decisões da justiça

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Março: Órgão Especial do TST decisão favorável Continuando com boas notícias, ontem dia 14 de março mais uma decisão do Órgão Especial do TST favorável foi publicada. " MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - PERDA AUDITIVA UNILATERAL - INCLUSÃO NA LISTA DE CANDIDATOS COM DEFICIÊNCIA - DIREITO LÍQUIDO E CERTO O C. Órgão Especial do TST - interpretando de forma harmônica as disposições do Decreto nº 3.298/99, em conjunto com as disposições legais e constitucionais pertinentes e com as da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - tem reconhecido o direito de os candidatos com perda auditiva unilateral concorrerem, em concurso público, às vagas destinadas às pessoas com deficiência.Segurança concedida." Processo: MS - 7922-19.2013.5.00.0000 Data de Julgamento: 10/03/2014, Relatora Ministra: Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Órgão Especial, Data de Publicação: DEJT 14/03/2014 Trecho da decisão do Órgão Especial do TST: " O C. Órgão Especial do TST - interpretando de forma harmônica as disposições do Decreto nº 3.298/99, em conjunto com as disposições legais e constitucionais pertinentes e com as da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - tem reconhecido o direito de os candidatos com perda auditiva unilateral concorrerem, em concurso público, às vagas destinadas às pessoas com deficiência. Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: " Fevereiro de 2014: TRF1 mais uma decisão favorável Na postagem abaixo, está uma nova decisão do STJ, publicada em março, com o reconhecimento da surdez unilateral. O TRF1 publicou, em fevereiro, outra decisão favorável ao enquadramento da surdez unilateral como deficiência auditiva. Abaixo o resumo do julgamento: "CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. SURDEZ UNILATERAL. DEFICIÊNCIA AUDITIVA CARACTERIZADA. CONCORRÊNCIA ÀS VAGAS RESERVADAS AOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA. POSSIBILIDADE. SEGURANÇA CONCEDIDA. I - Na inteligência jurisprudencial do colendo Superior Tribunal de Justiça, "no concurso público, é assegurada a reserva de vagas destinadas aos portadores de necessidades especiais acometidos de perda auditiva, seja elaunilateral ou bilateral" (AgRg no RMS 34.436/PE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em

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Page 1: Decisões Da Justiça

Março: Órgão Especial do TST decisão favorávelContinuando com boas notícias, ontem dia 14 de março mais uma decisão do Órgão Especial do TST favorável foi publicada. 

"MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - PERDA AUDITIVA UNILATERAL - INCLUSÃO NA LISTA DE CANDIDATOS COM DEFICIÊNCIA - DIREITO LÍQUIDO E CERTOO C. Órgão Especial do TST - interpretando de forma harmônica as disposições do Decreto nº 3.298/99, em conjunto com as disposições legais e constitucionais pertinentes e com as da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - tem reconhecido o direito de os candidatos com perda auditiva unilateral concorrerem, em concurso público, às vagas destinadas às pessoas com deficiência.Segurança concedida."

Processo: MS - 7922-19.2013.5.00.0000 Data de Julgamento: 10/03/2014, Relatora Ministra: Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Órgão Especial, Data de Publicação: DEJT 14/03/2014

Trecho da decisão do Órgão Especial do TST:"O C. Órgão Especial do TST - interpretando de forma harmônica as disposições do Decreto nº 3.298/99, em conjunto com as disposições legais e constitucionais pertinentes e com as da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - tem reconhecido o direito de os candidatos com perda auditiva unilateral  concorrerem, em concurso público, às vagas destinadas às pessoas com deficiência. Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: "

Fevereiro de 2014: TRF1 mais uma decisão favorávelNa postagem abaixo, está uma nova decisão do STJ, publicada em março, com o reconhecimento da surdez unilateral. 

O TRF1 publicou, em fevereiro, outra decisão favorável ao enquadramento da surdez unilateral como deficiência auditiva. Abaixo o resumo do julgamento: 

"CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. SURDEZ UNILATERAL. DEFICIÊNCIA AUDITIVA CARACTERIZADA. CONCORRÊNCIA ÀS VAGAS RESERVADAS AOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA. POSSIBILIDADE. SEGURANÇA CONCEDIDA. I - Na inteligência jurisprudencial do colendo Superior Tribunal de Justiça, "no concurso público, é assegurada a reserva de vagas destinadas aos portadores de necessidades especiais acometidos de perda auditiva, seja elaunilateral ou bilateral" (AgRg no RMS 34.436/PE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/05/2012, DJe 22/05/2012). II - Em sendo assim, configurada a condição de deficiente auditivo da impetrante afigura-se ilegal, passível de correção pela via mandamental, o ato da autoridade coatora, que não considerou comprovada a condição de deficiente físico da candidata, excluindo-a do concurso público para o cargo de Assistente de Administração da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, nas vagas destinadas aos portadores de deficiência física. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça e deste Tribunal. III - Apelação e remessa oficial desprovidas. Sentença confirmada. "TRF1, AMS 0021387-78.2011.4.01.3700 / MA; APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA, Quinta Turma, Relator DESEMBARGADOR FEDERAL SOUZA PRUDENTE, Decisão em 19/02/2014, Publicado em 28/02/2014 e-DJF1 P. 1287

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Março/2014 - Nova decisão favorável do STJ"ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. CARTÓRIO. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA UNILATERAL PROFUNDA. INSCRIÇÃO. DECRETO 2.298/99. REDAÇÃO DADA PELO DECRETO 5.296/04. CONCORRÊNCIA NAS VAGAS RESERVADAS. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. RECURSO ORDINÁRIO PROVIDO." STJ, RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 44.352 - RS, Relator MINISTRO HUMBERTO MARTINS, publicado em 12/03/2014. 

Trecho da decisão monocrática: "Não obstante o entendimento da origem, o Superior Tribunal de Justiça já firmou que o art. 4º do Decreto n. 3.298/99 deve ser lido em meio a uma interpretação sistemática com o seu art. 3º e, assim, possibilitar a inclusão do portador de surdez unilateral profunda como deficiente."

TST - reconhecimento da surdez unilateralNeste mês, foram publicadas mais duas decisões favoráveis no TST.

"AGRAVO REGIMENTAL INTERPOSTO DE DECISÃO LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - PERDA AUDITIVA UNILATERAL - INCLUSÃO NA LISTA DE CANDIDATOS COM DEFICIÊNCIA - DIREITO LÍQUIDO E CERTO. É de ser mantida a decisão que concedeu a liminar, autorizando a inclusão do impetrante, como portador de deficiência, na lista de aprovados no concurso público, observada a ordem de classificação, até o trânsito em julgado do presente mandado de segurança. Agravo regimental não provido"

Processo: AgR-MS - 961-62.2013.5.00.0000 Data de Julgamento: 10/02/2014, Relator Ministro:Augusto César Leite de Carvalho, Órgão Especial, Data de Publicação: DEJT 14/02/2014.

"RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. INSCRIÇÃO DA CANDIDATA COMO PORTADORA DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PNE). DEFICIÊNCIA AUDITIVA

UNILATERAL . ENQUADRAMENTO. ARTIGOS 3º E 4º DO DECRETO Nº 3.298/1999. LEI Nº 7.853/89. ART. 37, VIII, DA CF E CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Prepondera em nosso sistema normativo um modelo voltado a políticas públicas e medidas legais de proteção e correção de distorções que afetam o acesso ao trabalho, como meio de dar concretude aos primados constitucionais de isonomia e não discriminação, além da construção de uma sociedade livre, justa e solidária (arts. 1º, II e III, e 3º, I e IV, 37, VII da Constituição Federal). Ressalte-se que a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU, incorporada formalmente à Constituição brasileira pelo quorum qualificado (art. 5º, §3º, da CF), é instrumento citado como um marco jurídico importante no sentido da construção de um novo paradigma para o conceito de deficiência, passando-se a entender que os impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial ganham significado quando convertidos em experiências pela interação social, o que justifica todo o aparato normativo constitucional e infraconstitucional voltado ao suporte necessário às pessoas que, em face de sua condição, vivenciam a discriminação, a opressão ou a desigualdade pela deficiência. Assim, a diferenciação positiva para pessoas com deficiência é efetivada por meio de diplomas normativos que determinam ações afirmativas de reserva de cargos e empregos públicos para a Administração direta e indireta (Lei 8.112/90), e de postos de trabalho no setor privado (Lei 8.213/91). Nesse sentido, a redação dada pelo Decreto 5.296/2004 ao art. 4º do Decreto n. 3.298/99, no sentido de

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limitar a categoria de deficiente auditivo apenas para quem possui surdez bilateral restringiu o alcance objetivado por todo o aparato jurídico constitucional de tutela às pessoas com deficiência. Assim, a perda de audição, ainda que unilateral ou parcial, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida na forma do art. 4º, II, do Decreto nº 3.298/99, configura a condição de portador de necessidades especiais (PNE), como a que se verifica no caso em análise. Precedentes. Recurso ordinário conhecido e provido."

Processo: RO - 1453-07.2012.5.03.0000 Data de Julgamento: 10/02/2014, Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Órgão Especial, Data de Publicação: DEJT 14/02/2014.

Mais decisões recentes favoráveis no TJDFTHoje foram publicadas mais duas decisões favoráveis ao enquadramento da perda auditiva unilateral!

"MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - TJDFT - TÉCNICO JUDICIÁRIO - DIRETOR-GERAL - CESPE/UNB - ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM - IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO - LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO - DESNECESSIDADE DE FORMAÇÃO - PRELIMINARES REJEITADAS - PERDA AUDITIVA UNILATERAL - DECRETO Nº 3.298/99 - DEFICIÊNCIA FÍSICA - WRIT CONCEDIDO. 1. O Diretor-Geral do CESPE/UnB é parte ilegítima para figurar no pólo passivo do writ, ante a contratação da referida instituição para a execução do certame, e a competência do Presidente do TJDFT para a correção do ato acoimado de coator. Preliminar acolhida. 2. A impossibilidade jurídica do pedido, como condição da ação, diz respeito à formulação de pretensão permitida, ou não vedada, no ordenamento positivo, não a questões que demandam incursão no meritum causae. Preliminar rejeitada. 3. A pretensão de reconhecimento de ilegalidade da exclusão de candidato do rol de deficientes físicos classificados no certame dispensa a formação de litisconsórcio passivo necessário, porquanto se trata de direito individual, próprio, que não atinge a esfera de interesses dos demais candidatos, os quais possuem apenas mera expectativa de direito à nomeação. Precedentes jurisprudenciais. Preliminar rejeitada. 4. Embora disponha o inciso II, do artigo 4º, do Decreto nº 3.298/99, que a deficiência auditiva, para fins de deficiência física, consiste na perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz; certo é que seu artigo 3º, inciso I, dispõe que é considerada deficiência "toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano"; o que revela que a surdez, ou deficiência auditiva unilateral, nas freqüências previstas na norma regulamentadora, caracteriza o candidato como pessoa portadora de deficiência com o direito de concorrer às vagas reservadas aos seus portadores. 5. Segurança concedida. Maioria."(Acórdão n.741657, 20130020142225MSG, Relator: GETÚLIO DE MORAES OLIVEIRA, Conselho Especial, Data de Julgamento: 29/10/2013, Publicado no DJE: 12/12/2013. Pág.: 101)

"DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA UNILATERAL. DECISÃO DEFERITÓRIA DE LIMINAR. MANUTENÇÃO. 1. Consoante entendimento jurisprudencial firmado neste Tribunal a perda auditiva unilateral, ou a perda bilateral, mas parcial, não retira do candidato o direito de concorrer às vagas destinadas aos portadores de deficiência. 2. Se o agravo regimental não aduz argumentos suficientes a modificar os fundamentos externados na r. decisão guerreada, não há motivo para se proceder à reconsideração, devendo subsistir os fundamentos já expendidos. 3. Recurso desprovido. Decisão mantida."(Acórdão n.742191, 20130020147938MSG, Relator: MARIO-ZAM BELMIRO, Conselho Especial, Data de Julgamento: 27/08/2013, Publicado no DJE: 12/12/2013. Pág.: 99).

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Órgão Especial do TST reconhece mais uma vez o enquadramento da deficiência auditiva unilateral

Órgão Especial do TST reconhece mais uma vez o enquadramento da deficiência auditiva unilateral em decisão publicada agora em Dezembro de 2013

MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO INSCRITO COMO PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS. ENQUADRAMENTO COMO PNE NEGADO PELA PERÍCIA MÉDICA DO CONCURSO. DEFICIÊNCIA AUDITIVA UNILATERAL. ARTIGOS 3º E 4º DO DECRETO 3.298/1999. A interpretação dos arts. 3º e 4º do Decreto 3.298/1999 (com a redação dada pelo Decreto 5.296/2004) em harmonia com os dispositivos da Constituição da República, mormente com os seus arts. 1º, incs. II e III, e 3º, inc. IV, os quais orientam que mediante as denominadas ações afirmativas sejam efetivadas as políticas públicas de apoio, promoção e integração dos portadores de necessidades especiais, leva à conclusão de que a deficiência auditiva unilateral é suficiente para assegurar o direito de o candidato concorrer a uma das vagas destinadas aos portadores de necessidades especiais a que aludem os arts. 37, inc. VIII, da Constituição da República e 5º, § 2º, da Lei 8.112/1990, não se exigindo que a deficiência auditiva seja bilateral. Segurança concedida para assegurar ao Impetrante o direito de figurar em segundo lugar na lista dos candidatos portadores de necessidades especiais aprovados no concurso público para provimento do cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa - Especialidade: Segurança Judiciária, do quadro de pessoal deste Tribunal.

( MS - 1709-94.2013.5.00.0000 , Relator Ministro: João Batista Brito Pereira, Data de Julgamento: 02/12/2013, Órgão Especial, Data de Publicação: 06/12/2013)

TJDFT reconhece que audição em apenas um dos ouvidos afeta o desempenho do trabalhador. Decisão abre precedente para casos semelhantes.Confiram a notícia publicada no Blog do Servidor do Correio Braziliense:

http://www.dzai.com.br/blogservidor/blog/blogservidor?tv_pos_id=140527

30 de outubro de 2013 02:12 pm

CONCURSO: SURDOS UNILATERAIS ACEITOS EM VAGAS PARA DEFICIENTESTJDFT reconhece que audição em apenas um dos ouvidos afeta o desempenho do trabalhador. Decisão abre precedente para casos semelhantes.

O Conselho Especial do TJDFT reafirmou que a surdez unilateral caracteriza deficiência auditiva, em 29 de outubro de 2013, durante julgamento de mandado de segurança contra ato do presidente do Tribunal e do diretor-geral do Centro de Seleção e Promoçao de Evendos da Unb (Cespe/UnB). O Conselho acolheu a

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argumentação dos advogados do escritório Cassel & Ruzzarin Advogados, de que o artigo 3º, inciso I, do Decreto 3.298, de 1999 assinala a necessidade de proteção também aos que  possuem surdez unilateral, ao detalhar que  "toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano”.

A recusa de aceitar surdez unilateral, segundo o Conselho Especial, contraria julgamento, em menos de um mês, do Superior Tribunal de Justiça. A decisão do Conselho Especial não foi alheia ao recente julgamento do STJ, lembrado pela Desembargadora Sandra De Santis, que abriu a divergência, após relatório e voto do Desembargador Getúlio De Moraes Oliveira.

O julgamento foi para avaliar o caso de concursado que havia sido desqualificado da condição de deficiente auditivo, após  perícia médica oficial, embora tivesse concorrido e aprovado dentro das vagas a pessoas com deficiência física no concurso do TJDFT, para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa. A segurança foi concedida, e o impetrante reincluído no rol dos candidatos portadores de deficiência física, com a determinação de que eventual convocação obedeça a esta classificação.

Mandado de Segurança nº 2013 00 2 014222-5

Fonte: Comunicação Cassel & Ruzzarin Advogados

Brasília, 14h07min 

(Seg, 16 Set 2013 10:08:00)O Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho confirmou o direito de uma candidata com surdez unilateral a vaga de Analista Judiciário. A ação foi remetida ao TST pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) em reexame necessário, depois de a candidata ter impetrado mandado de segurança contra sua exclusão do certame.

O reexame está previsto no artigo 475, inciso I, do Código de Processo Civil, e estabelece que a sentença proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas autarquias e fundações de direito público, está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal. O objetivo é defender o patrimônio público para evitar que sejam proferidas decisões arbitrárias e que causem prejuízo ao erário.

Entenda o caso

A candidata prestou concurso público para o cargo de Analista Judiciário do TRT-Campinas em 2009, na condição de pessoa com deficiência auditiva unilateral (anacusia à direita). No prazo de inscrição, encaminhou laudo médico atestando a deficiência, tal como previsto no edital do concurso. Habilitada em primeiro lugar, foi convocada para o exame médico admissional, mas a junta médica do órgão concluiu que a surdez unilateral não se enquadrava no conceito de deficiente auditivo previsto no Decreto nº 3.298/1999, que exige a perda auditiva bilateral.

Em julho de 2012, a candidata entrou com mandado de segurança para cassar a ordem judicial que a excluiu da lista de vagas reservadas aos candidatos com deficiência aprovados no concurso de 2009. Segundo ela, a surdez unilateral constitui deficiência física definida no Decreto nº 3.298/99, e o candidato acometido de tal patologia tem o direito de concorrer nos concursos públicos às vagas reservadas às pessoas com deficiência.

TST

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O relator do reexame no TST, ministro João Oreste Dalazen, ressaltou que, embora o artigo 4º do Decreto 3.298/99enquadre a deficiência auditiva se constatada perda bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis (dB) ou mais, tal entendimento deve ser compatível com o que estabelece o inciso I do artigo 3º do mesmo Decreto. Segundo o inciso, deficiência consiste em "toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano".

Para Dalazen, houve uma leitura "apressada e textual" do inciso II do artigo 4º do decreto pela Presidência do TRT, que entendeu equivocadamente que apenas a surdez bilateral ensejaria o reconhecimento da deficiência física. "Há que se ter em vista a regra de hermenêutica segundo a qual a lei deverá ser interpretada de acordo com os fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum", ressaltou.

Dalazen ainda lembrou que, se a finalidade da lei é amparar a pessoa, não há razão para restringir o conceito de deficiência, "que deve ser interpretado em conformidade com o espírito do arcabouço jurídico que rege o tema, criado para favorecer a inclusão social da pessoa com deficiência física".

(Ricardo Reis/CF)

Processo: ReeNec-1220-74.2012.5.15.0000

O Órgão Especial do TST é formado por dezessete ministros, e o quórum para funcionamento é de oito ministros. O colegiado,

entre outras funções, delibera sobre disponibilidade ou aposentadoria de magistrado, escolhe juízes dos TRTs para substituir

ministros em afastamentos superiores a 30 dias, julga mandados de segurança contra atos de ministros do TST e recursos

contra decisão em matéria de concurso para a magistratura do trabalho e contra decisões do corregedor-geral da Justiça do

Trabalho.

Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficial.Permitida a reprodução mediante citação da fonte.Secretaria de Comunicação SocialTribunal Superior do TrabalhoTel. (61) [email protected]

EMENTA: CONCURSO PÚBLICO – CONCORÊNCIA ÀS VAGAS DE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS – SURDEZ UNILATERAL -– CANDIDATO DESCLASSIFICADO PARA A VAGA DE DEFICIENTE FÍSICO – IMPOSSIBILIDADE. Restando demonstrado nos autos que o autor possui perda auditiva neurossensorial à direita superior aos 41 dB estabelecidos no art. 4º,II do Decreto 3.298/99, a ele deve ser assegurada a reserva de vagas destinadas aos deficientes físicos.

Apelação Cível  Nº 1.0515.10.001238-1/001 - COMARCA DE Piumhi  - Apelante(s): RONAN GERALDO SILVA - Apelado(a)(s): FURNAS CENTRAIS ELéTRICAS S/A.

A C Ó R D Ã O

Vistos etc., acorda, em Turma,   a 18ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos em dar provimento.

DES. MOTA E SILVA

Relator.

Page 7: Decisões Da Justiça

Des. Mota e Silva (RELATOR)

V O T O

O apelante, Ronan Geraldo Silva, alegando que possui deficiência auditiva unilateral total, ingressou com a presente ação ordinária com pedido liminar cumulada com indenização por danos morais contra a apelada, Furnas Centrais Elétricas S.A., visando a sua investidura no cargo de técnico eletrotécnico nos quadros dos servidores da ré e o ressarcimento pelos danos morais que alega ter sofrido em razão da sua desclassificação nas vagas destinadas aos portadores de deficiência no concurso público previsto no Edital nº005/2005 da ré.

O pedido de concessão de liminar foi indeferido (f.72-74 TJ).

De acordo com a certidão da Secretaria do Juízo a ré foi regularmente citada e não apresentou contestação (f.111v TJ).

Ao proferir a sentença o MM. Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Piumhi, Christian Garrido Higuchi, julgou improcedente o pedido inicial ao fundamento de que a perda auditiva unilateral total não configura deficiência para fins de enquadrar o autor como “pessoa portadora de deficiência” (f.144-147 TJ).

Através das razões recursais (f.149-176 TJ) o autor pretende a reforma da sentença alegando em síntese que o inciso II do art.4º do Decreto Federal 3.298/1999 deve ser interpretado em conjunto com o art. 3º do mesmo diploma legal. Aduz que a jurisprudência usada na fundamentação da sentença está vencida, transcrevendo a jurisprudência e doutrina que entende a seu favor. Ao final requer a reforma da sentença.

Não foram apresentadas contrarrazões pela parte ré (f.178v TJ).

É o relatório.

Observo que o apelante está litigando sob o pálio da assistência judiciária (f.74 TJ).

Conheço do recurso porque regular e tempestivo. Presentes os pressupostos subjetivos e objetivos de admissibilidade recursal.

Narram os autos que o apelante se inscreveu em concurso público para provimento de cargo de técnico – nível médio, da apelada, edital n. 005/2015 (f.20-42).

Em razão de ser portador de Disacusia Neurossensorial Profunda no ouvido direito, requereu sua inscrição como candidato portador de necessidades especiais e aprovado em 1º (primeiro) lugar nas provas realizadas (f.44). No entanto, o apelante foi surpreendido com o parecer do Departamento de Saúde de Furnas que considerou que o candidato não é portador de deficiência conforme Decreto nº 3.298/99 em razão da deficiência auditiva ser unilateral, mantendo-o na condição de concorrente a vagas regulares (f.64-65TJ), o que deu ensejo à propositura da presente ação.

Page 8: Decisões Da Justiça

De início, cabe registrar que inexiste discussão acerca da perda auditiva direita pelo apelante, tratando-se de fato incontroverso nos autos, reconhecido pela apelada no ofício juntado com a petição inicial (f.64-65 TJ).

A controvérsia recai sobre a caracterização da surdez unilateral como deficiência física.

O Decreto 3.298/99, com as alterações introduzidas pelo Decreto 5.296/04, aplicáveis ao concurso em questão, cujo edital é de 2005, quando já vigentes as inovações, dispõe, no artigo 3º, sobre o conceito de deficiência física, nos termos seguintes:

"Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, considera-se:

I - deficiência - toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano;

II - deficiência permanente - aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos; e

III - incapacidade - uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida."

O artigo 4º, por sua vez, especifica as anomalias que caracterizam seu portador como deficiente físico:

"Art. 4º - É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:I - (...) II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz; (Redação dada pelo Decreto nº 5.296, de 2004 - grifei)"

Constata-se, portanto, que, para fins de aplicação da legislação que assegura aos portadores de deficiência o ingresso no mercado de trabalho, inclusive, com reserva de vagas, em concursos públicos, considera-se portador de deficiência, a pessoa que apresentar perda auditiva bilateral, parcial ou total, de pelo menos 41 db.

Uma interpretação gramatical do inciso II do art. 4º pode mesmo levar a crer que a surdez, para caracterizar deficiência auditiva, deve, necessariamente, ser bilateral.

Extrai-se da avaliação auditiva da apelante:

“OD. Perda auditiva com ausência de respostas em todas as freqüências” (f.58).

Referido exame acusa ainda que a perda auditiva do apelante é bem superior a 41db, chegando a 120 db, embora unilateral (hipoacusia neuro-sensorial profunda – f.58).

Page 9: Decisões Da Justiça

Registre-se que, tratando-se de dispositivo que visa assegurar direito fundamental, a saber, a isonomia entre as pessoas portadoras de deficiência e as que não apresentam tais limitações, havendo dúvida quanto à sua interpretação, esta deve ser solucionada de maneira extensiva, de modo a não prejudicar a pessoa portadora da anomalia.

No caso em exame, impende a concretização dos princípios constitucionais da isonomia, razoabilidade e da proporcionalidade.

Dissertando sobre o princípio da razoabilidade, ensina Luís Roberto Barroso (Interpretação e Aplicação da Constituição, Saraiva, 3ª ed.,1999, p.23400):

“O princípio, naturalmente, não liberta o juiz dos limites e possibilidades oferecidos pelo ordenamento. Não é de voluntarismo que se trata. A razoabilidade, no entanto, oferece uma alternativa de atuação construtiva do Judiciário para a produção do melhor resultado, ainda quando não seja o único possível ou mesmo aquele que mais obviamente resultaria da aplicação acrítica da lei.

O princípio da razoabilidade faz uma imperativa parceria com o princípio da isonomia. À vista da constatação de que legislar, em última análise, consiste em discriminar situações e pessoas por variados critérios, a razoabilidade é o parâmetro pelo qual se vai aferir se o fundamento da diferenciação é aceitável e se o fim visado é legítimo."

Não se pode concluir, data venia, que a pessoa que apresenta perda auditiva total em um dos ouvidos e tenha as funções do outro preservadas tenha menos limitações e dificuldades que a portadora de perda parcial nos dois ouvidos.

É dizer, não se mostra razoável e proporcional a dicção do Decreto regulamentador, ao desequiparar uma limitação parcial na audição dos dois ouvidos, com a de perda total de um. Acredito que as situações são bastante similares, ou seja, há uma deficiência acentuada, nos dois casos, a impedir o normal ingresso no escasso mercado de trabalho. Então, essa restrição de direito não se me afigura estar de acordo com a melhor e mais justa exegese e com a necessária concretude que se deve dar aos princípios constitucionais.

Impedir o apelante, que sofreu perda auditiva profunda em um dos ouvidos, de concorrer a uma vaga destinada aos portadores de deficiência, viola o princípio da isonomia, estabelecido no caput do artigo 5º, da Constituição Federal como fundamento da República Federativa do Brasil.

O apelante, que apresenta perda auditiva total no ouvido direito, sofre, tal qual se a deficiência fosse parcial e bilateral, limitações no desempenho de suas atividades, impondo-se reconhecer que deve ser considerado como portador de deficiência física, para fins de ingresso em cargos públicos.

“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA UNILATERAL. RESERVA DE VAGA. POSSIBILIDADE. DILAÇÃO PROBATÓRIA. DESNECESSIDADE. SURDEZ AFERIDA POR JUNTA MÉDICA. 1. A solução da controvérsia não exige dilação probatória, pois não se discute o grau de deficiência do recorrente, que já foi aferido por junta médica, mas, sim, determinar se a surdez unilateral configura deficiência física, para fins de aplicação da legislação protetiva. 2. Nos termos da Lei nº 7.853/1989, regulamentada pelos Decretos nos 3.298/1999 e 5.296/2004, toda perda de audição, ainda que unilateral ou parcial, de 41 decibéis (dB) ou  mais, aferida por audiograma

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nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz, caracteriza deficiência auditiva. 3. O laudo médico oficial confirmou que o candidato possui "deficiência acústica unipolar" no ouvido esquerdo, o que se revela suficiente para a caracterização da deficiência, porquanto a bilateralidade da perda auditiva não é legalmente exigida nessa seara. 4. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento de que a pessoa que apresenta surdez unilateral tem direito a vaga reservada a portadores de deficiência. A propósito: AgRg no AREsp 22.688/PE, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 24/4/2012, DJe 2/5/2012; AgRg no RMS 34.436/PE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 3/5/2012, DJe 22/5/2012; AgRg no REsp 1.150.154/DF, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 21/6/2011, DJe 28/6/2011; RMS 20.865/ES, Rel. Ministro PAULO MEDINA, SEXTA TURMA, julgado em 3/8/2006, DJ 30/10/2006. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AgRg no RMS 24445 / RS; Relator Ministro Og Fernandes; 6ªT., DJe 17/10/2012)

A questão, destarte, deve ser solucionada através do processo de interpretação, diante do caso concreto, através do chamado "método hermenêutico concretizador" de que falam os publicistas.

O Decreto, portanto, no inciso II do § 4º não se mostra razoável nem proporcional, sendo que desiguala situações similares (quais sejam, a perda total da audição de um ouvido com a perda parcial nos dois).

Diante desse quadro, a condição de deficiência da capacidade de ouvir - surdez unilateral - da mesma forma como ocorre com a visão monocular, deve ser reconhecida como direito do candidato de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes.

É o que dispõe a Súmula 377 STJ:

“O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes.”

Com tais considerações, DOU PROVIMENTO ao recurso de apelação do autor para reformar a sentença de 1ª Instância e julgar procedente o pedido inicial, garantindo ao autor todos os direitos em razão de sua aprovação no concurso público desde a data de sua desclassificação ocorrida em 03/11/2008 (f.64-65 TJ), condenando a ré ao pagamento das custas e despesas processuais bem como honorários advocatícios no valor de R$2.000,00 (dois mil reais).

Des. Arnaldo Maciel (REVISOR) - De acordo com o(a) Relator(a).

Des. João Cancio - De acordo com o(a) Relator(a).

SÚMULA: "DERAM PROVIMENTO"

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Candidato portador de surdez unilateral tem direito à vaga destinada a portadores de deficiência

A pessoa que apresenta surdez unilateral tem direito à vaga reservada aos portadores de deficiência em concurso público. Esse foi o entendimento da 6.ª Turma do TRF da 1.ª Região ao analisar recurso apresentado por candidato, portador de surdez unilateral, requerendo sua continuidade no concurso, na condição de portador de deficiência, para o cargo de Técnico de Controle Interno do Tribunal de Contas da União.

O impetrante recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1.ª Região contra sentença da 5.ª Vara do Distrito Federal que negou o pedido de antecipação dos efeitos da tutela formulado nos autos de mandado de segurança, ao fundamento de que “a perda de audição de apenas um ouvido não reduz substancialmente a possibilidade de uma pessoa obter e conservar um emprego adequado”.

Ao analisar o apelo, a relatora, juíza federal convocada Hind Ghassan Kayath, destacou que a orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do próprio TRF da 1.ª Região é no sentido de que “toda perda auditiva, ainda que unilateral ou parcial, de 41 decibéis ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500hz, 1000hz, 2000hz e 3000hz, é considerada deficiência auditiva”.

Ainda de acordo com a magistrada, diferentemente do que sentenciou o juízo de primeiro grau, “a surdez unilateral cria barreiras físicas e psicológicas na disputa de oportunidades no mercado de trabalho, situação que o benefício de vagas tem por objetivo compensar”.

Dessa forma, por unanimidade, a Turma deu provimento à apelação para determinar o prosseguimento do candidato no certame e, em caso de aprovação, a reserva de vaga enquanto se discute o mérito do feito principal.

Fonte: Âmbito Jurídico