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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ 1 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

O MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS COM ALUNOS DA 5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autor: Delmar Almeida Gonçalves1

Orientador: Fábio de Oliveira Neves2

Resumo

Realiza-se o manejo dos resíduos sólidos domésticos de maneira correta? Este artigo objetiva apresentar o resultado do Projeto de Intervenção Pedagógica

realizado no 2º semestre do ano de 2010. Inicialmente observou-se a necessidade de realizar na escola um projeto onde abordasse o manejo dos resíduos sólidos domésticos, de uma maneira que pudesse alcançar os alunos e

por conseguinte as pessoas que com eles convivem cotidianamente em sua residência. Para tanto, foi necessário realizar um trabalho a fim de diagnosticar de que maneira e até que ponto o público envolvido diretamente no projeto tinha

consciência da necessidade da prática do manejo do lixo. Foi então elaborado um questionário socioambiental, para que, através dele, se pudesse verificar até que ponto os alunos estavam conscientes, tinham conhecimento e realizavam o

manejo correto dos resíduos sólidos em suas residências. Com o resultado percebeu-se a necessidade de uma abordagem mais direta com o objetivo de colocar o tema em discussão em sala de aula, para que os alunos tivessem

acesso aos conceitos científicos e às metodologias para se realizar de maneira correta o manejo do lixo doméstico. Todavia, percebeu-se também, a necessidade de uma abordagem que apontasse as consequências de um exagerado consumo

de produtos descartáveis, bem como os resultados catastróficos para a natureza de um manejo inadequado dessas embalagens descartáveis. E por fim, novamente investigou-se como está sendo realizado o manejo do lixo nas

residências dos alunos. Apesar do resultado apontar um aumento considerável no nível de conscientização, os mesmos indicam que a educação para um manejo adequado do lixo é ainda incipiente, e o debate do assunto é importante e

necessário, fazendo toda a diferença para a mudança comportamental das crianças e adolescentes.

1 Professor PDE 2009, graduado em Geografia, com especialização em Orientação, Supervisão e Gestão

Escolar e especialização em Ensino Religioso. Lotado em Cascavel no Colégio Marcos Claudio Schuster.

2 Professor Orientador PDE, Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras – CCHEL, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, campus de Marechal Cândido Rondon. Doutorando em

Geografia pela UFPR. Mestre em Geografia pela UFRJ.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ 2 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

Palavras-chave: manejo dos resíduos sólidos; ensino fundamental; lixo

doméstico.

MANAGEMENT OF GARBAGE WITH STUDENTS AT 5 th GRADE OF ELEMENTARY SCHOOL

Abstract

It takes place, the correct management of garbage? This Article presents the

results of the intervention pedagogical project obtained in the second half of 2010. Initially, there was the need to carry on a school project that would address the correct management of garbage, reaching the students and, therefore, the people

they live with at home. To reach this result, it was necessary to develop a task in order to diagnose the habits of people involved in the project in relation to their waste management. It was then elaborated a social environmental questionnaire,

so that, through it, it would be possible to verify how students were aware and performed the proper handling of solid waste in their residences. The result showed it was necessary a critical approach in the classroom, in order to promote

discussion of scientific concepts and practices desirable for the waste management. However, it was also necessary to show the students the importance of the consumption of disposable products, as well as the

catastrophic results for the nature that can be caused by an inadequate management of disposable packaging. And finally, it was investigated again, how it has being done the management of garbage at students homes, with the goal of

verifying changes in their habits and practices after educational intervention developed in this project. Despite the results point a considerable increase in the degree of awareness, they indicate that education for a proper management of

garbage is still incipient, and that discussing about this subject is important and necessary because it influences significantly on children and teenagers’ behavior.

Keywords: waste management, elementary school; garbage.

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NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

1 INTRODUÇÃO

São grandes os desafios a enfrentar quando se procura direcionar as

ações para a melhoria das condições de vida no mundo. Um deles é relativo à

mudança de atitudes em relação ao patrimônio maior para a vida humana: o meio

ambiente. Essa é uma questão que tem que ser debatida incansavelmente,

principalmente nas escolas, conduzindo o aluno para uma reflexão mais profunda

do tema e que resulte em uma mudança comportamental.

De acordo com Lima (2005), a reflexão sobre a temática ambiental não

pode mais se abordada de forma despolitizada. Neste contexto, a Educação

Ambiental deve radicalizar seu compromisso com mudanças de valores,

comportamento e atitudes, que se deve realizar junto a toda a comunidade

(CZAPSKI, 2008).

A questão ambiental está atrelada à sobrevivência, pois, mais do que

extinguir outras espécies, corremos o risco de nos extinguirmos também.

Em todo o mundo, a destinação final inadequada dos resíduos sólidos tem sido vista como um dos principais problemas da atualidade. Países economicamente desenvolvidos deparam-se com um resíduo cada vez mais complexo em sua constituição e com conseqüentes problemas relativos a seu tratamento. No Brasil, como em tantos outros países ditos em desenvolvimento, a globalização tem induzido, mesmo nos pequenos e particularmente pobres aglomerados do interior, a um sem número de resíduos sintéticos cuja simples deposição sobre o solo, freqüentemente associada à queima a céu aberto, implica significativo impacto ambiental e riscos à saúde pública (JUNIOR et al., 2002, p. 29 ).

É possível, dentro da realidade concreta da escola, contribuir para que os

jovens e adolescentes percebam e entendam as conseqüências ambientais de

suas ações nos locais onde moram, estudam e trabalham.

Realizar de maneira correta o manejo do lixo, fazer a triagem em casa de

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materiais recicláveis, reduzir o consumo de embalagens não retornáveis e

reaproveitar materiais usados tornam-se ações de grande importância.

Nesse sentido, foi realizado este Projeto de Intervenção Pedagógica com a

finalidade de investigar o grau de comprometimento de alunos em relação à

aquisição de produtos industrializados descartáveis e, mais precisamente, ao

manejo adequado dos resíduos sólidos domésticos. O público alvo foram os

alunos da 5ª série, ou 6º ano do ensino fundamental, do ano de 2010 no Colégio

Estadual Marcos Cláudio Schuster da rede pública, em Cascavel no Paraná.

Na primeira etapa investigou-se como está sendo realizado o manejo do

lixo nas residências dos alunos, através de um questionário “socioambiental”,

produzido pelo autor.

O termo “sócio” aparece, então, atrelado ao termo “ambiental” para enfatizar o necessário envolvimento da sociedade como sujeito, elemento, parte fundamental dos processos relativos à problemática ambiental contemporânea (MENDONÇA, 2001, p. 117).

Na segunda etapa, sobre o tema Educação Ambiental, desenvolveram-se

estudos e debates, utilizando-se conceitos científicos, com o objetivo subsidiar os

alunos. Desenvolver a Educação Ambiental nas atividades escolares:

Significa inserir as questões ambientais nos conteúdos que são desenvolvidos durante o ano letivo de forma interdisciplinar. Do ponto de vista prático, especificamente na área da educação formal, cada docente deveria fazer uma releitura do seu plano de curso, usando as lentes da Educação Ambiental, objetivando a inserção das questões ambientais em sua grade de conteúdos (SILVA, 2008, p.138).

Além dos estudos e debates, foram discutidos os problemas ambientais

locais, questionando-se sobre a falta de conhecimento e a negligência das

pessoas sobre o assunto e os efeitos gerados pelos processos de produção e de

consumo.

Na última etapa do trabalho, foi novamente aplicado o questionário

socioambiental, a fim de, verificar alterações no grau de comprometimento do

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mesmo grupo de alunos em relação ao manejo adequado dos resíduos sólidos

domésticos.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Predomina, na cultura brasileira, a ideia de que a função maior da

Educação Ambiental é despertar a consciência ecológica na sociedade,

sensibilizando as crianças e os jovens, ou seja, as futuras gerações, para a

compreensão da problemática ambiental e a importância da aquisição de novos

comportamentos e atitudes, conforme afirma a então Ministra do Meio Ambiente

Marina Silva (2005). Seria, nesse contexto, um trabalho, cujo objetivo estaria

voltado sempre para o futuro.

Os problemas ambientais afetam de norte a sul do território nacional,

exigindo da sociedade e do poder público uma imediata e urgente intervenção,

com pesados investimentos, na tentativa de reverter situações de degradação e

poluição que ocorrem em todas as regiões do país. Portanto, torna-se relevante

discutir o problema causado pela gestão inadequada dos recursos naturais. É

necessário promover a melhoria dos sistemas produtivos em busca de atividades

mais ambientalmente mais sustentáveis, estimulando, por exemplo, a substituição

dos processos produtivos poluidores por outros mais eficientes e limpos ou a

promoção de alternativas à utilização de matérias-primas não-renováveis.

Marina Silva (2005), ex-ministra do Meio Ambiente, afirma que temos uma

situação mundial problemática no que se refere ao uso dos recursos naturais do

planeta e a dimensão social dessa situação requer ações de enfrentamento para

o tempo presente, junto aos usuários contemporâneos desses recursos. Portanto,

não podemos pensar em uma educação ambiental com o foco voltado apenas

para as crianças e os jovens. É necessário também que toda a sociedade esteja

engajada para o enfrentamento dos problemas ambientais atuais.

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“Isso significa desenvolver o esforço de contribuir para a aquisição do

repertório da cultura da sustentabilidade em suas múltiplas dimensões,

considerando as práticas sociais, as relações produtivas e mercantis” (SILVA,

2005, p. 05). Portanto, a prática da Educação Ambiental, no contexto escolar e

social, requer dos educadores: o conhecimento científico, o aprofundamento

teórico e o aprendizado de modos de interagir com os educandos, crianças,

jovens e adultos, necessários para desenvolver um senso crítico e emancipatório.

Se cada indivíduo tem o seu tempo e sua forma individual de processar o

aprendizado impossíveis de serem padronizados, reconhece-se que cada

trajetória é única, haja vista que também são diferentes as maneiras em que os

conceitos e conteúdos são internalizados. Nesse sentido, o papel da Educação

Ambiental tem que partir da subjetividade própria a cada indivíduo, pessoal e

única, mas com um desejo comum a todos nós “o de criar uma nova sociedade

que possa ser considerada não apenas ecologicamente responsável, mas

também socialmente justa e politicamente atuante” (ARAÚJO, 2005, p. 09), ou,

em outras palavras, uma sociedade sustentável.

Deseja-se que a Educação Ambiental promova nas escolas e na sociedade

de maneira geral “o diálogo da diversidade e a troca efetiva e afetiva de olhares e

saberes, buscando respostas e rompendo a visão tradicional e utilitarista,

reforçando a noção de cuidado com o meio ambiente” (ARAÚJO, 2005, p.10).

Objetiva-se despertar em cada indivíduo o sentimento de que ele, e nós, estamos

juntos e somos responsáveis para conduzir o planeta de maneira sustentável para

as futuras gerações (ARAÚJO, 2005).

Assim, é necessário trabalhar para uma nova mentalidade que produza

atitudes diferentes, modificando hábitos. A importância da educação ambiental,

cuja prática no âmbito escolar como atividade curricular ou complementar, pode

contribuir para o avanço da conscientização sobre a problemática socioambiental,

refletindo na percepção e uso que as pessoas fazem do espaço comum, da

coletividade, produzindo sujeitos atentos e participativos na melhoria de qualidade

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de suas vidas (TAVARES, 2003).

A Educação Ambiental tem por compromisso uma aproximação crítica em relação à realidade social e aos processos de interação homem-natureza. Ao invés de legitimar as estruturas políticas, econômicas e sociais, a Educação Ambiental levanta perguntas a serem debatidas; aponta para uma construção de uma sociedade democrática cujas instituições, processos de formação de vontade política e de tomada de decisões sejam consistentemente permeáveis à participação de cidadãos livres e autônomos

(TAVOLARO, 2005, p. 21).

Nessa perspectiva, pode-se buscar estabelecer uma reflexão a cerca do

currículo no sistema de ensino, sobre a responsabilidade frente à Educação

Ambiental. Implica, assim, em não centrar as discussões sobre o tema em apenas

uma área do conhecimento ou em uma disciplina específica, mas buscar o

entendimento de que “a Educação Ambiental é um território de todos e deve ser

trabalhada com responsabilidade a partir de uma visão de mundo e sociedade”

(CAVALCANTE, 2005, p.123). Portanto, é necessário que esteja inserida no

projeto político pedagógico do espaço no qual atuamos.

A compreensão dos problemas ambientais pressupõe um trabalho

interdisciplinar. Para os Parâmetros Curriculares Nacionais da disciplina de

Geografia, “a análise dos problemas ambientais envolve questões políticas,

históricas e econômicas, enfim, envolve processos variados, portanto, não seria

possível compreendê-los pelo olhar de uma única ciência” (EDUCAÇÃO, 1998,

p.46).

Nesse sentido, a proposta para o estudo das questões ambientais favorece

uma visão dos problemas de ordem local, regional e global, ajudando a sua

compreensão e seu entendimento, fornecendo elementos para a tomada de

decisões e permitindo intervenções necessárias. O avanço do conhecimento

sobre os temas ambientais vem contribuir para o entendimento racional de

fenômenos como a escassez de recursos naturais e os problemas causados pelo

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excesso de resíduos domésticos e industriais emitidos na natureza.

Jean Pierre Leroy (2005) entende que, acima dos interesses particulares,

acima da privatização e da mercantilização da natureza, a Educação Ambiental

trabalha a afirmação de que os recursos naturais e meio ambiente são “bens

comuns” do país e da humanidade, a de hoje e a do futuro, de que cuidemos bem

da nossa herança. No mesmo movimento reflexivo, o educando é convidado a

mudar de postura ou fortalecê-la, a mudar a sua relação com o meio ambiente e a

se inserir na tarefa democrática de fazer prevalecer o interesse coletivo da

humanidade.

Nesse sentido, é importante entender que a população mundial teve

crescimento acelerado e que cresceram também os problemas ambientais.

Entretanto, “o crescimento populacional não é suficiente para explicar a

degradação ambiental pela qual está passando o planeta” (GUERINO, 2010, p.

165). É preciso analisar o impacto humano no ambiente, levando em

consideração a cultura de um povo, seu desenvolvimento tecnológico, sua

educação, seu padrão de produção e consumo (GUERINO, 2010).

3 IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

A primeira etapa foi realizada durante a segunda quinzena do mês de

agosto de 2010, onde investigou-se como está sendo realizado o manejo do lixo

nas residências dos alunos. Para isso, foi elaborado um instrumento e

denominado pelo autor de “questionário socioambiental”3. Nesta atividade, os

alunos responderam de que maneira é realizado o manejo do lixo e, através de

variáveis quantitativas foi apurado o grau de comprometimento dos mesmos em

3 Instrumento elaborado pelo autor deste atrtigo com questões objetivas sobre o manejo do lixo com a

finalidade de verificar o grau de comprometimento dos alunos.

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relação ao tema “manejo dos resíduos sólidos domésticos”.

Para a elaboração deste questionário socioambiental realizou-se um

trabalho com alunos de outras turmas e de séries diferentes dos alunos

envolvidos neste projeto, pais de alunos (para isso foi-se utilizado aqueles pais

que mais participam das atividades da escola, como por exemplo, os pais que são

membros da diretoria da APMF4), professores e funcionários do colégio estadual

Marcos Cláudio Shuster. A partir de então, por meio de conversas informais,

questionamentos, discussões em sala de aula com os alunos e a observação

direta do comportamento das pessoas em geral sobre o consumo de produtos

industriais com embalagens descartáveis, rescicláveis ou não, bem como o

manejo desses resíduos sólidos domésticos, identificou-se os principais tipos de

materiais e situações em que as pessoas passam no seu dia a dia. E a partir daí,

chegou-se a este questionário socioambiental apresentado a seguir.

3.1 Questionário socioambiental

1º_ Quando vai ao supermercado ou mercearia você leva uma sacola de

tecido/couro ou similar, para trazer as compras para casa e dessa maneira não

utilizar sacolas plásticas que degradam o meio ambiente?

( ) sempre ( ) nunca ( ) às vezes

2º_ Quando vai a uma loja de roupas, calçados, etc. você deixa as embalagens

para que a loja faça o descartes das mesmas?

( ) sempre ( ) nunca ( ) às vezes

3º_ Quando está na rua, no parque e não tem lixeira próxima do local onde está,

você guarda seu lixo até encontrar uma lixeira e se não encontrar, leva e deposita

na lixeira da sua casa?

4 Associação de Pais, Mestres e Funcionários de escola das redes pública e privada de ensino.

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( ) sempre ( ) nunca ( ) às vezes

4º_ Quando está no interior de um carro, você guarda todo o lixo ali produzido

para descartá-lo somente quando passar por uma lixeira ou chegar em sua

residência?

( ) sempre ( ) nunca ( ) às vezes

5º_ Em sua casa, as caixas de leite, sucos e atomatados são limpos e secos

antes de ser armazenados?

( ) sempre ( ) nunca ( ) às vezes

6º_ E quando lava essas embalagens, você utiliza água de segundo uso5 para

lavar as mesmas?

( ) sempre ( ) nunca ( ) às vezes

7º_ Em sua casa, os vidros: garrafas, copos, vidros de conserva, potes e

embalagens são limpos, separados e envolvidos em papel/jornal para ser

encaminhados para a reciclagem?

( ) sempre ( ) nunca ( ) às vezes

8º_ Em sua casa, o papel em geral: jornais, revistas, cadernos, envelopes, caixas

e cartazes, são separados, embalados e encaminhados para reciclagem?

( ) sempre ( ) nunca ( )às vezes

9º_ Em sua casa, o plástico: canos, tubos, baldes, sacos/sacolas e garrafas

plásticas (PET) são limpos, separados e encaminhados para reciclagem?

( ) sempre ( ) nunca ( ) às vezes

5 Água que já foi utilizada e que poderá ser reutilizada para a limpeza de calçadas, paredes externas,

embalagens recicláveis, entre outras.

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10º_ Em sua casa, o metal: tampas de garrafas e potes, lata de alimentos e

bebidas, talheres, material de ferro, alumínio e outros são separados e

encaminhados para reciclagem?

( ) sempre ( ) nunca ( ) às vezes

Para cada resposta foi estabelecido um valor de referência: para cada

questão que o aluno entrevistado respondeu “sempre” equivale a dez (10) pontos;

para cada questão que respondeu “nunca” equivale a zero (00) ponto; e para cada

questão que respondeu “às vezes” equivale a cinco (05) pontos. Somaram-se as

notas das 10 questões e com o resultado final, obteve-se o “grau de

comprometimento” de cada aluno entrevistado segundo o número de pontos

alcançados.

De acordo com o número de pontos obtidos foram atribuídos aos alunos

os seguintes “conceitos”:

Entre “00”-“39” pontos: “Péssimo”; entre “40”- “59” pontos: “Regular”; entre

“60”- “69” pontos: “Bom”; e com 70 pontos ou mais, será atribuído o conceito

“Muito Bom”. Para realizar a divisão de pontos e a atribuição de conceitos, levou-

se em conta, como ponto de partida, os critérios estabelecidos pelo sistema

público de ensino do Estado do Paraná, no qual estabelece como “nota” mínima

60 (sessenta) para a aprovação do aluno para uma série seguinte. Dessa maneira

buscou-se, a partir dessa “nota 60” ( 60 pontos), uma divisão que valorizasse e

incentivasse o aluno na obtenção de um conceito “Bom” ou “Muito Bom”. Foi

então estabelecido no entorno dos “60 pontos, dois conceitos intermediários,

sendo 10 pontos para baixo (Regular) e 10 pontos para cima (Bom),

estabelecendo, dessa forma uma amplitude de 31 pontos para o conceito Muito

Bom. Já na outra extremidade, estabeleceu-se que até 39 pontos, obtivesse

conceito “Péssimo”, por entender que menos de 40 pontos é muito pouco para

que fosse aplicado outro conceito.

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No entanto, este resultado servirá para estabelecer uma discussão a

respeito do comportamento sobre o tema “manejo dos resíduos sólidos

domésticos”, propondo que, de maneira gradual, se estabeleça uma mudança

comportamental.

Durante a segunda quinzena do mês de agosto foram entrevistados 178

alunos de 5ª série do Ensino Fundamental, com faixa etária entre 10 e 12 anos,

os quais reponderam as dez questões propostas no questionário socioambiental.

Após a realização e a apuração das respostas foram obtidos os seguintes

resultados que estão apresentados no gráfico 1.

Gráfico 1. Grau de comprometimento dos alunos - agosto 2010.

Fonte: Questionário socioambiental

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Nesta etapa do projeto, realizou-se também um levantamento de dados

referente ao grau de comprometimento das pessoas da comunidade em geral

sobre o manejo dos resíduos sólidos domésticos, por meio de

conversas/entrevistas, utilizando o mesmo questionário socioambiental. Para

cumprir essa atividade, cada aluno envolvido no projeto teve como tarefa

entrevistar duas pessoas, uma que fosse membro da sua família e a outra,

alguém que residisse nas proximidades de sua casa. Obteve-se, nessa atividade,

um retorno de 80% dos questionários respondidos e, com os quais, pôde-se

realizar um trabalho em sala de aula como: a apuração dos resultados e a

confecção e o estudo de gráficos. Com essa atividade foi possível realizar uma

discussão bastante ampla e educativa sobre o manejo dos resíduos sólidos

domésticos.

Atividade semelhante também foi realizada durante a Mostra

Interdisciplinar6, desenvolvida da seguinte maneira: 5 alunos voluntários de cada

uma das turmas envolvidas no projeto apresentaram, em um local próprio na sala

de aula, os gráficos da pesquisa realizada com a comunidade, explicando de que

forma chegou-se aos resultados apresentados nos gráficos e incentivando o

visitante da Mostra Interdisciplinar, responder o questionário socioambiental e

estar verificando o seu grau de comprometimento com o manejo do lixo onde

reside.

Estas atividades tiveram como objetivo estimular o aluno a levantar

problemas de manejo dos resíduos sólidos em sua casa, com sua família e no

entorno de onde reside, buscando estabelecer naquele local um debate sobre o

tema e de maneira propositiva inserir nesse debate a relação entre a produção e

o consumo de bens industrializados e o descarte dos resíduos sólidos.

6 Atividade realizada anualmente na escola, onde todas as disciplinas apresentam à comunidade trabalhos

significativos realizados pelos alunos. Em alguns lugares pode ser chamada de “Mostra das Ciências”.

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3.2. Criação de uma situação-problema

A segunda etapa deste trabalho, realizada entre a primeira quinzena do

mês de setembro e a primeira quinzena do mês de novembro de 2010, foram

realizadas apresentaçôes e estudos de textos científicos, com o objetivo

subsidiar os alunos, pois, “sem conteúdo não há ensino, qualquer projeto

educativo acaba se concretizando nas aspirações de conseguir alguns efeitos nos

sujeitos que se educam” (SACRISTÁN, 2000, p. 120). “O que se ensina, sugere-

se ou se obriga a aprender expressa valores e funções que a escola difunde num

contexto social e histórico concreto” (SACRISTÁN, 2000, p.150).

De acordo com as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica da

disciplina de Geografia, “ao definir qual a formação se quer proporcionar a esses

sujeitos, a escola contribui para determinar o tipo de participação, que lhes caberá

na sociedade” (PARANÁ, 2008, p.14). Portanto, as reflexões sobre a Educação

Ambiental deverão estar envolvidas também por um forte caráter político, pois:

A apropriação da natureza e sua transformação em produtos para o consumo humano envolvem as sociedades em relações geopolíticas, ambientais e culturais, fortemente direcionadas por interesses socioeconômicos locais, regionais, nacionais e globais (PARANÁ, 2008, p.70).

Além da apropriação, discussão e construção de conceitos, os alunos

participaram de diversas atividades práticas, provocantes e desafiadoras, nas

quais, foi criada uma situação problema – estabelecer a triagem do lixo em casa,

separando o orgânico do não-orgânico –, conseguindo a participação dos pais e

familiares, com a intenção de iniciar uma ação rotineira para o manejo do lixo.

Essa problematização teve por objetivo mobilizar o aluno para o conhecimento, a

partir da sua própria prática. Por isso, deve se constituir de questões e práticas

que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica, de modo que (o aluno) se torne

sujeito do seu processo de aprendizagem (VASCONCELOS, 1993).

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3.3 Nova aplicação do questionário socioambiental

Na última etapa do trabalho, realizada na segunda quinzena do mês de

novembro de 2010, aplicou-se novamente o questionário socioambiental, com o

mesmo grupo de alunos. O objetivo foi de verificar alterações no grau de

comprometimento dos mesmos após terem participado de diversas atividades

sobre Educação ambiental e sobre o manejo dos resíduos sólidos domésticos.

Obteve-se os seguintes resultados, diante dos mesmos 178 alunos:

Gráfico 2. Grau de comprometimento dos alunos – novembro 2011

Fonte: Questionário socioambiental

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Este aumento considerável no grau de comprometimento dos alunos, do

início para o final do projeto, como observa-se comparando o gráfico 1 página 12

com o gráfico 2 página 15, justifica-se pelo fato de que os alunos, facilmente se

engajaram nas propostas apresentadas, quando os mesmos entenderam sua

importância e que através delas, pode-se modificar de forma consciente os

hábitos e costumes.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – Temas

Transversais: “a formação da cidadania se faz, antes de mais nada, pelo seu

exercício: aprende-se participar, participando” (EDUCAÇÃO, 1998, p.37).

A escola será um lugar possível para essa aprendizagem quando: se permite efetivar o princípio de participação e o exercício das atitudes e dos conhecimentos adquiridos. Dessa forma, o ensino e a aprendizagem da participação têm como suporte básico a realidade escolar (EDUCAÇÃO, 1998,p.38).

4 CONCLUSÃO

Realizar o Projeto de Intervenção Pedagógica no Colégio Estadual

Marcos Cláudio Schuster, com alunos de 5ª série do Ensino Fundamental, além

de gratificante foi desafiador. O tema escolhido, manejo dos resíduos sólidos

domésticos, foi bem apropriado, haja vista que, pode-se perceber a importância

da relação entre produção, consumo e manejo do lixo, uma vez que presencia-se

com muita freqüência catástrofes provocadas pela gestão inadequada dos

recursos naturais e pela alteração e ocupação desses espaços.

O lado dramático da questão do lixo fica mais evidente em situações calamitosas que, se já apareciam no passado, tornam-se ainda mais freqüentes no presente, com o aumento do consumo e da produção dos dejetos. A ineficácia dos atuais modelos de gestão dos resíduos contribui para essas situações.

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Hoje, não basta lançar os resíduos fora das cidades. (NEVES, 2008, p. 6).

Neste sentido, a Educação Ambiental torna-se instrumento importante no

contexto escolar, com objetivo de conduzir o aluno a uma mudança

comportamental, pois, “se queremos estabelecer uma outra relação com a

natureza, devemos ter claro que isso implica uma outra relação dos homens entre

si e, dessa forma, se faz necessária muita luta para reverter o quadro atual”.

(GONÇALVES, 2005, p. 117).

Praticou-se Educação Ambiental com ênfase na temática dos resíduos

sólidos por três meses neste projeto e os resultados foram surpreendentes,

percebendo-se uma mudança considerável no nível de comprometimento dos

alunos em relação ao manejo dos resíduos sólidos domésticos. Primeiro, devido

ao comprometimento dos alunos com o projeto, mostrando capacidade de

envolvimento, dedicação e vontade de participar de algo prático e que poderá

mudar hábitos que nem sempre são adequados no manejo dos resíduos.

Segundo, porque quando os alunos se envolvem em uma atividade prática, são

automaticamente motivados por seu espírito competitivo, buscando uma maneira

de fazer melhor que o seu colega de sala de aula.

Com o resultado da pesquisa, percebe-se que a educação é um elemento

indispensável para a transformação da consciência ambiental e de acordo com os

Parâmetros Curriculares Nacionais, uma das principais conclusões e proposições

assumidas em reuniões internacionais é a recomendação de investir na Educação

Ambiental para uma mudança de mentalidade, conscientizando os grupos

humanos de adotar novos pontos de vistas e novas posturas diante dos

problemas ambientais (EDUCAÇÃO, 1998).

Nesse sentido (FERREIRA, 2007), discorre sobre a importância da

Educação Ambiental e a necessidade de:

trabalharmos por uma nova mentalidade, que produza atitudes diferentes, que eduque e modifique hábitos, mediante um trabalho processual, em que as pessoas possam ir além da ação,

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transformando velhos paradigmas, criando uma forma mais responsável de relacionar-se com o meio ambiente (FERREIRA, 2007, p.328).

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