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Quatro importan- tes conclaves sindicais reaiizaram-se no calor dos preparativos para os fes- tejos do Dia do Trabalhador. Foram os congressos cios trabalhadores de São Paulo, Estado do Rio, Sa,nta Ca- tarina, Paraná e Pernambuco. Essas e outras realizações de processaram independentemente da influência mi- nisterial e patronal, sendo marcadas pela seriedade com que os trabalha- dores debateram os seus problemas e formularam as suas reivindicações. Leia na 6' página do caderno. Tribuna de Debate Prossegue nas páginas 3 e 4 do 2* caderno, o debate das "Teses para Discussão" e do Projeto de Estatutos do Partido Comunista. Nes- te número com artigos de Maurício Grabois, Carlos Da- nielli, Pedro Pomar e José Vicente. BB ajuda os trustes a liquidarem com a indústria farmacêutica em Moscou Você pode estudar AS empresas genuinamente nacio- nais que operam no ramo da indústria farmacêutica marcham lentamente para sua completa liqui- dação em conseqüência da crescente pressão e concorrência que vêm so- frendo da parte dos trustes infernado- nais do mesmo ramo, particularmente os de origem norte-americana, que atuam livremente em nossa pátria. Os trustes norte-americanos que monopo- lizam quase completamente a indústria farmacêutica no Brasil contam, para a concretização de seus planos de completo domínio do mercado, com a conivência do Governo e a ajuda va- liosa do Banco do Brasil. (Leia na 6- página do caderno, completa re- portagem sobre o assunto) . O sr. Carvalho Pinto quer mesmo fazer a reforma agrária'? OS jornais empenhados na pro- paganda do sr. Jânio Qua- dros têm feito força para apre- sei.tar o projeto de «reforma da es- trutura agrária» apresentado pelo go- vernador Carvalho Pinto como uma grande e revolucionária iniciativa. Chegam mesmo a dar ao projeto um caráter radical, medida capaz de re- solver em definitivo os problemas dos homens do campo, etc, etc. Preten- dem, assim, atrair para a candidatura Jcnio Quadros, através dos elogios ao governador janista, a simpatia dos se- ?ores da opinião pública favoráveis à reforma agrária. Veja, porém, no ar- tigo de autoria de Eros Trench, pu- biicado na 2' página do 2 caderno, o que vem a ser a reforma agrária do sr. Carvalho Pinto. Lott e a Legalidade do PCB UMA oportunidade excepcional é agora oferecida aos jovens d< América Latina, Ásia e África: estudar em Moscou, numa nova uni- versidade para quatro mil alunos cria- da por várias instituições soviéticas cs- pecialmente para a juventude dos pai- ses subdesenvolvidos. Os cursos da Universidade da Amizade dos Povos formarão engenheiros, médicos, agro- nomos, matemáticos, fisicos, economis- tas, historiadores, lingüistas, doutores em direito. A duração dos cursos se- rá, para uns, de quatro e para ou- Iros de cinco anos. Os que estudarem na nova universidade nenhuma des- pesa farão, pois terão pagas as pas- 'sagens de ida-e-volta, a estada em. Moscou. Na pág. 6 do 1' caderno. £ 14 anos depois veio o II Congresso Sindical Paulista OS trabalhadores do Estado de São Paulo realizaram o seu II Congresso -Sindical, 14 anos após a promoção do último Congres- so. O conclave, refletindo os anseios dt mais de um milhão de trabalha- dores paulistas, aprovou uma pleito- forma geral de reivindicações, situando a posição do movimento sindical bon- deirante face aos problemas das mns- sas laboriosas e do pais. Os paulistas repudiaram as manobras continuísla:.,' reafirmaram a sua posição naciona- Iista e manifestaram-se pela convoca- ção, para julho próximo, do Congres- so Sindical Nacional dos Trabalhado- res. Leia reportagem na 2' página deste caderno. MÁRIO ALVES RESPONDENDO a um popular, que o interpelou no comício de Recife,, disse o marechal Lott ser con- Irário à legalidade do Partido Comunista «en- quanto fôr orientado por uma potência estrangeira» . Essa resposta demonstra o quanto está imbuído de preconceitos retrógrados o candidato das forças na- cionalistas. OS comunistas estão convencidos da necessidade de manter a união das correntes antiimperia- listas em face do inimigo comum. Para isto é indispensável ter clareza sobre as nossas discordân- cias. 0 principal, porém, é salientar aquilo que nos une o programa nacionalista e democrático em que deve baSear-se a campanha do marechal Lott. Se o nosso candidato insiste em acentuar os pontos de di- vergência, não nos resta senão discutir. Mas nosso objetivo nessa discussão é somar forças, e não divi- di-las. Não faremos o jogo do janismo, que preten- de explorar as 'discrepâncias no campo nacionalista para .levar ao poder o candidato dos trustes. O MARECHAL Lott e alguns outros nacionalistas erram ao supor que a legalidade do PC é uma , exigência exclusiva dos comunistas. No mun- do de hoje,, a existência legal do partido marxista tornou-se um sinal indicativo da vigência da -demo- cracia. Somente nos países onde sobrevive o espoc- Iro do fascismo o PC é considerado ilegal: na Espa- nha, em Portugal, no Paraguai, na República Domi- nicann. Ou na Alemanha Ocidental das perseguições anti-semitas e na Argentina subjugada pelo entre- guismo. Prefere o marechal Lott situar o Brasil no rol desses países (ironizados, ou ao lado dos países democráticos, que reconhecem o- direito de associa- ção aos comunistas? NENHUM governo das democracias capitalistas ousaria colocar fora ela lei o PC, sob a ale- gação ds ser orientado por uma potência es- ? ringeita . Os operários e a opinião democrática dês- ses oaises repeliriam indignados tal acusação. Porque a oiienlação dos Partidos Comunistas é elaborada à luz do dia, em debates públicos entre os militantes, como o que se trava agora nas fileiras do PCB e através das colunas deste jornal. NÃQ partido mais nacional do que o Parlido Comunista, porque nenhum é mais popular. Nenhum tem raízes tão fundamente plantadas no próprio cerne da nação, que é o povo trabalha- dor. Um partido que merece a confiança dos traba- lhadores, porque luta por suas aspirações, náo pode ser acusado de se guiar por interesses que náo se identifiquem aos do povo brasileiro. Ou o marechal Lott chegaria ao obsutdo de supor que a população trabalhadora de Recife, os milhares de patriotas que votam com o PC e que assistiam ao seu comício, se- riam capazes de seguir uma orientação que não cor- respondesse aos interesses nacionais? 0 CANDIDATO nacionalista confunde a solida- riédade internacional da classe opeiaria com uma suposta «subordinação à União Soviéti- ca». Nós, comunistas- brasileiros, somos solidários com os trabalhadores de todo o mundo e com os países que constróem uma sociedade livre da exploração e da injustiça social. Guiamo-nos pelos princípios teó- ricos marxistas, que têm valor universal porque ex- pressam os interesses comuns da classe operária. Mas a política dos comunistas brasileiros n traçada por nós próprios, de acordo com a realidade de nosso país. APROVA de que os comunistas são verdadeiros patriotas, está precisamente em seu apoio à candidatura do marechal Lr/t. Embora o can- didoto, nacionalista insista em proclamar-se antico- munista, pomos de lado nossas divergências ideoló- gicas e o apoiamos, convictos da necessidade de cer- rar fileiras para impedir a vitória de Jânio Qjadros candidato da oligarquia entreguista de São Pau- lo, da reação lacerdisla, da imprensa dos trustes. QUANTO à legalidade do PCB, continuaremos a lutar por essa reinvindicação democrática, que as massas trabalhadoras e populares hão de tornar vitoriosa, apesar de todas as incomor^Pncõ» e preconceitos retróqrados '.< -• I .i.QSiJs«*íiá.v-.'. . MiÉIÉÉÉÉíftÉÉãi wmmÊm ,Mil l—Mi IIIlli

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ANO II Rio de Janeiro- semana de 6a 12 de maio de 1960 ira*Diretor — Mário Alves Redator-Chefe — Orlando Bomfim Jr. Gerente — Guttemberg Cavalcanti

UNIÃO PARA DERROTAR0 CLUBE DA LANTERNA

(Ufa mi Panorama na 3* pág. do I9 oídsmo)

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comemorações do Dia Primei-ro de Maio refletiram uma no-va etapa no desenvolvimento

da luta dos trabalhadores pela suaunidade e conquista da autonomia eliberdade sindicais. Quatro importan-tes conclaves sindicais reaiizaram-seno calor dos preparativos para os fes-tejos do Dia do Trabalhador. Foramos congressos cios trabalhadores deSão Paulo, Estado do Rio, Sa,nta Ca-tarina, Paraná e Pernambuco. Essase outras realizações de processaramindependentemente da influência mi-nisterial e patronal, sendo marcadaspela seriedade com que os trabalha-dores debateram os seus problemas eformularam as suas reivindicações.Leia na 6' página do 2° caderno.

Tribunade Debate

Prossegue nas páginas 3e 4 do 2* caderno, o debatedas "Teses para Discussão"e do Projeto de Estatutosdo Partido Comunista. Nes-te número com artigos deMaurício Grabois, Carlos Da-nielli, Pedro Pomar e JoséVicente.

BB ajuda os trustesa liquidarem com aindústria farmacêutica em Moscou

Você podeestudar

AS

empresas genuinamente nacio-nais que operam no ramo daindústria farmacêutica marcham

lentamente para sua completa liqui-dação em conseqüência da crescente

pressão e concorrência que vêm so-frendo da parte dos trustes infernado-nais do mesmo ramo, particularmenteos de origem norte-americana, queatuam livremente em nossa pátria. Ostrustes norte-americanos que monopo-lizam quase completamente a indústriafarmacêutica no Brasil contam, paraa concretização de seus planos decompleto domínio do mercado, com aconivência do Governo e a ajuda va-liosa do Banco do Brasil. (Leia na6- página do \° caderno, completa re-

portagem sobre o assunto) .

O sr. Carvalho Pinto

quer mesmo fazera reforma agrária'?

OS

jornais empenhados na pro-paganda do sr. Jânio Qua-dros têm feito força para apre-

sei.tar o projeto de «reforma da es-trutura agrária» apresentado pelo go-vernador Carvalho Pinto como umagrande e revolucionária iniciativa.Chegam mesmo a dar ao projeto umcaráter radical, medida capaz de re-solver em definitivo os problemas doshomens do campo, etc, etc. Preten-dem, assim, atrair para a candidaturaJcnio Quadros, através dos elogios aogovernador janista, a simpatia dos se-?ores da opinião pública favoráveis àreforma agrária. Veja, porém, no ar-tigo de autoria de Eros Trench, pu-biicado na 2' página do 2 caderno,o que vem a ser a reforma agráriado sr. Carvalho Pinto.

Lott e a Legalidade do PCBUMA

oportunidade excepcional éagora oferecida aos jovens d<América Latina, Ásia e África:

estudar em Moscou, numa nova uni-versidade para quatro mil alunos cria-da por várias instituições soviéticas cs-pecialmente para a juventude dos pai-ses subdesenvolvidos. Os cursos daUniversidade da Amizade dos Povosformarão engenheiros, médicos, agro-nomos, matemáticos, fisicos, economis-tas, historiadores, lingüistas, doutoresem direito. A duração dos cursos se-rá, para uns, de quatro e para ou-Iros de cinco anos. Os que estudaremna nova universidade nenhuma des-pesa farão, pois terão pagas as pas-'sagens

de ida-e-volta, a estada em.Moscou. Na pág. 6 do 1' caderno.

£ 14 anos depoisveio o II CongressoSindical Paulista

OS

trabalhadores do Estado deSão Paulo realizaram o seu IICongresso -Sindical, 14 anos

após a promoção do último Congres-so. O conclave, refletindo os anseiosdt mais de um milhão de trabalha-dores paulistas, aprovou uma pleito-forma geral de reivindicações, situando

a posição do movimento sindical bon-deirante face aos problemas das mns-sas laboriosas e do pais. Os paulistasrepudiaram as manobras continuísla:.,'reafirmaram a sua posição naciona-Iista e manifestaram-se pela convoca-ção, para julho próximo, do Congres-so Sindical Nacional dos Trabalhado-res. Leia reportagem na 2' páginadeste caderno.

MÁRIO ALVES

RESPONDENDO

a um popular, que o interpelou nocomício de Recife,, disse o marechal Lott ser con-Irário à legalidade do Partido Comunista «en-

quanto fôr orientado por uma potência estrangeira» .Essa resposta demonstra o quanto está imbuído depreconceitos retrógrados o candidato das forças na-cionalistas.

OS

comunistas estão convencidos da necessidadede manter a união das correntes antiimperia-listas em face do inimigo comum. Para isto é

indispensável ter clareza sobre as nossas discordân-cias. 0 principal, porém, é salientar aquilo que nosune — o programa nacionalista e democrático em quedeve baSear-se a campanha do marechal Lott. Se onosso candidato insiste em acentuar os pontos de di-vergência, não nos resta senão discutir. Mas nossoobjetivo nessa discussão é somar forças, e não divi-di-las. Não faremos o jogo do janismo, que preten-de explorar as 'discrepâncias no campo nacionalistapara .levar ao poder o candidato dos trustes.

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MARECHAL Lott e alguns outros nacionalistaserram ao supor que a legalidade do PC é uma

, exigência exclusiva dos comunistas. No mun-do de hoje,, a existência legal do partido marxistatornou-se um sinal indicativo da vigência da -demo-

cracia. Somente nos países onde sobrevive o espoc-Iro do fascismo o PC é considerado ilegal: na Espa-nha, em Portugal, no Paraguai, na República Domi-nicann. Ou na Alemanha Ocidental das perseguiçõesanti-semitas e na Argentina subjugada pelo entre-guismo. Prefere o marechal Lott situar o Brasil norol desses países (ironizados, ou ao lado dos paísesdemocráticos, que reconhecem o- direito de associa-ção aos comunistas?

NENHUM

governo das democracias capitalistasousaria colocar fora ela lei o PC, sob a ale-gação ds ser orientado por uma potência es-

? ringeita . Os operários e a opinião democrática dês-ses oaises repeliriam indignados tal acusação. Porquea oiienlação dos Partidos Comunistas é elaborada àluz do dia, em debates públicos entre os militantes,

como o que se trava agora nas fileiras do PCB eatravés das colunas deste jornal.

NÃQ

há partido mais nacional do que o ParlidoComunista, porque nenhum é mais popular.Nenhum tem raízes tão fundamente plantadas

no próprio cerne da nação, que é o povo trabalha-dor. Um partido que merece a confiança dos traba-lhadores, porque luta por suas aspirações, náo podeser acusado de se guiar por interesses que náo seidentifiquem aos do povo brasileiro. Ou o marechalLott chegaria ao obsutdo de supor que a populaçãotrabalhadora de Recife, os milhares de patriotas quevotam com o PC e que assistiam ao seu comício, se-riam capazes de seguir uma orientação que não cor-respondesse aos interesses nacionais?

0

CANDIDATO nacionalista confunde a solida-riédade internacional da classe opeiaria comuma suposta «subordinação à União Soviéti-

ca». Nós, comunistas- brasileiros, somos solidários comos trabalhadores de todo o mundo e com os paísesque constróem uma sociedade livre da exploração eda injustiça social. Guiamo-nos pelos princípios teó-ricos marxistas, que têm valor universal porque ex-pressam os interesses comuns da classe operária. Masa política dos comunistas brasileiros n traçada pornós próprios, de acordo com a realidade de nossopaís.

APROVA

de que os comunistas são verdadeirospatriotas, está precisamente em seu apoio àcandidatura do marechal Lr/t. Embora o can-

didoto, nacionalista insista em proclamar-se antico-munista, pomos de lado nossas divergências ideoló-gicas e o apoiamos, convictos da necessidade de cer-rar fileiras para impedir a vitória de Jânio Qjadros— candidato da oligarquia entreguista de São Pau-lo, da reação lacerdisla, da imprensa dos trustes.

QUANTO

à legalidade do PCB, continuaremos alutar por essa reinvindicação democrática, queas massas trabalhadoras e populares hão de

tornar vitoriosa, apesar de todas as incomor^Pncõ»e preconceitos retróqrados

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— 2 NOVOS RUMOS •' l'"11" '. I ¦ )'. "¦!¦'"¦ (¦¦¦,'"¦ ¦!¦ 6 a 12 de maio de 1960 —

CONGRESSO SINDICAL PAULISTA DEFENDE AUTONOMIATrabalhadoresPodem Andar Com

us Próprios PósOS SeReportagem de JOÃO MASSENA MELO

Os trabalhadores do Estado di SãoPaulo, reunidos em «eu II CongressoSindical, saudatam calorosamente o vi-ce-preiidente da República,, sr. JoãoCuulart, quando o mesmo anunciou a¦•vogaçuo das portarias ministeriaisque violavam as liberdadts sindicais,dtltrminando a prorrogação, até 1962,dos atuais mandatos dos dirigentes dasentidades dos trabalhadores. Mai àsua saudação inicial os congrpssistcsjuntaram um protesto veemente contraa tentativa de Introdução de políticapartidária nos sindicatos, fazendo umapelo ao deputado Oswaldo Lima Fi-lho para que ò mesmo retiro o projetodo sua autoria que se encontra na Cá-mara Federal.

A atitude de independência d o strabalhadores paulistas t de vigilon-cia em defesa dás liberdades, sindi-cais e democráticas não ficou aí. Ma-nifestciram-se também, por unanimida-de, conlra as manobras continuístas, vi-sando a adiar as eleições presiden-ciais de 3 de outubro. Ntsse sentido,o II Congresso resolveu «reafirmar suaposição intransigente na dtfesa dospostulados democráticos inseridos naConstituição da República e pela rea-lização das eleições no dia 3 de ou-tubro».

O II Congresso Sindical dos Traba-lhadores do Estado de São Paulo, quest realizou de 27 a 30 de abril, com aparticipação de 1.500 delegados, re-

presenlando cerca de 200 entidadessindicais, reafirmou uma posição deprincípios nacionalista, cooiente com aplataforma aprovada na II Conferin-cia Sindical Nacional.

Sugestões paraa reforma agrária

Todos ou, polo menos, quer.» lo-dos os problemas das massas caba-Inodoras paulistas foram debatidos noconclave. A questão da reforma agra-na, entretanto, so destacou como umd<« assuntos mais palpita.it*. Os tra-balhc dores criticaram o projíta do gc-vernodor Carvalho Pinto enviudo á As-serbléia Legislativa do Ssíacn, e cfir-maram, após vários debates, qut o re-ferido projeto é inti: írncntj inócua, -que os seus objttivos só serão ulcunçudos se forem introduzidas nele as se-guintes modificações : 11 c preço ciasttrras a strtm desapropriadas puioEstado dtvt str calculado no buse dovalor declarado para firs fiscais, mniso valor das btnftitorias; 21 o pitçodas ttrras do Estado vtndidas »m lo-tes não devtrá sor suptrior a de/, poretnto do priço médio das ttrras parti-cularts da rtgião; 3) aumentar dt 10para 20 anos o prazo para pagamentodos lotts; 4) tlevar o prazo para iní-cio da exploração do imóvtl; 51 o pa-gamtnto da primeira prtstação dtvtrástr ftito no final do ano agrícola; ò)

as prestações anuaij deverão ser cal-coladas de modo que o adquirinte pa-gue, nos primeiros cinco anos, 20%do preço total nos dez anos seguintes,50% do preço total, e nos últimos cln*co anos, os restantes 30%; 7) redu-ção da taxa de juros de sois para . .4%; 8) elevar de dois para três o nú-mero de prestações não pagas, parao fim dl rescisão do contrato, fican-do o Estado, porém, obrigado a pa-gar o valor das benfeitorias realiza-das; 9) será facultado ao adquirintepagar suas prestações tm produtos,pelo seu justo valor; 10) serão destl-nados à desapropriação não apenas osrecursos provenientes do Imposto Ter-ritnrial Rural, que representa parceloinsignificante da a r r e c adação; 11)adotar as seguintes taxaçõts progres-sivas para as propriedades: de maisde 50 até 100 hectares — 2%, de100 até 500 — 3%, de 500. até . .1.000 — 6%, de 1.000 até 5.000 —7%, de mais de 5.000 — 8%; 121considerar equiparadas às ártas culti-vadas apenas as pastagens formadase em boa conservação, as matas na-turais e as ocupadas com benfeitorias;13) iniciar o retombamento das ler-ras devolutas, liberando-se da usurpa-ção dos grilheiros e garantindo-se ap^sse por lavrador até 50 hectares. OII Congresso recomendou ainda a ime-diata reavaliação das propriedades,para o fim do lançamento do ImpostoTerritorial Rural.

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Paulistas apoiama revolução cubana

A moçgo de solidariedade £ revolue&o ''gados ao II Congresso Sindical rios Tra baliucerrou na noite rie 30 de abril, com a pretolo, a mesa que presidiu a sessão.

ubana foi aprovada da pé pelos .dei*--adores do Estado ele S. Paulo, que se en-seiiga de iníimnras personalidades Na

NotaSindical

Autonomiae Unidade noPrimeiro de Maio

O ministro Batista Ramos cotrmi do .tango a JK, ouviu o ex- Ministrofio rrabalho, coníerencioii com o sr. Armando Falcão, e acabou revogandoas portarias que prorrogavam, até fevereiro de 1962, 0s mandatos dos aluaisdiretores dos sindicatos, federações e ronfederações de empregados o Ucempregadores. Não linha outro jeito. As manifestações do müvlincnlooperário, partidas de iodo o pais, contra as referidas portarias, foram tãograndes, unânimes e Imediatas que .deixaram desarvorada toda a equipedo teóricos da prorrogação. Falo curioso é que ninguém quis ser o pai dacriança. Até mesmo o ex-ministro Fernando, Nóbrega, que deu à luz osmohstrengOB, apressou-se. depois do sepullamento dos mesmos, a dizer quetudo não passara de um lamentável cochilo seu. assinando coisas queapareceram, colocadas matreiramente sobre a mesa tio seu gabinete, aoapagar das luzes de sua passagem pelo Ministério do Trshalho.

A verdade é que os embusieiros do movimento operário tiveram iiiíiíhum testemunho eloqüente da decisão dos trabalhadores de defender, comenergia, a liberdade c a autonomia sindicais.

Mas ps trabalhadores nesse L' de Maio não ficaram apenas na repri-menda vitoriosa ao que eles dia ma ram fie "intervenção branca nos sindi-ca tos". Outros exemplos que atestam a sua decisão de manter o movimentosindical autônomo, e unido, livre da lulela ministerial e patronal, foramdados em lodo o pais. Aqui, lio Estado da Guanabara, foi o próprio vespertina"O Globo" quem reconheceu o fracasso completo das comemorações oficiaisprogramadas pelo SKSI p Departamento de Turismo da Prefeitura para oi de Maio. A missa prevista para às s» horas, no campo de São Cristóvão,pelo tom da noticia', parece que só contou com o compareci monto rio fiel MárioSaladini, diretor rio Departamento, de Turismo e do próprio vigário daparóquia local. Até o -acristftn teria faltado.,.

Enquanto isso, os trabalhadores cariocas participavam das comemora-ções programadas pelos seus sindicatos, No Palácio do .Metalúrgico, os diri-gentes rie todos os ramos profissionais, acompanhados de grande massa deoperários, davam um balanço nas suas atividades, traçando normas paratornar mais forte e atuante o movimento sindicai. .

Nos Estados de Sfto Paulo, de Pernambuco (com representantes doNorte e Nordeste), de Santa Catarina, Paraná e Rio rie Janeiro, os traba-lhadores reuniram-se em congressos, passando em revista os seus problemas.' 'iodos esses conclaves, que se encerraram na data magna do.s tra-balliadores, foram unânimes na aprovação de unia plataforma de luta naqual se inclui a participação do movimento sindical na batalha contra osubdesenvolvimento do pais e pela solução democrática e nacionalista parao.s seus problemas. A convocação do Congresso Sindical Nacional para opróximo més de julho foi uma das resoluções constantes dos, últimosconclaves. Esse falo demonstra que os tra-balhadores, do norte ao sul do pais. sen,e:n a necessidade de coordenai as suas'ôrças, marchando com os seus próprios péspata < :onqulsta tias suas reivindicaçõesíüqnòmlças, políticas e sociais.

EstudosSociais

N' 7

Já se encontraà venda emtodas as bancasdo Rio de Janeiroe São Paulo,

CrS 30,0C

Sobre as liberdade!

Denunciando ai manobras contra arealização do próximo pleito eleitoral,e o< atentados às liberdades sindicais/os trabalhadores decidiram: denunciartoda e qualquer afívidadt contra aseleições de 3 de outubro; intensificara luta pelos direitos democráticos osindicais, incrementando, sobretudo, aluta contra a carestia da vida, por ou-mento de salários • pela rovlsão dosatuais níveis de salário minimo. Outrasresoluções foram adotadas pelos tra-balhadores paulistas, todas «Ias omconsonância com a plataforma geralestabelecida na II Conferência SindicalNacional.

Problemas econômicos

Afirmando quo a luta contra o sub-desenvolvimento o pela industrializa-ção do país só é possível om baiosnacionalistas, o congresso mprimv, en-tre outras, as seguintes recomenda-ções: pelo monopólio estatal do pe-tróleo, contra manobra o acArdos quofiram a Petrobrás • pela nacionaliza-ção da distribuição do sous produtos;pela aprovação doi Projetos quo criama Petroquímica e a Disporrol; pola cria-ção da indústria nacional é» energiaelétrica, na forma prevista no Projeto docriação da Eletrobrái; pola nacionali-z a ç ã o dos frigoríficos estrangeires,campos de invernada, om defesa in-transigente dos pequenos criadores opecuaristas nacionais; poi* nacionali-zação efetiva o incrementa da indúi-tria dos transportei aéreoi o meríti-mos; pola limitação • diiciplinacio daremessa do lucroí o «royalttoi» parao exterior; pala nacionalização daibancos; pola expansão da nasia in-tercômbio comercial a estabelecimentode relaçõot diplomáticas cam todoi oipaíses do mundo; apoiar è nessa repre-sentação na ONU para qua envido os-forços para uma rápida solução daquestão de lerlim e des demais

*pr*"

blemas que ameaçam a pax entre eipovos; pelo repudia ae projete quecuida das Oiretriies e lesei da Idu-cação; pelo direito de veta ae anal-fabeto, às praça» da pró, aae traba-lhadores do grupo do transporto emviagem ou fora da circumerição «lei-toral.

Unidade sindicaiO Congresso representou um fm»

portanto passo à frente para a uni-dade e organização dos trabalhado-res. O Conselho Sindical de Estadode São Paulo saiu plenamente vito-rioso, confirmando a legitimidade dosua existência. Ficará agora, por tuaconta, a importante tarefa do coordo-nar e controlar a aplicação dai doei-soes adotadas pelos trabalhadorespaulistas. Para quo essa função sojaexercida com eficiência, foi deita umacomissão que elaborará os novos es-tatutos da entidade, a fim de torna-Ios mais democráticos.

Os paulistas salientaram que ó pre-ciso que as forças ativai da proleta-riado defendam o princípio de liber-dade e autonomia sindicais. Os traba-lhadores já estão em condições de di-rigir suas entidades sindicais indepen-dentemente de qualquer intervençãoministerial. Devem aprovar estatutos deacordo com os seus interesses próprios.A filiação a entidades internacionaisnão deve ser restringida, mas ser umdireito reconhecido aos órgãos sindi-cais que as representam.

Considerando a necessidade de de-bate em escala nacional doi proble-mas do movimento operário ei traba-lhadores paulista aprovaram uma re-comendação no sentido de que sejaconvocado o Congresso Nacional dosTrabalhadores para 14 de julho pré-ximo.

Nilson A le vedo

O SINDICATO DOS PROFESSORES DO RIODE JANEIRO, envia nesta gloriosa data, sua saudação'fraternal a todos os trabalhadores, particularmente aoprofessorado brasileiro..

Estado da Guanabara, 1" de maio de 1960éayard Domaria BoiteuxHélio Marques.da SilvaElson Carlos de SouzaLevy Borborema PortoWaltcr Ribeiro LemosSilvio Ferba Costa

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Eles querem paz cmBerlim c no mundo

Refletindo os anseios rio» trabalha-dores de lodo o pais, o II CongressoSindical de SSo Paulo enviou um apeloa nossa representação na ONU, par*que envide esforços para a solução doproblema de Berlim '

Thorez Far 60 Anos:Prestes Cumprimenta

Por motivo da passagem do 60* ani-versário de Mourice Thorei, secretário-geral do Partido Comunista Francês, odirigente comunista brasileiro Luiz Car-Ios Prestes enviou a seguinte cqrta aogrande combatente pelo progresso e osocialismo na Franga:

«Rio de Janeiro, 9 de abril de 1960Querido,Camarada Maurice Thorez,

Por ocasião de seu 60° aniversário,queira receber nossoi cumprimentosf rafemoi o nossos votos de saúde, longaexistência e trabalho fecundo. Oi traba-lhadores do Brasil sabem que tidas assuas energias estão, permanentemente,a serviço da classe operária o do con-junto da nação francesa, o serviço dacausa mundial éa paz, da unidade domovimento operário e comunista e doavanço do movimento nacional e de-mocrático, no sentido do socialismo.

Os comunistas brasileiros acompa-nhamos, com interesse particular, a ricaexperiência da classe operária da Fran-

ça o de seu Partido Comunista, na lutapela unidade das forças.de democracia,de paz o de progresso social, tendo emvista uma paz negociada na Argélia, a (restauração o a renovação da de,mocra-cia e a limitação do poder dos fruste»em seu pais; pela cessação da guerrafria e a supressão da ameaça revanchii-ta que o imperialiimo alemão fai pesar^novamente, sobre a Europa. Àpreciamoe*altamente, a maneira como o Partida*Comunista Francêi loube se integrar mvincular à vida nacional o ao movimentademocrático de seu país e, ae mesmatempo, desenvolver tua fidelidade ina«balável à classe operária, à pureza damarxismo-leninismo, à prática de inter*nacionalismo proletário,.

Reiterando nossos cumprimentos, ex»tensivos ao Comitê Central de teu gran-de Partido, a todos os militantes e èclasse operária francesa, subscrevemo-nos, fraternalmente,

Luiz Carlos Prestes»

Defende Teu DireitoFérias — ^ decisão recorrida assentou <tv<' ns gratificações Itnbi-

tuálmente concedidas integram o calcule das férias dotrabalhador horista. — O acórdão trabalhista, com ésse entendimento, lonyade violar a lei, obedeceu ao preceito legal que disciplina a matéria r, <mdn,decidiu de acordo com a orientação jurisyrudencial dtxle Supremo Tribunal.Ae. STF, 1* Turma (Rec. exl. liS,0S8), Relator: Ary Franco.

N'ão é possível an empregador que não concedeu férias ao empregadono devido tempo, ao pagá-las em dobro, obrigar o empregado a se afastardo serviço sem percepção rins salários. Tal prática frustraria a aplicaçãodo disposto no art, U3, parágrafo único, da Consolidação das Leis do Tra.balho. Ac.(TST, 3« Turma ÍProc. 3.784/58). Relator: .lonas de Carvalho.

Se o art. W da Consolidação dit que o empregado, em gôxo de féria*,lera direito a remuneração que perceber quando em. serviço; se o 5 V desteartigo acrescenta que, quando o salário fôr pago por diária» horat etc,se tomara por base a média percebida no período correspondente às fériasa que lem diretlo o empregado; e se a lei assequra um salário minimo, ocerto urra concluir-se que, observttdo sempre esse salário como buse, a. médiapercebida pelo empregado, atendidos os dias c horas em que efetivamentetrabalhou, é que há de prevalecer puni o cálculo das férias, pois, de outromodo, o cilado s 7" resultaria inuplicado, Ac. STF, /' Turma (rec. ext. 'i3.stt>Relator: l.ui: Gallotti, "Ementário Trabalhista", fevereiro de J960.

Pode a empresa.fazer o empregado-entrar em gozo das férias, emboraja as tenha pago em dobro por não concedidas em tempo oportuno. Ac. TST..!• Turma (Proc. 2.2B9/59.), Relator: Rômtilo Cardim,ms termos do art. IM, ,|, ,/„ Consolidação, „ empregado só perdidireúo a fartas quando recebe,- auxUio-enfermidade por período superior aseis meses, embora descontínuos. Ac. TST (Proc. 1.SSS/SS), Relator: CaldeiraNeto.

Os dias de gozo de beneficio pelo Instituto de Previdência não iníír-rompem nem dilatam o periodo aquisitivo das férias, mas não podem serconsiderados conio de efetivo trabalho, à disposição do empregado? AcIM, 2< lurnia iProc. 3.5S4/o7), Relator: Thélio Monteiro.Sô terá direito a xo dias de férias o empregado que durante o periodouqumllvo ndo tenha dado num de seis faltas ao serviço, Não imporiatenham s,do estas motivadas por acidente no trabalho, de ve; que a lei meceexpressamente a hipótese da (alias justificadas como determinantes da redu-çao dos dias de férias, Ac. TST, f Turma (Proc. fi.flH/55). Relator: Rômitlo(. ardini.

Para o cálculo das férias do emnepo-a/in ia™fni„„ ,média dos salários percebidos ,,S 'ffit

írnSá SgffiJK £?*

(Km se tratando d< diarista, o cálculo

das férias deve ser feito de amido eom ainédh) salarial apurada no período aquisi-livo. A<: TST, í" Turma (proc, i.ísü/õT),Relator- Thclio Monteiro,

'B.-Calheiros Bomfim

Page 3: de Janeiro- UNIÃO PARA DERROTAR 0 CLUBE DA LANTERNA · — 2 NOVOS RUMOS •' l'"11" '. I ¦ )'. "¦!¦'"¦ (¦¦¦,'"¦ ¦!¦ 6 a 12 de maio de 1960 — TrabalhadoresCONGRESSO SINDICAL

*•— 6 a 12 de maio de 1960 3 -

Panorama Acabar Com aLenda da Lanterna Falcão é o Articulado r

Criou-se nos últimos anos — e vem sendo cuidadosamente mantidapela imprensa reacionária — uma lenda política: a de que o Rio do Janeiroí,.!,mJ>B,Hart<! ,nvencive- do udenismo ou, mais precisamente, do seu can*dilho Carlos Lacerda. Certas vitórias ocasionais da UDN, como a resultante(Ia comoção.golpista de 1954 e, mais recentemente a eleição de AfonsoArinos, têm servido para estimular essa lenda que, no entanto é Inteira-mente estranha a verdadeira tradição política do povo carioca. Essa tradl*íftíA* ?"ei*BJ,l&8 «o nome d<- Pedro Ernesto e, depois da reviravolta de1945, a eleição da bancada majoritária comunista para a Câmara de Verea*dores e de Lulas Carlos Prestes como o senador mais votado da República.E a radlçao da derrote esmagadora do lanterneiro Juarez Távora no pleitopresidencial de 1955 e do apoio maciço do povo carioca ao movimento antl-golpista de novembro desse ano. ";

Agora, conquistada pelos cariocas a sua autonomia política com aformação do Estado da Guanabara - apesar da absoluta omissão de CarlosLacerda e de todas as dificuldades criadas pelos seus liderados udenista* —«urge a oportiinidatle nao só para se comprovai- que é mesmo uma lenda osuposto poder o udenista, mas também para se afirmar em sua plenitude aDSto^Feílerâ?0

democrática c Progressista da população de VoZ antigo

,u. E.' vírda4de 1ue uma sér*e de atores negativos contribui para dar aoClube da Lanterna uma aparência de força que êle de fato nao possuí' a

íi^SSí^Satí^T qUe têmsraí*« Populares, o camLllô^eSfSàdS. anÂ09 ^'"'T' a «»™PSto vergonhosa que vem marcando a Câmarae a antiga Prefeitura do Rio - dlabòlicamente aproveitada pela deimralaudenista -, além da incúria com que as sucessivas aSisSes vêm encarando os problemas mais sentidos do povo: água, abastecimento

"ritostransportes, ete. A existência de fatores desse tipoe w"xp7ica?pò?Spio, a vitória de A onso Arinos na última eleição para o Senado:'tendo deenfrentar três candidatos, viu-se o deputado Lutero Varga7à úl i,,a ho«antelramente abandonado petos seus próprios correUglonfcrtos mSo aoe-nas com o apoio firme e decidido dos comunistas.

u"""us' contaiM,° ape-Os setores antigolpistas da Guanabara estão em condições de Imnora1°J,aC6.rdl8mo ""» d«"o«* esmagadora. Isso depende apenas de nS se re

rt^"1' em outub/°, os erros cometidos de outras vezes A dispersão

?• ' ^'...Ç0^ exemPl0- E. "esse sentido, é necessário apontar desete já «

S3ü,^il,dade qUe BS8Uinem wrim pomc09 «ue> ""»• w iniciam os entendlmentos, ameaçam com as suas candidaturas, sejam ou não aceitas Delosrespectivos partidos. Esse parece ser o caso, por exemplo do SuSdo Rn"bens Berardo, que ainda recentemente se submetia ao lamentáve^S*^disputar çom o deputado Sérgio Magalhães a vKeshlência da CámLrlüSFS1**nada ,menos de 30 votos- E* SvSÍSffSfSí-AeãS^J;eleitorado só pode ajudar o candidato da Lanterna que, ao aue KTdicaserá o antigo chefe de polícia Menezes Cortes. MgozãoT^baSdot^ll'riocas, autor da maior prisão de operários jamais havMaSBraffiS «TMito ao sindicato da Light, com o encarceramento de 800^teSlhadoresNâo deve ser admitida também a imposição de nZ.»^«!h„ «ü;»or parte do Governo. A escolha do candidato SSSgSS\T* «¦?„?,apoio ej0 trabalho entusiástico das mais vastas fôrS deve múTSÍumente dos entendimentos entre os próprios Saos«?*ir^te^£'

responSblSr naí pSm^ue^Tal lSfcV~ *™>ao carrelrlsmo eleitoreiro, cala nas mãos do? aolS^aJ % ^^ 0,!domínio político do antigo DisWtoí^ d«» «olpsto. da Lanterna odera!, isso seria fazer da Cidade Mara-vilhosa um baluarte da reação política eda submissão aos trustes norte-americanos.E o povo carioca jamais perdoaria seme-Ihante traição.

d a M anobra Continuista

Almir Matos

EER9

Apesar dos desmentidos do mi-nistro Armando Falcão e das decla-rações do próprio presidente Kubits-chek, a verdade é que foi tentada— e ainda não pode ser considera-da de todo extinta — a manobrade uma emenda à Constituição como fim de afastar a candidatura domarechal Teixeira Lott. Dependen-do de como reagissem o Parlamen-to, as forças armadas e a opiniãopública, tanto podia tratar-se deum mandato-tampão como de umdispositivo que permitisse aberta-mente a reeleição do presidente daRepública. No primeiro caso, sob opretexto de estabelecer a coincidên-cia de mandatos, estaria aberto o ca-minho para a eleição indireta, pordois anos, do sr. Juraci Magalhãespor exemplo, possibilitando a voltaa JK em 1962. No segundo caso,seria pura e simplesmente permiti-do ao sr. Kubitschek candidatar-seà reeleição.

Os desmentidos não convence-ram. No que se refere aos pronun-ciamentos do sr. Armando Falcão,além do tom sibilino em que foramleitos, faltava ao seu autor um mi-nimo de autoridade moral para queneles se acreditasse. No final dascontas, era o próprio ministro daJustiça que se achava à frente dojogo, realizando sondagens e pre-parando d «clima favorável» entreas forças políticas. E quanto às de-clarações de JK, todos perceberamque o discurso de 1? de maio trazia,perigosas reticências, além de nãoconter a mais leve referência, mes-mo indireta, à candidatura Lott. Sóna declaração do dia 2 — distribuí-

da a imprensa depois dos encontrosinesperados e sigilosos havidos noRio entre o chefe do governo, osmarechais Lott e Denys e o minis-tro da Justiça — o sr. Kubitschek,embora insistindo em seu autoelo-gio, aponta p ex-ministro da Guerracomo o seu candidato pessoal àseleições de outubro.

E' provável que, chocando-secom a pressão encontrada tanto ou-Ire os partidos e a opinião públicacomo na área militar, a onda conti-nujsla tenha refluído. Mas que elaexiste, não há dúvida.

Os prefextosOs continuistas alegam dois

pretextos principais:1") o suposto declínio da candi-

datura.Lott;~ > a necessidade de recorrer a

expedientes como o continuísmo pa-ra assegurar a continuidade do de-senvolvimento econômico do pais,no pressuposto de uma vitória deJânio.

São falsos ambos os pretextos.Em primeiro lugar, se a candi-

datuia do marechal Lott não estáavançando como pode e deve avan-çar, a maior responsabilidade cabeexatamente às cúpulas dos partidosgòvernistas que náo decidiram ain-cia lançar as suas agremiações —o PSD e o PTB — numa verdacloi-ra campanha de massas. As indeci-soes políticas e até mesmo-a escas-sez de recursos materiais levam aque o rendimento da campanha te-nha sido muito menor do que aquê-

Falando num comício emMinas Gerais, na última se-mana, o entreguista JânioQuadros, cujo cinismo já éproverbial, teve a petulânciade afirmar que sempre foipartidário da Petrobrás. Emais: que desafiava os seus«detratores» a fornecerem umaprova sequer de que êle ai-guma vez tivesse tomado po-sição contra o nosso monopó-lio estatal do petróleo.

Aceitamos o desafio — oque è, de resto, muito cômododo, pois as manifestações an-ti-Pctrobrás feitas por Jânio,além de abundantes são mui-to conhecidas. Vejamos algu-mas:

cm 1955. num banqueteem Nova Iorque, diante de nu-merosos americanos e brasi-leiros, Jânio afirmou literal-mente: «Penitencio-me de tersido a favor da Petrobrás».A fonte c insuspeitíssima: umartigo de Carlos Lacerda pu-blicado na «Tribuna da Im-prensa» de 3 de agosto de1955;

a «Folha da Manhã» deS. Paulo (4-5-1958) noticiauma reunião de próceres ja-nistas na residência de Emí-lio Carlos, na qual Jânio afir-mou textualmente: «Se eufosse presidente a primeiracoisa que faria seria rever uPetrobrás»;

em entrevista ao «Cor-reio da Manhã» (23-6-1957),no curso de uma furiosa cam-panha contra a Petrobrás, Jâ-nio declarou enfaticamente:«Eu tenho verdadeiro pavorde todo empreendimento in-dustrial que o Estado dirija.O Estado c um mau mttrão.Em breve todos nós leremosde examinar bem de perto oproblema do combustível».

O «Correio Paulistano»(5-4-1959) relata um encontrohavido entre Jânio c o dirc-tor do «Estado de São Pau-Io», Júlio de Mesquita Filho.Em resposta a uma perguntade seu interlocutor, disse Jâ-nio: «Eu não tenho . nada aacrescentar ou a tirar do pon-to-de-vista do seu jornal. En-dosso-o inteiramente. Devoacrescentar que, eleito presi-dente da República, uma dasminhas primeiras preocupa-ções será a liquidação do es-tatuto da Petrobrás».

São algumas manifestaçõesde Jânio. Há, por outro lado,us manifestações sobre Jânio:de Rockefeller, da «Hanson'sLctter», ele. Mas bastam ascitações do próprio Jânio.

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le que já se poderia constatar, inclu-sive em Jace da crise profunda quelavra no seio do janismo e que de-termina o evidente declínio da can-didatura entreguista de Jânio. Esseretraimenlp das cúpulas partidáriasnão é, aliás, casual. Tudo indica, aocontrário, que o seu objetivo sem-pre (foi este: o de dar a impressãode ser a candidatura Lott inconsis-tente e justificar-se, assim, a tãodesejada «reformulação do quadrosucessório». As forças nacionalis-tas e populares não permitiram, po-rém, que esse expediente pudesae' vingar: tomaram a candidatura Lottem suas mãos e, através de cer.ie-nas de comitês instalados por toilòo pais, levaram ao povo o nome oo programa do candidato nacionalis-ta, grangeando para êle o apoio degrandes massas.

O segundo pretexto é igualmen-te falso. As forças mais esclareci-das do povo brasileiro estão certasde que com a vitória da candidatu-ra Lott não só será impulsionado odesenvolvimento econômico do Bra-sil, mas ao mesmo tempo poderãoser corrigidas sérias deformaçõesque hoje se verificam sob o govèr-no de JK, resultantes das sucessi-vas capitulações do sr. Kubitschekem lace dos monopólios norte-ame-rieanos. Problemas decisivos para adefesa rios interesses nacionais —como a limitação da remessa de lu-cros, a nacionalização de bancos es-trangeiros de depósito e dos frigori-ficos, a informa agrária, ete. —,acerca dos quais JK silencia ou seopõe abertamente, são colocadoscom clareza por Lotl, em sua pia-taforma, como questões que o seugoverno resolverá. A luta pelodesenvolvimento independente riopais, contra o enriquecimento na-babesco de grupos estrangeiros ounacionais e pela melhoria das eon-dições de vida de nosso povo avan-cará certamente com a vitória dacandidatura Lott, que conta com ofirme apoio das forças mais pro-gresslstas da nação.

E' precisamente cm nome dodesenvolvimento independente doBrasilj. da luta por sua emancipação .econômica e política e da elevaçãodo nível de vida das massas traba-lhadoras que as forças nacionalis-tas denunciam o combatem as ma-riobras continuistas.

Reação -Já aos primeiros indícios da on-

da continuista, articulou-se entradiversos parlamentares, no movi-mento operário e em círculos mili-tares a reação à trama armada peloministro Falcão. Sabe-se que o sr,

D. Edna viraSão Paulo

D. Edna Lott talou a muitos milhares tle paulistas: com Lott-Jango, pela vitóriado nacionalismo. Na foto, ela é vista quando presidia á instalação do ComitêDistrital Interpartklário pró-Lott-Jango, do Bosque da Saúde, na Capital paulista

Lott: EmancipaçãoC o m p I e t a do Brasi

A semana que passou foi marcadapor acontecimentos significantes nacampanha nacionalista pró-Lott-Jangota excursão dos candidatos, acompa-nhados por numerosa caravana PTB-PSD-PSB, a diversas regiões do país, eo reforçamenlo das posições naciona-listas em São Paulo, manifestado nadecisão da seção local do Partido So-cialista de apoiar também a chapaLott-Jango; o enceramento do II Con-

gresso Sindical dos Trabalhadores deSão Paulo com a presença do Vice-Pre-sidente da República, tendo sido rea-firmadas pelos congressistas as pala-vras-de-ordem nacionalistas e demperá-ticas; e, finalmente, a visita de D. Ednatotl à Capital paulista.

Brasil para os brasileiros

Nos cinco dias que durou a sua ex-cursão pelo país, Lott e Jango presi-diram a quatro grandes comícios popu-lares, ao encerrainento do congressodos prefeitos e dirigentes trabalhistas

gaúchos, ao encerramento do I Con-

gresso dos Trabalhadores cio Norte eNordeste, e a diversos outros atos pú-blicos, Foram ouvidos e aplaudidos porcerca de 100 mil brasileiros, que açor-reram para vê-los, em Porlo Alegre,Recife, Uberaba e Volta Redonda. A lo-

dos o Marechal Lott transmitiu a suamensagem patriótica.

«Eslamos unidos e irmanados nestajornada cívica e nacionalista, com oobjetivo patriótico de ver o Brasil, po-lítica e economicamente, de uma vejpara sempre emancipado» (Discurso de1? de maio, em Volta Redonda).

São Paulo com Loft e JangoTambém a visita de D. Edna Lott c

São Paulo tranformou-se em falo degrande repercussão política. Começan-do dia 28 e estendendo-se durantequatro dias, esla visila foi maicadapor uma série de homenagens e mani-festações públicas à filha do MarechalLott, nas quais o povo e, especialmen-te, os trabalhadores paulistas puderammanifestar o seu repúdio à candidaluiaentreguista de Jânio Quadros e reuapoio à candidatura Lott-Jango, Foiinstalado o Comitê Distrital Inlerparli-dário Lott-Jango, com a piesença de D.bdna, num cinema superlotado do Bos-que da Saúde. Diveisos comidos, emSanto André, Guaianascs e Vila Mcnio,foram realizados, com a participaçãoniassica e entusiasta do povo. Foi Iam-bérri realizado um almoço, de liomena-gern a D. Edna e de apoio ò chapeiLoll-Jango, com a participação de 70licieres sindicais des mais represenlali*

jvps dos trabalhadores paulistas, entre osquais os Srs. José Chediak, Antônio Ga-ban, Luiz Firmino de Lima, José AraújoPlácio, Luiz Tenório de Lima e muitos ou-tros

Falcão chegou a sondai- o maré-chal Denys, não tendo coragem pa-ra ir avante devido à pronta reaçãooferecida pelo ministro da Guerra.

Quanto ao Congresso, as ai ti-c ilações do sr. Falcão levaram asdiversas bancadas à decisão do reu-niiv.se a Câmara, de qualquer for-ma, no rlia 2, existindo entre várioscieinitados a tendência a não permi-tir que as manobras continuistas en-anti em cobertura no Parlamento.

A posição dos trabalhadores foifixada pelo II Congresso Sindicalde São Paulo. Realizado durante afase râais aguda dos manejos con-tra a candidatura Lott — de 27 a30 de abril — o Congresso dos tra-balhadores paulistas pronunciou-seenergicamente contra as manobrascontinuistas, apontando como seuprincipal responsável o ministro Ar-mando Falcão. O Congresso1 muni-testou ainda a posição dos traba-lhadores, de luta intransigente peiarealização das eleições a 3 de ou-tubro.

A oposição generalizada aos pia-nos continuistas fêz com que o í^r.Armando Falcão não parasse, du-rante alguns dias, entre o Rio eBrasília. Seus reticentes desmenti-dos nâo satisfaziam. Por último, opróprio .JK leve de vir ao antigoDistrito Federal para, depois de ou-vir o ministro e o ex-ministro daGuerra; pronunciar-se mais clara-mente, inclusive fazendo, pela pri-meira vez nesses dias de agitação enegaças, uma referencia pessoal aomarechal Lotl.

Embora pareça ter havido umrecuo, a verdade é que não se podeconsiderar desmontada a manobracontinuista — perigo que persistiráenquanto estiverem ocupando suasatuais posições homens como o mi-nistro Armando Falcão.

As forças nacionalistas e popu-lares nâo podem, por isso, arrefecera sua vigilância e a sua combativi-dade. Ao povo o que interessa é arealização do pleito a 3 de outubro,com a vitória da candidatura na-cionalista do marechal TeixeiraLotl.

O livro de AstrojildoPereira

«MACHADO Dr ASSIS»

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I

PROSSEGUEM OS ENTENDIMENTOS

Comércio Brasil-URSSMediante contados com as autori-

dades brasileiras e com círculos de ne-gócios, prosseguem os entendimentosque trouxeram a esta Capital a dele-gação comercial soviética de oito mem-bros, chefiada pelo sr. Sérgio Chen-chikovski, subchefe do Departamentode Comércio com os países ocidentaisdo Ministério do Comércio Exterior daURSS. A vinda da delegação soviéticaé feita de acordo com os «Termos deAjuste» firmados em Moscou, em de-lembro último, entre representantes ofi-ciais soviéticos e brasileiros, chefiadosestes pelo embaixador Barbosa da Sil-va.

Logo à chegada, o chefe da mis-são soviética distribuiu uma saudação àimprensa, manifestando, entre outias

coisas, a esperança de que o comércioentre os dois países ultrapassasse o vo-lume fixado no Ajuste. Nesse sentido,aliás, informou o sr. Renato Costa Lima,presidente do IBC, que já este mês se-guirá o primeiro carregamento de cof»brasileiro com destino à URSS.

As conversações oficiais processam--se dentro de grupos de trabalho qu*estudam os itens específicos do inter-câmbio comercial convencionado. E no*encontros com homens de negócios,além de conhecer diretamente produto*brasileiros de exportação, os represen-(antes soviéticos têm formulado convitespara que comerciantes brasileiros visi-lem a URSS, de modo a fazer uma idéiareal das possibilidades de trocas comaquele país.

¦ »x. •'.(¦''. •.*.-. fj

fFora de RumoClicssman, JA na-câmara de sas

piscou uni Olho a duas moças jor*mi lis! as que convidara ea|iec,al-mun tu paru as.sislir sua própr a exe*cuçiio. U eltefo dos carrascos deu*•lhe imiicadliilia.s amigáveis no oin*l)iii. lissas manifestações humanas,(fiu uri^imiis c lão próprias do c.sll*In du vida amcr.canu, foram scjíuI*das du cúnas diferentes,

Secundo os telegramas, iojto(|iii! a-, pastilhas de eiaimrelti to-min (instas nu Imcia. ao Indo da ca*dcíra da cxccuç.io, os gases come*çarani a inundai' a pequena peça.Clicssiiiaii respirou proluiultimeníi',Inilmi a ualieça paia Irás, dobrou sesobre s, mesmo e gritou. Suas mijuscomeçaram :i In1 eer, o roslo loruoii*•¦v livido, cubrindo-se de suor. liou.\.- um scftmdn (frito, dcsla ve-/ alia-lado, (|iir.si> um ni.':ido. .Minuto.-, (,¦:•liois cia declarada a morlc,

Há set< lll"'SI-s (1 |||t/ lll' fn I*" 11 f->I,-ii .iu ma: i i-Iara ii ii«,u' jorua i* :i;l convicção de que os aiuci.i .ii.ns

inalariam Cliessillllll, Disse o juizbrasileiro: «ftie.s sempre foram snr-dos aos protestos da opinião domundo, São os donos da verdade dostempos modernos, os infalíveis quenão cisam e por isso são feridos pe*Ia va dade quando pessoas de ou-lios paises dizem que eles csiuo er*lados. êsü(> complexo de perfeiçãojá le/, com que depurássemos com osnomes de Sacio e Vllll/.etíi e, maisrecentemente com o caso dos cien*listas judeus Hosemlierjr.»

.Muilos proicsliis começaram asr. ¦; r desde s ^unda-lcira ãs II li.t*ias, A noticia brutal abalou o l!!o eil o luo '. o a ni Ihare.s de diseiis: ô scm pequenos grupos, A |ire:«"i! 'is ¦i i • liadc I'. ul o. ;i dn ¦, Aiiiiii:; .,d, !.;•) c.'snalean,", dis ¦ ;; um n-.si .te" i|iie n ii adm I! i <!":• s" li;i inl a 11111 caeliorro , s :;a'u viuli' ir ,nmi aeluiva :i peiiii de inori ii i a moust.run iid'1'.'e sem limites.t' AÜ ii* ru Onr/.imlfii Nunirio, ex-•:>!' s ilent" do Sirircuio, d'•.?.•< quea ' i'":i de i*m •(" c-:i ciintrárií! ::,>•liii-.su^n^»iyüiiiim;ii(1-|i,iiiiUAlilitv:a

^.Pciulo Motta Lirrfb

nbtilldn em todo (, mundo. () psj.quiatm lilso Arruda comentou: «Asatrocidades da Idad. .Média erammenores». 15 „ presidente (V> Sindi-calo dos Tclecralistas d» Ri0 Sr.Wilson Keis. apoiiiou „ execução de«lie-sman com,, «ai,, de burrice».Iti- ii assim um outro complexo K oJuiz Oduvaldn Abrltta: «O america*no perdeu uma boa opor!unidade|a..i '*,• lornar sinipãdeo». Num eer*1(1 núl o de opiniões colhidas aoe :.:-;o, a melhor foi „ da eonu-niâ-na < oiisuelo Almeida Ferraz: «NãoÇ

de admirar. Foram esses mesmos1 ineiiü que lançaram bombas só-lie lnrosliima e Nagusa/ci».

ft-*-"s mesmos homens, com efei*I" v o deseenJenlcs de piratas in-e-ie*, que disputaram com os es*! ' d' •• \ a c.M.m.iaeos

> • '•' .. ey:*.iilli

s e golpes de'as' pernas de pau e(!'• vid o, terras de umi >nl o."ii,. eivo. Sr.o massacrado-ies de ""'ins u negros. Km suas pri*)U"!;-.".s pianlnçõra o solo foi regado

I "o s-i:;mi' de milluires de negrosc oo'e loiinmu uma iiatáo imue*

Page 4: de Janeiro- UNIÃO PARA DERROTAR 0 CLUBE DA LANTERNA · — 2 NOVOS RUMOS •' l'"11" '. I ¦ )'. "¦!¦'"¦ (¦¦¦,'"¦ ¦!¦ 6 a 12 de maio de 1960 — TrabalhadoresCONGRESSO SINDICAL

— 4 NOVOS RUMOS

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30.000 FLAGELADOS E MILHÕES DE PREJUÍZO

Vou prácasa dc canoa

O barqiieirocanoa na beira duliabalho. VoltavaIas ruas estreitas.

costumava deixar ario ao fim do dia dea pé paiti casa, pe-A enchente veio e

êle começou a usar a canoa.

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Sâo Francisco Saiu do Leito:Cidades Alagoanas

Na zona

flagelada

Carta do SertãoGuanabara, cinco de min,José da Costa Biato:Arrespondo a tua cartacontando o qui fo izato.

O cirquin do povo russodexô o povo maluco!Vèi gente do Ciará,dos pampa, do Paraná,de Maceió, Pernambuco.

De todo Brasi vêi gentepara assisti o foiguedo.Eu tombem fui, meu Biato,ma», juro qui tive medo!Cies fartam pra morria diferença dum dedo.

São gente assim coma gente,•ó tem qui são bem tratado,Muiés parecem bunecasde coipo bem pranejado.Os tanmáe sáo naturá,efl morena, rusagá.cabelos bem cachiade

Os paiaça deles num falam,ficam só rindo e sartando ..Mas, agradam munto maisdo que os nossos falando,

Eu vi um urso lazècoisas q'eu nunca fiz.Cachorro jogando bola:.um campo, barra e jui2.

Ante do circo, meu Zccainsteve aqui um bale.Municipá, num pude hipcrcisa bem se visti.Sabe as coisa coma é.

Gente de bom coraç.lo,eles viero pra cá.1 chamado de D. Saia'spõsa de J.K..Trabaiaro no Br.isipras Pionèra Sociá.

O cundutò dos artist.i,um cabõeo. mei baxote,falo na língua latimprum moço do cãmnrotc:¦O brasiléro vai te:honra, cumid;i e s.ibèvotando im Texêra Lote.

Toma nota. Zé Biato,num podes pisa infarço.E' consèi do teu amigo;Manezln dos Anastaço.

(da sucursal de MACEVÓ)o veiiu, são Francisco levou Auxílio e sol ida riedade

Indo.O camponês alagoano abandonou

suas terras na beira do rio e foi paraa cidade. As águas levaram a sua safrade mandioca, Inbame e batata. Comèle se foram também 300 famílias, dazona de Porteira, na margem alagoanado rio São Francisco, deixando tudode seu a mercê da fúria do rio quetransbordara em virtude das fortes eliu-vás tombadas na região.

As águas do São Francisco come-curam a subir nos primeiros dias deabril, avoliintaiido-se a corrente/a naproximidade da cidade de Piranhas aprimeira a ser atingida pela enchente.Km seguida foram as cidades de Pias-sabussú Pão-de-Acúcar, Igreja Nova «a capital da região. Penedo. Dias adias durou a torrente, transtornando avida na região e deixando ao desabrigomilhares de pessoas.

30.000 flagelados'.Mais de 100 mil pessoas habitam

a zona ribeirinha do São Francisco,em Sergipe e -Alagoas, delas, cerca de30.000, a maior parte das quais na se-guuda unidade, foram atingidas pelaenchente que destruiu plantações, iniiii-dou cidades e destruiu casas. Penedo,a capital econômica da região, sofreuduramente e teve alguns dos seus bair-ro* mais populosos completamenteinundados. Bairro Vermelho e Cornar-leio foram os mais atingidos, tendo aságuas coberto inteiramente suas casas.Os moradores, a maioria dos quais teve.de abandonar seus lares apenas com aroupa do corpo, foram alojados provi-seriamente ein grupos escolares na ia-na menos atingida da cidade, conventose residências de particulares. Na zonarural do município as águas provoca-ram grandes estragos, destruindo asplantações de arroz, matando gado edestruindo casas. Mais de 500 famíliasdos povoados • fazendas de Ponte Mo-fina, da Várzea, Catrapê, Travessão.1'enedinho, Providência e outras foramevacuadas para local mais seguro, sen-do assistida,* por destacamemtos doexército enviadas a região em socor-ro das populações flageladas.

Prejuízos incalculáveisA fúria das águas em cheia provo-

cou prejuízos incalculáveis às lavourasda região inundada. Milhões de cruzei-ros, o valor das plantações e dos bensarrastados pela corrente, perdidos lo-totalmente. No* municípios de Piassa-btwsn. Porto Rea! de Colégio. Belo.Monte os prejuízos provocados pelaenchente também foram consideráveis.A cidade de Pão-de-Açúcar, como Pe-nedo, sofreu consideravelmente: as

ruas próximas às margens do rio fo-ram totalmente inundadas e numerososfatalmente. Nos municípios de Piassa-prédios onde funcionavam casas co-merciais desabaram. Moradores dosbairros atingidos e dos que mais amea-çados se encontravam pela água pre-curaram abrigo nos morros circiin-vizinhos. Municípios da margem ser-gipana também sofreram com a en-cliente, principalmente Vila Nova ePrópria.

O coronel Henrique Oest. logo queficou conhecida a gravidade da situa-ção. rumou para a zona inundada. I.ásupervisionou os serviços do assistênciaàs populações flageladas, Em suacompanhia viajou o deputado Bonita-cio Bezerra, de Penedo.

Diante da gravidade das enchentese da ameaça de surtos epidêmicos, ogoverno estadual e o exército mobiliza-ram todos os recursos para atender aosflagelados. O secretário do Interior deAlagoas, coronel Henrique Oest dirigiu-se Imediatamente à zona atingida pe-Ias iundações, levando consigo umaequipe de socorro., mantimentos e me-dicnnientos. O exército, na pessoa docoronel Péricles de Azevedo, tambémjuntou o seu aos esforços do governo,enviando tropas para auxiliarem no tra-halho de remoção das populações fia-geladas. Barracas, cozinhas de campa-aba foram instaladas pelas tropas naregião para atender os milhares de desa-brigados. Lideres sindicais e estudai)-lis participaram ativamente da campa-nha de auxílio às vitimas das inunda-çõos, recolhendo donativos para seremenviados ã região do baixo São Fran-cisco.

Gomissão de assistência

Por sugestão do governo foi criadaunia comissão de assistência às vitimasdas enchentes com o fito de distribuira verba de 800 mil cruzeiros dotadapelo sr. Munlz Falcão para atenderãs necessidades mais urgentes das po-pulações flageladas. Mais da metade dadotação foi distribuída sõmento nos pri-meiros dias. Ciim campanha popularpara n obtenção de víveres, roupas emedicamentos foi lançada em Maceiócom grande êxito.

As medidas adotadas pelas au-toridades e pelos destacamentos doexército que se deslocaram para a re-glão, além de auxilio popular, perml-tiram a acomodação e a assistência aosflagelados durante os dias de cheia. Ocoronel Henrique Oest permaneci! nazona conflagrada durante a maior partedo tempo, superzionando a distribui-ção do auxilio e mantendo estreito con-t-rto com as autoridades estaduais em.Maceió. l>ogo que as água* começaram

a baixar, com a volta dos flagelados azona atingida, deslocaram-se as tropaspara as cidades e iniciaram o trabalhode remoção dos escombros.

Auxílio federalO* prejuízos provocados pela iniin-

daçAo, a destruição total das colheitasde numerosas fazendas e pequenos sítiosda região, levaram o governo estaduala solicitar o auxilio federal para ateu-der k região. Um primeiro crédito de100 milhões que deverá ser concedidopelo governo da República às vitimasdas enchentes no nordeste, uma parteserá aplicada para a reconstrução dosquarteirões destruídos nas cidades maisatingidas pela inundação do São Fran-cisco'e para o financiamento dos lavra-dores que tiveram suas colheitas per-dldas. A secretaria da Agricultura deAlagoas, por outro lado, começou a dis-trlbiiição de sementes e a proporcionarassistência direta aos sitiantes da zonado baixo São Francisco.

Um volho malNao foi essa a primeira vez

que as águas barrentas e caudalosasdo São Francisco saíram do seu leitotransbordando com violência IndAmita etornando Impossível qualquer defesa.Klas arrastam Implacavelmente os pe-quenos recursos de uni povo marUrizado.Casebres, plantações, rebanhos sio var-ridos da face da terra pela voragemdas águas do rio caudatoso. Depois, fo-me, epidemias e desolação.

Bum se sucedem e com elas os pia-nos para vitalltar uma das mais fer-téis regiões do pais. Um velho sonhoque remonta «o tempo do império é oda transformação do vale cortado pelorio da unidade nacional num verdadeiroceleiro. Hoje tudo ainda é sonho: a durarealidade para os cem mil que habitamàs margens do São Francisco, em Ser-gfpe e Alagoas, são as enchentes e comelas a miséria.

tDITOMAl GUIMISO

já saiu reni português

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páginas, em brochuras.

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6 a 12 de maio de 1960 T

Vendedores

de jornais ,de Sto. André

Acaba de ser eleita, em As-sembléia Geral, a nosa diretoria daAssociação Profissional dos Dis-tribuidores e Vendedores de Jor-nais e Revistas de Santo André(SP). A diretoria está assimconstituída: Pascoal Polimeno(presidente), Arnaldo Madeira(secretário), Oswaldo Polimeno(tesoureiro) e Oscar Sousa Lima,Ernesto Rodrigues da Silva e Gen-til Viganó (membros do ConselhoFiscal)

Trabalhadores

em Estabelecimentos

de EnsineForam eleitos e tomaram pos-

se os novos diretores da Federa-ção Interestadual dos Trabalhado-res em Estabelecimentos de En-sino, para o biênio de 1960/62. E'a seguinte a diretoria reccm-elei-ta: José de Almeida Barretto (pre-sidente), João Fassina (vice-pre-sidente), Henrique Miranda (Vsecretário), Deoclécio F. de Araú-jo (2> secretário) e Hélio Marquesdu Silva (tesoureiro).

«O Imparcial»A grande reportagem que pu-

blicamoa em um dos nossos últi-mos números sobre os sangrentosacontecimentos de Catanduva(SP), que tanta repercussão tive-ram em todo o pais, saiu sem a in-dicação de que o material fotográ-fico que a ilustrou, nos foi cedido,gentilmente, pelo «O Imparcial»,diário que se publica na cidade deAraraquara, naquele Estado. Aquificam os nossos agradecimentos.

«A Escola Pública

e o Projeto

de Diretrizes e Bases»Prosseguindo a série de pales-

trás «obre Problemas Nacionaisrealizadas sob o patrocínio doCentro de Estudos e Defesa rioPetróleo e da Economia Nacionale do Sindicato dos Professores,falará na próxima têrc.a-feira, dia10 de maio, às 18 horas, sobre otema «A Escola Pública e o Pro-jeto de Diretrizes e Bases», o pro-fessor Darcy Ribeiro, atualmentediretor de Divisão do Centro Bra-sileiro de Pesquisas Educacionais(MEC).

A conferência se realizará nasede do Sindicato dos Professo-res, na Avenida 13 de Maio, .13,sala 402.

Entrada franca

União

dos Portuários

do BrasilNo dia 20 de abril ultima rea-

lizaram-se as solenidades dc pus-se do novo Presidente da seçãoregional de Niterói da Inião dos

* Portuários do liray.il. eleito paruo período de abril dc 1060 a abrildc 1062.

Perseguição racialna África

do SulA Diretoria do Sindicato dos

Professores do Rio de Janeiro tor-nou público o seu protesto ante abárbara perseguição racial naUnião Su.l-Africana, «revoltantesobrevivência da majs desumanacaracterística do nazi-fascismo>.

li4\

^BE -mw2m*jTjt \- K-ii^íil^mWÍmmmmmmmmmW^

agiialava tudo

Amarelas e barrentas, as águas do São Francisco invadiram a partetaixa de Penedo levando tudo de roldão. Casas foram destruídas, plan-facões arrazadas, deixando milhares de pesKoas desabrigadas. Penedo,

a mais importante cidade da região fui a mais. atingida pelas águas

NOVOS RUMOS

Diretor - Mario AlvesGerente - Giilleinlieru Cavalcanti

Rpdatnr-chefe - OrlandoBomlim >lr.

Secretario Prairmon BorgesRKDATOHI2S

Almn Matos, Kui !-"h<-ó. PauloMota Lima, Maria tia Graça, LttisGhllardini.

ÍIATKIZRedução: Av. Rio Branco 'i:r, 17"

andar. S/1712 - Tel: l^ilillGerêncln: \\ Uío Hraiuo, 257,

!)" anilár S/!!:i5Endereço tcipgríifieo

uNOVOSHWiMOSí

ASSINATURAS

Anual CrSScnic Irnl rrimestral

.'."Hi".'iO.IIC70.01

Aérea antiíil. mais CrS 1(10.00:s-emeslral, CrS 30 00; trimestral

CrS 30.00. -Número avulso Cr$ 5.UI:Mmieio atrasado •» 8,00

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Page 5: de Janeiro- UNIÃO PARA DERROTAR 0 CLUBE DA LANTERNA · — 2 NOVOS RUMOS •' l'"11" '. I ¦ )'. "¦!¦'"¦ (¦¦¦,'"¦ ¦!¦ 6 a 12 de maio de 1960 — TrabalhadoresCONGRESSO SINDICAL

-6a 12 de maio cie 1960 - NOVOS RUMOS 5 -

os assassinosFala-se multo' no "elevado Índico de civilização", fala-se sempre no

progresso dos Estados Unidos, filo próprio intitula-se o pais da democraciac quando os falsos democratas daqui o dacolá querem dar exemplos de liber-dado, Independência etc., de um povo lá vem com o exemplo dos EstadosUnidos. Há ainda para espantar ou para iludir os incautos, a Estatua tlàLiberdade, de facho na mão pretendendo comunicar quo ali é a tona tiademocracia e portanto da liberdade. Tudo não passa de cinema da piorespécie. Tudo filme de fantasmas ou de "mocinhos" só para iludir incautos.

Onde o ódio racial o mais intenso, onde os negros são mortos muitasvê/.os apenas porque olham té proibido olhar) pata uma branca, onde seassassina friamente sem respeito humano e sem respeito às leis que regemos homens, gente como o casal Rosemberg, cientistas* acusado de espionagemquando contra eles nada ficou provado, mas que deram uma grande liçãode dignidade quando proferiram a morte à delação?

Este pais que pretende governar, subjugar, dominar o mundo, que 'quer

trazer os paises subdesenvolvidos sob o taeão do suas botas, criou namentalidade de sou povo, a mania de grandeza, a mania de que elos e sóeles prestam, só eles podem mandar, só eles são os donos do mundo. Quandoem iodos os países os grilos de protestos contra a morte de Chessmanressoavam, repercutiam, agitavam opiniões o unificavam-nas, o povo (IaCalifórnia não admitiu siquer que os restos do Chessman, que o seu pó,suas cinzas ficassem no pais. Desrle quando cinzas o pó ou mesmo cadáveresde homens perturbaram a vida de um povo p dc uma nação?

Chessman teve um mérito e grande: apresentou à face do mundo averdade sobre o sistema penitenciário o os assassinatos frios tios condenadosá morte nos Estados Unidos. Lutou ferozmente pela sua vida. mas sonslivros são também um tremendo libelo contra os E.U. Morreu por issomesmo; os ianques não admitem críticas a "democracia" ianque.

Democracia. Leio um artigo no "Diário de Notícias" que conta istoque é preciso ser de todos conhecido: vinte e três Estados norte-americanosempregam a cadeira elétrica para a execução dos condenados: doze Estados,para os mesmos fins, usam câmara de gás; seis Estados ainda empregamcomo meio de execução a forca. Sim senhores, a forca, esse castigo medieval.Leio o artigo o fico imaginando como podo falar em democracia umpaís quo mata, assassina homens como Saco e Vanzetli, o casal Rosemberg,tantos e tantos negros e agora Chessman. Em cada Estado apura-se tantoo direito de matar que —- parece até mentira neste século do foguetes à Lua— sâo feitos convites à imprensa e. à pessoas importantes para assistirem'essas mortes, como se fossem um espetáculo de circo, uma representaçãoteatral."Mas em vez de corrigir erros, a sociedade simplesmente os-apaga paraque não sejam vistos, para quo não sejampercebidos." São palavras do Chessman quemereciam ser gravadas na Estátua daLiberdade, em New York. Talvez assim os.assassinos aprendessem a respeitar a vidahumana. A vida o a liberdade dos homens.

Eneida

Pintoresnovos

Com trabalhos do Delson Pitanga,Eurico Abreu, Luiz Guimarães, JúlioVieira e Maria Lúcia Luz, inaugurou-sesegunda-feira uma nova exposição nossalões da Maisòn cie France,

Notas Sobre Livros,,„,, „Z uS \\ , ." a' ,M>SS" dizer " '"',m "s,,,v» comutando -id W - '' fal .''' a<"" me8mo» sôbre ° ,:s,a(1<> "» Guanabara. Mas«22? i rr asS,l.n,° "un,a C0,UIW d,'s,i"a'la especialmente ao comeu-farto de hvros e assuntos Horários? Alguém - não sei quem - résô V,o caso enviando-me um volume, de 128 páfrii.as «„„ o titulo - Estado daouanabara. VAS pois o livro, 0 ponta de partida que me faltavaO volume lem o seguinte subtítulo: «Conseqüências jurídicas d., um-dança da (apitai da Republica para Brasília», . contém principain.ent, !lspameres de meia dúzia de conceituudos juristas desia praça entre os miaisos anügos fascistas Vicente Kau e Francisco Campos. L" uma publicaçãoda Câmara dos Vereadores do ex-Dislril,, Federal, feita com „ objetivo

'dcjustificar juridicamente a conversão dos vereadores em deputados e eonsti-

A coisa mais fácil do mundo .'• justificar «juridicamente» seja o quefôr. Com a mesma facilidade e manipulando os mesmos textos de lei osmesmos Irafadistas « a mesma jurisprudência, os senhores juristas jnslili-cam o pró e o contra de qualquer matéria, conforme o interesse do eonsti-luinfc. E' esse o seu ofício.Ma» não me interessa nada enredar-me nas argúcias e malabarismosde semelhante gênero literário. O qu». me interessa, na questão do listado daGuanabara, não são fórmulas jurídicas — e sim os seus aspectos políticos,econômicos, sociais e culturais.O Estado da (juojialmra é um fato consumado, que sc consumou (leacordo com a determinação da Constituição da República. Todavia, faloconsumado não quer dizer fato irreversível, irremediável, válido para todo asempre. Em lodo tempo é tempo de emendar o que está errado, de endireitaro que está torto, de reabrir a questão e resolvê-la de maneira diferente.De resto, a própria Constituição, que determinou a solução Estado da Guii-nabara, prevê taiiibúin a outra solução — ou seja, no caso a fusão dó Es-tado da Guanabara « do Estado do Rio de Janeiro.Continuo a pensar que a fusão seria — o será — a melhor solução.Por agora, entretanto, nada há a fazer. O Estado da Guanabara é um falo,e o que noa resKé cuidar de eleger o seu Governador e a sua Constituinte,simuHAneamenra com a eleição para o Executivo Federal. Teremos entãooportunidade, a 3 de outubro, de dar uni passo sério n<> sentido de colocar

ris órgãos do Poder Estadual em mãos decentes, capazes de pôr um pa-radeiro à sórdida politicagem que tanto nos tem explorado e aviltado. ORio de Janeiro não pode continuar à mercê da corrupta e corruptora má-quina eleitoral aló aqui dominante.

O resto virá com o tempo. Faremos a experiência do Estado da Guii-nabara, Tenho para mim que será uma experiência de «feitos mais negativosdo que positivos. Já se fala, por exemplo, em restabelecer á. jogatina comochamariz para turistas e fonte de receita para o tesouro do Estado. Seriaa última degradação. O Rio de Janeiro é uma cidade de trabalho e de culturae não há de perder estas características, que são o orgulho não apenas dosseus habitantes, mas de todo o povo brasileiro. E é justamente para nâoperder estas características — e ainda robusleeèliis de mais em mais — quea sua reintegração no Estado do Kio de Janeiro, como capital de um Estadopoderoso, com seis milhões de habitantes é grandes possibilidades de desen-volvimento econômico, acabará por se impor como a única solução lógicasensata e fecunda.

A realidade é que o Estado da Guanabara, com menos de 1.500 qui-lômetros quadrados, área exígua o de recursos limitadíssimos, onde não hánem água própria para beber, não é um Estado de dimensão brasileira. Direimaismão é um Estado, como Estado, a altura du cidade do Rio de Janeiro.Corpo minado demais para cabeça tão "grande e tão bela,-

Tenho vivido, nestes dias vitoriosos de Brasília, em plena emoção |in-ca nova (apitai s*-g-

du nossa capacidade........ .. ., -. essar que estou apre-

ensivo com a sorte imediata da cidade do Rio de Janeiro.Acrescentarei, para terminar esla nola. que não mais tratarei do assunto

alé o dia 3 de outubro. Até lá só cuidarei das eleições. .Mas depois voltareià carga, com todas as forças que as velhas eoronárias me permitirem.

Realizou-se esta semana, em São Paulo, um grande banquete em hôriiena-gem, ao Embaixador Álvaro Lins, que tão alto soube manter a dignidade bra?sileira no -sou posto do representante do Brasil junto ao governo de Lisboa; eque, já dc regresso á Pátria, manteve-se com a mesma firmeza na Presiclèn-cia d( Congresso pela anistia aos pre-sos políticos na Espanha c Portugal,reunido há pouco na capital paulista

Infelizmente para mim não pude com-tão de exprimir, nestas linhas, minhaparecer ao banquete. Mas faço quss-ninai ¦áia-iÉiMniiairtiWMÉilifciliiimnyicem

Tenho vivido, nestes dias vitoriosos de Brasília, etriótica, sentindo, com o povo brasileiro, tudo aquilo quenifica, na hora presente, como expressão maravilhosa (de construir uma grande e, livre Nação. Mas devo eonfes

Livro Escolar: E' Caroe Não é Didático

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44. Astropldo • Pereirtr^

Todos os anos, no início cias au-Ias, renova-se o problema dos livrosescolares. Embora seja um artigode primeira necessidade, que contacom mercado sempre crescente, seupreço é exorbitante. Constitui, as-sim, principalmente na escola mé-dia, um poderoso fator de seleçãoeconômica, contribuindo para sópermitir que as classes média ealta ingressem no curso superior.O Ministério da Educação não pro-cura solucionar o problema do pon-to de vista do aluno, maior interes-sadò na questão, e a Comissão Na-cional do Livro Didático é inope-rante,

Os diretores de escolas parti-culares, por sua vez, impingem aosalunos livros antididáticos (emtroca de polpudas comissões) exi-gindo sempre novas edições, que,na verdade, são reimpressões e denovas só tém o nome.

As bibliotecas de Faculdades nãosão atualizadas quanto às ediçõesestrangeiras, além de pràticamen-te não existirem livros nacionais outraduzidos.

Os problemas do livro didáticodecorrem dos problemas funda-mentais do Brasil, não se podendoencará-los desligados dos mesmos.E' também através dele que semantém o espírito conservador eclassista do nosso ensino atual.Não tendo sua escolha bases pada-gógicas e sendo os compêndios es-trangeiros, na sua maioria, inade-quados à situação educacional bra-sileira, pode-se dizer que os livrosescolares, aléni de não serem di-clálicos constituem um impedimen-to à cultura nacional.

É preciso ressalvar também, queas falhas que os livros didáticosapresentam são, em grande parte,devidas à.lei (iV 8.460 de .....25 12 .1945) que regula a sua au-torização para o uso nas escolas.Assim, por exemplo, as tradiçõese os heróis, mesmo que histórica-mente superados ou falsos, são in-tangíveis, pois o artigo 26, d reza,que: «não poderá ser autorizado ouso do livro didático que desprezeou escureça as tradições nacionais,'¦ ou tente desliistrar7as figuras quese bateram ou se sacrificaram pe-Ia pátria».

Ko curso primárioE' principalmente através dos

livros de «leitura-», que se inculcana criança de escola primária osvalores vigentes na sociedadeatual. Entretanto, a situação realdo Brasil é ocultada e mesmo de-turpada e o «patriotismo» trans-mitido é o de hinos e poemas. Asqualidades positivas do país apon-ladas são adjetivos sem grandesignificação como: respeitado, prós-pero (sem dizer em que consisteessa prosperidade e para quemexiste), hospitaleiro, culto (com52% de analfabetos. . .), feliz, pro-gressista, grande cm território, etc.

Outro detalhe profundamentenegativo nos livros elementares éo modo de encarar as raças e cias-ses sociais no Brasil. O negro nun-ca é colocado em pó do igualdadecom o branco e o índio é apresen-tado como feroz, bárbaro, etc. coma intenção de valorizar a atuaçãodos missionários. As classes me-nos favorecidas, os «pobres* (ope-rários e alunos), são tratados combenevolência e seus problemas so-lucionados com atos caridosos.

De um modo geral, pode-se dizerque os livros didáticos da escolaprimária foram feitos para alu-nos remediados ou ricos e que in-sistem em transmitir, das paisa-gens às pessoas, uma visão ideal eclassista. Esse distanciamento darealidade social cria ilusões perni-ciosas e aumenta as contradiçõesentre o que é ensinado na escolae o que se aprende fora dela.

A omissão do Ministério da Edu-f;açáo e Cultura quanto ao livrodidático é particularmente preju-dicial ao nível primário, onde amaioria dos alunos é carente derecursos e deseja obter conheci-mentos mais amplos do que os for-necidos pelos compêndios.

A Comissão Nacional do LivroDidático, que autoriza a adoçãodos livros, devia também elabora-los e fazê-los publicar em grandeP^cnla pelo MEC, vendendo-os naslivrarias.

Outra iniciativa que deveria sertomadfi é a de ampliação da Coopc-rativa-Livraria do MEC que ven-de material escolar com descontocie 20fr, mas que só tem uma sede,intransitável no início do ano le-tivo. Á .semelhança das Caixa."Escolares» das escolas primáriasda Prefeitura do Rio de Janeiro,a Cooperativa, deveria facilitar,por. meio de sedes nos bairros, a

Hoje em dia, por exemplo, umacriança que esteja na Escola Pú-blica gastará Cr$ 120,00 por anosó em livros. Ora, havendo cercade 7 milhões de crianças matri-ailadas no primário, o mercadocosumidor é vasto.

No ensino médioO aluno que comprava apenas

três livros por série do curso pri-mário, passa a ter, entrando nol'1 ginásio ou normal, u'a média deCr$> 600,00 de despesa auual comlivros.

A grande variedade de livros,autores e matérias (10-11) é aprincipal responsável pelo altocusto dos compêndios. A Comissãodo Livro'Didático é integrada porprofessores e autores de livros que,longe de querer unificar os livros,procuram indicar os seus própriose os livros enviados à Comissãopelos seus editores, geralmente só-cios ou amigos.

Segundo os livreiros, outro fatorde encarecimento do livro é a faltade planificação dos currículos, comameaça constante de reformas doensino, dos programas e gramati-cais, obrigando a pequenas tiragensanuais, o que encarece o preço uni-tário. Agora, por exemplo, com adiscusssão da Lei de Diretrizes eBases, todas as editoras reduziramas tiragens de livros de Latim que,fato inconteste, será retirado doprograma como disciplina obriga-tórify. caso a lei passe. Um dosmeios de baratear o livro didáticoé padronizar os currículos e oscompêndios num âmbito nacional.Mesmo que haja variações regio-nais (com a descentralização doensino prevista pela lei), a estabi-1 idade destas poderá compensar abaixa venda anual.

O preço do papel, «desculpa*apresentada pelos editores comocausa decisiva do custo do livro,na verdade não o é. E' fato queo Governo tem aumentado pro-gressivamente, de alguns anos parae.á, a cotação do dólar para impor-tf>ção de papel. Mas a percenta-gem do papel no custo do livro émenor que a comissão dos livrei-ros (30 a 40'r), que geralmentetêm no livro didático um dos sus-tentos do seu comércio, de vezque os livros de literatura e co-nhecimentos gerais, nào sendo deconsumo obrigatório, dão muitomais trabalho para vender e quasesempre menos lucro.

Por outro lado, as livrarias ,cs-tão sendo prejudicadas pela com-pra por atacado dos colégios par-ticulares, que revendem os volumesaos alunos com margem de lucro,tirando-lhes a percentagem normalde venda anual, pois alguns cole-gios estocam livros por váriosanos. Portanto, os livros didáticos,mesmo se editados pelo MEC, de-vem também ser vendidos peloslivreiros profissionais, afim de de-scnvòlver e estimular o comerciode livros — o único capaz de levarà população os livros não didáticos,no resto do ano.

Finalmente, o problema crucialdo livro para ensino médio e oconteúdo. Não podendo a Comissãodo Livro Didático, por sua compo-sição, opinar desinteressadamentesobre a validade dos compêndiosa serem adotados e estando os edi-tòres preocupados quase que ex-clusivamente com o aspecto lucra-tivo da questão, os livros didáti-cos não podiam deixar de ser, nasua maioria, péssimos. As editorasdedicam 10',i de cada tiragem pa-ra oferecer como propaganda aosprofessores, que, muitas vezes, porordem dos diretores, são obrigadosa indicar livros falhos e caros.Quem sai prejudicado é o aluno,de vez que não desenvolve umacapacidade critica e, em geral, de-cora, sem pensar, formulações re-trógradas e deseducativas.

O Instituto Nacional de EstudosPedagógicos, que já editou algunslivros para a escola secundáriamuito bem cuidados, fêz, nó entan-to, tiragens reduzidas, dedicadasexclusivamente 'aos

professores.mesmo que estes o resolvessemadotar para melhorar o curso, osalunos não encontrariam o livro

venda. O Instituto Nacional doLivro, aue também edita, nesses22 anos de existência, só publi-cou cerca de 25 livros didáticos.

Portanto, um estudante pobre,além dos gastos com uniforme eanuidades é obrigado a despendercada ano mais dinheiro na comprade livros caros e ruins, porque oGoverno não seleciona nem faci-lita a aquisição dos livros esco-lares.

No nível superior

Continuando e acentuando o pro-cesso alienatório de nosso ensino,os estudos superiores baseiam-se,quase exclusivamente em livros es-trangeiros. Além disso pelas difi-culdades de importação, os livrosque nos chegam foram, em geral,,impressos há um ou dois anos,dificultando a atualização dos co-nhecimentos. Repete-se, assim, naimportação da cuitura, o mesmoatraso que se verifica na importa-ção de outras necessidades. Tam.-.bém o comércio de livros fecha asportas ao mundo socialista, impe-dindo o intercâmbio mais amplo esem preconceitos.

Os livros para o curso superioralcançam preços astronômicos se-jam nacionais ou estrangeiros. Aléagora isso não constituía um pro-blema muito grave, pois só chega-vam ao curso superior aqueles quepodiam se dar ao luxo de com-prá-los. Hoje, iio entanto, as classesmenos favorecidas, à custa dc enor-mes esforços, já conseguem atin-gir a meta final. Para esses, aquestão se coloca em ter que passarfome para conseguir comprar li-vros.

Como nos outros níveis de ensi-no, também no superior não hápreocupação dos podêres públicosem resolver e tomar a cargoimpressão de livros técnicos e

científicos. Tudo indica que já étempo dc se começar a traduzire editar esses livros profissionaisno Brasil, ainda que seja por contado MEC ou de cooperativas estu-dantis.

A falta de condições para a pro-duçâo de livros nacionais nessesetor começa pelos autores em po-tencial. Obrigado a ter vários em-pregos, o catedrático não tem tem-po de traduzir ou escrever livros.Muitas vezes, quando consegue ter-minar o manual, este já está su-peraclo pelos conhecimentos maisrecentes. Além disso, poucas sãoas livrarias que se interessam emeditá-los, temendo a concorrênciados compêndios estrangeiros, maisconhecidos e já adotados tradi-cionalmcnte. Outro perigo «J o deencalhe por falta de compradores,já que os-livros técnicos se desti-nam à minoria privilegiada quechega à Universidade. A soluçãode «menor esforço» encontrada éa impressão de apostilhas, que porserem, em geral, súmulas de*aulas,tornam o ensino mais dependentedos professores ainda, limitandoconsideravelmente os conhecimen-tos adquiridos. !

As bibliotecas dc Faculdades, o*centros de estudos de hospitais «os institutos de pesquisa não têmdireito às verbas dt importação delivros, que a FIBAN só concedeàs livrarias. Até para a assinaturade revistas especializadas depen-dem as Universidades das livra-rias e de seu interesse em impor-tá-las.

A importação de livros é umadas. grandes fontes de renda doalivreiros. Obtendo anualmente umacota fixa em dólares e outras moe-das, utilizam praticamente meta-de dessa importância na importa-ção de revistinhas, histórias emquadrinhos, «.pockét-book>, poli-ciais, figurinos e encalhes de edi-toras estrangeiras.

Embora o dólar para livro tenhacâmbio especial, as taxas de impor-tação encarecem-no muito. E'necessário libertar o livro didáti-co, técnico e científico dos impôs-lPs alfandegários e fiscalizar na«livrarias os. preços que estão sendocobrados, ] .ra que tal medida nãoreverta em benefício do livreiro,aumentando-lhe os lucros. Só em19C8, de acordo com as estatística?do nosso comércio exterior, impor-tamos 1.584.147 quilos de livros,no valor de 349.5 milhões de cru-zeiros. em relação a 1957: o custodo livro i'>nurtado em 1958 crês-ceu de cerca de 47';, ou, mais70.42 cruzeiros por quilo.

Urge, portanto, que o ovêrn.0tome medidas enérgicas para con-trolar o comércio do livro didático,principalmente os que servem aonível médio c superior, onde aexplorarão é mais difundida. Umlivro técnico on científico estácustando do Cr-S 2 000,00 aCrS 5.00000, impossibilitando' amilhares dc jovens o acesso à

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Entraram na escola .is dois jrai-olos (In foio ni-ixuiiirmn, m.ôs desesperados esforços (nuile*inteiras ims.vuliis na fila â poria do eolúglo, dlllcnlüadca, luunillmc&ss) dos seuspais. 1'unquMar um lugar uns bancos da escola piW.lii. Resta .saber se poderão

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- 6 NOVOS RUMOS6 a 12 de maio de 1960 —

•mv. •

BB Ajudaindústria

O reojustamento dos preços dos re-médios, imposto pólos grupos de ca-

vV -iúlais estrangeiios, noladamenle nor-

Jj^fe-americanos, que dominam nosso mer-^ficado de medicamentos e de matéria-

Jj EJ.ima para sua fabricação, vai sacri-I* a ficar, mais ainda, a bolsa do povo e

j** não pode ser aponlacio como solução***."pcra o problema da indústria farmacêu-iÜtica nacional. Sabe disso o Ministério

3£3© Trabalho, Indústria e Comércio, onde

23Cquestão Ia foi amplamente discutida,

JJJJJjando os representantes da pequena^*1ndú»lria falaram das dificuldades dosá*-4oboratórios nacionais, sujeitos à alta«*»—tn controle oficial dos preços da ma-*£|íria-prjma, que lhes fornecem os in-iSiustriais estrangeiros, e impedidos deijwtixpandir sua atividade por faltar-lhes

ü~Alamparo do crédito, sempre difícil

j££ftuando se trata da expansão de nosso

iSgarque industrial.$""" A solução do problema, para servir

ao povo e à própria indústria brasileira,não estaria num aumento puro e sim-

pies dos preços dos remédios, o que nãoevitará a estrangulamento de nossoslaboratórios pelas grandes empresasnorte-americanas, como Parke-Davis,Johson & Johson, Aboot, Merck Sharp

, & Dohme, Sidney Ross e tantas outras.. Trata-se de um problema complexo,

cuja solução teria de abarcar, também,a questão da matéria-prima para a fa-bricação dos remédios.

Mas aos grandes laboratórios estran-'

geiros; que nem sequer precisam deaumento, o que interessa é, apenas,

• a solução simplista de um reojustamentoimediato dos preços dos remédios, sem

que se fale do problema de base da in-dúslria. E para essa solução simplista,

cujo objetivo futuro é a total liquidaçãoda indústria nacional, logo contaramcom a colaboração do governador de

São Paulo, sr. Carvalho Pinto, que man-dou pedir ao ministro do Trabalho, pelosr. Roberto Gusmão, delegado regionaldo Trabalho no seu eslado, a aprova-

ção urgente dos novos preços apresen-tados pelo Conselho Nacional de Éticada Indústria Farmacêutica do Brasil.Neste conselho prevaleceram os pontosde.vista das grandes empresas que ven-dem remédios s farmácias e mate1""-

" prima aos nossos laboratórios.

NOVO LIVRO DEFILOSOFIA MARXISTA

INTRODUÇÃO AO ESTUDODO FORMALISMO

E DAS CONTRADIÇÕESpor Álvaro de Faria

Nesta obra o autor se pro-põe a dar uma solução ã quês-tão que segundo o «Kommun-nist», órgão do Comitê Cen-trai do PCUS, é a tarefa fun-damental da filosofia marxis-ta de nossos dias: a de encon-trar a unidade da dialética, dateoria do conhecimento e cialógica.1 volume, brochura, com 4Í0páginas. CrS 180,00Livraria das Bandeiras Ltda.Rua Riachuelo, 342 — Loja 2Telefone: 36-4871 — S, Paulo.Atendemos pelo ReembolsoPostal.

os Trustes a Matar vde Remédios

Teatro"EsquinaPerigosa IF

Nacional

Domínio do mercadoO mercado nacional de produtos far-

macêuticos esteve sempre na mira daindústria estrangeira, desde quando osfranceses evoluíram os seus métodos in-dusfriais e chegaram a manter a lide-rança até a primeira Grande Guerra.Dal para cá, alemães, italianos e até•ufçoj entraram em disputa com os fran-ceses, que terminaram perdendo a li-derança, por ocasião da SegundaGrande Guerra, quando alemães e ita-lianos foram também afastados,da com-

petição, pelas contingências do conflito,criando-se, assim, as condições para odomínio de nosso mercado pela pode-rosa e moderna indústria farmacêuticanorte-americana, que cuidou de liquidaras empresas nacionais.

Ainda antes do domínio das emprê-tas norte-americanas, paralelamente àsindústrias estrangeiras, grupos nacionaiscomeçaram a dedicar-se a êsse ramo

industrial, alguns com grande sucesso,surgindo no Rio Carlos da Silva Araújo,Orlando Rangel Moura Brasil e RaulLeite e em São Paulo, Vital Brasil, Cân-dido Fontoura e Jayme Torres. Durantemuitos anos as empresas montadas poresses pioneiros foram realmente nacio-nais. Depois foram absorvidas pelosgrupos norte-americanos, porque seusdirigentes não encontraram apoio nemestimulo do Governo.

Mais que qualquer outra, a indústriafarmacêutica tem seu desenvolvimento ecrescimento estreitamente ligados à pes-quisa e à tecnologia que dependem es-sencialmentt de maquinaria e aparelhoseletrônicos, tais como microscópios, cen-trifugadorei, concentradores, fraciona-dores, potenciadores, alambiques etc.Ora, quase tudo isso é de fabricaçãoestrangeira. Outra particularidade sãoos preços absurdos dos poucos instru-mentos fabricados pela indústria na-cional, que carece, também, de desen-volvimento para atender às necessida-des do consumo, por preços razoáveis.Bastaria citar, apenas, um exemplo: umamáquina de dobrar bulas, o aparelhomais rudimentar de uso na indústriafarmacêutica, feito de quatro rolos se-melhantes aos de máquina dç escreveracionados por um motorzinho de má-

quina de costura, eslá custando trintae nove mil cruzeiros. Uma máquina au-tomática de encher e fechar ampolas,custa tão caro que o pequeno industrialbrasileiro tem a impressão de que vaicomprar um cérebro eletrônico, ao re-ceber a indicação do preço.

Falta de financiamento

Queixam-se os pequenos industriaisda falta de financiamento. Os que fo-ram ouvidos pela nossa reportagem nosexplicaram que não sendo a indústriafarmacêutica (com excessão dos gran-des consórcios estrangeiros) altamenterendosa, os bancos particulares nãolhes concedem nenhum tipo de finan-ciamento, nem mesmo um simples des-conto a curto prazo, uma vez que aorganização bancária nacional nadamais faz que operações de especulação.Adiantaram-nos que tal atitude dos ban-cos particulares é coerente com o proce-dimento dos estabelecimentos de cré-dito oficiais, em particular o Banco doBrasil, cujo procedimento é bem idênti-co, com uma diferença para pior: dádesconta a título das grandes emprê-sas estrangeiras, sacados contra peque-nas indústrias farmacêuticas nacionais,executando estas últimas por qualqueratraso nos pagamentos. Na prática,pois, o Governo, através do Banco doBrasil, faz o jogo do fruste internado-nal, estrangulando a indústria farma-cêulica nacional. Financia a grandeindústria estrangeira e nega o mesmotratamento à indústria nacional, em

particular à pequena indústria.

Como é feita a competição

serve até para justificar o preço altoimposto ao nacional.

Dentro de seu sistema de competição,a indústria farmacêutica estrangeira ob-tém lucros de todos os lados, vendendoa matéria-prima por preço elevado, co-brando «royalty» e recebendo, ainda,dividendos de suas filiais em nosso pais.Os laboratórios de capitais estran-

geiros no Brasil paga «royalty» às suasmatrizes no exterior pela utilização defórmulas importadas. E êsse «royalty»

que, legalmente, não poderia ser su-

perior a quatro por cento, ascende,em realidade, algumas vezes até a de-zessete por cento, tornando-se pretextopara o envio de mais lucros para oexterior.

E ainda dentro da competição be-néfica, mas somente para os grupos es-Irangeiros, realiza-se a propaganda queé onerosíssima para todos, grandes e

pequenos laboratórios. Pode-se dizer

que, a grosso modo, a grande indút-tria emprega vinte e cinco por centode seu orçamento em propaganda, en-

quanto a pequena indústria, para acom-

panhar o ritmo propagándístico imposto,

gasta sessenta por cenlo de seu orça-mento, se não quiser sucumbir. Tal dis-

paridade existe porque o processo de

propaganda é o m.esmo para a peque-na e a grande indústria, enquanto quepara esta seu resultado é muito maisrendoso, tornando mais baixa a taxarepresentativa da despesa.

Ante as vantagens da grande indús-tria de produtos farmacêuticos, de ca-

pitai estrangeiro, e as desvantagens da

pequena indústria nacional, nao é deestranhar que dos 530 laboratórios exis-tentes em nosso país em 1957 restavam428 o ano passado. Desapareceram 102laboratórios,

'todos nacionais, no curtoespaço de dois anos.

Nada mais falso, pois, para o casoda indústria farmacêutica, do que aafirmativa de que a concorrência bene-ficia o público porque estimula o fabri-cante a esmerar a produção e baixaro preço. Rigorosamente não pode haveressa benéfica concorrência na indústriafarmacêutica porque seus produtos são

protegidos por «marcas» e entre os vá-rios fabricantes os produtos nunca sãoiguais, mas similares. Deste modo, a

preocupação do fabricante é manter oalto preço que possibilita a intensifica-ção da propagjpnda para aumentar aconsumo de determinados produtos,cujos similares deixam de ser preferidosse os seus fabricantes não seguirem omesmo ritmo propagándístico. Onde oindustrial vai procurar gastar pouco pa-ra sobreviver é no material empregadono fabrico dos produtos. Sua economia,tem, pc!s, um aspecto negativo parao público, uma vez que o industrial se

preocupa em empregar a matéria-primamais barata possível e nunca a melhor,a fim de reduzir o custo da produçãode modo a competir com os demais nosdomínios da propaganda, onerosa masindispensável dentro do listema aluai

solução. Importaríamos técnicos eslran-

geiros, ao invés de matéria-prima paraa indústria de remédios, enquanto nãoformássemos nossos próprios técnicos.

Encarecimento de saise vitaminas

Porque não temos «ma indústria qui-mica de base, nossos laboratórios estãosempre sujeitos a aumentos de preços e,

por sua vez, majoram, também, os pre-ços dos remédios, em prejuízo da bolsado povo que, afinal, é quem mais sofree paga tudo. O maleato de profenpiri-damina que custava em maio de 1957Cr$ 13.546,00 por quilo passou a custar,em junho de 1959 Cr$ 30.157,00 e jácustava em outubro do ano passadoquarenta e dois mil cruzeiros. A metio-nina, que até janeiro de 1957 era ven-dida aos nossos laboratórios por Cr$1.300,00 o quilo, em maio de 1959

passou a ser vendida a Cr$ 3.200,00 eseu preço já foí novamente majorado.

As vitaminas tiveram seus preços ele-vados, depois que se anunciou a monta-

gem de uma fábrica nacional em SãoPaulo. Essa fábrica, em verdade, não énacional e foi montada por MerckSharp & Dohme, poderosa firma nor-te-americana que resolveu evitar aconcorrência de outras empresas estran-

geiras no mercado brasileiro. Sabe-se

que, como meio de proteger a indústrianacional, a SUMOC e a CACEX não fa-cilitam a importação de produtos quesão aqui fabricados. Merck Shaps &Dohme resolveu, por isso, montar uma«fábrica nacional» de vitaminas emSouza, a vinte quilômetros de Campinas.Em verdade, não fabrica aí quaisquer vi- _taminas, realizando-se, apenas, a últimafase de fabricação do produto importa-

do dos Estados Unidos da América. MasMerck Sharp & Dohme conseguiu, assim,tomar conta do mercado e elevou ime-diatamente o preço das vitaminas. Pas-sou a fornecer aos laboratórios nacio-nais a Vitamina BI, por exemplo, porCr$ 8.500,00 o quilo, produto que vinhasendo importado por seis mil cruzeiros.E vai aumentar para doze mil cruzeiroso preço de quilo. Os laboratórios na-cionais não podem livrar-se de MarckSharp & Dohme porque não conseguemlicença de importação para vitaminas,

alegando-se, cinicamente, que já exis-

te no país uma fábrica nacional do

produto.

A «çáo passn-so na Inglaterra, época atual, cm «ma residência srran-fina. listão reunidos dois casais, um soltelrflo, unia moca. idem e uma senhor»escritora de novelas. A conversa so desenrola sofisticada, como convém no»meios «bem». Uísque, gelo, elegância, e quando a dona da casa abre um»caixinha de madeira com música, para oferecer cigarros, entra cm cena umnovo personagem Invisível o a purtir de então toma conta da trama. Isto6 passa a ser O motivo central de Interesse, pois as opiniões e comentário»sobre sua personalidade süo os mais opostos. Trata-se de um irmão do donoda casa desaparecido do convívio dos vivos pelo suicídio — esta pelo meno*é a opinião geral. Opinião partilhada pela polícia, na ocasião, ficamos »»-hendo, através do dialogo dos diversos personagens. A solteirona com alguma»frases dúbias levanta as suspeitas do irmão do morto, o qual resolve sabera' verdade, custe o que custar, mesmo contra a opinião dos mais sensatos,especialmente da solteirona, que deseja recuar diante do rumo assustadprque a conversa vai tomando. Fica-se sabendo que o morto era cavalheirode nenhuma moral, ligado a cada um dos presentes pelos laços, os menosrecomendáveis. Depois de muitos avanços e recuos, vaivéns das visita»que depois de se terem retirado suo convidados a voltar a discussão, des-cobre-se toda a verdade: o morto, homem debochado, beberrüo e viciado ei»

entorpecentes nüo suicidara — fora liquidado pela solteirona. As razões sãoexplicadas, justificadas. E o ato, ou melhor a cena, termina com o irmãofugindo, apavorado ante as revelações que óle próprio provocara e exigira.,Ouve-se mu tiro nos bastidores. Cai o pano, isto é, apaga-se » luz... e vol-Íamos ao quadro inicial da peça: granfinos bebericando, caixa de cigarro»locando musiquiiiha, solteirona comentando.... E o bom-senso dos presente»dando outro rumo à ação: vamos deixar esse assunto de lado e tratar danos divertirmos que é muito mais interessante. Os casais saem dançandoao som da elctrola. Moral da história, não se deve procurar a verdade...pelo menos nas rodas granfinas. E' sempre sumamente perigoso. — Em re-sumo, tipo de peça para o gosto do tipo do público do teatrinho da PraçaGen. Osório. — Em tempo, o autor é J. B. Prlestley.

Nota: A Associação Brasileira de Críticos Teatrais esta promovendouma homenagem a 1'ascoai Carlos Magno. Muito justa. Mesmo os que dis-cordam do Pascoal critico, não podemnegar solidariedade ao Pascoal, pioneirodo movimento teatral no Brasil, especial-mente nos meios estudantis e amadoiisticos.Por isso nos parece interessante a idéia darealização na Casa do Estudante

ievMriz Bandeira

Palavras CruzadasF. Lemos

ataque ou ae defesa. 20 — Pedra, em tu<pí-guaranl. 22 — Sinoero, franco e ho-nesto. 24 — Cólera. 25 — Nome própriofeminino. 27 — Do verbo «SER». 29 -rInstrumento agrícola.

Problema n9 9HORIZONTAIS: 1 — Mulher que po»-

sui muitos bens. 4 — Nome vulgar de umréptil sáurio, que habita,as regiões quen-tes do globo. 7 — Fluido transparente,inodoro, insipdo, que constitui a atmos-fera terrestre. 8 — Debaixo de. 10 —Preposição indicativa de lugar. 11 — No-me próprio feminino. 13 — Nome pró-prio feminino. 15 — Igual; semelhante.17 — Rileira, 18 — Comclusáoi 19 —Pedra de altar. 21 — Igual; semelhante.23 — Roça; quinta. 26 — Pronome pes-soai da primeira pessoa do singular.28 — Chefe etíope. 29 — Instrumentoagrícola. 30 — Doença que se caracte-riza por sufocaçôes irregulares. 31 —Terra arreteada própria para cultura.

VERTICAIS: 1 — Que não é funda.— Transitar de um lugar para outro.— Membro empenado das aves. 4 —

Rio da União Soviética. 5 — Nome da-letra «G». 6 — Gostar muito de. 9 —Atualmente. 11 — Caixa de madeira oucouro, para viagens (pi.), 12 — Pequenoinstrumento com que se assobia. 14 —Fazer doação. 16 — Mulher que amamen-ta criança alheia. 19 — Instrumento de

RESPOSTA DO PROBLEMA H< 8HORIZONTAIS: 1 — Imola; 6 — Atalaia; 8 — A.M.; 9 — Rei; 10— Ríj

12 — Roma; 14 — Arma; 16 — Ora; 17 — Ias; 18 — Mola; 2Qj — Lodl>21 — As; 22 — Cré; 24 — Os; 25 — Aprovar; 28 — tolas. VERTICAIS:;1 — It;2 — Mara; 3 — Olé; 4 — Lála; 5 — Ai; 6 — Amorosa; 7 — Armador; 8 — Aroma»11 — Oásis; 13 — Mal; 15 — Rio; 19 — Acro; 20 — Leve; 23 — Rol; 26 — PI"27—AS.

WL_VZZMwT * JÊT

A H MB 1"

Você Pode Estudarem Moscou

Fala-se muito das vantagens da con-corrência, da competição, livre entre asempresas industriais. Entretanto, como éfeita a competição entre o nacional e

o estrangeiro? Já mostramos, acima,como a indústria estrangeira está me-lhor amparada pelo financiamento, no

próprio Banco do Brasil. Vejamos outroaspecto dessa competição. Os labora-tórios estrangeiros têm suas sedes no

exterior, nos seus países de origem, ondesão elaboradas as pesquisas e estabe-lecidas as técnicas adequadas; suo or-

ganização em nosso país limita-se ape-nas a executar essas técnicas, com a

matéria-prima recebida das matrizese a disputar o mercado nacional, me-diante uma avassaladora distribuiçãode amostras e literaturas de primeiraordem. Os laboratórios nacionais, quenão dispõem de departamentos de pes-quisas, porque são caríssimos, nadadescobrem e vêem-se na contingênciade copiar as descobertas e inovaçõesestrangeiras, adquirindo, ainda, a ma-téria-prima, sais, etc, indispensáveis,dos laboratórios estrangeiros. Está claro

que os fabricantes estrangeiros quetêm suas filiais em nosso país somentea alto preço fornecem matéria-prima às

organizações nacionais. Isto não querdizer que o fabricante estrangeiro te- (nha sempre dois preços: um para suafiliada e outro para a organização na-

cional. Não raro o preço é o mesmo e

Qual a solução?

A doença infantil do "esquerdismo" no comunismo

de VLADIMIR ILITCH LENIN

Importante obra teórica de prande atualidadeUm combati; cerrado contra o

"sectarismo, o dogmatismo e .o revisionismo

Edição comemorativa do 90' aniversário

de nascimento do autor

LANÇAMENTO DA .

EDITORIAL VITORIA LIMITADA\ VENDA NAS Li VK AM AS

Pedidos pelo reembolso paraCaixa Postal 105/Rio de Janeiro

Os pequenos industriais estão cia-mando por uma solução que lhes pro-porcionasse não somente a sobrevivên-cia como fabricantes de remédios, mas,ainda, a expansão de sua atividade.Sabem que, desamparados como estão,sem crédito, sem qualquer proteção ofi-ciai contra a pressão do truste interna-cional de medicamentos, que aqui cadavez se expande, com aumento ou semaumento dos preços de seus produtosseu destino é o mesmo: mudar de ati-vidade, deixando o campo inteiramentelivre às empresas de capitais estrangei-ros, com a liquidação da indústria na-cional, que virá se o Governo não tomar

providência séria. Os pequenos indus-triais que ouvimos indicam uma solução

que poderia ser estudada pelas autori-dades públicas federais, pelo Ministériodo Trabalho, Indústria e Cpmércio. Su-

gerem a intervenção do poder público,mediante a encampação das pequenasindústria deficitárias ou antieconômi-cas, que seriam fundidas com outrasmaiores, reduzindo-se, assim, o númerode laboratórios; contrários ao sistemade intervenção na Bayer, Merck e She-ring, feita durante a última GrandeGuerra, pelo Governo, sem nenhum sen-tido de amparar a indústria nacional,mas somente por contingências do con-flito, sugerem a criação de empresa deeconomia mista, na qual o Governofosse minoritário. Deste modo, evitar-se-ia a reedição da intervenção naque-Ias três empresas de subditos do «Eixo»,

que se transformaram em ninho de em-

preguismo e passaram a ser altamentedeficitárias. Sugerem, ainda, que o O0-vêrno, ao intervir, funde a grande in-dústria química de base, com partici-pação compulsória de toda a indústriafarmacêutica nacional, proporcional-mente ao capital dos que iriam parti-cipar dessa grande indústria. Essa in-dústria química de base é que seria,então, a responsável pelo fabrico detodos ou quase todos os sais consumi-dos pelos labordtórios nacionais.

Poder-se-ia alegar que não dispomosde técnicos, quantitativa e qualitativa-mente para tão grande empreendimen-

experiência da Petrobrós

Quem tiver menos de 35 anos e cursosecundário completo poderá estudar naURSS durante quatro, cinco ou maisanos, livre de qualquer despeso -'s

custas das bolsas distribuídas pela <•versidade da Amizade dos Povos, comassistência médica gratuita e passagensde ida e volta fornecidas pela Univer-dade.

, Reunido recentemente, o conselhouniversitário, composto de membros docomitê soviético de solidariedade Afro-Asiático, União das sociedades sovié-ticas pela amizade e relações culturaiscom o estrangeiro e Conselho centraldos sindicatos da URSS, aprovou as nor-mas de admissão à Universidade em1960, que publicamos em seguida:

A Universidade da Amizade dos Po-vos aceita inscrição para as seguintesfaculdades: engenharia civil (constru-ção e utilização de máquinas e meca-nismos; construção civil; prospecçõesgeológicas; extração e utilização dosminerais); agricultura (agronomia ezootécnica); medicina (terapêutica efarmácia); física, matemática e ciênciasnaturais (matemáticas, física, química,biologia); história e letras (história, li-teratura, língua russa); economia e di-reito (economia e planificação econô-mica; direito internacional).

Podem ser admitidos na Universidade

pessoas de menos de 35 anos, de am-os os sexos, independente de sua raça,nacionalidade ou religião.

Os cursos terão a duração de cincoanos na faculdade de medicina e de

quatro nas demais.As pessoas da Ásia, África e Améri-

ca Latina podem enviar seu pedido deadmissão diretamente à Universidadeou às embaixadas ou consulados sovié-ticos no estrangeiro.

A admissão ao primeiro ano seráresolvida pelo Conselho universitárioapós uma verificação dos conhecimen-tos dos candidatos, que devem possuira instrução secundária geral estabele-cida em seu país.

Quem não possuir a preparação ne-

cessaria poderá ser admitido na facul-

dade preparatória da Universidade,

para concluir sua instrução secundárianum prazo de um a três anos.

Os suficientemente preparados, mas

que não conhecem o idioma russo, serão

para um período de um ano.Os pedidos de admissão serão acei-

tos até 31 de julho, inclusive.Os pedidos serão enviados ao reitor.

E' necessário incluir:— Uma autobiografia, com dois

retratos ;— Certificado do grau de instru-

Ção;— Atestado médico de sanidade

mental e física.Foi constituída uma comissão de ad-

missão, composta pelo adjunto do rei-tor, os decanos das faculdades e os

professores, sob a presidência do reitor

(professor Serguei Roumiantsev, doutorem ciências técnicas). A comissão exa-minará os pedidos, organizará os exa-

mes de admissão e fará suas 'ecomen-

dações ao Conselho universitário.Os conhecimentos dos candidatos

podem ser verificados em-seu próprio

país, através das universidades * ouirafescolas superiores e secundárias nacio-'nais, ou pela própria Universidade daAmizade dos Povos.

O Conselho universitário decidirá emdefinitivo a admissão ou rejeição. Suadecisão será enviada diretamente aocandidato.

A decisão será tomada, no mais tar«dar, a 1.' de setembro. Os cursos co«meçarão no dia primeiro de outubro,

O ensino na Universidade é gratuito*Por outro lado, todos os estudantes resceberão bolsas, terão assistência m»CUca gratuita e serão alojados em inter'natos universitários (sem familia). AUniversidade assume a responsabilidadepelas despesas de viagem, !da e volta,dos estudantes.

A comissão de admissão da Univer-<sidade tem sede em Moscou, rua Kaii-nini, 16, na Casa da Amizade.

Brasil Esteve Presentena Reunião de Mulheres

Comemorando o cinqüentenário, doDia Internacional da Mulher, realizou-se «m Montevidéu, a 25 • 26 de mar-

ço, uma reunião de mulheres do Brasil,Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile.A reunião tinha sido convocada peloI Congresso latino-americano de Mu-lheres, que teve lugar em novembro doano passado em Santiago do Chile. EmMontevidéu estavam presentes, além de

grande número de representantes das

províncias uruguaias, 10 representantesda Argentina, 4 do Paraguai, 4 do Chi-le • a sra. Zilda Xavier, em nome da

mulher brasileira.No encontro ficou resolvida a reali-

zação de um questionário que reflitaa realidade de cada país, uma busca

de problemas e soluções adequadas a

cada situação; a realização de uma

reunião nacional em cada um dos cin-

co países, com o objetivo de dar a co-

nhecer os resultados da Jornada, e o

realização, a 8 de março de 1961, da

II Jornada feminina dos paises do sul

Mulher paraguaia

admitido» na faculdade preparalória do Continente.

Um dos problemas mais dlseutidoidurante a I Jornada feminina, segundonos declarou a sra. Zilda Xavier, foi asituação do Paraguai, e a necessidadede um amplo movimento de solidarieda-le à mulher paraguaia, em luta contra

Stroessner. Como diz o Apelo da Uniãoa opressão da ditadura sanguinária dedas Mulheres Paraguaias, «as mãe» so-frem a angústia diária pela vida deseus filhos, perseguidos e torturadoinas mãos de verdugos sádicos. Milha-res de mães, esposai, filhas e noivasvivem separadas de seus entes queridos,uni encarcerados ou. confinados emcampoi de concentração, outros obri«gados a sair do país».

A sra. Zilda Xavier informou a NRque ai brasileiras que participaram daorganização da I Jornada irão agorarealizar um movimento de solidarie-dade às mulheres paraguaias e deaproximação com as mulheres da Amé-rica Latina. \H . v ,,

Page 7: de Janeiro- UNIÃO PARA DERROTAR 0 CLUBE DA LANTERNA · — 2 NOVOS RUMOS •' l'"11" '. I ¦ )'. "¦!¦'"¦ (¦¦¦,'"¦ ¦!¦ 6 a 12 de maio de 1960 — TrabalhadoresCONGRESSO SINDICAL

— 6a 12 de maio de 1960

15 ANOS DEPOIS DO FIM DA II, CÚPULA PRECISA EVITAR A III

Seis Anos de TerrorSob o Signo da Suástica

Reportagem de FAUSTO CUPERTINO

NOVOS RUMOS7 —

¦. '¦

A 8 de maio de 1945 os chefesdas forças armadas alemãs Keitl,Friedburg e Strumpf assinaram arendição incondicional da Alemã-nha nazista, depois de quase seis«nos da guerra mais sangrenta detodos os tempos. Milhões e milhõesde soldados e civis morreram, mi-lhaçes de cidades foram parcial outotalmente destruídas, a economiade quase todos os países da Europafoi mais ou menos abalada, o es-forço produtivo dos homens e dasmáquinas foi concentrado na fabri-cação de meios de destruição. Etudo começou numa madrugada defim do Verão europeu, com 50 di-visões nazistas invadindo o territó-rio polonês, depois de uma série deameaças de Hitler, embora sem de-clarar o estado de guerra. Depoisde ano» de bravatas e ameaças, amáquina do militarismo alemão, ex-perimentada na Espanha, em 1936,e na Tchecoslováquia e na Áustria,em 1938, diante dos olhos dos di-rigente» de países capitalistas, quefingiam não ver nada, era final-mente lançada com toda a sua fôr-«a contra a Europa.

A guerra de araqueDois dias depois da invasão da

Polônia, a Inglaterra e a França de-clararam guerra à Alemanha. Se-guiram-se vários meses de uma si-tuação confusa: nem bem haviaguerra, nem bem havia paz. Nafronteira entre a França e a Ale-manha, os soldados se conserva-

vam em suas trincheiras, separadospor estreita faixa de terra e de vezem quando trocavam tiros. En-quanto isto, as tropas nazistas pu-nham em ação sua tática de guer-ra relâmpago, com o emprego demilhares de tanques e aviões. Abaivdonadas por seus dirigentes e che-f.es militares, a Polônia era ocupa-da em apenas 27 dias, a Holandae a Bélgica em 19, apesar da pre-sença de tropas franco-inglêsas; aNoruega e a Dinamarca resistiamdurante dois meses e eram tambémocupadas. Quando chegou a vez daFrança, cujo exército era conside-rada um dos melhores da Europa,a história se repetiu: em 44 diasPetain assinava o armistício.

Ataque à URSSA 22 de junho de 1941 pertode três milhões de soldados nazis-

Ias, protegidos por dezenas de ini-lhares de tanques, canhões e aviõesirrompem no território da Polôniaocupado pela União Soviética. Oitodias antes a TASS desmentia no-Jcias da invasão próxima. Segundoo costume hitlerista, o ataque foifeito sem declaração de guerra esem denunciar o tratado de nãòagressão proposto pela Alemanha eaceito pela URSS, em agosto de1939, para ganhar tempo e prepa-rar-se para a guerra com Hitler eseus aliados, insuflados pela atitu-de conciliatória dos países capita-listas. Depois da invasão da URSSe das primeiras vitórias retumban-

tes conseguidas pelas tropas nazis-tas, que se aproveitaram da sur-presa e desorganização provocadapela invasão, os povos da Europaocupada vacilavam entre a confian-ça no Exército Vermelho e o deses-pêro. causado pela idéia de que aúnica força capaz de enfrentar aAlemanha começava a baquear.

A batalha de MoscouO fantasma da guerra relám-

pago se afirmava cada vez maisà medida que as tropas alemãs seafundavam centenas de quilôme-tros dentro do território soviético,numa velocidade espantosa, para seencontrar às portas de Moscou nosmeados de outubro, quatro mesesdepois da invasão. Todas as tenta-tivas feitas por unidades e setoresdo exército soviética para barrar ocaminho dos alemães foram iriu-leis. Apesar das grandes perdas,os nazistas avançavam mais e mais.Hitler havia prometido entrar emMoscou a 12 de outubro e pareciadisposto a cumprir sua promessa,custasse o que custasse. Entremortos, feridos e prisioneiros, csalemães perderam mais de oitocen-tos mil homens em seu avanço atéas proximidades de Moscou. Numesforço final, Hitler mandou can-centrar cerca de um milhão de lio-mens e desferiu dois ataques con-tra a capital, chegando até 25 qui-lômetros da cidade, mas sem atin-gi-la. Finalmente, em dezembro ejaneiro, os alemães são empurra-dos para longe.

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Começou aquia. marcha para Berlim

HflHm^flKBF^ taP^JíLh BBFBfll kBiL fí*^BB BB^^fl^uflilBK^^3flBflBBg3^gjftKBgtfSPwJBB B»- ¦^B^ví"**^' Jl^HBrT^m^mmwfK/^nitmBIf^SSimmg BflWW BB^ '^%?lM&'«'*''dflflBl

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Btftibasoldado

não distinguede civil

%ÈM&màk

A segiuula «iicira cansou maisprejuízos do que lòiliis «^ anturio.res reunidas, ()s iiiHlriunriXos pro-porclonados a(> homem por milhares

du anos de progresso Coram mobiliza.Uot na tentativa insana de Ueslnulo

0 cerco de LeningradoEntrando na território soviéti-

co por três grandes frentes, as tro-pas alemães se dirigiram, pelo sule ao centro, para Moscou, e pelonorte para Leningrado. Chegandoà região de Leningrado nos fins deagosto, as tropas nazistas conse-guiram completar o cerco quasecompleto da cidade a 9 de setem-bro de 1941. Começaram então oãquinhentos dias de, fome e luta emque toda a população da cidade doLenin, que contava enlão com maisde dois milhões de habitantes, tra-vou uma luta sem tréguas não per-mitindo que os alemães chegassemsequer aos bairros mais afastadosda cidade. Durante meses a fio oúnico meio de fazer chegar alimen-tos, armas e munições a Leningra-do foi o lago Ladoga, por naviosquando era passível navegai', e porcaminhões, quando suas águas cs-lavam geladas. A Come, ò frio e asdoenças, porém, não conseguiramabalar a combatividade dos lenin-gradenses, e a 18 de janeiro de. .1943 a cidade era libertada.

A II frenteAntes mesmo da . batalha de

Mo.scou, o governo soviético cha-mou a atenção dos Estados Unidose Inglaterra para a necessidade deabrir uma .segunda frente na Eu-lopa, que obrigaria o.s alemães adesviar parte de seus eletivos dafrente soviética, diminuindo o pesoda guerra que caía quase que ex-clusivamente sobre a União Sovié-tica. Continuando sua política deantes da guerra, os países imperia-listas da coalizão ahtihitleristaadiaram o quanto puderam umataque decisivo contra a Alemanhanazista, limitando-se a ações íneno-res na África e no Oriente Médio.Apesar da promessa da Inglaterrae dos Estados Unidos de lançai' a2a. frente ainda em 1942, o desem-bãrque na Franca só foi feito-emjunho de 1944, quando.a sorte daguerra já eslava resolvida a favordos aliados. Até esla data, doisterços de todas as forças rnobili-zadas e de reserva da Alemanhaforam lançadas contia a URSS.

| SfalingradoSc a balalha de Moscou que-brou o ímpeto das tropas hitleris-

tas e acabou com a lenda da inven-cibilidade dos nazistas e de sua

„r,„, guerra relâmpago, a batalha deÉ|l Stalingrado iria quebrar a espinhallll dorsal da máquina de guerra ai?-

mã c daria inicio á grande arran-cada do Exército Vermelho, que sóterminaria às portas de Berlim.Empurrados contra o Volga, os sol-ciados soviéticos e a população deStalingrado resistiram durante maiscie dois meses a ataquss cerradosde mais de setecentos mil soldadosalemães, além de algumas divisõesde italianos, húngaros, e outros,•sob o fogo tle mais de dez mil tan-quês e outros tantos canhões, Acidade foi defendida casa por ca-sà; os operários trabalhav in dearmas na nulo e abandonavam sua,)máquinas para repelir os ataques

A batalha de Stalingrado mareou o começo do fim para a Alemanha nazista.Depois de dois meses de resistência inabalável aos ataques alemães o exéreiiosoviético desenvolveu um violento contra-ataque, cercando e destruindo o 6' exércitocomandado por Von Paulus nos bosques da região de Stalingrado

nazistas. Cinco meses depois deiniciada, a 2 de fevereiro de 1943,a batalha de Stalingrado terminacom a vitória total do Exercita So-viético. Cem mil alemães são feitosprisioneiros, mais de duzentos milsão mortos. Era o começo do fim.

0 movimento guerrilheiroTodo o mundo conheceu as

proesas dos «maquisards» na Fran-ça e dos «partiggiani» na Itália,que lutaram durante todo o perío-do de ocupação alemã e colabora-ram na vilória aliada em seus pai-ses. Pouco se conhece, entretanto,sobre a luta dos guerrilheiros naGrécia, na Iugoslávia, na Tchecos-lováquia, na Polônia e na própriaUnião Soviética. Na URSS, porexemplo, até 1943, os guerrilheiroshaviam eliminado"mais de 300 milsoldados e oficiais alemães, des-truído milhares e milhares de tan-quês, fortifieações, pontes e liber-,lado inúmeras cidades e regiões. NaIugoslávia, o exército clandestino,chefiado pelo marechal Tilo,' dffi-çullava os movimentos'das tropasalemães, desmoralizava o espíritodos soldados,. colocando-os sob oterror constante de um. ataque desurpresa e mantendo viva a reais-tência da população contra os 6cu-pautes. Além disto, os guerrilhei-ros cm toda a Europa impediamcs alemães de lançar as tropas deocupação conlra a URSS.

Gs campos de concentraçãoAo lado dos bombardeamento

e destruição completa de cidadesinteiras, como Rotterdan, Rouen,Covcnlry e o massacre de popuia-ções inteiras como em Ouradour,Lidice. Lvov, Odessa, os campos deconcentração e de trabalho força-do ficaram como os crimes mais he-díandos praticados pelo nazistas.Milhões e milhões de alemães, tche-cos, poloneses, franceses soviéticosforam barbaramente assassinados,condenados à morte por inaniçãoou conservados sob um regime detrabalho escravo para que aumen-tassem os lucros dos monopolistasalemães e continuasse funcionandoa máquina de guerra nazista. Só daUnião Soviética foram enviadosdois milhões de pessoas Como «tra-balhadores voluntários» até o fimde 1942, Apesar de lodo o terrorempregado nos oampos de concen-tração, os nazistas não consegui-ram aniquilar os prisioneiros. Bu-chenwald, por exemplo, foi liberta-da pelos próprios prisioneiros,

As duas frentesCom o desembarque anglo-

norte-mericano na Normândia, emjunho de 1.944, e na Proyença, emagosto, modificou-sé um pouco oquadro geral da guerra, que se lor-nou ainda mais desfavorável à Ale-manha Hitlerista. Depois do suasdsrrotas durante o ano de 1943frente às tropas soviéticas e tendoagora que sustentar a guerra tam-bém na França, a Alemanha nâopôde mobilizar mais forças paratentar conter a grande ofensiva doExército Vermelho, iniciada emmaio. O grosso das tropas d? Hi-tler, entretanto, continuou concen-traclo na frente oriental, Mesmo du-rante o contra-ataque alemão nusArdenas, os angkiMiortç-airicric -nos nunca li veiam que enfrentarmais do que noventa divisões-ale-mães, enquanto que na frente gei-inàno-Boviética os efetivos nazistas

chegaram a quase trezentas divi-soes recrutadas entre as melhorestropas hitleristas e constantementerenovadas com divisões retiradasdo ocidente.

A insurreição de VarsoviaNos fins de julho de 1945 o

Exército Soviético libertou Vilnus,capital da Lituânia e Lublin, emterritório polonês, onde foi criadoo governo provisório da Polônia-Diante disto, o governo polonês quetmha se refugiado em Londres re-solveu fazer uma demonstração deforça libertando Var3Óvia paraassegurar a volta do poder bur-guês-eonciliador depois da vitóriasobre vs alemães. Preparada emmenos de uma semana e não poden-do contar com qualquer apoio dasvanguardas do exército soviético cdo, exército polonês livre que aindaestavam muito distantes, a insur-reiçào de Varsovia, inioiada a 1' deagosto, se desenvolveu num climade desespero durante dois meses,sendo finalmente esmagada pelosalemães, que contava com uma su-perioridade numérica arrasadora.Dezenas de milhares de operários,estudantes e camponeses morreramnas ruínas de Varsovia, destruídapelos nazistas e libertada a 17 dejaneiro pelas forças combinadas do1' exército polonês e soviéticas.

A batalha de BerlimA medida que a guerra che-

Igava ao fim, tornavam-sc mais de-sesperada a resistência nazista nafrente oriental, ao mesmo tempoque os auxiliares mais próximos deHitler e, depois, de Doenitz, procu-ravam chegar a uma paz em sepa-rado com os anglo-norte-america-nos. Nem mesmo o suicídio de Hi-tler, a 30 de abril de .1945. fêz com

que a comando supremo nazista cie-sistisse de uma guerra já então ir-i cmediàvalmente perdida. Como jánáo existisse mais ninguém entre 16c 50 anos para ser mobilizado, fo-ram chamados para as fileiras cri-ancas de 14 e 15 anos de idade. EmBerlim, para evitar que os solda-dos e a população civil fugissemfoi inundado o metrô, causando amorte de milhares e milhares depessoas. Nada entretanto adianta-va mais e o comando da cidade seentregou aos soviéticos a 3 de maio.Era o último capítulo. 5 dias de-pois era assinada o armistício.

Bombas que não explodiramPoucp antes de terminar A

guerra os aliados realizaram emPottsdan uma "conferência " paratratar do futuro da Alemanha. Re-solvcu-se então que seria proibidaa remilitarização e mesmo a fabri-cação de armamento na Alemanha.Sob pressão da União Soviética, a»potências aliadas resolveram tam-bém que a Alemanha não seria des-membrada e que se cuidaria ime-diatamente da reunificação das zo-nas ocupadas pela França, Ingla-terra, Estados Unidos e Uniãa So-viética. Os partidos e instituiçõesfascistas seriam proibidos, bem co-mo a propaganda de guerra e seimpediria qualquer ameaça aos pai-ses visinhos. Todos estes pontos fo-ram postos de lado pelos países im-periaiistas. Como disse Krusehiovem sua viagem à França, são estasas bombas que não explodiram,mas que ainda podem explodir; Atarefa das potências que lutaramcontra Hitler consiste agora exa-tamente em tirar o estopim destaabombas para que não venham acausar mais prejuízos e vitimas àhumanidade.

NotaInternacional

Turquia,

Sinal Dos TemposNada pode ilustrar melhor no momento atual a situação existcnl»"?, chamado.«mundo livre» ,|„ que a reunião dos ministro* do exterior da(MAN om Istambul; Enquanto os representantes dos paises membros ilaOwniMdo do Tratado do Atlântico Norte, un, dos mais fortes insK.entos da política de jruecra do imperialismo, decidiam sol,,,. a «unidade ori-<l-'.,lal,> on conlerencia de cúpula, nas ruas de Istambul prande número damanifestantes enfrentava a polícia para exlrfr o fim da ditadura de M«nleres e a instauração de um regime democrático. Com sua presença emerriório turco os dirigentes da OTAN deixaram elafb seu desPSVJ"manifestações do povo turco e seu apoio u ditadura que começa a claudicár

SA^h^jSliS" ° fi"° dC "50 t<,r SÍ"° *",n*ror,d" " '''"»'»" P«» «"traPelo que informam as agencias telegráficas, o ministro do exterioria !ur.,ua nao teve o menor escrúpulo em desempenhar o papel de «re.

preientenle» de seu pais, ll0 momento e„. que vários [ornais Z fecha, osinúmeros d.ripntes políticos que se opõem ao governo são presas T3*e-«uidos e a lei marcial é decretada. A «unidade ocidental» q ,e as wrS.<«P (alistas ditem ter sido conseguida em Istambul não podia ser melhorilustrada: e na verdade, uma unidade náo pela vontade d,g povos m« -JK ido os Interesses dos grupos dirigentes d„s paises Iniporial&liwVBo ?s«diga que o «representante» turco está sozinho. Ai estão, por exemnlo ZMr"s (l" ffterl<"' «los Kstados Unidos e da Alemanha Odden'S mrl' Cfn/er eiimpaiihla. «¦raiwi para mi»(ompauhia honrosa, sem'dúvida. \„ mesmo dia em que se inicio,. .euniao de Istambul. „ Congress „ listados Unidos aprovou no!- SSllf.,,,,ai "y,"» >"'»<i''o de que Eisenhower defenda emWlaTÍS'«i ração das iberdades fundamentais» nas democracias populares E «1 cZ"Ioda a autoridade mora que pode ter un, ( <>i,L'ress„ .,,,« ..men.e os direitos mais elementares aos n^swU^Y^^lY^ro do exterior da KFA, von BrenUuiir, o ^nlmí^lfí^^í^brar suas palavras de defesa da politica de forca e de «evJsâo d^ fÜZ'ias. „o congresso da democracia crista recentemente r2 nM'ocasião, outro dirigente do partido de Adenauer ram Md. . , 'TT

dental como quer a opinião pública mundial. Alemanha Oci

á coexistência pacifica entre todos „s povosMas os manifestantes turcos q„e gritavam«.iberdade» do lado de fora do palácio mos-Iram,jiur sua vez, que ,,s povos náo esmo- Fousto Coperfino

Page 8: de Janeiro- UNIÃO PARA DERROTAR 0 CLUBE DA LANTERNA · — 2 NOVOS RUMOS •' l'"11" '. I ¦ )'. "¦!¦'"¦ (¦¦¦,'"¦ ¦!¦ 6 a 12 de maio de 1960 — TrabalhadoresCONGRESSO SINDICAL

Os Bandidos'Sala Verdeyj.

De LUIZ ERNESTO JR

I - O Epílogo— Adeus, adeus.. .Despediu-se dos guardas, últimas

pessoas com quem falava.Foi ia manhã de um sábado, 8 de

julho de 1948, que entrou para o localonde viveu, os doze anos finais, umterço de sua existência.

A cela 2.455 alinha-se a outras 33

qúe formam ó sinistro corredor da mor-te, de paredes frias, cinzentas. Aofundo, uma porta pesada esconde uma

parte de mundo temida e odiada. To-dos os dias", ao sair para os banhosde sol, os habitantes do corredorolham-na com calafrios, antevendo omomento de atravessá-la para nuncamais.

Sem confessar o crime de que eraacusado, escrevendo* lutando contra um

processo armado sem nenhuma provaconcreta, êle esteve oito vezes, em dozeanos, na iminência de entrar na «gaiolados pássaros», como os reclusos de San

Quentin batizaram a sala fatal. Suasemoções de medo já arrefeceram. Luta

pela vida, buscando provar a inocênciae cometendo, aos olhos vendados da

justiça, o maior crime de sua carreirq:denunciar ao mundo a desumanidadeda lei que, para impedir o crime, ofi-cializa-o.

10 horas, 2 de maio de 1960. Apertaa mão de dezoito vizinhos no corredorda morte, seus companheiros de infor-túnio. Fora dos muros da sombria prisão,ergue-se o clamor de milhares de pes-soas que se incorporaram à luta queenfrenta. Crescem as suas forças paramorrer com dignidade. Avança os pou-cos passos que o separam da portaodiosa. Entra na sala

Ironia macabra: a sala é verde, comoverde dizem ser a esperança. Satisfaz acuriosidade indesejada. O comparti-mento é, pequeno. De mobiliário, ape-nas uma cadeira de formato estranho.Sólida, em ângulos retos, tem como ac-

cessorios fortes correias que pendem deseus braços e pernas. Servem para imo-bilizar o infeliz ocupante.

Uma das paredes é de vidro. Por de-trás dela, apinham-se guardas, jornalis-tas, autoridades e convidados que assis-tem ao triste espetáculo.

O condenado senta-se na cadeira.E' amarrado, despede-se dos guardas.Seus olhos voltam-se para os olharescuriosos atrás da parede de vidro, úl-tima visão do mundo que abandona.

O diretor do presídio faz um gestosimples, espécie de aceno. O carrascomove uma alavanru. A técnica modernaassegura ao condenado morte rápida.Pastilhas de cianureto de potássio pre-cipitam-se sobre um. recipiente contendoácido sulfúrico. O gás cianídrico éfulminante.

Era o ponto final da tragédia qj?começou num dia de 1922, quando, numbairro pobre de Los Angeles, veio oomundo uma criança chamada Caryl

II-A HistóriaO menino nasceu na cidade dos

sonhos, longe de Beverly Hills e do Su;i-

set Boulevard. A humildade da fami-

lia, numa casa onde avullavam os pro-blemas financeiros, não facilitava os

objetivos que a inteligência e a ambi-

ção de Caiyl exigiam. A estrada da de-

linquência, começou a percorrê-la na

cidade dos anjos.Aos quinze anos, uma suspeita de

furto levou-o ao leformatório de Pres-

ton, verdadeira escola do crime. Lá

aprendeu tudo sobre a arte de viver

fora da lei, saindo pronto para aplicar

os ensinamentos: roubo foi a constantede sua vida de criminoso obscuro, ate

o dia em que os policiais de Los Ange-les o prenderam pelo crime que jamaisconfessou e que o levou à câmara de

gás.Era 1948. O ano começara mal para

a policia: um automóvel equipado comum larolete de mão, ao qual se adap-lava um envólucro de plástico verme-lho, em tudo semelhante aos da poli-cia, punha em pânico os casais queprocuravam a solidão das estradas dosarredores da cidade. Choviam as quei-xas de assaltos. A imprensa gritava.

A sensacionalista imaginação norte--americana logo encontrou um nome

para o temivel assaltante; o «bandido

da luz vermelha» enchia as colunas dos

jornais.Caryl, gozando de liberdade con-

dicional, foi aprisionado num carro pa-recido com o usado pelo bandido pro-curado. Inquérito, vitimas que preten-deram ver nele o assaltante, processo,condenação. A imprensa silenciou. Apa-rentemente, estava encerrado mais umacontecimento banal nas grandes ei-dades.

No dia 21 de maio de 1948, os do-ze jurados do Tribunal de Los Angelesditavam a sentença: morte na câmarade gás. Começou nesse dia a grandebatalha entre o homem e a justiça.

III - m. JustiçaDo fundo da cisa da morte, «frio san-

tuário de aço e cimento que o Estadoda Califórnia mandara erigir», Ches-

sman insurgia-se contra os seus juizes.Repelia a sentença, não com desespero,mas fria e sensatamente: punha em jô-go a infalibilidade dos togados da Ca-lifórnia, levantava as cortinas e come-

cava a mostrar o que havia por trás do

processo que o levara a marcar encon-tro com o carrasco de San Quentin.

Dezoito testemunhas, as vítimas, iden-fificaram-no vacilando. Duas dentre«Ias, mulheres (prostituta uma, outraalienada mental), selaram seu destino.Oartigo 280 do Código Penal da Cali-fórnia previa que todos os autores deseqüestro seriam passíveis da pena demorte, mesmo que restituíssem a vítima

ilesa. O «bandido da luz vermelha» se-

qüestrou as duas mulheres, deixando-asem liberdade, depois, ilesas, conforme

provou o laudo médico.

Os julgadores não tiveram o cuidadode apreciar melhor o processo; preci-savam condenar e o que fizeram semmaiores delongas. '

As leis foram feitas também para pro-teger os indivíduos contra os erros dacoletividade, e não somente para pro-legar esta contra os obusos daqueles;havendo dúvida, a sentença deve ser

favorável ao réu.

Isse princípio não foi levado em con-ta pela mais alta Corte da Califórnia,

que homologou a pena contra Ches-sman baseada no verbal do processo,traduzido por um taquígrafo incompe-

tente para realizar o trabalho (o autordas notas taquigráficas falecera antesde completar o trabalho, o que levoua promotoria a recorrer a um parenteseu, por sinal alcoólatra, para fazê-lo).Violou-se assim a emenda 14 da Cons-tituição dos Estados Unidos, possibili-tando a Chessman meios para enfrentara decisão dos juizes.

A batalha judiciária que se travourevelou a personalidade dos homens

que julgam homens na Califórnia. Nãoimportava mais saber se o acusado eraou não inocente, se a Justiça haviacometido uma falha — importante erasalvar o seu prestígio.

Predominou então a figura de E.Goodman, juiz a quem Chessman atri-buiu a «virtude» de jamais ter absolvidoum condenado à morte, o homem quemandou o casal Rosemberg à cadeiraelétrica.

— O caso Chessman ultrajou a honrae as leis dos tribunais da Califórnia —

disse — E' preciso fazer a roda pararde girar.

O «criminoso obscuro» tornara-seuma ameaça à sagrada instituição da

pena de morte. Era preciso defendê-la.Goodman comanda a batalha. Numa

reunião de juizes em San Francisco uma

proposta sua é aprovada, condenandoa «excessiva liberalidade das leis fe-

derais para com os criminosos conde-nados à morte».

Os anos passam. De 1948 a 1955,

56, 57, 58, 59. Doze vezes o condenadovai aos Tribunais, oito delas «in extre-mis». Três vezes a execução da senten-

ça é adiada horas antes — uma, mi-nuto antes.

Recursos são apresentados, adia-se aexecução. Depois, são examinados erejeitados. Um é aceito pela Corte Su-

prema dos Estados Unidos. Manda-sefazer a revisão do processo, do verbaltaquigrafado. Todo* sabem que a tra-dução foi imperfeita. Até a Associaçãodos Taquígrafos dos Estados Unidos oreconhece. O Tribunal da Califórniaconsidera-a suficiente para permitir um

julgamento.A Justiça fica cada vez mais cega —

não enxerga a verdade. As portas vãose fechando. Por fim, resta a clemênciaque pode ser concedida pelo governa-dor Brown. Ele sabe que pode conce-dê-la.. . Mas almeja ser candidato à

presidência dos Estados Unidos e não

quer descontentar os maiorais da Ca-lifórnia. Rejeita.

Mais um adiamento é conseguido. Oúltimo. Marca-se nova data, a derra-deira: 2 de maio de 1960. As horascorrem, os advogados tentam a CorteSuprema. O recurso é rejeitado. Acabamnovamente à frente do juiz Goodman.Restam alguns minutos. Pedem o adia-mento. Parece que o juiz vai conceder.Providencia-se uma ligação para SanCuentin. Goodman não se lembra donúmero. Manda a secretária pedir a umdos funcionários do seu escritório. Elavolta, mas disca errado. Quando conse-guem falar com San Quentin, já eratarde.

Goodman pregara a última peça nohomem que enviara à câmara de gás.

IV - O Homem— Minhas armas serão as palavras...Caryl Chessman abandonou o revól-

ver com que fazia a vida, pelas pa'a-vras com que iria defendê-la.

E pôs-se a esudar. Devorou Ioda a

literatura juridici que lhe caiu às müos,

dissecando as leis es'aluídas em aVesi

da propriedade pr vada contra a fome,

o desespero, a fuila de oporl jnidades

pera milhões.Os grandes ccwiveis sociais, a belva-

gem luta pi ti viaa num pa s onòe o

conquista de urrvi posição nem semprefuduz valo- humano, um torvslinho cujeengrenagem esiroçc e desumnnizo, ge-ram os cri.nes ma s monstruosos, maisrequintados em sia prepancão mais

cruéis em suas conseqüências. Ali, mais

que em qua'quer oulro lu^jr, torma

sentido ser o homem o lobo d) homem,Numa sociedade de tal ordem, é fácil

compreender o papel de verdadeiros lie-

róis que assumem juizes, promotores e

carrascos propriamente ditos, quandoconseguem sentar nas cadeiras punitivasalguém que atentou ou é suspeito de

atentado contra a segurança dos bensde quem os possui.

— Não precisamos de amigos — cd-

vertiu Foster Dulles.A demonstração de forca é um mons-

tro que apoquenta Iodas as esferas nor-

te-americanas. Num país onde o pre-sidente da República (Trumon) não

titubeia em jogar bombas atômicas sô-

bre grajides concentrações humanas,rom.tj exclusivo objetivo de amedronj

e demonstrar superioridade, não se po-de hesitar em cometer crimes individuais,

por maiores que sejam os clamores do

mundo.Chessman compreendeu tudo isso.

Compreendeu que a aplicação da jus-tiça em sua terra envolve muitos outros

fatores além da prova de culpabilidade

ou não do acusado.Seus livros são um libelo contra essa

justiça. Mais que isso, contra a sociedade

que a emprega. Com eles, selou seu

próprio destino. As autoridades que o

mataram poderiam inclusive perdoar o

«bandido da luz vermelha», caso nele

identificassem Chessman. Jamais per-doariam o autor de Cela 2.455, cor-

rredor da morte.Seu caso deixara de ser apenas um

crime contra cidadãos norte-americanos,

para tornar-se um «crime» contra a so-

ciedade norte-americana, contra um

dos mais sólidos sustenláculos do «co-

losso». «Colosso que ainda não tem

força para aceitar a opinião de um seu

filho do século passado, Wendell Phil-

lips: «A comunidade que não tem co-

ragem de proteger o seu mais humilde

e odiado elemento na livre expressão

das suas opiniões, por falsas e repug-

nantes que possam ser, nada mais é queuma massa de escravos».

Para a opinião pública mundial, os

livros de Chessman passaram a repre-

sentar a sua regeneração. De homem

que vivia contra os seus semelhantes,stü^hfciM.Vcaicare.-apte-

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VOs Outros i . \ ¦#¦ -

nas para defender-se, tornou-se um

grande lutador pela abolição da bar-baridade que é a pena de morte.

— Espero que a minha execução sir-va para apressar a abolição da penacapital — afirmou Chessman ao chefeda guarda de San Quentin minutos antesde entrar na sala verde.

À época remota em que Moisés atra-vessou a pé o Mar Vermelho, vigoravaa tristemente famosa Pena de Talião,inflingindo-se ao acusado o mesmo cas-ligo que sofrerá a vitima.

Hoje, nos Estados Unidos, é pior. Ocastigo é muito mais cruel que o crime.Chessman, mesmo que tenha sido o«bandido da luz vermelha», não matouninguém.

Os doze anos que passou morrendo,numa tortura que espanta não haverarruinado seus sentidos, eram mais quesuficientes para considerá-lo castigado.Deixassem-no viver, ainda que preso.

Pode-se não justificar o crime. Mashá que procurar compreender e auxiliaro criminoso a recuperar-se. Não se podenegar que, em regime capitalista, gran-de parte deles comete os primeiros de-litos para solucionar problemas de suaprópria subsistência. São criminosos,mas são homens.

Mais criminosos e menos homens sãoos que, bem postos na vida, resolvemserenamente, com requintes que chegamao extremo de convidar pessoas paraassistirem ao suplício, assassinar em no-me da sociedade.

...e Caryl Chessman passou a sermais um na galeria de crimes le-

gais cometidos pela Justiça dos Es-tados Unidos em nome não se sabebem de quê. A galeria dos que mor-reram inocentes é longa: o mundochorou os operários Nicola Sacco eBartolomeu Vanzettí; o horror domi-nou milhões naquele entardecer deum dia de junho (19) de 1953,

quando Ethel e Julius Rosenberg fo-rem eletrocutados pelo carrasco deSing Sing; Barbara Graham, a jovemde vida alegre que morreu inocente

para satisfazer os desejos do juiz Fric-ke e do procurador Roll, revoltou omundo quando o cinema contou a suatragédia. E' longa e cheia de cri-mes a crônica da Justiça do «GrandePaís do Norte».

Emmett Louis Till era um menino ne-

gro que morava em Chicago. Tinhadoze anos em 1954, quando ganhouum prêmio por sua aplicação na es-cola: ia passar as férias na Louisiana,;m casa dos avós.

Na pequena cidade do «mais pro-fundo sul», às margens do Mississipi,tudo era novidade para Emmett. Logoíêz amiguinhos e com eles foi tomarsorvete no «drug-store», o único dolocal. Na caixa estava uma loura, ex-travagante, Marilyn Monroe de pro-víncia. O menino Emmett, que era deChicago, cidade do norte, de opera-rios, onde racismo era quase coisa do

pi soado, assoviou quando viu a lou-ra extravagante. Assovio de meninoingênuo. Os outros, que eram do sule sabiam e sentiam o racismo, leva-ram-no da sorveteria. Temor nas fa-ces infantis: apenas a de Emmett re-velava alegria. Ele não sabia o queera o racismo na Louisiana.

Na casa dos avós havia apreen-são, os amiguinhos de Emmett narra-ram o sucedido na sorveteria. Ralha-ram com o menino, tentaram expli-car-lhe como viviam os brancos e os

pretos naquela terra, contaram histó-nas. Emmett Till ouvia mas não acre-ditava.

Era noite, já. Batidas na porta,violentas. O velho vai abrir, temero-

so, pressentindo o pior. Dois homensà frente, atrás mais dois. Queriam omenino. O velho tentou resistir: apon-taram um revólver e terminaram poragredi-lo. Emmett Till foi arrastadoda casa ainda tonto de sono, semsaber por quê. Seu corpo foi encon-Irado dois dias depois, boiando norio. Havia sido açoitado com fios dearame farpado, perfurações de balamarcavam seu corpo de criança Pa^

gara o crime de um assovio.

Não heuvt «scandalo na cidadequando encontraram o cadáver. A

policia abriu • encerrou o inquérito:criminosos desconhecidos, talvez yiri-ganes do negros. O velho avô nãosuportou o mesmo sabendo que podiater fim idêntico ao do menino foi àJustiça e denunciou os criminosos: umdeles ora o marido da loura, outroo Irmão. O inquérito teve de ser rea-berto. Não podia haver dúvidas sô-bre a identidade dos criminosos: elesnem procuraram esconder seus rostosquando foram buscar o menino Em-mett. Teve que se fazer o processo dedois brancos què mataram um meni-no negro. O juiz se sentia -pouco àvontade no dia em que o velho pretosentou na cadeira do Tribunal paraacusar dois homens brancos. O pro-motor não compreendia como devia

• pedir a condenação de brancos, só

porque mataram um preto.Acabaram concluindo pela inocên-

cia dos dois acusados.A Justiça estadunidense não é ce-

ga e tem duas faces, decide segundoconveniências: é capaz de não conde-nar assassinos brancos que. matam ne-gros, mas não perdoa aqueles ino-centes que tentaram desafiar a suaonipotência. Sacco e Vanzetti eraminocentes e morreram; Caryl Chess-man poderia não sê-lo, mas. morreuporque teve coragem de revelar aomundo a barbárie do assassinato le-gal. Uma coisa agora resta: que opovo daquela terra acabe com os pa-tíbulos, com os eletrodos mortais dacadeira elétrica, com a triste ironia dacâmara pintada de verde onde o aásmata em 9 minutos.

NDVOS RUMOSDia Das

As vésperas do DIA DAS MÃES não me ocorre a idéia de apontarfatos ou pessoas para somar às homenagens que serão prestadas àquelasqíie criam outras viflas, mima data tão comovente e quê foi desvirtuadapela publicidade, comercial. Mas penso como é difícil, para todas us mães,educar os filhos entre os obstáculos materiais e morais que a sociedadeopõe aos sonhos de felicidade que cada mulher guarda, em particular, parasaber realizado pçl* família. E' uma luta desigual para dar-lhes tima noçãode justiça, de beleza, de humanismo a respeito das coisas o das criaturas.E isso é tão importante como o pão de cada dia. Luta-se contra o sensacio-na lismo .eni torno de crimes, contra a má literatura infantil,1 contra a-faltade uma literatura amena e construtiva para a juventude; contra o exeni-pio coletivo da exploração e da corrupção, que deforma a compreensão doconteúdo dos fatos refletindo-se sobre o comportamento social da criança.

As crianças sabem de todas as fases do crime da mulher assassinadaem Copacabana. Como 'esconder, se os jornais coutam a história em série,diariamente, durante semanas? E' em torno de crimes, principalmente, que,a nossa imprensa cria um centro de interesses, influindo, perniciosamente,nas mentalidade* ainda não formadas ou mal formadas dos que não. sabemou não podem, no momento, colocar a- paixão de alguns indivíduos comoresultante da organização social.

Por isso, nem estranhei quando o garoto de oito anos, preocupado osaturado, perguntou a respeito de Cary Chessman: Mamãe, por que não ma-tjim logo êsse homem? Seria ,uma pergunta imprópria para unia criançaque vivesse em outro meio, onde o inundo infantil fosse respeitado n<eiaspublicações, pelo cinema, pelo rádio, pela televisão. Mas, entre nós, é atónatural que muito cedo comecem a preocupar-se com o ódio e a morte.Então, c preciso contar ao menino muitas histórias, a bislória cie Sacco oVanzeti, a de Ethel e Julius Kozcmberg, a dos negros linchados, a dos már-tires de Chicago, a história do mecanismo brutal que a plutocracia ame-ricana detém nas mãos para «justiçar» os que não servem aos seus desig-nios. E que êsse domínio de terror, às vezes, atinge outras pessoas crinii-nosas ou não, pois não nos cabe entrar no mérito da culpabilidade doChessman, mas repudiar o método usado para castigar um hómeiri; mesmocriminoso.

Como vemos, às mães não cabe, apenas ligiiiiitivumente, a missão deembalar os filhos e guiar-lhes os passos. E todas têm o mesmo dever. Assim.declaro-me contra os que escolher mãesapontandoas para homenagens especiais.Louvemos as mães que estão juntas namesma coletividade humana, lutando paravencer os obstáculos materiais e morais quea sociedade opõe à felicidade de seus filhos.

.ÍÀrta Monteoégròífy

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Sexta-feira, 15 de janeiro de 1960,segundo dia da sessão do Soviet Su-premo, uma fina poeira de neve cai só-bre os jardins do Kremlin, em Moscou.Os abetos, com seu manto de neve, ascúpulas douradas das igrejas estão co-mo se afogados num céu de inverno,pálido, esbranquiçado. Um grande auto-móvel negro, um «Zil lll» último mo-dêlo, pára diante da catedral da As-sunção.- Não teria me apercebido de suachegada se um grupo de fotógrafos ecinegrafistas soviéticos, que, imagino es-tivessem misturados à multidão de de-pulados, não o tivesse cercado. Reco-nheço perfis que vira em New York,Washington, Los Angeles, nos milharaisdo lowa. Ouvi gritarem: «Nikita Ser-gueievich! Por favor! Aqui, por favor!»Evidentemente, os colegas norte-ameri-canos fizeram escola. . .

A presença de Nikita SergueievichKruschiov explode entre nós como ocombustível de um foguete. Ao longoda calcada caminhamos sobre a neveque range sob os nossos passos, emdireção da catedral de São Basílio esuas maravilhosas torres de malvaíscomullicor.

Pie, o fotógrafo, surpreso um ins-tanle em virtude da movimenfação dossoviéticos seus colegas, consegue apro-ximar-se, encorajado por Kruschiov quegrila: «Avisem o francês para andarmais depressa! Deixem o francês tra-balhar! Êle c nosso hóspede!» E per-gunta: «E' verdade que na França a be-Ia estação começa em março?»

As mãos nos bplsos do capote, afisiononva sorridente séb o gorro deastraco negro enfarinhado de neve, êletem aquele passo ligeiro quase de bai-larino, que nos havia impressionadoo,uatro'imese» atrás quando, após descerdo gigantesco «Tu 114», havia pisadopela primeira vez a terr« da América e

."'ie dirigira, ao lado' do'presidente Ei-senhower, ao local onde se encontra-vam dispostas em quadrado, as qua-renta e nove bandeiras dos Estados daUnião. '

Quanto tempo fora necessário pararealizar aquele minuto! Para que se tor-nasse possível aquele . minuto duranle

to qual o chefe da maior potência capi-talista recebeu de igual para igual opresidente do Conselho de Ministros daUnião Soviética! Adversários ou partida-rios de um ou de outro sistema, recebe-mos todos o impacto provocado poraquele encontro de caráter extraordiná-rio.

Fases de

uma vidaAs fotos que ilustram a página do-cumentam fases da vida de Kruschiov.Em baixo, a partir da esquerda: jovemdirigente ao lado de Mikoyan, oficialdo Exército com Vorochilov, e dirigentedo P.C. da Uhíuia. Ao alto, já primeiro-ministro.

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ContaSuaVida

ANO II Rio de Janeiro, semana de iS a 12 de maio de 1960 W 62

Uma vida comumMais tarde Kruscriov diria, a propó-

silo de si mesmo e de Eisenhower, quea vida de ambos era semelhante, poisaprenderam trabalhando com as pró-prias mãos. •

Mas eu acredito ter'sido um modode dizer, uma gentileza diplomática departe do soviético. Nejihum destino devida americano pode se assemelhar aode Nikita Sergueievich Kruschiov: pas-tor, mineiro, aluno de escola noturna,combatente na guerra civil, organiza-dor e dirigente político. . .

Quando Dwight Eisenhower nasceu,de família modesta, sua mãe podiaimaginar — sem excessiva fantasia ••-que êle se tornasse um dia presidentedos Estados Unidos, mesmo que paraisso êle devesse vender jornais nas ruas,segundo uma tradição que faz parte domito americano da igualdade de possi-bilidades- mas quando Nikita Kruschiovnasceu a 17 de abril de 1894, no quar-to único de uma casa de míseros cam-poneses, dèbilmente iluminada • pelalamparina do ícone, seriam necessários,aos camponeses da vila de Kalinovka,na província de Kursk, imaginação e co-nhecimenlos sobrenaturais para preverque o neto do velho servo Nikanor Ser-gueievich chegasse um dia a ser o chefedo governo do velho império do czai,transformado em Estado Socialista!

Não obstante tudo, iite homenzi'-nho gorducho, folgazão, curioso mesmo— a vivacidade de seu olhar, por es-tianho que posso parecer o conf.on-to, lembra o olhar de Picasso — esteNikita Sergueievich Kruschiov, primeirosecretário do Partido Comunista daUnião Soviética, não é por nada umpredestinado. Ele è precisamente o cen-trário de um predestinado tanto tem decomum a sua vida como de milhões deoutros. .-"•"

Não uma vida excepcional, ultra-modelo, mas o,na vida típica para ossoviéticos da sua geração, formada naação revolucionária durante os últimosanos do czarismo, ina guerra civil, nosempreendimentos dos planos qüinqüe-nais, nas frentes da «grande guerra pa-triótica*.

Não uma vida de caminhos secre-los e de grandes mistérios, mas umavida que coincidiu, em todos os momen-tos, com as diversas fases da vida dopovo soviético, partilhando o sucesso eenfrentando os momentos mais duros,das longas .(jornadas de tormentos*.Nas recordações de infância t de ju-ventude de Nikita Kruschiov, os velhosrevolucionários reconhecem a históriada tomada de consciência de cada um,e os soviéticos das gerações que se su-cederam descobrem a imagem de umaRússia que relutam em acreditar lenhaverdadeiramente existido. E' a Rússiadas ladainhas que cantavam no <do-mingo vermelho» de 1905, em Pelro-grado, os cento e cinqüenta mil mani-festantes que iam — atraídos pela poli-cia para sangrenta armadilha — supli-car ao czar piedade pela miséria dopovo: «Estamos tecluzidos à mais negra

chiov

De PIÍRRE COURTADE,exclusivo para NR

I' de duas reportagens

miséria, somos, oprimidos, obrigam*nofa realizar trabalhos acima de nossasforças, somos atormentados, em nóinão se reconhece mais o ser humano. . .,Somos lançados cada vez mais ao abis<mo da miséria, da Servidpo, e da. ig*norância. O despotismo e o arbítrio noisufocam. . . A nossa paciência está che-<gando1 ao fim».

Episódios da infância«Era 1904 ou 1905 — conta Krus*-

eu tinha nove ou dez anos.Voltava da escola de Yuzovka, ondameu pai trabalhava nas minas de Don-bass, quando um homem numa calech»veio em minha direção galopando ve-lozmente. Gritavam que os judeus ha-viam-se revoltado e que queriam pro-clamar um «czar judeu I Joguei os ca-dernos e corri a ver o que tinha acon-tecido. Vi as cenas terrificantes do «po-grom» e, no dia seguinte, no hospital»os cadáveres das vítimas. Os operário»discutiam nos arrabaldes. A maioriadeles era contra o «progrom», mas ha«

, via também os que o aprovavam. Reali'zaram-se reuniões durante as quais fa-laram oradores judeus e russos. Juntos,desmascararam a provocação. Apela-ram para a unidade e, no fim, até o*operários que haviam participado dosaque compreenderam e aplaudiram.»

A vida em Yuzovka era tão .dífic'1que o pai de Nikita teve de mandá-lode volta à Kalinovka, para viver com, •avô. Na escola de Kalinovka a profes»sôra notou aquele jovem vivo e rebel-de. «Um dia — conla Kruschiov — elame perguntou bruscamente:... «Nikita,por que nunca fazes o sinal da cruz?Se nem a senhora o faz! — respondi,E percebi que ela ficara contente con?o resposta. Mais tarde vim-a, saber qu«era uma socialista revolucionária. Quan*do fiquei doente em minha casa, e te*ria certamente morrido, foi ela que m«socorreu fazendo com que me levassemà casa de uma família rica, onde fuitratado. Ela me aconselhou a prosse*guir nos estudos ou então freqüentaium centro de aprendizado; mas eramnecessários 40 rublos por ano e nólnão os tínhamos ¦.

Foi então — êle linha 13 anos •--«que Nikita começou a trabalhar comopastor e como trabalhador braçal numgrande feudo da região. Novamente aprofessora interveio e q convenceu adeixar a aldeia para ir trabalhar nasminas ou numa fábrica. Após dois ano»em Kalinovka, êle retornou a Yusovka(hoje Stalino). Na cidade, cujo nomederivava de Hugues, industrial inglêfadono da maior metalúrgica da regiãO|êle conheceu alguns operários de van-guarda. Kruschiov, depois de 50 ano»,ainda se recorda muito bem deles: Go»lovatch, seu chefe de turma; DimitrtIvanovich Homenko, 'um verdadeiro re<.volucionário', que o fêz ler pela pri»meira vez os jornais do Partido Social*-Democrático da Rússia, «Zvezda», de«pois «Pravda», e que dirigiu em 1912,as greves de solidariedade aos opera*rios das minas de ouro do Lena, vitimaide cruel repressão.

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— 2

>

NOVOS RUMOS

A «Reforma Agrária» Dada Prioridade à Remodelaçãode Linhas Nos Investimentos

ó a 12 de maio de 1960

de Carvalho PintoHEROS TRENCH Ferroviários em 1959

Vem sondo objete de discussãoum chamado projeto de reformaagrária, ou o> «Revisão Agrária»,apresentado á Assembléia Legisla-tiva de, Sào Paulo, pelo governadorCarvalho Pinto. Trata-se dc tiniprojeto que, conforme diz a meu-«agem que o acompanha, «estabe-leoe normas dc estimulo à explora-i'ào racional p econômica da pro-prtadad* rural c dá oulra-s provi-dências».

Três são os seus aspectos maisimportantes: 1») — Incentivar efacilitar a aquisição t« a exploraçãoAoonftmica da pequena propriedade

demais despesas de instalação, nu.Ficam praticamente excluídos <luacesso á terra aproximadamente700 mil assalariados agrícola* qlie,cm nosso Estado, não recebemsequer o salário mínimo oue lhes égarantido por lei, bem como ascentenas dc milhares de campone-ses arrendatários ou parceiros, quetodos os anos paj;ani, pelo aluguelda (erra, preços que Ireqüentemen-le lhes levam, inclusive, parle doproduto necessário à própria siib-sislência e de suas famílias, essamassa enorme de assalariados ccamponeses constitui uo Estado amaioria da população econômica-

rural, até 50 hectares, através do mente ativa no campo c representaaproveitamento de terras do Esta- a proporção de 14', de campone-do, da desapropriação de terras m'« sem terra. Para estes, a «Kc-inaproveitadas e. da compra (ou r,,rni» Agrária» do sr. Carvalhodoação) de terras cuja .situação ècaracterísticas justificam o seuaproveitamento dentro do critério dores diversos de capitais poderãoestabelecido. Nos lotcamentos, serão M'r considerados; Para o Estado,

Quase deis mil km. dt viafotdl ou parcialmente reformados, com a aplicação de 118 mil toneladas d«trilhos, 1.259.169 m3 de pedra • 4.420.319 dormentes

Pinto não existe. Apenas algunspoucos camponeses ricos ou possui-

reservadas áreas para campos deprodução de sementes e mudas edemonstração, reflorestamento, for-macio de parques florestais e abri-go* para a fauna silvestre, locali-«ação de colônias-escolas, armazénse silos, postos agropecuários, coope-rativas ou outra obra pública ousocial. 2') — Os meios previstospara a execução desta lei serão:receita arrecadada do imposto ter-ritorial rural, suas majorações e arenda proveniente da venda delotes, incluindo juros, multas ealuguéis. Automaticamente emj>e-nhada no orçamento, essa dotaçãoserá utilizada: 1) Até o limite de50% na efetivação da.s medidasprevistas no loteamento de terras,inclusive nos .serviços com êle rela-rionados tais como planejamento eassistência técnica; II) Até. o limitede 30% nos trabalhos de floresta-mento o reflorestamento, para osquais a verba prevista será utilizadaem todo.o Estado; III) Até o limi-te de, 20% nos trabalhos dc con-servação do solo, drenagem, açu-dagem e irrigação. 3«) — O projetofixa as novas taxas (com caráterprogressivo) para a cobrança doimposto territorial rural, bem comodetermina os casos de redução,isenção e cobrança em dobro.

Severamente minucioso, o pro-jeto estabelece as condições quevisam «estimular e facilitar» acompra dos lotes, das quais as maisimportantes dizem respeito ao pa-gamento e à forma de cultivo. Qualo critério de venda? A vista ou aprazo (não superior a Kl anos).Qual o preço? O valor médio dasterras da região, benfeitorias exis-tentes e melhoramentos introduzi-dos no loteamento. Na,s vendas aprazo, o pagamento será feito emprestações anuais de igual valor,devendo a primeira ser feita no atode recebimento do título provisó-rio, como condição de posse: cmcaso de atraso no pagamento dasprestações, (pie são acrescidas dejuros de, 6%, haverá multa de 10%e o não pagamento de duas presta-ções consecutivas importa em res-cisão do contrato independentemen-te de qualquer aviso, perdendo ocomprador as importâncias pagas ebenfeitorias feitas, sem direito aqualquer indenização. Estas, as con-(lições de compra. .Mas existemoutras exigências, quanto ao con-trato de venda ou promessa devenda, e que são resolutivas: iniciara exploração dentro dc três meses;residir com a família pelo prazomínimo de 5 anos no lote e expio-rá-lo diretamente e nele fixar re-sidência dentro de 6 meses; a pre,-sentar no fim de dois anos o loteracional e intensivamente explora-do, segundo normas fixadas pelaSecretaria da Agricultura. O nãocumprimento destas condições im-portará na rescisão do contrato, res-tituindo-se neste caso ao compra-dor o que já houver pago, deduzi-da, a título de aluguel, importânciafixada em regulam* ato. As benlei-torias, bem como multas e juros,não serão considerados, para efeitode indenização ou devolução. Alémde tudo isso, ainda se acrescentamvárias proibições: O comprador sópoderá vender o lote, arrendá-lo oucedê-lo, no todo ou em parte, depoisde. 5,, anos, mediante autorizaçãocompetente. Não poderá Hrar ma-deiras e subprodutos das árvoresdo lote, sem prévia autorização.

Sabendo-se que no Estado deSão Paulo o preço médio de umalqueire de terra é de 100.000,00,um lote de 20 alqueires custará, adinheiro, 2 milhões. Só quem tiver,no mínimo, 200.000,00 para dar deentrada poderá pensar em ser can-didato à compra, se estiver dispôs-to a enfrentar as exigências do con-trato e contar eom meios para as

comi o excljüíivo objetivo de opoedroí;

será um grande negócio vender,pelo critério de preços estabeleci-do, as terras devolutas que aindapossui, relativamente poucas, poisa grilagem impera. O negócio é tãobom que a FARESP, na opinião quedá a respeito do projeto, reivindicapara os proprietários de terras queas mesmas condições sejam estendi-das aos particulares, para fins dcloteamento. Será uma grande opor-(unidade para os que pensamganhar bastante com a especulaçãode terras improdutivas. Diga-se depassagem que o Secretário da Agri-cultura já declarou que essa pro-posta deve ser atendida.

Outra questão importante é ados meios com que contará o govêr-no para a compra de terras. Qualserá o seu montante? No orçamen-to deste ano, que é de aproximada-mente 87 bilhões de cruzeiros o im-posto territorial rural tem uma ar-recadacão prevista que não ultra-passa 1 bilhão. Como apenas até ametade pode ser aplicado nos lotea-mentos, o máximo que se poderáutilizar atingirá 500 milhões de cru-zeiros, e não só em loteamento*,mas ainda em reflorestamento,campos de produção, parques fl«-restais, silos, armazéns, e demaisobras previstas no projeto. O quesobra? Cma insignificância, quedará para uma pequena quantida-de de lotes a preços elevadíssimos.

Nem sequer se (Hiderá esperarque a arrecadação do imposto ter-ritorial rural possa crescer muito,apesar do caráter progressivo quepassará a ter, dado que as facili-dades de redução c os casos de isen-ção, da maneira como estão pre-vistos, possibilitarão praticamente »qua.se iodos os grandes proprietá-rios de terras escapar dos aumen-los, ou dc sua maior parte. Exem-pio disso é o caso dos grandes frl-gqríficos estrangeiros que, em nos-so Estado, são possuidores de maisile meio milhão dc hectares, e que,pelo critério estabelecido, gozarãoile grandes descontos. Aliás, o sr.•José Bonifácio Coutinho Nogueira,Secretário da agricultura procuran-do acalmar certos latifundiáriosapressadamente assustados, em de-cia rações recentes afirma que o pro-jeto não tem fins fiscais e que ototal do imposto territorial ruralnão será aumentado, fi positivo ocritério de isenção para as proprie-dades até 50 hectares. Nisso, o pro-jeto arredonda para cinnüenta aisenção já existente para 48,4 hee-tares (20 alqueires) que, no entan-to, está sujeita a uma série muitojjrande de excessões, de acordo coma lei n.« 5.440 de 23 de outubro de1950.

A chamada «Revisão Agrária»do sr. Carvalho Pinto não atingiráos fins que preconiza — de revera estrutura agrária do Estado, edesenvolver a produtividade na agri-cultura, por via da criação em gran-de escala da pequena propriedade.Poderá, quando muito, se efetiva-mente aplicada, favorecer pequenaquantidade de agricultores de alirti-mas posses, facilitar créditos a fa-zendeiros para reflorestamento epráticas conservaeionistas, e assimmesmo em proporções reduzidas.Como diz com muita propriedadeo deputado .Miguel Eeuzzi, «o pro-jeto do governador não pode sertachado de reforma, pois trata-setáo-sòmente de uma nova tributa-ção territorial, projeto esse que estáencontrando nos meios agrícolas amais solene repulsa.»

Não é pelo caminho abertoatravés do projeto do governadorCarvalho Pinto que os camponesessem terra ou com terra insuficienteterão acesso à terra em nosso Esta-do. Sobre isto, torna-se necessáriofazer novas considerações.

Apreciável aumento de produçãoregistrou ô conjunto da* 16 esírâdascie fèrró filiadas k RFFSA no exercíciode 1959, conio resultado da.s medidasde equipamento de transporte o dnsmelhorias introduzidas nas vias rér-reas permitindo a melhor lililizaçflodo sistema de tráfego sob sua admi-histraçao, conforme as linhas queorientam a execução do programa dasmela» ferroviárias do aluai governo,São qualificados de auspiciosos pa-ia a economia da empresa dois Índice»:n de aumento do liáfego de mercadorias119.7%) inédito na história das ferro-vias federais e superior ao de passa-gçlros (9,9%) náo obstante o cresci-mento (16,3%) dos transportes subiu-hanos; e o de aumento do percursomédio, tanto da carga (de 215 km em1958 para 249 km em 1959» quantodo* passageiros do interior ide 79 kmem 1958 para 83 km em 19391.

Por outro lado, o aumento de 12,1',nas unidades rie tráfego em relação a1.938, assim-'i progresso importante,quando Confrontado com o acréscimomédio anual de 3rr observado no decè-nio terminado em 1937, ou com o in-cremem o de 5,9% verificado de 1957para .1958.

Remodtlação dt linhasDe acordo com o programa que

inspirou a sua criação, a Rede Ferro-viária Federal deu prosseguimento, noano que passou, a importantes obras dcreaparelhamento das suas estradas,lendo setor da remodelação de linhasocupado proridade nos investimento? ena execução dos serviços,

Dentre as medidas tomadas nessesentido, deslacou-se a instalação de <llpedreiras completas destinadas a au-nientar, no menor prazo possível, aprodução mensal de pedra britada, quedevera elevar-se de 1f>7 mil m3 paia270 mil.

Por outro lado. continuaram a che-gar. em 1959. os trilhos importados, porencomenda feita em exercícios anterio-res. atraVéa do Ranço Nacional do De-senvolvimenlo Econômico e pela pró-pria1 RFFSA. A aplicação de trilhosnas diversas estradas atingiu 118.61)5toneladas. Também foram assentados,no período, 4.120.319 dormentes.

Tais cifras eorrespondenderam a umlotai de 1.965 km de via toial ou par-eialmente remodelados, com a seguin-le distribuição por estradas: .'18(i km naRede Mineira de yiação; 340 km naRede de. ViaçSo Cearense; 279, na K.F. Noroeste do Brasil: 230 na RedeFerroviária do Nordeste: 202 na (Vn-Irai do Brasil; 200 na Rede rie ViaçãoParaná-Santa Catarina; 171 na I.eo-poidina; 65 na F.. F, Goiás; 34 na San-los a Jundiai; 25 na Estrada do FerroDona Teresa Criatlna; 21. na LesteBrasileiro e finalmente, (» km na SãoLuis-Tereziha.

Variantts.\'a parle qué se refere às variaii-

les. verificaram-se apreciáveis melho-rias em suas condições técnicas: levaii-dose em conta que muitos fie seustrechos possuem densidade rie tráfegoque justificam investimentos nessessetores, Na ("entrai do Brasil, tiveram(¦urso as obras da.s variantes de Espe-rança-Rio Acima e PeriperirSele Lagoa?bem como as d? Paraleí, já entregue aotráfego e que óontír,iÍr> «m processo deconsolidação e a de Floriano-AgulhasNegras, em fase de conclusão, Na No-roesle, estão em construção as varlan-les de Gampo Grande. Gualambu-Ara-çalubà, Monlevade-Lins e PenApolis km230. Na Santos a Jundiai, foram inaiegorados os trechos km 42 km -II ¦ •km47 —- km 50. No tocante às va-riantes da Paraná-Santa Catarina, fo.ram concluídas ns dc Rio Negro-.Fnge-nlHro Blei (trecho do Tronco Prinel-pai Sul) e Joapoirn Murtinho-Jagunri-alva, estando em fase de conclusãoe consolidação as variantes rie JoaquimMnrtinho-Ca-mpo Mourão; em anda-mento Jaguariaiv: r>bto Rego (inten-sanienle aiacac' o a de Barracas. \'noue se refere à Rede Mineira rie Via-ção teve prosseguimento rie manei-ra também intensa o alargamento riebitola do trecho Lavras-Divinóoolis.Na Leste Brasileiro, foi concluída *

í'uh°m-F'i'roh"".mphto o natreino Paurialho e Carpi

variante BuNordeste ona.

TraçãoNão menor

relhameulo, emção, Foram itráfego na» dlv

foi o ritmo do reapa-1959 no setor da Ira-.ridas e postas em¦¦>s ferrovias filiadas,

as últimas 40 locomotiva.; diescl-elctri-cas correspondendo á encomenda de195 unidades colo-irias em fins de 1957e inicio de 1958. Com es.«a providênciao ritmo de dieseli/.ação (ias estradas fe-rierais manteve-se expressivo com oscon eqüènles benefícios paia os trans-portes sôbre trilhos, Foi aliás essamelhoria no parque de tração aponta-ria pelos técnHs eomo uma das causa»prepoderahles rio aumento de produçãoassinalado no ano que passou, ,Com adleselização em m^cha, » tração a va-por. que participava com 5n\ do lotairie tração ferroviária em 1956. foi redú-/iria para 20', em 1939 e. seguido ü|Sprevisões, riev .,, cair para IO1;; nospróximos anos.

Material rodantePor sua \ey, verificou-se cotiside-

rável acres ¦' na aquisição e reçupe-ração de mate.r' 1 pela RFF. no últimoano num total rie 756 vagões e 128 cai-ros incluindo estes últimos 30 carrosmotores elétricos. Na Centrei do Bra-sil, entraram em tráfego 6 automoto-trizes. 17 cai i.-r^o, e de trens uni-

jiades suhurhaaa,- c 36 canos de outros

tipos, recuperados, De seu lado, a San-los a Jundiai onclulu a montagem doscarros rie aço i..o.\iriável, totalizando 90uni' '\s,

que se destinaram a subsii-niir cano» rie madeira no tráfego .su-burbano,

Ainda no último ano. realizou-seconcorrência para aquisição, na indús-iria nacional, rie 2 mil vagões de dl-Versos tipos, cujas encomendas, entre-tanlo. nái, chegaram, por falta de re-

/cursos destinados a tais investimentos.Também proí -.'miram os trabalhos rierecuperação rie material rodante emgeral bem como de modernização e pa-dronizaçáo do 'stemns rie freios rievagòis o ia o--. No setor rie oficinas e..-depósitos, a RFF deu continuação àsobras dc ampllaçAo'dòs mesmos e cons-tiuçáo rie unidades as lendo em visia a necessl ' rq rio ' >eais adequados ámanutenção rie locomotivas rio tipodlesel-elétrlcas. .

Ligação Norte-Sul

Também devem ser mencionadasaso bras e aquisições feitas lio ano pas-sadô paia a instalação do serviço rie

forry-boal ontre as localidades dePrópria e Colégio, dando intercomuni-cação ás linhas da Leste Brasileiro e riaNordeste, estabelecendo dessa formaa ligação ferroviária Norte-Sul,

Eletrificação e sinalizaçãoResia. ainda, mencionar, no setor

rio reaparelhamento ferroviário a car-go da RFF, as obras realizadas nos se-tores ria eletrificação, e sinalização.Na Central rio Brasil, no tocante à ele-trificaçáo, prosseguiu a duplicação dalinha tronco com -extensão pelo ramalde Arará, e o trccho.de 27 km nos su-búrblos de Belo Horizonte, entre Bar-retro e Mata.'/pro; na Santos a .hin-diai a conclusão do trecho Mauá-ParanáPiacaba que completou a eletrificaçãoria linha no planalto na Paraná S, Calarina, a conclusão dí barragem do

•>V é u de N o i v a . e prose-guimenlo da construção da Central doMarumbi; na Rede Mineira, a eletrifi-cação em um total rie 111 km e na Les-le Brasileiro e conclusão de II km rielinha eletrificaria.

No setor ria sinalização, a RFFSAacompanhando " progresso tecnológicodeu curso a execução de um programarie aperfeiçoamento rios sistemas exis-lames, nas suas principais Citadas,através da instalação de bloqueio au-"lomático nos trechos de maior intensl-dade ri" tiálegn. permitindo, assim, acirculação com segurança de itens maisvelozes com intervalos menores.

Métodos de operaçãoA RFFSA continuou no exercício

os, esforço» para corrigir antiquadosméiodos rie operação, rie baixa pruriu-th idade, cujos resultados, todavia, nemsempre sc manifestam a curto prazo.

Muita» providências para raciona-llzação de métodos de operação têm si-rio tomadas e. embora haja decorridoapenas um biênio de atividae, já seregistraram alguns benefícios aprecia-veis.

Exemplo significativo é o transpor-ie cie minério pela Central do Brasil.Em 1958 programou-se dobrar a lotação dos trens de minérios entre Lafaie-le e Volta Redonda e já no meado da-qttcle ano circulou um trem de 3.500toneladas líquidas utilizando a traçãorie 2 ou 3 locomotivas diesel-elélricasconforme a resistência da linha. Tal re-sullado, entretanto, foi amplamentesuperado em 1959 por acontecimentosinéditos na história ferroviária federal:em abril, correu um Irem de So vagõescom a lotação total de 6.000 toneladaslíquidas; e. sm maio. uma composiçãorie 99 vagões, racionaria por 4 e fi lo-com.-Uvas diesel de 1.600 HP. transpor-lott um pésn bruto de 9.51-1 t. que per-mitiu descarregar em Volia Redonda,rie um único trem. 7.833 toneladas rieminério.

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U^U^B^str^^stU mmmsmimm mmW^fmi ^^ÈÁ^m^sUmmm JÃS2E Ril iMttV ^""

Aspecto do trabalho de renovação da via permanente de uma dasestradas da RFFSA

NotaEconômica

DicionárioSuperfaturamento

Uma das piores e mais anlita*iiiiHliiiidniles de traude cambial t osupcriatiiramcnto das importaçõe».J)e tal prática valem-se noUdamen-te rias companhiaa imperlalistuique operam no Brasil a fim de rea-lixar a chamada remensa invisívelde lucros para o estrangeiro. Uniada» formas sob a qual é praticadoo superfatiiramento consiste no au-mento do preço de certas importa-ções; desse modo, os dólares qu*saem do pais para efetuar o* paga-mentos lá fora tomam dois desti-nos: parte panará o preço real daimportação e parte será lançada co-nio lucro da filial da empresa im-perlalist» que opera no Brasil.

A fraude é amplamente eoipr»-Kiula sobretudo pelas companhiasnorte-americanas, uma ver. que, nosKstados Unidos, os preços da maio-ria dos equipamentos industriaissão cerca de :*<» por cento mais «le-vários dos que, os dos equlpamen-tos correspondentes fabricado* empaíses capitalistas da Kuropa, co-nu» a Suiça, a Itiilia, a França, et«.

Salie-se, |mr exemplo, que a l.ijrhtde há muito usa esse expedient»liara efetuar remessas ilegais de lu-cr ou (a Light, aliás, usa todos mexpedientes possíveis, inclusive au-menlaiido ilegalmente taxas de Ju-ros de empréstimos concedido* <«maval do governo brasileiro). Dai,por exemplo, a contradição que exis-te, d» um lado, entre os relatóriosda companhia, aqui, segundo o*quais os lucros da empresa t#msido sistematicamente reinvestidosem obras e, de outro lado, a distri-liuição de dividendo* aos acionis-Ias canadenses...

Outra sangria muito séria na eco*nomla nacional através do superfa-turamenio é dada pelas rompa-iihias distribuidoras « as refina-rias particulare* de petróleo. Cál-culos feitos na Petrobrás Mtinta-ram que 23 por cento do valor dasImportações de petróleo feitas poressas refinarias correspondem a sn-perfatiiramentos. Num relatórioenviado ao Conselho Nacional doPetróleo, a 6 de outubro de 195Í,animava oficialmente, a Petrobrásque se lhe fosse entregue o mono-pólio das Importações de petróleo •derivados, a empresa proporciona-ria ao pais uma economia de eer-cs de lôO milhões dc dólares porano, comprando petróleo a melho-res preços! Todavia, o brigadeiro.Kleiuss, presidente do CNP, re-cusou-se a conceder a medida. APetrobrás argumentou com fatos:quando passou a ser importadoraexclusiva do gás liqüefeito, eonss-«iiiii comprar o produto por umpreço «O por cento menor do qu»aquele por que era importado pelascompanhias particulares!

No caso ila Ksso, da Shell ete ,os dólares que saem do pais atra-ves do superfaturamento incorpo-rani-se diretamente ao* lucros dasma trizes; n(, caso das refinariasparticulares «apuava, Mangui-nhos, etc.) destinam-se a formarreservas de divisas, fora do Brasil,par» determinadas associações coinaqueles mesmos trustes, a que suoligadas Agora, mesmo, na expio-ração do petróleo boliviano essesdólares estão sendo utilizados porempresas «brasileiras»lais

O que é mais gravei que em vez.de restringi-lo, o governo amplia ocampo do superfaturamento. Aln-da Im um «no e meio, com * eli-nunaçao do monopólio estalai paraas importações ,|,. borracha » Fi-rcslone, Oootlyear, Dimlop! etc ,""I»»™»» a ler ;,s „,«!„,.,,, fat,m.'«cs para a prática do superfat.i-an •'-.Io. um,, m (|uc Kmiulp"da borracha que compram é en-("da pelas empresas... Firestone,¦ ndyear, Duulop. ele.. qiie ,„„:suem grandes seringais iu, Oriente.

ResultadosDesalentadores

Nãolados ri,,refere àssisté a lendênc:clpals produtocacau.

são alentáclores, muito pelo contrário, os resul-primeiro trimestre rio ano .em curso, no que seexportações brasileiras. De um modo geral, per-

:aà deterioração rios preços rios nossos prin-dc exportação, a começar pelo café e o

isto se reflete lanlo na desvalorização dos pro-rimos, como na roduçOo clas vendas, o qíle leva as auto-ridacles responsáveis pela política económieo-financeira adar certos passos que não podem ser considerados positivos,

Vejamos q que se passa com o cale. Knquanto no pri-meiro trimestre do ano passado o Brasil exportou I mi-lhões o 350 mil sacas, em números redondos, no periodocorrespondente dôsle ano as exportações não foram alémde 3 milhões e 810 mil sacas, pi rtanlo com uma reduçãodc ;",iiii mll sacas este ano. ,, que corresponde a uma re-celta cambial menor cm 20 m,"lbôes do dólares, Diversosfatores são apontados como causa ria retração dos mercadoscompradores, o primeiro dos quais é a ausência cie uma rie-finiçâo governamental quanto á política que adotará em re-lação à safra rie 1'960-1961. A não formulação dbssa políticaestaria levando os compradores a retrair-se na expectativadc poderem realizar dentro rie irás meses, compras a ore-ços mais baixos. Outro fator seria a política do IBC rieimpedir, praticamente, que comerciantes e Calelcultorcs ennem no mercado rio disponível nos portos exportadores, me-diante a entrega rios estoques existentes tiesses mercados,i algumas firmas, que sustentam a colação rie 'ò~ cents derlólar por libra-pêso rii> café,

inclusive lievi.ld a fraqueza nas expnrtaeõvei que a operação realizada pelo IBc'sontidp rie arrastar ainda toaiscafé. Em outras palavras: continuaii i mais quanto (l volume nnn-nriiri,o u.n, negociado com o referidopoliu norte-americano corresponde arins nossas exportações anuais rie cafá

nidos.

No

Mas, é fnej,-;.só pode aluar no

l^aia baixo a cotação dopolítica baixista! Un-

mi;rn.'qiiasc l.i por certo

para os Estados

o (|ue se refere ao cacauque a oferta rio produl

oli

tes que manobram oçando nova baixa,em 1959, relalivamenl

' mesma aiegaçio rieo supera o consumo mundial os trus-mercado inlernacicnal continuam to,-.permanecendo » tendência observada

i 195S, Tal conjuntura obriga o co-verno. através do Banco do Brasil ICACEX. a enfoixarcm suas mãos ,-, totalidade das e.xposações rie cacauisto, porém, tem antes que entregar ai , produlitKlades macças rie cruzeiros, sem realizar a mercadoria.Pai

Paiaquan-

a os minérios, que desde 1957o terceiro item das nossas exportações.perspectivas, O preço médio ri:-rie lavf c 1958,

firma ra nvse comotatrpotico há boasreco médio dc 21 dólares. ,.„„¦ „.ciariasofreu uma queda rie 30 por cento em 1939passando a lõ dólares por tonelada exportada A razãoalegaria pelos que tixam os precoa rio mercado éxteraò foieconômica nos Estnric Unidos, que reduziu a a.i-metalurgia, principalmente da siderurgia

. um excedente da oferta. Ta

a cr sviriade daando, assim

De oulro lado, porém, o próprio IBC vem rie realizarvultosa transação com o monopólio norte-americano Ame-ricàn Food . vendendo-lhê 1 milhão e 500 ml sacas rios seusc-rioqttes por 50 milhões de dólares, sob a alegação ri" quose trataria de café a ser iduslrlãlizado e de qualidade In-fedor, Dc um modo ou de outro, porem, „ fato é que ocafé que vem exportando a cena de 10 dólares a saca,foi yend'dq pelo IBC a cerca rie 33 dólares. A explicação

para a transação é que o çovérnó tem premeneia dc dólares,

impediu que osCcanas dooutros anos

cri-crise, porém, não

corporações horte-ame-aço continuassem a crescer, como cm toclCá os

lucros das grandes

traduzreceber menos dòldigs ÍMão

E que futuro desejam abrir à esuortaenn ,\ ¦i»,».*»,,,»,,,,,,».,,,, „^,„,,„,,TEZ£-f$z.ores nacionais ia co.refiar pc!0 maior deles a Cia Valedo Kto Doce.i aos Importadores norte-americanos r eviconte que, com osso passe-, nã0 sc poderá esperar seS0«ma maior deterioração da relação d, intercâmbio oue se" SÇt!,''Anl0: "s bm-.-On. ,la„„.harao „„„' lee o ius'ven

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MAURÍCIO GRABOIS

DuasDuas

c oncepçòesOrientações Polít ícas

IV

A LUTA PELA CRIAÇÃODA FRENTE ÚNICADEMOCRÁTICA EANTIIMPERIALISTAOs elementos de formaçãoda frente única

3\

20- A vitória das forças revoluclo-nanas no Brasil, devido ao. fato de quesao fortes os inimigos da revolução, nãoserá fácil nem rápida. A conquista deum governo democrático e antiimperia-nsta exige a criação de uma força sooialcapaz de libertar o pais da dependênciatio imperialismo norte-americano e ga-rantir a realização das transformaçõesdemocráticas radicais. Esta força é afrente democrática e antiimperialista.Dela devem participar a classe operária,os camponeses, a pequena burguesia ur-oana, a intelectualidade e a burguesianacional. A criação desta força que con-quistará o novo poder, abrangerá todauma etapa histórica. Ela irá sendo for-Jada no processo das lutas das correntesantiimperialistas pelas reivindicações na-cionais, das forças democráticas em de-fcsa das liberdades e pela ampliação dademocracia, das massas trabalhadorastias cidades e do campo por seus direitose reivindicações, da intelectualidade porsuas exigências culturais — tudo istovisando sempre à organização e à con-solidação cio movimento revolucionário.No curso destas lutas, o povo brasileiroirá elevando sua consciência política eacumulando as experiências necessáriaspara derrotar as forças reacionárias dasociedade.

Embora em estágio inicial, o proces-so deformação da frente única democrá-tica e antiimperialista está em curso.Expressa-se nas diferentes formas deatuação prática, de ação comum e nasorganizações unitárias que surgem emtodo o país.Na presente situação, o movimento

nacionalista é uma forma incipiente defrente única antiimperialista, a maneirapela qual começam a se unir setorespatrióticos do povo brasileiro. Participamtlêste movimento diferentes classes e ca-madas sociais. Em todos os partidos po-líticos, instituições e organizações sociaispenetram as idéias antiimperialistas, soba forma de nacionalismo.No Parlamento,como nas forças armadas, surgem, emdiferentes níveis de compreensão, tendên-cias .nacionalistas que se refletem navida politica nacional. Estas tendênciassão mais acentuadas no movimento sin-dical e estudantil. Atingem também aintelectualidade e grupos da indústria.As ações unitárias destas forças se de-senvolvem por objetivos parciais, como adefesa do petróleo e das riquezas nacio-nais, ampliação do comércio exterior,proteção â indústria, em defesa da so-berania nacional, etc. Os comunistas, par-ticipanrlo ativamente das lutas pat.*ióti-cns do povo brasileiro, deram importantecontribuição para que surgisse o movi-monto nacionalista.

O movimento democrático, atida quenão se apresente sob a forma de orga-mzações específicas, se- desenvolve nopais. Expressa-se, também, na luta pelaconquista de objetivos limitados e na de-fesa da legalidade democrática. Exemplodisto são as ações unitárias contra astentativas de golpes reacionários, em de-fesa das liberdades democráticas, pelorespeito ao direito de greve, em favorda escola pública, coníra as discrimina-ções políticas e raciais, pela extensão devoto ao analfabeto, em defesa da paz,etc. Estas lutas alcançam grande reper-cussào, ligam-se ao movimento patrióticoc contam com a participação de amplascorrentes políticas, organizações sindi-cais, estudantis e populares, assim comode parlamentares dos mais diversos par-tirtos. Liga-se também à luta contra acorrupção administrativa.

Outra corrente unitária destacada, e«que se desenvolve, é -representada pelo|movimento sindical. A organização da

classe operária, através de suas entida-des sindicais, vem obtendo êxitos impor-'tantos no terreno rie sua unidade e naconquista de suas reivindicações."O mõ-"vimento sindical, lutando em defesa deseus direitos e pelos interesses geraisda nação, tornou-se um dos principaisfatores rio impulcionamento das açõesc ria unidade das forças nacionalistas edemocráticas.

O movimento camponês, embora bas-tente atrasado, começa a desenvolverom alguns Estados com vistas a obtersuas reivindicações imediatas e a refor-ma agrária.

. Também o fortalecimento das organi-ricões estudantis, a luta por seus inte-résses e a unidade de ação que desen-volve com outras forças sociais, contri-buem para a coesão de importantes se-toros populares.

Todos esses movimentos unitários,além de outros, constituem os elemen-tos que, ao se desenvolverem, elevarema consciência c a combatividade das mas-sas, abarcarem amplas camadas do povoc se unificarem, conduzirão a criação dafrente única democrática e antiimperia-lista.

llltem o fortalecimento do movimento na-cionallsta. Cresce cada vez mais em am-pias camadas do povo a aspiração a umdesenvolvimento Independente, democrá-tico e progressista do pais. Isto poseibi-lita atrair part este movimento forçasainda maiores. Torná-lo um poderoso eextenso movimento de massas é uma dasprincipaii tarefas das forçai revoluciona-rias. Importante é também fortalecer aFrente Parlamentar Nacionalista, a fimde que expresse no Parlamento, commais precisáo e firmeza, as idéias e rei-vindicações nacionalistas e, apoiada nasmassas, pugne por soluções patrióticaspara os problemas brasileiros.

A maior debilidade do movimento na-cional sta reside, Juitamente, na pequenaparticipação das massas em suas inicia-tlyas o lutas. Em particular, na ausênciaquase total dos camponeses. No entanto,o movimento nacionalista nio poderá teruma ação mais conseqüente e decisivaenquanto nâo contar com o apoio efetivodas grandes massas operárias o campo-nesas. Isto ocorre, em boa parte, devidoao fato de ser precário o esclarecimentopopular acerca dos objetivos do movi-mento nacionalista e por que Isto náorelaciona ainda sua ação patriótica comas reivindicações das massas. A causaprincipal da reduzida participação demassas no movimento nacionalista sedeve a que na sua direção se acham aburguesia o a pequena burguesia. Comoclasse exploradora, a burguesia teme oamplo movimento de massas, as açõesindependentes da classe operária e de ou-trás camadas populares. Embora selaindispensável a presença da burguesiano movimento nacionalista, este só po-dera adquirir conseqüência e firmeza ámedida em que fôr encabeçado pelaclasse operária, sob a dlreçío de suavanguarda, direção que náo pode ser im-posta, mas conquistada no processo d»luta revolucionária.

Grandes são as possibilidades paradesenvo ver a luta pela democracia. AmPios setores da população e algumascorrente, política, que náo dc.pertarTmainda para a luta antllmperiall.ta inte-titucional e manlfe.tam.M contra quais-QuearnfntenU,

* '°' dlre,t0» «">• ctóaqdíos.Quanto mais avançar a demooraci. nopais, tanto^ maiores serão as posslbillda-des para desenvolver, ampliar e conso-"dar o movimento nacionalista Poroutra parte, á medida em que o movi-tTae£;andaoro:a,ista av ",nçar • - "¦«•m.i „ Eli" ' P°Pu,arM levantaremma s decididamente suas reivindicações,maiores serão as tentativas da. classesdominantes de golpear os direitos demo-SÍ!?.0* T0r«na"*,e' ag0ra com » ««•««•-*?«»"! iT* S ,'

internac,0"ai«. ™is sen-M_?»i.ri Pel» reconquista de algumasliberdade, que foram suprimidas, comopor exemplo, a liberdade de organizaçãopartidária, bem como pela obtenção denovas franquias democráticas. Foi Justa-mente a política da «guerra fria» que, emboa parte, determinou medidas de reaçãomterna. A defesa e a ampliação da de-mocracia é condição essencial para o de-«envolvimento do processo de criaçáo dafrente umea.

Apesar do progresso realizado pelomovimento sindical, este encontra-se ain-da em um nível que não permite a classeoperária desempenhar uma função maisdestacada no processo de formação dafrente única. O movimento sindical éainda, em boa parte, de cúpula e nele oMinistério do Trabalho exerce controle.Para que a classe operária possa cum-prir seu papel de dirigente é condiçãobásica o fortalecimento de sua organiza-ção e unidade. Esta unidade se realiza,em grande medida, através do movimen-to sindical e terá apoio sólido se contarcom a participação ativa das massastrabalhadoras. E' necessário atuar nossindicatos, federações e confederações,assim como, estabelecer outras formasde coordenação sindical. O contacto entreos sindicatos e as massas repousa naorganização dos trabalhadores nas em-presas e nos locais de trabalho. E' tarefapermanente trazer para os sindicatos asmassas não sindicalizadas. O movimentosindical se fortalecerá e adquirirá maiorprestigio e autoridade entre a classeoperária, impulsionando e dirigindo aslutas aos trabalhadores. As greves e ou-trás formas de luta de classes, inevitá-veis nas condições da exploração capita-lista, devem ser dirigidas, não somentecom ~ò" objetivo de" conquistar as reivin-dicações imediatas do proletariado, mastambém visando a esclarecer as massas,organizá-las, atrai-las para a luta po-lítica, com a preocupação de contribuir,sempre que possível, para fazer avançaro processo de formação da frente única.Utilizando as conquistas da legislaçãosocial vigente, os trabalhadores devemlutar pelo seu aperfeiçoamento e demo-cratização. Além da defesa dos interês-ses profissionais, cabe às organizaçõessindicais assumir uma posição cada vezmais ativa na luta pela libertação na-cional e pelas transformações democrá-ticas.

POR MODIFICAÇÕESNA POLÍTICA DO

DEMOCRACIA E DAINDEPENDÊNCIANACIONAL

mobilizem para conquistá-la. Parti-cular atenção deve ser dada às formaslegai, de organização da. mana. docampo, como os sindicatos de assalaria-dos agrícolas, devendo as experiênciasdas ligas camponesas, da. associações decamponeses e das cooperativas seremadaptadas ás condições,de cada região. BJ.í. ___ -_.,___ __ .E' também necessário apoiar e fortalecer KAIb t/Vl FAVOR DAa organização nacional dos camponeie.bem como as federações estaduais exis-tentes. Cabe ao proletariado, a fim deestimular a aliança operárlo-camponesa,ajudar as organizações e as luta. da.ma.sa. camponesas, Do mesmo modo, oscamponeses devem prestar sempre quepossível, sua solidariedade às lutas daclasse operária.

Num pai. como o Brasil, a lntelectua-lidade desempenha papel importante naluta pelo progresso e pela independêncianacional. Com o intuito de fazer avançaro movimento entre os intelectuais, é pre-ciso colocar em evidência a defesa da cul-tura nacional, levantar os problema, re-lacionado. com a atividade criadora esalvaguardar o. Interesses profluionai.dos intelectuais. Os estudante», comoparte da intelectualidade, ocupam lugardestacado nas lutas do povo brasileiro.Constituem um do. setores mal. com-bativos da classe média. O fortalecimentoda unidade do movimento estudantil temgrande valia para a unificação da. fôr-.ça. democrática, e patriótica*. Lutandopor .ua. reivindicações especificas, eco-nómlca. e culturais, os estudantes devemampliar cada voz mal. «ua participaçãona luta política.

0 processo de unificação dasforças revolucionárias

21. Todas as correntes antiimperia-lista, democráticas e populares precisamir adquirindo maior força e Influência,para dar novos passos no caminho daconstrução da frente única.

ImporuAicia primordial nesse sentido,

O ponto mais débil no processo deconstrução da frente única é o baixo nf-vel de organização e de luta do movi-menio camponês. Isto é tanto mais graveporque os camponeses e os trabalhadoresagrícolas constituem a parte mais nu-merosa da nação e representam uma fôr-ça cuja mobilização é fundamental aodesenvolvimento conseqüente das lutasdo povo brasileiro. Na organização dasmassas do campo, é necessário dar aten-çào especial aos assalariados e semi--assalariados agrícolas que, devem seorganizar em sindicatos. A mobilizaçãoe a organização dos camponeses exigemque seUome por base as reivindicaçõesmais imediatas e viáveis. E' preciso pro-pagar, entre as massas, a necessidadeda reforma agrária a fim de que oscamponeses e outras forças sociais se

Dentre as camadas médias urbanas,o. pequenos negociantes, o funolonalismocivil o militar e outros setores, através daluta por seus interesses, podem vir aconstituir força expressiva no processode formação da frente única. No curtodé.se processo, outros movimento, exis-tentes, ou que' venham a surgir, incor-porarão à luta comum de toda. a. fõr-ça. interessadas na. modif icaçõe. radicai,que o pais reclama.

Além destes movimentos unitários, énecessário, no processo de formaçáo dafrente única estabelecer eontactos, acôr-dos e mesmo alianças com partidos oualas de partidos, em • âmbito nacional,regional ou municipal, visando a açãocomum em defesa dos interesses popu-lares e patrióticos.ou contra ai forçasmais reacionárias. ' '

22. A frente única demoorátlca eantiimperialista pela sua composição temum caráter heterogêneo. Por isso, ao ladodos interesses comuns, que con.tltuern a .sua própria razão de ser, existem inte-résses divergentes, fontes de atritos^ econtradições. Assim, dentro da frenteúnica inevitavelmente se processam cho-quês entre as força, que dela participam.O proletariado como elemento mais con-•eqUente e mais interessado na formaçáoe consolidação da frente democrática eantiimperialista, deve enfrentar estascontradições de tal forma que não levemao rompimento da unidade. Mas seria umerro não criticar as vacilações dosalia-dos, particularmente dá burguesia. Esfor-çando-se para manter a aliança com aburguesia, o proletariado luta pelas suasreivindicações especificas e, ao mesmotempo, combate as posições errôneas daburguesia.

A conquista da hegemonia doproletariado na frente única

23. No processo de formação daK.?!0"'/ qU"tâ0 de hegemonia doproletariado é esencial. Del, dependemnao só o total cumprimento das tarefas darevolução na atual etapa, oomo o curso desua transformação em revolução sócia-"sta. A classe operária só poderá alcan-çar a hegemonia se a sua frente se en-contrar o Partido Comunista.

Os comunistas, expressando o. inte-résses do proletariado, atuam em todasas camadas do povo brasileiro. Esfor-çam-se para ser os melhores e mais fir-mes lutadores dentro da frente única,procuram despertar e aglutinar todas ascorrentes interessadas na independêncianacional e a liquidação dos restos feu-dais, constituem, enfim, o traço de uniãodas forças revolucionárias. Ao tomartal posição, não abdicam de sua tarefaprópria e independente, de educar, mo-bilizar e organizar as massas. Na frenteúnica, o Partido Comunista salvaguardasua independência política, orgânica eideológica,

Para que a hegemonia seja conquis-tada pela classe operária é imprescindí-vel que ela assuma o lugar de defensordecidido e conseqüente dos interesses dasforça da frente única e das aspiraçõesQerais da nação. Isto nâo é só necessáriocomo possível. Com o desenvolvimentodo capitalismo, cresceu numericamente, eem escala considerável a classe operária.Esse crescimento se dá em ritmo maiselevado que o' da burguesia, sobretudoem vista da criação de nova» empresasimperialistas, e é acompanhado de umaumento da concentração do proletariadoem grandes empresas. A hegemonia daclasse operária não pode ser imposta,será conquistada à medida em que elasouber levantar e apoiar ativamente comações concretas, as reivindicações dosseus aliados.

A condição básica para a conquistada hegemonia do proletariado é a direçãodas massas camponesas, Por isto, o pro-letariado defende, sobretudo, as reivindi-cações dos camponeses, ajuda-os a con-quistar seus direitos, inclusive a terra,pois, só desta maneira, será forjada aaliança operário-camponesa, fator decisi-vo para atrair e agrupar as mais am-pia; forças nacionais e democráticas,vencer as vacilações e tendências conci-liadoras da burguesia e garantir a vitóriada frente única.

A posição dos comunistasface ao governo^ Senti "única"*T ,U,a pel" ">""«5Í«'P.i't..':íu.S?„i ^ZVtoTvêrno r»^u» Ku>m>.« que o ao-¦A>, _«

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democr4tl"» o flovêrno tem. , m.ni°had0 * fa"r cert" concessõe.e a manobrar, sem modificar, contudo, avSí." de *Ua P°"tica- APe"<- disto,vigoram no pais, em virtude das lutas doPovo, algumas liberdades democráticas e«h«H

rl"d°_e.** masHs POPUI^es têmobtido certos êxitos na conquista de suasreivindicações.¦ A posição dos comunistas é de com-bate á política ahtlnaclonal « antipopulardo governo. Ao mesmo tempo, lutam pormodificações na política e na composição

do governo. Assumindo esta posição, oscomunistas sabem que o governo da.atuais classes dominantes não se -trans-formará num governo antiimperialista edemocrático. No entanto, lutando pelasmodificações na política e na composiçãodo governo, é possível não somente es-clarecer as massas, como levá-las a arran-car concessões que contribuirão para for-talecer a. correntes democrática, e pa-trióticas. 0 povo brasileiro, através desua. lutas, já conseguiu importantes vi-tórias, como o monopólio estatal do pe-tróleo e a manutenção das conquistasdemocráticas. Tem obrigado o governo eoa capitalistas a atender às reivindicaçõessalariais dos trabalhadores e mesmo,impor medidas de • política exteriormais concentàneas com os interessesda nação, a exemplo do acordo comercialrecentemente firmado com a União So-viética. As massas populares devemprosseguir nesta luta empregando todasas formas legais. Precisam utilizar ascontradições que se verificam no seio dogoverno, onde se encontram elementosque, por seus interesses de classe, to-mam posições nacionalista ou democrá-ticas. '

povo» coloniais e dependentes que lutampor sua libertação. Política de amizadee cooperação com os países súbdesenvol-vidos da América .Latina, Ásia e África.

I d) Denúncia dos tratados lesivos aosinteresses nacionais concluídos com osEstados Unidos.

II - DEFESA E AMPLIAÇÃODAS LIBERDADESDEMOCRÁTICAS

• VI Leaalldade para o. Partido Comu-nista do Brasil. Anulação das discrimina-Ções contidas no artigo 58 da lei eleito-ral,

. b) Extinção do controle das organi-zações sindicais por parte do Ministériodo Trabalho e abolição, de todas as for-rijas de intervenção ministerial ou policialnos sindicatos.S$ c) Anulação do decreto 9.070, com aaprovação do projeto de lei que regulamenta o direito de greve, de acordo como texto já aprovado na Câmara dosDeputados.' Supressão dos dispositivosreacionários da Consolidação dâs Leis doTrabalho.

d) Garantia do direito dé organiza-Çáo para o. camponeses e assalariadosagrícolas. '

e) Revogação da lei de segurança.Extinção da censura no rádio e na tele-visão.

f) ' Direitobetos.

de voto para os analfa-

III-DEFESA EDESENVOLVIMENTO DAINDÚSTRIA NACIONAL

») Abolição dos privilégios concedi-dos ao capital imperialista, com anula-Mo {Ias leis e outros dispositivos de ca-rater antinacional.

A necessidade de alterar acorrelação de forças políticas

25. Uma das características da situa-ção política atual é b crescimento daconsciência patriótica e democrática dopovo. Em todo o país amadurece a idéiada necessidade de modificações na poli-tica brasileira. As massas lutam com de-cisão pelas reivindicações nacionalistas edemocráticas, por seus interesses vitais.Os brasileiros, desde a classe operáriaaté a burguesia nacional, dos estudante!1a importantes setores das forças arma-'

das,, pronunciam-se contra a expoliaçãodos trustes estrangeiros. No Parlamonosâo cada vez mais. freqüentes os reclamosde novos rumos para o pais. Em váriosEstados, governadores e prefeitos pro-clamam a exigência de uma reformula-ção da polítici do governo federal.

Estes anseios dá maioria esmagadorado povo precisam se .transformar num]poderoso movimento de massas, capaz,de impor mudanças na correlação de fôr-'ças políticas, Ir isolando os setores rea-cionários em que se apóta o imperialismoe abrir, assim, caminho para o avançodas forças democráticas e antiimperialis-tas.

Plataforma de ação politica26. Com este objetivo, para orientar

e mobilizar as mmassas populares, facili-tar o. processo, de união das forças pro-gressistas e ajudar o desarmamento dascorrentes reacionárias, o PCB — que de-fende a necesiidade de transformaçõesrr.dicais na estrutura econômica e no re-gime político — apresenta as seguintessoluções democráticas e patrióticas decaráter imediato:

I - POLÍTICA EXTERIORINDEPENDENTE

b) Encampação de empresas norte-americanas em setores como os da pro-duçáo e distribuição de energia elétrica,frigoríficos, distribuição de derivados depetróleo, bancos e companhias de seguroc) Desenvolvimento da indústria na-cional. Estímulo ao capitalismo de Esta-do. nos setores fundamentais da econo-mia, assegurando-lhe um conteúdo efeti-vãmente nacional.d) Combate ás inversões diretas docapital estrangeiro. Financiamentos de

governo a governo para aplicação, soba forma de capitalismo de Estado, nóssetores básicos da economia, sem quais-quer exigências econômicas e políticas.• e) Conquista de-novos mercados noexterior, como os da União Soviética edemais paises socialistas. Acordos bila-teriais em todas as áreas de comérciomundial..' f) Monopólio estatal do câmbio como objetivo de favorecer os empreendimen-tos nacionais. Rigorosa restrição das re-messas do capital estrangeiro. Reduçãodos gastos de divisas fortes no paga-mento de fretes e seguros marítimos.'. g) Estímulo ao desenvolvimento in-dustrial do Norte e do Nordeste.

h) Proteção do Estado á pequena emédia indústria e ao artesanato com aredução da carga tributária, concessãode crédito a longo prazo e Juros baixos,fornecimento subvencionado de equipa- .mentos e matérias primas.

'

IV — REFORMA AGRÁRIAE MEDIDAS EM FAVORDAS MASSAS CAMPONESAS

¦ a) Reforma agrária com a entregada terra aos camponeses sem terra oupossuidores de pouca terra, especialmen-te nas proximidades dos grandes centrosurbanos ou de obras públicas como açu-des, estradas, obras de saneamento eoutras.

b) Concessão de créditos a longoprazo e juros módicos, ajuda técnica,e| especialmente aos pequenos e médios'lavradores.

c) Revisão ¦ do imposto territorial,ínzendo-o recair sobre as grandes pro-•ledades. Isenções fiscais para as pe-lenas propriedades.'" d) Entrega dos títulos de proprie-dade aos tatuais posseiros. Defesa dos

direitos do*s camponeses contra a grila-gem.

e) Garantia de preços miqimos páraa produção agropecuária, especialmente,dos pequenos e médios camponeses.

f) Regulamentação legal dos contra-tos de arrendamento e parceria visando abaixa das taxas de arrendamento e par-ceria; prolongamento dos prazos contra-tuais em benefício de arrendatários eparceiros; garantia de indenização porbenfeitorias; defesa dos arrendatários eparceiros contra despejos arbitrários.

' g) Aplicação das leis trabalhistasque amparam os assalariados agrícolas esua ampliação.

> h) Construção de silos; . defesa rl.itriticultura; aumento, c melhoria clà redede transportes; construção de frigorifi-cos nacionais, de preferência do Estado.

i) Estimulo ao cooperativismo entreos pequenos e médios lavradores, atravésde facilidades de financiamento, assistên-cia técnica e outras formas de ajuda.Auxilio aos pescadores por meio de con-cessão de crédito para a construção rieentrepostos c fornecimento de instrumen-tos e embarcações.

i) Aiuda às populações vitimadaspelas secas, inundações e outros flagclos.

salário igual para trabalho Igual, semdistinção de sexo, idade ou nacionalidade.Fiel cumprimento dá jornada dt oitohoras de trabalho..

f) Medidas prátioas contra a Inflaçãoe de combate á carestia de vida.

VI - EDUCAÇÃO E SAÚDE', a) Aumento das verbas, orçamenta-

rias para a educação e saúde públicas.b) Luta em grande escala contra o

analfabetismo, estimulando a abertura deescolas dè alfabetização. Tornar o ensinoaccessível às grande, massas do povo.Ampliação do ensino público, cabendo aosetor privado um papel estritamente au-xiliar.

c) Incentivo, com recursos materiaisadequados, a todos os ramos do ensino ¦cientifico e' técnico,

d) Concessão de bolsas de estudo aosestudantes pobres nas escolas secunda-rias e superiores.

e) Estimulo ao florescimento de umacultuça nacional e democrática.

fíi Multiplicação do número de hosJpitais, maternidade*, ambulatórios e poa-tos de serviços médicos. Combate às en-demias. Facilidades para aquisição domedicamentos pela população pobre.

A possibilidade de surgiaeito,na presente situação, de iimgoverno de tendêncianacionalista e democrática

27- O acesso da luta das massas pe-Ias reivindicações políticas e econômica»imediatas pode conduzir a uma nova cor-relação de forças no país, na qual a»correntes democráticas e antiimperialis-tas adquiram maior influência e conquis-tem novas posições. Tal situação podedeterminar'uma crise politica que, nãoconduzindo à conquista do governo de-mocrático e antiimperialista, possibilite,contudo, o surgimento' de um governo ca-paz de tomar algumas medidas contra osmonopólios imperialistas e Outras dt ca-riter democrático, principalmente no quediz respeito a modificações na estruturaagrária do pais.

Os comunistas estão convencidos quaa liquidação-do domínio imperialista t domonopólio cia terra, a plena democraciae o progresso do país, só poderão ser con-seguidos com a substituição do atualregime e a instauração de um governodemocrático e antiimperialista, dirigidopela ciasse operária, Náo excluem, porém,a possibilidade de vir apoiar, em determi-nadas circunstâncias, um governo detendência nacionalista e democrática qut»signifique uma forma de aproximaçãopara a solução-radical dos problema, d»Brasil.

Um governo dessa natureza, ex-prts-sando os sentimentos generalizados demudanças na política interna • txterna,será um governo diferente do atual, tm-|bora não seja o governo democrático •

.antiimperialista, formado sobre a direção-do proletariado. Na medida em que o go-vérno de tendência .nacionalista t demo-,crática fôr realizando medida, correspon*dentes á plataforma política imediata»apresentada pel.os comunistas, garantir aliberdade de ação para a classt optráriet o seu partido, bem como a todas aedemais forças da frente única, o PartidoComunista apoiará por todos os meioseste governo, sem, contudo, abdicar deluta por um poder que destrua em defini-tivo os fatores que mantém a pai» neatraso.

t"

a) Relações diplomáticas com aUnião SoviéUci, República Popular daChina e outros paises socialistas.

b) Apoio na ONU às propostas quevisem a salvaguarda da paz: solução doslitígios internacionais através rie nego-ciaçôes, cessação imediata e definitivadas experiências com armas termo-nu-cleares e proibição da produção dessasarmas. Apoio ao desarmamento total euniversal.

c) Posição decidida em favor dos

;ia£aüac-^—

V — MELHORIA DO NÍVELDE VIDA DAS MASSASTRABALHADORAS

a) Reájustamentó anual obrigatóriorios nivek rio «alário mínimo oficial c cbsvencimentos rio funcionalismo publico tlcacordo com os índices rio aumento riocusto de vida.

b) Aumento geral do salários c .ido-ção do salário profissional. Extensão atorios os'trabalhadores rio calário-famílinque gozam os servidores públicos. Ele-v.t-.to rio salário-famílla dos servidorespúblicos.

c) Ampliação f execução dos pro-nram.is, residenciais ria-Fundação ria CisaPopular.

ri) Moraliz.içflo dos institutos cie Pre-viriinoia Pociil com a enlrcin (|e ai-) cV|.mlnlstração à- organirnçõps sindicais deempregado!. Parjimento da-, dívidas dogoverno e dos patrões aos Institutos riePrevidência. Monopólio rio seguro de aci-dentes pelas instituições rie previdência.Revisão rins aposentadorias e pensões rieacordo com a elevação do cu^to de vida.

c) Cumprimento da lei que asseguraÉÊÊ gjg|g|gM|

A importância das eleiçõese da defesa da legalidadedemocrática. r""

28. A eleição de candidatos demoer.-.tas e patriotas aos postos eletivos muitecontribui para fazer avançar o processode formação da frente única e alterara correlação de forças políticas. As cam-panhas eleitorais possibilitam a existén-cia de um clima propício à movimentaçãodas massas em favor de suas reivindica»ções e para fazer pressão sobre os go-vernantes e sobre o Parlamento. As etel»ções sâo também fator favorável par»unir diferentes correntes políticas e or-ganizações populares para ações unitá-rias em torno de objetivos democrático»e nacionais. Porisso, os comunistas de-vem .participar ativamente dos pleito»eleitorais. Essa participação leva ao re-•forçamento da frente única bem comedo Partido. O fortalecimento do Partido, 'com a eleição dos seUs representantes n»Parlamento e a outros postos eletivos,ajuda a impulsionar o ¦ processo de eria-'çào ria frente única e lhe dá maior con-seqüência. Esta é uma forma de luta pelalegalidade do Partido Comunista e deim-pliaçâo. das liberdades democráticas. Opróximo pleito eleitoral, que irá decidirda escolha do Presidente da República,assume, assim, grande significação.

Na presente situação, quando as fôr-1ças reacionárias buscam pretextos paraimpedir'a realização das leições, os co-munistas se colocam em defesa da lega-licbdc constitucional, desmascaram a*conspirações golpistas ou as manobra»continúistas e desfenriem a realização daeleirões livres. No caso de um golpeantidemocrático, as torças patrióticas de-vem estar preparadas para responder aos:r°ncionários com ações capazes não S6tlc paralisar suas tentativas de anular a»conquistas já alcançadas, como tambémdesaloja -Ios das posições que ocupam,fazendo no governo modificações que pos-sibilitem o avanço democrático no país.Como partido político da classe ope-rária. o Partido Comunista do Brasil de-senvolverá uma ação permanente emtóriis as ctc-r.i^ da politica nacional, vi-rando a acumulação de forças e o pre-domínio rias correntes democráticas e an-tiimperialistãs.

* * *Tais são minhas observações critica»

à orientação e á atividade atuais do F*r-tido. Ao fazê-las procurei dar tambémuma contribuição que, talvez, ajudaráne^te debate, o Partido elaborar uma no-va e justa linha politica! Não abordeioutras questões, como a situação interna-r 0—1 ou indicações EÕbre a vida internaPartido — indi:pen:àveis para uma

ccniuhto — para nâo alongarmais e-.ta exposição. Por se tra-tar rie um trabalho individual, este arti-go. inevitavelmente, coníém falhas t de-ficiJncias. Ficarei gratj aos camaradasque me distinguirem com- suas críticasElas so poderão me ajudar a corrigir oserros ou a fortalecer minha convicção-obre a; justeza flè meu ponto de vista.

do

ainda

Page 12: de Janeiro- UNIÃO PARA DERROTAR 0 CLUBE DA LANTERNA · — 2 NOVOS RUMOS •' l'"11" '. I ¦ )'. "¦!¦'"¦ (¦¦¦,'"¦ ¦!¦ 6 a 12 de maio de 1960 — TrabalhadoresCONGRESSO SINDICAL

— 4 NOVOS RUMOS 6 a 12 de maio de 1960 —

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liwfff^ffB —m — *"^ — M— áL-^mmam.'X

JOSE' VIGENTE (Estado do Rio)>',

Uma DeformaçãoDos Princípios

PEDRO POMAR (S. Paulo)

Análise Marxista ouApologia do Capitalismo?

A discussão ord aberta terá grandeSignificação para o movimento revolu-rionário brnsl)dl''j, Apesar das diversaslimitações, coníio cm que na luta francaoe opiniões todos nos esforçaremos porencontrar ns soluções que sirvam á nos-sa grande causa.

Ante a confusão ideológica imperamte. o centro dos debates deve girar, ameu ver, em torno da linha geral e datática, po s disso depende, em últimaInstância, o pa,.el do Partido, a sua ca-] aeiuade de transformar o pri Istariaducm fator decisivo na formação da frenteúnica ant Imperialista o democrática oem força dirigente da revolução brasi-leira.

No processo auiocvitieo iniciado apósõ XX" Congresso do PCUS, nos fui im-posia a taiefa de superar os erros dog-máticos e sectários, d»; natureza subje-t v.s.a. agravados pelo culto á persona-lióade, que impregnaram nossas con-c (j.;ol:\ quer quanto á teoria da revo-lltçüo, quer quanto ao Pari do. ã suap-j.ilica c tos sons métodos. Como mod ^ portadores dessas concepções e unido» rcs.oiisáveis poi és.-.es erros, cumpresndo a necessidade de.impedir suarepetição.

Ao mesmo tempo penso (pie lenhor empenhado para quc'o Partido, des-i mia direção, nao viesse car no crioo. js.í.0. nas conce.içõcs de direita, queri., conjuntura atual são o maior peri-go para o mo\ iménlo comunista.

Não desejo discutir, agora, a formapela qual se operaram as modificaçõesjio Presidium. em agosto de 1957 ia meuver sem princípios', nem a maneirapela qual foi aprovada a Declaraçãode março de 1958, objeto de. artigo d"camarada Calil Chade. Pretendo debatera essência da linha politica atual e ma-]iifestar-me contra seu conteúdo opor-lunlata.

Constituí verdadeira ironia a nIir-maçáo das Teses, de que nus documen-toa Insistíamos em condenar os erros dedireita, como o principal mas na pra li-ca éramos levados ,-i enfrentar us errossectários (Tese 321, Ironia, repito,porque agora dá-se o inverso. Nos do-oumenio.s condenamos os erros secta-lios, como os principais, mas ria piáti-ca somos obrigados, e seremos cadavez mais. a travar <i luta contia o.serros de direita e as concepções revi-sicnistas que dominam a orientação po-litica.

Enquanto não derrotarmos as con-eepções de direita, no terreno Ideológi-co, político e de organização, não avan-çaremos no caminho da revolução, nemtampouco teremos êxito no combate àsconcepções dc esquerda , tão entra-nhadas no Partido.

Náo nego O que líá de positivo naDeclaração. Esta, no entanto, de unimodo geral, é falsa, naeional-reformista.K agora, as Teses, procuram, prolixa eexaustivamente, justificá-la, ¦ corrigin-

CARLOS DANIELLI (E. do Rio)

do algumas fi rmttlações direitistasma's berrantes. Também não defendea \olta ao passado se por essa voltase entende os erros esquerdistas de1948 a 1936, ou as posições de direitade 1945. Não devemos confundir o combate aos erros com a negação, quasesstemálica, do passado glorioso duPartido, de suas tradições revoluciona-rias, como vem sendo feito pela dire-çfto nos últimos três anos. Somente nabase dc uma justa critica do passadocomo, me parece, está formulada no tia-bnlho apresentado pelo camarada Gra-ho s aos debates, é que leremos um dosirelhores antídotos centra os erros soe-lários. Ao passo que a.s criticas ilefor-m.-iilas. negativistas; verdadeiras carlea-turas, tão a. moda dos revisionistas, no-vãmente expostas nas Teses, nos levam,cum razão, a tomá-las como liquidado-nistas, unia vez que as melhores tra-dlções do Partido são menosprezadas ourenegadas. Lenin, no seu artigo Quês-toes em litígio . para nós de grandeatualidade, mostrava (pie o liqutdacio-i.isnío é uma tentativa de cena parteda intelectualidade do Pari ido de liqui-nar... a organização existente do Par-lido e substitui-la por unia associaçãoinforme, mantida á toda custa dentrode marco da legalidade (isto é, dentroda existência pública . legali. aindaque paia isto tenha de renunciar, dcum modo claro e franco, no programa,a tática e ás tradições (isto é, à expc-riénoia do passado) rJo Partido (ObrasEscolhidas T. I pág. 766 — Ediçãocm espanhol. Moscou — 19481.

Perdoem-me a longa introdução e ve-jamos o miolo da linha da declaração.Não é fácil a tarefa de revelar, resu-midamente, a essência de direita do do-cumento apresentado ao debate, pois asTeses são uma vedadeira «sopa ecleti-ca . Tentarei por isso neste artigo, dis-iiitir alguns aspectos da situação obje-tiva,

No exame da situação internacional.a.s Teses ressaltam, de modo justo, asmodificações ocorridas no mundo o aspossibilidades de liquidar a guerrafria e assegurar a politica de coexis-léncia pacifica. .Mas o perigo de guerraê iralado de forma genérica, sem o ne-cessário sentido político. Não bastaafirmar que enquanto existir o impe-nalismo continua a haver terreno paraas guerras de agressão, nem é suficien-ie a denúncia de que os circulos agres-slvos norte-americanos preparam aguerra o que os Estados Unidos são ocentro da reação mundial. Faz-se mis-ter indicar como e onde esse perigo doguerra se manifesta concretamente. Emconseqüência, as Teses não armam po-litieamente os comunistas e todo o povobrasileiro para a luta pela paz, larefaprimordial de nossos dias. Mesmo quan-do afirmam que a luta pela independeu-cia nacional é parte integrante da lulamundial pela. paz. — tese perfeitamentecorreta - têm uma posição exclusivac nacionalista burguesa que dificulta,como já vem acontecendo, a realizaçãodas tarefas internaclõnalistas e de soll-riariedade com o.s demais povos. Aiéquestões relacionadas com a indepen-

ciência nacional e diretamente ligadas áluta pela paz, como a de Fernando doNoronha ou a do acordo militar Brasil-listados Unidos, desapareceram da oi-dom do dia. E por ocasião da visita deEisenhower ao Brasil, a nossa omissãofoi tão gritante, que se tornou incom-preensivel não só para o.s comunistascomo para todos os patriotas. Dissosó se pode deduzir que a coexistênciapacifica está sendo compreendida, peladireçáo. como amainamento da luta con-tra o imperialismo...

Diante do desenvolvimento capitalistano pais, a Declaração, tentando corri-gir nossa posição anterior, caiu entre-tanto no objetivismò; na exaltação aocapitalismo. Em virtude das críticas levantaiias no Partido contra essas idéiasda Declaração, as Teses são mais come-didas nas loas ao «desenvolvimento .Embora este já não seja apresentadocomo <o elemento progressista por ex-celêrida (ia economia brasileira-, as Te-ses falam, agora, no "elemento progres-sista e dinâmico» e afirmam que o de-.senvolvimento capitalista nacional au-meniou seu ritmo como fruto de seuspróprios [impulsos internos- (Tese 12'E' certo que as Teses são. neste aspec-lo. um avanço cm relação à Declaração,pois chegam a reconhecer que o cursod processo de desenvolvimento capita-lista se caracteriza pela tendência pre-dominante de adaptação ciésse processoá dependência com relação ao imperia-lismo e à conservação do monopólioda terra- (Tese 16). Contudo não tirama devida conclusão politica. nem fazema autocrítica correspondente. Além dis-to. falar de -.adaptação- não basta. Aíentão cabem duas ]>erguntas. Primeira.Nas condições atuais, sob a direçáo daburguesia, poderia esse desenvolvimentoseguir outro curso? Segunda. Mesmoque não se adaptasse à dependência aoimperialismo e ao monopólio da terra,qual seria a perspectiva do desenvolvi-menlo capitalista nacional? No primei-ro caso é evidente que o curso náo podeser outro. Quanto ao segundo, seria ocapitalismo com toda as suas mazelas• ¦ crises, desemprego, páüperizaçãncrescente das massas trabalhadoras, an-mento da exploração da classe operária,ele.

O desenvolvimento capitalista é tunfenômeno objetivo, que se dá indepen-deniemente de quem quer que seja. E'certo que nas condições brasileiras éprogressista. Mas ã classe operária e aoseu Partido incumbe encarar o desen-volvimento capitalista de acordo comseus interesses e suas tarefas revolucio-nárias, e não prosternar-se diante dele.,lá Lenin, em 1893, numa conferência in-titulada, «A propósito da chamada quês-tão dos mercados;- criticava HermanKrassin, por ter destacado unicamenteo aspecto progressista do> capitalismo,sem considerar as contradições a êle ine-lentes, o aumento da miséria e a ruínadas massas trabalhadoras.

Tomando-se uma posição ubjeiivista.(ic apologia do capitalismo, pcxle-se cairtambém no eloeio do imperialismo. Do

ponto de vista econômico, o Imperialis-mo implica também num progresso, masnem por isso os marxistas o defendem.Ao constatar o caráter progressista docapitalismo no Brasil, embora na pie-sente etapa, a revolução não tenha ob-Jetivos socialistas, é profundamente ei-róneo apresentar ao nosso povo a pers-pectiva de um desenvolvimento capita-lista.

O Brasil é uma nação dependente doimperialismo, sem direitos iguais, ex-piorada e oprimida pelo capital mono-polista estrangeiro, sobretudo o norteamericano. Por conseguinte, o apoio ásmedidas progressistas e à luta contra adeformação e a subordinação da econo-mia brasileira e contra Os privilégiosde que goza o imperialismo, são um im-peratlvo para os comunistas. Isto é pa-ei fico. No entanto uma justa análiseria situação objetiva do pais exige algomais. Exige que se ponha a descoberioas contradições de classe, que se dife-rende, com toda nitidez, os interessesdas classes oprimidas, dos trabalhadoresres. do conceito geral da nação cm seud njunlo, o qual corresponde aos inte-résses oa classe dominante. E depois,náo esquecer o.s interesses cardiais doproletariado nem obscurecer os traçosfundamentais do regime imperante nopais, a fim de tirar vantagens reais ousupostas com uma política de capitula-(.ao. como a que seguimos atualmente.O desenvolvimento capitalista nacionalnão precisa ser exaltado a titulo de anáUse objetiva, nem de que vem lutando ccontinuará a lutar pela posse completado mercado nacional e, —- acrescentoeu — também, como já vem aconteceu-do por outros mercados.

Enfim, o que a análise da situaçãoobjetiva devia destacar com o relevomerecido era o crescimento incessanteo maior do proletariado, crescimento esseque constitui, isto sim. o elemento maisprogressista e revolucionário da socie-dade brasileira. Crescendo numérica-mente com o desenvolvimento capitalis-tas no pais. o proletariado só poderáelevar sua consciência e cumprir suamissão histórica, se estiver armado deuma análise marxisia-leninista, de acôr-do com seus interesses de classe, darealidade.

Na maneira unilateral, objétlvisla,e apologética de apreciar o desenvolvi-menlo capitalista no Brasil reside a es-séncia nacional-reformista do exame das• características principais da desenvol-vimento da economia nacional». Com talconcepção os comunistas, ao invés, dese «inserir» no processo real em curso,— cuja necessidade tanto se proclamava

acabarão se diluindo no coro geraldos louvores ao «desenvolvimento/.

No que depende de mim, farei tudoque estiver ao meu alcance, para que oPartido aprove uma linha revoluciona-ria, que desperte as energias criadorasdo proletariado e das grandes massasri» nosso novo.

Como militante comunista, saúdo adecisão, que juntamente com a publi-cação das teses programáticas e poli-tlcas do Parlido, abriu, de modo cora-joso; o.s debales nas fileiras partidárias.

Compreendo ser esta a primeira ve/,que militantes comunistas têm, de ma-nelra efetiva, a oportunidade de parti-eipar da elaboração da linha política,que deve ser uma obra do conjunto doPartido. No entanto, vários fatoresalém das deformações dos princípiosIeninistas de direção coletiva, impedi-ram esta prática em nosso Partido.Para Isso contribuíram também as per-.seguições e discriminações impostas aoscomunistas pela reação.

Embora considere positiva a abertu-ra dos debates, acho sua realização for-mal, devido não só, ao tempo bastanteescasso, como também à fraqueza ideo-lógica do Partido. A questão ideológi-ca tão importante na formação do par-tido revolucionário da classe operária,vem sendo desde o início dos debatesde 1956 e até mesmo na Declaração,obscuredda e relegada a segundo pia-no. Sente-se que os esforços feitos pe-Ja direção n3o visam ganhar, pela per-suasão. aqueles que se opõem à novalinha política, ou manifestam suas dú-vidas em relação a ela, mas têm porfim a imposição, e encobrem interês-ses de ordem pessoal. A luta de opi-niões sofre ainda muitas restrições.Penso que o Partido não assimilou a.snovas posições políticas porque ainda

não está convencido de sua justeza.Do mesmo modo que a Declaração,

as teses programáticas ressaltam agrande importância do combate ao dog-matlsmo e ao sectarismo nas fileirasdo Partido, como condição precipitapara compreender a realidade existenteno pais e a necessidade dos militantescomunistas reforçar suas ligações comas massas e corrigir o isolamento doPartido de amplas camadas do povo.A luta contra o sectarismo é encaradacomo meio para fortalecer a frenteúnica e combater a tese de revoluçãoa curto prazo:. A estes pontos-de-vistadou meu inteiro apoio, pois os eonside,ro perfeitamente justos.

Contudo, ao se ressaltar a Impor-tància destas posições justas, julgo quese comete, na atividade partidária, oerro de sobrepor a frente única ao for-laledmento orgânico, político e ideo-Jógico do Partido. Na Declaração nãose leva em conta que para fortalecera frente única é imprescindível am-pliar a ligação do Partido com as mas-sas. O fortalecimento do Partido è ocrescimento da frente única não podemser vistos desligados. São dois proces-sos simultâneos. Um serve ao outro.

Assim, por exemplo, quando a De-claração, afirma que os comunistasconsideram a vitória, nos pleitos elei-torais, dos candidatos da frente únicacomo uma vitória dou comunistas, lemuma posição unilateral, vendo exclusl- .vãmente, os interesses da frente única.Ai a Declaração comete um duplo èr-ro. Com esta posição entrava o desen-volvimento do Partido, uma vez quecargo* eletivos em mãos dos comunis-tas ajudam o crescimento das fileiraspartidárias. Por sua vez a eleição rioscomunistas contribui poderosamentepara fortalecer a frente única, pois oscomunistas constituem a força maisconseqüente na luta pela democraciae pela emancipação nadonal.

A Declf-rição exagera de tal modoo papel da irente única, do movimentonacionalista, que, praticamente, anulaa. importânda da ação do Wrtido Co-munista. e, por conseguinte, subestimaa função dirigente da classe operária.Dai surgir nas fileiras comunistas atese revisionista de que, na atual ela-pa da revolução, o movimento naciona-lista pode substituir o partido revolu-cionàrio do proletariado.

Assim, a influência do nacionalismoburguês se reveste, também, «ra nosso

melo como tendência liquidaclonist».Como resultado das concepções que

colocam o Partido na dependência dafrente única, resulta a despreocupaçãocom o fortalecimento do Partido • comseu funcionamento. Em virtude disto,em geral, os comunistas pouco se dife-rendam de qualquer militante opera-rio ou ativista do movimento naciona-lista.

A Declaração exprime uma substl-maçâo do Parlido ao afirmar que oscomunistas ao invés de voltarem ape-nas para o trabalho do Partido, pre-cisam dedicar o fundamental de suasenergias à atuação legal nas organiza-ções de massas e ai exercer uma fun-ção eminentemente construtiva». Maisuma vez a Declaração revela seu ca-ráter parcial. £'¦ verdade que aos co- vnuinistas incumbe desenvolver intensaatividade nas organizações de massas.Mas o fundamental de suas energiasdeve ser dedicado tanto à atuação le-gal nas organizações de massas comona decisiva tarefa de construção doPartido. Náo é certo que atravessa-mos uma crise de quadros? Nâo é certoque o baixo nivel ideológico do Parti-do é uma realidade e dificulta a açãodos comunistas na vida politica e jun-Io às massas? E' evidente que se poderespondei' de modo afirmativo. Por queentão se coloca este problema de mo-do lão unilateral? O desligamento doPartido das massas é, a meu ver, írú«to de uma posição direitista, da tendên-cia de esconder o Parlido sob pretextode náo atrapalhar a formação da fren-te única.

Por conseguinte, penso que, ao ladodo combate ao dogmatismo e ao seda-rismo, deve-se desenvolver intensa ltt-ta contra o revisionismo, luta essa quecresce de importância cada vez maiorem nossas fileiras. Não se pode negar, «baseado na experiência Internacionalbem como na de nosso país, de que ocapitalismo procura influir diretamen-te no movimento operário e, inclusive,em sua vanguarda, o Partido Comunis-ia. A«ravés de vários processos, a bur-guesia procura ser a força dirigente etornar sua ideologia predominante noseio da classe operária. Se é um fatoque cresce o proletariado, também éuma realidade que o Partido não sedesenvolve no meamn ritmo, nem ele-va seu prestigio junto às massas. Esta fsituação se origina da maneira espon-taneista que enfrentamos o trabalho deconstrução do Partido. E' evidente quea propaganda socialista e do marxis-mo-leninlsmo, de um modo geral, desa-pareceu.

Ingressei nas fileiras comunistaslogo após o Partido ter sido posto nailegalidade, época em que predominavaas atividades ilegais. Adquiri, é claro,mdo o que esta situação proporcionade bom e de mau ao militante. E' pos-sivel que grande parte de minhas m.o«destas opiniões sofra a influência sec-tária e que eu veja o Partido desligadodos acontecimentos atuais.

Mas considero que # indispensável «.

que o Partido tenha sempre uma posi-ção independente, de classe, em relação.a qualquer problema. Ao tornar lal po-sição.lsto não quer dizer que 8 Partidotenha uma atitude intransigente deioposição sistemática de isolamento dasmassas. Ao contrário. O Partido pre*cisa aparecer cada ve/ mais diante dopovo Escondê-lo, como se pretende, pa-ra substitui-lo pela frente única • pe-Ias organizações de massas, a pretextode corrigir males do passado, comete-se êiTos muito maiores.

E' necessário ter sempre em conta,na atividade partidária, o ensinamentode Lenin de que "... tudo que sejarebaixar a importância da Social-De-moeracia, eqüivale — inteiramente in-dependente da vontade de quem o faz

• a fortalecer a influência da ideologiaburguesa sobre os operários.- (Que Fa-zer? página 390).

Sobre as Teses Para Discussão(Conclusão do número anterior)

Para que a lula antiimperialista sedesenvolva e adquira base dc massasde que tanto carece, principalmente en-u-e os operários e os camponeses, énecessário levantarmos com firmeza odecisão suas reivindicações, impedir quea burguesia jogue nas costas da massao peso das dificuldades e possa encon-trar uma válvula de escape para seusproblemas, indo ao acordo e à comi-liação com o imperialismo.

Tanto a Declaração como as «Te-ses» examinam aspectos negativos doprocesso de desenvolvimento eeonômi-ro, mas tiram conclusões não de lodocorretas. Apresentam a democratizaçãoria vida polir ica cio pais não como fril-Io de toda uma situação favorável cria-da na arena internacional e da lutado povo brasileiro contra a reação masconseqüência do desenvolvimento capi-lalista. Dai as falsas opiniões no quese refere à frente única err. sua atualetapa e as alianças temporárias, ao on-minho. provável da revolução brasi-lelra, etc.

As «Teses-» constituem um doou-mento eclético. Nelas se pode encon-irar de tudo, mas sua base, sua essèn-cia. é oportunista rie direita, reíormis-Ia, Nos documentos anteriores à nossaatual orientação politica dávamos pri-rnazia aos objetivos finais e traçava-mos. em geral, uma tática esquerdista.Na atual orientação ficamos na tática,sem ver o futuro da revolução brasilei-ra. já náo dizemos socialista, mas mes-mo a solução radical das tarefas riaateai etapa antiimperialista e agrária,antiíéudal, Antes, o objetivo final eratudo. hoje o movimento é tudo. o obje-tivo final nada. Nem tanta ao mar riemtanto à terra. Necessitamos de unialioha politica que tenha claros esses ob-jetivos finais da atual etapa da revo-lução brasileira e assinale os meiospara os atingirmos. Tal não ocorrecom os documentos que nos orientame o que è proposto á discussão. Veja-mos alguns de seus aspectos.

As contradições da

sociedade brasileiraNas Teses se afirma que há duas

contradições fundamentais.na aocieua-

de brasileira: entre a nação em desen-volvimento o o imperialismo, particular-mente o norte-americano, e seus agon-tes e a que opõe o desenvolvimento dasfôrças produtivas às relações de proclu-Cão atrasada (Tese 22). Isso é corre-to e dai se conclui o caráter da revo-lução brasileira e os inimigos a derro-tar., Para que o pais progrida é nw>-sário liquidar a dominação imperialis-ta, particularmente a norte-americana,e os restos feudais, a propriedade la-ii fundiária sobre a terra. E' necessá-rio resolver de forma radical essas duastarefas.

Entretanto, apesar dessa análise, a.sToses acrescentam que a contradiçãoprincipal é a primeira, à qual todas a.sdemais estão subordinadas. Diz. a tese23 que «os objetivos nacionais da re-voluçáo adquiriram caráter primor-riial-. Na prática, as Teses colocamesses objetivos nacionais como primor-diais em toda a etapa da revolução.Separam assim mecanicamente a con-tradição com o imperialismo e seusagentes da contradição com os latifun-diários. E é uma conclusão falsa, erro-nea. Por razões históricas, e tambémfundamentalmente devido ao atrasorio movimento camponês, agravou-semais a contradição com o imperia-lismo. Desenvolveu-se mais rápida-mente a lula antiimperialista em boaparte porque, também, nosso Partidodeu mais atenção a este aspecto,enquanto subestimou o movimentocamponês não havendo aié hoje denossa parle nenhuma decisão importamtõ sobre o mesmo. Admito que assu-min o primeiro plano a lula anliimpe-rialista. Esta é uma realidade, mas naocomo uma contradição que assuma opapel principal em toda a etapa atualda revolução brasileira. Taí se da ape-nas durante certo período, devido emboa parte a fatores subjetivos. O atra-so do movimento camponês, do aspec-to antifeudal da revolução, é motivo deautocrítica de todos nós, dirigentes emilitantes comunistas, pois lemos su-bestimado nosso trabalho entre as mas-sus camponesas. A contradição entreus camponeses e os latifundiários é Ia-tente e explode a cada momento sobas mais variadas formas de luta. in-clusive de choques armados, principalmente entre posseiros e grileiros nosvários pontos do pais, havendo mesmo

íegiões em que os camponeses domi-nam como é o caso de Formoso. Se omovimento camponês náo progride cmcondições lão favoráveis como as atuaisse deve, em grande medida, a nós mes-mos, ao partido político do proletária-do que não levanta com vigor as rei-vindicações das massas do campo, pai-tieularmente a reforma agrária. Aliás.deve-se ressaltar, que na Declaração demarço retiramos a palavra rie ordemde reforma agrária, passando a lutarapenas por medidas de reforma agra-ria. num momento em que se travauma acirrada luta pela direção dasmassas. Todos os partidos políticos ea Igreja Católica levantam a bandeirada reforma agrária, cada um a seu rno-do. é evidente, enquanto o nosso Par-tido, que sempre manteve erguida essapalavra de ordem, retirou-a, restabele-cendo-a na resolução de janeiro de 1959.mas sem fazer a necessária autocríticada Declaração. Ao contrário, apresen-1ou a palavra de ordem de reformaagrária como a mesma coisa que me-didas de reforma agrária.

Essa posição não é casual. As Te-ses» afirmam: «A fim de manter e em-pliar suas posições no Brasil, o impo-rialismo norte-americano conta com oapoio rie setores cie latifundiários e ca-pitalistas, os quais, por sua vez, apoiam-se nos monopólios estrangeiros' para as-.segurar seus privilégios ¦ (Tese 24 - -o grifo é meu. CD), Assim, os sus-tentáculos do imperialismo são apenassetores rie latifundiários e de capitalis-tas... Setor significa apenas pane. nocaso concreto, aquela que precisa serliquidaria. Mas, em outro trecho, asTeses- falam em eliminar os latifun-

diários como classe. Com qual rias duaslicar? Esse o ecletismo típico. Comoclasse, os latifundiários são o passado,o reacionário, um dos sustentáculos(ia dominação imperialista a quem estáligada particularmente através da ven-da cios produtos agrícolas no mercadoexterno. Mantêm em suas mãos o mo-nopólio da propriedade sobre a terra,enquanto milhões e milhões de cam-poneses. que constituem a maioria dapopulação, não tem terra ou a possuiem quantidade insuficiente. Uni dos ira-ços marcantes rio campo brasileiro é ocamponês sem terra. Para a vitóriacompleta ria revolução brasileira é ne-cessário mobilizou essa maioria 4a f\

puiação, que só se levantará se o pro-letariado a ajudar, em primeiro lugarpustulando sua reivindicação mais sen-lida: ¦¦> terra. Mas tomá-la de quem?Apenas dos setores de latifundiários oudos mesmus como classe, em seu con-junto?

E' correto e necessário distinguir ascontradições, não colocar todas no mes-mo plano. Mas é errôneo separar ascontradições dc forma mecânica, tra-çar um esquema rígido sobre as mes-mas, principalmente no que se refereás contradições básicas, fundamentais,tentar resolvê-las separadamente. Ascontradições são todo um complexo,condicionam-se umas às outras. Algu-mas devem ser resolvidas radicalmentena atual etapa histórica (no caso con-creto, as duas fundamentais) e outrastratadas adequadamente, sem amorte-cer a luta de classes. Isso é fundamen-tal para a própria mobilização das mas-sas pela solução rias tarefas que a his-tória nos coloca em cada momento.

A revolução antiimperialista e an-tiíeudal só poderá tornar-se vitoriosacomo fruto da ação das massas, se aluta antiimperialista e o movimentocamponês marcharem juntos, emborahoje este movimento esteja atrasado,o que é um sério perigo para a pró-pria luta antiimperialista.

A mobilização, a luta, a unidade e aorganização dos camponeses náo só éindispensável para a vitória da revo-lução em sua etapa aluai, mas tambémcom vistas ao futuro. A questão da he-gemonia do proletariado é, fundamen-talmente. o problema da aliança opera-rio-camponosa. Sozinho o proletariadonáo terá força para ser o dirigente darevolução, só poderá marchar a rebo-que da burguesia. O fundamental naquestão da hegemonia na revolução ésaber a quem segue o eampesinato, àburguesia ou ao proletariado. E' fun-damental, agora e não depois, realizara aliança entre os explorados: opera-rios e camponeses para que a frenteúnica tenha base de massa estável eseja conseqüente sob pressão das pró-prias massas, dirigidas pelo proletária-do. Esto não significa primeiro fazera aliança cperário-eainponesa para de-pois buscarmos a aliança com a burgue-sia nacional mas, na medida das possi-bilidades, aproveitar essa aliança parair ao campo, mobilizar as massas cam-ponesas, organizá-las sob a direção po-

lítica do proletariado.Como se coloca nas Teses, substi-

ma-se a questão camponesa e proble-ma básico da direção da revolução emsua amai etapa e da própria constitui-ção. amplitude e conseqüência da frente única.

A questãoda frente única

As «Teses» confundem a questão dafrente única nacionalista e democrá-tica, força social capaz, de realizar deíonna radical as tarefas da atual eta-pa da revolução brasileira, com asalianças temporárias, necessárias eúteis, é bem verdade, mas inconseqüen-tes, com setores de latiafundiàrios quetêm contradições com o imperialismoe grupos de capitalistas ligados a gru-pos rivais dos Ímperialistas norte-ame-ricanos. Partindo de uma análise erradaque considera como apoio do imperia-lismo apenas setores de latifundiáriose de capitalistas, quando analisa asíórças que podem compor a frente úni-ca as «Teses - cometem um erro grave,«Em vista da existência de objetivosnacionais e democráticos na luta atualdo povo brasileiro, são extremamentediversas quanto ao seu caráter de cias-se as fôrças sociais que podem ser mo-hilizadas. Incluem o proletariado, oscamponeses, a pequena burguesia ur-bana, a intelectualidade, a burguesia e,em certas circunstâncias, setores de la-tifundiários e grupos capitalistas liga-dos a monopólios Ímperialistas rivaisdes consórcios norte-americanos». (Tc-se 26). Do ponto de vista tático, de for-ma temporária e em torno de proble-mas concretos setores de latifundiá-rios e de capitalistas ligados à gruposrivais dos consórcios americanos podemlutar contra o imperialismo norte-ame-ricano. Mas as Teses incluem a bur-guesia (e no caso, em bloco, sem es-pecificar se se trata da burguesia na-cionaH e setores de latifundiários co-mo fôrças da frente única. Esses se-tores poderão aderir temporariamenteà irente única, mas à medida que estase radicalizar, principalmente com aparticipação cie massas, vacilarão, re-coarão e procurarão chegar a um acôr-do com o imperialismo. Não são fôr-

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ças que marcharão na frente única emtoda a etapa antiimperialista e antiíe1. « -dal, pois a unidade do proletariado, ¦*campesinato, da pequena burguesia '*

hana, da intelectualidade e da bur) ^sia nacional visa justamente liquida msdominação imperialista e os restos ; ~*dais de forma radical e não apenas *setores de latifundiários que const,^em o apoio do imperialismo. C *mimarchar em toda a etapa com ii "**)

que necessitam ser batidas e den^Jdas? Digamos aos latifundiários: »^mos apenas contra setores de *-*classe e os camponeses nos virar —*costas. £j

A frente única que se esboça ¦.»..vés da Frente Parlamentar Nacionalis- /ta, dos setores nacionalistas das forçai., \.armadas, entre os intelectuais, or-aft'rios, camponeses, etc. é instável e .Embase de massas. Isso se deve a quefüSnadonalistas não levantam as reivi'^'^cações das massas e mesmo no P«Lja"mento não as defende com firnw/,a £decisão como ocorre com os ProjL,0_de lei de greve, da Previdênda Sccja"ie outras que beneficiam os operír. *,,e os camponeses.A pretexto de d1^,*^ vder a unidade da frente única há . i»!mo camaradas que temem levantar a>reivindicações populares ou dar-lhes* lconseqüência nas lutas. Vêem só o as- fpecto da unidade na frente única e |esquecem ria luta. Há outros que sóvêem a luta e esquecem a unidade. Uni-dade e luta são dois momentos de umsó processo dialético que deve ser le.vado com vistas a fortalecer e ampliara frente única, processo inconscebivelse n-ão visar dar base de massas â alian-ça estabelecida.

Mesmo a.s ressalvas feitas nas Tcses.- sobre a inconseqüéncia das cüíe-rentes forças da frente única não cs-condem o fato de que se confunde afrente única necessária para cumprircom êxito as tarefas da revolução anti-imperialista e antifeudal com as alian-ças temporárias, inconseqüentes, comsetores que, objetivamente, se colocamao lado da dominação imperialista e emdefesa de seus privilégios <le classe.

A.s «Teses», assim, constituem umdocumento de difícil compreensão eclé-tico. oportunista de direita e reformis-ta em sua essência que se manifestatambém ao examinar o problema dopoder^ pelo qual lutamos a n caminhonara atintri.lr»

Page 13: de Janeiro- UNIÃO PARA DERROTAR 0 CLUBE DA LANTERNA · — 2 NOVOS RUMOS •' l'"11" '. I ¦ )'. "¦!¦'"¦ (¦¦¦,'"¦ ¦!¦ 6 a 12 de maio de 1960 — TrabalhadoresCONGRESSO SINDICAL

— 6a 12 de maio de 1960 NOVOS RUMOS 5 —

GUINÉ, 1960

R euniâono M âlS

de JJo

ovensvem Estad o

de MARCO ANTÔNIO COELHO, enviado especial de NRPrimeira de uma série de reportagens

No mês de março, em Conakry,capital da "epública da Guiné, reali-zou-se a reunião do Comitê Executivoda Federação Mundial da JuventudeDemocrática. Nesta assembléia partici-

. param representantes das organiza-ções juvenis de 40 países da Europa,Ásia, África e América, Encontraram-se na Guiné delegados dos países ca-pitalistas da Europa Ocidental, comoFrança, Itália (socialistas e comunis-

; tas), Inglaterra, Bélgica, Holanda, etc;dos países de democracia popular eda U.R.S.S.; de diversas nações latino-americanas, como Venezuela, Chile,Cuba, Argentina, etc. O aspecto novodaquele encontro, além do fato de serrealizado num país africano, que re-centemente conquistou a sua indepen-dência, era a participação ativa e en-lusiasmada de jovens de mais de umadezena de nações do Continente Ne-gro. Representações dos países árabes,como Egito, Tunísia, Argélia e Marro-cos; delegados da África Negra, comoSenegal, do Sudão trances e inglês,Togo, Camerum, Guiné, República deGana, Kénia, Angola, Guiné Portuguê-sa, Congo Belga, ilha de Madagas-car, etc. Por isso, a reunião do Co-mitê Executivo da F.M.J.D. tornou-seum verdadeiro Fórum da JuventudeAfricana.

Hóspedes oficiaisdo Governo da Guiné

Todos os dirigentes da Federação,delegados e observadores, foram hós-

pedes oficiais da República, porque oseu governo desejava homenagear a

ganização da juventude mundial quetanto apoio havia prestado à causada independência da Guiné. Os par-ticipantes do conclave tiveram igual-mente a oportunidade de visitar di-versas regiões pois, além de tomaremparte em vários atos em Conokry, pro-movidos pelo governo e pela secçãoda Guiné da «Juventude da Reunia"Democrática Africana:--.

Seminário e grande desfileda Juventude

Os delegados, na véspera da ins-talação dos trabalhos do Comit? üxe-cutivo da F.M.J.D., levaram a efeitoum seminário, onde os representantesde Cuba, da França, da U.R.S.S., deKenia, da Argélia e China, fizeramuma exposição sobre os problemas desuas pátrias para 200 dirigentes daJuventude Democrática da Guiné. Nodia 27 houve dois grandes desfiles dos

jovens de Conakry, comemorando o 2aniversário da sua organização. Mi-Incies de jovens, que desfilaram os-lerlando bandeiras e flâmulas, ouvirama palavra de Piero Pierali, presidenteda F.M.J.D.

No dia 25, pela manhã, nc edi-fício da Bolsa do Trabalho realizou-sea sessão inaugural solene, que contoucom a presença de uma delegação dogoverno e do Partido Democrático daGuiné, chefiada pelo sr. Ismail Touré,membro do Birô Politico do P.D.G. e

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Praça de esportes

para a juventude

Os delegados de 40 paises ficaram co-nhecendo o extraordinário trabalho riaJuventude Democrática da Guin- peloprogresso de seu país. Na foto, um as-pecto do início da construção de umaoraça de esportes com o trabalho volun-tário dos moços e moças.

Ministro de Trabalhos Públicos, quefêz a saudação aos representantes de40 paises. Durante quatro dias os de-legados discutiram os documentos epropostas elaborados pelo Birô da Fe-deração, notadamente o informe dePiero Pierali, a respeito do papel e daatividade da F.M.J.D. na nova situa-ção internacional, pelo desenvolvimen-to da cooperação entre ai organiza-ções da juventude e da contribuiçãoda nova geraçüo à causa do desar-mamento e da coexistência pacífica.Além disto, estudou-se amplamente oinforme do secretário-geral adjunto daF.M.J.D., Cheik Bara Lô, sobre a so-lidariedade mundial da juventude e alula africana pela independência e aunidade dos seus povos.

Principais resoluçõesadotadas pela F.M.J.D.

A reunião de Conakry foi extrema-mente fecunda para a F.M.J.D., pelasnovas e importantes decisões que aliforam tomadas. Decidiu o Comitê Exe-cutivo enviar à Organização das Na-ções Unidas, ao '<Comitê dos 10 pai-ses» de Genebra e aos governos detodos os países, um memorandum só-bre o problema do desarmamento mun-dial de acordo com os sentimentos easpirações da juventude do mundo.

Examinando a situação dos paísesda América Latina, o Comitê Executi-vo lançou um chamamento às organi-zações filiadas para apoiarem deci-didamente a luta que nossos povos,notadamente o de Cuba, travam contrao imperialismo norte-americano. Em re-lação ao Brasil, diz o documento :'^Oferecemos todo o nosso apoio à Ju-ventude brasileira que luta incessante-mente pela total independência e o

progresso de seu pais, particularmenteno momento em que se desencadeiamviolências policiais contra as organiza-ções estudantis, que realizam umagrande campanha pela reforma demo-'erótica do ensino e contra a alia dastaxas escolares».

Ampliação das atividadesdaF M.J D.

Aprovou-se a proposta de seremcriadas no seio da F.M.J.D. dois co-mitês. O primeiro, para fomentar oturismo juvenil em todos os paises e,o segundo, o de Esportes, que se en-carregará de promover c o m p etiçõesdesportivas, de acordo com um pro-grania elaborado por uma ConferênciaAnual Esportiva.

Outra decisão importante foi oestabelecimento do estatuto dos mem-bros-observadores permanentes na Fe-deração. Assim, várias organizações,que não sejam filiados à F.M.J.D., po-derão agora manter observadores per-monentes em sua sede, recebendo re-gularmente os materiais e publicaçõesdas diversas seções da entidade mun-dial, de acordo com um protocolo bi-lateral a ser assinado entre a organiza-ção interessada e a F.M.J.D.

0 próximo Festival e o FórumMundial da Juventude

No estudo dos próximos encontrosinternacionais, o Comi.tê Executivo exa-minou a convocação do Fórum Mun-dial da Juventude e o 8' Festival pelaPaz e a Amizade. Ofereceu a F.M.J.D.a sua colaboração ò iniciativa do Co-mitê das Organizações Juvenis daUnião Soviética que convidou diversaspersonalidades de todo o mundo paraestruturarem um Comitê Internacionalde Patrocínio do Fórum, programadopara o verão do próximo ano, em Mos-cou.

A sede do próximo Festival foi ou-tro assunto discutido em Conakry. in-formou o Birô da F.M.J.D. que exisfet»em estudo as prooosições para que oFestival seja feito na Itália, na Finlân-dia, na lnglate"3 e no Ceilão. A de-cisão definitiva, porém, caberá ao Co-mitê Internacional Pieparatório que deverá ser constituído no início do pró-ximo ano.

A recepção oferecidapelo Presidente Sekou Touré

A sessão solene de encerramentorealizou-se na sede nacional do Par-tido Democrático da Guiné, com a pre-sença do Presidente Sekou Touré, devários Ministros de Estado é de ele-mentos do Birô Político do P.D.G. Nestaocasião, o grande líder do povo daGuiné fêz uma exposição da políticainternacional do seu pais, que acimade tudo propugna pela independên-cia de todos os povos da África, con-tra o colonialismo e pela paz. Sau-dando a F.M.J.D., Sekou Touré, fêz re-ferèncias à ajuda que o seu país linharecebido da Federação. Após falar opresidente da entidade — Piero Pie*rali — algumas delegações fizeram en-trega de presentes ao primeiro manda*tário da Guiné. Em seguida, teve inícioa recepção oficial oferecida pelo Prt-sidente e sua esposa.

Todos os trabalhos do Comitê Exe»cutivo foram cercados pelo maior inte-rêsse da população da capital da Gui-né, que vivendo agora grande ativi-dade política, acompanhava com aten-çâo tudo o que faziam e discutiam otdelegados, procurando saber o máximosobre a vida e a situação das organi-zações que se fizeram representar noconclave de Conakry.

Historieido MovimentoOperário

No número anterior e tambémneste não aparece a seção «His-íória do Movimento Operário». Oredator responsável pela sua ela-boração viajou e, ao seu retornoreiniciaremos normalmente a pu-blicação.

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Homenagem a LeninPerante um auditório de centenas de

pessoas, que lotava o grande salão deconferências da ABI, o dirigente comu-nista Jacob Gorender (foto) pronun-ciou uma palestra, no dia 22 de abril.último, sabre «A contribuição de Leninao marxismo». A conferência fêz partedas comemorações do 90' aniversáriode Vladimir lllitch Lenin, criador doPartido Comunista da União Soviéticae do Estado soviético, guia e mestredo proletariado de todo o mundo.

Ressaltou o conferencista alguns dosaspectos mais salientes da fecunda obrade Lenin, particularmente a sua extraor-

dinária capacidade de aplicar o mar»xismo, de modo criador, às condiçõespeculiares da Rússia, afirmando por fimque as idéias leninistas, já triunfanteiem mais de uma terça parte do globo,inspiram e orientam as lutas dos povosdos países capitalistas c dependentesem sua luta pela paz, a independência,a democracia e o socialismo.

A reunião, presidida pelo escritor At-trojildo Pereira, fundador do PartidoComunista do Brasil, foi precedida doprojeção de um documentário, de be-leza impressionante, acerca das festi-vidades do 10° aniversário da Repúbli-ca Popular Chinesa em Pequim.

Teoriae Prática

O Poder Unificadorda Classe Operária

/íeapu Iciov Adalberto Scri* Magalhães tFortaleza — Reatai

Povos queOs dirigentes da seção da Guiné da «Juventude da Reunião Democrática da África» participaram intensamente dos tra-balhos do Comitê Executivo da F.M.J.D., procurando conhecer de perto a situação da juventude nos vários continentes.Pela primeira vez tinham a oportunidade de assistirem a uma r»união internacional, que tinha como orinoipal obietivo

manifestar a solidariedade da F.M.J.D. à luta dos povos africanos. %

Ferg;unla o leitor: quais <* motivos qup m>« levam a afirmar ser <*proletariado a classe que, mais do que qualquer outra, tem condições paraunificar as diferentes forças nacionalista* » democráticas na atual etapada revolução brasileira?

O proletariado é, em qualquer etapa da revolução, a classe que teu»condições para congregar as diferentes forças Interessadas no progressosocial, organizá-las e impulsionar de modo firme e conseqüente a sua luta.Isso decorre da própria posição historicamente ocupada pela classe operáriaua sociedade. Crivada rio» meios de produção, não exercendo nenhum tipo deexploração ou opressãowao contrário, sendo oprimida e explorada) a classeoperária, orientando-se^pela ideologia do socialismo e do comunismo, teminteresse em que sejam suprimidos os obstáculos que se opõem ao avançodas forças produtivas e que as conquistas do progresso humano, em todos osterrenos, beneficiem o conjunto da sociedade. A libertação do proletariado<-, por isso, a libertação de toda a sociedade.

Km nosso país, na fase atual da revolução (nacional e democrática,antiimperialista e aiitifeudali, o proletariado e a classe capaz de aglutinarna frente única nacionalista e democrática as classes e camadas interessadasna libertação nacional e ua conquista e ampliação dos direitos democráticospara o povo. Ceio motivo essencial a que nos referimos acima, o prole-tariado brasileiro não defende qualquer interesse que se oponha nos inferes-ses gerais da nação. Ao contrário do que acontece com a burguesia que,embora participando na frente única r. tendo um papel de importância naluta antiimperialista, não deixa de ser uma classe exploradora, que reivin-dica para si os frutos do trabalho de nosso povo, chocando-se assim, inevi--tàvelmente, com os interesses sociais da maioria da nação. K' o proletariado,portanto, a classe que está destinada, historicamente, a aglutinar todas asforças sociais progressistas numa frente comum antiimperiaiista e democrá-tica, podendo atrair pura ela o apoio e a participação das grandes massaspopulares e dar-lhe firmeza e conseqüência.

Os objetivos e as palavras-de-ordem da burguesia na frente única sãosempre limitados, apesar do considerável papel que essa classe pode desem-penhar na luta antiimperialista. fcles vem sempre marcados pela clrciinstân-cia de ser a burguesia uma classe exploradora, que coloca os seus interês-ses exclusivistas acima dos interesses gerais da nação e, por Isso mesmo,tende a conciliar com o imperialismo sempre que Isso con venha à sua sede.de lucro.

Os objetivos e as palavras-de-ordem do proletariado, ao contrário, nadatêm de exclusivistas. Há uma perfeita identificação entre os interesses es-pecíficos da classe operária e os interesses da imensa maioria da nação. Náoexiste nenhum grupo social que seja sacrificado pelo proletariado. Não tendonenhum objetivo de luej-o ligado á propriedade de empresa, etc, o prole-tariado náo tem, conseqüentemente nenhum motivo para conciliar com o im-periallsmo. Interessa-lhe, Isso sim, aprofundar cada vez mais a lula pela nossalibertação em face do imperialismo — condição para que possa o pais avan-çar firmemente pelo caminho do desenvolvimento independente, seja assegu-rada uma ampla democracia e elevadas as condições de vida do povo.

Kssa condição que tom a classe operária de aglutinar na frente úuicatodas as demais classes * forças antiimperialistas e democráticas, só se con-verte na direção concreta da classe operária ã medida que as massas,pela sua própria experiência, se convencem da necessidade e du justeza dahegemonia do proletariado e se dispõem a marchar efetivamente sob suhspnliivnis-dc-urdem.

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Sette Câmara

mandou o capitão

O embaixador Sette Câmara, governa-dor do novo Estado da Guanabara, não

.pado comparecer às comemorações doDia Primeiro de Maio, realizadas noPalácio do Metalúrgico, rtrjs enviou omu representante, o capitão Martins,que se vê ao lado do líder sindical Be-nedito Cerqueira. 0 ato do Palácio doMetalúrgico foi organizado pela Comis-são Permanente das Organizações Sin-dicais do Estado da Guanabara, e con-tou com a participação de milhares detrabalhadores de todas as categoriasprofissionais, que comemoraram inde-pendentemente a sua daia máxima. 0ir. João Goulart, vice-pretídente da Re-

pública, esteve representado pelo sr.

Waldemar Rodrigues, presidente daCAPFESP.

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Prestes esteve#

presente0 ex-senador Luiz Crrlos Prestes foi

delirantemente aplaudido pelos traba- -lhadores e suas famílias que lotavam'» —grande auditório do Palácio do Meta- —¦>'lúrgico, participando das comemorações -^do Dia Primeiro de Maio. Prestes saudou TJos trabalhadores'cariocas que ali está- 1^vam representados relembrando a sua 7^condição de antigo combatente revolu- ZZcionário, empenhado desde a sua iu- "~"ventude na luta pela emancipação da "~Jclasse operária. Salientando of êxito» ~ -alcançados pelos, trabaViadores dos —•

países socialistas e de democracia po- —*pular, o querido líder comunista encêr- —mrou o seu discurso enviando uma saúda- i~*ção fraternal ao proletariado de tocjo HTo Brasil. " - , "~"

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Os candangosrAmnarefiíram

O Presidente da Associação Profissionaldos Motoristas de Brasília (foto) com-pareceu ao Palácio do Metalúrgico para

, transmitir aos trabalhadores cariocas a

Festa

no Sindicato

Os alfaiates cariocas que dançaram'muito neste Primeiro de Maio, têm, umavelha tradição de luta. Em outras épo-cas eles juntaram o seu sangue ao san-güe de outros trabalhadores nos cho-quês com as fôrças policiais que pioj-biam à bala as comemorações do Diado Trabalhador. Hoje, vivendo novosdias, os alfaiates, os bancários, os me-talúrgicos, os gráficos e operários deoutros setores profissionais, comemora-ram o Primeiro de Maio promovendograndes bailes nas. sedes dos seus sin-dicatos, festejando as vitórias alcança-das pelos trabalhadores de toda omundo, particularmente os dos paísessocialistas e de democracia popular, quese libertaram da exploração do homempelo homem. Mas °. principal comemo-ração dos trabalhadores do Estado daGuanabara foi o ato central, convocadopela Comissão Permanente das Orga-nizações Sindicais, e realizado no Pala-cio do Metalúrgico. Nesse ato, que cop-ou com a participação de representantesde todos os trabalhadores cariocas,

' o líder têxtil Hercules Corrêa dos Reisapresentou, em nome da CPOSEG, umestudo sobre a real situação do movi-

-mento sindical carioca, analisando ob-jetivamente as causas pelas quais nãosão cumpridas inúmeras das resoluçõesadotadas nos concldv.es sindicais. Cita,o' documento, que o movimento sindicalcresceu e se desenvolveu ' ha cúpula,mas estagnou nas bases. Criticando aescassa participação dos trabalhadoresna luta efetiva pelas suas reivindica-ções, os lideres sindicais salientam qüea batalha agora deve ser travada paraincentivar a atividade sindical nas fá--bricas e nos locais de trabalho, comoúnica forma de fazer vitoriosa o pro-

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Grevistasíazcm passeata

Ps trabalhadores dos municípios fluminenses de Niterói e São Gonçalo comemo-raram o Primeiro de Maio realizando uma grande passeata pelas ruas de Niterói,rumo ao Palácio do Ingá, exigindo do Governador a encampanção da CBEE,subsidiária da Bond and Share.. Participaram da manifestação os rodoviários •cmnronnrlm om nnomin olólrira. HIIA ncInvnm.Am.orirou*