação.

Art. 781 - O preparo de pessoal técnico auxiliar poderá ser realizado pela Secretaria de Saúde ou por organizações especializadas, públicas ou privadas, desde que satisfaçam às exigências vigentes referentes a formação de pessoal.

Art. 782 - O adestramento em serviço ficará sob a responsabilidade das Unidades Sanitárias.

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Art. 783 - A Secretaria de Saúde estimulará e auxiliará o preparo, o aperfeiçoamento e a especialização de pessoal profissional, pessoal técnico e auxiliar, através da concessão de bolsas ou de outros meios ao seu alcance.

Art. 784 - A Secretaria de Saúde poderá pòr seus funcionários à disposição de instituições que se encarreguem de preparar pessoal para a execução de atividades sanitárias.

Art. 785 - A Secretaria de Saúde poderá firmar convênios com organizações que realizarem o preparo de pessoal necessário, à execução de suas atividades.

CAPÍTULO XLV

DA FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL

I – MEDICINA

Art. 786 - Só será permitido o exercício da Medicina a quem estiver habilitado por título conferido por estabelecimento de ensino oficial ou a este equiparado, e segundo a legislação vigente.

§ 1º - O exercício da Medicina só será permitido ao profissional que estiver devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina e registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

§ 2º - Os médicos ficarão obrigados a comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde o local do consultório, a residência e transferência, quando ocorrerem, para efeito de cadastramento profissional.

§ 3º - Os graduados por instituições estrangeiras deverão revalidar o diploma, na forma da legislação em vigor, e cumprirem as exigências previstas nos parágrafos anteriores.

Art. 787 - Os médicos poderão requerer ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde a inscrição como especialistas desde que tenham os títulos referendados pelo Conselho Regional de Medicina e atenderem às exigências da legislação vigente.

Art. 788 - Aquele que exercer a Medicina sem o título devidamente registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde ficará sujeito às penalidades previstas para o exercício ilegal da Medicina.

Art. 789 - Nenhuma instituição, de qualquer natureza, poderá dar consultas médicas, fornecendo ou não medicamentos, sem que estiver devidamente licenciado pelo órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Parágrafo Único – Os responsáveis por instituições nesta situação estarão sujeitos às penalidades previstas na legislação em vigor.

Art. 790 - O órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde deverá comunicar toda irregularidade no exercício profissional ao Conselho Regional de Medicina, sem prejuízo das sanções penais previstas para as infrações sanitárias.

Art. 791 - Além dos princípios de ética profissional, constituem deveres do médico:

I - Ter seu nome, especialidade, número de inscrição no Conselho Regional de Medicina, o endereço do consultório nos cabeçalhos impressos de receituário, papéis de orçamento, bem como em quaisquer anúncios permitidos pelo Código de Ética Profissional.

II - Apor nos receituários impressos de órgãos previdenciários, hospitais e estabelecimentos congêneres, carimbo com a identificação do profissional e o número de inscrição no Conselho Regional de Medicina;

III - Escrever as receitas por extenso, legivelmente, em vernáculo, à tinta, do próprio punho, nelas indicando o nome do paciente, o uso externo e interno do medicamento, a posologia, devendo ainda, em se tratando de produtos controlados, constar a residência do paciente;

IV - Observar as disposições regulamentares específicas referentes: aos receituários de entorpecentes e de outros produtos controlados pelos órgãos competentes, Federais e Estaduais; as doenças de notificação compulsória; e à declaração de óbito.

Art. 792 - Os receituários utilizados por estabelecimentos de sociedades jurídicas, como hospitais, casas de saúde, ambulatórios e estabelecimentos afins, deverão estar de acordo com a legislação em vigor, e neles deverá constar obrigatoriamente o número do código conferido pelo órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Art. 793 - É vedado ao médico, além do que lhe é proibido pela legislação específica:

I - Assumir a responsabilidade do tratamento médico realizado por quem não estiver legalmente habilitado ou mesmo auxiliá–los;

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II - Exercer a Medicina sem observar as exigências regulamentares, e intitular–se especialista sem habilitação e a devida inscrição como tal no Conselho Regional de Medicina;

III - Manter consultório em dependências de farmácia, drogaria, depósito de drogas, laboratório industrial, casa de óptica, bem como em local cujo acesso se faça pelo recinto destes estabelecimentos;

IV - Dar consultas por meio de correspondência, imprensa, rádio, televisão, ou processo análogos;

V - Manter consultório em estabelecimento comercial de venda de lentes de grau, bem como em local cujo acesso se faça pelo recinto deste estabelecimento;

VI - Firmar declaração de óbito sem ter prestado assistência médica e sem atender às demais exigências deste Regulamento;

VII - Praticar o embalsamamento antes de concluídas todas as exigências de ordem médica legal;

VIII - Anunciar a cura de determinadas doenças para as quais não haja tratamento reconhecidamente eficaz;

IX - Exercer a clínica quando afetado por doença transmissível, em fase contagiante, ou em qualquer estado mórbido que possa prejudicar o exercício da profissão ou trazer malefícios à saúde do cliente;

X - Exercer simultaneamente, embora habilitado, as profissões de médico e de farmacêutico, devendo optar e comunicar oficialmente a sua opção ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde e ao respectivo Conselho Regional;

XI - Figurar em firma, individual ou coletiva, enquanto exercer a clínica, de empresa que se destine a indústria e ao comércio farmacêutico;

XII - Recusar–se a prestar colaboração às autoridades sanitárias competentes, quando por elas solicitado;

XIII - Deixar de comunicar, como preceitua este Regulamento, os casos de doenças de notificação compulsória.

Art. 794 - Ficarão assegurados aos médicos autores de fórmulas de especialidades farmacêuticas os direitos de propriedade sendo–lhe, no entanto, vedado explorar diretamente o seu comércio, enquanto exercerem a clínica.

Art. 795 - O médico ao praticar o embalsamamento deverá cumprir as seguintes exigências:

I - Relatório, em 3 (três) vias, no qual constarão a identidade do cadáver, a causa da morte, os meios utilizados para a sua verificação, o nome da pessoa que autorizou o embalsamamento, o processo de conservação, bem como a designação das substâncias químicas empregadas e as dosagens respectivas;

II - Encaminhamento da primeira via desse relatório à autoridade policial local; da segunda ao setor sanitário competente e, da terceira, à pessoa que autorizou o embalsamamento.

II – MEDICINA VETERINÁRIA

Art. 796 - Só será permitido o exercício da profissão de médico–veterinário a quem estiver habilitado por título conferido por estabelecimento de ensino oficial ou a este equiparado, e segundo a legislação vigente.

§ 1º - O exercício da Medicina Veterinária só será permitido ao profissional que estiver devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária e registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

§ 2º - Os médicos veterinários ficarão obrigados a comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde o local do consultório, a residência e transferências, quando ocorrerem, para efeito de cadastramento profissional.

Art. 797 - Os graduados por instituições estrangeiras só poderão exercer a profissão depois de revalidar o diploma, na forma da legislação em vigor, e de cumprirem as exigências deste Regulamento.

Art. 798 - Os médicos veterinários poderão requerer ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde a inscrição como especialistas, desde que satisfaçam a legislação vigente e tenham o título referendado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária.

Art. 799 - Aquele que exercer a Medicina Veterinária, sem possuir título devidamente registrado, ficará sujeito às penalidades previstas ao exercício ilegal da profissão.

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Art. 800 - Sempre que tiver conhecimento de irregularidade no exercício profissional o órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde comunicará ao Conselho Regional de Medicina Veterinária para as providências cabíveis, sem prejuízo das sanções penais previstas para as infrações sanitárias.

Art. 801 – Constituem deveres do médico veterinário:

I - Respeitar os preceitos de ética profissional;

II - Ter seu nome, número de inscrição no Conselho Regional de Medicina Veterinária e o endereço do consultório nos impressos de receituários, papéis de orçamento, bem como em anúncios, que deverão respeitar o Código de ética Profissional;

III - Escrever as receitas por extenso, legivelmente, em vernáculo, à tinta, de próprio punho, nelas indicando a espécie de animal , o uso externo e interno do medicamento, a posologia, devendo ainda, em se tratando de produtos controlados, constar o nome e a residência do proprietário;

IV - Atestar a “causa mortis”, de acordo com a nomenclatura nosológica internacional do Código de Polícia Sanitária Animal em vigor;

V - Observar fielmente as disposições legais e regulamentares referentes a produtos farmacêuticos que exigirem receituário especial;

VI - Cumprir as exigências deste Regulamento no que se refere à notificação compulsória.

Art. 802 - Os estabelecimentos de sociedade jurídica, como hospitais, ambulatórios e congêneres deverão utilizar receituário baseado na legislação em vigor, no qual deverá estar impresso o número do Código conferido pelo órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde e o carimbo de identificação do profissional com a inscrição no Conselho Regional de Medicina Veterinária.

Art. 803 - Os hospitais veterinários e os centros de atendimento para animais deverão observar todas as exigências deste Regulamento no qual lhes for aplicável.

Art. 804 - É vedado ao médico veterinário, independentemente do que lhe é proibido pela legislação específica:

I - Exercer simultaneamente, embora habilitado, as profissões de médico veterinário e de farmacêutico, devendo optar por uma dessas profissões e dar ciência ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde e ao Conselho Regional de Medicina Veterinária;

II - Manter consultório em dependências de farmácia, drogaria, depósito de drogas, laboratório industrial, casa de óptica, bem como em local cujo acesso se faça pelo recinto desses estabelecimentos.

Art. 805 - É da competência privativa do médico veterinário, independentemente do que lhe é assegurado pela legislação específica:

I - O exercício da clínica em todas as suas modalidades em animais;

II - A direção de hospitais para animais, centros de atendimento e estabelecimentos congêneres;

III - A inspeção e a fiscalização dos produtos de origem animal, matadouros, matadouros-frigoríficos, charqueadas, fabrica de conservas de carne e pescado, postos de lacticínios, entre postos de carne, leite, peixe, aves, mel e outros estabelecimentos em quem se armazenem, vendam, distribuam quaisquer produtos de origem animal.

III – ODONTOLOGIA

Art. 806 - Só será permitido o exercício da Odontologia a quem for possuidor do título conferido por estabelecimentos de ensino oficial, ou a este equiparado, e segundo a legislação vigente.

§ 1º - O exercício da Odontologia só será permitido ao profissional que estiver devidamente inscrito no Conselho Regional de Odontologia e registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

§ 2º - Os odontólogos ficarão obrigados a comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde o local do seu consultório, a residência e transferência, quando ocorrerem, para efeito de cadastramento profissional.

Art. 807 - Os dentistas, quando licenciados por legislação específica, deverão observar as exigências deste Regulamento no que lhes for aplicável.

Art. 808 - Os graduados por instituições estrangeiras deverão revalidar o diploma na forma da legislação em vigor e cumprir todas as exigências deste Regulamento.

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Art. 809 - Os odontólogos poderão requerer ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde a inscrição como especialistas desde que tenham títulos referendados pelo Conselho Regional de Odontologia, e atendam às exigências da legislação vigente.

Art. 810 - Aquele que exercer a Odontologia sem possuir título devidamente registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde, ficará sujeito às penalidades aplicáveis ao exercício ilegal da Odontologia.

Art. 811 - Toda instituição relacionada com o exercício da Odontologia não poderá funcionar sem a prévia licença do órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Art. 812 - A solicitação para funcionamento deverá ser feita através de requerimento dirigido à Secretaria de Saúde, com informações relativas à localização, às atividades a serem desenvolvidas e a outras julgadas necessárias, a critério da autoridade sanitária.

Parágrafo Único – A licença para funcionamento deverá ser renovada anualmente, observadas as determinações da Secretaria da Fazenda, no que concerne ao ano fiscal.

Art. 813 - As instituições relacionadas com o exercício da Odontologia deverão respeitar todas as exigências deste Regulamento no que lhe for aplicável.

Art. 814 - O órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde deverá comunicar toda irregularidade no exercício profissional ao Conselho Regional de Odontologia, sem prejuízo das sanções penais previstas para as infrações sanitárias.

Art. 815 - As unidades móveis só poderão funcionar depois de licenciadas pelo órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Art. 816 - Nas instituições relacionadas com o exercício da Odontologia onde houver aparelhos de RX, observar–se–ão rigorosamente as exigências mínimas de proteção radiólogica estabelecidas por este Regulamento e por Normas Técnicas Especiais.

Art. 817 - Todas as instituições relacionadas com o exercício da Odontologia serão obrigadas a manter fichário de seus clientes.

Art. 818 - Só poderá receber a designação de Pronto Socorro Dentário a instituição que funcionar em regime de plantão permanente, e estiver devidamente licenciada pelo órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Parágrafo Único – A permanência de paciente no Pronto Socorro Dentário será, no máximo de 24 (vinte e quatro) horas.

Art. 819 - Além dos princípios de ética profissional, os cirurgiões dentistas deverão:

I - Ter seu nome, o da especialidade, endereço do consultório e número de inscrição no Conselho de Odontologia impressos no receituário, papéis de orçamento, bem como em qualquer anúncio permitido pelo Código de Ética Profissional.

II - Prescrever as receitas por extenso, legivelmente, em vernáculo, à tinta, de próprio punho, nelas indicando o nome do paciente, o uso do medicamento, a posologia, devendo constar nas mesmas, quando se tratar de produtos controlados, a residência do paciente;

III - Observar as disposições legais referentes ao receituário de medicação controlada e às doenças de notificação compulsória.

Art. 820 - É vedado ao cirurgião–dentista, independentemente das proibições previstas por lei:

I - Assumir a responsabilidade de tratamento odontologico realizado por quem não estiver legalmente habilitado, ou auxiliá–lo de qualquer forma;

II - Anunciar a cura de determinadas doenças para as quais não haja tratamento reconhecidamente eficaz;

III - Dar consultas mediante correspondência, rádio, televisão ou outros meios de comunicação;

IV - Usar no receituário códigos e fórmulas secretas;

V - Recusar-se prestar colaboração às autoridades sanitárias competentes.

IV – PRÓTESE DENTÁRIA

Art. 821 - Somente poderá exercer a profissão de protático o portador de certificado legal, registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde, atendido o que preceitua a legislação vigente.

Art. 822 - Os protéticos ficarão obrigados a comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde o local de trabalho, residência e transferência, quando ocorrerem, para efeito de cadastramento profissional.

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Art. 823 - É vedado ao protético, além do que não lhe é permitido pela legislação específica:

I - Prestar assistência clínica odontológica, incluindo–se a clínica protética, diretamente a pacientes;

II - Ter em sua oficina, além de equipamentos ou instrumentos, medicamentos ou materiais que denunciam a atividade clínica odontológica;

III - Executar moldagens e colocar trabalhos protéticos em clientes, mesmo com a assistência de odontólogos.

Art. 824 - Aquele que exercer a protése dentária sem o devido registro no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde, ficará sujeito às sanções penais previstas na legislação em vigor.

Art. 825 - As oficinas ou laboratórios de protése dentária deverão estar licenciados pelo órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

§ 1º - É condição obrigatória para funcionamento da oficina de protése ter a responsabilidade de técnico habilitado ou de cirurgião–dentista;

§ 2º - As filiais desses estabelecimentos serão consideradas autônomas para efeito de licenciamento.

Art. 826 - Os serviços de protése de entidades públicas, privadas ou beneficentes ficarão sujeitas à fiscalização do órgão competente da Secretaria de Saúde.

Art. 827 - Os serviços de prótese de qualquer entidade, pública ou privada, não poderão efetuar modificações em suas instalações sem prévia licença do órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Art. 828 - A solicitação para instalação e funcionamento das oficinas e gabinetes de prótese será feita através de requerimento dirigido à Secretaria de Saúde, e nele deverão constar a localização, o nome do responsável e de mais informações julgadas necessárias pelo órgão de fiscalização.

Parágrafo Único – A licença para funcionamento deverá ser renovada anualmente, respeitadas as determinações da Secretaria da Fazenda no que tange ao ano fiscal.

V – FARMÁCIA

Art. 829 - Só será permitido o exercício da profissão farmacêutica a quem estiver habilitado por título conferido por estabelecimento de ensino oficial ou a este equiparado, e segundo a legislação vigente.

§ 1º - O exercício de farmacêutico só será permitido ao profissional que estiver devidamente inscrito no Conselho Regional de Farmácia e no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

§ 2º - Os farmacêuticos ficarão obrigados a comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde o local do trabalho, residência e transferência, quando ocorrerem, para cadastramento profissional.

Art. 830 - Os graduados por instituições estrangeiras deverão revalidar o diploma, na forma da legislação em vigor, e cumprir as exigências previstas nos parágrafos anteriores e observar todas as exigências deste Regulamento, no que lhes for aplicável.

Art. 831 - Aquele que exercer a profissão farmacêutica, sem o título devidamente registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde, ficará sujeito as penalidades previstas ao exercício ilegal da profissão.

Art. 832 - O órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde, deverá comunicar toda irregularidade no exercício profissional ao Conselho Regional de Farmácia, sem prejuízo das sanções penais previstas para as infrações sanitárias.

Art. 833 - É vedado ao farmacêutico, independentemente do que não lhe é permitido pela legislação específica:

I - Exercer, simultaneamente, as profissões farmacêutica e médica, embora habilitado, devendo optar e comunicar oficialmente a sua opção ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde e ao respectivo Conselho Regional;

II - Participar de atividades conjunta ou assumir a responsabilidade de quem exercer ilegalmente as profissões farmacêuticas, odontólogica, veterinária, médica e afins;

III - Exercer a profissão quando portador ou acometido de doença transmissível ou de outro estado mórbido incompatível com o pleno desempenho de suas funções;

IV - Recusar a colaboração à autoridade sanitária quando for solicitado;

V - Deixar de comunicar os casos de notificação compulsória como preceitua este Regulamento.

VI – QUÍMICA

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Art. 834 - Só será permitido o exercício da profissão de químico a quem estiver habilitado por título conferido por estabelecimento de ensino oficial ou a este equiparado, e segundo a legislação vigente.

§ 1º - O exercício da Química só será permitido ao profissional que estiver devidamente inscrito no Conselho Regional de Química e registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

§ 2º - Os químicos ficarão obrigados a comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde a sede de suas atividades, a residência e transferências, quando ocorrerem, para cadastramento profissional.

Art. 835 - Os graduados por instituições estrangeiras deverão revalidar o diploma, na forma da legislação em vigor, e cumprir as exigências deste Regulamento, no que lhes for aplicável.

Art. 836 - Aquele que exercer a Química, sem o título devidamente registrado, ficará sujeito às penalidades previstas ao exercício ilegal da profissão.

Art. 837 - O órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde deverá comunicar toda irregularidade no exercício profissional ao Conselho Regional de Química, sem prejuízo das sanções penais previstas para as infrações sanitárias.

Art. 838 - Além das disposições do presente Regulamento, aplicáveis a esta profissão, deverão ser observadas as determinações constantes na legislação federal em vigor.

VII – PSICOLOGIA

Art. 839 - Só será permitido o exercício da profissão de psicólogo a quem for possuidor de título, conferido por estabelecimento de ensino oficial ou a este equiparado, e segundo a legislação vigente.

§ 1º - O exercício da psicologia só será permitido ao profissional que estiver devidamente registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

§ 2º - Os psicólogos ficarão obrigados a comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde o local do seu consultório, residência e transferência, quando ocorrerem, para efeito de cadastramento profissional.

Art. 840 - Todo aquele que exercer a profissão da Psicologia sem possuir título devidamente registrado, ficará sujeito às penalidades previstas ao exercício ilegal da profissão.

Art. 841 - Toda instituição relacionada com a Psicologia só poderá funcionar depois de devidamente licenciada pelo órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Art. 842 - A solicitação para funcionamento dos consultórios de Psicologia, será feita através de requerimento dirigido à Secretaria de Saúde, e nele deverão constar a localização, o nome do responsável e demais informações julgadas necessárias pelo órgão de fiscalização.

Parágrafo Único - A licença deverá ser renovada anualmente, respeitadas as recomendações da Secretaria da Fazenda no que tange ao ano fiscal.

Art. 843 - É vedado ao psicólogo ter consultório em dependência de farmácia, drogaria, depósito de drogas, laboratório industrial farmacêutico ou em estabelecimentos congêneres, bem como em local cujo acesso se faça pelo recinto desses estabelecimentos.

Art. 844 - É vedado ao psicólogo dar consulta por correspondência através de rádio, televisão ou formas análogas, sendo, entretanto, permitida a divulgação de regras de higiene e de caráter coletivo.

Art. 845 - É vedado ao psicólogo participar de atividades conjunta ou assumir a responsabilidade por atividade inerentes à profissão, quando realizada por quem não estiver devidamente habilitado na forma do artigo 839.

Art. 846 - É vedado ao psicólogo exercer a profissão quando portador ou acometido de doença transmissível ou de outro estado mórbido incompatível com o pleno desempenho de suas funções.

Art. 847 - Além das disposições do presente Regulamento, deverão ser observados em relação aos psicólogos as determinações na constante na legislação vigente.

VIII – NUTRICIONISTA

Art. 848 - Só será permitido o exercício da profissão de Nutricionista a quem estiver habilitado por título conferido por estabelecimento de ensino oficial ou a este equiparado, e segundo a legislação vigente.

Parágrafo Único – O exercício da profissão de nutricionista só será permitido ao profissional que estiver devidamente registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Art. 849 - Os diplomados por estabelecimentos estrangeiros de ensino deverão revalidar o diploma, na forma da legislação em vigor, e cumprir a exigência do parágrafo único do artigo 848.

Art. 850 - Os nutricionistas deverão, obrigatoriamente, comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde o local de trabalho, residência e transferências, quando ocorrerem, para efeito de cadastramento profissional.

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Art. 851 - Todo aquele que exercer atividades de nutricionista sem título devidamente registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde ficará sujeito às penalidades previstas ao exercício ilegal da profissão.

Art. 852 - É vedado ao nutricionista planejar e elaborar dietas para enfermos sem a devida orientação médica.

Art. 853 - É vedado ao nutricionista exercer a profissão quando portador ou acometido de doença transmissível ou de outro estado mórbido incompatível com o pleno desempenho de suas funções.

Art. 854 - Os consultórios dietéticos só poderão funcionar depois de devidamente licenciados pelo órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Art. 855 - A solicitação para funcionamento dos consultórios dietéticos será feita através de requerimento dirigido à Secretaria de Saúde, e nele deverão constar a localização, o nome do responsável e demais informações julgadas necessárias pelo órgão de fiscalização.

Parágrafo Único – A licença para funcionamento deverá ser renovada anualmente, respeitadas as recomendações da Secretaria da Fazenda, no que se refere ao ano fiscal.

Art. 856 - Os consultórios dietéticos não poderão funcionar em dependência de farmácia, depósito de drogas, laboratórios industrial farmacêutico ou estabelecimentos congêneres, bem como em local cujo acesso se faça pelo recinto desses estabelecimentos.

Art. 857 - Além das disposições do presente Regulamento, deverão ser observadas, em relação aos nutricionistas, as determinações constantes da legislação vigente.

IX – ENFERMAGEM

Art. 858 - Só será permitido o exercício da profissão de Enfermagem a quem estiver habilitado por título conferido por estabelecimento de ensino oficial, ou a este equiparado e segundo a legislação vigente.

§ 1º - O exercício da Enfermagem só será permitido ao profissional que estiver devidamente registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde;

§ 2º - Os enfermeiros ficarão obrigados a comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde a sede de suas atividades, residência e transferências quando ocorrerem, para efeito de cadastramento profissional.

Art. 859 - Os enfermeiros graduados por instituições estrangeiras deverão revalidar o diploma na forma da legislação em vigor e cumprir as exigências previstas no artigo 858.

Art. 860 - Aquele que exercer a Enfermagem sem o título devidamente registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde ficará sujeito às penalidades previstas para o exercício ilegal da profissão.

Art. 861 - É vedado ao enfermeiro, independentemente do que lhe é proibido pela legislação específica:

I - Instalar consultório para atendimento de clientes;

II - Administrar medicamentos sem prescrição médica, salvo nos casos previstos na legislação que rege a matéria;

III - Indicar, aplicar ou fornecer substâncias anestésicas;

IV - Realizar intervenções cirúrgicas exceto a episiotomia nas emergências.

Art. 862 - O exercício das funções auxiliares de Enfermagem será regido pela legislação específica vigente, estando os habilitados obrigados ao registro no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

§ 1º - Aqueles que exercerem funções auxiliares de Enfermagem ficarão obrigados a comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde a sede de suas atividades, local de residência e transferências, quando ocorrerem, para efeito de cadastramento profissional.

§ 2º - Aqueles que exercerem as funções auxiliares de Enfermagem sem estar devidamente registrados no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde ficarão sujeitos às penalidades previstas para o exercício ilegal da profissão.

Art. 863 - É vedado aos auxiliares de Enfermagem, enfermeiros práticos e práticos de Enfermagem, realizar as atividades da profissão sem a orientação médica ou de enfermeiro.

Art. 864 - É vedado às obstetrizes, parteiras e parteiras práticas:

I - Prestar assistência profissional fora do período do ciclo gravídico–puerperal;

II - Recolher na própria residência parturientes e gestantes para tratamento;

III - Ter sob sua responsabilidade gestantes, parturientes ou puerperas, internadas em casa de saúde ou em qualquer nosocômio;

IV - Interromper a gestação por qualquer razão;

V - Praticar a extração digital ou instrumental do ovo;

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VI - Aplicar pessários em útero vazio ou cheio;

VII - Praticar em qualquer caso, curetagem uterina.

Art. 865 - Os profissionais de Enfermagem serão obrigados a cumprir as exigências deste Regulamento no que diz respeito à notificação compulsória.

Art. 866 - Os profissionais de Enfermagem deverão colaborar com as autoridades sanitárias quando solicitados.

Art. 867 - A qualquer desses profissionais será vedado exercer a profissão quando portadores ou acometidos de doença transmissível ou de outro estado mórbido incompatível com o pleno desempenho de suas funções.

Art. 868 - As parteiras e os enfermeiros serão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local onde serão encontrados.

X – MASSAGISTA

Art. 869 - Só será permitido o exercício da profissão de massagista a quem estiver habilitado por título conferido na forma da legislação em vigor.

§ 1º - O exercício da profissão de massagista só será permitido ao profissional que estiver devidamente registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

§ 2º - Os massagistas ficarão obrigados a comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde a sede de suas atividades, residência e transferências quando ocorrerem, para efeito de cadastramento profissional.

Art. 870 - Aquele que exercer a profissão de massagista sem o certificado devidamente registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde ficará sujeito às penalidades previstas para o exercício ilegal da profissão.

Art. 871 - Os massagistas devidamente habilitado poderá ser o responsável técnico por seu gabinete de massagem, obedecendo às seguintes normas:

I - A aplicação de massagens dependerá de prescrição médica, salvo nos casos especificados na legislação vigente;

II - O gabinete de massagem deverá possuir livros autenticados pela autoridade competente, onde deverão ser registradas as receitas médicas, que serão arquivadas;

III - Somente será permitida a aplicação de massagem manual, sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;

IV - Não será permitido fazer referência a tratamento de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie nem realizar qualquer atividade que não esteja enquadrada em suas atribuições especificadas na legislação vigente.

Art. 872 - A licença para a instalação e funcionamento dos gabinetes de massagem será fornecida pelo órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Art. 873 - A solicitação para instalação e funcionamento deverá ser feita através de requerimento à Secretaria de Saúde, no qual constam o nome do responsável, o local do gabinete e outros informes julgados necessários a critério da autoridade sanitária.

Art. 874 - A solicitação para funcionamento deverá ser renovada anualmente, respeitadas as determinações da Secretaria da Fazenda no que tange ao ano fiscal.

XI – OPERADOR DE RAIOS X E DE RADIOTERAPIA

Art. 875 - Só será permitido o exercício da profissão de operador de Raios X e de Radioterapia, a quem estiver habilitado na forma da legislação vigente.

§ 1º - O operador de Raios X e o profissional de Radioterapia só poderão exercer as profissões depois de devidamente registrados no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

§ 2º - Aquele que exercer essas profissões sem estar registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde ficará sujeito às penalidades previstas na legislação em vigor.

Art. 876 - O operador de Raios X e o profissional de Radioterapia ficarão obrigados a comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde a sede de suas atividades, local de residência e transferências, quando ocorrerem, para efeito de cadastramento profissional.

Art. 877 - É vedado ao operador de Raio X e ao profissional de Radioterapia:

I - Realizar atividades profissionais que não estiverem enquadradas nos que lhes são especificadas por lei;

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II - Assumir a responsabilidade por tratamento de doenças ou de estados mórbidos de qualquer espécie;

III - Fazer referências a tratamento de doença ou de estado mórbido de qualquer espécie.

Art. 878 - O responsável por gabinete de Raios X ou de Radioterapia deverá comunicar ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde a ocorrência de afastamento de servidores, independentemente de qualificação profissional, por conta de lesões radiológicas, orgânicas ou funcionais.

XII – ÓPTICO PRÁTICO E ÓPTICO EM LENTES DE CONTATO

Art. 879 - Só será permitido o exercício da profissão de óptico prático e óptico em lentes de contacto a quem estiver devidamente habilitado na forma da legislação vigente.

§ 1º - O exercício destas profissões só será permitido a quem estiver registrado no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

§ 2º - Os ópticos práticos e ópticos em lentes de contacto ficarão obrigados a comunicar ao órgão de fiscalização o local de trabalho, residência transferências, quando ocorrerem, para efeito de cadastramento profissional.

Art. 880 - Não será permitido ao óptico prático nem ao óptico em lentes de contacto colocar lentes de contacto em pacientes.

Art. 881 - O óptico prático poderá assumir a responsabilidade técnica pelo comércio de lentes de grau.

Art. 882 - Os estabelecimentos que se dedicarem à venda de lentes de graus deverão estar devidamente legalizados no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Art. 883 - A solicitação para funcionamento dos estabelecimentos de que trata o artigo 882 será feita através de requerimento dirigido à Secretaria de Saúde, e nele deverão constar a localização, o nome do responsável técnico e demais informações julgadas necessárias, a critério da autoridade sanitária.

Parágrafo Único – A licença para funcionamento deverá ser renovada anualmente, respeitadas as recomendações da Secretaria da Fazenda no que tange ao ano fiscal.

Art. 884 - O óptico prático assinará no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde, juntamente com o requerente, um termo de responsabilidade como técnico do estabelecimento.

Parágrafo Único – No caso de o óptico prático ser o proprietário do estabelecimento, ficará solidariamente responsável por qualquer infração.

Art. 885 - O óptico registrado não poderá ser responsável por mais de um estabelecimento de venda de lentes de grau.

Art. 886 - Ao óptico do estabelecimento compete:

I - A manipulação ou fabrico das lentes de grau;

II - O aviamento perfeito das fórmulas ópticas fornecidas por médico–-oculista;

III - Substituir por lentes de grau idêntico aquelas que lhe forem apresentadas danificadas;

IV - Datar e assinar diariamente o livro de registro do receituário da óptica.

Art. 887 - Ao óptico prático e óptico em lentes de contacto será expressamente proibido indicar ou aconselhar o uso de lentes de grau, prescrever lentes de contacto, ficará sujeito as penalidades previstas para o exercício ilegal da profissão.

CAPÍTULO XLVI

DO CONTROLE DO COMÉRCIO DE DROGAS, MEDICAMENTOS, INSUMOS FARMACÊUTICOS E CORRELATOS

I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 888 - O controle sanitário de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos abrange:

I - Os estabelecimentos ou locais de comércio especializado, tais como farmácia, drogaria, ervanária, postos de medicamentos, depósitos de drogas e estabelecimentos congêneres;

II - As unidades congêneres do Serviço Público civil e Militar da administração direta e indireta da União, do Estado, do Município e de suas entidades paraestatais;

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III - As unidades similares, privativas de instituições particulares, hospitalares ou de qualquer outra natureza inclusive as de caráter filantrópico ou beneficente, sem fins lucrativos;

IV - Os estabelecimentos não especializados à comercialização de determinados produtos cuja venda não seja privativa das empresas e dos estabelecimentos mencionados no item I.

Art. 889 - Para efeito de controle sanitário serão observadas as seguintes definições :

I - DROGA – substância ou matéria prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária;

II - MEDICAMENTO – produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa, ou para fins de diagnóstico;

III - INSUMO FARMACÊUTICO - droga ou matéria prima aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada a emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus recipientes;

IV - CORRELATOS - substâncias, produto, aparelho ou acessório não enquadrado nos conceitos anteriores, cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambiente, ou a fins de diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes e ainda, os produtos dietéticos de acústica médica odontológica e veterinário;

V - ÓRGÃOS SANITÁRIOS COMPETENTES – órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde;

VI - LABORATÓRIO OFICIAL – laboratório com competência delegada através de convênio ou credenciamento destinado à analise de drogas , medicamentos insumos farmacêuticos e correlatos;

VII - ANÁLISE FISCAL – a efetuada em drogas, medicamentos insumos farmacêuticos e correlatos, destinada a comprovar a sua conformidade com a fórmula que deu origem ao registro;

VIII - EMPRESA – pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, que exerça como atividade principal ou subsidiária o comércio, venda, fornecimento e distribuição de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, equiparando–se à mesma, para os efeitos da Legislação em vigor, e de acordo com este Regulamento, as unidades dos órgãos de administração direta ou indireta da União, do Estado, Município e de suas entidades paraestatais, incumbidas de serviços correspondentes;

IX - ESTABELECIMENTO – unidade de empresa destinada ao comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos;

X - FARMÁCIA – estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendo o de dispensação e o de atendimento privativo da unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica;

XI - DROGARIA – estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos, e correlatos, em suas embalagens originais;

XII - ERVANARIA – estabelecimento que realiza dispensação de plantas medicinais;

XIII - POSTO DE MEDICAMENTOS E UNIDADE VOLANTE – estabelecimentos, destinados exclusivamente a venda de medicamentos industrializados em suas embalagens originais e constantes de relação elaborada pelo órgão sanitário federal, publicada na Imprensa Oficial, para atendimento a localidade desprovida de farmácia ou drogaria;

XIV - DISPENSÁRIO DE MEDICAMENTOS – setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalente;

XV - DISPENSAÇÃO – ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não;

XVI - DISTRIBUIDOR, REPRESENTANTE, IMPORTADOR E EXPORTADOR – empresa que exerça direta ou indiretamente o comércio atacadista de drogas, medicamentos em suas embalagens originais, insumos farmacêutico e correlatos;

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XVII - PRODUTO DIETÉTICO – produto tecnicamente elaborado para atender as necessidades dietéticas de pessoas em condições fisiológicas especiais.

II -DO COMÉRCIO FARMACÊUTICO

Art. 890 - O comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos é privativo dos estabelecimentos definidos no artigo anterior, devidamente licenciados, sendo que a dispensação de medicamentos somente é permitida a:

I - FARMÁCIAS

II - DROGARIAS

III - DISPENSÁRIOS DE MEDICAMENTOS

IV - POSTO DE MEDICAMENTOS E UNIDADE VOLANTE

Art. 891 - É permitido às farmácias e drogarias exercerem o comércio de determinados correlatos, como aparelhos e acessórios usados para fins terapêuticos ou de correção estética, produtos utilizados para fins de diagnósticos e análiticos, de higiene pessoal ou de ambientes, cosméticos e perfumes, os dietéticos, os produtos óticos, de acústica médica, odontológica, veterinária e outros desde que observada a legislação específica.

Art. 892 - É facultado a farmácia ou drogaria manter serviço de atendimento público para aplicação de injeções a cargo de técnicos habilitados, observada a prescrição médica.

Parágrafo Único – Para efeito deste artigo o estabelecimento deverá ter local privativo, equipamento e acessórios apropriados, e cumprir os preceitos sanitários pertinentes.

Art. 893 - A farmácia poderá manter laboratório de análise clínicas, desde que em dependência isolada e sob a responsabilidade de profissional habilitado.

Art. 894 - Será privativo das farmácias e das ervenarias a venda de plantas medicinais, a qual somente poderá ser efetuada;

I - Se verificado acondicionamento adequado;

II - Se indicada a classificação botânica correspondente no acondicionamento, que deverá ser posta em etiqueta ou impressa na respectiva embalagem.

Art. 895 - Será permitido aos hotéis e estabelecimentos similares para atendimento exclusivo de seus usuários , dispor de medicamentos anódinos, que não dependam da receita médica e que constem da relação elaborada pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia.

Art. 896 - Não poderão ser entregues ao consumo ou expostos à venda as drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos que não tiverem sido licenciados ou registrados pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia.

Art. 897 - Será permitido a outros estabelecimentos que não farmácia e drogaria, a venda de produtos ou correlatos não enquadrados, no conceito de drogas, medicamentos ou insumos farmacêuticos, e que independam de prescrição médica.

III -DO COMÉRCIO DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS

Art. 898 - O comércio dos medicamentos homeopáticos está sujeito ao mesmo controle dos medicamentos alopatas na forma deste Regulamento, observadas as suas particularidades.

§ 1º - A farmácia homeopática só poderá manipular as fórmulas oficinais e magistrais, em obediência à farmacotécnica homeopática.

§ 2º - A manipulação de medicamentos homeopáticos não constantes das farmacopéias ou dos formulários homeopáticos dependerá da aprovação do Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia.

Art. 899 - Dependerá de receita médica a dispensação de medicamentos homeopáticos, cuja concentração de substância ativa corresponda às doses máximas farmacologicamente estabelecidas.

Art., 900 - É permitido às farmácias homeopáticas manter secções de venda de correlatos e de medicamentos não homeopáticos, desde que estejam acondicionados em suas embalagens originais.

IV -DO LICENCIAMENTO

Art. 901 - O comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, seja sob a forma de dispensação, distribuição, representação, importação ou exportação, somente poderá ser exercido por estabelecimentos licenciados pela Secretaria de Saúde.

Art. 902 - O pedido de licença para o funcionamento dos estabelecimentos mencionados no artigo anterior será encaminhado a Secretaria de Saúde através de requerimento no qual constem:

I - Prova de constituição da empresa;

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II - Prova de relação contratual entre a empresa e o seu responsável técnico se este não integrar a empresa, na qualidade de sócio;

III - Prova de habilitação, legal para o exercício da responsabilidade técnica do estabelecimento, expedida pelo Conselho Regional de Farmácia.

§ 1º - Em se tratando de licença para o funcionamento de farmácias e drogarias, deverá acompanhar o requerimento a planta e/ou projeto de estabelecimento, assinado por profissional habilitado.

§ 2º - Em se tratando de ervanaria o pedido de licenciamento será acompanhado de prova de constituição da empresa.

Art. 903 - A solicitação para o licenciamento desses estabelecimentos deverá ser renovada anualmente obedecidas as determinações da Secretaria da Fazenda no que tanje ao ano fiscal.

Art. 904 - São condições para o licenciamento de farmácia e drogarias:

I - Localização conveniente, sob o aspecto sanitário;

II - Instalações independentes e equipamentos que satisfaçam aos requisitos técnicos da manipulação;

III - Assistência de técnico responsável.

Parágrafo Único – Fica a cargo do órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde determinar, através da respectiva legislação, as condições previstas nos item I e II deste artigo, podendo reduzir as que dizem respeito a instalações e equipamentos para o funcionamento de estabelecimentos no perímetro suburbano e na zona rural, a fim de facilitar o atendimento farmacêutico em regiões menos favorecidas economicamente.

Art. 905 - O Posto de medicamento destina–se ao atendimento das populações em áreas desprovidas de farmácia e drogaria.

Parágrafo Único - O órgão de fiscalização ao dispor as normas de licenciamento dos postos de medicamentos, deverão levar em conta:

I - A facilidade de obtenção dos medicamentos, considerando a distância em que se encontra o estabelecimento farmacêutico mais próximo;

II - Condições locais de modo a assegurar no posto de medicamento as propriedades dos produtos;

III - A capacidade mínima necessária do responsável para promover a dispensação dos produtos;

IV - Os medicamentos comercializados deverão ser unicamente os industrializados, distribuídos em suas embalagens originais e constantes de relação elaborada pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, publicada no Diário Oficial da União.

Art. 906 - A fim de atender às necessidades e peculiaridades de regiões desprovidas de farmácia, drogaria e posto de medicamento, o órgão de fiscalização, consoante legislação supletiva, poderá licenciar unidade volante, para a dispensação de medicamentos constantes de relação elaborada pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia e publicada no Diário Oficial da União.

§ 1º - Para efeito deste artigo, regiões são aquelas localidades mais interiorizadas, de escassa densidade demográfica e de povoação rarefeita.

§ 2º - Considera – se unidade volante a que realiza o atendimento através de qualquer meio de transporte, seja aéreo, rodoviário, marítimo, lacustre ou fluvial, em veículos automotores, embarcações ou aeronaves, e que possuam condições adequadas à guarda dos medicamentos.

§ 3º - A licença prevista neste artigo será concedida a título precário, devendo ser renovada anualmente, prevalecendo apenas enquanto a região percorrida pela unidade volante licenciada não dispuser de estabelecimento fixo de farmácia ou drogaria.

§ 4º - Para fim de licenciamento de unidade volante, a autoridade sanitária competente estabelecerá o intinerário a ser por ela percorrido.

Art. 907 - As farmácias e drogarias poderão manter filiais ou sucursais, que serão licenciadas como unidades autônomas e em condições idênticas às do licenciamento da matriz ou sede.

Art. 908 - O prazo de validade da licença ou de sua revalidade, não será interrompido pela transferência de propriedade, pela alteração da razão social da empresa ou do nome do estabelecimento, sendo, porém, obrigatória a comunicação dos fatos referidos ao órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde, acompanhada da documentação comprovatória.

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Art. 909 - A transferência desses estabelecimentos para outro local, diverso do referido na licença, não interromperá a vigência da licença ou de sua revalidação, mais ficará condicionada à prévia aprovação do órgão competente.

Art. 910 - O estabelecimento de dispensação que deixar de funcionar por mais de cento e vinte (120) dias terá sua licença cancelada.

Parágrafo Único – O cancelamento da licença resultará de despacho fundamentado após vistoria realizada pela autoridade sanitária competente.

Art. 911 - As licenças para funcionamento poderão ser suspensas ou canceladas, no interesse da saúde pública, a qualquer tempo, por ato da autoridade sanitária competente.

Parágrafo Único – No caso previsto neste artigo, a sanção será imposta em decorrência de processo administrativo instaurado pelo órgão sanitário, no qual se assegure ampla defesa aos responsáveis.

V - DA ASSISTÊNCIA E RESPONSABILIDADE TÉCNICAS

Art. 912 - A farmácia e a drogaria terão, obrigatoriamente, a assistência de técnico responsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia, na forma da legislação vigente.

§ 1º - A presença de técnico responsável será obrigatória durante o horário do funcionamento dos estabelecimentos mencionados neste artigo.

§ 2º - Os estabelecimentos de que trata este artigo poderão manter técnico responsável substituto, para substituir em casos de impedimento ou ausência do titular.

Art. 913 - O órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde poderá licenciar farmácia ou drogaria sob a responsabilidade técnica, de prático de farmácia, oficial de farmácia ou outra pessoa habilitada igualmente inscrita no Conselho Regional de Farmácia, na forma da legislação vigente, desde qual:

I - O interesse público justifique o licenciamento, uma vez caracterizada a necessidade de instalação de farmácia ou drogaria no local;

II - Inexista farmacêutico na localidade, ou, existindo, não queira ou não possa esse profissional assumir a responsabilidade técnica pelo estabelecimento.

§ 1º - a medida excepcional de que trata este artigo poderá inclusive ser adotada, se determinada zona ou região, urbana, suburbana ou rural, de elevada densidade demográfica, não contar com estabelecimento farmacêutico, tornando obrigatório o deslocamento do público para zonas ou regiões distantes, com dificuldade para o seu atendimento.

§ 2º - Entende – se por pessoas habilitadas as que forem capazes de assumir a responsabilidade técnica de que trata este artigo, tais como:

I - Prático ou oficial de farmácia inscrito em Conselho Regional de Farmácia;

II - Os diplomados em cursos de grau médio, oficiais ou reconhecidos pelo Conselho Federal de Educação, que tenham seus diplomas registrados no Ministério da Educação e Cultura e sejam habilitados em Conselho Regional de Farmácia, na forma da lei.

§ 3º - Para o fim previsto neste artigo, será facultada a transferência de local do estabelecimento de propriedade de prático ou oficial de farmácia para zona ou região desprovida de farmácia ou drogaria.

Art. 914 - Na hipótese do que trata o artigo anterior, itens I, II e parágrafo 1º , os órgãos sanitários competentes deverão fazer publicar edital na imprensa diária e na oficial, por oito dias consecutivos, dando conhecimento público da necessidade de instalação de farmácia ou drogaria na zona ou região.

Parágrafo Único – Decorrido o prazo de quinze (15) dias da última publicação do edital, e não se apresentando farmacêutico, poderá ser licenciado a farmácia ou a drogaria sob a responsabilidade de prático de farmácia, oficial de farmácia ou outra pessoa igualmente inscrita no Conselho Regional de Farmácia, que requeira a licença.

Art. 915 - Os estabelecimentos destinados a representação, distribuição, importação e atividades afins, somente serão licenciados se contarem com a assistência e responsabilidade técnica de farmacêutico.

Parágrafo Único – Nesses estabelecimentos não será obrigatória a permanência, ou o horário integral do farmacêutico responsável.

Art. 916 - A assistência e responsabilidade técnica das filiais ou sucursais não poderão ser exercidas por profissional já responsáveis pela matriz ou sede.

Art. 917 - A responsabilidade técnica do estabelecimento será comprovada através de declaração de firma individual, pelo estatuto ou contrato social, ou pelo contrato de trabalho firmado com o profissional responsável.

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§ 1º - Cassada a assistência técnica por qualquer que seja a forma, o profissional responderá pelos atos praticados durante o período em que deu assistência ao estabelecimento.

§ 2º - A responsabilidade referida no parágrafo anterior subsistirá pelo prazo de um ano, a contar da data em que o sócio ou empregado cesse o vínculo com a empresa.

§ 3º - Não dependerão de assistência e responsabilidade técnica, o posto de medicamento e a unidade volante.

Art. 918 - A responsabilidade técnica pelo laboratório de análises clínicas caberá a farmacêutico–bioquímico ou a outro profissional igualmente autorizado por lei.

Art. 919 - Será permitido ao farmacêutico exercer a direção técnica de duas farmácias , sendo uma delas comercial e a outra privativa de unidade hospitalar, ou que se lhe equipare.

Parágrafo Único – A farmácia privativa de unidade hospitalar ou que lhe equipare, integrante de órgão público ou de instituição particular, a que se refere este artigo, é a que se destina ao atendimento exclusivo a determinado grupo de usuários.

VI - DO RECEITUÁRIO

Art. 920 - Somente será aviada a receita que:

I - Estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso, de modo legível, observada a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais;

II - Contiver o nome e o endereço residencial do paciente e, expressamente, o modo de usar a medicação;

III - Contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consultório ou da residência e o número de inscrição do respectivo Conselho Profissional

Parágrafo Único – O receituário de medicamentos entorpecentes ou de produtos a estes equiparados, e os demais sob regime especial de controle, de acordo com a sua classificação, obedecerá às disposições da legislação federal específica.

Art. 921 - A receita de medicamentos magistrais e oficinais deverá ser registrada no livro, do receituário, na farmácia.

Art. 922 - A farmácia, a drogaria e o dispensário de medicamento terão livro, segundo modelo oficial, destinado ao registro do receituário de medicamentos sob regime de controle especial.

Art. 923 - A farmácia e a drogaria disporão de rótulos impressos para uso nas embalagens dos produtos aviados, neles constando o nome e endereço do estabelecimento, o número da licença, o nome do responsável técnico e o número de seu registro no Conselho Regional de Farmácia.

Parágrafo Único – Além dos rótulos a que se refere o presente artigo, a farmácia terá impressos com os dizeres “USO EXTERNO” , “USO INTERNO”, “AGITE QUANDO USAR”, “USO VETERINÁRIO” e “VENENO”.

Art. 924 - Os dizeres da receita serão transcritos integralmente no rótulo exposto ao continente ou invólucro de medicamentos aviados, com a data de sua manipulação, número de ordem do registro de receituário, nome do paciente e do profissional que a prescreveu.

Parágrafo Único – O responsável técnico pelo estabelecimento rubricará os rótulos das fórmulas aviadas e bem assim a receita correspondente para devolução ao cliente ou arquivo, quando for o caso.

Art. 925 - A receita em código, para aviamento na farmácia privativa da instituição, somente poderá ser prescrita por profissional vinculado à unidade hospitalar.

Art. 926 - Quando a dosagem do medicamento prescrito ultrapassar os limites farmacológicos, ou a prescrição apresentar incompatibilidades, o responsável técnico pelo estabelecimento solicitará confirmação expressa ao profissional que a prescreveu.

Art. 927 - Na ausência do responsável técnico pela farmácia, ou de seu substituto, será vedado o aviamento de fórmula que dependa de manipulação, na qual a figura substância sob regime de controle sanitário especial.

Art. 928 - O registro do receituário e dos medicamentos sob regime de controle sanitário especial não poderá conter rasuras, emendas ou irregularidades que possam prejudicar a verificação de suas autenticidade.

Art. 929 - O controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, é da competência do órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde que poderá conceder licença para funcionamento dos estabelecimentos desde que satisfaçam às exigências deste Regulamento e da legislação vigente.

Parágrafo Único – A competência de que trata este artigo é intransferível, mesmo em se tratando de pessoas de direito público ou de administração direta que não estejam incluídas na área de saúde pública.

VII - DA FISCALIZAÇÃO

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Art. 930 - A fiscalização do controle sanitário de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos de que trata o artigo 888, item II, obedecerá aos mesmos critérios adotados para essa finalidade, e competirá ao órgão de saúde da respectiva alçada administrativa, civil ou militar, a que pertencer.

Parágrafo Único – No caso de ser apurada infração no presente regulamento e na legislação em vigor que rege a matéria, os responsáveis, além de incursos nas sanções penais previstas e outras dispostas e em legislação especial, responderão pela ação própria ao regime jurídico que disciplina a matéria.

Art. 931 - No caso de dúvidas quanto aos rótulos, bulas e ao acondicionamento de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a fiscalização apreenderá duas unidades de produto, das quais uma será remetida para exame no órgão sanitário competente, ficando a outra em poder do detentor do produto, lavrando–se o termo de apreensão, em duas vias, assinadas pela autoridade sanitária e pelo responsável técnico do estabelecimento, ou seu substituto eventual, e , na ausência deste, por duas testemunhas.

Parágrafo Único – Constatada a irregularidade pelo órgão sanitário competente, será lavrado auto de infração, aplicando–se as penalidades previstas na legislação vigente.

§ 4º - O número de amostras será limitado à quantidade necessária e suficiente às análises e exames.

§ 5º - Dos quatro invólucros, que contêm amostras tornados individualmente invioláveis e convenientemente autenticados, no ato de apreensão, um ficará em poder do detentor do produto, com a primeira via do respectivo auto, para efeito de recursos; o outro será remetido ao fabricante com a segunda via do auto, para defesa, em caso de contraprova; o terceiro será enviado, no prazo de 5 (cinco) dias, ao laboratório oficial com a terceira via do auto de apreensão para análise fiscal; e o quarto ficará em poder de autoridade fiscalizadora, que será responsável pela integridade e conservação do envólucro.

§ 6º - Quando se trata de amostras de produtos perecíveis em prazo inferior ao estabelecido no parágrafo anterior, a análise deverá ser feita de imediato.

§ 7º - O laboratório oficial terá o prazo de 30 (trinta) dias , contados da data do recebimento da amostra, para efetuar a análise e os exames.

§ 8º - O prazo previsto no § 6º poderá ser prorrogado, excepcionalmente, até 15 (quinze) dias, por motivos técnicos devidamente justificados.

Art. 932 - Para efeito de análise fiscal, deverão ser colhidas periodicamente amostras dos produtos e materiais nos estabelecimentos compreendidos neste Regulamento, e a autoridade fiscalizadora, como medida preventiva, em caso de suspeita de alteração ou fraude, interditará o estoque existente no local, até o prazo máximo de sessenta (60) dias , findo o qual o mesmo ficará automaticamente liberado, salvo notificação em contrário.

§ 1º - No caso de interdição do estoque, a autoridade fiscalizadora lavrará o respectivo auto, nele constando a natureza e demais características do produto interditado, e o assinará, com o representante legal da empresa e o possuidor ou detentor do produto, ou seu substituto legal e, na ausência ou recusa destes, por duas testemunhas.

§ 2º - A mercadoria interditada não poderá ser dada a consumo desviada, alterada ou substituída no todo ou em parte, sob pena de apreensão, independentemente da ação cabível em função da legislação vigente.

§ 3º - Para a análise fiscal, as amostras colhidas serão colocadas em quatro invólucros, lavrando a autoridade fiscalizadora o auto de apreensão em quatro vias, que serão assinadas pelo atuante, pelo representante legal da empresa, pelo possuidor ou detentor do produto, ou seu substituto legal e, na ausência ou recusa destes, por duas testemunhas, especificadas no auto a natureza e outras características do material apreendido.

Art. 933 - Concluída a análise fiscal, o laboratório oficial remeterá imediatamente o laudo respectivo à autoridade fiscalizadora competente, que procederá de acordo com a conclusão do mesmo.

§ 1º - Se o resultado da análise fiscal não comprovar alteração do produto, este será desde logo liberado.

§ 2º - Comprovada a alteração, falsificação, adulteração ou fraude será lavrado, de imediato, auto de infração e notificação à empresa para início de processo.

§ 3º - O indicador terá o prazo de 10 dias, contados a partir da data da notificação, para apresentar defesa escrita ou contestar o resultado da análise , requerendo, na segunda hipótese, perícia de contraprova.

§ 4º - A notificação do indicado será feita por intermédio de funcionário lotado no órgão sanitário competente ou mediante registro postal, e no caso de não ser localizado ou encontrado, por meio de edital publicado no órgão oficial de divulgação.

§ 5º - Decorrido o prazo de que trata o § 3º, deste artigo, sem que o notificado apresente defesa ou contestação ao resultado da análise , o laudo será considerado definitivo e proferida a decisão pela autoridade sanitária competente, de conformidade com a legislação vigente.

Art. 934 - A perícia de contraprova será realizada no laboratório oficial que expedir o laudo condenatório, com a presença do perito que efetuou a análise fiscal, do perito indicado pela empresa e do perito indicado pelo órgão fiscalizador, utilizando–se as amostras constantes dos invólucros em poder do detentor.

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§ 1º - A perícia de contraprova será iniciada até 15 (quinze) dias após o recebimento da defesa apresentada pelo indiciado, e concluída nos 15 (quinze) dias subsequentes, salvo se condições técnicas exigirem prazo maior.

§ 2º - Na data fixada para perícia de contraprova, o perito do indicado apresentará o invólucro da amostra em seu poder.

§ 3º - A perícia de contraprova não será realizada se houver indício de alteração ou violação dos invólucros, lavrando–se ata circunstanciada sobre o fato, assinada pelos peritos.

§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, prevalecerá, para todos os efeitos, o laudo da análise fiscal condenatória.

§ 5º - Aos peritos serão fornecidos todos os informes necessários à realização da perícia de contraprova.

§ 6º - Aplicar–se–á à perícia de contraprova o mesmo método de análise empregado na análise fiscal, podendo, porém, ser adotado outro, de reconhecida eficácia, se houver concordância dos peritos

§ 7º - Os peritos lavrarão termo e laudo do ocorrido na perícia de contraprova, que ficarão arquivados no laboratório oficial, remetendo sua conclusão ao órgão de fiscalização.

Art. 935 - Confirmados pela perícia a contraprova e o resultado da análise condenatória, deverá a autoridade sanitária competente, ao proferir a sua decisão, determinar a inutilização do material ou do produto, substância ou insumo, objeto de fraude, falsificação ou adulteração, observar o disposto na legislação vigente.

Art. 936 - Em caso de divergência entre os peritos, quanto ao resultado da análise fiscal condenatória, ou de discordância entre os resultados desta última com os da perícia de contraprova, caberá recurso da parte interessada ou do perito responsável pela análise condenatória à autoridade competente, devendo esta determinar a realização de novo exame pericial sobre a amostra em poder do laboratório oficial de controle.

§ 1º - O recurso de que trata este artigo deverá ser interposto no prazo de 10 (dez) dias, contados da data de conclusão da perícia de contraprova.

§ 2º - A autoridade que receber o resultado deverá decidir sobre o mesmo prazo de 10 (dez) dias, contados da data do seu recebimento.

§ 3º - Esgotada o prazo referido no parágrafo anterior, sem decisão de recurso, prevalecerá o resultado da perícia de contraprova.

Art. 937 - Configurada infração por inobservância de preceitos ético–profissionais, o órgão fiscalizador comunicará o fato ao Conselho Regional.

Art. 938 - Não poderá ter exercício nos órgãos de fiscalização sanitária o servidor público que for sócio ou acionista de qualquer categoria, ou que prestar serviços a empresa ou estabelecimento ou que explore o comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos.

VIII - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 939 - O órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde, de acordo com o Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia cumprirá o disposto na Lei n.º 5.991, de 17 de dezembro de 1973, no que diz respeito a:

I - Relação dos medicamentos anódinos;

II - Relação dos medicamentos industrializados a serem vendidos em suas embalagens originais, cuja dispensação é permitida em postos de medicamentos ou em unidades volantes;

III - Relação dos produtos ou correlatos, não submetidos a regime de lei especial, e que poderão ser liberados à venda em outros estabelecimentos além de farmácias e drogarias, de que trata o artigo 897.

Art. 940 - O órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde fará cumprir os atos emanados do Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, referentes ao controle do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, especialmente;

I - Instruções sobre receituário, utensílios, equipamentos e relação de estoque mínima de produtos homeopáticos;

II - Normas de controle de estoque de produtos sob regime de registro sanitário especial, respeitada a legislação específica para os entorpecentes e as substâncias capazes de produzir dependência física ou psíquicas;

III - Normas relativas;

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a) A padronização do registro do estoque e da venda ou dispensação dos medicamentos sob controle sanitário especial, atendida a legislação pertinente;

b) Aos estoques mínimos de determinados medicamentos de dispensação e disposição, observado o quadro nosológico local;

c) Nos medicamentos e materiais destinados a atendimento de emergência, incluídos os soros profiláticos.

Art. 941 - É vedado utilizar qualquer dependência de farmácia ou drogaria como concultório, ou para outro fim diverso especificado no licenciamento.

Art. 942 - As farmácias e drogarias serão obrigadas a plantão pelo sistema de rodísio, para atendimento ininterrupto à comunidade, consoantes normas a serem baixadas pelo órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Art. 943 - Os práticos e oficiais de farmácia, habilitados na forma da lei, que estiverem em plena atividade e provarem manter a propriedade ou co–propriedade de farmácia em II de novembro de 1960, poderão ser provisionados pelo Conselho Regional de Farmácia para assumir a responsabilidade técnica do estabelecimento.

§ 1º - Para efeito deste artigo o prático ou oficial de farmácia deverá encaminhar ao Conselho Regional de Farmácia documentos comprobatórios:

I - De que é prático de farmácia ou oficial de farmácia por meio de título legal expedido até 19 de dezembro de 1973;

II - Estar em plena atividade profissional comprovada mediante contato social ou outro documento hábil;

III - Condições de proprietário de farmácia ou drogaria em II de novembro de 1960.

§ 2º - O provisionado poderá assumir livremente a responsabilidade técnica de qualquer das farmácias de sua propriedade ou co–propriedade, atender à exigência de horário de trabalho prevista neste Regulamento, sendo proibida a acumulação.

§ 3º - É vedado ao prático e ao oficial de farmácia, provisionados na forma deste artigo, o exercício de outras atividades privativas da profissão de farmacêutico.

§ 4º - O provisionamento de que trata este artigo será efetivado no prazo máximo de noventa (dias), contados da data do registro de entrada do respectivo requerimento, devidamente instruído no Conselho Regional de Farmácia.

CAPÍTULO XLVII

DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

Art. 944 - Os estabelecimentos destinados ao fabrico ou manipulação de preparações farmacêuticas ou produtos congêneres que interessem à Medicina e à Saúde Pública, só poderão funcionar com prévia licença da Secretaria de Saúde.

Art. 945 - Os estabelecimentos a que se refere o artigo 944 deverão ter obrigatoriamente, na sua direção técnica, profissional habilitado e com registro no órgão de fiscalização da Secretaria de Saúde.

Art. 946 - A solicitação para o funcionamento deverá ser dirigida a Secretaria de Saúde, através de requerimento, onde constem: o nome do estabelecimento e firma proprietária, nome do responsável técnico, localização, relação dos produtos fabricados, suas fórmulas, o número e a data da licença no Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia e outros informes julgados necessários, a critério da autoridade sanitária.

Parágrafo Único – A solicitação para funcionamento deverá ser renovada anualmente, respeitadas as determinações da Secretaria da Fazenda, no que se refere ao ano fiscal.

Art. 947 - As filiais e sucursais dos estabelecimentos referidos no artigo 944, são consideradas unidades autônomas e deverão satisfazer às exigências deste Regulamento, no que diz respeito à industria farmacêutica.

Art. 948 - É exigido novo requerimento para funcionamento quando ocorrer mudança de sede, transferência de proprietário, alteração na constituição da firma, no nome do estabelecimento, substituição do responsável técnico ou qualquer outra modificação fundamental.

Art. 949 - A comunicação da substituição do responsável técnico deverá ser encaminhada à Secretaria de Saúde, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de interdição do estabelecimento.

Parágrafo Único – O referido profissional, a partir da data de comunicação, ficará investido de todas as atribuições e responsabilidades técnicas do estabelecimento.

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Art. 950 - Enquanto os estabelecimentos referidos no artigo 944 não tiverem feito a comunicação à Secretaria de Saúde do novo responsável técnico, não poderão fabricar seus produtos.

Art. 951 - Os estabelecimentos referidos no artigo 944 poderão ter mais de um responsável técnico, sendo um deles considerado o principal, que responderá por todos os atos perante a Secretaria de Saúde.

Parágrafo Único – O responsável principal deverá ser substituído em todos os seus impedimentos por outro legalmente habilitado, sendo a ocorrência imediatamente comunicada a Secretaria de Saúde.

Art. 952 - Os estabelecimentos destinados à indústria farmacêutica deverão estar devidamente instalados e aparelhados de material e pessoal, de acordo com a legislação em vigor.

Art. 953 - O material utilizado no envazilhamento ou acondicionamento das preparações farmacêuticas e de produtos congêneres deverá ser inócuo, e atender às exigências específicas à matéria.

Art. 954 - A instalação de estabelecimentos destinados à indústria farmacêutica, de suas filiais ou sucursais, só poderá ser feita em localidades que permitam o seu desenvolvimento técnico, e possibilitem a contínua fiscalização dos seus trabalhos.

Art. 955 - Todos os estabelecimentos destinados à indústria farmacêutica, à fabricação ou manipulação de produtos que contenham entorpecentes, psicotrópicos, alucinógenos ou outras substâncias que produzam dependência física ou psiquíca, ficarão sujeitos à legislação específica.

Art. 956 - Os modelos e dizeres dos rótulos, bulas, e outros impressos que acompanharem produtos farmacêuticos, produtos oficinais, dietéticos, cosméticos, de higiene e toucador, deverão ser previamente aprovados pelo órgão competente e satisfazer às exigências da legislação que rege a matéria.

Art. 957 - Nos estabelecimentos destinados à indústria farmacêutica, é obrigatória a permanência do responsável técnico ou de seu substituto legalmente habilitado durante o preparo e manipulação de especialidades e produtos farmacêuticos.

Art. 958 - As firmas proprietárias dos estabelecimentos destinados à indústria farmacêutica, serão solidariamente responsáveis perante as autoridades competentes por qualquer irregularidade que contrarie a legislação em vigor.

Art. 959 - Com a exclusão dos jornais científicos e das publicações técnicas, os anúncios das especialidades e produtos farmacêuticos limitar–se–ão exclusivamente aos termos inscritos nas licenças concedidas pela legislação em vigor

CAPÍTULO XLVIII

DOS PRODUTOS DE HIGIENE, COSMÉTICOS E DE TOUCADOR

Art. 960 - Os estabelecimentos destinados ao fabrico de produtos de higiene, cosméticos, perfumes, de toucador e congêneres, só poderão funcionar com prévia licença da Secretaria de Saúde.

Art. 961 - A solicitação para o funcionamento deverá ser dirigida à Secretaria de Saúde, através de requerimento, do qual constem: nome do estabelecimento e firma proprietária, nome do responsável técnico, localização, relação completa dos produtos fabricados e suas respectivas fórmulas ou o número e data da licença no Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia e outros informes julgados necessários, a critério da autoridade sanitária.

Parágrafo Único – A solicitação para a renovação do funcionamento deverá ser feita anualmente, respeitadas as exigências da Secretaria da Fazenda no que se refere ao ano fiscal.

Art. 962 - A solicitação de licenciamento para o fabrico de produtos de higiene, cosméticos, de toucador, perfumes e congêneres, deverá ser instruída com relatório assinado pelo responsável técnico, com firma reconhecida, no qual constem as informações necessárias, segundo a legislação que rege a matéria.

Art. 963 - Os locais de manipulação, fabricação e controle de qualidade, deverão ter paredes e piso revestidos de material impermeável, liso e resistente, mesas com tampo de material impermeabilizado e pias com água corrente.

Art. 964 - Sempre que houver alteração na responsabilidade técnica da empresa fabricante de produtos de higiene, cosméticos, de toucador, ou congêneres, deverá ser requerida de imediato a transferência de responsabilidade à Secretaria de Saúde.

Parágrafo Único – Enquanto não for requerida a transferência de responsabilidade técnica, ficará vedada a fabricação ou manipulação dos produtos relacionados na legislação que rege a matéria.

Art. 965 - O novo responsável técnico assumirá automaticamente a responsabilidade dos relatórios constantes nos respectivos processos arquivados no Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, a partir da data da entrega do requerimento de transferência da responsabilidade.

Parágrafo Único – A empresa deverá no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data da transferência de responsabilidade, requerer a respectiva anotação ao Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia.

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Art. 966 - Os dizeres dos rótulos, embalagens e demais impressos dos produtos de que trata este capítulo, deverão atender aos termos do licenciamento quanto as suas características e propriedades.

Art. 967 - Será indispensável prévia autorização do Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia para qualquer modificação dos dizeres aprovados de rótulos, embalagens e demais impressos dos produtos mencionados neste capítulo.

Art. 968 - A propaganda de caráter promocional não deverá induzir o consumidor a erro, engano ou confusão quanto a identidade, composição, procedência e aos efeitos do produto.

Art. 969 - Será permitida a modificação de fórmula ou de forma do produto já licenciado se houver solicitação, que deverá ser instruída com relatório assinado pelo técnico responsável e com todas as informações necessárias ao licenciamento de um novo produto.

CAPÍTULO XLIX

DOS INSETICIDAS, RATICIDAS E PRODUTOS CONGÊNERES

Art. 970 - Os estabelecimentos destinados à fabricação, manipulação, fracionamento ou acondicionamento de inseticidas, raticidas e produtos congêneres, só poderão funcionar com prévia licença da Secretaria de Saúde.

Art. 971 - A solicitação para funcionamento deverá ser dirigida à Secretaria de Saúde através de requerimento, onde constem o nome do estabelecimento ou empresa fabricante, localização, nome do responsável técnico e o número de sua inscrição no respectivo Conselho Profissional, forma e fórmula dos produtos e outros informes julgados necessários, a critério da autoridade sanitária.

Parágrafo Único – A licença para funcionamento deverá ser renovada anualmente, respeitadas as exigências da Secretaria da Fazenda no que tanje ao ano fiscal.

Art. 972 - Só poderão ser expostos à venda para emprego doméstico, os inseticidas, rodenticidas e produtos congêneres que se apresentarem em sua forma original.

Parágrafo Único – Os que apresentarem na forma concentrada só poderão ser manipulados por pessoas devidamente habilitada.

Art. 973 - Os fabricantes ou as empresas responsáveis deverão providenciar sua inscrição no Serviço de Fiscalização da Medicina e Farmácia, logo após a concessão da licença de funcionamento da Secretaria de Saúde.

Art. 974 - As empresas que exercerem atividades ligadas a desinsetização e desratização, em domicílios ou ambientes coletivos deverão estar devidamente registradas na Secretaria de Saúde, inscritas no Serviço Nacional de Medicina e Farmácia e atender todas as exigências deste Regulamento no que lhes for aplicável.

Art. 975 - Os laboratórios de produtos farmacêuticos, biológicos ou congêneres só poderão fabricar, manipular ou acondicionar desinfetantes, inseticidas, raticidas e produtos congêneres depois de devidamente registrados na Secretaria de Saúde e inscritos no Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia.

Parágrafo Único – As instalações destinadas à fabricação, manipulação ou acondicionamento dessas substâncias deverão ser em locais independentes e completamente isolados daqueles utilizados na fabricação de produtos farmacêuticos, biológicos ou congêneres.

Art. 976 - Os responsáveis técnicos e as empresas que se dedicarem à fabricação, produção ou manipulação de inseticidas e produtos congêneres, responderão por todas as infrações previstas na legislação que rege a matéria.

Art. 977 - Os inseticidas e rodenticidas para emprego doméstico deverão ser inofensivos ao homem e aos animais de sangue quente, quanto aplicados segundo as recomendações; não deverão ter dores irritantes ou nauseantes; não poderão ser corrosivos nem danificar as superfícies em que foram aplicados, em qualquer das formas em que forem expostos à venda.

Art. 978 - As empresas que fabricarem ou manipularem estes produtos para emprego doméstico, deverão obedecer às concentrações máximas estabelecidas de conformidade com a ação tóxica para o homem e outros animais de sangue quente.

Art. 979 - Nos rótulos dos inseticidas, rodenticidas e produtos congêneres, deverão constar obrigatoriamente o número e a data da licença do Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, as precauções e outros dizeres julgados necessários, a critério da autoridade competente.

Art. 980 - Os inseticidas, rodenticidas e produtos congêneres, deverão ser apresentados, embalados e rotulados de modo a evitar que se confundam com produtos farmacêuticos, alimentícios, de higiene e toucador, e bebidas.

Art. 981 - As empresas que se destinarem a desinsetização e desratização domiciliar ou de ambiente coletivo, deverão empregar produtos devidamente licenciados, e assumir inteira responsabilidade por acidentes causados por aplicação indevida.

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CAPÍTULO L

DA FISCALIZAÇÃO E DO CONTROLE DAS SUBSTÂNCIAS QUE DETERMINAM DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA

Art. 982 - Caberá à Secretaria de Saúde a fiscalização das substâncias que determinam dependência física ou psíquica e das especialidades que as contenham.

Art. 983 - A Secretaria de Saúde regulamentará o emprego dessas drogas e estabelecerá normas para a sua utilização e controle, consoante determinações do Ministério da Saúde.

Art. 984 - A Secretaria de Saúde fiscalizará o emprego de drogas que determinem dependência física ou psíquica e das especialidades farmacêuticas que as contenham e cujo uso é vedado em Medicina.

§ 1º - Estas drogas só poderão ser utilizadas em pesquisas científicas, realizadas em órgãos credenciados após autorização da Secretaria de Saúde.

§ 2º - Ficarão sob a responsabilidade do diretor do laboratório de pesquisas e escrituração, o controle e o destino dessas drogas.

§ 3º - O diretor do laboratório de pesquisa será o responsável perante a Secretaria de Saúde e demais autoridades competentes pelo cumprimento das normas que regem a guarda e o emprego dessas drogas.

Art. 985 - O receituário de drogas e especialidades farmacêuticas capazes de determinar dependência física ou psíquica e as de controle equiparado, de emprego permitido, só poderá ser aviado quando:

I - Prescrito por médico, médico veterinário, ou cirurgião dentista, devidamente habilitados;

II - Prescrito em bloco de receituário oficial aprovado pelas Instruções Gerais Sobre o Uso e o Comércio de Entorpecentes;

III - Escrito por extenso, do próprio punho, legivelmente, em vernáculo, e a tinta;

IV - Contiver o nome completo do paciente e sua residência, assinatura do profissional e seu nome por extenso, legível, endereço de residência ou consultório, número do registro no respectivo Conselho Profissional e data da prescrição;

V - Contiver o nome do medicamento e sua posologia, as quantidades prescritas em algarismos arábico e por extenso;

VI - Tiver, em se tratando de animal, a indicação da raça, espécie e peso, local em que se encontra, nome e endereço do respectivo dono, além de outros requisitos pertinentes.

Art. 986 - O bloco de receituário oficial a que se refere o item II do artigo 985 será fornecido gratuitamente, contra recibo, pela Secretaria de Saúde, aos profissionais habilitados, pessoalmente ou através de solicitação escrita, depois de devidamente preenchida a ficha apropriada.

Art. 987 - Será permitida a prescrição em outro papel em caso de excepcional urgência, desde que indique, além dos dados normalmente exigidos para o receituário oficial, a justificativa, a hora e o local da ocorrência.

Art. 988 - É permitida a prescrição destas drogas em impresso especial do receituário hospitalar, subscrito por profissionais habilitados ou com efetivo exercício nos estabelecimentos hospitalares e para–hospitalares oficiais, particulares ou beneficentes.

§ 1º - A prescrição deverá conter obrigatoriamente o nome completo do doente, o nome do estabelecimento, a justificativa do emprego do medicamento e demais informes exigidos pela legislação que rege a matéria.

§ 2º - Para o aviamento destas receitas, será dispensável o visto prévio ou posterior na Repartição Sanitária competente, o qual será substituído pelo visto aposto pela autoridade sanitária, em suas visitas de fiscalização.

Art. 989 - Os estabelecimentos, de qualquer natureza, que tiverem sob sua guarda, venderem, comprarem, empregarem substâncias que determinem dependência física ou psíquica e as de controle equiparado de emprego permitido, deverão ter “Livro de Registro” autenticado pela autoridade competente, para uso exclusivo do movimento de tais drogais.

Art. 990 - No “Livro de Registro” deverá obrigatoriamente ser anotado pelo responsável técnico ou por seus auxiliares sob sua imediata responsabilidade, segundo as exigências legais, todos os informes exigidos e necessários ao controle dessas substâncias.

§ 1º - Esse livro deverá ser escriturado diariamente com correção, sem razuras, borrões, entrelinhas, raspagens ou emendas, e submetido ao exame da autoridade sanitária em suas visitas de inspeção ou apresentado no órgão de fiscalização quando determinado.

§ 2º - As retificações deverão ser feitas no espaço destinado a “observações”.

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§ 3º - No “Livro de Registro” serão lavrados os termos de abertura e de encerramento pala autoridade sanitária competente, que rubricará todas as suas páginas.

Art. 991 - Os estabelecimentos que aviarem receitas contendo drogas e especialidades farmacêuticas capazes de determinar dependência física ou psíquica e as de controle equiparado, de emprego permitido, ficarão obrigados a transcrever as receitas no livro “Receituário”, além de registrá–las no “Livro de Registro”, de acordo com as “Instruções Gerais Sobre o Uso e o Comércio de Entorpecentes”.

Art. 992 - As receitas e as respectivas justificações, quando for o caso, após devidamente registradas, ficarão arquivadas no próprio estabelecimento em ordem cronológica, à disposição da autoridade sanitária competente, durante o período de 5 (cinco) anos, após o qual poderão ser destruídas.

Art. 993 - O local destinado, nos estabelecimentos, à guarda das drogas que determinam dependência física ou psíquica e das especialidades de controle equiparado, deverá ter armário exclusivo com chave de segurança, sob a responsabilidade do farmacêutico, do diretor gerente ou de quem exercer função semelhante.

Art. 994 - Quando, por qualquer motivo, for interrompida a administração aos doentes, de drogas que determinem dependência física ou psíquica e das especialidades de controle equiparado, o médico assistente e o responsável pelo doente providenciarão remessa imediata dos medicamentos não utilizados à autoridade sanitária competente.

Art. 995 - Além das exigências legais para o “Livro de Registro”, as notas ficais de compra e transferência de drogas que determinam dependência física ou psíquica e das especialidades farmacêuticas que as contenham, deverão estar arquivadas no estabelecimento, em ordem cronológica e à disposição da autoridade sanitária fiscalizadora.

Art. 996 - Não será permitida a distribuição de amostras de drogas capazes de determinar dependência física ou psíquica, bem como das especialidades farmacêuticas que as contenham, inclusive a médicos, médicos veterinários, cirurgiões–dentistas e farmacêuticos.

Art. 997 - Os estabelecimentos que fabricarem, manipularem, distribuírem, venderem, armazenarem ou utilizarem drogas capazes de determinar dependência física ou psíquica, bem como as especialidades farmacêuticas, que as contiverem deverão remeter balancetes mensais, trimestrais e anuais à Secretaria de Saúde.

CAPÍTULO LI

DA DISPOSIÇÃO SOBRE INFRAÇÕES ÀS NORMAS RELATIVAS À SAÚDE E RESPECTIVAS PENALIDADES

Art. 998 - Considera–se infração a desobediência ou inobservância aos dispostos nas normas legais, regulamentares e outras que, por qualquer forma, se destinem à promoção, preservação e recuperação da saúde.

Art. 999 - As infrações a este Regulamento serão apuradas em processo administrativo, iniciado com a lavratura do auto de infração, e seus responsáveis responderão por uma ou mais das seguintes penalidades:

I - Advertência;

II - Multa;

III - Apreensão e inutilização dos produtos;

IV - Suspensão, impedimento ou interdição temporária ou definitiva;

V - Denegação, cassação ou cancelamento de registro ou licenciamento;

VI - Intervenção.

Parágrafo Único – A aplicação destas penalidades não isentará os que responderem pela infração de outras sanções penais cabíveis.

Art. 1000 - Responderá pela infração quem, de qualquer modo cometer ou concorrer para sua prática ou dela se beneficiar.

Art. 1001 - As penalidades previstas no artigo 999 serão aplicadas pelas autoridades competentes da Secretaria de Saúde no exercício de suas funções e conforme as atribuições que lhes forem conferidas ou por competência delegada através de convênios.

Art. 1002 - As infrações apuradas em processos administrativo serão a critério das autoridades sanitárias, classificadas em leves, graves e gravíssimas, levando–se em conta:

I - A maior ou menor gravidade da infração;

II - As circunstâncias atenuantes e agravantes;

III - Os antecedentes do infrator com relação às disposições das leis sanitárias, de seus regulamentos e demais normas complementares.

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Art. 1003 - A penalidade de multa nas infrações consideradas leves, graves ou gravíssimas, a critério da autoridade sanitária, consistirá no pagamento de uma soma em dinheiro, fixada sobre o valor do maior salário mínimo vigente no País, na seguinte proporção:

I - De um terço a três vezes, para as infrações leves;

II - De quatro a seis vezes, para as infrações graves;

III - De sete a dez vezes, para as infrações gravíssimas.

Art. 1004 - Nos casos de reincidência, as multas previstas no artigo 1003 serão aplicadas em valor correspondente ao dobro da multa anterior.

Parágrafo Único – Estará caracterizada a reincidência todas as vezes em que houver nova infração do mesmo tipo ou quando houver permanência de infração.

Art. 1005 - Para efeito deste Regulamento são consideradas infrações de natureza sanitária:

I - Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das autoridades competentes no exercício de suas funções;

Penalidade: advertência ou multa de um terço a três vezes o maior salário mínimo vigente no País, sua pensão, impedimento ou interdição temporária ou definitiva;

II - Deixar de executar, dificultar ou opor–se à execução de medidas sanitárias que visem à prevenção das doenças transmissíveis e de suas disseminações, à preservação e à manutenção da saúde;

Penalidade: advertência, multa de um terço a dez vezes o maior salário–mínimo vigente no País, apreensão e inutilização, suspensão, impedimento ou interdição temporária ou definitiva, cassação ou cancelamento do registro ou licenciamento, ou intervenção;

III - Deixar de notificar doenças do homem ou zoonoses transmissíveis ao homem, de acordo com as normas legais ou regulamentares vigentes;

Penalidade: advertência ou multa de um terço a três vezes maior salário–mínimo vigente no País.

IV - Impedir ou dificultar a aplicação de medidas relativas ao sacrifício de animais domésticos ou domiciliados considerados perigosos pelas autoridades sanitárias.

Penalidade: advertência ou multa de quatro a seis vezes o maior salário mínimo vigente no País;

V - Contrariar normas legais pertinentes;

a) A construção, instalação ou funcionamento de laboratórios industriais farmacêuticos, ou quaisquer outros estabelecimentos industriais, agrícolas, comerciais, hospitalares e congêneres que interessem à Medicina e à Saúde Pública;

b) Ao controle da poluição do ar, à proteção do solo, à proteção das águas e ao controle das radiações e dos sons incômodos e ruídos;

Penalidade: multa de quatro a seis vezes o maior salário mínimo vigente no País, e interdição temporária ou definitiva do estabelecimento, ou intervenção conforme o caso;

VI - Inobservar as exigências de normas legais pertinentes a construções, reconstruções, reformas de edificações, abastecimento domiciliar de água, esgoto domiciliar, habitações em geral, coletivas ou isoladas, terrenos baldios, escolas e internatos, hospitais e estabelecimentos de assistência médico–hospitalar, locais de divertimentos coletivos e de reuniões, clínicas, institutos e salões de beleza, cabeleireiros, saunas, casa de banho, necrotérios, velórios e cemitérios, estábulos, cocheiras, e abrigos destinados a animais, saneamento urbano e rural em todas as suas formas, bem como a tudo que contrarie a legislação referente a imóveis em geral e sua utilização;

Penalidade: advertência ou multa de um terço a três vezes o maior salário - mínimo vigente no País ou interdição parcial ou total, temporária ou definitiva, do estabelecimento ou atividade;

VII - Exercer sem habilitação ou autorização legal ainda que à título gratuito, as profissões de enfermagem, as funções auxiliares de nutricionista, operador de

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Raio X e de radioterapia, auxiliar de laboratório, óptico prático e óptico em lentes de contacto, pedicuro e outras profissões já regulamentadas, ou que sejam criadas pelo poder público e sujeitos ao controle e à fiscalização das autoridades sanitárias;

Penalidade: multa de quatro a seis vezes o maior salário–mínimo vigente no País, ou suspensão temporária ou definitiva do exercício profissional.

VIII - Cometer no exercício das profissões sujeitas ao controle e à fiscalização da autoridade sanitária, ação ou omissão em que haja o propósito deliberado de iludir ou prejudicar, bem como erro cujo efeito não possa ser tolerado pelas circunstâncias que envolverem o fato;

Penalidade: multa de quatro a seis vezes o maior salário–mínimo vigente no País, ou suspensão temporária ou definitiva do exercício profissional;

IX - Aviar receitas ou vender medicamentos em desacordo com prescrições médicas;

Penalidades: multa de quatro a seis vezes maior salário–mínimo vigente no País, com ou sem interdições temporárias ou definitiva do estabelecimento ou cancelamento da licença, conforme o caso;

X - Extrair, produzir, fabricar, transformar, preparar, manipular, purificar, fracionar, embalar ou reembalar, importar, exportar, armazenar, expedir, comprar, vender, trocar ou ceder matérias primas, substâncias ou insumos, bem como utensílios ou aparelhos que interessem à Medicina e à Saúde pública, em desacordo com as normas legais vigentes;

Penalidade: multa de quatro a seis vezes o maior salário – mínimo vigente no País, apreensão e inutilização dos produtos, suspensão ou interdição temporária ou definitiva, cancelamento do registro ou licenciamento, autorização ou intervenção conforme o caso;

XI - Fraudar, falsificar e adulterar produtos farmacêuticos, dietéticos, alimentícios de higiene, toucador, saneantes, detergentes, inseticidas, raticidas e congêneres sob controle e fiscalização da Secretaria de Saúde;

Penalidade: multa de quatro a seis vezes maior que o salário–mínimo vigente no País, apreensão e inutilização dos produtos, suspensão ou interdição temporária ou definitiva, cancelamento do registro ou do licenciamento do produto ou do estabelecimento, conforme o caso;

XII - Expor ao consumo produtos farmacêuticos, dietéticos, alimentícios e suas matérias primas, produtos de higiene e toucador, saneantes e quaisquer outros produtos que interessem à Saúde pública, que tenham sido fraudados, falsificados ou adulterados;

Penalidade: multa de quatro a seis vezes o maior salário–mínimo vigente no País, apreensão e inutilização do produto, interdição temporária ou definitiva, cancelamento do registro ou do licenciamento do produto ou do estabelecimento;

XIII - Expor ao consumo alimentos impróprios, adulterados, fraudados ou falsificados;

Penalidade: multa de quatro a seis vezes o maior salário–mínimo vigente no País, apreensão e inutilização do alimento, interdição temporária ou definitiva, cancelamento do registro ou do licenciamento do produto ou do estabelecimento;

XIV - Atribuir a produtos alimentícios ou a medicamentos, através de qualquer forma de divulgação, qualidade medicamentosa, terapêutica ou nutriente, superior à que realmente possuir, divulgar informação que possa induzir o consumidor a erro quanto à qualidade, natureza, espécie, origem, quantidade e identidade dos produtos;

Penalidade: multa de quatro a seis vezes o maior salário–mínimo vigente no País, advertência temporária ou definitiva, cancelamento do registro do produto ou do estabelecimento;

XV - Desviar, alterar ou substituir, total ou parcialmente, alimentos interditados;

Penalidade: multa de quatro a seis vezes o maior salário–mínimo vigente no País, interdição temporária ou definitiva, do estabelecimento.

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Art. 1006 - Não será considerado infrator o vendedor de produtos, desde que prove ignorar a qualidade ou estado da mercadoria a critério da autoridade sanitária.

Art. 1007 - Quando aplicada a pena de multa, o infrator será notificado para recolhê–la no prazo de 10 (dez) dias à Fazenda Estadual.

§ 1º - A notificação será feita por intermédio de funcionário lotado no órgão competente ou mediante registro postal, e, no caso de não ser localizado ou encontrado o infrator, por meio de edital publicado no órgão oficial de divulgação.

§ 2º - O não recolhimento da multa dentro do prazo fixado neste artigo implicará na sua inscrição para cobrança judicial.

Art. 1008 - Verificada, em processo administrativo, a existência de fraude, falsificação ou adulteração de produtos, de substâncias ou de insumos e outros, deverá a autoridade sanitária competente, ao proferir a sua decisão, determinar a sua inutilização.

Parágrafo Único – A inutilização dos produtos, substâncias ou insumos e outros, somente deverá ser feita após decorrido o prazo de 20 (vinte) dias, contados da data da publicação da decisão condenatória irrecorrível, lavrando–se o competente termo de inutilização, que deverá ser assinado pela autoridade sanitária e pelo infrator ou seu substituto ou representante legal, devendo, na recusa deste, ser o termo assinado por duas testemunhas.

Art. 1009 - Não serão consideradas fraude, falsificação ou adulteração, as alterações havidas nos produtos, substâncias ou insumos e outros, em razão de causas, circunstâncias ou eventos naturais ou imprevisíveis, que venham a determinar avaria ou deterioração.

Art. 1010 – Constatada a alteração nos casos previstos no artigo anterior, será notificado o fabricante, manipulador, beneficiador ou acondicionador responsável, para que, no prazo de 15 (quinze) dias, a partir da data do recebimento da notificação providencie o recolhimento dos produtos, substâncias ou insumos alterados.

Parágrafo Único – O não atendimento à notificação mencionada neste artigo, sujeitará o notificado às penalidades previstas no presente Regulamento.

Art. 1011 - Das decisões das autoridades sanitárias caberá recursos àquelas que lhes sejam imediatamente superiores.

§ 1º - O recurso será interposto dentro do prazo de 20 (vinte) dias, da data da publicação da decisão na imprensa oficial ou do conhecimento da parte ou de seu procurador à vista do processo, ou da notificação por escrito, sob registro postal.

§ 2º - O recurso, devidamente fundamental, será examinado pela autoridade sanitária, a qual poderá reconsiderar a decisão anterior.

Art. 1012 - As infrações às disposições legais, regulamentares e outras, de ordem sanitária, regidas pelo presente Regulamento, prescreverão em 5 (cinco) anos.

§ 1º - A prescrição interromper–se–á pela notificação ou outro ato da autoridade competente, visando à sua apuração e conseqüente imposição de pena.

§ 2º - Não correrá o prazo prescricional enquanto houver processo administrativo pendente de decisão.