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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE Produção Didático-Pedagógica 2007 Versão Online ISBN 978-85-8015-038-4 Cadernos PDE VOLUME II

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

Produção Didático-Pedagógica 2007

Versão Online ISBN 978-85-8015-038-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

LUCELÍ APARECIDA NASSAR MENDES

OAC OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA

LONDRINA - PR 2008

SUMÁRIO

1 RECURSO DE EXPRESSÃO .............................................................................. 03

1.1 Problematização dos Conteúdos ....................................................................... 04

1.2 Fundamentação Teórica.................................................................................... 08

1.3 Referências Bibliográficas ................................................................................. 15

2 RECURSO DE INVESTIGAÇÃO.......................................................................... 16

2.1 Investigação Disciplinar ..................................................................................... 16

2.2 Referências Bibliográficas ................................................................................. 21

2.3 Perspectiva Interdisciplinar ................................................................................ 22

2.4 Referências Bibliográficas ................................................................................. 24

2.5 Contextualização ............................................................................................... 24

2.6 Referências Bibliográficas ................................................................................. 26

3 RECURSOS DIDÁTICOS..................................................................................... 26

3.1 Sítios ............................................................................................................... 26

3.2 Sons e Vídeos ................................................................................................... 30

3.3 Proposta de Atividades...................................................................................... 40

3.4 Imagens............................................................................................................. 42

4 RECURSO DE INFORMAÇÃO ............................................................................ 44

4.1 Sugestão de Leitura........................................................................................... 44

4.2 Notícias.............................................................................................................. 53

4.3 Destaque ........................................................................................................... 62

4.4 Paraná .............................................................................................................. 65

5 ANEXOS .............................................................................................................. 67

5.1 Ficha de Inscrição - Professor PDE................................................................... 67

5.2 Parecer do Mat. Didático - Professor Orientador............................................... 68

3

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED.

POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DIPOL.

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE.

OAC – OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA.

IDENTIFICAÇÃO:

• Autor: Lucelí Aparecida Nassar Mendes.

• Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina.

• Professor Orientador: Professor Doutor Paulo de Tarso Galembeck.

• Núcleo Regional de Educação: Londrina.

• Estabelecimento: Colégio Estadual Antonio de Moraes Barros.

• Ensino: Fundamental e Médio.

• Área/Disciplina: Letras: Língua Portuguesa.

• Conteúdo Estruturante: Leitura Interativa e Prazerosa: quotidiano da prática

escolar.

• Conteúdo Específico: O plano de trabalho, intitulado “Leitura Interativa e

Prazerosa: quotidiano da prática escolar” direciona-se para a prática do professor

atuante em sala de aula. A intenção é dar apoio ao docente por meio de

subsídios teóricos para que fundamente a sua prática voltada ao ensino com

qualidade, transformando-se primeiramente a ele mesmo e depois o seu aluno

em um leitor proficiente e maduro.

1- RECURSO DE EXPRESSÃO

Para compreender o valor da leitura interativa, devemos enxergá-la não

como decodificadora, mas sim, como passaporte para o conhecimento de mundo.

Título: Leitura Interativa e Prazerosa: quotidiano da prática escolar.

4

1.1 PROBLEMATIZAÇAO DOS CONTEÚDOS.

O Objeto de Aprendizagem Colaborativa (OAC) tem por finalidade

direcionar os professores da Rede Estadual de Educação do Paraná em sua prática

pedagógica, sendo um recurso para discussão coletiva das Diretrizes Curriculares

para Educação Básica do Estado do Paraná.

O material didático está composto por endereços eletrônicos que

proporcionam a leitura de artigos científicos, textos literários, referenciais

bibliográficos, filmes, endereços de vários sites e outros materiais pedagógicos que

deverão auxiliar e direcionar o trabalho do professor. Cabe lembrar que este material

didático contribui para o incentivo a novos OAC. Portanto, serve de sugestão e

orientação à realização de seu percurso individual de aprendizagem, pois privilegia o

respeito à autonomia intelectual do educador.

O estudo a ser desenvolvido no OAC - Objeto de Aprendizagem

Colaborativa contempla também fundamentar teoricamente os professores, que

atuam no Ensino Fundamental, anos finais. O docente deverá priorizar, em seu

planejamento, a leitura das obras literárias contemporâneas de narrativas longas

infanto – juvenis que têm por fundamentações as teorias Interacionista e Estética da

Recepção. Essas teorias irão subsidiar cada passo do professor, no momento de

promover as capacidades perceptuais, práxicas, cognitivas, sociais, discursivas e

lingüísticas. Todas são dependentes da situação e das finalidades de leitura,

algumas delas denominadas em algumas teorias (estratégias cognitivas e

metacognitivas) de leitura. Também se busca dinamizar e avaliar a leitura das obras

em sala de aula e ou/ fora dela.

A minha intenção é dar uma possível contribuição no sentido de propor

um novo enfoque no trabalho do professor no que tange ao ensino da leitura dos

livros de literatura contemporânea que compõem o acervo das nossas bibliotecas.

Não uma leitura improvisada, mas sim, com unidade, respeitando o conhecimento

prévio das turmas. Bem fundamentada, com ações coerentes, por parte do professor

e de todo o coletivo escolar.

Como ponto de partida, a teoria da Estética da Recepção

fundamentará o professor no momento de ler para a fruição. Essa linha lhe trará

suporte teórico, auxiliando-o na construção e reflexão no que concerne à literatura.

As obras deverão conter histórias de aventura, duelo, viagens, romance, com a

finalidade de “distrair” o aluno, atendendo ao gosto de cada um. Devem conter

5

questões em que os bons triunfavam e os malvados acabavam presos ou mortos. A

intenção é orientar para uma leitura prazerosa e que o ato de ler não deverá se

esgotar ao final da leitura e das sensações. A leitura permanece e nisso o prazer

que ela proporciona difere do prazer que se esgota rapidamente. Bem mais tarde,

quando perceber que o discente sentiu o gosto e se habituou a ela, o professor

deverá orientá-lo para uma compreensão direcionada a um contexto social mais

amplo.

O texto literário é um excelente meio de contato com a pluralidade de

significações que a língua assume em seu máximo grau de efeito estético. Dando

seqüência à leitura contextualizada, o professor se apropriará da teoria

interacionista, que o subsidiará no momento de levar o leitor a desvendar os

segredos contidos nos co-texto e contexto das obras literárias escolhidas pelos

alunos.

Cabe ao professor proceder ao balanceamento do que necessita ser

explicitado, dando sentido às várias informações dadas pelo leitor e ensinar ao aluno

a compreensão mais verticalizada, o que está explícito, implícito, pressuposto,

subentendido. Ele deverá desvendar os segredos deixados por meio de sinais

lingüísticos, situando o leitor no espaço e no tempo. O professor deverá mostrar ao

aluno à nossa realidade, ensinando-o a construir o seu conhecimento, explorando

toda uma escala de recursos para contextualizar a escrita, permitindo, assim, a

interação entre leitor/obra/autor.

A prática da leitura não poderá ocorrer somente a partir de textos

curtos, extraídos ou não do livro didático. Uma leitura de qualidade supera as muitas

leituras superficiais que raramente levam ao conhecimento cognitivo. Espera-se

formar um leitor capaz de expressar os sentimentos com condições de reconhecer

nas aulas de literatura um envolvimento subjetivo entre o autor/leitor por meio de

uma interação que estará presente no momento da leitura de uma obra completa e

de qualidade.

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná

são parâmetros importantes que devem nortear todo o Planejamento do professor

para garantir ao educando um ensino de qualidade.

A formação do leitor interativo deverá contemplar:

• a leitura como fruição, sem perder de vista a recepção;

• a qualidade da leitura;

6

• o gosto do leitor;

• o ato de pensar do leitor e sua posição frente à obra;

• a intersubjetividade;

• a existência de um descompasso entre discurso e as ações;

• o ato de interpretação como resultado do encontro de

subjetividade e memória;

• a memória recuperando intertextualidades;

Não se pode esquecer que o aluno só aprende a ler, lendo. É

importante respeitar a caminhada do leitor, pois é a prática que ajuíza o discurso.

Sendo assim, quanto mais o aluno lê, mais conhecimentos ele adquire, porém,

leitura de qualidade.

Os conteúdos selecionados para compor o Objeto de Aprendizagem

Colaborativa objetivam fundamentar o docente, dando-lhe subsídios teóricos que o

direcione no momento de se planejar para ensinar o seu aluno a ler, todavia, deverá

priorizar uma leitura diferente da que ele já viu. Se até agora não conseguimos

atingir os objetivos em formar leitores assíduos e conscientes dos amplos

conhecimentos sociais proporcionados pela leitura de uma obra completa e de

qualidade, não devemos desistir. Pelo contrário, esta é uma tarefa que cabe a nós,

professores, comprometidos com o nosso trabalho que, apesar dos percalços que

todos conhecemos, devemos nos preparar por meio de um embasamento teórico

atualizado e uma política ousada que busquem novas diretrizes de ensino voltadas

para a capacidade de apreciação e réplica do leitor em relação aos textos em

estudo.

Sendo a leitura um ato individual de construção entre autor e leitor,

cabe ao professor, portanto, direcionar o leitor para as diversas possibilidades de

contextualização. E, tratando-se de narrativas longas, a contribuição do professor

torna-se imprescindível, com a responsabilidade maior de percepção e

conhecimento ao selecionar partes da obra em estudo que privilegie a compreensão

mais profunda do todo. Tais fragmentos, selecionados pelo professor, deverão

contemplar a uma leitura mais dinâmica. Essa estratégia de leitura deverá auxiliar o

aluno a compreender e interagir do início ao fim, direcionando-o a várias

compreensões que a obra completa poderá lhe proporcionar.

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O desafio maior dessa proposta de trabalho será capacitar o professor,

apresentando-lhe referenciais teóricos, artigos e outros materiais que o alicerce em

sua prática pedagógica, principalmente o oriente no momento de escolher as partes

do livro que apontem em direção às infinitas e ricas apropriações cognitivas e

metacognitivas de leitura.

A apropriação das teorias poderá subsidiar a prática do professor no

momento de ele atender à clientela heterogênea que compõe a sala de aula e,

também, direcionar o leitor a sair do nível inconsciente para o nível consciente de

compreensão e apropriação de várias leituras. Durante as aulas de leitura, o

professor deverá, paulatinamente, formar o leitor maduro e proficiente, mostrando-

lhe as diversas estratégias de leitura que o oriente a conhecer o todo que uma obra

completa representa. Conhecer a intenção do autor, convergir, divergir, argumentar

e contra argumentar com a obra. Envolver-se em várias situações de parceria com o

autor/texto, sem se desviar do que é essencial na obra de narrativa longa que é a

comunicatividade entre autor/texto e leitor.

Para isso, o professor deverá conhecer as teorias voltadas para o

estímulo à leitura, principalmente as teorias da Estética da Recepção e Interacionista

que trazem estratégias metodológicas bastante ricas e interessantes voltadas para

leitura.

O professor fará o “marketing” das obras literárias durante as aulas de

literatura. Deverá, primeiramente, apropriar-se das teorias que o ajudarão a

conhecer boa parte do acervo que irá trabalhar. Ler junto com o aluno alguns

parágrafos que achar mais viáveis para auxiliar na compreensão mais profunda. O

professor, já conhecendo a obra, poderá servir de orientador para as predições dos

conteúdos, fornecendo ao aluno pistas necessárias para essas predições.

Denominam-se predições os conhecimentos prévios que permitem continuar os

procedimentos de formulações de hipótese de leitura. Desde o primeiro momento de

formação do leitor até estágios mais avançados com o intuito de construir a

autoconfiança do aluno em suas estratégias para resolver problemas na leitura.

Quanto mais o professor orientar o aluno e conduzi-lo para a compreensão do

assunto que irá ler, melhor e mais proveitosa será essa leitura. É aconselhável a

abordagem de diversos pontos de vista sobre um assunto, para, assim, o leitor poder

construir uma rede de conhecimentos que lhe permitam aprender e fazer mais e

melhores predições a respeito do assunto em questão.

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O professor, ao ler com os alunos, deverá ensiná-los a enxergar toda a

criatividade e riqueza na elaboração dos argumentos utilizados pelo autor. Essas

habilidades só poderão ser percebidas, se a leitura for bem orientada pelo professor.

Caso contrário, essas habilidades passarão despercebidas em uma leitura solitária

feita pelo leitor em fase de formação.

Pedir para o aluno, ainda em formação, que faça a leitura, isolada,

solitária é deixar de ensiná-lo as diversas estratégias que o autor se utiliza para

produzir sua obra. Conhecimentos enciclopédicos, pistas lingüísticas, palavras-

chaves, etc, são recursos que deverão ser explorados pelo professor e leitor

experiente.

Construir o leitor proficiente é acompanhá-lo no início, meio e fim de

cada leitura, até que ele possa caminhar sozinho. Porém, poderá ser um

empreendimento de risco se o professor não estiver bem fundamentado numa

concepção teórica firme que o oriente acerca dos vários aspectos cognitivos

envolvidos na compreensão global das obras escolhidas.

1.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Sim, ensinar a ler, isto é, fazer retirar da leitura o que dela possa ser retirado, como instrumento da ciência e da cultura, ensinar a ler, para ilustração, para formação do espírito e para boa ocupação das horas de lazer. Ensinar a ler de modo que os símbolos verbais não tomem o lugar das idéias, dos conceitos e dos pensamentos reais; para isso, motivar a leitura de forma oportuna, adequá-la à própria experiência dos alunos, aos seus interesses intelectuais, à sua idade própria. É apresentar-lhes com a devida oportunidade, adequado material de leitura. M.B. Lourenço Filho (O Ensino e a Biblioteca, 1ª Conferência – 1944 – Rio de Janeiro).

Estas belas palavras de Lourenço Filho, proferidas em 1944, nunca

foram tão atuais. Resume, com certeza, o anseio de todos os professores

preocupados com o ato de ensinar a ler.

Para dar início ao trabalho de pesquisa no que tange à leitura

interativa, dialogada e realmente compreendida pelo aluno, foi selecionada uma lista

de referenciais bibliográficos composta por autores renomados com um cabedal de

conhecimentos e experiências que servirão de suporte para o encaminhamento

teórico junto aos professores da Rede Estadual.

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Essas referências bibliográficas, cujos conteúdos teóricos devem ser

explorados ao máximo, vêm de encontro às expectativas do professor, servindo de

alicerce para a fundamentação teórica do trabalho que pretende desenvolver.

Ensinar o educando a gostar de ler as obras em sua totalidade, o que está explícito

e implícito. Com isso, dar-se-á maior relevância ao segundo, e propor-se-ão

possíveis soluções para a apropriação do saber enciclopédico, tão defasado hoje

por falta de boa leitura e tão necessário por dar sustentação e aprofundamento a

real compreensão e sentido em tudo que lê.

Segundo Paulo Freire “Ler não é repetir memorizar ou copiar idéias

transmitidas pelos diferentes tipos de textos. Ler é recriação, reescrituração,

interação criativa entre leitor, a palavra e o mundo”. (Freire, Paulo. “O Ato de Ler”,

2005; p.40).

Ezequiel Theodoro da Silva, conceituado pesquisador da leitura, deixa

transparecer nas entrelinhas de suas obras o amor incondicional que tem pela leitura

diz o seguinte em seu livro Leitura em Curso: Trilogia pedagógica:

Todo o professor deve desenvolver um programa de leitura que resulte de uma simbiose feita pelo próprio professor, envolvendo decisões com base naquilo que ele conhece de mundo concebido (do saber universal, de onde seleciona conteúdos e processos; da ética de onde provêm valores e condutas a serem privilegiados na direção da classe) e com base no conhecimento dos alunos que ele tem por responsabilidade ensinar, num dado espaço escolar, um dado período de tempo”. (Silva E.T. 2003, p. 86). A maneira pela qual o professor concebe o processo de leitura orienta todas as suas ações de ensino em sala de aula. Caso ocorra o contrário, corre-se o risco de passar uma imagem redutora e simplista, certamente a educação dos leitores poderá ser conduzida de maneira precária quando não deletéria aos propósitos pretendidos. (SILVA, E. T. Leitura em Curso, 2003, p. 40)

O professor deverá situar o leitor na realidade em que está inserido,

transpor para o presente para que haja uma reflexão válida. Para isso, é importante

pensar em que sentido a Estética da Recepção poderá servir de suporte para uma

reflexão válida no que tange à literatura. Levando em conta a formação do leitor, faz-

se necessário pensar em estratégias que despertem o interesse pela leitura entre as

crianças e os adolescentes.

É importante pensar em que sentido a Estética da Recepção pode servir como suporte teórico para construir uma reflexão válida no que concerne à literatura. Levando em conta o importante papel do leitor e a sua formação, torna-se imprescindível despertar o interesse pela leitura. (DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA, 2006, p. 26).

A teoria da Estética da Recepção foi concebida pelos teóricos alemães

da Escola de Constança sob a liderança de Hans Robert Jauss, que concebe a

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recepção como uma concretização pertinente à estrutura da obra, tanto no momento

da sua produção como da sua leitura, que pode ser estudada esteticamente. Essa

teoria defende o que se denominou horizonte de expectativas, pois muitas vezes a

obra literária e o leitor estão mergulhados em horizontes históricos distintos e

defasados, que precisam fundir-se para que a comunicação ocorra. É nesse

horizonte de expectativas que inclui todas as convenções estético – ideológicas que

possibilitam a produção e recepção da obra ou de um texto. No ato de

produção/recepção a fusão de horizontes de expectativas se dá obrigatoriamente,

uma vez que as expectativas do autor se traduzem no texto e as do leitor são a ele

transferidas.

Se chamamos distância estética a diferença entre as expectativas e a forma concreta de uma obra nova, que pode iniciar uma modificação de horizonte, rechaçando experiência, familiares ou acentuando outras latentes, esta se materializa na variedade das reações do público e dos juízes da crítica. (Jauss, 1971, p. 77).

O processo de recepção se completa quando o leitor, tendo comparado

a obra emancipatória ou conformadora com as tradições e os elementos de sua

cultura e seu tempo, a inclui ou não como componente de seu horizonte de

expectativas, mantendo-o como era ou preparando-o para novas leituras da mesma

ordem. Quanto mais leitura o indivíduo acumular, maior a propensão para a

modificação de seus horizontes, porque a excessiva confirmação de suas

expectativas produz monotonia, que a obra considerada “difícil” pode quebrar.

Segundo Bordini e Aguiar “a experiência literária do leitor deve penetrar no horizonte

de expectativa e sua vida prática, interferir no seu conhecimento de mundo,

afetando, em conseqüência seu comportamento social.” (Bordini/Aguiar, 1996, p.28).

O horizonte de expectativas reside na consciência individual com um

saber que se constrói no social, esse envolvimento é denominado hermenêutica,

porque ao mesmo tempo em que permite ao sujeito atuar sobre a obra, situa-o no

tempo e faculta-se a compreensão do real.

Passemos, agora, a uma rápida retrospectiva na história do

desenvolvimento das pesquisas e estudos sobre o ato de ler, através destes

cinqüenta anos. Muitas outras capacidades nele envolvidas foram sendo apontadas

e desveladas: capacidades de ativação, reconhecimento e resgate do conhecimento,

as capacidades lógicas, a interação social etc. A leitura passa, primeiramente, a ser

enfocada não apenas como um ato de decodificação, de transposição de um código

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(escrito) a outro (oral), mas como um ato de cognição, de compreensão, que

envolve conhecimento de mundo, conhecimento de práticas sociais e conhecimentos

lingüísticos muito além dos fonemas.

Num primeiro momento, tratou-se da compreensão do texto, do que

nele estava posto, ou pressuposto. Nesta abordagem, cujo foco estava no texto e no

leitor, na extração de informação do texto, descobriram-se muitas capacidades

mentais de leitura que foram denominadas estratégias (cognitivas, metacognitivas)

do leitor.

Posteriormente, passou-se a ver o ato de ler como uma interação

entre o leitor e o autor. O texto deixava pistas da intenção e dos significados do

autor e era um mediador desta parceria interacional. Para captar estas intenções e

sentidos, conhecimentos de práticas e regras sociais eram requeridos.

Mais recentemente, a leitura é vista como um ato de se colocar em

relação um discurso (texto) com outros discursos anteriores a ele, emaranhados

nele e posteriores a ele, como possibilidades infinitas de réplica, gerando novos

discursos/textos. O discurso/texto é visto como conjunto de sentidos e apreciações

de valor das pessoas e coisas do mundo, dependentes do lugar social do autor e do

leitor e da situação de interação entre eles finalidades da leitura e da produção de

texto, esfera social de comunicação em que o ato da leitura se dá. Nesta vertente

teórica, capacidades discursivas e lingüísticas estão crucialmente envolvidas.

Nenhuma dessas teorias invalida os resultados anteriores. O que

acontece é que fomos conhecendo cada vez mais a respeito dos procedimentos e

capacidades envolvidos no ato de ler. No entanto, a leitura escolar parece ter parado

no início da segunda metade do século passado. Ou seja, somente poucas e as

mais básicas das capacidades leitoras têm sido ensinadas, avaliadas e cobradas

pela escola. Todas as outras são ignoradas.

Sabemos, por constantes evidências, que a leitura no país continua

mal. Marisa Lajolo nos informa que “não temos uma tradição de leitores, não

chegamos a constituí-la”. Em vez de leitores, temos já uma tradição de

telespectadores. Nessa tradição, nossa memória “coletiva”, antes de qualquer coisa

visual, tem como suportes gêneros sincréticos, seriados e telenovelas, o Jornal

Nacional, programas de auditório e seus animadores, etc. As “leituras” de nosso

passado, ainda que mais recentes, pautam-se, principalmente, pelo chamado

esporte nacional, o futebol, e por referenciais televisivos, no entanto, mesmo a nossa

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tradição de telespectadores sofre certo empobrecimento cultural. Ao que tudo indica,

somos, hoje, telespectadores menos exigentes, mais dependentes de uma indústria

cultural que age às cegas, visando ao lucro mais imediato. Que significação está

ocorrendo pó meio dos diferentes códigos, nas diferentes linguagens? Que sentido

estão sendo construídos? O que se constrói e o que se destrói? O que se pretende?

Em nossos dias, o empobrecimento cultural da televisão nacional é tão

visível que sua “leitura” já é polemicamente discutida. De qualquer modo, ela tem

sido o nosso maior ponto de contato e interação, de suporte de memória coletiva,

seguida, em escala menor, pelo cinema, pelas revistas e pelos jornais impressos. Os

livros, infelizmente, vêm em último lugar.

Apenas esse quadro, já revela a importância da leitura nas escolas, em

pelo menos dois sentidos. Um deles é o de reverter, criticamente, a passividade do

telespectador, por meio da análise dos procedimentos textual-discursivos que

engendram os sentidos dos textos televisivos. O segundo é organizar uma política

educacional da leitura, criando condições e critérios necessários para se começar a

instalar, no nosso Estado, os embriões de uma futura tradição de leitores, ainda que

ao lado da tradição de telespectadores. Os rumos tecnológicos, cada vez mais

impregnados de sofisticação, tendem a afirmar o sincretismo textual, como é o caso,

por exemplo, da proliferação das redes fechadas de televisão e do hipertexto das

redes eletrônicas de informática. Trata-se, principalmente, de ampliar os horizontes

críticos dos leitores, mediante o desvendamento dos processos de construção e

interpretação dos possíveis textos, na escola, e entre estes, os relativos à palavra,

aos textos lingüísticos. Como se observa diante de tal realidade, na qual o

telespectador ocupa o lugar do leitor, será grande o desafio que o professor deverá

enfrentar em sala de aula no sentido de formar leitores interativos e conscientes da

importância de conhecer para poder interagir em uma sociedade cada vez mais

exigente.

Analisando por esse lado, o professor, embasado pela teoria da

Estética da Recepção, deverá criar possibilidade de os alunos escolherem suas

leituras, construir na escola uma política de formação de leitores proficientes, através

de projetos com atividade permanentes de leitura, tanto do aluno como a leitura do

professor e finalmente a leitura do professor junto com o aluno. Com a Importância

do Ato de Ler, de Paulo Freire (1982), vem se falando na necessidade de o

professor ler com o educando e não ler para ele.

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Com isso, pretende-se oferecer condições para que as atividades

orientadas de leitura possam se processar em clima propício, na sala de aula. Um

ponto importante seria refletirmos se, realmente, criamos condições para o

desenvolvimento de um clima favorável à leitura em nossas escolas.

Há muitas teorias que discutem sobre a necessidade de formar um leitor crítico e os currículos de ensino confirmam esse objetivo. Mais que isso, porém, espera-se formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com condições de reconhecer nas aulas de literatura um envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está presente no ato de ler. De fato, trata-se da relação entre leitor e a obra e nela a representação de mundo do autor que se confronta com a representação de mundo do leitor, no ato solitário da leitura. Pode-se afirmar que a obra, também, constitui-se no momento da recepção, aquele que lê amplia seu universo, mas também o universo da obra a partir da sua experiência cultural. (Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica do Paraná, 2006).

É imprescindível que o professor continue ajuizando a prática de leitura,

trazendo para a sala de aula o acervo que compõe a biblioteca escolar. Valorizando

e familiarizando o aluno com as obras contemporâneas, que atendam aos vários

gostos do leitor. Para Paulo Freire: “O discurso não ajuíza a prática e sim a prática

que ajuíza o discurso”. (Freire, P.1982 p.29).

O respeito pelos passos que conduzem à longa caminhada de leitura

do aluno se manifesta em duas direções: nas seleções dos títulos adotados e na

aceitação natural do fato de um aluno iniciar a leitura de um livro e abandoná-lo. O

professor deverá auxiliar a seleção dos títulos, mas deverá respeitar a liberdade de

escolha do aluno.

A Estética da Recepção é um suporte teórico muito importante no que

tange ao incentivo da leitura pela leitura, pelo prazer, para fruir.

Essa estética passou a ser conhecida na universidade brasileira no final dos anos 70. Seus autores originais são os alemães Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser. A estética da recepção, em sua essência, defende que “qualquer obra de arte literária só será efetiva, re-criada ou “concretizada”, quando o leitor a legitimar como tal, relegando para plano secundário o trabalho do autor e o próprio texto criado. Para isso, é necessário descobrir, segundo os teóricos, qual o “horizonte de expectativas” que envolve essa obra, pois todos os leitores investem certas expectativas nos textos que lêem em virtude de estarem condicionados por outras leituras já realizadas, sobretudo se pertencerem ao mesmo gênero literário” (Carlos Ceia, Dicionário de Termos Literários).

O aluno, ao chegar à 5ª série, deverá continuar a desenvolver o gosto e

o hábito pela leitura das obras infantis que adquirira nas séries iniciais. Porém, agora

haverá novos acervos, compostos pelas obras infanto-juvenis, já com uma

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linguagem menos figurativa e sim mais temática, necessitando do apoio do

professor. Este, embasado pela teoria da Estética da Recepção e teoria

Interacionista, conduzirá o aluno para uma leitura mais verticalizada e proficiente. O

professor irá desvendar junto com o aluno os “horizontes de expectativas” que

envolvem as obras literárias de narrativas longas infanto-juvenis.

Um dos caminhos seguros que conduzem à leitura proficiente no que

tange às obras infanto-juvenis está na escolha feita pelo professor do material de

leitura adequado e de qualidade que atenda e respeite o conhecimento prévio do

leitor. Serão utilizadas estratégias que permeiam o adentramento do aluno no co-

texto e no contexto da obra, ampliando o diálogo com o texto/autor. Serão

percorridos os vários caminhos estratégicos que levem o leitor a reconhecer as

marcas lingüísticas, vocabulário com novas palavras, desvendando, assim, os

vácuos semânticos deixados propositalmente pelo autor.

No desenrolar deste projeto de incentivo à leitura interativa, dinâmica,

consciente e prazerosa, proponho-me auxiliar o professor, não com receitas prontas,

pois seria ingênuo tentar utilizá-las para a prática assídua da leitura onde está

envolvida uma clientela tão heterogênea. Mas, sim, com intenção de mostrar as

diversas possibilidades com procedimentos que contribuirão positivamente para a

real política educacional de aprendizagem da leitura.

A característica mais saliente do leitor proficiente é sua flexibilidade na leitura. Ele não tem apenas um procedimento para chegar aonde ele quer, ele tem vários possíveis, e se um não der certo, outros serão ensaiados. Por isso, o ensino e modelagem de estratégias de leitura não consistem em modelar um ou dois procedimentos, mas em tentar reproduzir as condições que dão a esse leitor proficiente essa flexibilidade e independência, indicativas de uma riqueza de recursos disponíveis. (Kleiman. Oficina de Leitura. P. 51).

Ensinar o aluno a ler para conhecer, interagir, humanizar, ter e ser

cidadão consciente e atuante é uma das missões do professor, talvez a mais

importante. Conseguir esses objetivos será muito recompensador para ambos e para

o país.

Falar na formação do leitor cidadão é justamente não olhar só uma das faces desta moeda. É permitir aos nossos alunos a confiança na possibilidade e as capacidades necessárias ao exercício pleno da compreensão. Trata-se, portanto, de nos acercarmos da palavra, não de maneira autoritária, colada ao discurso do autor, para “repeti-lo” “de cor”; mas de maneira internamente persuasiva, isto é, podendo penetrar plasticamente, flexivelmente as palavras do autor, mesclarmos a elas, fazendo de suas palavras nossas palavras, para adotá-las, contrariá-las, criticá-las, em permanente revisão e réplica. (Rojo, Roxane. 2002).

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A fase da criança para a adolescência deverá ser bem aproveitada pelo

professor, pois, são maiores as chances de nascer e desenvolver leitores interativos

com grandes possibilidades de se transformarem em futuros leitores, assíduos,

adultos e maduros, com uma gama de conhecimentos que os auxiliará a interagirem

socialmente no sentido de reverter à realidade à qual pertencem.

É nesse sentido que a escola enquanto instituição de ensino passa a

contribuir concretamente com a realidade que está fora das paredes da sala de aula

e dos muros que a separam desta realidade.

1.3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura: A FORMAÇÃO

DO LEITOR: Alternativas Metodológicas. Porto Alegre: Ed. Mercado Aberto, 1988.

FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler - em três artigos que se completam.

São Paulo: Ed. Cortez, 2005.

KLEIMAN, Ângela. Oficina de Leitura: teoria & prática. Campinas, SP: Pontes,

2004.

LAJOLO, Marisa. O que é Literatura. São Paulo: Nova Cultura: Brasiliense, 1986.

LIMA, Luiz Costa. (coordenação e tradução). A LITERATURA E O Leitor: Textos

de Estética da Recepção. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura em Curso: Trilogia Pedagógica. Campinas

SP: Ed. Autores Associados, 2003.

_________, A Produção da Leitura na Escola: Pesquisas x Propostas. São

Paulo: Editora Ática S.A., 1995.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Tradução: Cláudia Schilling. Porto Alegre

(RS): Ed. Artes Médicas, 1998.

ZILBERMAN, Regina. (Org.). Leitura em Crise na Escola: as alternativas do

professor. Porto Alegre (RS): Mercado Aberto, 1986.

ZILBERMAN, Regina & SILVA, Ezequiel T. (Orgs.). Leitura – perspectivas

interdisciplinares. 5a ed. São Paulo: Ática, 2005.

16

2- RECURSO DE INVESTIGAÇÃO

Título: Leitura Interativa e Prazerosa: quotidiano da prática escolar.

2.1 INVESTIGAÇÃO DISCIPLINAR

O Objerto de Aprendizagem Colaborativa tem por objetivo fundamentar

teoricamente o professor. Apresenta sugestão de estudo que dê ao professor

sustentação teórico/metodológica para a prática em sala de aula. Esse material

serve de exemplo e incentivo a novas confecções de outros materiais didáticos.

Não foi por acaso que escolhi os professores que ministram aulas,

preferencialmente, no Ensino Fundamental para colocar em prática o meu projeto de

estudo e pesquisa, dentro de uma perspectiva de incentivar ao ensino da leitura

interativa, dinâmica e prazerosa.

O docente ao ensinar a Língua Portuguesa (falada e escrita -

Instrumento maior de interação neste país) deve priorizar sempre a leitura. Motivar o

educando a ler não de forma mecânica que só decodifique, mas sim com enfoque

mais amplo, motivando-o a ler de forma oportuna e com sentido, com a finalidade de

ampliar o conhecimento de mundo.

O material escolhido para a leitura deverá adequar-se à própria

experiência do aluno, ao seu interesse intelectual, à sua idade própria, pois a

coerência no ato de ler está centrada também no leitor; é ele quem define o sentido

do texto que está lendo. Caso não se observe esse dado importante, corre-se o risco

de desestimular o aluno com o próprio material escolhido para a leitura.

O aluno, ao chegar à 5ª série, vem carregado de expectativas de que

tudo será novo para ele. Todavia, logo no primeiro bimestre, essa expectativa cede

lugar ao desencanto de que tudo continua igual. Esta mesmice acaba por fragilizar e

comprometer de forma negativa o real aprendizado, gerando, portanto, indisciplina e

falta de entusiasmo pelo estudo.

É para aproveitar e dar continuidade a essa expectativa no âmbito

escolar, que optei por iniciar a intervenção com a leitura interativa junto a

professores que atuam no ensino Fundamental anos finais.

A escolha do material utilizado para a leitura em sala de aula e o

suporte teórico que o fundamenta não atingem satisfatoriamente os objetivos

almejados. Os alunos estão cada vez mais distantes do hábito de ler com qualidade.

17

É notória a defasagem na leitura, boa parte da clientela que temos está vazia de

conhecimentos enciclopédicos, que a impedem de reconhecer para suprir os vazios

semânticos no momento da compreensão e da produção de textos. Este “déficit”

também se acentua no momento de o aluno exercer com destreza a oralidade, que

vem desprovida de unidade, linearidade e vocabulário formal adequado. Tudo isso

acaba influenciando negativamente no real aprendizado do educando.

Resumindo, a maioria dos alunos não sabe ler, apenas decodificar o

que está explícito nos enunciados. Nem sempre se estimula à leitura pela leitura. E

sim, como pretexto para ensinar interpretação ou análise gramatical. São poucos os

professores que conseguem desenvolver um trabalho com material adequado de

leitura que implique em reconhecer a incompletude dos processos discursivos, os

vazios que eles apresentam – implícitos, pressupostos, subentendidos – que devem

ser preenchidos pelo leitor. Ensina-se a leitura voltada para a interpretação e

produção de texto, entretanto, sem um conhecimento mais aprofundado de mundo.

O aluno dificilmente consegue atingir a real compreensão dos textos e suas

produções de textos se limitam a enunciados superficiais, vazios de

contextualizações.

Dentro da atual realidade em que vivemos e lecionamos, deparamo-

nos com inúmeras barreiras que impedem o docente de ensinar e incentivar o hábito

de uma leitura de qualidade. Temos uma biblioteca escolar desprovida de acervo

atualizado, que atenda às necessidades dos educandos. Nem sempre temos o apoio

dos pais para auxiliar na aquisição de material para a leitura, principalmente em se

tratando de crianças que estudam nas 5ª e 6ª séries, as quais necessitam do

acompanhamento dos responsáveis para freqüentar uma biblioteca pública. Os pais

ou responsáveis, com raras exceções, alegam falta de tempo para acompanhar os

filhos no acesso aos livros ou no exercício de leitura como tarefa de casa. Sobram

apenas as horas fragmentadas durante as aulas de Português para estimular a

leitura, o material mais utilizado é o que está contido no livro didático, porque fica

dispendioso para a Escola arcar financeiramente com materiais impressos para

todos.

Outra agravante a ser discutida nesta problematização, é que o aluno

só deverá aprender a ler interativamente nas aulas de Língua Portuguesa, como se

as outras disciplinas se desincumbissem de ensinar a desenvolver o hábito da leitura

interativa, dinâmica e prazerosa. Quando na verdade a leitura deveria ser ensinada

18

e incentivada em todas as disciplinas, principalmente as mais teóricas, que mais

exigem uma compreensão contextualizada e verticalizada.

As tecnologias avançadas e os meios de comunicação em massa, que

deveriam auxiliar o trabalho do professor, transformam-se, muitas vezes, em

obstáculos, pois competem de forma desleal com a leitura de obras impressas.

O aluno acaba substituindo uma obra completa e de qualidade pela

tecnologia, que é mais moderna e prazerosa, porém nem sempre de qualidade.

Mesmo porque falta maturidade a muitos educandos para selecionar os programas e

conteúdos que lhes atribuam cultura e os possibilitem interagir socialmente.

Outro empecilho de que pretendo tratar nesse trabalho, é que nem

sempre o professor tem o hábito de ler, então não consegue passar essa verdade

para o discente. Conhecemos os muitos motivos que impedem o professor de ser

um assíduo leitor. Todavia, só conseguimos persuadir alguém de alguma verdade,

se nos servimos como exemplo. No caso, o professor deverá gostar de ler, conhecer

algumas das infinitas possibilidades de leitura das obras que irá indicar, para depois

cobrar a leitura das obras do seu aluno.

O Objeto de Aprendizagem Colaborativa proporciona ao professor as

fontes para pesquisa, tais como: referências bibliográficas, sites educativos, artigos e

outros materiais para que o mesmo aprimore seus conhecimentos, principalmente

quando for confeccionar o seu próprio material didático.

No momento em que se pede maior reflexão na prática da leitura no

quotidiano escolar, deparamo-nos com questões como: O que significa ler? Por que

ler? Para qual finalidade incentivamos o hábito da leitura? Por que lemos o que

lemos? Para que o fazemos? Quantas formas há de se ler o que lemos? Quais as

relações entre elas? Quase sempre encontramos respostas evasivas, desprovidas

de embasamento teórico/científico que alicercem o trabalho almejado e nos

confrontamos com a dura realidade: são poucos os professores que conseguem

realmente incentivar o aluno a ler com qualidade. Porque há infinitas maneiras de

leitura, sendo ela mesma infinita.

Na rotina da prática em sala de aula, acabamos por reforçar o hábito

do “des-incentivo”, ao propor como conteúdo prático de uma leitura interativa e

dinâmica, fragmentos de textos, muitas vezes acríticos, extraídos dos livros didáticos

ou tirados aleatoriamente de uma fonte qualquer.

19

Também durante as aulas, ao ensinar a compreensão de texto, os

alunos acabam por ler enunciados superficiais, com atividades fragmentadas ou

descontextualizadas, quando não errados ou carentes de significação que venham

de encontro com o real objetivo de preparar o educando para a vida.

Pode-se arriscar a hipótese de que a leitura serve para outros fins,

menos ensinar ao educando o valor e a riqueza do vasto conhecimento de mundo

proporcionado pela leitura de uma obra completa, dinâmica e bem orientada. O

aluno deve ter a intenção de ler para interpretar, compreender, interagir, opinar,

aceitar ou refutar, fruir, replicar, e não simplesmente decodificar ou cumprir

evasivamente a meta do plano anual, que muitas vezes vem carente de uma

fundamentação teórica que o enriqueça.

Ao iniciar o ano letivo, nem sempre priorizamos a leitura de narrativas

longas. Beneficiamo-nos delas para uma pequena parte do planejamento, que se

torna, muitas vezes, secundário. Um exemplo disso é o uso superficial que fazemos

com a leitura das obras literárias infanto-juvenis.

Muitas vezes falhamos no momento de formar um leitor capaz de

expressar os sentimentos líricos e de reconhecer nas aulas de literatura um

envolvimento de subjetividade que se expressa pela tríade obra/autor/leitor em uma

interação que está presente no ato de ler.

Faz-se necessária uma profunda reflexão, por parte do professor,

acerca do tipo de leitura que quer desenvolver. Será que a fundamentação teórica

utilizada para subsidiar o seu trabalho com leitura está sendo suficiente para suprir

as várias possibilidades de leitura, levando em conta o papel do leitor e sua

formação?

As estratégias usadas são suficientes para despertar o interesse pela

leitura entre as crianças e os adolescentes?

Caso a resposta não seja positiva, sabemos que, ao persistir no

engodo do que fizemos até agora e ainda fazemos, estamos incentivando o aluno a

gostar de ler, acabamos por aumentar ainda mais a barreira que, por incoerência

e/ou despreparo queremos romper ao longo do processo de formadores de leitores

críticos, interativos e transformadores.

Ma não vamos nos punir sozinhos sabemos, que a escolarização no

caso da sociedade brasileira, não leva à formação de leitores e produtores de textos

proficientes e eficazes e, às vezes, chega mesmo a impedi-la. Ler continua sendo

20

coisa das elites, no início de um novo milênio. Isso se dá, em boa parte, porque as

práticas didáticas de leitura no letramento escolar não desenvolveram senão uma

pequena parcela das capacidades envolvidas nas práticas letradas exigidas pela

sociedade abrangente: aquelas que interessam à leitura para o estudo na escola,

entendido como um processo de repetir, de revozear falas e textos de autor(idade) -

escolar, científica – que devem ser entendidos e memorizados para que o currículo

se cumpra. Isso é feito, em geral, em todas as disciplinas, por meio de prática de

leitura lineares e literais, principalmente de localização de informação em texto e de

sua repetição ou cópia em respostas de questionários, orais ou escritos. Entretanto,

ser letrado e ler para interagir na vida e exercer com autoridade a cidadania, exige

muito mais que isso.

Em síntese, nós, professores, sentimos muita dificuldade em aprimorar

no aluno o hábito de ler para se atualizar, conhecer e conhecer-se, para fruir, para

réplica e para interagir crítica e socialmente. O que falta, também, são

embasamentos teórico/científicos que fundamentem o trabalho do professor, com

propostas de novas metodologias e estratégias de leitura para desenvolver a

percepção no momento de reconhecer os elementos manipuladores que entrelaçam

o texto. Esse embasamento também fortalece o professor no momento de se

preparar, com material adequado e de qualidade, ao proporcionar para o educando

uma visão de mundo que o alicerce a aceitar ou refutar em uma relação dinâmica

entre autor e leitor e entre aluno e professor.

Na Educação Básica torna-se relevante que as aulas de literatura não sejam meramente as escolhas de uma prática utilitária de leitura ou que o texto literário sirva como pretexto para outras questões de ensino, que não a literatura como instituição autônoma, auto-referencial. (Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica, 2006, P.35).

O aprimoramento no hábito da leitura torna-se ainda mais complexo,

quando o professor seleciona como material, as narrativas longas, como, por

exemplo, as obras literárias infanto – juvenis, cujos conteúdos tão ricos muitas vezes

são trabalhados superficialmente sem o aprofundamento que o assunto exige. Por

isso e por outros motivos, essas obras literárias passam a ser detestadas pelo aluno

por desconhecer o seu real valor.

21

2.2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, Mikhail (VOLONOCHINOV, V. N.). Marxismo e Filosofia da Linguagem.

Trad. Michael Lahud e Yara Fratesch. São Paulo: Ed. Hucitc, 2006.

__________. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2003.

CHIAPPINI, Ligia (Coord. Geral). Aprender e Ensinar com Textos Didáticos e

Paradidáticos V. 2. 4a. Ed. São Paulo: Ed. Cortez, 2002.

___________(Coord. Geral).Aprender e Ensinar com Textos Não Escolares V. 3.

4a. Ed. São Paulo: Ed. Cortez, 2002.

DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. 7a ed. Petrópolis (RJ): Ed.

Vozes, 1998.

DUARTE, Newton. VIGOTSKI E O “APRENDER A APRENDER”: Crítica às

Apropriações Neoliberais e Pós-Modernas da Teoria Vigotskiana. 2ª ed. Campinas,

SP: Editora: Autores Associados, 2001.

FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler - em três artigos que se completam.

São Paulo: Ed. Cortez, 2005.

FREGONESI, Durvali Emilio (Org.). Leitura & Ensino. Londrina (PR). Ed. UEL,

1999.

FOUCAMBERT, Jean. A Leitura em Questão. Trad. Bruno Charles Magne. Porto

Alegre: Ed. Artes Médicas, 1994.

GERALDI, João Wanderley (Org.). O texto em Sala de Aula – Leitura & Produção.

Cascavel (Pr): Assoeste Editora Educativa, 1984.

KAUFMAN, Ana María; RODRIGUES, Maria Elena. Escola, leitura e produção de

textos. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas. 1995.

KLEIMAN, Ângela. Oficina de Leitura: teoria & prática. Campinas, SP: Pontes,

2004.

KOCH, Ingedore G. Villaça. Desvendando os Segredos do Texto. São Paulo: Ed.

Cortez, 2003.

_________. Introdução à Lingüística Textual e Grandes Temas. São Paulo: Ed.

Martins fontes, 2003.

LAJOLO, Marisa. O que é Literatura. São Paulo: Nova Cultura: Brasiliense, 1986.

Lima, Luiz Costa. (Coordenação e Tradução) A literatura E O Leitor: Textos de

Estética da Recepção. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

LIMOLI, Loredana; MENDONÇA, Ana Paula F. (Orgs). Nas Fronteiras da

Linguagem-Leitura e Produção de Sentido. Londrina (PR): Editorial, 2006.

22

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006.

PLATÃO, Francisco Savioli; FIORIN, José Luiz. Para Entender o Texto: Leitura e

Redação. São Paulo: Editora Ática S.A., 1990.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura na Escola e na Biblioteca. São Paulo: Ed.

Papiro, 2003.

_________, Leitura em Curso: Trilogia Pedagógica. Campinas SP: Ed. Autores

Associados, 2003.

_________, A Produção da Leitura na Escola: Pesquisas x Propostas. São

Paulo: Editora Ática S.A., 1995.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Tradução: Cláudia Schilling. Porto Alegre

(RS): Ed. Artes Médicas, 1998.

TAVARES, Hênio. Teoria Literária. 8a ed. Belo Horizonte (MG): Ed. Itatiaia Limitada,

1984.

XAVIER, Maria Elizabete S. P. Capitalismo e Escola no Brasil. Campinas (SP):

Papirus, Editora, 1990.

ZILBERMAN, Regina. (Org.). Leitura em Crise na Escola: as alternativas do

professor. Porto Alegre (RS): Mercado Aberto, 1986.

ZILBERMAN, Regina & SILVA, Ezequiel T. (Orgs.). Leitura – perspectivas

interdisciplinares. 5a ed. São Paulo: Ática, 2005.

2.3 PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR

Titulo: Leitura Interativa e Prazerosa: quotidiano da prática escolar.

Texto: O Objeto de Aprendizagem Colaborativa, além de contemplar

professores de Língua Portuguesa, também faz o convite para professores de todas

as áreas de ensino. Quando falamos em leitura, o tema é interdisciplinar e, por isso,

muito importante para todas as disciplinas, principalmente as mais teóricas como,

por exemplo, História e Geografia. O ensino de leitura não deverá ser conteúdo

apenas da disciplina de Língua Portuguesa, todas as demais deverão priorizá-lo em

seus planejamentos.

Eis por que se faz necessária à retomada das bases da experiência e das teorias, não numa perspectiva individualizante, mas sob foco interdisciplinar que faculte o exame das articulações e também das

23

contradições existentes. (Zilberman, Regina; Silva, E. T. “Leitura - Perspectivas Interdisciplinares”, 2005, p.16).

O professor de Língua Portuguesa, ao incentivar o hábito da leitura,

deverá escolher livros literários de qualidade e elaborar atividades interdisciplinares

para que outros professores também participem cada um escolhendo o tema que

achar mais viável à sua disciplina de estudo.

Diante do exposto, pode-se entender que as práticas da linguagem, como fenômeno de uma interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir humano, potencializando, na escola, a perspectiva interdisciplinar. (Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, 2006).

Da mesma forma, professores de outras áreas podem e devem

elaborar atividades interdisciplinares selecionando obras também com qualidade

para uma leitura dinâmica e prazerosa. Precisamos mudar esse conceito que só o

professor de Língua Portuguesa deverá incentivar o hábito de leitura entre os

discentes.

Estas compartimentalizações são sintomáticas da maneira como o conhecimento científico circula atualmente, quando a valorização excessiva da especialidade torna o pesquisador ignorante das dimensões globais de seu tema de estudo. A fragmentação do objeto de investigação em facetas dispersas acentua o processo de alienação antes referido e impede a perspectiva totalizadora que recuperaria os laços da ciência com a comunidade, eventualmente tornando o saber mais atuante e comprometido com as mudanças sociais. (Zilberman e Silva E. T. “Leitura - Perspectivas Interdisciplinares”, 2005. p 16).

Quando o ensino de leitura fica só para o professor de Língua

Portuguesa, ocorre essa compartimentalização que impede a visão ampliada da

realidade e a apropriação do conhecimento globalizado e comprometido com o

social. A leitura acaba relegada apenas às aulas de Língua Portuguesa como se não

fosse prioridade de todas as disciplinas. É importante a união no que tange à leitura

como fonte do saber, pois fará toda a diferença para o educando no momento de

fruir, interagir, interpretar e compreender os conteúdos que irá estudar.

A maneira pela qual o professor concebe o processo de leitura orienta todas as suas ações de ensino em sala de aula. Caso ocorra o contrário, corre-se o risco de passar uma imagem redutora e simplista, certamente a educação dos leitores poderá ser conduzida de maneira precária quando não deletéria aos propósitos pretendidos. (Silva Ezequiel T. “Leitura em Curso”. 2003. p. 40)

O professor que planeja sua aula embasada por teorias consistentes,

dificilmente correrá o risco de ministrar um ensino de forma simplista e precário.

24

Todavia, se ocorrer o contrário, os propósitos do professor tornam-se incoerentes

com a responsabilidade a qual assumiu junto aos alunos e à sociedade a qual

pertence.

2.4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura em Curso: Trilogia Pedagógica. Campinas

SP: Ed. Autores Associados, 2003.

ZILBERMAN, Regina & SILVA, Ezequiel T. (Orgs.). Leitura – perspectivas

interdisciplinares. 5a ed. São Paulo: Ática, 2005.

2.5 CONTEXTUALIZAÇÃO

Titulo: Leitura Interativa e Prazerosa: Quotidiano da Prática Escolar.

Texto: Para ensinar a leitura proficiente e de qualidade faz-se

necessária e obrigatória à contextualização. Estudos provam que ensinar conteúdos

fragmentados e descontextualizados é enganar a si e aos alunos, não cabe mais

essa prática retrógrada e de má qualidade quando repensamos e optamos por um

ensino sério e de qualidade.

Chama-se mecânico ao todo se alguns de seus elementos estão unificados apenas no espaço e no tempo por uma relação externa e não os penetra a unidade interna do sentido. As partes desse todo, ainda que estejam lado a lado e se toquem, em si mesma são estranhas uma às outras. (Bakhtin. “Estética da Criação Verbal”, 2003. p.23)

A proposta é fundamentar o professor para que ele priorize em seu

planejamento a leitura de obras literárias infanto-juvenis contemporâneas de

narrativas longas, embasadas pelas teorias da Estética da Recepção e

Interacionista. As obras literárias apresentam uma temática bastante diversificada,

cabe ao professor ensinar ao aluno o momento de contextualizar, para enriquecer o

conhecimento dele quanto leitor. Não podemos mais permitir que nas aulas ainda se

ensine leitura de forma mecânica e decodificadora, perde-se todo o sentido e a

riqueza de um texto se não o contextualizarmos.

Ao trabalhar com os textos selecionados, o professor instigará as relações entre eles e o contexto presente. Terá sempre em vista o presente da leitura e as múltiplas possibilidades de construção do significado a partir

25

desse instante que carrega em si alguma magia. (Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica, 2006).

Essa nova perspectiva deriva do caráter diálogo da linguagem: o ser

humano só se constrói como ator e agente e só define sua identidade em face do

outro. O ser humano só o é em face do outro e só define como tal numa relação

dinâmica com a alteridade (BAKHTIN. 2003). A compreensão da mensagem é,

desse modo, uma atividade interativa e contextualizada, pois requer a mobilização

de um vasto conjunto de saberes e habilidades e a inserção desses saberes e

habilidades no interior de um evento comunicativo.

O sentido de um texto é construído (ou reconstruído) na interação

texto-sujeitos (ou texto-co-enunciadores) e não como algo prévio a essa interação. A

coerência, por sua vez, deixa de ser vista como mera propriedade ou qualidade do

texto, e passa a ser vista ao modo como o leitor/ouvinte, a partir dos elementos

presentes na superfície textual, interage com o texto e o reconstrói como uma

configuração veiculadora de sentidos.

Cabe assinalar, em forma de conclusão, que essa nova visão acerca

de texto, contexto e interação resulta, inicialmente, de uma contribuição relevante,

proporcionada pelos estudiosos das ciências cognitivas: a ausência de barreiras

entre exterioridade e interioridade, entre fenômenos mentais e fenômenos físicos e

sociais. De acordo com essa nova perspectiva, há uma continuidade entre cognição

e cultura, pois esta é apreendida socialmente, mas armazenada individualmente.

Galembeck, em seu artigo publicado no Livro dos Minicursos dos IX

CNLF, ressalta, também, a evolução da noção de contexto:

Para a análise transfrástica o contexto era apenas o co-texto (segmentos textuais precedentes e subseqüentes, a um dado enunciado). Já, para a Gramática de Texto, contexto é a situação de enunciação, conceito que foi ampliado para abranger, na Lingüística Textual, o entorno sócio-cultural e histórico, comum aos membros de uma sociedade e armazenado individualmente em forma de modelos cognitivos”. (GALEMBECK, P. T. “Textual e Seus Recentes Avanços”, 2005, p.75).

Atualmente, o contexto é representado pelo espaço comum que os

sujeitos constroem na própria interação.

Não existe conteúdo algum que se complemente por si só, portanto,

todas as referências bibliográficas disponibilizadas para o estudo, deverão

contemplar a contextualização, pois, caso contrário, a proposta perde toda a sua

essência que é o de formar leitor interativo, consciente, maduro e crítico.

26

2.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Ed. Martins Fontes,

2003.

GALEMBECK, Paulo de Tarso. A Lingüística Textual e Seus Recentes Avanços.

Artigo publicado no Livro dos Minicursos dos IX CNLF. Caderno do CNLF. Vol. IX,

nº. 05. Rio de Janeiro (RJ), CIFFFIL, 2005.

LAJOLO, Marisa. O que é Literatura. São Paulo: Nova Cultura: Brasiliense, 1986.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006.

ZILBERMAN, Regina. (Org.). Leitura em Crise na Escola: as alternativas do

professor. Porto Alegre (RS): Mercado Aberto, 1986.

ZILBERMAN, Regina & SILVA, Ezequiel T. (Orgs.). Leitura – perspectivas

interdisciplinares. 5a ed. São Paulo: Ática, 2005.

3- RECURSOS DIDÁTICOS

3.1 SÍTIOS

IMPORTANTE: Para acessar todos os sites aperte a tecla Ctrl e clik

ao mesmo tempo sobre o site.

Título: Portal dos Professores. Links referentes à Educação.

Web Sites: http://www.portaldosprofessores.ufscar.br/links.jsp

www.portaldosprofessores.ufscar.br

Acessado em Novembro de 2007.

Comentário: Os dois sites acima são ótimos, oferecem inúmeros

endereços eletrônicos com sugestões sobre vários assuntos referentes à Educação.

É da Universidade Federal de São Carlos, SP.

Título: Planeta Educação. Coluna: Educação para o pensar. O

Universo Infantil, A literatura e as Novelas Filosóficas.

Site: http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=1018

Acessado em Novembro de 2007.

27

Comentário: O artigo é muito interessante. Autora: Dalva Aparecida

Garcia. Mestra em Filosofia e Educação pela Faculdade de Educação da USP/SP,

FEUSP. E-mail: [email protected]. O site é para o professor pesquisar e atualizar-

se sobre diversos assuntos: artigos, referências bibliográficas, filmes.

Título: Portal Planeta Educação. Coluna: O Cinema na Escola. Editor

do Portal Planeta Educação: João Luís Almeida Machado, doutorando e pesquisador

pela PUC-SP.

Web Site:

http://www.planetaeducacao.com.br/novo/coluna.asp?coluna=2

Acessado em Novembro de 2007.

Comentário: O Professor e Pesquisador João Luís Almeida Machado

produz artigos muito interessantes sobre os filmes que estão em cartaz, explica

como o professor poderá utilizá-los com qualidade em sala de aula. Suas sugestões

são excelentes para o professor enriquecer suas aulas.

Título: Portal Planeta Educação. Colunas: A Voz do Professor;

Editorial; e outras colunas.

Site: http://www.planetaeducacao.com.br/novo/index.asp

Acessado em novembro de 2007.

Comentário: As colunas apresentam artigos e outras contribuições

atualizadas de professores universitários, são contribuições importantes para a

educação que precisam ser divulgadas. A coluna A Voz do Professor, traz artigos

excelentes para os profissionais da educação.

Titulo: Leia – Brasil. Material para pensar a leitura. Texto: Leitores,

ledores e outros afins (apontamentos sobre a formação do leitor). Autor: Edmir

Perrotti.

Sítios: http://www.leiabrasil.org.br/pdf/material_apoio/EdmirPerrotti.pdf

http://www.leiabrasil.org.br

Acessados em Janeiro de 2008.

Comentário: O texto nos mostra a importância da leitura feita pelos

docentes. Edmir Perrotti é professor da USP, crítico de Literatura Infantil de “O

28

Estado de São Paulo” e dirige coleções de literatura infantil e juvenil. Autor de “O

texto sedutor na literatura infantil”, e outras obras voltados para a leitura.

Título: Contribuições da UNICAMP.

Sitio: www.unicamp.br

Acessado em Novembro de 2007.

Comentário: Este site é recomendado para professores que desejam

se atualizar, pois, além dos artigos e assuntos ligados à educação, também tem o

jornal da Unicamp que nos fornecem informações atualizadas acerca dos

acontecimentos na Universidade.

Título: Contribuições da Wikipédia

Sitio: http://pt.wikipedia.org/wiki/Romance

Acessado em Novembro de 2007.

Comentário: Este site tem origem na Wikipédia, a enciclopédia livre. É

ótimo, traz um artigo sobre a história do Romance e no próprio artigo vem vários

Links para o professor pesquisar e aprofundar o conteúdo.

Título: Coluna LER... LER... LER... (Nome do espaço reservado para

as publicações de artigos)

Sitio: http://flaviabiblio.blogspot.com/2006_09_24_archive.html

Acessado em Novembro de 2007.

Comentário: Este site traz conteúdos voltados para reflexões,

análises, pesquisas do mundo da ciência, formação e da leitura. Achei muito

interessante a forma como todos os artigos, poemas e outros materiais literários são

mostrados. É ótimo para o professor pesquisar.

Título: Materiais Didáticos

Sítios: http://omeninomaluquinho.educacional.com.br/default.asp

http://omeninomaluquinho.educacional.com.br/Online/default.asp

http://www.educacional.com.br/ed_infantil_new/ed_infantil.asp

Acessados em Novembro de 2007.

Comentário: Os sites trazem muitos materiais didáticos como

sugestões para o professor trabalhar em sala de aula, como: gibis, brincadeiras e

29

muito mais. O 2º site, O menino maluquinho on-line, traz historinhas que podem ser

impressas para trabalhar com os alunos e muitas outras brincadeiras.

Título: Portal Usina de Letras. Artigo: O importante papel do leitor… .

Sitio:

http://usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=8731&cat=Ensaios&vindas=s

Acessado em: Novembro de 2007.

Comentário: Este site mostra-nos uma preocupação pela leitura de

obras literárias e a Teoria da Estética da Recepção. Tem um artigo do autor João

Ferreira editado em 06/09/2007, que fala da leitura embasada pela Estética da

Recepção, uma ótima sugestão para acessar e ler o artigo.

Título: Escola que Vale. Artigo: Educação e Inclusão.

Web Site: www.escolaquevale.org.br

Acessado em Novembro de 2007.

Comentário: Este site é muito bom, mostra projetos de leitura,

trabalho com portadores de deficiências visuais e tudo sobre Educação, Escola e

Sala de Aula.

Título: Todas as Leituras. Conto: O Tesouro no Quintal.

Autor: Moacir Scliar

Sites:

http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/Esp_013/aberto/mt_especial_259836.s

html

http://revistaescola.abril.com.br

Acessado em: Novembro de 2007. Clik em: Faça o download da

Matéria.

Comentário: O conto mostra a importância e riqueza da leitura,

incentivar o aluno a ler não é fácil, porém, estudos mostram que é possível explorar

no cotidiano escolar estratégias de leitura dos diferentes tipos de texto.

Título: Aprender Virtual. Sites para compras de livros.

Site: http://www.aprendervirtual.com/dicasInterna.php?IDx=155

Acessado em: Novembro de 2007.

30

Comentário: O livro, Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes (Augusto

Cury) apresenta como tema o conflito e desafios dos jovens da atualidade, os bons

alunos começam a se destacar dentro de casa. Essa obra propõe sugestões para

solucionar situações de indisciplina e falta de rendimento escolar.

3.2 SONS E VÍDEOS

Título: Caminho da Escola Paraná.

Direção: Heloísa Passos.

Produtora: Máquina Produções.

Duração: 54 min.

Local de Publicação: Rio de Janeiro.

Ano: 2006.

Web Site: http://filmes.seed.pr.gov.br/

Sinopse Caminho da Escola Paraná é um filme sobre crianças (filhos

de trabalhadores que vivem na serra do mar) e seu acesso à escola, em percursos

de até 3 h/dia. O belo: o espaço, a esperança das famílias, a alegria infantil - a

escola pode ser o futuro melhor! Mudará suas vidas? O caminho físico e o caminho

da vida entrelaçando imagens e relatos provocadores e sensíveis - para incomodar,

enternecer...

Comentário: É ótimo para o professor refletir sobre a sua prática

quanto educadores e transformadores sociais.

Título: Mentes Perigosas

Título Original: Dangerous Minds

Direção: John N. Smith

Gênero: Drama

Produtora: Buena Vista Pictures / Hollywood Pictures / Don

Simpson/Jerry Bruckheimer Films

Duração: 1h: 39 min.

Local de Publicação: EUA

Ano: 1995.

Web Site: http://www.portalcmc.com.br/pnl12.htm

Site

31

http://www.interfilmes.com/filme_13892_Mentes.Perigosas(Dangerous.Minds).html

Sites para comprá-lo: www.mercadoaberto.com

www.adorocinemabrasileiro.com.br

Sinopse: Oficial da Marinha, interpretado pela consagrada atriz,

Michelle Pfeiffer, abandona carreira militar para realizar o antigo sonho de ser

professora de inglês. Mas o grupo de alunos rebeldes que tem pela frente, logo na

primeira escola em que leciona, será capaz de colocar à prova todo seu treinamento

e experiência adquirida na caserna.

Comentário: Mentes Perigosas mostra-nos uma bela história do

cotidiano de sala de aula de uma escola de periferia. A realidade nas cenas do filme

confunde-se com a realidade de muitas das nossas escolas. Alunos rebeldes, cheios

de problemas sociais envolvendo família, drogas e preconceito.

Título: Narradores de Javé

Elenco: José Dumont, Nelson Xavier, Dirce Migliaccio, Matheus

Nachtergaele, Rui Resende, Nelson Dantas, Mário César Camargo, Gero Camilo.

Direção: Eliane Caffé

Gênero: Comédia/ Drama Nacional

Duração: 1h: 40 min.

Sites para comprá-lo: www.mercadoaberto.com

www.adorocinemabrasileiro.com.br

www.adorocinema.com.br/filmes.asp

Sinopse: Nada mudaria a rotina do pequeno vilarejo de Javé se não

fosse o fato de cair sobre ele a ameaça repentina de sua extinção: Javé deverá

desaparecer inundado pelas águas de uma grande hidrelétrica. Diante da trágica

notícia, a comunidade decide ir em defesa de sua existência pondo em prática uma

estratégia bastante inusitada e original. Decidiram escrever um dossiê que

documente o que consideram ser os "grandes" e "nobres" acontecimentos da

história do povoado e assim justificar a sua preservação.

Comentário: É um filme diferente na maneira de mostrar o valor da

educação e como ela é um fator primordial em preservar a memória cultural de uma

cidade. Muito bom para refletirmos sobre nossa prática enquanto professores, pois

temos um ensino voltado para uma clientela bastante heterogênea.

32

Título: Escola da Vida.

Título no Brasil: Escola da Vida

Título Original: School of Life.

País de Origem: Canadá / EUA

Direção: William Dear

Tempo de Duração: 1h: 30 min.

Gênero: Aventura

Ano de Lançamento: 2005

Estúdio/Distribuição: Califórnia Home Vídeo

Elenco David Paymer... Matt Warner. Ryan Reynolds.... Michael "Mr.

D" D'Angelo.

Sites para comprá-lo: www.mercadoaberto.com

www.adorocinemabrasileiro.com.br

Sinopse: Há um novo professor na cidade, e ele está promovendo um

verdadeiro pandemônio na Fallbrook Middle School. Ele é atraente, simpático e

informal. Os alunos amam o Senhor D (Ryan Reynolds, de Horror em Amityville). Os

professores também o admiram... com exceção de Matt Warner (David Paymer, de

Em Boa Companhia), o ansioso professor de biologia, que sonha em ganhar o

prêmio de Professor do Ano. Seu pai, Stormin? Norman (John Astin, de Os

Espíritos), foi Professor do Ano durante 43 temporadas seguidas, e Matt está

determinado a fazer deste o seu ano. Mas com o Sr. (Michael D?Angelo) em cena,

Warner vê sua chance escapar. Ele não consegue competir com quem até seu

próprio filho admira. Mas há um segredo que pode mudar o jogo. O diretor William

Dear faz uma ponta como um astronauta.

Comentário: Esse filme serve para refletirmos sobre compartilhar

experiência e não apenas competir com os colegas e tentarmos ser “estrelas”

sozinhos. Na educação, mais do que outro local, existe a necessidade de ética,

companheirismo e amizade, além da troca de experiências entre o corpo docente.

Título: Documentário, Experimental - Ilha das Flores.

Diretor e Produtor: Jorge Furtado.

Local da Publicação: Brasil.

Ano de produção: 1989

33

Duração: 13 min.

Gênero: Documentário; Experimental.

Web Site: www.portacurtas.com.br

Sinopse: Ilha das Flores é um ácido e divertido retrato da mecânica da

sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a

plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e

as desigualdades que surgem no meio do caminho. Direção de Jorge furtado, com

Ciça Reckziegel e narração de Paulo José.

Comentário: Trata-se de um documentário sobre mais valia, a força do

capitalismo excludente. O professor poderá trabalhar esse documentário e

enriquecer o assunto com o poema O Bicho de Manuel Bandeira.

Título: Língua Portuguesa. Viagens de Leitura. O parto de um livro.

(Documentário)

Produtora: Ministério de Educação - MEC. Secretaria de Educação a

Distância – SEED.

Realização: TV Escola / MEC, Brasil.

Duração: 12’46”.

Data da Gravação: abril de 2006.

Disponível: Escolas Estaduais do Paraná.

TV Escola. Secretaria de Educação a Distância. Volume II. Disco nº.

20. Programa 4.

Site: www.mec.gov.br

Sinopse: Explicita a união entre o texto e a imagem nos livros de

literatura infantil. Luciana Fraga narra de forma clara e direta a origem do objeto livro

e a origem das idéias e das ilustrações na confecção dos livros. Apresentam

depoimentos de autores e ilustradores. Ziraldo também faz sua importante

contribuição. Para a escritora Lia Zarts “escrever é como entrar em um universo de

sonhos. Idéias e sonhos se confundem, é como sonhar acordado”.

Comentário: O conteúdo desse DVD está inteiramente voltado para a

prática do professor em sala de aula. A literatura ilustrada, tema do programa 4,

ainda tem papel fundamental para alunos de 5ª e 6ª séries. As experiências

narradas pelas professoras são ótimas e condizentes com a nossa realidade escolar.

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Título: Conto e Reconto: Literatura e (RE) Criação – Parte II.

(Documentário)

Produtora: Salto Para o Futuro. MEC.

Realização: TV Escola / MEC, Brasil, 2006.

Duração: 5 programas de 60’.

Data da gravação: 27/04/2006.

Disponível: Escolas Estaduais do Paraná

TV Escola. Secretaria de Educação a Distância. Volume II. Disco nº.

50. Programa 5.

Site: www.mec.gov.br

Sinopse: Esse programa pretende indicar aspectos relativos ao

planejamento e à avaliação dos projetos envolvendo a formação de leitores

proficientes. O prazer de ler, a viagem através da imagem e das figuras, a

interdisciplinaridade. Para Rosa Mendonça, integrante do projeto Viva a Leitura, é

muito importante o planejamento do professor, a escolha do gênero textual e ao

longo do processo uma avaliação. O mesmo deve articular a sala de aula e a

biblioteca.

Comentário: Esse programa mostra um projeto de leitura e a formação

do leitor. A importância do planejamento prévio do professor, de conhecer a turma,

respeitar as escolhas dos livros feitas pelos alunos. Ressalta o papel da biblioteca

como aliada do professor no que diz respeito à utilização de acervos.

Título: Letra Viva – Parte II. Leitura Também é Coisa de Criança.

(Documentário)

Produtora: MEC. Programa Letra Viva. Parte II. Língua Portuguesa

Realização: TV Cultura. Brasil, 2005.

TV Escola. Secretaria de Educação a Distância. Volume II. Disco nº.

14. Programa 6.

Duração: 20’.

Ano de Gravação: 2006

Disponível: Escolas Estaduais do Paraná.

Site: www.mec.gov.br

Sinopse: Professores debatem acerca do cuidado na hora de

recomendar uma leitura ao aluno. As ferramentas para estimular a criança a ter

35

acesso a esse universo e o papel fundamental do professor nesse processo. Jovens

e adultos relatam as impressões a respeito das leituras que estão desenvolvendo. A

contribuição da leitura como forma de ampliar o uso da linguagem em diversas

situações sociais. Fala da importância da leitura e em despertar esse universo para

a criança. Mostra depoimentos de professores e escritores como Tatiana Belink,

escritora, diz que o encantamento pela leitura deve ser cultivado aos poucos.

Depoimentos de alunos sobre a cobrança dos professores que desmotivam o gosto

pela leitura prazerosa. Projeto feito por grupos de alunos que lentamente vão

adquirindo o hábito da leitura.

Comentário: Esse programa mostra a escola como um espaço de

leitura e que, bem usado, faz crescer a comunidade de leitores assíduos e críticos.

Devemos criar situações reais de leitura: o quê e para quê ler. Criar políticas

públicas efetivas, que estejam comprometidas com a leitura e a escrita para todos.

Título: O Menino Maluquinho 1 e 2.

Direção do 1º filme: Helvécio Ratton.

Direção do 2º filme: Fernando Meirelles e Fabrízia Pinto.

Duração: 1h: 23 min.

Pais/ano de produção: Brasil/1994.

Sites para comprá-lo: www.mercadoaberto.com

www.adorocinemabrasileiro.com.br

Sinopse: Mostra o divertido cotidiano do Maluquinho, que sofre com a

separação de seus pais, mas, quando “Vô Passarinho”, o leva para umas férias na

fazenda, ele passa a viver novas e agitadas aventura Três anos depois tivemos a

continuação “Menino Maluquinho 2 – A Aventura”, rodado na cidade mineira de São

José das Três Ilhas, dirigido por Fernando Meirelles e Fabrízia Pinto. A aventura do

segundo filme começa quando ele viaja com seus amigos para a casa de seus avós

no interior de Minas Gerais. Tudo ia bem, até que ele desapareceu, depois de ser

atraído por uma luz misteriosa.

Comentário: É interessante pedir para os alunos lerem o livro O

Menino Maluquinho e depois assistirem ao filme. O professor poderá mostrar as

riquezas de detalhes que ambos podem mostrar e se completarem na compreensão

da história. Esse trabalho além de ser mais rico torna a aula de leitura mais

prazerosa.

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Título: Castelo Rá – Tim – Bum.

Direção: Cao Hamburger.

Elenco: Diego Kozievitch, Marieta Severo, Rosi Campos, Sérgio

Mamberti e outros.

Duração: 1 h: 47 min.

País/ano de produção: Brasil/1999.

Sites para comprá-lo: www.mercadoaberto.com

www.adorocinemabrasileiro.com.br

www.adorocinema.com.br

Sinopse: Nino é um menino de 300 anos, aprendiz de feiticeiro, que

vive em um castelo encantado com seus tios magos, Morgana e Victor. Ele precisa

ajudá-los, quando estes são atacados pela malvada tia Losôngela, uma bruxa que

quer tomar o castelo encantado no qual eles vivem.

Comentário: O professor poderá escolher livros de aventura e fazer a

intertextualidade com esse filme. A aula ficará mais dinâmica e prazerosa.

Titulo: A Viagem de Chihiro.

Direção: Hayao Miyzaki.

Gênero: Fantasia.

Duração: 2 h: 05 min.

País/ano de produção: Japão/2001.

Sites para comprá-lo: www.mercadoaberto.com

www.adorocinemabrasileiro.com.br

www.adorocinema.com.br/filmes.asp

Sinopse: Perdidos, em uma viagem de mudança, Chihiro e seus pais

acabam descobrindo uma misteriosa passagem que os leva até um mundo mágico.

E lá que a jovem Chiriro precisará enfrentar uma jornada heróica para salvar seus

pais, que foram transformados em porcos.

Vencedor do Oscar de melhor filme de Animação.

Comentário: O professor poderá pedir a leitura do livro As viagens de

Gulliver, de Jonathan Swift e fazer a intertextualidade entre ambos, eles observarão

as diferenças e igualdades nas histórias. Poderá também trabalhar a cultura nipo-

brasileira e pedir para os alunos pesquisarem sobre filmes de Animação.

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Título: A Fantástica Fábrica de Chocolates.

Título Original: Charlie and te Chocolate Factory

Direção: Tim Burton

Gênero: Aventura.

Produtora: Warner Bros

Duração: 1h: 55 min

Pais/ano de produção: EUA/Inglaterra/1971

Site Oficial: www.fabricadechocolateofilme.com.br

Sites para comprá-lo: www.mercadoaberto.com

www.adorocinemabrasileiro.com.br

Sinopse: Menino pobre que vive em uma pequena cidade com a mãe

e os avós, esse menino é sorteado para visitar uma fantástica fábrica de chocolates.

Ele e mais quatro crianças realizam uma grande aventura, cheia de suspenses e

emoções. Baseado em obra de Roald Dahl.

Comentário: Esse filme prende a atenção das crianças, é interessante

o professor pedir que leiam livros de aventura e que narrem histórias de aventuras

reais semelhantes. O professor irá estimular a leitura e a oralidade de forma bem

original.

Título: Em Busca da Terra do Nunca.

Direção: Marc Forster.

Duração: 1h: 46 min.

Gênero: Drama.

País/ano de produção: EUA, 2004.

Sites para comprá-lo: www.mercadoaberto.com

www.adorocinemabrasileiro.com.br

Sinopse: O escritor Barrie, protagonista do filme, continua suas

caminhadas pelos parques da cidade em busca de inspiração para novas histórias.

Sempre convida sua esposa, que parece mais interessada em manter as aparências

e ganhar mais destaque nas colunas sociais do que em acompanhar o marido. Por

esse motivo, o escritor segue seu caminho acompanhado por seu cão de estimação.

Numa dessas oportunidades em que se encontra no parque, Barrie acaba

conhecendo a família de Sylvia Davies (Kate Winslet, cada vez mais madura e

38

segura em suas interpretações), formada pela jovem mãe acompanhada de seus

quatro filhos e desfalcada do pai, falecido há pouco tempo. Desse primeiro encontro

surge uma relação diferente, alimentada pela imaginação e fantasia que brotam da

cabeça de Barrie, e que pode ser facilmente caracterizada como uma terna e

sublime amizade carregada de afeto e respeito. Em seus encontros, que se tornam

freqüentes a partir de então, Barrie e Sylvia, sempre acompanhados dos meninos

vivem grandes aventuras a partir das histórias que vão sendo inventadas e

visualizadas pelo escritor no contato com as crianças. É dessa incrível amizade que

vão sendo criados, aos poucos, os personagens e as tramas que irão originar a

história de Peter Pan. Os meninos e a jovem mãe (além da avó das crianças vivida

pela eterna Julie Christie) inspiram Barrie a compor sua obra definitiva e entregá-la

ao produtor teatral Charles Frohman (Dustin Hoffman, uma verdadeira lenda do

cinema).

Comentário:

O site:

http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=403 traz sugestões de

como trabalhar esse e outros filmes em sala de aula. Contém ótimos artigos escritos

pelo professor doutor e pesquisador João Luís Almeida Machado, Editor do Portal

Planeta Educação.

Áudio – CD / MP3

Título da Música: Era uma vez.

Executor/Intérprete: Sandy e Júnior.

Título do CD: Era uma vez Sandy e Júnior.

Nº. da Faixa: 9 (nove)

Nome da Gravadora: Polygram.

Ano: 1998.

Web site: http://eraumavez.sandyejunior.letrasdemusicas.com.br

Texto: Era uma vez

“Era uma vez”. (...)

“(...) Uma história de amor

De aventura e de magia...”

“(...) Só tem a ver

Quem já foi criança um dia (...)”.

39

Comentário: A letra da música vem de encontro com as fantasias que

lemos nas obras literárias infanto-juvenis. “Pra gente ser feliz tem que mergulhar na

própria fantasia”, livros literários nos proporcionam, além de outros saberes, o

universo da fantasia e da magia, essa é a verdadeira essência da literatura.

Título da Música: Super-Herói.

Executor/Intérprete: Sandy e Júnior.

Título do CD: Super-Herói.

Nº. da Faixa: 2 (dois)

Nome da Gravadora: Universal.

Ano: 2007.

Web sites: http://superheroi.sandyejunior.letrasdemusicas.com.br/

http://acusticomtv.album.sandyejunior.letrasdemusicas.com.br/

Texto: Super-Herói

“... Posso estar confuso, mas vou me lembrar

Que os heróis também podem sonhar...”

(...)

Comentário: O professor poderá contextualizar a letra da música com

a obra Aventuras de Xisto de Lúcia Machado e mostrar aos alunos que a imaginação

no universo literário é um limite que nunca poderá ser ultrapassado, que podemos

tudo durante a viagem emocionante que fazemos ao adentrar o universo literário.

Título da Música: A Lenda.

Executor/Intérprete: Sandy e Júnior.

Título do CD: Sem Limite.

Nº. da Faixa: 1 (um)

Nome da Gravadora: Universal.

Ano: 2001.

Web site: http://semlimite.album.sandyejunior.letrasdemusicas.com.br/

Texto: A Lenda.

“Bem lá no céu uma lua existe

Vivendo só no seu mundo triste

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(...)

Se cada um faz a sua história

A nossa pode ser feliz também...”

Comentário: As estrofes musicais poderão ser exploradas envolvendo

todo o lirismo e a fantasia das obras literárias. O professor poderá usar sua

criatividade e explorar vários assuntos voltados à recepção das obras pelo aluno.

Contextualizar também as obras literárias com os filmes e as músicas.

Título da Música: Ao Mestre com Carinho.

Executor/Intérprete: Eliana

Título do CD: Eliana é Dez CD + VHS. Disco 1.

Número da Faixa: 8.

Ano: 2002.

Web Sites: http://vagalume.uol.com.br/eliana/ao-mestre-com-

carinho.html

http://vagalume.uol.com.br/eliana/directory/

http://letras.terra.com.br/eliana/220681/

Texto: Ao Mestre com Carinho.

(...)

“Foi com você que eu aprendi a repartir tesouros

Foi com você que eu aprendi a respeitar os outros

(...)

Não esqueço mais essa lição amigo, eu ofereço essa

Canção ao mestre com carinho” (...)

Comentário: Tesouros são comparados a todos os ensinamentos, o

professor poderá levar o conto O Tesouro no Quintal de Moacir Scliar e realizar um

trabalho de incentivo ao hábito da leitura. O filme, com o mesmo título da música,

servirá como reflexão sobre a importância do professor para a vida dos alunos.

3.3 PROPOSTA DE ATIVIDADES

Título: LEITURA DINÂMICA E PRAZEROSA: PASSAPORTE PARA

O CONHECIMENTO DE MUNDO.

41

www.diadiaeducacao.pr.gov.br

Texto: Caro Professor leia o fragmento do poema de Içami Tiba e faça

uma reflexão sobre “as portas” que já abriram e ainda abrirão no decorrer de sua

vida. O ensino para nós, educadores, estará sempre depois dessas “portas”, se não

a ultrapassarmos, teremos sempre a mesma “porta” pela frente. É a repetição

perante a criação, é a monotonia substituindo o dinamismo é a estagnação da vida

sobrepondo a vida com plenitude.

Para ler o poema na íntegra, acesse os sites: Içami Tiba

http://www.pensador.info/autor/Icami_Tiba/

Fragmento do poema: As Portas.

“Se você abre uma porta, você pode ou não entrar em uma nova sala.

(...) Mas se você vence a dúvida, o temor, e entra, dá um grande passo: nesta sala

vive-se”! (...)

Içami Tiba.

Prezado Professor, o OAC – Objeto de Aprendizagem Colaborativa traz

os conteúdos voltados para incentivá-lo a continuar atualizando-se por meio de

pesquisas bibliográficas de obras impressas e também eletrônicas compostas por

sites da web confiáveis que contêm todo um conteúdo da melhor qualidade. Como o

objetivo é incentivar o hábito da leitura, deixo como sugestão de atividade, que o

professor leia as referências bibliográficas e também consulte os endereços

eletrônicos que disponibilizei neste material didático. Ler para Paulo Freire não é

repetir memorizar ou copiar idéias transmitidas pelos diferentes tipos de texto. “Ler é

42

recriação, reescrituração, interação criativa entre leitor, a palavra e o mundo”.

(FREIRE, P. “O Ato de Ler”, 2005, p.40),

O que falta muitas vezes, para nós, professores, é um embasamento

teórico que direcione a nossa prática em sala de aula. A leitura das obras, que

mencionei nas referências bibliográficas irão atender prontamente a expectativa do

professor e irá ampará-lo com conteúdos teóricos e práticos no momento de

preparar as aulas de leitura com qualidade.

Os sites da web selecionados levarão aos melhores e mais seguros

portais que lhe proporcionarão conteúdos ricos para a educação com qualidade. Os

portais são de entidades federais, estaduais e particulares, mas todas preocupadas

em transmitir ricos conteúdos educacionais, tendo por suportes revistas e jornais

eletrônicos, colunas produzidas por profissionais com o mais alto grau de

conhecimento.

Selecionei também sites da web que mostram outros materiais culturais

como Dvds contendo filmes, músicas, documentários e textos diversificados para o

professor trabalhar com os alunos de maneira dinâmica e prazerosa.

Lembre-se, caro professor, a leitura com qualidade é a melhor e a

maior ”porta” que nos leva ao conhecimento e como já mencionei no início do

projeto, item um, recurso de expressão:

Só compreenderemos o real valor de ensinar a leitura prazerosa e

interativa, quando olharmos para ela, não como fonte decodificadora ou só como

modelo para a escrita, mas sim, passarmos a enxergá-la como passaporte para o

conhecimento de mundo.

3.4 IMAGENS

Para acessar essa imagem dê um clique no link abaixo do Portal Dia-a-

dia Educação, Portal Educacional do Estado do Paraná.

Site: www.diadiaeducacao.pr.gov.br Acesse em Educadores e logo

em seguida, procure os recursos didáticos e clique no banco de imagens.

43

Leitura dinâmica e prazerosa: quotidiano da prática escolar.

Fiquei feliz com a escolha da imagem contendo vários livros em uma

estante e pela desarrumação na disposição dos livros permitiu-me a seguinte

compreensão – os livros não são somente enfeites, e sim, estão ali para serem lidos

e estudados por muitos leitores assíduos.

Essa é a proposta do meu trabalho de pesquisa e também do material

didático, ler para fruir, conhecer, interagir, replicar, romper barreiras, ampliar

horizontes. Livro, fonte inesgotável, que mata a sede do saber. Livro, alimento para

o intelecto e para a alma. Livro, liberdade de expressão e de pensamento. Livro, não

importa se é impresso, eletrônico, em Braille ou em Libras, se enxergo com os olhos

ou com as mãos. Ele não impõe, convida, não tem preconceito e nem diferença

social. É um amigo agradável e forte aliado nos momentos de solidão, distrai-nos no

momento de angústia e, principalmente, liberta-nos das amarras da ignorância.

As imagens poderão ser utilizadas pelo professor para enriquecer as

aulas de leitura, interpretação, compreensão e produção de textos. Elas são

classificadas como textos não-verbais e bem utilizadas no trabalho do professor,

poderão ser valiosas fontes para instigar a criatividade dos alunos.

44

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler - em três artigos que se completam.

São Paulo: Ed. Cortez, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006.

TIBA, Içami. Poema: “As portas”.

Web site: http://www.pensador.info/autor/Icami_Tiba/

4- RECURSO DE INFORMAÇÃO

4.1 SUGESTÃO DE LEITURA

Revista Científica

Título do Artigo: O Leitor Competente à Luz da Teoria da Literatura.

Referência: AGUIAR, Vera Teixeira de. Revista Tempo Brasileiro.

Janeiro – março, 1996. Nº. 124. Rio de Janeiro (RJ). Tempo Brasileiro. Editora:

Trimestral.

Comentários: Este artigo complementa a explicação sobre a teoria da

Estética da Recepção. A autora Vera Aguiar expõe de forma bem clara a essência

dessa teoria e o respeito à expectativa de horizonte do leitor.

Título do Artigo: A Prática de Leitura de Narrativas Longas: Uma

Proposta Viável.

Referência: SOARES, Amélia Maria Jarmendia. Leitura: Teoria &

Prática. Ano 6. Junho, 1987, Nº. 09. Ed. ALB Mercado Aberto. Campinas (SP).

Comentário: A proposta permite ao aluno ler obras que tenha

preferência, sem a mediação de questões que, em geral dirigem a leitura, leva-o,

certamente, a um envolvimento pessoal com o texto, de que decorre uma leitura

45

mais autêntica. Lê para ampliar a visão do mundo, dar vazão à fantasia e recriar a

realidade.

Título do Artigo: Que Sentido se dá à Leitura, quando se pretende

ensinar a ler?

Referência: CALIL, Eduardo. Leitura: Teoria & Prática. Ano 13.

Dezembro, 1994, Nº. 24. Ed. ALB Mercado Aberto. Campinas (SP).

Comentário: Mostra que os diferentes modos de leitura estão

marcados pelas condições de produção que os atravessam. As condições de

produção dependeriam da situação imediata, tanto quanto das formações

imaginárias dos interlocutores, que definem para quem, onde, quando, como deve

ser lido um texto.

Título do Artigo: A Importância da Leitura para o Desempenho Escolar

dos Alunos do Ensino Fundamental.

Referência: SIMÕES, José Ferreira; CARNIELLI, Beatriz Laura.

Revista de Educação PUC-Campinas. N. 13, p 51-63. Campinas (SP), novembro de

2002.

Comentário: O artigo condensa os resultados de pesquisa sobre o

hábito de leitura dos alunos da 4ª e 8ª séries do Fundamental. Discute a leitura na

visão da sociologia da leitura, do enfoque sociointeracionista e do método de Análise

de Discurso. Mostra divergências entre leitura teorizada e a praticada na escola.

Título do Artigo: Políticas Públicas: O Desafio da Qualidade.

Referência: AVANCINI, M. Revista Educação. Volume 121, p.72 – 74.

Editora Segmento. São Paulo (SP). Maio, 2007.

Comentário: Esse artigo é ótimo e complementa os livros citados nas

referências bibliográficas.

Título do Artigo: A força infinita da ignorância (na leitura).

Referência: KOHAN, W. Revista: Educação. Volume 121, p.54 – 56.

Editora: Segmento. São Paulo (SP). Maio, 2007.

46

Comentário: Mostra como bons leitores estão se extinguindo e o que

fazer para reverter essa situação. Esse artigo condiz com o estudo da importância

de se ler com qualidade.

Título do Artigo: Dossiê: Entrevista Marisa Lajolo.

Referência: LAJOLO, M. Revista: Educação. Volume 121, p.48 – 50.

Editora: Segmento. São Paulo (SP), Maio, 2007.

Comentário: A autora é de importância ímpar para a educação e suas

obras são fontes imprescindíveis para a fundamentação teórica de todos os

professores.

Título do Artigo: Reflexões sobre o letramento docente.

Referência: SILVA, S. A. D. Revista: Educação. Volume 121, p.50 –

52. Editora: Segmento. São Paulo. Maio, 2007.

Comentário: Esse autor é de importância ímpar para a educação e

suas obras são fontes imprescindíveis para a fundamentação teórica de todos os

professores.

Título do Artigo: Entrevista: Educar não é domesticar.

Referência: Autor: TOLENTINO, B. L. de C. Revista: Educação.

Volume 121, p.6 – 8. Editora Segmento. São Paulo (SP). Maio, 2007.

Comentário: Os artigos da Revista Educação servem como subsídios

teóricos pertinentes à Educação. Autores, como Tolentino, e outros pesquisadores,

que se esforçam para que a educação seja de qualidade. Suas preocupações estão

em informar e formar a nós, professores, comprometidos com o ato de ensinar.

Periódicos

Título do Artigo: Literatura e Recepção: leitura e subjetividade.

Referência: BASTOS, Fernanda. (Mestre / PUC. RS.) Letras de Hoje.

Porto Alegre v 39, Nº. 3 p 51-60. Setembro de 2003.

Comentário: Fernanda Bastos faz uma síntese da importância do

método recepcional e da subjetividade da leitura. Como amplia os horizontes e atrai

o leitor para o saber, o interagir socialmente.

47

Título do Artigo: Leitura – Construção de Sentido.

Referência: LANGER, Eliana Rosa. (Professora Doutora da USP).

Língua e Literatura, Nº. 20. p 103-111. Data: 1992/1993.

Comentário: Esse artigo complementa Bakhitin, Freire e muitos

estudiosos da educação, cuja preocupação volta-se para leitura interativa,

proficiente e transformadora.

Título do Artigo: Do mundo à leitura do mundo.

Referência: SOUZA, Maria do Socorro de; VIERA, Elba Soares (orgs).

Revista de Educação AEC. Ano 25, nº. 98, p 70-93. Jan/Mar de 1996.

Comentário: Mostra pontos de vista dos alunos entrevistados com

suas leituras do mundo e seus valores, a visão que têm hoje e como gostariam de

ver este mundo. Eles levantaram alternativas que colaboram para que os

educadores ampliem sua visão pedagógica e a escola assuma mais profundamente

seu papel social.

Título do Artigo: Contribuições de uma Prática Pedagógica para o

Aprendizado da Leitura.

Referência: VALENTINI, Nilza Guidini. Revista do Departamento de

Teoria e Prática da Educação. Volume 2, nº.3. Setembro/1999.

Comentário: O artigo mostra a pesquisa realizada com alunos de 5ª a

8ª séries, pais, professores e equipe Pedagógica de uma escola estadual. Cabe à

escola a formação do hábito de leitura. O professor deverá levar o aluno a perceber

que o ato de ler funciona como uma etapa instrumental que leva ao conhecimento.

LIVRO

Título: Literatura: A Formação do Leitor. Alternativas Metodológicas.

Referência: BORDINI, Maria da Glória. AGUIAR, Vera Teixeira de.

Porto Alegre (RS). Editora Mercado Aberto, 1988.

Comentário: Este livro propõe reflexões sobre a função social da

leitura e o papel da escola na formação do leitor, levanta dados sobre as

expectativas dos alunos em relação à literatura-escola, sugere critérios para a

seleção de textos no 1º e 2º graus, apresenta cinco diferentes métodos de ensino

literário.

48

Título: Estética da Recepção e História da Literatura.

Referência: ZILBERMAN, Regina. São Paulo (SP). Editora Ática S.A. –

1989.

Comentário: O livro explica de forma clara a teoria da Estética da

Recepção no horizonte de expectativas, dos anos 60 em diante. Expõem a

experiência estética e vanguarda, a hermenêutica literária, sua compreensão e

aplicação. Traz propostas metodológicas exemplificadas para leitura de obras

literárias.

Título: Leitura – Perspectivas Interdisciplinares.

Referência: ZILBERMAN, Regina & SILVA, Ezequiel T. (Orgs.). 5a ed.

São Paulo: Ática, 2005.

Comentário: O livro nos mostra que o fenômeno da leitura por sua

complexidade, deve ser estudado numa perspectiva interdisciplinar, integrado as

diferentes ciências da linguagem e da comunicação. Oferece propostas para a

prática pedagógica, tendo em vista o encaminhamento da leitura em sala de aula.

Título: Estratégias de Leitura.

Referência: SOLÉ Isabel. Tradução: Cláudia Schilling. Porto Alegre

(RS): Ed. Artes Médicas, 1998.

Comentário: A autora propõe estratégias de leitura de obras infanto

juvenis além de outros textos. É um livro de fácil compreensão, traz exemplos

práticos bem convincentes de como trabalhar a leitura de forma dinâmica e

prazerosa. Ótima sugestão para a fundamentação teórica do professor.

Título: Leitura na Escola e na Biblioteca.

Referência: SILVA, Ezequiel Theodoro da. São Paulo: Ed. Papiro,

2003.

Comentário: Ezequiel, pesquisador renomado, fundador da ALB, traz

em suas obras a preocupação com a leitura na Escola. Ele expõe de forma clara

qual é o papel do professor e da bibliotecária junto aos alunos, só com um trabalho

sério e em conjunto conseguirão desenvolver nos alunos o gosto e o hábito pela

leitura.

49

Título: Oficina de Leitura: teoria & prática.

Referência: KLEIMAN, Ângela. Campinas, SP: Pontes, 2004.

Comentário: Este livro é bastante inovador, pois além dos professores

de Português, estende-se a todos os professores como uma proposta interdisciplinar

de leitura. Focaliza as estratégias do leitor de textos diferentes, o leitor as muda

segundo seus objetivos e não segundo a matéria que ele estiver lendo.

Título: O Texto em Sala de Aula – Leitura & Produção.

Referência: GERALDI, João Wanderley (Org.). 6ª Edição. Cascavel

(Pr): Assoeste Editora Educativa, 1984.

Comentário: Geraldi traz em sua obra muita inovação no que tange à

literatura infanto-juvenil, com sugestões de atividades e roteiro para o planejamento,

respeitando sempre o saber-fazer do professor. Toda a teoria é embasada pelo

projeto político que dá sentido às atividades concretas no cotidiano escolar.

Título: A Importância do Ato de Ler - em três artigos que se

completam.

Referência: FREIRE, Paulo. 46ª Edição. São Paulo: Ed. Cortez, 2005.

Comentário: Para o Mestre Freire e também para esse trabalho, a

leitura que se propõe, não é a da palavra, mas a leitura rigorosa do mundo, que

sempre precede a leitura da palavra. Ensinar a ler é antes aprender a ler o mundo,

compreender o seu contexto, numa relação dinâmica que vincula linguagem e

realidade.

Título: Estética da Criação Verbal.

Referência: BAKHTIN, Mikhail São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2003.

Comentário: Bakhtin também teoriza a leitura do mundo, a leitura

dinâmica, interativa e dialogada, a unificação dos três campos da cultura humana: a

ciência, a arte e a vida. Criador dos infinitos gêneros do discurso por valorar a

multiforme atividade humana.

Título: Nas Fronteiras da Linguagem. Leitura e Produção de Sentido.

50

Referência: LIMOLI, Loredana, MENDONÇA Ana Paula Ferreira de.

(orgs.). Londrina (PR): Editorial Mídia, 2006.

Comentário: Este livro reúne trabalhos apresentados no V Simpósio

de Leitura da UEL. Mostra as diversas visões da leitura com abordagens

diversificadas, leituras de imagens, a leitura do outro. Mostra as diferenças na

literatura de viajantes, discurso diferenciado entre o viajante e o nativo. É muito bom.

Internet

Título: Central de Leitura - Leia Brasil.

Web Site: http://www.leiabrasil.org.br

Acesso em Janeiro de 2008.

Comentário: Leia Brasil é uma ONG constituída por escritores e

professores da mais alta estirpe. Preocupados em mostrar a cultura por meio da

leitura, esses profissionais empenharam-se em incentivar de várias formas o hábito

de ler para conhecer, interagir, fruir.

Título: De Olho na Educação, um panorama da Educação brasileira.

Web Site: http://www.deolhonaeducacao.com.br/

Acesso em Dezembro de 2007.

Comentário: De Olho na Educação foi desenvolvido pelo Todos Pela

Educação, em parceria com a Fundação Bradesco, responsável pelo site; o Instituto

Futuro Brasil, parceiro para a construção da base de dados; e a Rapp Collins. Todos

os dados são oficiais disponibilizados pelo Inep, IBGE, PNUD ou Unicef.

Título: Portal do Ministério da Educação.

Web Site: www.mec.gov.br

Acesso em Dezembro de 2007.

Comentário: O portal do MEC é completo, todo o professor deverá

acessá-lo para se informar dos programas, projetos, leis e todas as notícias que

envolvem a educação pública do país. O portal do PROUNI encontra-se nesse

mesmo site.

Título: Guia de Cinema.

51

Web Sites: Para acessar clik no site pressionando junto à tecla Ctrl

para seguir o link.

http://filmes.seed.pr.gov.br/

www.diadiaeducacao.pr.gov.br

http://www.curitibainterativa.com.br/modules.php?name=News

Acesso em Dezembro de 2007.

Comentário: Os Sites trazem mostra de filmes e documentários de

conteúdo histórico do Arquivo Público Nacional, acesse o primeiro site da SEED e

leia o artigo completo sobre esse assunto. Trazem também guias de cinema, teatros,

shows e outros entretenimentos bem atualizados e muito bons. Acesse e confira.

Título: Releituras. Portas Curtas

Web Site: http://www.releituras.com/portacurtas.asp#

Acesso em Dezembro de 2007.

Comentário: Esse site nos mostra filmes de curta metragem muito

bons, são filmes brasileiros com adaptações das obras de nossos poetas e

escritores clássicos. Apresenta filmes estrangeiros e documentários ótimos para o

professor se atualizar e para trabalhar com os alunos em sala de aula.

Título: Portal dos Professores.

Web Sites: www.portaldosprofessores.com.br

http://www.portaldosprofessores.ufscar.br/links.jsp

Acesso em Dezembro de 2007

Comentário: Os dois sites são ótimos, além de oferecer um site

gratuito para o professor, oferecem endereços eletrônicos com sugestões sobre

vários assuntos referentes à educação. São da Universidade Federal de São Carlos

(S P). No portal também se encontra links para sites educacionais e outros.

Título: Artigos Voltados à Educação.

Sitio: www.unicamp.br

Acesso em Novembro de 2007.

Comentário: Este site é recomendado para professores que desejam

atualizar-se, pois além dos artigos e assuntos ligados à educação também tem o

jornal da Unicamp que nos atualiza sobre os acontecimentos na Universidade.

52

Título: Colunas: A Voz do Professor; Editorial; e outras colunas.

Web Site: http://www.planetaeducacao.com.br/novo/index.asp

Acesso em novembro de 2007.

Comentário: Apresentam colunas contendo artigos, editoriais e outras

contribuições de professores universitários, são ótimas essas colunas para que o

professor leia e se atualize.

Título: Escola Inovadora. Revista Época – Globo.com

Site: http://revistaepoca.globo.com

Acesso em Novembro de 2007

Comentário: A Coluna: Escola Inovadora apresenta artigos voltados

para a educação, mostra reportagens sobre diversos assuntos interessantes. Mostra

projetos de escolas que deram certo, portanto, caro usuário, vale à pena conferir.

Títulos: Artigos sobre a PNL – Programação Neurolingüística:

A Estratégia da Criatividade de Disney.

Lidando com as emoções I, II, III. (Capítulos separados)

Site: http://www.portalcmc.com.br/pnl03.htm

Acesso em Novembro de 2007.

Comentário: Quando aplicada à educação, a PNL oferece aos

professores meios práticos de dinamizar a aula e despertar o interesse dos alunos. A

aprendizagem torna-se mais fácil e natural; o ensino, mais espontâneo e motivador.

Acesse para conhecer a Programação Neurolingüística na íntegra.

Títulos: PNL Na Sala de Aula – Programação Neurolingüística:

Como Criar Empática com os Alunos.

As Crenças Na Sala de Aula.

Site: http://www.portalcmc.com.br/saladeaula.htm

Acesso em Novembro de 2007.

Comentário: Este site traz a Coluna denominada Introdução a PNL na

Sala de Aula, ótima para todos os professores. Mostra artigos completos de como o

professor poderá relacionar-se com os alunos. Apresenta uma profunda teoria com

estratégias bem práticas envolvendo várias situações do cotidiano escolar.

53

OUTROS

Título: Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação

Básica.

Referência: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba:

SEED, 2006. Site: www.diadiaeducacao.pr.gov.br (Clik em Educadores > Acesse os

Recursos > Informação > Diretrizes Curriculares). Ou o link: Diretrizes Curriculares

Estaduais

Comentário: O Plano de Trabalho e o Material Didático-OAC estão

teoricamente embasados nas propostas das Diretrizes Curriculares. Ela norteou

todas as pesquisas e referências voltadas para a leitura interativa e prazerosa.

Portanto, é viável a implantação do Plano e do Material Didático nas escolas.

4.2 NOTÍCIAS

JORNAL

Título da Notícia: Educação e desenvolvimento.

Referência: Jornal Folha de Londrina. Caderno Opinião.

Texto: “O Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE) objetiva a

implantação de metas como forma de melhorar a qualidade educacional. Duas são

as metas básicas: acompanhamento pessoal professor-aluno para levá-lo à

aprovação no final do ano escolar e melhorar a avaliação da média 3, 6, hoje

atribuída à educação para uma nota 6 até o ano 2022.

(...)

A melhoria da qualidade educacional e profissional requer professores

bem remunerados, bem qualificados, recursos em sala, currículo adequado, período

integral, avaliação socialmente comprometida e referenciada, nos três níveis”.

(...)

José Mário Angeli. Professor do departamento de Filosofia na

Universidade Estadual de Londrina – UEL.

54

Comentário: O jornal é bastante usado pelo professor, pois viabiliza

tipologias variadas de textos, tanto para a leitura como para outras atividades

pedagógicas. O fragmento da matéria acima serve para reflexão da prática docente

e da educação que se deve almejar para mudar o quadro caótico a que se encontra.

Título: Professores e qualidade na educação.

Referência: Jornal O Estado de São Paulo. Caderno Opinião.

Texto: “(...) A educação tem reassumido papel de destaque no

panorama das políticas governamentais brasileiras, principalmente a partir da

década de 1990, quando se iniciou o processo de universalização do acesso à

escola. Desde então a política educacional tem sido objeto de análise constante

para permitir que o influxo de novos estudantes possa ser acompanhado de

qualidade no ensino-aprendizagem, a fim de adequar o sistema educacional às

demandas do sistema produtivo e aos imperativos éticos de construção de um país

mais justo”.

Claudia Costin, professora do Ibmec-SP e da Universidade de Quebec,

foi ministra da Administração Federal e Reforma do Estado e secretária de Cultura

do Estado de São Paulo, Segunda-feira, 03 de Dezembro de 2007.

Comentário: O jornal é bastante usado pelo professor, pois viabiliza

tipologias variadas de textos, tanto para a leitura como para outras atividades

pedagógicas. O fragmento da matéria acima serve para reflexão da prática docente

e da educação que se deve almejar para mudar o quadro caótico a que se encontra.

Título: PDE – Plano de Desenvolvimento Educacional.

Referência: Jornal O Estado de São Paulo. Caderno Opinião.

Texto: “(...) O Plano de Desenvolvimento da Educação, lançado

recentemente pelo Ministério da Educação (MEC), procura enfrentar alguns destes

problemas, como fazer avaliações sistemáticas da aprendizagem, na trilha das

avaliações introduzidas na década de 90 pela agora secretária de Educação de São

55

Paulo, Maria Helena Castro, corrigir erros por meio de um inteligente sistema de

incentivos, capacitar os professores, melhorar a gestão da escola pública. Vários

Estados e municípios vêm adotando testagens, inclusive para verificar se, como

preconiza o compromisso Todos pela Educação, que envolve empresários,

educadores, técnicos de governos e organizações da sociedade civil, as crianças

estão completamente alfabetizadas aos 8 anos. É o caso de São Paulo, onde tanto o

Estado como a Prefeitura estão avaliando o aprendizado para utilizar essas

informações no aperfeiçoamento do ensino.

Dentre as várias avaliações, uma se mostra particularmente

interessante, por facilitar o controle social e, mais particularmente, por possibilitar

aos pais o monitoramento da qualidade da escola freqüentada por seus filhos: o

Prova Brasil, que integra o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico (Saeb),

criado para produzir informações sobre o ensino oferecido por município e escola.

Segundo resultados apontados na pesquisa feita pela fundação,

somente 31% dos professores conhecem o Saeb. O Sistema de Avaliação de

Rendimento Escolar do Estado de São Paulo também é pouco conhecido (lembrado

por somente 24% dos professores do Estado). Parece curioso que um instrumento

voltado para dar informações aos professores sobre em que seus alunos falham seja

tão pouco conhecido. É verdade que a pesquisa precede as mudanças em curso no

Estado de São Paulo, mas o fato, em si, revela que os resultados dos testes pouco

foram utilizados no Brasil para melhorar o ensino de porcentagens (desconhecidas

por 60% dos alunos da oitava série) ou o desenvolvimento de competências de

leitura (inadequado para 65% das crianças da quarta série). (...)”

Claudia Costin, professora do IBMEC-SP e da Universidade de

Quebec, foi ministra da Administração Federal e Reforma do Estado e secretária de

Cultura do Estado de São Paulo.

Comentário: Os Jornais trazem as mesmas preocupações com a

educação no país. Tanto a Folha de Londrina como O Estado de São Paulo

publicam as mesmas opiniões, embora com autores diferentes, sobre o PDE, Plano

do governo Federal. As reportagens servem para que o professor se atualize e reflita

sobre a sua prática.

56

Título: ''''O que a escola pública é capaz de fazer deveria

surpreender''''

Referência: Jornal O Estado de São Paulo. Caderno Opinião.

Texto: “Fernando Haddad, Ministro da Educação [BR]. Para ele,

resultados do Pisa precisam levar em conta que o País tem um dos menores

investimentos por aluno do mundo. (...) Os resultados insuficientes no Programa

Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), que colocaram mais uma vez o

Brasil entre os piores do mundo em leitura, matemática e ciência, não abalaram o

ministro da Educação, Fernando Haddad. "O que a escola pública é capaz de fazer

com um investimento de R$ 170 por aluno, por mês, deveria surpreender tanto

quanto os resultados", disse ele, em entrevista exclusiva ao Estado, dias depois da

divulgação do exame. Haddad se referia ao gasto anual por aluno no ensino

fundamental do Brasil (US$ 1.159), um dos menores entre os países avaliados pelo

Pisa. A quantia equivale a pelo menos um quarto da mensalidade média da escola

particular brasileira.

(...)

O ministro acredita que mudanças virão com o Plano de

Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado por ele no início do ano, com metas

de qualidade para todas as escolas. Na quarta-feira, o MEC anunciará mais R$ 500

milhões, como parte do PDE, para o ensino médio.

A jornalista, durante essa entrevista, perguntou ao Ministro como ele

analisaria os resultados das escolas privadas no Pisa, ele lhe respondeu: ”Eu nunca

acreditei na correlação entre renda e mérito. Há também uma elite dentro da escola

pública, que se sai melhor. Mas o problema da educação é nacional. Precisamos

lembrar que nossa escola pública tem o menor investimento por aluno de todos os

países do Pisa. Mesmo nessas condições, ela consegue, com o investimento que

representa um quarto ou menos de uma mensalidade escolar, não estar tão distante

da escola privada. O que a escola pública é capaz de fazer com um investimento de

R$ 170 por aluno por mês deveria surpreender tanto quanto os resultados. (...)”.

Renata Cafardo, Brasília. Segunda-Feira, 10 de Dezembro

de 2007.

Comentário: A preocupação do Ministro da Educação na recuperação

da qualidade do ensino das escolas públicas permite-nos ter esperanças de que, em

57

conjunto, e cada um fazendo a sua parte, governo e profissionais da educação,

consigam mudar essa realidade que assola todo o país.

REVISTA DE CIRCULAÇÃO

Título da Notícia: Livros. Manual da malandragem literária. Ler pela

metade, saltar páginas e até opinar sobre o livro que nunca se abriu: tudo vale, diz

um ensaísta francês.

Fonte: Revista Veja.

Edição: 16 de maio de 2007.

Referência: Jerônimo Teixeira.

Site: www.revistaveja.com

Texto: “As bibliotecas podem ser tanto fonte de prazer quanto de

angústia. Estão lá todos os livros que você não leu, e cada lombada parece olhar em

sua direção com uma censura silenciosa. Reforçando essa cobrança dos séculos, há

uma pressão social sobre o leitor. Dependendo da roda que se freqüenta, pode ser

embaraçoso admitir que não se leu um romance de Tolstoi ou de Machado de Assis.

Mentir, nesses casos, é uma alternativa arriscada: e se você for convocado a dar

uma opinião informada sobre um livro que nunca chegou nem a folhear? Um livro

lançado recentemente na França pretende aliviar a culpa do não-leitor. De autoria de

Pierre Bayard, psicanalista e professor de literatura francesa da Universidade Paris

VIII, o ensaio se intitula Comment Parler des Livres que l'On n'A pas Lus? (Como

Falar dos Livros que Não Lemos?). (...)”

Comentário: Achei essa reportagem muito boa, rica em informações

interessantes sobre as obras brasileiras e estrangeiras. O assunto é condizente com

o trabalho que estou realizando sobre incentivar a leitura de qualidade. Para ler na

íntegra, acesse o site acima.

Título da Notícia: Artigos Acadêmico-Científicos.

Fonte: Revista Brasileira de Educação.

Referência: ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e

Pesquisa em Educação

Texto: A Revista Brasileira de Educação, publicação quadrimestral

da ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, em

58

co-edição com a Editora Autores Associados, voltada à publicação de artigos

acadêmico-científicos, visando a fomentar e facilitar o intercâmbio acadêmico no

âmbito nacional e internacional. É dirigida a professores e pesquisadores, assim

como a estudantes de graduação e pós-graduação das áreas das ciências sociais e

humanas. Dirige-se também às áreas de interesse: educação, educação básica,

educação superior; política educacional, movimentos sociais e educação.

Comentário: ISSN 1413-2478 versão impressa, a revista é inovadora e

prática, atende as várias áreas de conhecimento. A referência é inquestionável e a

fonte é de primeiríssima qualidade.

Título da Notícia: Sempre leia o original.

Fonte: Revista veja.

Referência: Steven Kanitz. Ponto de Vista. 14/05/2003

Texto: Muitos professores limitam a elaborar resumos malfeitos dos

grandes livros, seria bem mais motivador e eficiente deixar que os próprios alunos

lessem os livros originais e os professores somente tirariam dúvidas, que fatalmente

surgiriam. O melhor é incentivar os alunos a lerem integralmente os livros e

freqüentarem assiduamente as bibliotecas.

Comentário: Esse artigo veio de encontro ao objetivo do meu projeto

de leitura, quantas vezes o professor ministra a aula como se estivesse lendo o livro

original, não nego que muitas vezes o fragmento é necessário, mas incentivar o

aluno a ler a obra completa também é da responsabilidade do professor.

REVISTA ON-LINE

Título da Notícia: Escola On-Line - Todas as leituras

Referências:

Sites:

http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0194/aberto/mt_148029.shtml

http://revistaescola.abril.com.br

Autor: Roberto Bencini

Ano: Edição 194 – agosto de 2006

Texto: Todos os dias uma bibliotecária prepara uma grande mala.

Pensando em seus companheiros de "viagem", escolhe os melhores "passaportes":

59

livros de ação, de terror, romances, contos de fadas, revistas, jornais, fascículos,

dicionários (...). Mal chega à biblioteca, ela é logo cercada pelas crianças, eufóricas

para conhecer os novos "destinos". Todos se oferecem para ajudar a carregar a

preciosa carga, já desgastada após tantas aventuras. (...)” Acesse o site para ler a

reportagem na íntegra.

Comentário: Estudos mostram que é possível explorar na escola os

diferentes tipos de texto os quais usamos no cotidiano. Conheça as melhores

estratégias para ensinar as turmas de 1ª a 8ª série a ler por prazer, para estudar e

para se informar. Leia também as pesquisas que mostram o perfil de leitores.

TÍTULO DA NOTÍCIA: Formação Profissional e Pessoal: a trajetória de

vida de Shulman e suas contribuições para o campo educacional.

Referências: Web Sites: http://www.reveduc.ufscar.br/

http://www.reveduc.ufscar.br/index.php?option=com_content&task=view&id=38&Itemid=43

http://www.portaldosprofessores.ufscar.br

Autor: Silvia Gaia, Marilene Cesário, Regina Maria Simões.

Ano: 01/01/2007

Texto: Segundo as autoras Gaia, Cesário e Simões: “Neste trabalho,

apresentamos os resultados de uma pesquisa realizada com Lee Shulman, um dos

célebres estudiosos da Educação, que valoriza em suas pesquisas a figura do

professor como aquele que detém o saber de referência da profissão docente.”.

Comentário: As pesquisas e publicações de Lee Shulman envolvem

temas como processo ensino-aprendizagem, formação de professores, base do

conhecimento dos professores, a lógica da pesquisa educacional e a qualidade do

ensino nas instituições de educação superior.

TÍTULO DA NOTÍCIA: Questões sobre os Fins e sobre os Métodos de

Pesquisa em Educação.

Referências: Web Sites: http://www.reveduc.ufscar.br/

http://www.reveduc.ufscar.br/index.php?option=com_content&task=view&id=38&Itemid=43

http://www.portaldosprofessores.ufscar.br

Autor: Marli André.

Ano: 01/01/2007

60

Texto: O texto objetiva discutir questões epistemológicas e

metodológicas relacionadas à pesquisa em educação. Argumenta, inicialmente, que

há um interesse geral dos pesquisadores da área de educação de encontrar critérios

para avaliar a qualidade da pesquisa em educação. A preocupação decorre do

grande crescimento da produção científica nos últimos 20 anos, acompanhada de

muitas mudanças nos temas, enfoques, metodologias e contextos das pesquisas.

Destaca questões referentes à natureza dos conhecimentos produzidos, aos critérios

utilizados para julgar a pesquisa e aos pressupostos dos métodos quantitativos e

qualitativos. Conclui mostrando as precárias condições de produção do trabalho

científico tanto para os discentes quanto para os docentes e enumera alguns

desafios a serem enfrentados.

Comentário: O artigo apresentado é de muita qualidade e dará

subsídios teóricos para o professor envolvido com a educação de qualidade. Vale à

pena acessar para conhecer o site e o artigo.

Título da Notícia: Artigos Acadêmico-Científicos.

Referências: Sites http://www.anped.org.br/rbe/rbe/rbe.htm

www.anped.org.br/inicio.htm ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e

Pesquisa em Educação. Fonte: Revista Brasileira de Educação.

Texto: A Revista Brasileira de Educação, publicação quadrimestral

da ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, em

co-edição com a Editora Autores Associados, voltada à publicação de artigos

acadêmico-científicos, visando a fomentar e facilitar o intercâmbio acadêmico no

âmbito nacional e internacional. É dirigida a professores e pesquisadores, assim

como a estudantes de graduação e pós-graduação das áreas das ciências sociais e

humanas. Também se dirige às áreas de interesse: educação, educação básica,

educação superior; política educacional, movimentos sociais e educação.

Comentário: ISSN 1809-449X versão on-line, a revista é inovadora e

prática, atende as várias áreas de conhecimento. A referência é inquestionável e a

fonte é de primeiríssima qualidade.

JORNAL ON-LINE

Título da Notícia: O livro vai mesmo chegar ao seu fim?

61

Referência: Web Site: www.estadao.com.br

Autor: Lívia Deodato. Jornal O Estado de São Paulo, Caderno 2.

Editorial.

Data: 28/11/2007.

Textos: “Entre nomes como Gil, Mindlin e Charles Cosac, 60

personalidades dão sua opinião preocupados com o futuro da leitura de obras

impressas. “Onde vamos fazer a anotação ao pé da página com uma emocionada

letra tremida? E a marca da lágrima sobre a página amarelada, em que livro vai

ficar? ”As perguntas de Ziraldo também já passaram pela sua cabeça, caso o fim tão

anunciado do livro esteja realmente próximo? Editores, intelectuais, poetas, políticos

e outras tantas pessoas estreitamente ligadas ao universo literário expõem suas

preocupações, dão soluções, fazem rimas e prevêem. O Futuro do Livro, obra que

será lançada, hoje, numa parceria entre a gráfica Ipsis e a Editora Olhares”.

Comentários: Essa reportagem mostra que não é só a escola que se

preocupa com a leitura de livros, 60 convidados entre o Ministro da Cultura, autores

renomados e profissionais da área promovem um encontro para se discutir o futuro

do livro impresso. É muito interessante acessar para ler na íntegra.

Título da Notícia: É livro, mas tem efeito de cinema.

Referência: Web Site: www.estadao.com.br

Autor: Ubiratan Brasil. Data: 06/11/2007

Jornal O Estado de São Paulo, Caderno 2. Editorial.

Texto: “A relação entre literatura e cinema promete mudar - ao menos,

é o que pretendem os escritores Steven Hall e Brian Selznick. Autores

respectivamente de Cabeça Tubarão (Companhia das Letras) e A Invenção de Hugo

Cabret (Edições SM), que acabam de ganhar edição brasileira, eles acreditam que

um livro não deve apenas oferecer uma história que se transforme em filme, mas, no

sentido contrário, deve trazer a ação da tela grande para suas páginas”.

Comentário: A reportagem é muito boa, pois deixa-nos informados

sobre novos lançamentos de obras literárias contemporâneas e inovadoras. Fonte:

Jornal O Estado de São Paulo, Caderno 2. Editorial.

Título: Educação: quando dinheiro não é um problema – e nem

solução.

62

Referências Web Sites: www.jornalzerohora.com.br

http://www.clicnews.com.br

Fonte: MCA Imprensa & Relações Públicas. Autor: Flavio Tonnetti.

Data: 04/10/2007.

Contato: [email protected]

Texto: “(...) Há, indiscutivelmente, uma infinidade de recursos – e de

programas educacionais – oriundos da Secretaria da Educação destinados a

resolver os mais diversos problemas – ainda que essas diretrizes quase nunca

considerem as dificuldades locais e das comunidades escolares, recursos há; e boas

intenções, também. Mas boas intenções não bastam, mesmo quando o dinheiro é

muito.

É preciso investir em gente, é preciso preparar gente. No âmbito da

educação, se não faltam materiais e patrimônio, o capital humano deixa ainda muito

a desejar. E neste ponto é preciso fazer uso da outra maneira de entender

"estrutura" no contexto educacional. Para utilizar a estrutura física é preciso que

exista uma estrutura humana à altura. A noção de estrutura, nossa metáfora, move-

se da Física para a Sociologia, ciências distintas na natureza de seus objetos.

Experiências como a Escola da Ponte, de Portugal, afirmam a preponderância do

humano sobre o predial. A pirâmide a ser construída é uma pirâmide de homens, e

não de pedras como a egípcia – embora a educação também habite um deserto

(...).”

Comentário: O Jornal Zero Hora oferece muitas fontes de informações

sobre diversos assuntos. Os artigos são pertinentes ao nosso trabalho, pois se volta

para a qualidade do ensino. Essa reportagem nos traz uma nova visão para

tentarmos solucionar os problemas que afetam a educação em todo o país.

4.3 DESTAQUE

Título: Ouro Verde e Café Quente.

63

Referência: Livro ''Ouro Verde e Café Quente - 50 anos de Literatura

em Londrina'', de Carlos Francovig. Editora Atrito/Secretaria Municipal da

Cultura/Sercomtel, 152 páginas, Coleção Londrina.

Texto: Até alguns dias atrás, quem desejasse saber um pouco sobre a

literatura produzida em Londrina ao longo de seus 70 anos, não encontraria nenhum

livro sobre o assunto, nenhuma pesquisa acadêmica, nenhum trabalho autodidata. A

''história da literatura londrinense'' simplesmente estava esquecida num canto

empoeirado, desprovida de qualquer atenção. Para suprir essa lacuna, o escritor

londrinense Carlos Francovig resolveu tirar a poeira do passado e traçar um painel

da história da literatura produzida na cidade. Francovig delimitou sua pesquisa nos

primeiros 50 anos, de 1934, ano da criação do Município de Londrina, até 1984, ano

das comemorações do cinquentenário da cidade. Dessa maneira, a produção dos

últimos 20 anos permaneceu de fora do trabalho. O resultado desse trabalho

pioneiro está em ''Ouro Verde e Café Quente'', livro que acaba de ser lançado pela

Editora Atrito Art. dentro da ''Coleção Londrina''. Em ''Ouro Verde e Café Quente'', o

interesse de Carlos Francovig não é realizar um trabalho historiográfico

propriamente dito, mas realizar um passeio como cronista pela literatura produzida

entre 1934 e 1984. E o grande mérito da obra está em não retratar apenas a

''literatura oficial'', mas aquela que se propaga pelas ruas com vitalidade e ousadia.

Aquela que nasce com sede de transformações. O interesse de Francovig não está

em procurar traçar uma linha condutiva dos caminhos literários criados em Londrina

ao logo dos anos, nem realizar uma leitura interpretativa dessa linha imaginária. Sua

opção é apresentar fatos, episódios, autores e obras, como um cronista vagando por

algumas ruas da história literária da cidade. Nesse sentido, ''Ouro Verde e Café

Quente'' é o pontapé inicial para que a trajetória da literatura local tenha uma história

narrada. Ou várias histórias. O trabalho de Carlos Francovig é a primeira tentativa

para que essas histórias deixem a poeira de lado e comecem a serem apreciados

pelos leitores.

Comentário: Essa obra é considerada destaque cultural muito

importante para Londrina, pois resgata em um só volume uma coletânea

diversificada de produções literárias que narram e resgatam a história da cidade.

Título: Leitura e escrita de professores: Da prática de pesquisa à

prática de formação.

64

Referência: Sonia Kremer. RBE - Revista Brasileira de Educação.

Nº36.

Site:

http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE07/RBDE07_04_SONIA_KRAMER.pdf

Site: www.anped.org.br

Texto: “(...) Como pressuposto básico da investigação está nossa

convicção de que para tornar seus alunos e alunas leitores e pessoas que

gostem/queiram escrever, os próprios professores precisam estabelecer relações

estreitas com a linguagem, experimentando a leitura e a escrita como prática social

cultural.

Indagamos: como é possível a um professor ou a uma professora que

não gosta de ler e de escrever, que não sente prazer em desvendar os múltiplos

sentidos possíveis de um texto, trabalhar para que seus alunos entrem na corrente

da linguagem, na leitura e na escrita? Inversamente, se o professor ou professora

gosta de ler e de escrever, se é contador de casos e de histórias, o que (na sua

trajetória de vida) favoreceu esse gostar, essa prática? Que relação professoras e

professores têm com a linguagem no seu cotidiano? O que contam, lêem,

escrevem? Como ocorreu essa relação com a escrita ao longo de suas histórias de

vida construídas na coletividade? De que maneira esta experiência acumulada

influencia a relação desses professores com seu trabalho? (Kramer & Jobim e

Souza, 1996, p. 18). Estas questões constituem a indagação central do estudo e

vêm sendo aprofundadas ou redefinidas tendo em vista particularmente professoras

e professores em processo de formação. “Pensar a formação implica conhecer, no

presente, aquilo que se anuncia para o futuro (...)”.

Comentário: Pensar a formação menos como treinamento linear e

mais como história que se transforma pode ser assim produtivo, se pretende que

professores sejam sujeitos da e na história. Ter um olhar agudo voltado ao passado,

dirigindo-se ao futuro, poderá ajudá-los a repensar a situação vivida no presente.

Título: “A Leitura como instrumento para compreender o mundo”.

Referências: www.estadao.com.br Revista Veja.

65

Texto: Reportagens em geral que levam o leitor ao conhecimento e a

compreensão da sociedade a qual pertence. Os textos publicados nos jornais e

revistas informativos mostram como se organizam as sociedades globalizadas, não

há fronteiras que impeçam o intercambio cultural e comercial.

Comentário: A leitura tem por principais suportes livros, jornais e

revistas impressos ou on-line. A assiduidade no manuseio desses textos diminui as

deficiências dos professores e dos alunos quanto à leitura dinâmica e interativa.

4.4 PARANÁ

Título: Terra Vermelha

Texto: Nesse romance épico, monumental, como raras vezes se viu na

literatura brasileira, o paranaense Domingos Pellegrini, um dos maiores escritores

brasileiros da atualidade, conta a história de José e Tiana, ao longo de quatro

décadas. A epopéia dos migrantes no processo de colonização do Oeste do Paraná

é apenas o pretexto para o autor discorrer, numa narrativa cinematográfica e

envolvente, sobre os grandes temas da existência humana. Emoção, paixão, luta

pela vida, valores defendidos a ferro e fogo, conflitos. A Epopéia que inspirou esse

Livro, num período de aproximadamente cinco anos, narra a colonização do

noroeste do Estado (Paranavaí até a barranca do "Paranazão"). Instalaram as

primeiras máquinas de beneficiar e comprar café em Loanda, Santa. Izabel, Monte

Castelo, Umuarama, Marialva, Ibaití (norte velho) e outras. A sede da empresa era

em Londrina, inicialmente em cômodos (começou com um; na medida em que

aumentava o movimento ia invadindo o Hotel Monções).

Esse romance de Domingos Pellegrini é absolutamente inesquecível, a

ser lembrado, no futuro, como um de nossos maiores clássicos. O livro será filmado

pelo cineasta Ruy Guerra.

Referência: Autor: Domingos Pellegrini

Editora: Geração.

ISBN: 8575090755

Ano: 2003.

Edição: 1

Número de páginas: 472.

66

Acabamento: Brochura.

Formato: Médio

Comentário: Pela primeira vez é retratada e imortalizada em obra

literária e futuramente em filme a realidade social e humana da região Oeste do

Paraná. A história narra a descoberta, desenvolvimento e formação regional. Mostra

as origens dos pioneiros, a cultura e a política que marcaram o progresso do Paraná.

Título: A Saga.

Texto: O filme A Saga vai tornar-se série de televisão e contará a

história da colonização da região oeste do Paraná e outros fatos importantes. Os

produtores do filme, que narrou a história de Cascavel, estão com 60% de um novo

projeto pronto, foi filmado em Cascavel e Porto Mendes a série de televisão

denominada A Saga e terá sua conclusão na cidade de Foz do Iguaçu. No restante

das filmagens, será registrada a passagem de figuras ilustres pela região oeste que

mudaram o rumo da história no contexto nacional e internacional. A série mostrará a

descoberta das Cataratas do Iguaçu pelo explorador espanhol Alvar Nuñes Cabeça

de Vaca em 1542, hoje reconhecido em seu país de origem como uma das figuras

mais importantes nas conquistas espanholas. A Saga vai mostrar também a

instalação da Colônia Militar de Foz em 1888, com a chegada do tenente Firmino

que aqui chegou com uma tropa de 250 homens; a ilustre visita de Alberto Santos

Dumont em 1916 as Cataratas do Iguaçu. A passagem da Coluna Sul Rio

Grandense em 1924, que entre eles estava Luiz Carlos Prestes que em Foz do

Iguaçu passou ao posto de chefe do bando e a caravana de revolucionários passa a

se chamar a partir daqui de Coluna Prestes ganhando forças e expressão no

contexto da política nacional. Relata também fatos e personagens pitorescos, que

contribuíram para fazer a história do oeste como o legendário Juca Tigre

considerado o homem mais temido, que passou por aqui. Emigdio Miranda que

usava roupas bizarras, parecia fantasiado e andava com o bando de Prestes e

outros resgates históricos que ficaram nas entrelinhas e são relembrados por

pioneiros. Depoimentos registrados de famílias tradicionais devem contribuir para

incrementar cenas da trama.

Referência: Produtor: Ricardo Thoni, TV Tarobá. Estado do Paraná.

Brasil.

67

Comentário: A série “A Saga” será de grande importância cultural, é

mais uma valorização do Estado do Paraná e de seus habitantes. A televisão será o

suporte que levará em todos os lares e escolas paranaenses a história da região

oeste em seus aspectos naturais, culturais, sociais, políticos e econômicos.

5 ANEXOS

5.1 Ficha de Identificação da Produção Didático-Pedagógica.

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

PROFESSOR PDE

1. Nome do(a) Professor(a) PDE: Lucelí Aparecida Nassar Mendes.

2. Disciplina/Área: LETRAS – Língua Portuguesa.

3. IES: Universidade Estadual de Londrina – UEL.

4. Orientador(a): Professor Doutor Paulo de Tarso Galembeck.

5. Caracterização do objeto de estudo (exceto Professor PDE Titulado): O material didático denominado

OAC - Objeto de Aprendizagem Colaborativa é uma fonte cultural muito rica para o professor atualizar-se por meio de sites que trazem ótimos conteúdos voltados para a educação. OAC também é um recurso para transmitir conhecimentos além de estimular a socialização e a participação coletiva.

6. Título da Produção Didático-Pedagógica: LEITURA INTERATIVA E PRAZEROSA: quotidiano da prática escolar.

7. Justificativa da Produção: A produção do OAC proporciona uma instrução de primeira qualidade,

pois contribui no sentido de propor um novo enfoque no trabalho do professor, em que ele deixa

um pouco de lado o tradicional para conhecer e interagir dentro de uma rede tecnológica avançada.

8. Objetivo geral da Produção: OAC tem como principal objetivo apoiar o docente por meio de subsí-

dios teóricos voltados para a leitura interativa e prazerosa, tendo por suporte a Internet. Os sites

selecionados estão voltados para fundamentar o trabalho do professor para que ele transmita um

ensino de qualidade. A intenção é transformar, primeiramente a ele mesmo e depois o seu aluno

em um leitor proficiente e maduro.

Secretaria de Estado da Educação – SEED

Superintendência da Educação - SUED

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – DPPE

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

68

9. Tipo de Produção Didático-Pedagógica: ( ) Folhas ( X ) OAC ( ) Outros (descrever):

10. Público-alvo: Professores da Rede Estadual de Educação.

Professores de Língua Portuguesa.

Londrina, 29 de Fevereiro de 2008.

Lucelí Aparecida Nassar Mendes. PROFESSOR PDE

5.2 Parecer do Material Didático - Professor Orientador

PARECER DO MATERIAL DIDÁTICO – PROFESSOR ORIENTADOR – 2008

1. IDENTIFICAÇÃO

a) IES: UEL – Universidade Estadual de Londrina.

b) Nome do Professor Orientador: Professor Doutor Paulo de Tarso Galembeck.

c) Nome do Professor PDE: Lucelí Aparecida Nassar Mendes.

d) Área/Disciplina: LETRAS – Língua Portuguesa.

e) Núcleo Regional de Educação: Londrina.

f) Título do Material Didático: LEITURA INTERATIVA E PRAZEROSA: quotidiano

da prática escolar.

g) Caracterização do Material Didático: ( ) FOLHAS ( X ) OAC ( ) Outros

(especifique):

2. INDICADORES PARA APRECIAÇÃO QUALITATIVA

Secretaria de Estado da Educação – SEED

Superintendência da Educação – SUED

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – DPPE

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

69

Parecer descritivo realizado pelo Professor Orientador com a observância dos

elementos qualitativos abaixo indicados:

2.1. Pertinência do material didático em relação à Educação Básica, à área de

atuação do Professor PDE e ao objeto de estudo proposto no Plano de Trabalho.

2.2 Viabilidade de implementação do material didático, tendo em vista a execução

das atividades propostas, os meios para sua operacionalização, os recursos

necessários para sua produção/elaboração e o período de execução propostos.

2.3 Abrangência didático-pedagógica pertinente ao público-alvo.

3. PARECER CONCLUSIVO: 2.1 Num país de poucos leitores são sempre bem-vindos trabalhos destinados a

criar o hábito de uma leitura que leve o leitor a interagir, a dialogar com o texto. A

formação de leitores críticos e reflexivos constitui um requisito do próprio regime

democrático: não se constrói um regime participativo se o povo não tiver capacidade

de avaliar a proposta dos candidatos a cargos eletivos.

Do mesmo modo, a leitura crítica e interativa constitui um dos fundamentos do

progresso intelectual. Ler não é apenas adquirir informações, é associar o que se lê

ao contexto pré-existente de modo que possa haver o enriquecimento pessoal e o

acréscimo de novas vivências à experiência do leitor.

Por isso mesmo, verifica-se que o trabalho é pertinente e se conforma aos

objetivos do PDE, à área de atuação da docente e aos objetivos e conteúdos do

plano de atividades.

2.2 A proposta de trabalho é plenamente exeqüível e pode ser implementada e

desenvolvida de modo cabal e proveitoso. Além disso, os recursos utilizados tornam

as atividades propostas bem como o material, plenamente acessíveis. O período de

execução dos trabalhos também é adequado.

2.3 O trabalho foi preparado para atingir os professores e fornecer-lhes uma

fundamentação teórico-conceitual para executar trabalhos de leitura.

Londrina, 29 de Fevereiro de 2008.

Paulo de Tarso Galembeck PROFESSOR ORIENTADOR