decreto-lei nº 1/96 - eregulations cabo verde

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I SERIE Nº 1 B.O. DA REPÚ BLICA DE CABO VERDE 15 DE JANEIRO DE 1996 * Alterações feitas pela Lei nº 16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alterações feitas pela Lei nº 43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alterações feitas pela Lei nº 91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alterações feitas pela Lei nº 116/V/99 de 28/12 que aprova o Or ç amento de Estado para 2000 ***** Alterações feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alterações feitas pela Lei nº 18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Or ç amento de Estado para 2003 Decreto-Lei nº 1/96 A Lei nº 127/IV/95, de 26 de Junho, que aprovou as Bases do Imposto Ú nico sobre os Rendimentos (IUR), para a sua execuçã o necessita de regulamentaçã o adequada que define para al é m dos elementos essenciais do imposto (incidê ncia, isençõ es, taxas e garantias dos contribuintes), a defini çã o do processo de determinaçã o da maté ria colectável onde o relacionamento entre a administraçã o fiscal e o contribuinte tem especial import ância. O presente regulamento manté m a linha reformadora iniciada em 1991, com as alteraçõ es ao imposto complementar, profissional e industrial, de forma a que este novo imposto surja facilmente compreendido a ní vel das obrigaçõ es tributárias, na medida em que nã o produz uma ruptura administrativa com a modernizaçã o necessária `´ a máquina fiscal e facilitando sobretudo os deveres do contribuinte. Assim, Ao abrigo do nº 2 do Artigo 4º da Lei nº 127/IV/95, de 26 de Junho; No uso da faculdade conferida pela alí nea c) do artigo 216º da Constituiçã o, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1º Aprovação É aprovado o Regulamento do Imposto Ú nico sobre os Rendimentos (IUR) que faz parte integrante deste diploma. Artigo 2º Entrada em Vigor Regulamento do Imposto Ú nico sobre os Rendimentos (IUR) entra em vigor com o Orç amento do Estado para 1996. Artigo 3º Revogação 1. Consideram-se revogados, a partir da data referida no artigo anterior, o imposto profissional, o imposto industrial e o imposto complementar, aprovados respectivamente pelos Diploma-Legislativos nº 1543 de 12 de Abril de 1963, Decreto-Lei nº 147/92 de 30 de Dezembro e Diploma Legislativo nº 1545 de 12 de Junho de 1963. 2. Durante o ano de 1996, para efeitos para determinaçã o da maté ria colectável de 1995, serã o ainda efectuadas as fixaçõ es e dé bitos dos impostos revogados no número anterior e apresentadas as declaraçõ es de rendimentos respectivas. Artigo 4º Taxas As taxas de imposto único serã o publicadas na Lei do Or ç amento do Estado. Artigo 5º Impressos 1. Os modelos de impressos a que se refere o presente diploma serã o aprovados por portaria do membro do Governo responsável pela área das Finanç as. 2. Sã o aprovados com o presente regulamento guias de retençã o na fonte que fazem parte integrante deste diploma.

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I SERIE Nº 1 B.O. DA REPÚ BLICA DE CABO VERDE 15 DE JANEIRO DE 1996

* Alteraç ões feitas pela Lei nº16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alteraç ões feitas pela Lei nº43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alteraç ões feitas pela Lei nº91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alteraç ões feitas pela Lei nº116/V/99 de 28/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2000 ***** Alteraç ões feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alteraç ões feitas pela Lei nº18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2003

Decreto-Lei nº 1/96

A Lei nº 127/IV/95, de 26 de Junho, que aprovou as Bases do Imposto Ú nico sobre os Rendimentos (IUR), para a sua execuçã o necessita de regulamentaçã o adequada que define para alé m dos elementos essenciais do imposto (incidê ncia, isençõ es, taxas e garantias dos contribuintes), a definiçã o do processo de determinaçã o da maté ria colectável onde o relacionamento entre a administraçã o fiscal e o contribuinte tem especial importância. O presente regulamento manté m a linha reformadora iniciada em 1991, com as alteraçõ es ao imposto complementar, profissional e industrial, de forma a que este novo imposto surja facilmente compreendido a nível das obrigaçõ es tributárias, na medida em que nã o produz uma ruptura administrativa com a modernizaçã o necessária ` a máquina fiscal e facilitando sobretudo os deveres do contribuinte. Assim, Ao abrigo do nº 2 do Artigo 4º da Lei nº127/IV/95, de 26 de Junho; No uso da faculdade conferida pela alínea c) do artigo 216º da Constituiçã o, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1º

Aprovação

É aprovado o Regulamento do Imposto Ú nico sobre os Rendimentos (IUR) que faz parte integrante deste diploma.

Artigo 2º

Entrada em Vigor

Regulamento do Imposto Ú nico sobre os Rendimentos (IUR) entra em vigor com o Orçamento do Estado para 1996.

Artigo 3º

Revogação

1. Consideram-se revogados, a partir da data referida no artigo anterior, o imposto profissional, o imposto industrial e o imposto complementar, aprovados respectivamente pelos Diploma-Legislativos nº 1543 de 12 de Abril de 1963, Decreto-Lei nº 147/92 de 30 de Dezembro e Diploma Legislativo nº1545 de 12 de Junho de 1963. 2. Durante o ano de 1996, para efeitos para determinaçã o da maté ria colectável de 1995, serã o ainda efectuadas as fixaçõ es e dé bitos dos impostos revogados no número anterior e apresentadas as declaraçõ es de rendimentos respectivas.

Artigo 4º

Taxas

As taxas de imposto único serã o publicadas na Lei do Orçamento do Estado.

Artigo 5º

Impressos

1. Os modelos de impressos a que se refere o presente diploma serã o aprovados por portaria do membro do Governo responsável pela área das Finanças. 2. Sã o aprovados com o presente regulamento guias de retençã o na fonte que fazem parte integrante deste diploma.

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I SERIE Nº 1 B.O. DA REPÚ BLICA DE CABO VERDE 15 DE JANEIRO DE 1996

* Alteraç ões feitas pela Lei nº16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alteraç ões feitas pela Lei nº43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alteraç ões feitas pela Lei nº91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alteraç ões feitas pela Lei nº116/V/99 de 28/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2000 ***** Alteraç ões feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alteraç ões feitas pela Lei nº18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2003

Regulamento do Imposto Ú nico sobre os Rendimentos

CAPITULO I

Incidência

Artigo 1º

Pressupostos do Imposto

O Imposto Ú nico sobre os Rendimentos (IUR) incide sobre os rendimentos obtidos, no período de tributaçã o, pelos respectivos sujeitos passivos.

Artigo 2º

Sujeitos do Imposto Ú nico

1. Sã o sujeitos passivos do Imposto Ú nico (IUR):

a) As pessoas singulares que residam em território cabo-verdiano e aquelas que, nele nã o residindo, aqui obtenham rendimento;

b) As empresas fiscalmente definidas nos termos deste regulamento

2. Para efeitos deste regulamento sã o empresas as sociedades nacionais ou estrangeiras, comerciais ou civis sob a forma comercial, por quotas, anónimas, as cooperativas, as empresas públicas e as demais pessoas colectivas de direito público ou privado com sede ou direcçã o efectiva em território caboverdiano. 3. Sã o equiparadas a empresas as pessoas singulares cuja actividade económica seja a de importador ou exportador com um volume de negócios superior a 5.000 contos ou aquelas que possuam contabilidade regularmente organizada, bem como as sociedades em nome individual. 4. Sã o ainda sujeitos passivos de imposto único (IUR) e equiparados a empresas as entidades desprovidas de personalidade jurídica, residentes em território

caboverdiano, tais como as heranças jacentes, as pessoas colectivas em relaçã o às quais seja declarada a invalidade, as associaçõ es e sociedades civis sem personalidade jurídica e as sociedades comerciais, ou civis sob forma comercial, anteriormente ao registo definitivo. 5. As pessoas singulares ou colectivas n ã o residentes em Cabo Verde consideram-se sujeitos passivos desde que aqui produzam ou obtenham qualquer rendimento. 6. Para efeitos deste regulamento, consideram-se residentes as empresas e as pessoas singulares que tenham sede, direcçã o efectiva ou domicílio fiscal, em Cabo Verde. 7. Na tributaçã o pessoal, se os sujeitos passivos forem casados, os cô njuges ficarã o sujeitos a imposto relativamente aos rendimentos do agregado familiar.

Artigo 3º

Base de tributação pessoal

1. O Imposto Ú nico (IUR) na tributaçã

dos rendimentos pessoais incide sobre o valor global anual dos rendimentos das categorias seguintes:

Categoria A– rendimentos prediais; Categoria B rendimentos

comerciais, industriais, incluindo as mais valias, as prestaçõ es de serviços, e os rendimentos agrícolas e piscatórias;

Categoria C – rendimentos de

capitais e outros rendimentos tais como os provenientes de jogos, lotaria e apostas mútuas;

Categoria D – rendimentos do

trabalho dependente e independente, incluindo as pensõ es relativas a situaçã o de reserva, aposentaçã o ou reforma, de alimentos, rendas temporárias ou vitalícias ou de qualquer outro tipo;

2. Os rendimentos, quer em dinheiro quer em espé cie, ficam sujeitos a tributaçã o,

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* Alteraç ões feitas pela Lei nº16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alteraç ões feitas pela Lei nº43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alteraç ões feitas pela Lei nº91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alteraç ões feitas pela Lei nº116/V/99 de 28/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2000 ***** Alteraç ões feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alteraç ões feitas pela Lei nº18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2003

seja qual for o local onde se obtenham, a moeda e a forma por que sejam auferidos. Consideram-se: a) Rendimentos prediais: os decorrentes da locaçã o total ou parcial, de pré dios rústicos ou urbanos e de cessã o de exploraçã o de estabelecimentos comerciais ou industriais, incluindo a dos bens móveis naqueles existentes; b) Rendimentos Agrícolas: os resultados do exercício de actividades agrícolas, piscatórias ou pecuárias; c) Rendimentos Industriais e Comerciais: os provenientes do exercício de actividades de natureza comercial ou industrial, incluindo as exploraçõ es mineiras, transportes, artesanato, construçã o civil e serviços conexos, estudos urbanísticos, actividades turísticas, hoteleiras e similares, organizaçã o de espectáculos, diversõ es e manifestaçõ es desportivas e actividades autónomas de intermediaçã o; d) Rendimentos de Prestaçõ es de Serviço: os provenientes do exercício de qualquer actividade por conta própria que nã o revista a natureza de trabalho dependente ou independente como profissã o liberal; e) Rendimentos de capitais: os juros, os lucros, incluindo os apurados na liquidaçã o, colocados à disposiçã o dos sócios das sociedades ou do associado num contrato de associaçã o em participaçã o ou de associaçã o à quota, bem como as quantias postas à disposiçã o dos membros das cooperativas a título de remuneraçã o de capital; os rendimentos derivados de títulos de participaçã o, certificados de fundos de investimento ou de outros análogos; os rendimentos originados pelo diferimento no tempo de uma prestaçã o ou pela mora no pagamento; os rendimentos da propriedade intelectual, ou industrial ou de experiê ncia adquirida no sector industrial, comercial ou científico, ou ainda, os derivados de assistê ncia té cnica e do uso ou da concessã o do uso de equipamento agrícola e industrial, comercial ou científico; f) Rendimentos do trabalho dependente: todas as remuneraçõ es provenientes do

trabalho por conta de outrem, prestados quer por servidores do Estado, instituiçõ es militares e das demais pessoas colectivas de direito público, em resultado de contrato de trabalho ou de outro a ele legalmente equiparado; g) Rendimentos do trabalho independente: os auferidos no exercício, por conta própria, de profissã o em que predomine o carácter científico, artístico ou té cnico da actividade pessoal do contribuinte, bem como os provenientes da propriedade intelectual ou industrial ou de experiê ncia adquirida no sector industrial, comercial ou científico, quando auferidos pelo seu titular originário; h) Pensõ es: os rendimentos de pensõ es de aposentaçõ es ou de reforma e rendas temporárias ou vitalícias ou rendimentos de natureza equiparável; i) Outros rendimentos: os ganhos provenientes de jogo, lotarias e apostas mútuas ou outros de idê ntica natureza.

Artigo 4º

Base de tributação das empresas

1. O Imposto Ú nico (IUR) na tributaçã o das empresas incide sobre: a) O lucro das empresas ou outras entidades definidas no artigo 2º deste regulamento que exerçam uma actividade de natureza comercial, industrial, agrícola, piscatória ou de prestaçõ es de serviços; b) O lucro imputável a estabelecimento estável situado em território caboverdiano, relativamente aos sujeitos passivos nã o residentes; c) O rendimento determinado nos termos deste regulamento, das pessoas singulares equiparadas a empresa que exerçam uma actividade comercial, industrial, agrícola, piscatória ou de prestaçã o de serviços; d) O rendimento auferido por entidades que nã o possuam estabelecimento estável em território caboverdiano ou que, possuindo-o, nã o lhe sejam imputáveis;

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* Alteraç ões feitas pela Lei nº16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alteraç ões feitas pela Lei nº43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alteraç ões feitas pela Lei nº91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alteraç ões feitas pela Lei nº116/V/99 de 28/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2000 ***** Alteraç ões feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alteraç ões feitas pela Lei nº18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2003

e) Os rendimentos de capitais, definidos nos termos do n .º 4 deste artigo. 2. Para efeitos do disposto no número anterior o lucro consiste na diferença entre os valores do património líquido no fim e no início do período de tributaçã o, com as correcçõ es estabelecidas neste regulamento. 3. Para efeitos do disposto neste regulamento sã o considerados de natureza comercial, industrial, agrícola ou piscatória as actividades que consistam na realizaçã o de operaçõ es económicas de carácter empresarial, incluindo as prestaçõ es de serviços e comé rcio de petróleo e seus derivados. 4. Para efeitos deste imposto consideram-se rendimentos de aplicaçã o de capitais:

a) os juros e outras formas de remuneraçã o decorrentes de contratos de mútuo, abertura de cré dito, reporte e outros que proporcionem, a título honeroso, a disponibilidade temporária de dinheiro ou outras coisas fungíveis;

b) Os juros e outras formas de

remuneraçã o de depósitos a prazo em instituiçõ es financeiras, com excepçã o dos depósitos dos emigrantes;

c) Os juros e outras formas de

remuneraçã o de suprimentos, abonos, adiantamentos de capital feitos pelos sócios à sociedade ou devidos pelo nã o levantamento dos lucros ou remuneraçõ es colocados à disposiçã o ou o adiantamento de lucros;

d) Os dividendos ou quaisquer outros

rendimentos que derivem de simples aplicaçã o de capitais.

Artigo 5º

Extensão da obrigação do imposto

1. Relativamente às empresas e pessoas singulares com sede, direcçã o efectiva ou domicílio fiscal em território caboverdiano,

o imposto único incide sobre a totalidade dos seus rendimentos, obtidos no território nacional. 2. As empresas ou pessoas singulares que nã o tenham sede, direcçã o efectiva ou domicílio fiscal em território caboverdiano ficam sujeitas a imposto único apenas quanto aos rendimentos nele obtidos. 3. Para efeitos do número anterior consideram-se obtidos em território caboverdiano os rendimentos imputáveis a estabelecimento estável e, bem assim, os que nã o se encontrando nessas condiçõ es, a seguir se indicam:

a) Rendimentos relativos a imóveis situados no território caboverdiano, incluindo os ganhos resultantes da sua transmissã o onerosa;

b) Ganhos resultantes da

transmissã o onerosa de partes representativas do capital de entidades com sede ou direcçã o efectiva em território caboverdiano ou de outros valores mobiliários emitidos por entidades que aí tenham sede ou direcçã o efectiva;

c) Rendimentos a seguir mencionados cujo devedor tenha residê ncia, sede ou direcçã o efectiva em território caboverdiano ou cujo pagamento seja imputável a um estabelecimento estável nele situado:

1. Rendimentos provenientes

da propriedade intelectual ou industrial e bem assim da prestaçã o de informaçõ es resultantes a experiê ncias adquiridas no sector industrial, comercial, agrícola, piscatória ou científico;

2. Rendimentos derivados do

uso ou da concessã o do uso de equipamento agrícola, piscatório, industrial, comercial ou científico;

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3. Outros rendimentos da

aplicaçã o de capitais; 4. Remuneraçõ es auferidas

na qualidade de membro de órgã os estatutários de pessoas colectivas e outras entidades;

5. ganhos de jogos, lotarias e

apostas mútuas: 4. Considera-se estabelecimento estável qualquer instalaçã o fixa, ou representaçã o permanente atravé s das quais seja exercida uma actividade comercial, industrial, agrícola, piscatória ou de prestaçã o de serviços. 5. Sã o tratados como estabelecimento estável as exploraçõ es agrícolas, silvícolas, piscícolas ou pecuárias e bem assim as pedreiras ou quaisquer outros locais de extracçã o de recursos naturais, situados em território caboverdiano. 6. Considera-se ainda que existe estabelecimento estável quando qualquer entidade nã o residente exerça no território caboverdiano a sua actividade atravé s de empregados ou de outro pessoal contratado para esse efeito, por período seguido ou interpolado, nã o inferior a 90 dias, compreendido num intervalo de doze meses. 7. As pessoas singulares consideram-se residentes em Cabo Verde desde que hajam permanecido aqui mais de 183 dias, seguidos ou interpolados, ou tendo permanecidos menos tempo, aí disponham, em 31 de Dezembro desse ano, habitaçã o que seja sua residê ncia habitual. 8. Excluem-se do previsto no n.º 1 deste artigo os rendimentos obtidos pelas filiais, sucursais ou qualquer instalaçã o no estrangeiro de empresas caboverdianas.

Artigo 6º

Período de tributação

1. O imposto único é devido por cada ano económico, que coincidirá por cada

exercício económico, com o ano civil, sem prejuízo das excepçõ es previstas neste artigo. 2. As empresas sujeitas a imposto único que nã o tenham sede ou direcçã o efectiva em território caboverdiano e neste disponham de estabelecimento estável poderã o adoptar um período anual de imposto diferente do estabelecido no número anterior. 3. O membro do Governo responsável pela área das Finanças poderá, a requerimento dos interessados, tornar extensiva a outras entidades a faculdade prevista no número anterior, quando razõ es de interesse económico o justifiquem. 4. O período de tributaçã o poderá, no entanto, ser inferior a um ano:

a) No exercício de início de tributaçã o, em que é constituído pelo período decorrido entre a data em que se iniciam actividades ou se começam a obter rendimentos que dã o origem a sujeiçã o a imposto e o fim do exercício;

b) No exercício de cessaçã o da actividade, em que é constituído pelo período decorrido entre o início do exercício e a data da cessaçã o da actividade;

c) Quando as condiçõ es de sujeiçã o a imposto ocorram e deixem de verificar-se no mesmo exercício, em que é constituído pelo período efectivamente decorrido;

d) No exercício em que, de acordo com o n.º3, seja adoptado um período de tributaçã o diferente do que vinha sendo seguido nos termos gerais, em que é constituído pelo período decorrido entre o início do ano civil e o dia anterior ao início no novo período.

5. Para efeitos deste regulamento, a cessaçã o da actividade ocorre:

a) Relativamente às entidades com sede ou direcçã o efectiva em território caboverdiano, na data do encerramento da liquidaçã o, ou na data da fusã o ou cisã o, quanto às

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sociedades extintas em consequê ncia destas, ou na data em que a sede e a direcçã o efectiva deixem de se situar em território caboverdiano;

b) Relativamente às entidades que nã o tenham sede nem direcçã o efectiva em território caboverdiano, na data em que cessarem totalmente o exercício da sua actividade atravé s de estabelecimento ou deixarem de obter rendimentos em território caboverdiano.

6. O período de tributaçã o poderá ser superior a um ano relativamente a sociedades e outras entidades em liquidaçã o, em que terá a duraçã o correspondente à desta, nos termos estabelecidos neste regulamento. 7. O facto gerador do imposto considera-se verificado no último dia do período de tributaçã o.

CAPÍTULO II

Isenç õ es

Artigo 7º

Estado, autarquias Locais, Instituiç õ es de Previdê ncia Social e Sindicatos

Estã o isentos de Imposto Ú nico: 1. O Estado, as autarquias locais e qualquer dos seus serviços, estabelecimentos ou organismos, ainda que personalizados desde que nã o exerçam actividades comerciais, agrícolas, piscatórias ou de prestaçã o de serviços. 2. As instituiçõ es de previdê ncia social e sindicatos ou associaçõ es sindicais quanto ao âmbito das atribuiçõ es para que legalmente foram criadas e desde que nã o exerçam actividades comerciais, agrícolas, piscatórias ou de prestaçã o de serviços ou de afectaçã o de capitais.

Artigo 8º

Banco de Cabo Verde

Está isento de Imposto Ú nico o Banco Central de Cabo Verde pelos rendimentos obtidos nas operaçõ es que efectuar como Cofre Geral do Tesouro e das actividades conexas com tais funçõ es.

Artigo 9º

Actividades culturais, recreativas e desportivas 1. Estã o isentos de Imposto Ú nico os rendimentos directamente derivados do exercício de actividades culturais, recreativas e desportivas. 2. As isençõ es previstas no número anterior só pode beneficiar as associaçõ es legalmente constituídas para o exercício dessas actividades e desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes condiçõ es:

a) Em caso algum distribuam resultados e os seus membros dos seus órgã os sociais nã o tenham, por si ou interposta pessoa, algum interesse directo ou indirecto na exploraçã o das actividades prosseguidas;

b) O exercício de cargos nos seus órgã os sociais seja gratuito;

c) Disponham de contabilidade ou escrituraçã o que abranja todas as actividades e ponham à disposiçã o dos serviços fiscais, designadamente para comprovaçã o do referidos nas alíneas anteriores

3. Nã o se consideram rendimentos directamente derivados do exercício das actividades indicadas no n.º 1, para efeitos da isençã o prevista, os provenientes de qualquer actividade comercial, industrial, agrícola, piscatória ou de prestaçã o de serviços exercida, ainda que a título acessório, em ligaçã o com estas actividades e, nomeadamente, os provenientes de publicidade, direitos respeitantes de qualquer forma de transmissã o, rendimentos de bens imóveis,

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I SERIE Nº 1 B.O. DA REPÚ BLICA DE CABO VERDE 15 DE JANEIRO DE 1996

* Alteraç ões feitas pela Lei nº16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alteraç ões feitas pela Lei nº43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alteraç ões feitas pela Lei nº91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alteraç ões feitas pela Lei nº116/V/99 de 28/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2000 ***** Alteraç ões feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alteraç ões feitas pela Lei nº18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2003

rendimentos de aplicaçõ es financeiras e rendimentos de jogos.

Artigo 10º

Reconhecimento e ressalva de isenç õ es

1 As isençõ es resultantes de acordos celebrados pelo Estado e reconhecidos pelo membro do Governo responsável pela área das Finanças, mantê m-se no imposto único, nos termos da legislaçã o ao abrigo da qual forma concedidas, com as necessárias adaptaçõ es. 2. A concessã o das isençõ es nã o prejudica o cumprimento das obrigaçõ es tributárias acessória, desde que o contribuinte exerça alguma actividade de natureza industrial, comercial, agrícola, piscatória ou de prestaçã o de serviços.

Artigo 11º

Actividades agrícolas, de pesca e rendimentos do tesouro

Estã o isentos de imposto único: 1. As actividades agrícolas ou pecuárias mesmo que integradas em exploraçõ es agro-industriais desde que o volume de negócios anual nã o exceda os 3.000 contos. 2. A actividade piscatória, artesanal ou industrial, desde que o valor de negócios anual nã o exceda os 3.000 contos 3. Os rendimentos dos Títulos do Tesouro.

Artigo 12º

Rendimentos pessoais

Sã o isentos de imposto único:

a) Os rendimentos de trabalho dependente no valor anual igual ou inferior a 150.000$00. Poré m se as remunerações anuais excederem o limite da isençã o, sobre todas elas cairá o IUR, nã o podendo a importâ ncia do imposto ser superior ou excedente; *

b) Os subsídios de refeiçã o, os

abonos para falhas, as ajudas de custo, os abonos de família, as verbas para viagens e deslocaçõ es e a utilizaçã o de veículos automóveis ou habitaçõ es em funçã o de serviço, em igualdade de circunstância, com os valores atribuídos aos funcionários públicos;

c) O rendimento do exercício de

“munus espiritual” por parte dos eclesiásticos;

d) Os rendimentos auferidos pelo

pessoal integrante das missõ es diplomáticas e consulares, bem como o pessoal das organizaçõ es internacionais quanto às remuneraçõ es auferidas nessa qualidade, sem prejuízo de englobamento dos rendimentos isentos para efeitos de determinaçã o da taxa aplicável no restante rendimento colectável;

e) As pensões de reforma ou

aposentaçã o até o montante anual de 960.000$. Poré m, se as remunerações excederem o limite da isençã o, a taxa a aplicar ao excedente é a que resulta do somató rio da remuneraçã o isenta mais o excedente;*

f) As indemnizaçõ es por rescisã o do

contrato de trabalho ou extinçã o da relaçã o de emprego público, quando resultantes de acordos entre a entidade empregadora e o trabalhador enquadradas em programas de abandono voluntário ou por decisã o judicial laboral competente.

CAPÍTULO II

Determinaç ão da matéria colectável

Artigo 13º

Métodos de tributação

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I SERIE Nº 1 B.O. DA REPÚ BLICA DE CABO VERDE 15 DE JANEIRO DE 1996

* Alteraç ões feitas pela Lei nº16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alteraç ões feitas pela Lei nº43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alteraç ões feitas pela Lei nº91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alteraç ões feitas pela Lei nº116/V/99 de 28/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2000 ***** Alteraç ões feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alteraç ões feitas pela Lei nº18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2003

1. Em Imposto único sobre os rendimentos (IUR) e para efeitos de determinaçã o da maté ria colectável existem trê s mé todos de tributaçã o:

a) Mé todo declarativo; b) Mé todo da estimativa; c) Mé todo da verificaçã o.

2. O mé todo declarativo e o mé todo da estimativa sã o aplicáveis à tributaçã o pessoal. 3. O mé todo da verificaçã o é exclusivo da tributaçã o das empresas.

Artigo 14º

Método declarativo

1. No mé todo declarativo a determinaçã o da maté ria colectável efectua-se pela declaraçã o do contribuinte ou nos casos de substituiçã o tributária pela entidade que legalmente o deva efectuar. 2. O rendimento colectável da tributaçã o pessoal é o que resulta do englobamento do rendimento das várias categorias, ainda que deles isentos, auferidos em cada ano, depois de feitas as deduçõ es e os abatimentos definidos neste regulamento e de acordo com os princípios estabelecidos no art.º 8º da Lei n.º 127//IV/95 de 26 de Junho. 3. O sujeito passivo poderá optar pelo englobamento dos rendimentos que nos termos deste regulamento fiquem sujeitos ao regime de taxas liberatórias.

Artigo 15º

Rendimentos de trabalho dependente

1. os rendimentos de trabalho dependente sã o tributados segundo o mé todo declarativo e a sua determinaçã o compreenderá os rendimentos próprios do contribuinte e os do cô njuge, e bem assim, os dos filhos e enteados menores e nã o emancipados e dos que sejam incapazes de angariar os meios de subsistê ncia, quando o contribuinte ou o cô njuge sejam administradores de bens.

2. Se os titulares de rendimentos de trabalho dependente possuírem, para alé m deste, outro tipo de rendimentos, deverã o anglobá-los conjuntamente, caso já estejam determinados, ou indicar a sua existê ncia para efeitos de futuro englobamento.

Artigo 16º Rendimentos de trabalho dependente-deduç õ es e

abatimentos

1. Para apuramento do rendimento global líquido de contribuintes residentes em Cabo Verde, à totalidade dos rendimentos englobados, abater-se-ã o as seguintes deduçõ es por agregado familiar 1.1 Mínimo de existê ncia: a) Solteiros, viú vos, divorciados 160.000$***** b) casados, ú nico titular...210.000$***** c) casados, dois ou mais titulares 330.000$*****

1.2 Encargos familiares: a) Por cada filho, nas condiçõ es previstas n.º 1 do artigo 15º , o valor de 25.000$, com o máximo de 100.000$; b) 80% do valor dos recibos de renda de habitaçã o ocupada pelo contribuinte e respectivo agregado familiar com o máximo de 144.000$; c) Os juros e encargos de dívida constituídos para melhoramentos, construçã o ou aquisiçã o de residê ncia permanente com o máximo de 144.000$; d) 40% dos recibos passados por profissionais liberais nomeadamente consultas mé dicas ou afins, com o máximo de 80.000$ e) as pensõ es que o contribuinte esteja obrigado, por decisã o imposta ou acordo homologado pelo tribunal competente com um máximo de 240.000$; f) 60% das despesas de educaçã o com dependentes, incluindo os maiores de idade até 26 anos, que tenham estado matriculados num estabelecimento de

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ensino mé dio ou superior e tenham obtido aproveitamento escolar, com um máximo de 240.000$ (duzentos e quarenta mil escudos);****** g) O valor de 50.000$ por cada indivíduo que tenha sido declarado em estado de invalidez permanente e viva, em situaçã o de dependê ncia económica, do contribuinte. 1.3) Quotizaçõ es, seguros e donativos: a) As quotizaçõ es obrigatórias ou voluntárias para a previdê ncia social, ou organizaçõ es sindicais a que estejam sujeitos os titulares de rendimento do trabalho ou actividade comercial ou industrial; b) Os pré mios de seguros de vida, de doença ou de acidentes pessoais, relativos ao sujeito passivo e seus dependentes, com um máximo de 30.000$ c) Os donativos ao Estado, Municípios, escolas, infantários, instituiçõ es de cultura, lar de idosos, ou pessoas colectivas de utilidade pública com um máximo de 240.000$ 1.4 Contribuiçõ es e impostos: a importância total das colectas e adicionais, respeitantes aos rendimentos englobados pelos componentes do agregado familiar residentes em Cabo Verde. 1.º Aos contribuintes residentes no estrangeiro, deduzir-se-à somente o valor de 80.000$, a título de mínimo de existê ncia. 2.º As deduçõ es previstas nos números 2 e 3 sã o provadas documentalmente. 3.º Na situaçã o prevista no ponto 1.2 alínea b) e para a justificaçã o das despesas com o arrendamento, a prova de pagamento da renda e efectuada pelos contratos de arrendamento ou termo declarativo na respectiva Repartiçã o de Finanças onde se identifique o pré dio arrendado, o nome do senhorio e o valor da renda anual. Os contratos de arrendamento devem sujeitar-se ao “visto” do chefe de Repartiçã o de Finanças competente no prazo de 30 dias.

Nã o sã o considerados como custo fiscal, as rendas pagas cujo contratos nã o obedecerem ao preceito estabelecido no presente normativo;**

4.º As provas documentais desde que apresentadas num ano já nã o necessitam de ser renovadas no ano seguinte desde

que digam respeito às mesmas deduçõ es.

Artigo 17º

Rendimentos do trabalho independente deduç õ es

1. A determinaçã o do rendimento líquido do trabalho independente far-se-á pelo mé todo declarativo quando o sujeito passivo aufira em conjunto rendimentos de trabalho dependente. 2. Nos restantes casos far-se-à de acordo com os pressupostos de mé todo de estimativa ou pelo mé todo de verificaçã o com base na contabilidade do contribuinte. 3. Se o contribuinte exercer a sua actividade em conjunto com outros profissionais, os encargos dedutíveis sã o rateados em funçã o das respectiva utilizaçã o; *** 4. Quando o contribuinte aufira cumulativamente rendimentos de trabalho independente com trabalho dependente deduzir-se-ã o, a título de despesas com a actividade profissional, 10% dos rendimentos de trabalho independente. ***

Artigo 18º

Rendimentos prediais

Aos rendimentos prediais englobáveis nos termos do presente regulamento deduzir-se-à sempre uma percentagem de 10% para despesas de manutençã o e conservaçã o

Artigo 19º

Rendimentos de capitais e de jogos

Os rendimentos de categoria G previstas neste regulamento estã o sujeitos ao regime de taxas liberatórias.

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Artigo 20º

Método da estimativa. Rendimentos da categoria B

Deduç õ es

1. O mé todo da estimativa aplica-se a todas as pessoas singulares nã o enquadradas no conceito fiscal de empresas, sendo a maté ria colectável determinado por presunçã o tendo em conta o volume de negócios declarado pelo contribuinte e a actividade exercida. 2. Na falta de declaraçã o de rendimentos, após o decurso do prazo legal, a maté ria colectável será determinada oficiosamente tendo em conta as condiçõ es normais de produçã o e de mercado nesse ano. 3 Presume-se que os rendimentos de capitais referidos no artigo 4º deste diploma sã o remunerados a uma taxa de 10%, se outra mais elevada nã o constar do título constitutivo ou nã o houver sido declarada. 4. O mé todo da estimativa é també m aplicável aos rendimentos do trabalho independente. 5 Na tributaçã o dos rendimentos da categoria B e da categoria D – trabalho independente – deduzir-se-á sempre o mínimo de existê ncia em funçã o da situaçã o familiar de acordo com o n.º 1 do artº. 17º deste regulamento, desde que os rendimentos sejam tributados numa única categoria.

Artigo 21º

Processo de determinação da matéria colectável

Método da estimativa

1 Em face das declaraçõ es dos contribuintes, da informaçã o devidamente fundamentada da fiscalizaçã o tributária, quando for caso disso, e de quaisquer outros elementos de que disponha, nomeadamente os valores mínimos por actividade económica ou sector de actividade, competirá ao chefe da repartiçã o de finanças, onde deva ser apresentada aquela declaraçã o, calcular o volume de negócios, o total dos proveitos e

o total de custos do ano anterior, de cada um dos contribuintes, fixando o montante dos lucros tributáveis, nomeadamente atravé s da aplicaçã o da tabela dos mínimos. 2 Os rendimentos do comé rcio informal serã o tributados por índices de vendas atravé s das Câmaras Municipais onde exerçam actividade, segundo regulamento a estabelecer pelo membro do Governo responsável pela área das Finanças e da administraçã o interna, mantendo-se no entanto o processo de determinaçã o da maté ria colectável referido no número anterior até à aprovaçã o do referido regulamento. 3. No caso da falta de apresentaçã o da declaraçã o de rendimentos, competirá à fiscalizaçã o preenchê -la oficiosamente, e ao chefe de repartiçã o de finanças calcular o volume de negócios do ano anterior, determinado pelas condiçõ es normais de produçã o e de mercado do ano anterior. 4 Para efeitos de fixaçã o dos lucros tributáveis será de tomar em consideraçã o, a título de custos, a remuneraçã o normal do contribuinte nã o superior ao correspondente ao valor do índice mínimo da tabela salarial da funçã o pública. 5 Tratando-se de rendimentos de trabalho compete ao chefe da repartiçã o de finanças confirmar os elementos declarados nomeadamente atravé s da informaçã o constante das declaraçõ es das entidades patronais. 6 A DGCI poderá atravé s do sistema informático adequado proceder à fixaçã o por estimativa atravé s de índices por sector de actividade ou outros, segurando crité rios a definir pelo membro do Governo responsável pela área das Finanças. 7 Anualmente os serviços de fiscalizaçã o procederã o ao arrolamento para suporte do processo de determinaçã o da maté ria colectável.

Artigo 22º

Início e cessação de actividade Método da estimativa

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1 Compete ao chefe da repartiçã o de finanças fixar os lucros tributáveis referentes aos meses correspondentes entre a data do início ou cessaçã o de actividade e o fim do ano respectivo, tendo em conta o disposto no artigo anterior. 2. No caso de cessaçã o de actividade a fixaçã o reportará ao período decorrente entre 1 de Janeiro e a data de cessaçã o nesse ano. 3 No caso de início de actividade a fixaçã o reportará ao período correspondente ao número de meses decorrentes entre a data do início e 31 de Dezembro desse ano 4 As fixaçõ es referidas nos números anteriores serã o efectuadas na declaraçã o de regime modelo 110.

Artigo 23º

Prazo de fixação do lucro tributável no método da estimativa

1 A fixaçã o do lucro tributável deverá estar concluída até 31 de Maio de cada ano. 2 No caso de cessaçã o do exercício da actividade e o chefe da repartiçã o de finanças deverá proceder à fixaçã o do lucro tributável no prazo de 30 dias, contados da data da apresentaçã o das declaraçõ es, notificando seguidamente os contribuintes as respectivas decisõ es 3 O lucro tributável fixados anualmente deverá ser notificados, por edital ou quando possível, em carta registada ou pessoalmente pelo fiscal de impostos, para efeitos de reclamaçã o prevista no código de processo Tributário.

Artigo 24º

Método da verificação

1 O mé todo da verificaçã o aplica-se a todas as pessoas colectivas e às pessoas singulares definidas fiscalmente como empresas, sendo a maté ria colectável, determinada em termos deste regulamento,

obtida pela deduçã o ao lucro tributável dos montantes correspondentes a:

a) Prejuízos fiscais b) Benefícios fiscais eventualmente

existentes 2 A maté ria colectável é , em regra, determinada pela declaraçã o dos contribuintes, tendo por base os elementos contabílisticos, segundo o Plano Nacional de Contabilidade, corrigida segundo as normas deste regulamento, e sem prejuízo do seu controlo pela administraçã o fiscal. 3 Na falta de apresentaçã o da declaraçã o de rendimentos, após o decurso do prazo legal, a determinaçã o da maté ria colectável é efectuada pelo mé todo da estimativa nã o havendo lugar às deduçõ es previstas no nº1 deste artigo.

Artigo 25º

Entidades não residentes

1 Relativamente às entidades nã o residentes com estabelecimento estável em território caboverdiano, a maté ria colectável obté m-se pela deduçã o ao lucro tributável imputável a esse estabelecimento, determinado nos termos deste regulamento, mediante o mé todo da verificaçã o, ou na falta de apresentaçã o no prazo legal da declaraçã o de rendimento, pelo mé todo da estimativa. 2 Relativamente às entidades nã o residentes que obtenham rendimentos no território caboverdiano rendimentos comerciais, industriais, agrícolas, piscatórias ou de prestaçã o de serviços, a maté ria colectável é constituída pelo volume de negócios declarado e determinado pelo mé todo da estimativa.

Artigo 26º

Determinação da matéria colectável do método da verificação

1 A determinaçã o do lucro tributável far-se-á de acordo com o princípio da especializaçã o do exercício.

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2 O lucro tributável reportar-se-á ao saldo revelado pela conta de resultados líquidos, elaborada em obediê ncia aos sã os princípios da contabilidade, e consistirá na diferença entre todos os proveitos e ganhos realizados no exercício anterior àquele a que o ano fiscal respeita e os custos ou perdas imputáveis ao mesmo exercício, uns e outros eventualmente corrigidos nos termos deste regulamento. 3 os contribuintes organizarã o a sua escrita de modo que os resultados das actividades sujeitas ao regime geral do imposto único possam claramente distinguir-se das restantes.

Artigo 27º

Proveitos

1 Consideram-se proveitos ou ganhos realizados no exercício os resultantes de quaisquer transacçõ es ou operaçõ es efectuadas pelos contribuintes em consequê ncia de uma acçã o normal ou ocasional, básica ou meramente acessória, e designadamente os derivados:

a) Da exploraçã o básica, tais como os resultados da venda de quaisquer bens ou serviços, de bónus e abatimentos conseguidos, e de comissõ es e corretagens;

b) De exploraçõ es complementares

ou acessórias, incluindo as de carácter social e assistencial

c) De rendimentos de bens ou valores

mantidos como reserva ou para fruiçã o, salvo os que provierem de qualquer título de dívida pública;

d) De operaçõ es de natureza

financeira, tais como juros, dividendos e outras participaçõ es em lucros de sociedades, descontos, ágios, transferê ncias, oscilaçõ es cambiais e pré mios de emissã o de obrigaçõ es;

e) De remuneraçõ es auferidas pelo

exercício de cargos sociais noutras empresas;

f) De rendimentos da propriedade

industrial ou outros análogos;

g) Da prestaçã o de serviços de

carácter científico ou té cnico. 2. També m sã o havidos como proveitos ou ganhos:

a) Os valores de construçõ es,

equipamentos, ou outros bens de investimento produzidos e utilizados na própria empresa, na exacta medida em que os respectivos encargos sejam considerados custos do exercício;

b) A indemnizaçõ es que de algum

modo, representam compensaçã o dos proveitos ou ganhos que deixaram de ser obtidos;

c) As mais-valias realizadas.

3. Consideram-se mais-valias para efeitos deste imposto, os proveitos ou ganhos realizados, mediante transmissã o onerosa, qualquer que seja o título por que se opere, em elementos do activo imobilizado ou em bens ou valores mantidos como reserva ou para fruiçã o. 4 A mais-valia é dada pela diferença, entre o valor de realizaçã o e o valor de aquisiçã o, eventualmente corrigido. 5 Entende-se por valor de aquisiçã o o valor de compra, de fabrico ou de construçã o, acrescido de todas as despesas necessárias para colocar os elementos patrimoniais em condiçõ es de utilizaçã o. 6 O membro do Governo responsável pela área das Finanças fixará, por portaria, os coeficientes a tomar em conta para atender a desvalorizaçã o da moeda. 7 Presume-se que os rendimentos de aplicaçã o de capitais, referidos no artigo 4º deste diploma, quando auferidos ou postos à disposiçã o por contribuintes sujeitos ao mé todo de verificaçã o, nomeadamente os suprimentos dos sócios às sociedades e a distribuiçã o de dividendos ou participaçõ es do capital social, sã o remunerados a uma taxa de 10%, se outra mais alta ou mais

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baixa nã o constar a título constitutivo ou nã o haja sido declarada. 8 Os proveitos de carácter plurianual podem ser periodizados tendo em consideraçã o o ciclo de produçã o ou o tempo de construçã o, desde que previamente autorizado pela D.G.C.I.

Artigo 28º

Pessoas singulares

Tratando-se de pessoas singulares, os rendimentos referidos no artigo anterior só sã o considerados como proveitos ou ganhos quando provenientes de bens ou valores que façam parte do activo da respectiva empresa.

Artigo 29º

Custos

Consideram-se custos ou perdas imputáveis ao exercício os que, dentro de limites considerados razoáveis pela Direcçã o Geral das Contribuiçõ es e Impostos, se tornaram indispensáveis para a realizaçã o dos proveitos ou ganhos sujeitos a imposto e para a manutençã o da fonte produtora, nomeadamente os seguintes:

a) Encargos da actividade básica, acessória ou complementar, relativos à produçã o ou aquisiçã o de quaisquer bens ou serviços, tais como os respeitantes às maté rias utilizadas, à mã o-de-obra, energia e outros gastos gerais de fabricaçã o, de conservaçã o e reparaçã o;

b) Encargos de distribuiçã o e venda,

abrangendo os de transportes, publicidade e colocaçã o de mercadorias;

c) Encargos de natureza financeira,

entre os quais juros de capitais alheios empenhado na empresa, descontos, ágios, transferê ncias, oscilaçõ es cambiais, gastos com

operaçõ es de cré dito, cobrança de dívidas e emissõ es de acçõ es e obrigaçõ es e pré mios de reembolso;

d) Encargos de natureza

administrativa, designadamente remuneraçõ es sujeitas a imposto sobre rendimento, quotas, subsídios, comparticipaçõ es para associaçõ es económicas, abonos de família, ajudas de custo, subsídios diários, material de consumo corrente, transporte e comunicaçõ es, rendas, contencioso, pensã o de reforma, previdê ncia social e seguros, com excepçã o dos de vida a favor dos sócios;

e) Encargos com análises,

racionalizaçã o, investigaçã o, consulta especializaçã o té cnica do seu pessoal;

f) Encargos fiscais e parafiscais a

que estiver sujeito o contribuinte;

g) Reintegraçã o e amortizaçõ es dos elementos do activo sujeitos a desaparecimento;

h) Provisõ es;

i) Indemnizaçõ es e prejuízos

resultantes de eventos cujo risco nã o seja segurável;

j) Menos valias verificadas;

k) As rendas originadas pelo

contrato de leasing no período de 3 anos, contados após a data da formalizaçã o do respectivo contrato.

2. Os custos de actividades de

carácter plurianual podem ser periodizados tendo em consideraçã o o ciclo de produçã o ou o tempo de produçã o, desde que previamente autorizado pela D.G.C.I.

Artigo 30º

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Sociedades de seguros

Para a determinaçã o do lucro tributável das sociedades de seguros consideram-se igualmente custos do exercício as importâncias destinadas à constituiçã o ou reforço das reservas té cnicas que, nos termos da lei, sejam obrigadas a manter

Artigo 31º

Reintegraç õ es e amortizaç õ es

Sã o tidas como custos ou perdas do exercício, até ao limite das taxas anuais que se encontrarem fixadas em tabela a publicar por portaria do membro do Governo responsável pela área das Finanças, os encargos de reintegraçã o e amortizaçã o dos elementos do activo imobilizado sujeitos a deperecimento

Artigo 32º

Limites das Reintegraç õ es e amortizaç õ es

1. Só poderã o considerar-se encargos de reintegraçã o ou de amortizaçã o superiores aos que resultem da aplicaçã o das taxas referidas no artigo anterior nos casos seguintes:

a) Quando ocorra a hipótese prevista no n.º 2 do artigo 37º;

b) Quando os elementos do activo

imobilizado corpóreo estejam sujeitos a desgaste mais rápido do que o normal em consequê ncia laboraçã o de dois ou mais turnos ou de outras causas devidamente justificadas;

c) Quando as reintegraçõ es e

amortizaçõ es efectuadas resultem de disposiçõ es legais ou de cláusulas de contratos de concessõ es;

d) Quando tenham de considerar-se

desvalorizaçõ es excepcionais provenientes de causas anormais, devidamente comprovadas.

2 Nos casos previstos nas alíneas a) e d) do número anterior deverá o contribuinte,

em exposiçã o devidamente comprovada, solicitar autorizaçã o à Direcçã o Geral das Contribuiçõ es e Impostos. 3 No caso da alínea b) do n.º 1 e na medida em que a Direcçã o Geral das Contribuiçõ es e Impostos o considerar razoável, poderá admitir-se um acré scimo nã o superior a 50% da taxa aplicável segundo as tabelas aprovadas;

Artigo 33º

Custos inaceitáveis

1 Nã o sã o consideradas como custos ou perdas do exercício:

a) As reintegraçõ es e amortizaçõ es nã o contabilizadas como custos ou perdas no período a que digam respeito;

b) As reintegraçõ es e amortizaçõ es

efectuadas, na parte em que as respectivas importância excedam as que se obtê m fazendo incidir as taxas aplicáveis sobre o valor de aquisiçã o ou, na falta, sobre outro valor contabilístico devidamente justificado e aceite pela Direcçã o Geral das Contribuiçõ es e Impostos;

c) As reintegraçõ es e amortizaçõ es

dos elementos patrimoniais que, ainda nã o reintegradas ou amortizados, tenham excedido o período máximo de vida útil, ressalvando-se os casos de inactividade ou outros especiais, quando devidamente justificados e aceites pela Direcçã o Geral das Contribuiçõ es e Impostos;

d) As reintegraçõ es de imóveis,

sujeitos a contribuiçã o predial, na parte em que as respectivas importâncias excederem as que se obtê m fazendo incidir as taxas aplicáveis sobre o produto resultante do rendimento colectável por 20, no exercício que digam respeito;

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I SERIE Nº 1 B.O. DA REPÚ BLICA DE CABO VERDE 15 DE JANEIRO DE 1996

* Alteraç ões feitas pela Lei nº16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alteraç ões feitas pela Lei nº43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alteraç ões feitas pela Lei nº91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alteraç ões feitas pela Lei nº116/V/99 de 28/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2000 ***** Alteraç ões feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alteraç ões feitas pela Lei nº18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2003

e) A provisõ es nã o expressamente prevista no artigo 38º deste diploma e as importâncias que ultrapassem os limites legais;

f) As despesas de representaçã o

escrituradas a qualquer título, e ainda que devidamente documentadas, na parte em que a Direcçã o Geral das Contribuiçõ es e Impostos as repute exageradas;

g) O imposto único e a contribuiçã o

autárquica;

h) As importâncias de multas e demais encargos pela prática de infracçõ es fiscais, bem como as indemnizaçõ es pela verificaçã o de eventos cujo risco seja segurável.

2 Considera-se período máximo de vida útil de um elemento do activo imobilizado, para os fins designados neste artigo, o que se deduz de uma taxa de reintegraçã o ou de amortizaçã o igual à metade da taxa aplicável segundo as tabelas aprovadas, contando-se esse período a partir do início da sua utilizaçã o. 3 Nã o sendo possível separ os valores de construçã o e do terreno, atribuir-se-á a este, para efeitos do disposto na última parte da alínea d) do nº1, 25% do valor global

Artigo 34º

Reavaliação do imobilizado

1 Quando se trata de elementos do activo imobilizado reavaliados ao abrigo de disposiçõ es legais, ou que tenham sido adquiridos em estado de uso, aceitar-se-ã o, como taxas máximas, as necessárias para reintegrar totalmente o novo valor contabilístico dos elementos reavaliados, as quais serã o calculadas tendo em conta a sua duraçã o provável considerada no momento da reavaliaçã o e para os bens adquiridos em estado de uso convenientes para reintegrar o seu valor de aquisiçã o dentro do período de vida útil que lhe reste, ressalvando-se, em qualquer dos casos, o disposto na alínea d) do n.º1 do artigo anterior.

2 Para efeitos de reintegraçã o nã o serã o considerados os valores resultantes da reavaliaçã o na parte em que se consideram excedidos os limites que tiverem sido legalmente estabelecidos.

Artigo 35º

Grandes reparaç õ es

1. Os encargos com grandes reparaçõ es e beneficiaçõ es efectuadas em elementos do activo imobilizado, entendendo-se como tais as que aumentem o valor real ou a duraçã o provável de utilizaçã o dos mesmos, serã o reintegrados mediante a aplicaçã o de taxas calculadas com base no período de utilidade esperada dessas reparaçõ es ou beneficiaçõ es. 2. Em casos devidamente justificados e aceites pela Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos, poderã o ser utilizadas taxas aceleradas ou período de vida útil diferente do normalmente esperado pela utilidade desses bens.

Artigo 36º

Cálculo das Reintegraç õ es e Amortizaç õ es 1. O cálculo das reintegraçõ es e amortizaçõ es far-se-á, em regra, pelo mé todo das quotas constantes. 2. Poderã o, todavia, utilizar-se outros mé todos, quando a natureza do deperecimento ou a tradiçã o contabilística da empresa o justifiquem, e se a Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos nã o se opuser ao crité rio utilizado pelo contribuinte.

Artigo 37º

Reintegraç õ es e Amortizaç õ es Não Dedutíveis 1 As reintegraçõ es ou amortizaçõ es que nã o tiverem sido contabilizadas como custos ou perdas do exercício a que respeitariam nã o poderã o ser deduzidas dos proveitos ou ganhos de qualquer outro exercício.

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2. Consideram-se como respeitantes a cada exercício as reintegraçõ es ou amortizaçõ es que lhe caberiam se fossem calculadas como base em taxas iguais a metade das que vierem a ser fixadas por portaria do membro do Governo responsável pela área das Finanças.

Artigo 38º

Provisõ es 1. Apenas sã o de considerar como custos de exercício as seguintes provisõ es:

a) As que se destinarem a ocorrer a obrigaçõ es e encargos derivados de processos judiciais em curso por factos que determinariam a inclusã o daqueles entre os custos ou perdas do exercício;

b) As que tiverem por fim a cobertura

de cré ditos de cobrança duvidosa, calculadas em funçã o da soma dos cré ditos sobre clientes e resultantes da actividade normal da empresa, existentes no fim do exercício;

c) As que se destinarem a cobrir as

perdas de valor que sofrerem as existê ncias;

d) As que tiverem sido constituídas de

harmonia com a disciplina imposta pelo Instituto de Seguros às empresas submetidas à sua fiscalizaçã o.

2 As taxas e os limites das provisõ es a que se referem as alíneas c) e d) sã o fixadas em portaria do membro do Governo responsável pela área das Finanças para cada ramo de comé rcio ou indústria, ouvidos os organismos representativos das actividades comerciais ou industriais. 3. As provisõ es que nã o devam subsistir por nã o se terem verificado os eventos a que se reportam, nos períodos que lhes sã o pertinentes, e bem assim as que forem utilizadas para fins diversos dos expressamente previstos neste artigo, considerar-se-ã o proveitos ou ganhos do respectivo exercício.

Artigo 39º

Créditos Incobráveis 1. Os cré ditos incobráveis só sã o de considerar como custos ou perdas do exercício na medida em que tal resulte de processos de execuçã o, falê ncia ou insolvê ncia. 2. Nos casos devidamente justificados poderá a DGCI autorizar e aceitar como custos os cré ditos incobráveis, que pelo seu diminuto valor ou dificuldade evidente, nã o possibilitem o titular do cré dito intentar a acçã o prevista no número anterior.

Artigo 40º

Custos de Acção Social Sã o també m custos ou perdas do exercício os gastos suportados com a assistê ncia mé dica, cirúrgica e hospitalizaçã o e com a manutençã o facultativa de creches, lactários, cantinas, bibliotecas e escolas, bem como outras realizaçõ es de utilidade social, devidamente reconhecida pela Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos, em beneficio do pessoal da empresa e seus familiares.

Artigo 41º

Donativos 1. Os donativos concedidos pelos contribuintes serã o també m considerados como custos ou perdas do exercício nos termos seguintes:

a) Até ao limite de 6% do rendimento tributável da ano anterior, se a entidade beneficiária for uma instituiçã o caboverdiana de ensino ou de investigaçã o científica que, pelo Membro do Governo responsável pela área das Finanças seja considerada de interesse para o desenvolvimento industrial do país, ou, em particular para o aperfeiçoamento do pessoal, organizaçã o, equipamento ou processos de fabrico do contribuinte;

b) Até ao limite de 5% do mesmo

rendimento, se as entidades

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beneficiárias forem autarquias locais, pessoas colectivas de utilidade pública, museus, bibliotecas, escolas, institutos e associaçõ es de ensino ou de educaçã o, de cultura científica, literária ou artística, e de caridade, assistê ncia ou beneficê ncia

2. Serã o havidos integralmente como custos ou perdas do exercício os donativos concedidos ao Estado.

Artigo 42º

Valorimetria das Existê ncias 1 Enquanto nã o forem fixadas pela Direcçã o-Geral das contribuiçõ es e Impostos regras próprias para cada ramo de actividade, os valores das existê ncias a considerar nos proveitos e custos, ou a ter em conta na determinaçã o dos lucros ou perdas do exercício, serã o os que resultarem da aplicaçã o de crité rios valorimetria que, podendo ser objecto de controle inequívoco, estejam na tradiçã o da indústria ou do comé rcio e sejam geralmente reconhecidos pela té cnica contabilistica como válidos para exprimirem o resultado do exercício, e, alé m disso:

a) Venham sendo uniformemente seguidos em sucessivos exercícios;

b) Utilizem preços de aquisiçã o

realmente praticados e documentados, ou preços de reposiçã o ou de venda constantes de elementos oficiais ou de outros considerados idóneos

. 2. O cálculo dos valores a que se refere este artigo nã o poderá assentar, sem autorizaçã o pré via da Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos, em crité rios que utilizem custos- padrõ es ou preconizem uma Valorimetria especial para as existê ncias tidas por básicas ou normais.

Artigo 43º-

Depreciação de Existê ncias Nã o sã o permitidas, para efeitos do artigo anterior, quaisquer deduçõ es aos custos

das existê ncias, a título de depreciaçã o, obsolescê ncia ou possíveis perdas de valor dos seus elementos, salvo nos casos devidamente justificados e aceites pela Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos.

Artigo 44º

Mudança de Critério Valorimétrico 1. Sempre que se verificar mudança de crité rio valorimé trico, alé m da sua fundamentaçã o no relatório anexo à declaraçã o de rendimentos, deverã o constar, expressamente, da demonstraçã o de resultados do exercício ou de ganhos e perdas os montantes das valorizaçõ es ou desvalorizaçõ es resultantes da alteraçã o, acrescendo os das primeiras aos proveitos ou lucros sem que os das últimas se acrescentem aos custos ou perdas do exercício, salvo se a Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos autorizar o contrário. 2. No cálculo dos resultados do exercício ou dos exercícios seguintes, tomar-se-ã o como custos das existê ncias a que este artigo se reporta os que acabaram por ser considerados para os fins nele referidos.

Artigo 45º

Liquidação de Existê ncias No caso de liquidaçã o de existê ncias em grandes escala, em virtude de mudança ou alteraçã o profunda do ramo de actividade, pode a Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos, sobre exposiçã o fundamentada do contribuinte, fixar o crité rio de determinaçã o dos resultados dessa liquidaçã o, tendo em conta a manutençã o do capital normalmente aplicado na constituiçã o das referidas existê ncias.

Artigo 46º

Deduç õ es 1. Para a determinaçã o da maté ria colectável deduzir-se-ã o do lucro tributável apurado nos termos dos artigos anteriores, e até à concorrê ncia deste, as importâncias seguintes:

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a) Rendimento de quotas ou partes sociais de sociedades nacionais sujeitas a imposto único ou a qualquer dos impostos especiais, que sejam propriedades do contribuinte durante dois anos consecutivos, ou desde a fundaçã o da empresa, se tiver ocorrido há menos de dois anos, contando que, em qualquer dos casos, a participaçã o no capital daquelas sociedades nã o seja inferior a 25%;

b) Rendimentos sobre que haja sido

liquidada, no estrangeiro e por actividade aí exercida, contribuiçã o predial ou outro imposto parcelar, ou rendimentos dessa actividade que ali estejam isentos de qualquer de tais impostos.

2 A deduçã o estabelecida na alínea a) só aproveitará as sociedades comerciais ou civis sob forma comercial. 3. As importâncias a deduzir serã o líquidas de impostos quando devidos.

Artigo 47º

Prejuízos Fiscais 1. Os prejuízos fiscalmente considerados, verificados em determinado exercício, serã o deduzidos aos lucros tributáveis, havendo-os, de um ou mais dos trê s exercício seguintes. 2 Os prejuízos fiscais sofridos em actividade que beneficie de isençã o ou reduçã o de taxas do imposto único nã o serã o deduzidos dos lucros de outras actividades sujeitas ao regime geral do mesmo imposto. 3 Os prejuízos fiscais verificados em actividades exercidas no estrangeiro só poderã o ser deduzidos dos lucros e na proporçã o estabelecida pela actividade ali exercida. 4. Salvo em casos devidamente aceites pela DGCI, a deduçã o nã o aproveita ao contribuinte que substituir, por qualquer título, aquele que suportou o prejuízo.

Artigo 48º

Reservas 1 Os lucros levados a reservas e que dentro dos trê s anos seguintes tenham sido reinvestidos na própria empresa, em instalaçõ es ou equipamentos novos, de interesse para o fomento da economia nacional, poderã o ser deduzidos dos lucros tributáveis. 2 A deduçã o será escalonada pelo período de trê s anos referido no número anterior, mas a parte que nã o possa deduzir-se num determinado ano, por insuficiê ncia de maté ria colectável, será deduzida nos anos seguintes, desde que nã o ultrapasse o último daqueles exercícios. 3. Serã o definidos pelo membro do Governo responsável pela área das Finanças, em portaria publicada no Boletim Oficial, os investimentos abrangidos neste artigo, com indicaçã o das percentagens a deduzir. 4 A deduçã o efectivar-se-á mediante despacho do membro do Governo responsável pela área das Finanças sobre o requerimento da entidade interessada, precedendo exame à escrita. 5. O requerimento referido no número anterior será apresentado na repartiçã o de finanças competente para a liquidaçã o do imposto, no mê s de Janeiro do ano seguinte ao da conclusã o do investimento, importando a sua entrega fora desse prazo a perda da deduçã o relativa aos anos que tenham decorrido até ao fim daquele em que o requerimento tiver sido apresentado. 6. Para efeitos do disposto neste artigo, a conclusã o do investimento é referida à data em que as instalaçõ es ou os novos equipamentos comecem a ser utilizados.

Artigo 49º

Apuramento da Matéria Colectável no Método da Verificação

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1. A determinaçã o da maté ria colectável do imposto único - no mé todo da verificaçã o - compete ao chefe da repartiçã o de finanças em que deva ser apresentada a declaraçã o de rendimentos e em face dos valores nesta declarados. 2. No caso de auto liquidaçã o voluntária do imposto cabe ao contribuinte, e mediante termo de responsabilidade do té cnico de contas respectivo, a determinaçã o da maté ria colectável. 3. A maté ria colectável será determinada oficiosamente pelo chefe de repartiçã o de finanças, com recurso a estimativas pela aplicaçã o de mé todos indiciários, quando se verifique qualquer das seguintes situações:

a) Falta de apresentaçã o da declaraçã o modelo 1B acompanhado dos documentos de escrita, dentro do prazo legal; **

b) Falta de escrita ou quando por

visita da fiscalizaçã o aquela nã o oferecer confiança, devido a detecçã o de irregularidades relacionadas com a dissimulaçã o de despesas ou emissã o de facturas falsas; **

c) Erros de apresentaçã o de uma

contabilidade conforme as disposições legais, ou ausência ou falta de apresentaçã o de inventários das existências, quando aplicáveis; **

d) Ausência ou anã o apresentaçã o de

documentos justificativos dos lançamentos contabilísticos;

e) Existência de documentos e

lançamentos rasurados; **

f) Existência de diversas contabilidades tendentes a encobrir a realidade; **

g) Erros ou inexactidões ou indícios

de nã o corresponder a contabilidade à realidade; **

h) Destruiçã o, inutilizaçã o, falsificaçã o ou viciaçã o de documentos contabilísticos **

i) Recusa de apresentaçã o da

contabilidade; ** 4. Sendo a maté ria colectável determinada pelo mé todo da estimativa, nã o serã o de efectuar as deduçõ es previstas no artigo 48º e a deduçã o dos prejuízos referidos no artigo 49º deste regulamento. 5. No caso de opçã o pela auoliquidaçã o do imposto a maté ria colectável apurada será sempre provisória até ` a conversã o em definitiva por despacho do chefe de repartiçã o de finanças. 6. Os contribuintes sujeitos ao mé todo de verificaçã o, deverã o encerar a escrita do exercício, reportado a 31 de Dezembro, até 31 de Março do ano seguinte.

Artigo 50º

Confirmação 1 A maté ria colectável apurada com base na escrita só se considera definitivamente fixada depois de confirmada pelos Serviços de Inspecçã o Tributária. 2 A Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos poderá efectuar as correcçõ es que entender necessárias para a determinaçã o do lucro tributável sempre que os resultados apurados em face da escrita se afastem dos que se apurariam usando crité rios correntes de imputaçã o contabilística de custos e proveitos, bem como de preços normais, ou outros elementos tais como, os volumes de importaçã o e exportaçã o, ou a rentabilidade fiscal etc. 3. Igual procedimento se adoptará para com os contribuintes que beneficiem de isençã o parcial de imposto único em relaçã o aos quais se verifique a existê ncia de posiçõ es de terceiros dominantes no capital ou interferê ncias directas ou indirectas na gestã o, quando se reconheça que tais situaçõ es provocam desvios no apuramento de resultados em prejuízo do cô mputo da maté ria colectável.

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Artigo 51º

Fixação pelo Chefe da Repartição de Finanças 1 Em face da declaraçã o modelo 1B e dos documentos apresentados pelo contribuinte o chefe da repartiçã o de finanças apurará a maté ria colectável sujeita a imposto único, até 31 de Julho, e desse apuramento dará conhecimento ao Serviço de Inspecçã o Tributária, " remetendo os elementos necessários e o processo devidamente instruído, no prazo de 60 dias após a entrega da declaraçã o. 2. Na falta ou insuficiê ncia das declaraçõ es o chefe da repartiçã o de finanças apurará a maté ria colectável, segundo o mé todo da estimativa, dando conhecimento ao Serviço de Inspecçã o Tributária, nos mesmos termos do número anterior, levantando o competente auto de notícia, pelas infracçõ es cometidas.

Artigo 52º

Procedimentos do Serviço de Inspecção Tributária

1 Após o recebimento dos processos o Serviço de Inspecçã o Tributária procederá à análise interna das declaraçõ es, solicitando aos contribuintes os elementos necessários para a confirmaçã o ou alteraçã o dos proveitos e custos declarados. 2 Anualmente serã o seleccionados os contribuintes sujeitos a exame à escrita, por indicaçã o do membro do Governo responsável pela área das Finanças, ou por crité rios té cnicos tais como a actividade exercida, o peso na economia nacional, a rentabilidade fiscal ou outros tidos por convenientes, tais como a falta de apresentaçã o de declaraçã o modelo 1B. 3 Independentemente do referido no número anterior se por exame à escrita forem detectadas irregularidades, proceder-se-á à liquidaçã o adicional do imposto sem prejuízo do prazo de caducidade previsto no Código Geral Tributário. 4. O Serviço de Inspecçã o Tributária dará prioridade absoluta às informaçõ es para os processos dos quais foram objecto de

reclamaçã o para as Comissõ es de Revisã o.

Artigo 53º

Início e Cessação de Actividade - Método de Verificação

1 Compete ao chefe da repartiçã o de finanças da área onde for apresentada a declaraçã o, fixar pelo mé todo da estimativa a maté ria colectável entre o início e o :fim do ano respectivo, tendo em conta os valores declarados e os valores mínimos por actividade económica. 2. No caso da cessaçã o da actividade a fixaçã o da maté ria colectável tem por base a declaraçã o apresentada pelo contribuinte, no prazo de 30 dias após a cessaçã o.

CAPITULO IV DAS OBRIGAÇ Õ ES ACESSÓ RIAS

Artigo 54º

Dos Métodos Declarativo e de Estimativa 1. Os contribuintes do mé todo declarativo apresentarã o, anualmente em triplicado, até 31 de Março, as declarações de rendimentos modelos 111 e 112, na repartiçã o de finanças da área de residência do agregado familiar, à qual deverã o ser juntos os comprovativos dos abatimentos previstos neste regulamento.****** 2 Os contribuintes do mé todo da estimativa apresentarã o, anualmente, em relaçã o ao conjunto das actividades exercidas no ano anterior a declaraçã o modelo 1 A, até 31 de Março. 3 A declaraçã o modelo IA será apresentada, em triplicado, sendo no acto de entrega devolvido um exemplar devidamente autenticado, na repartiçã o de finanças onde o contribuinte tiver o estabelecimento principal englobando nessa declaraçã o os volumes de negócios de todos os estabelecimentos que tiver nessa área fiscal.

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4 Tratando-se de contribuintes que disponham de filiais, sucursais, agê ncias, delegaçõ es ou qualquer outra forma de representaçã o permanente, situadas em áreas diferentes da repartiçã o de finanças referida no número anterior, apresentarã o até 31 de Março, declaraçõ es modelo IA, em triplicado, mas somente em relaçã o às actividades aí exercidas. 5 Os contribuintes que praticarem algum acto isolado de comé rcio deverã o també m cumprir o disposto no n.o 1 deste artigo. 6 Na falta de apresentaçã o da declaraçã o modelo IA dentro do prazo ou no caso das actividades exercidas serem de tal forma diminutas que notoriamente nã o deverá ser de exigir a obrigaçã o declarativa, incumbirá ao fiscal de impostos preencher a declaraçã o modelo IA com os elementos do arrolamento colocaçã o à disposiçã o, reter o imposto único de acordo com a tabela referida no presente regulamento.

Artigo 55°

Retenções na fonte Os contribuintes sujeitos ao mé todo verificaçã o, bem como as entidades isentas, as serviços do Estado, autarquias locais ou seus organismos, ainda que personalizados, e as pessoas colectivas de utilidade pú blica administrativa e quaisquer outros organismos nacionais e internacionais que paguem ou ponham à disposiçã o rendimentos de trabalho dependente ou independente, de prestaçã o de serviço ou qualquer outro rendimento, deverã o, no momento do seu pagmento ou colocaçã o à disposiçã o dos sujeitos passivos, reter o Imposto Único sobre os Rendimentos.*****

Artigo 56º

Obrigaç õ es acessórias das entidades que efectuam retenç õ es na fonte

1. As entidades que efectuem retençã o total ou parcial do imposto devem:

a) Possuir registo actualizado das pessoas credoras desses rendimentos, ainda que nã o tenha havido lugar à retençã o do imposto, remetendo uma cópia à repartiçã o

de finanças competente (modelo 111);

b) Entregar aos contribuintes, até ao

fim de Fevereiro de cada ano, documento comprovativo das importâncias pagas ou devidas no ano anterior, do imposto retido na fonte e das deduçõ es, a que eventualmente haja lugar (modelo 112);

Entregar nas repartiçõ es de finanças competentes, extracto do registo referido na alínea a) (modelo 113). c)

2 Os impressos para cumprimento das obrigaçõ es acessórias, referidos no número anterior, bem como a guia de pagamento do imposto, sã o de modelo oficial aprovado por despacho do membro do governo responsável pela área das Finanças, adquiridos, a solicitaçã o dos interessados, na repartiçã o de finanças da área da sede ou do local do serviço processador dos vencimentos. 3. Os modelos referidos no número anterior, podem ser substituídos por modelos informatizados, desde que contenham os mesmos elementos dos oficiais e previamente autorizados pelo Director-Geral das Contribuiçõ es e Impostos. 4. Os registos referidos na alínea a) do n.º1 deverã o ser entregues até ao fim do mês seguinte ao da admissã o ou, nas restantes situações, até final do mês de Março, conjuntamente com o extracto referido na alínea c) do mesmo nú mero.****** 5. Se o contribuinte trabalhar para uma única entidade patronal, sendo único titular de rendimentos, pode a declaraçã o modelo 112 ser entregue e comprovada pela entidade patronal conjuntamente com o extracto referido na alínea c).

Artigo 57.°

Entrega Mensal das Retenç õ es na Fonte 1. O imposto único retido mensalmente na fonte será entregue pelas entidades

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I SERIE Nº 1 B.O. DA REPÚ BLICA DE CABO VERDE 15 DE JANEIRO DE 1996

* Alteraç ões feitas pela Lei nº16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alteraç ões feitas pela Lei nº43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alteraç ões feitas pela Lei nº91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alteraç ões feitas pela Lei nº116/V/99 de 28/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2000 ***** Alteraç ões feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alteraç ões feitas pela Lei nº18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2003

devedoras dos rendimentos até ao dia 15 de cada mê s atravé s da Guia de Pagamento GPOI0 e GPO14 na Tesouraria das Finanças da área da sede ou domicílio das entidades devedoras do imposto. 2. Nas deduçõ es a fazer no último trimestre do ano e na respectiva entrega, poderã o ser feitas compensaçõ es do que a mais ou menos tenha sido deduzido. 3. As importâncias a entregar serã o sempre arredondadas para escudos, por excesso. 4. Se as entidades devedoras dos rendimentos possuírem filiais, sucursais ou qualquer outra forma de representaçã o, as retençõ es de imposto complementar ou de imposto profissional serã o entregues na Tesouraria da área onde os trabalhadores estiverem domiciliados. 5. Se os chefes de Repartiçã o de Finanças tiverem conhecimento que num período superior a 90 dias, seguidos ou interpolado, as entidades obrigadas à retençã o na fonte nã o entregarem nos cofres de Estado o imposto devido, com sede ou estabelecimento na sua área fiscal, deverã o extrair certidã o de relaxe em nome daquelas entidades, dando conhecimento aos serviços centrais e notificando o contribuinte nos termos do Código Geral Tributário.

Artigo 58º

Impressos No prazo de 90 dias após a publicaçã o do presente regulamento será, por despacho do membro do Governo responsável pela área das finanças, publicado o plano de impressos necessários a execuçã o do IUR (imposto único sobre os rendimentos).

Artigo 59º

Do Método de Verificação 1. Os contribuintes do mé todo da verificaçã o apresentarã o anualmente nos meses de Março a Maio, na repartiçã o de finanças onde tiverem a sua sede ou domicílio fiscal, uma declaraçã o modelo IB, em triplicado.

2. Se o contribuinte for uma pessoa singular ou colectiva com domicílio fiscal ou sede fora do território de Cabo Verde a declaraçã o modelo IB será apresentada na repartiçã o de finanças onde tiver situado o estabelecimento principal ou na falta de instalaçõ es comerciais ou industriais onde existir representaçã o permanente. 3. A declaraçã o referida no n. o I será assinada pelo contribuinte ou seu representante e pelo té cnico de contas respectivo e acompanhada da guia GPOIO, caso haja opçã o pela auto liquidaçã o. 4. A declaraçã o modelo IB será acompanhada dos seguintes documentos:

a) Cópia da acta da reuniã o ou assembleia de aprovaçã o de contas e do parecer do conselho fiscal ou da revisã o de contas, quando legalmente exigidos;

b) Balancetes de verificaçã o do razã o

geral, antes e depois dos lançamentos de rectificaçã o ou regularizaçã o e de apuramento dos resultados do exercício;

c) Balanço analíticofinal do exercício,

extraído dos livros competentes, com indicaçã o das pessoas que o assinaram;

d) Mapa de demonstraçã o dos

resultados líquidos e, sempre que necessário a um mais completo esclarecimento da conta ou contas de exploraçã o, mapas de desenvolvimento das rubricas daquele mapa;

e) Demonstraçã o dos resultados

extraordinários do exercício e dos exercícios anteriores, havendo-os;

f) Relatório té cnico onde, com base

em mapas discriminativos, serã o comentados sucintamente:

I) As reintegraçõ es e

amortizaçõ es contabilizadas,

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* Alteraç ões feitas pela Lei nº16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alteraç ões feitas pela Lei nº43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alteraç ões feitas pela Lei nº91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alteraç ões feitas pela Lei nº116/V/99 de 28/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2000 ***** Alteraç ões feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alteraç ões feitas pela Lei nº18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2003

com indicaçã o do mé todo utilizado, das taxas aplicadas e dos valores iniciais e actuais dos diversos elementos sobre que aqueles recaíram;

II) As alteraçõ es sofridas

pelas existê ncias de todas as categorias e crité rios que presidam à sua valorimetria;

III) As provisõ es constituídas

ou as alteraçõ es nelas ocorridas;

IV) Os cré ditos incobráveis

verificados;

V) Os gastos gerais de

administraçã o, com especial referê ncia às remuneraçõ es de qualquer espé cie atribuídas aos corpos gerentes, bem como todas as despesas de representaçã o suportadas durante o exercício;

VI) As mais valias realizadas e

os rendimentos de capitais auferidos;

VII) As mudanças nos crité rios

de imputaçã o de custos ou atribuiçã o de proveitos às diferentes actividades ou estabelecimentos da empresa;

VIII) Os demais gastos relativos

ao funcionamento geral da empresa e, especialmente, os provenientes de dé bitos processados no exterior do país;

IX) Outros elementos

reputados de interesse para a justa determinaçã o do rendimento tributável e para o esclarecimento do balanço e

da demonstraçã o dos resultados do exercício.

a) Documento em que se indique a importância dos rendimentos dedutíveis, líquidos de impostos, por acçõ es nominativas ou ao portador registadas, e de quotas ou partes sociais de sociedades nacionais sujeitas a imposto, que sejam propriedade do contribuinte durante dois anos consecutivos, ou desde a fundaçã o da empresa, se tiver ocorrido há menos de 2 anos, contando que, em qualquer caso a participaçã o do capital daquelas sociedades nã o seja inferior a 25%.

b) Comprovativo do pagamento por conta efectuado nas repartiçõ es de finanças onde estejam instalados filiais, sucursais, agê ncias, delegaçõ es ou qualquer outra forma de representaçã o situadas em área diferente da sede ou do domicílio fiscal.

5. Verificando-se a cessaçã o total da actividade antes de terminado o prazo estabelecido neste artigo a declaraçã o será efectuada conjuntamente com a declaraçã o de cessaçã o de actividade modo 110. 6. Nã o estando aprovadas as contas, indicar-se-ã o os motivos que a tal obstaram e, se a aprovaçã o tiver sido efectuada judicialmente, juntar-se-á documento comprovativo d do facto. 7. Os contribuintes isentos, total ou parcialmente, deverã o cumprir anualmente a apresentaçã o da declaraçã o lB. 8. Na falta de apresentaçã o da declaraçã o lB, no prazo legal, incumbe ao chefe da repartiçã o de finanças preencher oficiosamente a declaraçã o IA com os elementos que disponha ou com os rendimentos presumíveis que o contribuinte deveria obter.

Artigo 60º

Mapa de Reintegraç õ es e Amortizaç õ es O mapa das reintegraçõ es e amortizaçõ es a que se refere o número I da alínea f) do n.º 4 do artigo anterior deverá conter:

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a) Anos e valores de aquisiçã o e reavaliaçã o;

b) Anos, valores e períodos de utilidade esperada das grandes reparaçõ es e beneficiaçõ es;

c) Reintegraçõ es e amortizaçõ es

acumuladas nos exercícios anteriores e as praticadas no exercício;

d) Abates com a justificaçã o da sua

origem;

e) Valor residual quando atribuído;

f) Número de anos prováveis de utilizaçã o dos elementos reavaliados e dos adquiridos em estado de uso;

g) Rendimentos colectáveis dos

pré dios afectos à actividade comercial ou industrial;

h) Taxas de reintegraçã o e

amortizaçã o, utilizadas em anos anteriores para as várias classes de elementos do activo imobilizado.

Artigo 61º

Declaração de Início, Alteração e Cessação 1. A declaraçã o de início, alteraçã o e cessaçã o, modelo 110, é preenchida nos casos previstos no D. L. n.° 34/92, (regime do Número de Identificaçã o Fiscal), de 16 de Abril. 2. Havendo cessaçã o total do exercício da actividade que sujeitava os contribuintes do imposto pelo regime normal, deverã o os mesmos apresentar a declaraçã o modelo lB, dentro do prazo de 30 dias, a contar da aprovaçã o de contas relativas ao período de cessaçã o em que a actividade deva ser exercida, acompanhada dos seguintes documentos:

a) Relaçã o dos liquidatários com indicaçã o das suas residê ncias;

b) Cópia da acta da assembleia geral

que tiver aprovado as contas ou havendo aprovaçã o judicial, certidã o da respectiva decisã o;

c) Mapa dos resultados da liquidaçã o discriminativa por rubricas do balanço; d) Mapa de demonstraçã o dos

resultados líquidos do exercício; e) Mapa analítico da liquidaçã o da liquidaçã o.

3. As declaraçõ es poderã o ser preenchidas pelos serviços quando haja início, alteraçã o ou cessaçõ es oficiosas, detectadas pela fiscalizaçã o tributária.

Artigo 62º

Declaraç õ es Irregulares 1. Quando as declaraçõ es e os documentos que as acompanham nã o forem considerados suficientemente claros, ou quando se verifique a falta de requisitos formais, o chefe da repartiçã o de finanças notificará os contribuintes para prestarem, no prazo de cinco dias, por escrito os esclarecimentos indispensáveis ou o suprimento das deficiê ncias detectadas. 2. Verificando-se a manifesta recusa de cumprimento dos elementos solicitados, independentemente da multa a aplicar pela infracçã o cometida, o chefe da repartiçã o de finanças preencherá oficiosamente a declaraçã o modelo IA com os elementos que disponha ou outros apresentados em declaraçã o anterior ou em informaçõ es da fiscalizaçã o.

Artigo 63º

Organização da Escrita 1. Os contribuintes sujeitos ao mé todo da verificaçã o - devem organizar e conservar a sua escrita de modo a que se possa apurar clara e inequivocamente e controlar o rendimento tributável em inteira observância das disposiçõ es deste regulamento. 2. Os contribuintes referidos no número anterior sã o obrigados a possuir e a organizar nos prazos legais os livros referidos na lei comercial, podendo o

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membro do Governo responsável pela área das Finanças, face às actividades exercidas, autorizar a substituiçã o por outros livros ou modelos informáticos e devem respeitar a data limite de encerramento da escrita a 31 de Março do ano seguinte ao do respectivo exercício. 3. Os contribuintes sujeitos ao mé todo da estimativa - nã o sã o obrigados a possuir quaisquer livros de registo, podendo a Administraçã o Fiscal atendendo ao volume de negócios, actividade exercida ou outros factores considerados tecnicamente pertinentes, exigir o preenchimento de livros de compras, vendas e serviços prestados. 4. No caso referido na última parte do número anterior o chefe da repartiçã o de finanças respectiva, notificará para esse efeito o contribuinte a quem vai ser exigida aquela obrigaçã o.

CAPITULO V LIQUIDAÇ Ã O E COBRANÇ A

Artigo 64º

Processamento da Liquidação A liquidaçã o do imposto único será efectuada:

a) Tratando-se de contribuintes de mé todo declarativo pela repartiçã o de finanças onde deve ser apresentada a declaraçã o modelo 1;

b) Tratando-se de contribuintes do

mé todo da estimativa - pela repartiçã o de finanças onde devem ser apresentadas as declaraçõ es modelo IA;

c) Tratando-se de contribuintes do

mé todo de verificaçã o - pelo próprio contribuinte, querendo, na declaraçã o modelo lB quando esta for apresentada no prazo legal ou pela repartiçã o de finanças nos restantes casos.

d) Pelas entidades pagadoras dos

rendimentos referidos no n. o 3 do

artigo anterior, quando forem postos à disposiçã o, por retençã o na fonte.

Artigo 65º

Liquidação Provisória O imposto único será objecto da liquidaçã o provisória a efectuar nos termos seguintes:

a) Pela repartiçã o de finanças com base em 30% da maté ria colectável do ano mais próximo ou do rendimento presumível que o contribuinte deva ter obtido nesse ano no caso de início ou cessaçã o de actividade;

b) Deverá efectuar-se até 20 de

Dezembro de cada ano.

Artigo 66º

Liquidação Correctiva A liquidaçã o provisória de imposto único será corrigida:

a) Nos contribuintes do mé todo da estimativa - pela repartiçã o de finanças face aos elementos da declaraçã o modelo IA, preenchida pelo contribuinte ou oficiosamente pelos serviços da administraçã o fiscal, até 30 de Junho.

b) Nos contribuintes do mé todo da

verificaçã o pela declaraçã o modelo lB apresentada pelo contribuinte, acompanhada pela guia GPOI0 no caso de ter optado pela auto- liquidaçã o, até 31 de Maio ou pela repartiçã o nos restantes casos, até 31 de Julho.

Artigo 67º

Liquidação Adicional

1. Quando se verificar que nas liquidaçõ es se cometeram erros de facto ou de direito, ou houver quaisquer omissõ es, de que resultou prejuízo para o Estado, a repartiçã o de finanças deverá repará-los mediante liquidaçã o adicional, dentro dos cinco anos seguintes àquele a que o lucro tributável respeite.

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2. Sempre que, por facto imputável ao contribuinte, for retardada a liquidaçã o da parte ou totalidade do imposto devido, a este acrescerá o juro compensató rio referenciado à taxa de redesconto do Banco de Cabo Verde no primeiro mês seguinte ao da liquidaçã o e mais 1% cumulativo nos meses seguintes até ao limite máximo de 60%, sem prejuízo da multa cominada ao infractor; **** 3. A repartiçã o de finanças també m deverá proceder à liquidaçã o adicional quando, depois de liquidado o imposto único dos contribuintes do regime normal, seja de exigir em virtude de exame à escrita ou fixaçã o de maté ria colectável maior imposto do que foi liquidado.

Artigo 68º

Casos em que não há liquidação Nã o se procederá a qualquer liquidaçã o, quando a colecta resultante seja igual ou inferior a 500$00.

Artigo 69º

Procedimentos de Liquidação 1. A liquidaçã o do imposto único, quando efectuada pela repartiçã o de finanças, far-se-á em verbetes de lançamento, preenchendo-se seguidamente o índice dos verbetes e a relaçã o para descarga dos documentos de cobrança. 2. Sendo a liquidaçã o efectuada pelo contribuinte far-se-á a sua transcriçã o para o verbete de lançamento. 3. Sendo a liquidaçã o efectuada pela repartiçã o de finanças, deverã o extrair-se os conhecimentos de cobrança e dois exemplares de uma certid ã o na qual serã o mencionados o número e o montante das colectas. 4. Por cada contribuinte organizar-se-á um processo onde se incorporem as declaraçõ es e outros elementos que se relacionem com o exercício ou cessaçã o da sua actividade.

5. Os procedimentos referidos nos números anteriores podem ser substituídos por suportes informáticos.

Artigo 70º

Cobrança e Pagamento 1. Os conhecimentos da cobrança serã o entregues nas tesourarias de finanças nos prazos seguintes:

a) Até 20 de Dezembro, referentes às liquidaçõ es provisórias;

b) Até 20 de Junho, referente à

liquidaçã o correctiva dos contribuintes do mé todo declarativo e da estimativa;

c) Até 20 de Agosto, referente à

liquidaçã o correctiva dos contribuintes do mé todo da verificaçã o.*****

2. Os contribuintes do mé todo de verificaçã o deverã o pagar 50% do imposto resultante da autoliquidaçã o atravé s do guia GP010, até 31 de Maio, com apresentaçã o do modelo 1B e caso optem pela autoliquidaçã o, beneficiarã o de juros compensató rios à taxa de redesconto praticada pelo Banco de Cabo Verde;****** 3. No caso de cessaçã o total da actividade dos contribuintes, de omissã o ao lançamento, de liquidaçã o adicional ou início de actividade, o contribuinte será notificado para pagar o imposto ou satisfazer a diferença no prazo de 15 dias. 4. Nos conhecimentos de cobrança respeitantes à liquidaçã o correctiva será indicada a totalidade do rendimento liquidado. 5. A Direcçã o-Geral das Contribuições e Impostos, atravé s do Serviço de Tributaçã o e Cobrança, expedirá, até o dia 25 de Junho, para os contribuintes do mé todo de estimativa ou 25 de Agosto para os contribuintes do mé todo de verificaçã o, em conformidade com as liquidações previstas no nº1 deste artigo, os avisos para pagamento à boca do cofre em editais expostos nas finanças, promovendo a sua divulgaçã o atravé s da imprensa.*****

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6. O pagamento à boca do cofre será efectuado, respectivamente, em Janeiro, Maio, Julho e Setembro consoante se trate de liquidações provisó rias ou correctivas;****** 7. Gradualmente serã o implementados os sistemas de pagamento atravé s de sistema bancário.

Artigo 71.°

Dedução à Colecta 1. Nas liquidaçõ es correctivas e até à concorrê ncia da respectiva importância deduzir-se-á a colecta determinada na liquidaçã o provisória. 2. Se o contribuinte beneficia da isençã o ou reduçã o de taxa em imposto único deduzir-se-ã o as quantias liquidadas nos termos do n.º 1 deste artigo. 3. Será deduzido à colecta do imposto único, no mé todo da verificaçã o, o valor correspondente à colecta da contribuiçã o predial autárquica desde que os pré dios que deram lugar à tributaçã o pertençam ao contribuinte e façam parte da sua actividade normal.

Artigo 72.°

Dupla Tributação Económica Aos só cios titulares dos lucros distribuídos pelas empresas fiscalmente definidas, será atribuído um cré dito de imposto de valor igual a 50% do IUR correspondente.******

Artigo 73.°

Privilégios Creditórios Para pagamento do imposto único a Fazenda Nacional goza do privilé gio creditório definido na lei civil.

CAPITULO VII GARANTIAS DOS CONTRIBUINTES E

PENALIDADES

Artigo 74º

Reclamaç õ es e Impugnaç õ es 1. Os contribuintes e as pessoas solidária ou subsidiariamente responsáveis pelo pagamento do imposto único poderã o reclamar contra a liquidaçã o deste, ou impugná-la com os fundamentos e nos termos estabelecidos no Código do Processo Tributário. 2. As decisõ es da Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos que envolvam discricionariedade té cnica e que sejam divergentes do crité rio do contribuinte, ser-lhe-ã o notificadas com indicaçã o dos respectivos fundamentos. 3. Destas decisõ es cabe recurso hierárquico para o membro do Governo responsável pela área das Finanças nos termos do Código do Processo Tributário.

Artigo 75º

Liquidação Superior à Devida Quando, por motivos imputáveis aos serviços, tenha sido liquidado imposto único superior ao devido, proceder-se-á à anulaçã o oficiosa se ainda nã o tiverem decorrido cinco anos sobre a abertura dos cofres para a respectiva cobrança, ou sobre o pagamento eventual.

Artigo 76º

Anulação da Liquidação 1. Anulada a liquidaçã o, quer oficiosamente quer por decisã o de entidade ou tribunal competente, com trânsito em julgado, processar-se-á imediatamente o respectivo título de anulaçã o, para ser pago a dinheiro ou abatido no imposto único, arrecadado, por cobrança virtual. 2. Contar-se-ã o juros à taxa de desconto do Banco de Cabo Verde acrescidos de 2% ao ano a favor do contribuinte sempre que, estando paga a contribuiçã o, a Fazenda seja convencida em processo contencioso ou judicial tributário, de que na liquidaçã o houve erro de facto imputável aos serviços. 3. Os juros serã o contados dia a dia, desde a data de pagamento da contribuiçã o até

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data do processamento do título de anulaçã o e acrescidos à importância deste.

Artigo 77º

Penalidades 1. As infracçõ es ao disposto no presente diploma serã o punidas nos termos e de harmonia com o Código Geral Tributário. 2. Por qualquer infracçã o nã o especialmente prevista naquele diploma será aplicada multa em 200$00 e 100.000$00, tratando-se de pessoas colectivas e entre 100$00 e 50.000$00 tratando-se de pessoas singulares.

CAPITULO VIII FISCALIZAÇ Ã O

Artigo 78º

Entidades Fiscalizadoras 1. O cumprimento das obrigaçõ es impostas por este diploma será fisca1izado, em geral, e dentro dos limites da sua competê ncia, por todas as autoridades, autarquias locais, repartiçõ es públicas e pessoas colectivas de direito público e, em especial, pela Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos e pela Direcçã o-Geral das Alfândegas. 2. O pessoal afecto ao serviço de inspecçã o tributária e os fiscais de impostos poderã o examinar os arquivos de repartiçõ es públicas e de autarquias locais, pessoas colectivas de utilidade pública administrativa, bem como os livros e documentos dos contribuintes. 3. As autoridades civis e militares deverã o prestar aos funcionários de finanças todo o auxílio que estes lhes requererem para efeitos de fiscalizaçã o a seu cargo.

Artigo 79º

Meios de Controlo de Pagamento 1. As petiçõ es relativas a actos que se relacionem com o exercício do comé rcio ou indústria nã o poderã o ter seguimento ou ser atendidas em juízo, nem perante

qualquer autoridade, autarquia local, repartiçã o pública, pessoa colectiva de utilidade pública administrativa, sem se mostrar pago o imposto único vencido no ano anterior. 2. As autoridades administrativas nã o poderã o consentir, sem igual prova, o exercício de comé rcio ou indústria nos mercados, feiras e outros lugares públicos sob a sua jurisdiçã o. 3. Se o contribuinte beneficiar de isençã o ou nã o tiver havido liquidaçã o no último ano ou no corrente, deverá provar que foi apresentada a declaraçã o modelo 110. 4. Nã o tendo sido liquidada o imposto por qualquer outro motivo, a repartiçã o de finanças, certificará o facto, em certidã o autenticada ou no duplicado da declaraçã o modelo 110, se for apresentada para esse efeito.

Artigo 80º

Obrigação dos Serviços do Estado e Autarquias Locais

Os serviços de Estado, incluindo os dotados de autonomia administrativa ou financeira e as autarquias locais, deverã o comunicar ao serviço de inspecçã o tributária da Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos, nos trinta dias seguintes à realizaçã o do contrato, à adjudicaçã o de obras ou fornecimentos, prestaçõ es de serviço e à aquisiçã o de quaisquer bens de valor superior a 1.500 contos, enviando cópia do contrato se este tiver sido celebrado por escrito.

Artigo 81º

Obrigaç õ es das Alfândegas Os directores das Alfândegas do país remeterã o mensalmente às repartiçõ es de finanças competentes para a liquidaçã o do imposto industrial, notas das mercadorias importadas ou exportadas por comerciantes no mê s anterior, com a indicaçã o das espé cies, quantidades e valores e dos nomes dos importadores ou exportadores, em conformidade com os modelos 6 e 7.

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I SERIE Nº 1 B.O. DA REPÚ BLICA DE CABO VERDE 15 DE JANEIRO DE 1996

* Alteraç ões feitas pela Lei nº16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alteraç ões feitas pela Lei nº43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alteraç ões feitas pela Lei nº91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alteraç ões feitas pela Lei nº116/V/99 de 28/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2000 ***** Alteraç ões feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alteraç ões feitas pela Lei nº18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2003

Artigo 82º

Obrigaç õ es da Direcção-Geral do Comércio, da Indústria, Serviços de Viação

1. A Direcçã o-Geral do Comé rcio e a Direcçã o-Geral da Indústria remeterã o, trimestralmente, ao serviço de inspecçã o tributária da Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos relaçã o discriminativa dos importadores que ali se registaram no período anterior. 2. Os Serviços de Viaçã o e a Direcçã o-Geral dos Transportes Terrestres deverã o, de igual forma, remeter à mesma entidade a relaçã o dos registos de viaturas novas e das licenças para transportes.

Artigo 83º

Obrigaç õ es dos Notariados, Conservatórias e Secretarias Judiciárias

1. Os notários, conservadores e os secretários judiciais, sã o obrigados a enviar, trimestralmente, ao serviço de inspecçã o tributária da Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos, relaçã o ou fotocópias dos actos praticados nos seus cartórios e conservatórias e das decisõ es transitadas em julgado no trimestre anterior, que sejam susceptíveis de produzir imposto. 2. Nos actos de constituiçã o, alteraçã o ou liquidaçã o de sociedades é obrigatória a apresentaçã o de declaraçã o modelo 110.

Artigo 84º

Garantias de Observância de Obrigaç õ es Fiscais 1. As petiçõ es relativas a actos susceptíveis de produzirem rendimento sujeito a este imposto, nomeadamente os desembaraços alfandegários, nã o poderã o ter seguimento perante qualquer autoridade, repartiçã o pública ou pessoas colectivas de utilidade pública sem que o respectivo sujeito passivo faça prova da apresentaçã o da declaraçã o de rendimentos ou do imposto pago do ano anterior ou de que está sujeito ao cumprimento desta obrigaçã o.

2. A prova referida na parte final do número anterior será feita atravé s de certidã o, passada pela repartiçã o de finanças competente. 3. A apresentaçã o dos documentos de prova referidos nos números anteriores será averbada no requerimento, processo ou registo da petiçã o, devendo o averbamento ser datado e rubricado pelo funcionário competente, que restituirá os documentos ao apresentante.

Artigo 85º

Pagamento de Rendimentos a Sujeitos Passivos Não Residentes

Nã o se poderã o realizar transferê ncias para o estrangeiro de rendimentos sujeitos a imposto único, por sujeitos passivos nã o residentes, sem que se mostre pago ou assegurado o imposto devido.

Artigo 86º

Arrolamento 1. Os fiscais de impostos organizarã o, anualmente, os verbetes individuais de arrolamento de todos os contribuintes sujeitos a imposto único, embora dele isentos. 2. Os referidos verbetes onde constem os elementos colhidos pela fiscalizaçã o atravé s dos seus contactos com os contribuintes e que sejam úteis para se conhecer a situaçã o tributária destes, serã o apresentados aos chefes de repartiçã o, até 31 de Março, tratando-se de contribuintes sujeitos ao mé todo de estimativa e, até 31 de Maio, tratando-se de contribuiçõ es sujeitos ao mé todo de verificaçã o.

Artigo 87º

Poderes da Fiscalização Tributária 1. Para a execuçã o das tarefas de fiscalizaçã o, os serviços competentes poderã o, designadamente:

a) Proceder a visitas de fiscalizaçã o nas instalaçõ es dos sujeitos passivos, nos termos do artigo seguinte;

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* Alteraç ões feitas pela Lei nº16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alteraç ões feitas pela Lei nº43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alteraç ões feitas pela Lei nº91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alteraç ões feitas pela Lei nº116/V/99 de 28/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2000 ***** Alteraç ões feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alteraç ões feitas pela Lei nº18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2003

b) Enviar aos sujeitos passivos

questionários quanto a dados e factos de carácter específico;

c) Exigir dos sujeitos passivos a

exibiçã o ou remessa, inclusive por cópia, dos documentos e facturas relativos a bens ou serviços adquiridos ou fornecidos, bem como a prestaçã o de quaisquer informaçõ es relevantes para o apuramento da sua situaçã o tributária;

d) Testar os programas informáticos

utilizados na elaboraçã o da contabilidade;

e) Solicitar a colaboraçã o de quaisquer

serviços e entidades públicas, com vista a uma correcta fiscalizaçã o do imposto;

f) Requisitar cópias ou extractos de

actos e documentos de notários, conservatórias e outros serviços oficiais;

g) Os documentos e informações

solicitados ao abrigo da alínea c) no nº1 devem ser fornecidos num prazo máximo de 5 dias a contar da data da notificaçã o. ***

Artigo 88º

Deveres de Fiscalização em Especial 1. Os funcionários encarregados da fiscalizaçã o do imposto, quando devidamente credenciados, tê m livre acesso aos locais destinados ao exercício de actividades comerciais, industriais, agrícolas e de trabalho independente para examinar os livros e quaisquer documentos relacionados com a actividade dos sujeitos passivos, e para proceder a verificaçõ es e qualquer outra diligê ncia considerada útil para o apuramento do imposto e a prevençã o e eliminaçã o da fraude e evasã o fiscais. 2. O acesso contra a vontade do sujeito passivo aos locais mencionados no número anterior que estejam també m afectos à sua habitaçã o e, bem assim, o acesso a outros

locais nã o referidos expressamente, só será possível quando ordenado pelo superior hierárquico do respectivo funcionário. 3. Os livros, registos e documentos de que for recusada a exibiçã o nã o podem ser tomados em consideraçã o a favor dos sujeitos passivos, sendo para efeito considerada recusa de exibiçã o a declaraçã o de nã o possuir livros, registos e documentos ou a sua subtracçã o ao exame. 4. Os livros, registos e documentos em poder dos sujeitos passivos nã o podem ser apreendidos, podendo os funcionários encarregados da fiscalizaçã o, poré m, deles fazer cópias ou extractos, apô r a assinatura ou rubrica em locais que interessam e adoptar todas as cautelas que impeçam a alteraçã o ou a subtracçã o dos livros, registos e documentos. 5. Se houver necessidade de efectuar cópias fora dos locais onde se encontram os livros, registos ou documentos, estes podem ser dali retirados, mediante recibo, por espaço de tempo nã o superior a 48 horas. 6. Os funcionários encarregados da fiscalizaçã o, quando devidamente credenciados, poderã o, junto das repartiçõ es e serviços oficiais, proceder à recolha dos elementos necessários a um eficaz controlo do imposto.

CAPITULO IX

DISPOSIÇÕ ES DIVERSAS E TRANSITÓ RIAS

Artigo 89º

Classificação das Actividades As actividades exercidas pelos sujeitos passivos do imposto único serã o classificados, para efeitos deste regulamento, de acordo com a classificaçã o económica das actividades (CAE).

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* Alteraç ões feitas pela Lei nº16/V/96 de 30/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1997 ** Alteraç ões feitas pela Lei nº43/V/97 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1998 *** Alteraç ões feitas pela Lei nº91/V/98 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 1999 **** Alteraç ões feitas pela Lei nº116/V/99 de 28/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2000 ***** Alteraç ões feitas pela Lei nº 7/VI/2002 de 28/01 que aprova o Orç amento de Estado para 2002 ****** Alteraç ões feitas pela Lei nº18/VI/2002 de 31/12 que aprova o Orç amento de Estado para 2003

Artigo 90º

Declaraçã o e Outros Documentos . Sempre que neste regulamento, nã o se exija a utilizaçã o de impressos em modelo oficial, podem as declaraçõ es, relaçõ es, requerimentos ou outros documentos, ser apresentados em papel comum de formato A4, ou em suporte que, com os requisitos estabelecidos pela Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos, permita tratamento informático.

Artigo 91º

Número de Identificação Fiscal (NIF) Todos os sujeitos passivos deste imposto que utilizem na sua contabilidade ou outros sistemas de escrituraçã o, facturas, notas, recibos, orçamentos ou documentos semelhantes, devem obrigatoriamente inscrever o NIF (Número de Identificaçã o Fiscal) atribuído pela Direcçã o-Geral das Contribuiçõ es e Impostos, quando se trate de contribuintes submetidos ao mé todo de verificaçã o, ou o número de bilhete de identidade nos restantes casos, conforme estabelece o D.L. n.º. 34/92, de 16 de Abril.

Artigo 92º

Tabela Geral das Indústrias

Profissionais Liberais 1. Enquanto nã o forem publicadas directivas sobre procedimentos de fixaçã o, mantê m-se em vigor as taxas da Tabela Geral das Indústrias a utilizar na determinaçã o do rendimento colectável dos contribuintes sujeitos ao mé todo da estimativa. 2. De igual forma manté m-se em vigor a tabela dos mínimos das profissõ es liberais até à publicaçã o da tabela actualizada por despacho do membro do Governo responsável pela área das Finanças.

Artigo 93º

Diplomas Complementares Mantê m-se em vigor os seguintes diplomas complementares ao regulamento do Imposto único:

a) Decreto n.o 4/84, de 30 de Janeiro, que aprova o Plano Nacional de Contabilidade;

b) Decreto n. ° 26/87, de 19 de Março,

- que aprova o modelo de anexo ao Balanço e à Demonstraçã o de Resultados das Empresas;

c) Portaria n.° 3/84, de 28 de Janeiro -

que estabelece as regras e taxas para as reintegraçõ es e as amortizaçõ es dos elementos do activo imobilizado das empresas;

d) Decreto n.° 1/84, de 28 de Janeiro, -

que estabelece os crité rios de avaliaçã o dos bens patrimoniais do activo;

e) Portaria n.° 62/88, de 31 de

Dezembro, que regulamenta o limite das provisõ es;

f) Decreto-Lei n.° 101-P/90, de 23 de

Novembro, que estabelece o regime das sociedades de seguros