declaração da conferência mundial de juventude 2014

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Declaração de Colombo sobre Juventude 10 de maio de 2014 *Esta é uma primeira proposta da tradução para o português, não é a versão final to texto. Preâmbulo: Nós, os Ministros responsáveis pela juventude, os jovens, representantes de governos, agências das Nações Unidas, organizações lideradas por jovens, organizações não- governamentais e outros parceiros de desenvolvimento nos reunimos em Colombo, Sri Lanka de 06 a 10 de maio de 2014, na Conferência Mundial da Juventude para explorar formas e meios de integração da juventude na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, no âmbito acordado para o Programa de Ação Mundial para os Jovens (WPAY); Neste sentido, nós, os Ministros Responsáveis pela Juventude, representantes de governos, e organizações jovens globais e da sociedade civil; Observamos o resumo das discussões realizadas antes e durante a Conferência Mundial da Juventude - 2014 incorporada em WCY2014/ZD/AP/VI; Reconhecendo que as diversidades étnicas, culturais, religiosas, de gênero, políticas e socio-económica dos jovens lhes permitiu contribuir positivamente para a formulação, implementação e avaliação das ações para as estratégias e planos de desenvolvimento, através da sua criatividade e capacidade de inovação; portanto, a participação dos jovens no desenvolvimento a nível de comunidade, local, nacional, regional e global deve ser um forte pilar em todas as estruturas de desenvolvimento atuais e futuras; Recordando o Sistema Grupos Majoritários, como reforçado no documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, e em especial do Grupo Majoritário das Nações Unidas para a Infância e Juventude (MGCY) na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015; também observando as iniciativas de coordenação realizadas pelas organizações nacionais, regionais e globais lideradas por jovens, nomeadamente as Reuniões de Coordenação Internacional de Organizações de Juventude; Afirmando que a promoção de uma participação significativa e a realização dos direitos e do desenvolvimento integral dos jovens representa alguns dos maiores desafios que precisam ser enfrentados, juntamente com as áreas prioritárias do Programa Mundial das Nações Unidas de Ação para os Jovens (WPAY); Notando que apesar dos progressos significativos realizados no que diz respeito à integração social dos jovens desde a Declaração do Milênio em 2000, e ao primeiro Ano Internacional da Juventude em 1985, ainda existem muitos desafios que impedem a participação inclusiva dos jovens, assim restringindo o desenvolvimento do completo potencial de uma nação;

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1ª versão da tradução da Declaração de Colombo para o Português-BR. Enquanto a final não é concluida, esta atende bem o acesso à informação e aos principais pontos que foram decididos e acordados na Conferência Mundial de Juventude, no Sri Lanka.

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Page 1: Declaração da conferência mundial de juventude 2014

Declaração de Colombo sobre Juventude

10 de maio de 2014

*Esta é uma primeira proposta da tradução para o português, não é a versão final to texto.

Preâmbulo:

Nós, os Ministros responsáveis pela juventude, os jovens, representantes de governos, agências das Nações Unidas, organizações lideradas por jovens, organizações não-governamentais e outros parceiros de desenvolvimento nos reunimos em Colombo, Sri Lanka de 06 a 10 de maio de 2014, na Conferência Mundial da Juventude para explorar formas e meios de integração da juventude na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, no âmbito acordado para o Programa de Ação Mundial para os Jovens (WPAY);

Neste sentido, nós, os Ministros Responsáveis pela Juventude, representantes de governos, e organizações jovens globais e da sociedade civil;

Observamos o resumo das discussões realizadas antes e durante a Conferência Mundial da Juventude - 2014 incorporada em WCY2014/ZD/AP/VI;

Reconhecendo que as diversidades étnicas, culturais, religiosas, de gênero, políticas e socio-económica dos jovens lhes permitiu contribuir positivamente para a formulação, implementação e avaliação das ações para as estratégias e planos de desenvolvimento, através da sua criatividade e capacidade de inovação; portanto, a participação dos jovens no desenvolvimento a nível de comunidade, local, nacional, regional e global deve ser um forte pilar em todas as estruturas de desenvolvimento atuais e futuras;

Recordando o Sistema Grupos Majoritários, como reforçado no documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, e em especial do Grupo Majoritário das Nações Unidas para a Infância e Juventude (MGCY) na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015; também observando as iniciativas de coordenação realizadas pelas organizações nacionais, regionais e globais lideradas por jovens, nomeadamente as Reuniões de Coordenação Internacional de Organizações de Juventude;

Afirmando que a promoção de uma participação significativa e a realização dos direitos e do desenvolvimento integral dos jovens representa alguns dos maiores desafios que precisam ser enfrentados, juntamente com as áreas prioritárias do Programa Mundial das Nações Unidas de Ação para os Jovens (WPAY);

Notando que apesar dos progressos significativos realizados no que diz respeito à integração social dos jovens desde a Declaração do Milênio em 2000, e ao primeiro Ano Internacional da Juventude em 1985, ainda existem muitos desafios que impedem a participação inclusiva dos jovens, assim restringindo o desenvolvimento do completo potencial de uma nação;

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Reafirmando a importância do Programa Mundial de Ação para a Juventude o seu papel na orientação das Nações Unidas, processos intergovernamentais e programas de juventude em todos os níveis através de planos e programas relevantes e considerar a necessidade urgente de efetivamente implementá-lo por meio de planos, mecanismos e programas em todos os níveis;

Reconhecendo o papel ativo que os jovens estão mostrando em mobilizações sociais em muitas regiões do mundo, e sua vontade em assumir responsabilidades nas agendas econômica, social e política em seus países e regiões;

Recordando o compromisso da Organização das Nações Unidas e os seus Estados-Membros de reconhecer as prioridades da juventude como parte integral das futuras negociações de desenvolvimento, incluindo as negociações da Agenda de Desenvolvimento pós-2015;

Identificando as seguintes prioridades de ação, tal como acordado durante as deliberações dos Ministros responsáveis pela juventude, dos jovens, representantes de governos, organizações lideradas por jovens, organizações não-governamentais e outros parceiros de desenvolvimento, no processo de integração da juventude na Agenda de Desenvolvimento para o Pós 2015;

Reconhecendo a "Declaração de Colombo sobre a Juventude", como resultado de deliberações entre a juventude global e os Ministros responsáveis pela juventude e organizações da sociedade civil sobre as prioridades dos jovens em relação às estruturas de desenvolvimento atuais e futuros;

Recomendações para Ação:

Desenvolvimento Inclusivo Liderado por Jovens

1. Chamada para um papel reforçado e ativo para a juventude na formulação da política e na implementação e avaliação de processos relacionados ao desenvolvimento.

2. Incitar parceiros de desenvolvimento tradicionais e emergentes para fortalecer a cooperação internacional para estabelecer uma arquitetura de ajuda aos jovens, inclusive por meio de cooperação Sul-Sul, e integrar sistematicamente uma perspectiva da juventude nos programas de cooperação para o desenvolvimento.

Erradicação da Pobreza e Segurança Alimentar e Nutricional

3. Promover políticas econômicas que reduzem a desigualdade de renda e garantem aos jovens oportunidades iguais de desenvolvimento através da garantia de emprego remunerado, educação, segurança alimentar, saúde e moradia digna.

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4. Reconhecer o direito à alimentação e fortalecer políticas e programas de redução da pobreza com foco na redução da fome, assegurando o acesso a uma alimentação adequada, segura e nutritiva, durante todo o ano e por todos.

5. Aumentar os esforços dos governos e agências de desenvolvimento, em parceria com o setor privado, para investir em programas de adição de valor para tornar a agricultura e a produção de alimentos um emprego viável e avenidas empresariais para os jovens.

6. Fornecer proteção social para reduzir a vulnerabilidade de todos os jovens, especialmente os jovens de origens marginalizadas.

7. Fornecer conhecimento para os jovens sobre alimentação e nutrição, incluindo práticas para reduzir o desperdício de alimentos e as perdas pós-colheita.

Noções de Igualdade de Acesso à Educação de Qualidade

8. Incentivar a primeira infância livre universal, educação primária e secundária da mais alta qualidade para todas as crianças e jovens, baseado nos princípios de igualdade e não discriminação e garantir o acesso igual e equitativo à educação em todos os níveis.

9. Garantir professores qualificados e ambientes de aprendizagem de alta qualidade, seguros, inclusivos e favoráveis, para todas as crianças e jovens, incluindo meninas e outros grupos marginalizados, livre de todas as formas de discriminação.

10. Incentivar os Estados a cumprir a chamada do Documento Final do Rio +20 no apoio à educação não formal, através da inclusão dos indicadores de aprendizagem ao longo da vida na Agenda de Desenvolvimento Pós- 2015.

11. Aumentar o reconhecimento da educação não formal e formação profissional, incluindo os regimes de voluntariado e os modelos e aprendizagens de Tecnologia da Informação e Comunicação, como um meio eficaz de capacitação e transferência de habilidades.

12. Incentivar os governos dos países desenvolvidos a reforçar a cooperação com os países em desenvolvimento com fundos para bolsas de estudo e a melhoria dos programas de educação.

13. Incentivar o uso de Tecnologia da Informação e Comunicação na educação através da criação de centros juvenis de inovação e tecnologia inter e intra-regionais, como meio de divulgação de conhecimento, desenvolvimento de habilidades, inovação e conectividade, aumentando, assim, a infraestrutura nessas áreas.

14. Redobrar os esforços para integrar a educação para estruturas democráticas, desenvolvimento sustentável, juntamente com as liberdades civis, o protagonismo social, direitos humanos, igualdade de gênero, interculturalidade e educação para a paz no currículo nacional.

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15. Alcançar resultados de aprendizagem eficazes em todos os níveis que transmitem conhecimentos e habilidades que atendam às demandas da cidadania ativa.

16. Incentivar aumento e otimização dos orçamentos nacionais voltadas para o investimento em programas e pesquisa de desenvolvimento de jovens, para a educação e as instituições de ensino de qualidade a todos os níveis.

Promovendo Vidas Saudáveis e Acesso a um Sistema de saúde de qualidade

17. Promover estilos de vida saudáveis e tomar medidas em direção a uma estrutura sustentável para o financiamento da saúde, para fazer serviços amigáveis a adolescentes e jovens que são acessíveis e disponíveis e garantem a qualidade de uma cobertura de saúde universal, incluindo, mas não limitado, a saúde materna, HIV/AIDS, doenças não contagiosas, saúde mental, lesões e abuso de drogas e substâncias, incluindo o álcool.

18. Encorajar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva e de informação, com o envolvimento dos jovens, independentemente do estado civil, com um foco especial nas mulheres, pessoas vivendo com deficiência e grupos marginalizados.

19. Reconhecer a necessidade e fomentar a oferta de saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos, de acordo com o Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, a Plataforma de Ação de Pequim e os documentos resultantes das suas conferências de revisão.

20. Fornecer educação sexual abrangente com base em informações completas e precisas para todos os adolescentes e jovens, de acordo com as legislações e/ou políticas nacionais compatíveis com as suas capacidades de desenvolvimento, enquanto, salvaguardando o direito dos adolescentes à privacidade, confidencialidade, respeito e consentimento informado, respeitando os valores culturais e crenças religiosas.

21. Reconhecer os efeitos nocivos dos determinantes políticos e sociais da saúde para os jovens, em particular os jovens em conflitos armados e sob a ocupação estrangeira, através de uma abordagem da adoção de saúde em todas as políticas na Agenda de Desenvolvimento pós- 2015, para refletir que todos os setores afetam saúde e que saúde afeta todos os setores.

22. Convocar os Estados membros a garantir o acesso a medicamentos essenciais, tomando medidas sobre as lacunas na disponibilidade de medicamentos nos setores privados e públicos, e tomar medidas para reduzir os preços dos medicamentos, devido à proteção da propriedade intelectual.

23. Fazer um apelo para o reforço das redes regionais de cuidados de saúde, apoiado por melhores políticas que garantirão o recrutamento, o desenvolvimento, o treinamento e a manutenção dos jovens no mercado de trabalho de saúde.

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Pleno Emprego e Empreendedorismo

24. Promover a empregabilidade de jovens na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, adotando metas quantitativas como os jovens sem educação formal, ou emprego formal, bem como metas qualitativas com base na definição de trabalho decente de acordo com as normas da ILO para proteger os jovens de todas as formas de exploração e discriminação.

25. Abordar a alta taxa de desemprego entre os jovens, sub-emprego, o emprego vulnerável e emprego informal, através de criação, desenvolvimento e implementação de políticas de empregabilidade nacionais para jovens específicas e integradas , melhoria da empregabilidade, desenvolvimento de competências em educação e formação profissional para atender às necessidades específicas do mercado de trabalho dos jovens , incluindo os jovens migrantes, além do aumento do empreendedorismo, incluindo o desenvolvimento de redes de jovens empresários em, níveis internacionais, regionais, nacionais e locais, que estimulam o conhecimento entre os jovens sobre os seus direitos e responsabilidades na sociedade.

26. Assegurar o fornecimento, em parceria com as partes interessadas, de orientação profissional, mentores, aconselhamento, programas para jovens aprendizes e estágios de qualidade para jovens.

27. Criar um ambiente de negócios favorável às múltiplas partes interessadas, incluindo países em desenvolvimento e desenvolvidos, que são ambientalmente sustentáveis para impulsionar o empreendedorismo, incluindo startups e aprendizado para os jovens e os modelos alternativos empresariais, tais como cooperativas e incubadoras de empresas intra-regionais com foco em mulheres jovens e jovens que vivem com deficiência.

28. Reconhecer e promover o empreendedorismo juvenil e desenvolvimento de habilidades para alcançar o desenvolvimento econômico e industrial inclusivo e sustentável, em particular em diversos setores tais como as micros, pequenas e médias empresas sociais.

29. Solicitar às Nações Unidas o apoio a um dia dedicado para o desenvolvimento de competências que beneficiaria juventude global.

30. Garantir a dignidade e qualidade de vida e reconhecimento igual em todos os níveis a todas as formas de trabalho fornecendo proteção aos setores da força de trabalho assim como capacitá-los a combater a exploração e discriminação as quais estariam sujeitos, especialmente no trabalho tradicionalmente feito por mulheres, jovens com deficiência, que vivem com HIV/AIDS, jovens trabalhadores migrantes, assim como outras populações mais afetadas.

31. Conseguir acesso global universal à proteção social adequada, trabalho decente e meios de subsistência para os jovens nos setores formais e informais, através do incentivo à ratificação e aplicação da Convenção da ILO 189, decretando proteções legais a fim de garantir a segurança no local de trabalho, proteção social, licença remunerada e promoção dos direitos dos jovens trabalhadores.

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32. Apelar ao sistema das Nações Unidas para incentivar os Estados membros a realizar pesquisas sobre as oportunidades de emprego disponíveis para os jovens e caminhos para o desenvolvimento de suas competências e para que a Organização das Nações Unidas possa agrupar os resultados.

33. Incentivar a prestação de um orçamento para facilitar a criação de mais oportunidades de emprego assim como a criação de oportunidades decentes para jovens que vivem com deficiência, refugiados, jovens de várias origens étnicas e comunidades indígenas, jovens trabalhadores migrantes, outros grupos minoritários, e jovens de rua.

34. Reconhecer a necessidade de uma maior cooperação entre os órgãos competentes responsáveis pela educação e trabalho, bem como as universidades para equipar os jovens com as competências necessárias para o mercado de trabalho.

Igualdade de gênero

35. Apoiar a adoção de um objetivo de igualdade de gênero e de fortalecimento e direitos de meninas, mulheres e outras identidades de gênero bem como assuntos voltados ao tema e indicadores para acabar com as causas estruturais de desigualdade incluindo normas sociais discriminatórias, práticas e estereótipos de gênero que promovem desigualdade entre os sexos.

36. Propor para o Grupo de Trabalho Aberto sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Assembleia Geral da ONU um grupo de objetivos relacionados a jovens mulheres, meninas e outras identidades de gênero consistentes em relação às leis existentes, políticas e práticas, violências baseada em gênero, práticas tradicionais, casamentos de crianças e coercitivos e acesso universal a saúde incluindo direitos sexuais e reprodutivos de acordo com a CPD na Agenda Pós2015.

37. Instar os Estados Membros da Organização das Nações Unidas para desenvolver estratégias e políticas para prevenir todas as formas de violência contra as mulheres e meninas, incluindo físico, emocional e econômico nas esferas públicas e privadas, o assédio moral, coerção sexual e todas as formas de violência, independentemente da motivação.

38. Garantir a participação igualitária de meninas e jovens mulheres e todos(as) outros(as) jovens em todos os níveis, incluindo nas tomas de decisão, educação, emprego, o que inclui igualdade no pagamento de trabalho de valor igual de acordo com as respectivas leis e/ou políticas nacionais

39. Promover a perspectiva de gênero na formulação e implementação de políticas de juventude e, alocação de recursos e orçamento, ao mesmo tempo, garantir a igualdade de acesso a bens e recursos públicos em igual parceria com os jovens.

40. Garantir total engajamento de meninos e homens como parceiros estratégicos e aliados na promoção da igualdade de gênero prevenindo e erradicando a violência baseada em gênero contra meninas e mulheres, discriminação e assédio, enfatizando a

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necessidade de se colocar fim na cultura do silêncio que rodeia a violência baseada em gênero.

41. Garantir total engajamento dos Estados e organizações internacionais como parceiros estratégicos e aliados na promoção de igualdade de gênero prevenindo e condenando violência, especialmente seqüestro de meninas e mulheres para propósitos sexuais e outros propósitos ilegais.

Acabar com desigualdades sistêmicas

42. Reconhecer a diversidade cultural, étnica, religiosa, de gênero, sexual, socioeconômica, racial, linguística da juventude e implementar estratégias para as causas das desigualdades sistêmicas na Agenda do Pós-2015.

43. Instar os Estados membros a promover a igualdade de oportunidades para todos para eliminar todas as formas de discriminação contra jovens, incluindo a discriminação com base em raça, cor, etnia, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, saúde, gênero ou outro status, e para promover a integração social dos grupos sociais, como os jovens que vivem com deficiência e HIV/SIDA, os jovens migrantes, grupos indígenas, os jovens que vivem nas áreas rurais, os conflitos armados, sob ocupação estrangeira, trabalhando na economia informal e os refugiados, em condições de igualdade com os outros.

44. Honrar os compromissos para passar e fazer cumprir as leis para proteger os mais pobres e marginalizados meninas, meninos, adolescentes e mulheres vítimas de violência, e revogar as leis, políticas e práticas que discriminem os jovens com base em sua idade ou violar seus direitos.

45. Melhorar medida de progresso de inclusão dos mais excluídos e marginalizados, incluindo programas para asseguras sistemas educacionais efetivos para jovens vivendo com deficiências e dificuldades de aprendizagem.

Empoderar jovens marginalizados em especial os em situação de risco

46. Chamar os governos a relatar e enfrentar as restrições econômicas, sociais, culturais e políticos que enfrentam os jovens mais marginalizados em cada país.

47. Instar os Estados Membros a desenvolver programas e políticas para erradicar o estigma e violência contra os grupos mais marginalizados de jovens, incluindo, entre outros, as pessoas com deficiência, afro-descendentes, indígenas, jovens migrantes, fora da escola e jovens desempregados.

48. Apoiar organizações de juventude e Conselhos Nacionais de Juventude em um esforço para alcançar os grupos auto-organizados de jovens marginalizados, incluindo as comunidades apátridas, como ciganos e viajantes.

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49. Assegurar o acesso conveniente e igual à saúde, educação, oportunidades de emprego e serviços para todos os jovens, sem discriminação de qualquer tipo em qualquer termo.

50. Instar os governos a apoiar a adoção de uma de meta de desenvolvimento sustentável específica para Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento com indicadores paras crianças e jovens, que promova uma visão compartilhada e de solidariedade para com o desenvolvimento sustentável.

Garantir Recreação, Esporte e Cultura inclusivos

51. Incentivar o financiamento e investimento no esporte, lazer, arte e programas e instalações culturais dentro e fora da escola para os jovens, a fim de possibilitar a participação de todos os jovens facilitando assim o acesso livre a pelo menos uma atividade esportiva e uma atividade cultural em suas comunidades locais na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015.

52. Reconhecer o importante papel que recreação, esporte e cultura pode desempenhar na integração social, estilo de vida saudável, na eliminação de estigmas sociais e, portanto, incentivar os jovens a seguir carreiras nas artes e no esporte.

Sustentabilidade Ambiental, Redução do Risco de Desastres e Urbanização centrada na juventude.

53. Reconhecer que a mudança climática está intimamente ligada às questões de desenvolvimento e, assim, compreender a equidade entre gerações é crucial, bem como o reconhecimento da importância de envolver as novas gerações nas discussões climáticas, tendo em conta as necessidades especiais dos jovens nos países em desenvolvimento, especialmente nos Países Menos Desenvolvidos, Países em Desenvolvimento sem litoral, os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.

54. Solicitar ao sistema das Nações Unidas e aos estados para explorar e combater os efeitos da urbanização, mudanças climáticas, desastres e degradação ambiental nos jovens.

55. Chamar os Estados-Membros para explorar ainda mais o Alto Comissário propôs para Gerações Futuras, bem como outros mecanismos relevantes sobre o tema, conforme descrito no relatório do Secretário-Geral das Nações Unidas intitulada "Solidariedade Intergeracional e a necessidade de futuras gerações”.

56. Apoiar a Plataforma Global 2013 sobre a Redução do Risco de Desastres demandando um fórum para jovens e crianças.

57. Melhorar estratégias para prevenir e reduzir os riscos de desastres considerando os jovens, assegurando a participação da juventude no desenvolvimento e

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acompanhamento de planos e indicadores para reduzir os riscos da comunidade e diretrizes de resiliência.

58. Solicitar de autoridades competentes a promoção de cidades amigáveis para juventude para promover o envolvimento dos jovens na implementação da Agenda de Desenvolvimento pós-2015 e para reforçar os laços socioeconômicos positivos entre as cidades e áreas rurais.

59. Integrar educação de redução de riscos de desastres em todos os níveis do currículo escolar.

60. Clamar pela inclusão de escolas e hospitais mais seguros nos compromissos pós-2015.

61. Promover de planejamento urbano sustentável em longo prazo que leve em consideração o crescimento da população, a utilização de recursos naturais, a preservação do ecossistema, a acessibilidade do espaço público, transporte eficiente e gestão de resíduos melhora as condições de vida e prioriza os direitos e as necessidades dos moradores de favelas e colonos informais; chamamos os governos para incluir os jovens no processo de formulação da nova agenda da ONU-Habitat.

62. Tendo em consideração o quinto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e as suas conclusões que indicam a necessidade urgente de reduzir os níveis absolutos de emissões de carbono para abordar impactos das mudanças climáticas.

63. Promover o consumo e a produção sustentáveis por parte dos jovens. Realizando paz, reconciliação e Fim da Violência.

Realizar a Paz, Reconcialiação e por fim a Violência

64. Reconhecer e reforçar o papel dos jovens, especialmente mulheres jovens, desempenhados na prevenção de conflitos, construção da paz, resolução de conflitos, a reconciliação pós-conflito e os esforços de reconstrução.

65. Exigir o fim da aplicação de medidas coercitivas e unilaterais que afetam os direitos da juventude e desenvolvimento.

66. Exigir o cessar de políticas que atentam contra a ordem interna dos países, violando as propostas e princípios celebrados na Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional.

67. Reafirmar os compromissos do sistema das Nações Unidas para proteger as crianças e jovens de recrutamento ilegal, incluindo rapto para fins militares e atividades terroristas.

68. Aumentar as oportunidades de educação e emprego para todos os jovens, especialmente aqueles afetados por conflitos armados.

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69. Aumento de oportunidades na educação sobre construção da paz e de emprego para todos os jovens, especialmente aqueles afetados por conflitos armados.

70. Promover a reabilitação pós-conflito inclusiva e eficaz e políticas de reintegração, programas e mecanismos reconhecendo e lidando com as causas subjacentes do conflito.

71. Desenvolver políticas e programas para identificar e lidar com os fatores que colocam os jovens em risco de se envolver em crime e prevenir a violência juvenil.

72. Implementar uma ampla gama de opções que buscam a justiça restaurativa para as crianças ou jovens em conflito com a lei, ao invés de prisão, e buscar outras medidas similares fora do sistema de justiça criminal.

73. Fortalecer e promover o papel dos jovens e organizações de juventude na construção da paz em suas comunidades, países e regiões.

Alcançar Boa Governança e Transparência

74. Incentivar os governos a tornarem-se parte e implementar, sem demora, o programa Nações Unidas contra a Corrupção (UNCAC), e promover a boa governança, a liberdade de informação, transparência e prestação de contas.

75. Além disso, incentivar os governos, organizações internacionais, incluindo as do sistema das Nações Unidas, instituições financeiras internacionais, parceiros de desenvolvimento e outras partes interessadas a ajudar os países em desenvolvimento na implementação de políticas e programas de juventude através de atividades de assistência e capacitação técnica.

76. Fazer todos os esforços para fortalecer o Estado de direito e estabelecer mecanismos e instituições que são acessíveis, independente e com bons recursos a fim de permitir a participação política e cívica dos jovens e garantir a justiça para todos, aumentando o acesso a serviços jurídicos.

77. Assegurar a justiça para todos, incluindo o acesso a serviços jurídicos, informações de fácil utilização e mídias imparciais assim como informações abertas enquanto ferramentas para aumentar a participação da sociedade civil, incluindo os jovens, na ordem do dia e os resultados e tomada de decisão de processos de desenvolvimento pós-2015 em todos os níveis relevantes para as crianças e jovens por meio de processos de governo aberto.

78. Incentivar o desenvolvimento de diretrizes básicas e os indicadores de risco para melhor informar uma política específica para a criança e juventude além de monitorar o progresso de tais ações.

Direitos da Juventude

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79. Chamar a atenção do sistema das Nações Unidas, do Secretário-Geral das Nações Unidas e dos Estados-Membros para os jovens e organizações juvenis a fim de iniciar um processo participativo, inclusivo e transparente entre os Estados membros, juventude e organizações juvenis, com base na experiência dos países que já desenvolveram tal regulamentação, o que pode levar a uma Convenção sobre os Direitos da Juventude.

80. Reconhecer a necessidade urgente da satisfação dos direitos humanos e das responsabilidades dos jovens além de seu direito à reparação de uma forma adequada à sua idade.

81. Incentivar a criação de um departamento permanente de juventude nas Nações Unidas com representações nos países membros para apoiar e acompanhar dos programas para a juventude local.

Participação jovem inclusiva

82. Pedir à Secretaria-Geral das Nações Unidas que estabeleça um fórum permanente de jovens, para jovens e governos para facilitar o diálogo inclusivo sobre a agenda de desenvolvimento Pós-2015.

83. Aumentar a integração dos jovens no processo político democrático e delegações oficiais do governo de forma significativa, a níveis locais, nacionais, regionais e internacionais com um foco especial na juventude feminina e jovens pertencentes a grupos marginalizados, nomeadamente através do reforço de programas já existentes, como o Programa de delegados das Nações Unidas e programas de voluntariado.

84. Reafirmar o compromisso político e de recursos a organizações lideradas por jovens ativos no desenvolvimento sustentável e de outros processos de política internacional com o objetivo de aumentar a participação dos jovens, e alcançar maior equilíbrio geográfico na participação, particularmente do Sul Global.

85. Criar espaços e instituições seguras para jovens, para expressar os interesses deles e terem as vozes ouvidas em todos os níveis.

86. Capacitar jovens e grupos marginalizados, através do reforço de parcerias intergeracionais e internacional de solidariedade entre as gerações, políticas adaptadas, orçamentando, criando espaços seguros e mecanismos para a participação significativa de jovens com esforços para incluir os mais marginalizados no desenvolvimento, monitorando e avaliando a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015.

87. Reconhecer movimentos jovens existentes, tanto regional como global, como partes interessadas na discussão atual sobre a integração da participação da juventude na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015.

88. Reconhecer o papel crucial que os jovens devem desempenhar nos processos de tomada de decisão em relação ao desenvolvimento político, econômico, cultural e ambiental do nosso planeta, e propor um alvo na participação da juventude nos

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processos políticos de decisão e prestação de contas na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 e garantir que a idade é um indicador para monitorar os processos de metas relevantes na Agenda.

Nosso Compromisso avança:

BASEADOS NAS PRIORIDADES IDENTIFICADAS, OS PARTICIPANTES DETERMINARAM:

89. Tomar as medidas necessárias para trabalhar em parceria com todos as partes interessadas, incluindo pais, juventude, sociedade civil, organizações internacionais, estados membro e agências de cooperação para o desenvolvimento para implementar as prioridades identificadas na Declaração de Colombo da Juventude.

90. Continuar as discussões em curso com o quadro da Assembléia Geral das Nações Unidas referentes à implementação efetiva do Programa Mundial de Ação para a Juventude, assim como fortalecer os mecanismos de coordenação no Sistema das Nações Unidas para apoiar políticas e programas globais, regionais e nacionais para a juventude.

91. Urge as Agências das Nações Unidas, governos, a comunidade internacional em geral, e todas as outras partes interessadas para dar uma atenção especial às áreas de déficit na implementação do Programa de Ação Mundial para a Juventude.

92. Incentivar ainda mais apoio e prestação de contas para as plataformas existentes de organizações lideradas por jovens e implementar medidas para explorar o estabelecimento de mecanismos permanentes que permitam a participação plena, efetiva, estruturado e sustentável de jovens e organizações lideradas por jovens nos processos decisórios pertinentes;

93. Chamada para um objetivo autônomo voltado para o aumento do investimento no-ajuda global arquitetura, capacitação da juventude e do setor privado o investimento no fortalecimento,, parcerias nacionais e locais regionais e globais para com os jovens no desenvolvimento, implementação e acompanhamento da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015.

94. Chamada de metas claras e indicadores voltados para a juventude como uma questão transversal em toda a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 para garantir que todos os alvos são medidos por indicadores desagregados por sexo, idade, localização, base linguística, o status de riqueza, escolaridade, deficiência, etnia e status da chave população.

95. Considere fazer fundos suficientes disponíveis para atender as necessidades dos jovens; incluindo através da criação e / ou apoiar o desenvolvimento de políticas nacionais de juventude e Planos de Ação para a Juventude; incluindo o seu acompanhamento e avaliação, e a institucionalização de mecanismos de medição, tais como, mas não limitados a, índices de desenvolvimento da juventude.

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96. Solicita ao Secretário-Geral das Nações Unidas para incorporar a Declaração de Colombo sobre a Juventude como um importante contributo para a integração da juventude na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 e fazer referência adequada a ele em seu relatório de síntese.

97. Incentivar os Estados membros a mesa Declaração de Colombo sobre a Juventude na 69 ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, de modo a reconhecer e acolher as recomendações.