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Curso para Operador de Guindaste Offshore - Nível 2 Curso para Operador de Guindaste Offshore - Nível 2

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Curso para Operador de Guindaste Offshore - Nível 2

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Macaé, RJ

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A Falck Safety Services agradece aos instrutores Marcos Carlos Vidal e José Carlos

Miranda, pelo empenho dedicado à elaboração deste trabalho.

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Nome do Curso Curso para Operador de Guindaste Offshore - Nível 2 Nome do Arquivo 20170814_AP_Op_Guin_Offshore_Nível2_PT_RV01.docx

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ÍNDICE INTRODUÇÃO ....................................................................................... 10

OBJETIVO ............................................................................................ 10

DIRETRIZES GERAIS DO CURSO .......................................................... 11

1. SISTEMAS DE GUINDASTES OFFSHORE .......................................... 12

1.1.CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO ...................................... 12

1.2.NORMAS REGULAMENTADORAS ..................................................... 13

1.3.NORMAS TÉCNICAS ........................................................................ 15

1.4.INSTITUIÇÕES RELACIONADAS ..................................................... 16

1.5.REFERÊNCIAS NORMATIVAS INTERNACIONAIS ............................. 17

2. CARACTERIZAÇÃO DOS GUINDASTES OFFSHORE ........................... 17

2.1.DEFINIÇÃO E AMBIENTE DE APLICAÇÃO ........................................ 17

2.2.TIPOS DE GUINDASTES .................................................................. 18

2.3.TERMOS E DEFINIÇÕES .................................................................. 19

2.4.UNIDADES DE MEDIDAS ................................................................ 25

2.5.FUNÇÕES BÁSICAS ......................................................................... 26

2.6.SISTEMAS ...................................................................................... 27

2.7.INTERRUPTORES DE LIMITES ........................................................ 28

2.8.INDICADORES DE CARGA ............................................................... 29

2.9 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE MECÂNICA ............................................. 30

3. MANUTENÇÃO PREVENTIVA ............................................................ 33

3.1.PRONTUÁRIO DOS EQUIPAMENTOS ............................................... 33

3.2.TESTES ........................................................................................... 34

3.3.CERTIFICAÇÕES ............................................................................. 35

3.4.INSPEÇÕES .................................................................................... 36

3.5.INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE CABOS DE AÇO ...................... 54

4. PERIGOS DO AMBIENTE OFFSHORE E A PREVENÇÃO DE ACIDENTES55

4.1.PERIGOS DO AMBIENTE OFFSHORE ............................................... 55

4.2.PREVENÇÃO DE ACIDENTES ........................................................... 56

4.3.ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO .......................................... 58

4.4.MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS ........................................... 60

4.5.EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) .......................... 61

4.6.EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) ............................. 61

5. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS ............ 62

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5.1.FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES ................................................. 62

5.2.SINALEIRO .................................................................................... 62

5.3.CHECKLIST DO SINALEIRO E DEMAIS COMPETÊNCIAS .................. 63

5.4.REGRAS E SISTEMAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO ..................... 64

5.5.PROCEDIMENTO OPERACIONAL ..................................................... 64

5.6.RECONHECIMENTO E INTERPRETAÇÃO DE SINAIS MANUAIS ........ 67

6. IÇAMENTO DINÂMICO .................................................................... 70

6.1.CAPACIDADES DE CARGA ............................................................... 70

6.2.TABELA DE CARGAS ....................................................................... 70

6.3.LEITURA E INTERPRETAÇÃO .......................................................... 72

6.4.CARGAS DE SEGURANÇA ................................................................ 74

7. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA ...................................................... 75

7.1.USO CORRETO E COMO EVITAR INCORREÇÕES .............................. 76

7.2.INDICADORES AUTOMÁTICOS DE CARGA ...................................... 76

7.3.INDICADOR AUTOMÁTICO DE CARGA – LSI ................................... 77

7.4.INDICADOR AUTOMÁTICO DE CARGA – 3B6 .................................. 77

7.5.INDICADOR AUTOMÁTICO DE CARGA - PAT ................................... 78

7.6.INDICADOR AUTOMÁTICO DE CARGA - MIPEG ............................... 79

8. REVISÃO SOBRE PRÁTICAS ............................................................ 82

8.1.IÇAMENTO DE CARGAS .................................................................. 82

8.2.CENTRO DE GRAVIDADE ................................................................ 83

8.3.ESTABILIDADE ............................................................................... 83

8.4.LINGADAS ...................................................................................... 85

8.5.ACESSÓRIOS .................................................................................. 86

8.6.TIPOS DE AMARRAÇÕES................................................................. 89

8.7.ANGULAÇÕES ................................................................................. 92

8.8.CARGAS E CONDIÇÕES DINÂMICAS ............................................... 94

9. OPERAÇÃO DE GUINDASTE OFFSHORE ........................................... 99

9.1 PRINCÍPIOS DE OPERAÇÃO ............................................................ 99

9.2 INSPEÇÃO ANTERIOR À PARTIDA ................................................... 99

9.3 PROCEDIMENTO DE PARTIDA ....................................................... 100

9.4.ROTINA DE LEVANTAMENTO DE CARGA ....................................... 100

9.5.TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS ..................................................... 101

9.6.TROCA DE IÇAMENTO ................................................................... 102

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9.7.ÁREAS PROIBIDAS ....................................................................... 102

9.8.PARADA DE EMERGÊNCIA DO MECANISMO PRINCIPAL DE ACIONAMENTO .................................................................................. 102

9.9.SITUAÇÃO DE CABO PRESO .......................................................... 103

9.10.LIBERAÇÃO DE EMERGÊNCIA ..................................................... 103

9.11.PROCEDIMENTO DE PARADA ...................................................... 103

9.12.UTILIZAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE CONTROLE .......................... 104

9.13.UTILIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE MONITORAMENTO ................... 106

10. APLICAÇÃO E FIXAÇÃO DE CONCEITOS ........................................ 108

10.1.PREPARATIVOS PARA REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES DE IÇAMENTO . ..................................................................................................... 108

10.2.JOYSTICK ................................................................................... 109

10.3.EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO ...................................................... 110

11. CONSTANTES MAIS UTILIZADAS .................................................. 114

12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 115

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INTRODUÇÃO

A estruturação deste curso está em conformidade com as Normas Regulamentadoras (provenientes da Portaria 3.214 de 08/06/78 e os artigos 182, 183, 198 e 390 da CLT) que estabelecem requisitos de segurança, no que se refere ao transporte, à movimentação, e ao manuseio de cargas.

O público-alvo inclui operadores de guindastes e assistentes que tenham comprovação na operação de guindaste nos últimos 24 meses e tenham concluído com sucesso o Treinamento de Operador de Guindaste Offshore – Nível 1 e desejam progredir para o próximo estágio do programa; Operadores de guindaste offshore Nível 2 que desejem atualizar seus conhecimentos.

OBJETIVO

A FALCK SAFETY SERVICES tem como objetivo capacitar o treinando a: Atuar de maneira independente e com segurança nas manobras com

guindaste para o Nível 2, dispensando supervisão / monitoramento constante.

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DIRETRIZES GERAIS DO CURSO

• Quanto à Estruturação do Curso O candidato, no ato da matrícula, deverá apresentar à instituição que vai ministrar

o curso, cópia e o original (para verificação) ou cópia autenticada dos seguintes comprovantes:

Atestado de saúde Ocupacional (ASO) ou Atestado de boas condições de saúde física e mental;

RG e CPF originais; Passaporte (expatriado); Certificado de Operador de Guindaste Offshore Nível 1 ou Nível 2. Na ausência da certificação para Operador de Guindaste Offshore Nível 1,

deverá ser comprovada experiência na operação de guindastes offshore por pelo menos 5 anos mediante apresentação de carteira (contrato) de trabalho ou declaração da empresa contratante.

• Quanto à Frequência às Aulas A frequência às aulas e atividades práticas é obrigatória. O aluno deverá obter o mínimo de 90% de frequência no total das aulas

ministradas no curso. Para efeito das alíneas descritas acima, será considerada falta: o não

comparecimento às aulas, o atraso superior a 10 minutos em relação ao início de qualquer atividade programada ou a saída não autorizada durante o seu desenvolvimento.

• Quanto à Aprovação no Curso

Será considerado aprovado o aluno que: Obtiver Observação igual ou superior a 7,0 (sete) em uma escala de 0 a 10

(zero a dez) na avaliação teórica e alcançar o conceito satisfatório nas atividades práticas;

Tiver a frequência mínima exigida (90%). Caso o aluno não cumpra as condições descritas nas alíneas acima, será

considerado reprovado.

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1. SISTEMAS DE GUINDASTES OFFSHORE 1.1. CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

A Constituição Federal da República assegurou a todos os trabalhadores urbanos e rurais o direito à redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. A Constituição fala em trabalhadores e não empregados. Logo, todos os trabalhadores devem gozar desse direito, independentemente da natureza jurídica da relação de trabalho, posto que, sendo um direito fundamental e social do trabalhador, a norma é de aplicabilidade imediata,§2º do art.5º da Constituição Federal.

As normas a que se referem à Constituição estão contidas na Lei 6.514, de 22.12.77, que deu nova redação ao artigo 154 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Capítulo V - Da Medicina e Da Segurança no Trabalho.

Os acidentes de trabalho podem ainda ter repercussões no direito penal, mediante a tipificação dos crimes de homicídio, lesão corporal ou os crimes de perigo comum, previstos nos art. 250 a 259 do Código Penal, por conduta dolosa ou culposa do empregador ou dos responsáveis.

A CLT, por sua vez, estabelece o seguinte:

“Art. 182 - O Ministério do Trabalho estabelecerá normas sobre: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) I - as precauções de segurança na movimentação de materiais nos locais de trabalho, os equipamentos a serem obrigatoriamente utilizados e as condições especiais a que estão sujeitas a operação e a manutenção desses equipamentos, inclusive exigências de pessoal habilitado; II - As exigências similares relativas ao manuseio e à armazenagem de materiais, inclusive quanto às condições de segurança e higiene relativa aos recipientes e locais de armazenagem e os equipamentos de proteção individual; III - A obrigatoriedade de indicação de carga máxima permitida nos equipamentos de transporte, dos avisos de proibição de fumar e de advertência quanto à natureza perigosa ou nociva à saúde das substâncias em movimentação ou em depósito, bem como das recomendações de primeiros socorros e de atendimento médico e símbolo de perigo, segundo padronização internacional, nos rótulos dos materiais ou substâncias armazenados ou transportados. § único - As disposições relativas ao transporte de materiais aplicam-se, também, no que couber, ao transporte de pessoas nos locais de trabalho.

(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977). ”

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Posteriormente, a Portaria 3214 aprova as Normas Regulamentadoras (NR) do Capitulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.

1.2. NORMAS REGULAMENTADORAS

Em conformidade com a Portaria 3.214 de 08/06/78 e os artigos 182, 183, 198 e 390 da CLT, que estabelecem requisitos de segurança, no que se refere ao transporte, à movimentação, e o manuseio de cargas devem ser destacados os conceitos de segurança presentes nas seguintes Normas Regulamentadoras:

• NR-06 – Equipamento de Proteção Individual; • NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade; • NR-11 – Transporte, Movimentação e Manuseio de Materiais; • NR-15 - Atividades e Operações Insalubres; • NR-17 – Ergonomia; • NR-34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria Naval.

1.2.1. NR - 06 - Equipamento de Proteção Individual - EPI

Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora, considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI), todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. O equipamento de proteção individual de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

1.2.2. NR - 10 - Segurança em Instalações e Serviços em

Eletricidade

Esta norma estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, indireta ou indiretamente, em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

A NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as

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normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

• 10.2 - Medidas de controle • 10.2.8 - Medidas de proteção coletiva • 10.2.9 - Medidas de proteção individual • 10.3 - Segurança em projetos • 10.4 - Segurança na construção, montagem, operação e manutenção • 10.5 - Segurança em instalações elétricas desenergizadas • 10.6 - Segurança em instalações elétricas energizadas • 10.7 - Trabalhos envolvendo alta tensão (at) • 10.8 - Habilitação, qualificação, capacitação e autorização dos

trabalhadores. • 10.9 - Proteção contra incêndio e explosão • 10.10 - Sinalização de segurança

1.2.3. NR - 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e

Manuseio de Materiais

A norma em questão diz respeito à segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras.

Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de guindastes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho.

Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas.

Merecem destaque os seguintes itens da NR-11: "11.1.5 Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função. 11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho se portar um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível. 11.3.2 Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida."

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1.2.4. NR - 15 - Atividades e Operações Insalubres

A NR discorre sobre limites de tolerância e critérios técnicos (quantitativos) que caracterizam atividades e operações insalubres. São exemplos de agentes de risco: ruído contínuo, calor, radiações ionizantes, vibrações, agentes químicos e poeiras minerais.

1.2.5. NR 17 - Ergonomia

Esta NR visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e as condições ambientais do posto de trabalho e a própria organização do trabalho.

1.2.6. NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria

da Construção e Reparação Naval

A norma em questão tem por finalidade estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval.

Consideram-se atividades da indústria da construção e reparação naval todas aquelas desenvolvidas no âmbito das instalações empregadas para este fim ou nas próprias embarcações e estruturas, tais como navios, barcos, lanchas, plataformas fixas ou flutuantes, dentre outras. A norma estabelece que se deve realizar as operações de movimentação de cargas com trabalhador capacitado e autorizado. Destacam-se ainda os seguintes itens da NR-34:

“34.3.1 É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico para sua atividade em instituição reconhecida pelo sistema oficial de ensino. 34.3.2 É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe. 34.3.3 É considerado trabalhador capacitado aquele que receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

1.3. NORMAS TÉCNICAS

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) dispõe de normas que podem ser observadas de maneira a complementarem as Normas Regulamentadoras, com vistas ao estabelecimento de condições seguras para a realização de operações de movimentações de carga:

• NBR 4309 - Equipamentos de movimentação de cargas cabos de aço.·. • NBR 7500 – Identificação para transporte terrestre, manuseio,

movimentação e armazenamento de produtos;

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• NBR 8400 - Cálculo para equipamentos de levantamento de cargas. • NBR 10876 – Cesta de transferência de pessoal. • NBR11436 - Sinalização Manual para Movimentação de cargas. • NBR 11900 – Terminal para cabo de aço. • NBR 13541- 1 – Métodos de ensaio cabos de aço. • NBR 13541 -2 Utilização e inspeção. • NBR 13545 - Movimentação de carga: manilhas. • NBR 14725 – Produtos Químicos – informações sobre segurança, saúde e

meio ambiente. • NBR 15637 – parte 1 e 2 Cintas de Amarração e elevação de cargas.

1.4. INSTITUIÇÕES RELACIONADAS

• ABMA - American Bearing Manufacturers Association Associação Americana de Fabricantes de Rolamentos

• AGMA - American Gear Manufacturers Association Associação Americana de Fabricantes de Caixas de Marcha

• AISC - American Institute For Steel Construction Instituto Americano para Construção de Aço

• ANSI - American National Standards Institute Instituto Nacional Americano de Padronização

• API - American Petroleum Institute Instituto Americano do Petróleo

• ASNT - American Society Of Nondestructive Testing Sociedade Americana de Ensaios Não Destrutivos

• ASME - American Society Of Mechanical Engineers Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos

• AWS - American Welding Society Sociedade Americana de Solda

• ISO - International Standards Organization Organização Internacional de Padronização

• OPITO – Offshore Petroleum Industry Training Organisation • Organização de Treinamento para Indústria Offshore de Petróleo • SAE - Society Of Automotive Engineers

Sociedade de Engenheiros Automotivos

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1.5. REFERÊNCIAS NORMATIVAS INTERNACIONAIS

As literaturas internacionais (assim como legislações e regulamentações) relevantes para as operações de elevação e aparelhamento incluem:

• API 2C Specification for Offshore Pedestal Mounted Cranes

Inspeção de Guindastes de Pedestal Offshore - 7ª Edição, Abril de 2012. • API RP 2D Recommended Practice

Práticas Recomendadas para Operação de Guindastes Offshore - 7ª Edição, Dezembro de 2014.

• BS 7121 British Standard Code of Practice for the Safe Use of Cranes Padrão Britânico de Práticas para Uso Seguro de Guindastes, 2016.

• LOLER 1998 Lifting Operations and Lifting Equipment Regulations Operações de Içamento e Regulamentações de Equipamentos de Guindar, 1998.

Os Regulamentos de Provisão e Uso de Equipamentos de

trabalho (PUWER) de 1998 são feitos sob a Lei de Saúde e Segurança no Trabalho de 1974 (HASAWA 1974) e entraram em vigor em 5 de Dezembro de 1998, e são uma referência proveniente do Reino Unido. A PUWER 98 coloca em prática os aspectos de não elevação da diretiva de alteração (AUWED). O principal objetivo da PUWER é garantir que os equipamentos de trabalho não resultem em riscos de saúde e segurança, independentemente da sua idade, condição ou origem.

2. CARACTERIZAÇÃO DOS GUINDASTES OFFSHORE

2.1. DEFINIÇÃO E AMBIENTE DE APLICAÇÃO

Guindastes marítimos (ou offshore) são definidos como dispositivos de içamento giratórios e que se elevam, montados em pedestal. Estes guindastes são tipicamente montados numa estrutura de plataforma fixa ou flutuante, destinados a operações de marítimas. De acordo com os vários tipos, dimensões e sistemas, mais ou menos sofisticados, disponíveis no mercado, os guindastes offshore serão usados para o içamento de cargas, transferência de materiais ou pessoal de embarcações para barcas, ou outras estruturas marítimas, e vice-versa.

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2.2. TIPOS DE GUINDASTES

A seguir serão ilustrados diferentes tipos de guindastes:

Guindaste de Pedestal Treliçado Knuckle Boom (Lança Articulada)

Balsa Guindaste Guindaste de Bordo (Convés)

King Post Ram Luffing (Guindaste de Caixa)

Guindaste Móvel Telescópico Guindaste de Grua

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2.3. TERMOS E DEFINIÇÕES

A seguir serão listados termos e definições relativos às operações de movimentações de carga através de um guindaste offshore.

• Pedestal (também conhecido como base): A subestrutura de suporte sobre

a qual a estrutura giratória superior está montada. • Estrutura superior giratória: A estrutura giratória superior e a maquinaria

operacional montada na mesma (também chamada de mesa rotativa). • Mancal de rotação: Uma combinação de anéis com esferas, ou roletes,

capaz de sustentar cargas radiais, axiais e de momento da estrutura superior giratória com lança e carga.

• Cabo Auxiliar: Elemento responsável pelo içamento auxiliar (whip line). • Eixo de rotação: O eixo vertical em torno do qual a estrutura superior do

guindaste gira. • Pista de rolamento do mancal: A superfície dos anéis de rolamento que têm

contato com o elemento rolante (esferas ou roletes) do conjunto de mancal giratório.

• Lança telescópica de guindaste: Consiste de uma lança base a partir da qual uma ou mais seções de lança são projetadas para obter comprimento adicional.

• Lança de treliça: Lança de construção aberta com treliça entre os membros de canto principais (cordas) em forma de treliça.

• Bloco abaixador de carga: O conjunto de gancho ou talha, articulação, roldanas, pinos e mastro suspenso pelos cabos de içamento.

• Bloco elevador de carga: O conjunto de talha, articulação, roldanas, pinos e quadro suspenso do ponto da lança do guindaste.

• Lança do guindaste: membro articulado na estrutura superior giratória e usado para apoiar o equipamento de içamento.

• Ângulo da lança: O ângulo acima ou abaixo da horizontal do eixo longitudinal da seção de base da lança.

• Indicador do ângulo da lança: Acessório que mede o ângulo da lança acima da horizontal.

• Cabo da lança: O elemento angular principal de uma lança tipo treliça. • Extensão da lança: Seção intermediária de uma lança telescópica. • Pino de base da lança: O ponto de articulação da lança na superestrutura. • Elevador da lança: O mecanismo de elevação responsável por elevar e

abaixar a lança. • Mecanismo de elevação da lança: Meio para apoiar a lança e controlar o

ângulo da lança. • Cabo de aço de elevação da lança: Cabo de aço que opera em um tambor

controlando o ângulo de posicionamento da lança. • Comprimento da lança: A distância em linha reta da linha de centro do pino

de base da lança até a linha de centro do pino da roldana de içamento de carga do ponto da lança, medida ao longo do eixo longitudinal da lança de guindaste.

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• Cilindro de içamento da lança: Meio para apoiar a lança e controlar o ângulo da lança.

• Linha da lança: Cabo de içamento da lança de guindaste que é enrolado em tambores ou passa por roldanas (Vide Cabo de aço de elevação da lança).

• Conjunto de roldanas de ponto de lança: Um conjunto de roldanas e um pino construído como parte integrante do ponto de lança.

• Juntas da lança: Conexões de emendas para seções da lança básica do guindaste e seções adicionais normalmente do tipo placa de emenda, tipo pino ou tipo união lisa.

• Batente da lança: Um dispositivo usado para limitar o ângulo da lança na posição mais alta recomendada.

• Freio: Um dispositivo usado para retardar, parar ou suspender o movimento.

• Cabine: Um alojamento para o operador e os controles de operação da máquina.

• Embreagem: Um meio para engatar ou desengatar a potência. • Contrapeso: Peso usado para suplementar o peso da máquina oferecendo

estabilidade para içar cargas de trabalho e normalmente acoplado à parte de trás da superestrutura giratória.

• Tensor: Arnês flutuante. • Capacidade Nominal: Capacidade máxima indicada pelo fabricante para

uma determinada configuração, isto é, comprimento da lança e raio de carga definidos ou exigidos pela norma de fabricação da máquina. Os indicadores de capacidade nominal são munidos de células de carga, que monitoram a carga içada, comprimento da lança, ângulo e raio de giro, normalmente possuem alarmes sonoro e visual das grandezas predeterminadas, excelente auxiliar nas operações onde a segurança na movimentação de carga é fundamental.

• Centro de Gravidade: é o ponto relativo ao corpo sobre o qual seu peso é igualmente distribuído. O símbolo relativo ao centro de gravidade está descrito ao lado.

• Raio: É a distância horizontal do centro de giro do guindaste até o centro de

gravidade da carga elevada.

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• Deflexão de Lança: É a quantidade de mudança de um raio de gruas, quando uma carga é aplicada ao mesmo. Quanto mais pesada for a carga, maior a deflexão.

• O Guincho Auxiliar (ou BOLA) representa o conjunto de esfera de tração e é

a peça única de gancho do sistema auxiliar de içamento e do conjunto de peso, usado em elevação de extensão de ponta. Deve-se observar que o peso do conjunto de esfera de tração deve ser suficiente para o comprimento da lança de guindaste a fim de evitar cabo de aço frouxo quando o tambor de içamento auxiliar está desenrolando em velocidade máxima. Material de ferro fundido é aceitável para uso no peso de esfera.

• As cargas sobre o Guincho Principal (também chamado de MOITÃO ou Bloco

de Carga) são as chamadas cargas nominais máximas de manuseio de pessoal, a bordo e fora de bordo. Como mínimo, a(s) etiqueta(s) de identificação deve(m) conter as cargas nominais máximas de tripulação e carga do bloco, a temperatura de serviço e o peso do conjunto.

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• Conjunto de Bloco do Gancho: É o principal bloco de carga do sistema de içamento usada em operações de elevação da lança principal. O peso do bloco do gancho deve ser suficiente para o comprimento da lança de guindaste e peças de linha especificadas a fim de evitar cabo de aço frouxo quando o rolo de içamento principal está desenrolando em velocidade máxima. Não deve ser usado material de ferro fundido para fornecer peso adicional ao bloco do gancho.

• Gancho de Carga: O gancho de carga é um acessório incorporado no bloco do gancho principal e auxiliar (esfera de tração) para facilitar a conexão da carga ao sistema de içamento. O material do gancho deve ser uma liga de aço e produzido como forja ou fundição. A resistência do gancho carga pode ser verificada, por exemplo, pelo teste de impacto Charpy.

• Cabo de Aço: É constituído por dois ou mais fios enrolados lado a lado e ligados, ou torcidos ou em trançados, formando um único conjunto.

• Cabo de Aço Composição SEALE: Neste arranjo, existem pelo menos duas camadas adjacentes com o mesmo numero de arames. Todos os arames de uma mesma camada possuem alta resistência ao desgaste.

• Cabo de Aço Composição FILLER: Neste arranjo, existem arames principais e arames finos, que serve de enchimento para a boa acomodação dos outros arames. Os arames de enchimento não estão sujeitos às especificações que os arames principais devem satisfazer. Estes cabos possuem boa resistência ao desgaste, boa resistência à fadiga e alta resistência ao amassamento.

• Cabo de Aço Composição WARRINGTON: Existe pelo menos uma camada constituída de arames de dois diâmetros diferentes e alternados. Estes cabos possuem boa resistência ao desgaste e boa resistência à fadiga.

• Cabo de Aço Composição WARRINGTON–SEALE: Cabo cuja composição é formada pela aglutinação das duas composições citadas anteriormente. Esta composição proporciona ao cabo alta resistência abrasão conjugada com alta resistência à fadiga de flexão.

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• Cabo de Aço Rotativo (ou Cabo Convencional): É o cabo de aço que ao receber uma carga externa gera um momento que procura destorcer o cabo, e fazer girar a carga.

• Cabo de Aço Não-Rotativo (ou Cabo Resistente à Rotação): cabo que possui uma alma de aço cabo independente (AACI) torcida em sentido contrário às pernas externas. Sob carga, a alma tenta girar o cabo numa direção e as pernas externas tentam girá-lo em sentido oposto. Isto tem o efeito de contrapor torque reduzindo a tendência a girar do cabo final.

• As torções dos Cabos de Aço podem ser definidas como descrito abaixo:

.

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• Categorias de Resistência à Tração de Cabos de Aço e Arames podem ser definidas como descrito a seguir:

• Hsig: A altura de onda do mar existente que está associada com a tabela de

carga, classificação ou outra condição desta especificação.

• Içamento fora de bordo: Um guindaste levantando uma carga de (ou para)

algum lugar que não se encontre na própria plataforma / embarcação na qual o guindaste está montado (por exemplo, de / para barcos de apoio).

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• Içamento a bordo: Um guindaste levantando uma carga de (ou para) o próprio convés da plataforma / embarcação na qual o guindaste está montado.

• Conjunto do anel de movimento giratório: É o componente de conexão entre a

estrutura superior giratória do guindaste e o pedestal para guindastes. Permite a rotação do guindaste e sustenta as cargas de momento, axiais e radiais, impostas pela operação do guindaste.

• Two-blocking: É a condição do bloco de carga, ou conjunto de gancho inferior,

ao entrar em contato com o bloco de carga superior ou o conjunto de roldanas de ponto de lança.

2.4. UNIDADES DE MEDIDAS

Muitas das fórmulas dependem se as quantidades inseridas têm a unidade certa para se calcular o resultado correto. As fórmulas dadas são para o Sistema Costumeiro dos Estados Unidos (sistema inglês) de unidades.

As unidades primárias usadas são ft (= pés) (comprimento), lb. (=libras) (força), sec. (=segundos) (tempo) e graus (ângulos).

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Para conversões adicionais, refira-se às ASTM SI 10 ou ANSI / IEEE Norma 268.

• 1 metro = 3,2808 ft. • 1 quilograma = 2.2046 lb. • 1 Newton = 0,2248 lb. • 1 Joule = 0,737557 ft-lb. • ºCelsius = 5/9 x (ºFahrenheit – 32)

Informações importantes:

• Como transformar Libra para Tonelada: • Ex: 20.000 lbs / 2 = 10.000 – 10% = 9 toneladas. • Como transformar pés para metros: • Multiplicar pés por 0,3048. Ex: 20 x 0,3048 = 6.096 metros. • Sempre usar tonelada Britânica (longa) para carga (2240 lbs = 1016 kg). • Sempre usar tonelada Americana (curta) para equipamentos (2000 lbs =

907.18 kg).

2.5. FUNÇÕES BÁSICAS

Os guindastes efetuam apenas três funções básicas, isto é, o movimento vertical, o movimento frontal (ou longitudinal) e o movimento horizontal.

O movimento vertical: é executado pelos guinchos ao elevar ou arriar a carga. O movimento frontal: é feito ao elevar ou abaixar a lança, podendo também ser feito com o movimento da mesa giratória. O movimento horizontal: é feito pelo sistema de comando de giro para direita ou para a esquerda. Permitindo à lança executar uma volta completa em torno do seu eixo (360°), desde que inexistam obstáculos em sua trajetória. Basicamente a carga que um guindaste pode elevar dependerá de dois, ou mais, dos seguintes fatores: seu tamanho, seu peso, resistência estrutural e sua potência.

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2.6. SISTEMAS

Independente do tipo de guindaste, este precisa dispor de três sistemas para operação das suas funções. Os guindastes precisam de um Sistema de Força (podendo ter vários tipos de lanças, além de motores a Diesel ou Elétricos). A força do guindaste tem que ser enviada onde for necessária e isto é feito através do Sistema de Transmissão. Finalmente, para controle dos sistemas mencionados acima, o guindaste precisa um Sistema de Comando. É oportuno enfatizar que para operações em Áreas Classificadas, os guindastes devem possuir características (sistemas) especificamente projetadas para este fim, por seu Fabricante.

Nos Sistemas de Força e nos Sistemas de Transmissão, os pacotes de energia têm por finalidade produzir rotação (RPM), e esta é transformada em força a qual é transmitida a cada comando de acordo com o projeto. Sabe-se que todo guindaste vai ter um sistema de comando para as suas funções básicas, como subir e descer cargas, subir e descer a lança, girar para direita e esquerda. Estes comandos podem ser conectados a uma embreagem individualmente que pertence a cada comando através do sistema de transmissão.

Os tipos de Sistemas de Transmissão existentes podem ser divididos como a seguir:

• A transmissão MECÂNICA passa este movimento de uma parte à outra, sem velocidade, porém, as direções podem ser mudadas ou alteradas. Usando um sistema de engrenagens e transmissão de correntes, mas a rotação é continua. • A transmissão HIDRÁULICA é diferente. Neste caso, o movimento dos motores é mudado para um fluxo de óleo, usando o motor para acionar uma

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ou mais bombas. Este fluxo é direcionado para onde for necessário, e é transformado em movimento de rotação, nos guinchos, ou no mecanismo de giro do guindaste, usando motores hidráulicos.

Os movimentos para todas as funções do guindaste (máquinas) são tirados daí, e

são todos conectados juntos. Se um eixo é parado, todos os outros têm que parar também. Se o motor é fixo ao dispositivo primário por uma embreagem de fricção, então o motor também deverá parar se eixo parar.

O Sistema de Controle e monitoramento do guindaste normalmente é baseado em subsistemas integrados, são eles:

• Sistema de Controle do Limite de içamento; • Sistema de Controle do Limite de elevação de lança; • Sistema Indicador de operação sobre embarcação; • Sistema de Monitoramento de carga.

Estes subsistemas irão contribuir para correta utilização do guindaste, impedindo que o mesmo venha a sofrer danos ou causar acidentes. Para isso, a integração desses sistemas também consiste no intertratavamento do guindaste.

Os Sistemas de Redução de Carga e de Emergência, por sua vez, possuem dispositivos de segurança servem para lembrar o operador sobre as condições de carga de guindastes, com a finalidade de assegurar a estabilidade do equipamento, proteger a resistência estrutural e os diversos mecanismos instalados.

2.7. INTERRUPTORES DE LIMITES

Há um grande número de mecanismos de segurança que podem ser introduzidos nos guindastes. Dentre estes, destacam-se os interruptores de limites (ilustrados abaixo), cuja atuação dá suporte também os Sistemas de Emergência. São usados como alternativa um interruptor tipo sem fim, ligados diretamente ao guincho, o qual pode ser regulado pelo operador quando o comprimento da lança ou número de voltas do cabo é alterado.

Existem interruptores de limite de elevação da lança são instalados para evitar que a lança seja elevada a uma altura superior ao seu limite, ou que não permita o trabalho em ângulos excessivos.

Um final de curso irá parar o movimento pouco antes que a lança atinja o batente amortecedor, no cavalete. Mesmo que os amortecedores sejam atingidos e comprimidos, haverá ainda uma boa margem antes que os cilindros limitadores de movimentos à ré sejam totalmente comprimidos. Uma chave limite interromperá o abaixamento da lança quando esta chegar ao máximo raio, sob carga. A lança poderá ser abaixada além desse limite caso o equipamento de guindar possua a funcionalidade “BY PASS DE FIM DE CURSO”. O botão indicador dessa funcionalidade deve ser mantido comprimido enquanto se abaixa a lança. Mesmo que o botão seja pressionado, o movimento da lança no sentido do afastamento irá ser interrompido por outra chave limite quando existirem apenas 3 voltas de cabo no tambor.

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Batentes de travamento evitam apenas que o operador puxe acidentalmente a lança sobre a traseira. Geralmente são instalados, para permitir que tanto o veio como um guincho, possa rodar num só sentido. Sua utilização mais comum quando ligado, é para o guincho da lança, permitindo o levantamento e travando o guincho no sentido contrário. Podem ser controlados por processo automático através dos movimentos das próprias alavancas de comando, ou manualmente.

As balanças de carga funcionam com dinamómetros ou simplesmente aparelhos hidráulicos ou eletrônicos que transmitem o valor da tensão de leitura na cabine do operador.

2.8. INDICADORES DE CARGA

Indicadores automáticos de carga são aparelhos que permitem dar a informação ao operador, sobre o peso da carga que o guindaste está suportando, a porcentagem desse peso em relação à capacidade máxima de carga para o valor do raio ou ângulo que estiver a ser usado.

Permitem também avisar visualmente o operador através de sinal luminoso (geralmente amarelo), quando o valor da carga se aproxima dos 85% da carga máxima de carga, ou quando esse valor excede os 100%, através de um sinal sonoro fora do guindaste, de que se encontra com excesso de carga. Alguns sistemas permitem a transmissão e gravação de todos os movimentos executados, facilitando posteriormente o trabalho de manutenção. Na ilustração a seguir, a legenda ocorre da seguinte maneira: 1. Limite dos Blocos; 2. Sensor de Peso; 3. Sensor de Ângulo; 4. Mostrador de Programação e 5. Unidade microprocessadora.

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2.9. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE MECÂNICA

Para funcionar, um guindaste emprega um conjunto de máquinas simples para criar uma capacidade mecânica de aplicação de força, superior à humana, para a movimentação de movimentação de cargas. A mecânica é uma ciência que se dedica ao estudo da ação das forças nos corpos e os efeitos que estas produzem. A compreensão destes princípios pode ajudar o operador a compreender o comportamento do guindaste que está a operando e, sobretudo, o porquê de tais comportamentos.

Um guindaste contém uma viga horizontal que gira em torno de um ponto chamado de ponto de apoio. Esta configuração denota uma alavanca, cujo princípio de funcionamento permite que uma carga pesada, ligada à extremidade mais curta do feixe, seja elevada por uma força menor, aplicada na direção oposta à da extremidade mais longa da viga. A razão entre o peso da carga do que a força aplicada é igual à razão entre os comprimentos do braço maior e o braço mais curto, e é chamado de vantagem mecânica. Quando a distância e os pesos são iguais, existe equilíbrio, como ilustrado abaixo.

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Quando a distância multiplicada pelos pesos é igual, existe equilíbrio, como ilustrado a seguir:

O bloco de carga do guindaste detém um conjunto de polia fixa. Os cabos são

enrolados diversas vezes em volta do bloco fixo, e outro bloco é anexado à carga. Quando a extremidade livre do cabo é tracionada, isto é, puxada, o sistema de roldanas proporciona uma força para a carga, que é igual à força aplicada, multiplicada pelo número de voltas dos cabos que passam entre os dois blocos. Ilustram este princípio, os exemplos a seguir. Guincho em cabo simples exercendo uma força de tração de 4 toneladas. Demanda apenas uma roldana:

Guincho em cabo simples exercendo uma força de tração de 4 toneladas.

Demanda duas roldanas – 2 voltas de cabo.

Pode-se compreender a velocidade do gancho como a velocidade do cabo simples a ser dividida pelo número de voltas de cabo.

O guindaste poderá operar com diferentes configurações de roldanas, como ilustrado a seguir. É imprescindível reforçar que as diferentes configurações de cabos, junto às roldanas, não pode em qualquer hipótese ser realizada de maneira diferente daquela prevista pelo fabricante do equipamento de guindar.

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Abaixo, ilustra-se a configuração com três roldanas, que deve dispor de 3 voltas de cabo:

Um conjunto de 6 roldanas, por sua vez, implicará em 6 voltas de cabo, como

ilustrado a seguir:

Finalmente, deve-se observar o princípio físico empregado em cilindros hidráulicos

(guinchos) para a realização de movimentos de elevação e descida da lança do guindaste.

O princípio em questão é a conservação de energia. Simplificadamente, o aumento de pressão exercido num determinado ponto de um líquido ideal se transmite integralmente aos demais pontos desse líquido e às paredes do recipiente em que ele está contido. Admitindo-se um sistema hidráulico fechado, dispondo de um reservatório e uma bomba hidráulica, ao aplicarmos uma determinada força a um fluido incompressível a mesma será transmitida, proporcionalmente, às demais superfícies com as quais esteja em contato, caracterizando um processo de multiplicação de forças.

Ao fornecermos energia ao cilindro hidráulico, permite-se a elevação da lança. Para realização do movimento de descida da lança, a pressão hidráulica é aliviada provocando o deslocamento do óleo hidráulico para o reservatório.

A velocidade e a força de tração do cabo podem ser relacionadas. Quando uma máquina é usada, haverá variações na velocidade (distância) e na carga (ou peso). Se um destes valores aumenta, então o outro diminui.

Se a velocidade ou distância é aumentada, compensa-se com a redução da capacidade de carga, ou vice versa. Com o moitão arriado, o cabo deve estar totalmente fora do guincho. E menor será o diâmetro de enrolamento. Nesta configuração, as consequências são uma menor velocidade do cabo e uma maior força de tração.

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Com o moitão elevado junto à cabeça da lança, o cabo estará totalmente enrolado no tambor. Consequentemente, maior se torna a velocidade do cabo e menor força será sua força de tração.

As variações descritas estão ilustradas na imagem a seguir.

3. MANUTENÇÃO PREVENTIVA O uso diário de equipamentos, de qualquer tipo, implica no desgaste de seus

componentes. A ausência de monitoramento e controle adequados da utilização destes equipamentos, assim como a própria falta de cuidados básicos durante seu manuseio, pode representar riscos à segurança de seus operadores, e demais envolvidos nas atividades de movimentações de cargas.

Dentre as alternativas para preservação de condições aceitáveis de conservação de equipamentos, sobretudo maquinário de grande porte, destaca-se a aplicação da Manutenção Preventiva.

Compreende-se Manutenção Preventiva como o conjunto de ações sistêmicas, monitoradas e controladas, que incluem, e não limitam a, serviços de inspeções, ajustes e práticas de conservação cujo objetivo é reduzir ou impedir falhas no desempenho de equipamentos.

Embora a Manutenção Preventiva possa ser frequentemente encarada como um custo adicional desnecessário, quando bem planejada, pode diminuir significativamente os custos globais de manutenção.

A Manutenção Preventiva apresenta como principal vantagem à capacidade de antecipação à falha, permitindo a preservação, a restauração ou mesmo a substituição de componentes de modo a reduzir as chances de degradação do equipamento, e pode ser adotada através de práticas tais como inspeções e cuidados básicos regulares.

Reforça o valor da adesão às práticas de Manutenção Preventiva o seguinte fato: de acordo com a NR-34, Item 2, deve ser garantido que os equipamentos de movimentação de cargas e seus acessórios sejam utilizados em perfeito estado operacional e certificados, com identificação e documentação que possam ser rastreados.

3.1. PRONTUÁRIO DOS EQUIPAMENTOS

O prontuário de um equipamento de guindar deve conter informações mínimas, tais como o manual fornecido pelo fabricante; especificações técnicas. O acréscimo de

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informações é altamente recomendável para que todas as informações relativas à segurança do equipamento tornem-se disponíveis para seus usuários.

De acordo com a NR-34, Item 10.3, deve ser elaborado o Prontuário dos Equipamentos contendo, no mínimo, as seguintes informações:

a) Cópia do manual de operação fornecido pelo fabricante, em língua

portuguesa, e na indisponibilidade deste, é permitida a reclassificação do equipamento por órgão certificador externo credenciado;

b) Especificações técnicas; c) Programa de inspeção, manutenção e certificação; d) Registro das inspeções, manutenções e certificações; e) Plano de ação para correção das não conformidades encontradas durante as inspeções, manutenções ou certificações; f) Identificação e assinatura do responsável técnico indicado pela empresa para implementar este procedimento.

3.2. TESTES

É necessário que guindastes sejam testados no local de operação, antes de serem colocados em serviço, após sofrer reparos ou substituição de componentes críticos, tais como: Célula de carga; Cabo da lança (5); Moitão (19); Bola peso (23); Seções de lança (9), (10), (11); Limitador da lança (13) e Pino do pé da lança (3).

Além dos testes de funcionamento do equipamento, é necessário que suas partes também sejam testadas. O Teste de Impacto de Charpy exemplifica um dos possíveis

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métodos de teste para componentes estruturais do guindaste, tais como blocos de carga.

O ensaio de impacto permite a observação das diferenças de comportamento entre materiais, as quais não são observadas em um ensaio de tração.

Neste caso, os requisitos essenciais do ensaio são: corpo-de-prova padronizado, suporte rígido no qual o corpo-de-prova é apoiado ou engastado, pêndulo com massa conhecida solto de uma altura suficiente para fraturar totalmente o material e um dispositivo de escala para medir as alturas antes e depois do impacto do pêndulo.

A principal vantagem do ensaio de impacto é que se trata de um teste simples e possui corpos-de-prova pequenos e baratos, além de poder ser executado em um vasto campo de temperaturas, até mesmo naquelas abaixo da ambiente. No caso dos corpos-de-prova para ensaios tipo Charpy, estes são adequados para medir as diferenças de comportamento para materiais de baixa resistência ao impacto, como os aços estruturais. Além disso, este teste também é usado para comparar a influência dos elementos de liga e tratamentos térmicos no comportamento do entalhe.

Abaixo está ilustrada a máquina utilizada para este tipo de ensaio e os corpos-de-prova.

3.3. CERTIFICAÇÕES

Acerca das certificações dos equipamentos de guindar, conforme a NR-34, Item 10.6, a certificação dos equipamentos de movimentação de cargas e seus assessórios devem obedecer aos seguintes critérios:

a) Ser realizada por profissional legalmente habilitado, com registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - CREA; b) Ser registrada em Relatório de Inspeção; c) Atender à periodicidade especificada pelo órgão certificador e/ou fabricante.

O comprador deve ter acesso confidencial à documentação do fabricante dos

resultados do método de testes selecionado. O Fabricante deve certificar de que o projeto do guindaste fornecido foi autenticado de acordo com esta especificação.

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Um processo de certificação pode ser esquematizado como a seguir.

3.4. INSPEÇÕES

Ainda conforme a NR-34, Item 10.4, antes de iniciar a jornada de trabalho, o operador deve inspecionar e registrar em lista de verificação (checklist), no mínimo, os seguintes itens:

a) freios; b) embreagens; c) controles; d) mecanismos da lança; e) anemômetro; f) mecanismo de deslocamento; g) dispositivos de segurança de peso e curso; h) níveis de lubrificantes, combustível e fluido refrigerante; i) instrumentos de controle no painel; j) cabos de alimentação dos equipamentos; k) sinal sonoro e luminoso; l) eletroímã.

Conforme previsão da NR-34, Item 10.6.1, o Relatório de Inspeção deve conter:

a) os itens inspecionados e as não conformidades encontradas, descrevendo as impeditivas e as não impeditivas à operação do equipamento de guindar; b) as medidas corretivas adotadas para as não conformidades impeditivas; c) o cronograma de correção para as irregularidades não impeditivas, que não representem perigo à segurança e à saúde, isoladamente ou em conjunto.

Os registros inerentes à vida útil do guindaste podem, por exemplo, ser

registrados em um Data Book que conterá:

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• Verificação da documentação do guindaste; • Registro de manutenção; • Lista de Verificação do guindaste (checklist); • Realização do teste anual de carga, com assinatura do responsável técnico; • Inspeção visual após teste de carga; • Inspeção por partícula magnética antes e após o teste de carga; • Relatório de inspeção por partículas magnéticas; • Emissão dos relatórios de partícula magnética do moitão; • Certificado de aferição dos acessórios e instrumentos; • Certificado do inspetor.

É oportuno reforçar que o equipamento somente será liberado para operar após a

correção das não conformidades impeditivas (NR-34, Item 10.6.2). O equipamento reprovado e/ou inoperante deve ter essa situação consignada em

seu Prontuário, e somente poderá operar após nova certificação (NR-34, Item 10.7). Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as

peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas (NR-11, Item 1.8).

As frequências das inspeções em guindastes são definidas por Normas, Procedimentos e Fabricante do equipamento, podendo ser trimestrais (300 horas), semestrais (600 horas); anuais (1200 horas); bianuais (2500 horas) e quadrienais (5000 horas), respectivamente. A periodicidade de inspeção pode ser determinada de acordo com as características dos equipamentos, bem como as peculiaridades dos trabalhos desenvolvidos pelos mesmos.

De maneira geral, recomenda-se o seguinte:

• O Operador de guindaste deve realizar uma verificação de segurança dos controles internos do guindaste. É necessário que realize o teste dos controles para garantir que o equipamento irá funcionar com êxito. Certifique-se de que todos os controles estejam rotulados corretamente.

• Deve ocorrer a verificação nos ganchos, eles devem estar intactos, sem rachaduras, torções, dobras ou estiramentos.

• Confira as travas de segurança de cada gancho para verificar danos. Ouça todos os ruídos de moagem quando se moverem. Eles devem mover-se suave e silenciosamente.

• Verificar incidências de danos estruturais no bloco ou em qualquer um dos componentes. Os feixes sobre o bloco devem se mover suave e silenciosamente. Ouça e sinta se há problemas de desgaste nos rolamentos.

• Avaliar qualquer dano na guarda da polia. Verifique se a guarda não está entrando em contato com a polia ou com o cabo de aço.

• Realizar também a verificação no cabo de aço e nas cintas de segurança. É necessário observar por quaisquer dobras, desgaste ou cortes no cabo de aço e cintas.

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O Teste de Içamento pesado também pode ser realizado. Este teste deve consistir do içamento de 2,0 vezes a carga nominal "máxima" a bordo com uma carga lateral correspondente igual a 4% da carga nominal máxima.

As cargas de teste e comprimentos de lança devem ser selecionadas para produzir os níveis máximos de tensão em todos os componentes estruturais críticos. Depois destes içamentos, o guindaste deve ser totalmente desmontado, incluindo o conjunto do anel de movimento giratório, e sujeito a uma completa avaliação de adequação ao propósito usando um método de inspeção apropriado (dependendo do componente) escolhido entre os seguintes: penetração do contraste; partícula magnética; radiográfico e ultrassônico.

Os critérios de aceitabilidade para este teste devem ser que nenhum componente

crítico exiba alguma trinca, saliência, ranhura ou arranhão de superfície. Deve ser dada atenção especial a conexões parafusadas e soldadas. Além disso, devem ser feitas medições e inspeções antes e depois do teste para determinar quaisquer diferenças na condição de componentes críticos. É exigência correlata do teste que as tensões computadas sob as cargas especificadas acima não excedam as tensões de unidade permissíveis pela Especificação do Instituto Americano de Construção de Aço (American Institute of Steel Construction - AISC), aumentadas em um terço.

3.4.1. Componentes Críticos Mecânicos

Dentre os componentes mecânicos críticos, merecem destaque:

• Todas as ligações entre o elemento de controle do freio e o componente a ser controlado; • Sistemas de freio de movimento e içamento; • Rolos, eixos e engrenagens dos sistemas de içamento de movimento; • Anéis de movimento em guindastes de tipos diferentes.

Nos eixos e mancais devem ser verificados: desgaste, trincas, corrosão e

empenos aparentes, sem desmontagem. Após a desmontagem, verificar desgaste, trincas, corrosão ou empenos aparentes. No eixo cardan verificar se as garras estão montadas corretamente (defasadas em 90 graus).

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3.4.2. Componentes Estruturais Críticos

Dentre os componentes estruturais críticos, merecem destaque:

• Retentores na trilha de carga crítica de todos os componentes críticos; • Membros da corda da lança de guindaste; • Componentes de conexão de seção da lança de guindaste; • Pinos de pé da lança de guindaste; • Componentes de conexão e de seção de movimento da lança; • Elementos de carga primária de pórticos, mastros e quadros; • Elementos de transferência de carga da estrutura superior giratória incluindo

retentores; • Mastros de carga em guindastes; • Pedestais e peças de transição do anel de movimento giratório de

guindastes. Inspeções - Lança

Existência, estado e funcionamento de dispositivo para impedir o atrito dos cabos de aço com a lança. Após a desmontagem, verificar a ocorrência de desgaste e deformação nos pinos, contraventamentos e olhais do pé da lança, de ancoragem dos pendentes, e de união das seções. Adicionalmente, deve-se verificar também:

• Empeno e/ou desalinhamento da lança, conforme orientação do fabricante

ou dados disponíveis; • Existência de defeitos aparentes nas soldas dos membros estruturais. As

soldas de todos os olhais e soldas estruturais consideradas críticas utilizando ensaio não destrutivo;

• Se houver união entre seções de lança por meio de parafusos, devem-se seguir os procedimentos determinados pelo fabricante.

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Inspeções - Cabine Quanto à cabine, deve-se observar o seguinte:

• O estado da chaparia da cabine quanto a amassamento, corrosão e fixação; • O funcionamento e estado de conservação das portas, janelas e seus

acessórios; • O funcionamento do limpador de para-brisa e ventilador; • O funcionamento da iluminação interna e externa; • O nível de ruído no interior da cabine, que não deve exceder a 80 dB, a ser

verificado pela Segurança Industrial; • A fixação da poltrona, seu estado de conservação, assim como acessibilidade

do operador aos painéis de comando e de controle; • Existência de tabela de carga, única e exclusivamente para o comprimento

de lança em operação, afixada em local visível e de maneira indelével. Esta Tabela deve conter limites de carga para condições estáticas e dinâmicas (função das condições do mar);

• Estado dos guarda-corpos, e piso do passadiço. Inspeções – Cavalete

Em caso de desmontagem do cavalete, deve-se verificar:

• O estado dos olhais e pinos utilizando ensaios não destrutivos; • O aperto dos parafusos; • Estado do Guarda-Corpo e Piso do Passadiço. Inspeções - Blocos de Carga (Bola, Moitão e Gancho)

Além de inspeções regulares, devem ser realizados teste e ensaios não destrutivos nos blocos de carga a fim de manter segurança nas operações e manter os acessórios em boas condições de uso.

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Todos os relatórios de teste de carga, ensaios não destrutivos, certificados de calibração ou aferição dos acessórios deverá estar contido no Data Book do guindaste.

A certificação deve ser feita por empresa credenciada e legalizada para este fim e também deve conter assinaturas e números dos registros dos profissionais responsáveis pelas inspeções, testes, ensaios ou exames. No caso da manutenção deve-se obedecer às recomendações do fabricante. O bloco inferior (Gancho de Carga) deve ser desmontado conforme a ilustração:

A falha dos ganchos poder ocorrer devido a sobrecargas ou a uma utilização

mecânica excessiva do gancho, na maior parte dos casos, os ganchos falham devido a uma fadiga acumulada.

Inspeções – Gancho de Carga

Estas falhas ocorrem geralmente sob a forma de fissuras por fadiga na haste do gancho. A haste do gancho, que transfere a carga para o bloco do gancho, é suportada dentro do corpo do bloco por um rolamento rotativo e por outros componentes mecânicos que não são visíveis sem se desmontar o equipamento.

Pode não haver qualquer sinal de aviso antes de uma falha por fadiga. A falha por fadiga está dependente da carga, do nível de esforço e do número de ciclos de elevação.

As aplicações em processos de trabalhos pesados, as alterações na aplicação, as sobrecargas, a idade do equipamento e a utilização de dispositivos de elevação abaixo do gancho são fatores que podem contribuir para a fadiga acumulada.

Inspeções – Sistema de Acionamento

Em caso de acionamento ELÉTRICO OU HIDRÁULICO, deve-se inspecionar o seguinte:

• Níveis de óleo lubrificante, de água de refrigeração e de água no eliminador

de fagulhas; • Contaminação do óleo ou da água; • Fixação do motor; • Estado dos Mangotes; • Existência de filtros e sua utilização correta. • No motor: o isolamento suficiente entra as fases e entre as fases e carcaça. • No motor: a correta ligação na caixa de bornes.

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Em caso de motor a diesel, recomenda-se a realização das seguintes verificações:

• Ruídos; • Vibração excessiva; • Medidor de temperatura da água; • Medidor de pressão do ar de serviço; • Vazamentos; • Medidor de rotação; • Embreagem; • Horímetro; • Medidor de pressão de óleo lubrificante.

Em caso de Motor Elétrico, consistindo das seguintes verificações:

• Aquecimento e ruído excessivo; • Correntes por fase; • Tensão entre fases; • Resistência de aquecimento;

Caixas de engrenagens, consistindo das seguintes verificações:

• Ruídos; • Temperatura excessiva; • Vazamento.

Inspeções - Com o Guindaste em Operação

Bombas e motores, consistindo das seguintes verificações:

• Pressões de sucção e descarga (máximas e mínimas); • Vazamentos; • Aquecimento; • Mangotes, verificando vazamento.

Freio, consistindo da seguinte verificação:

• Se o freio atua no momento certo; • Acoplamento entre eixos, verificando ruído excessivo.

Inspeções - Com o Guindaste Fora de Operação

No conversor de torque, verificar:

• Vazamentos; • Nível de óleo da transmissão; • Fixação correta; • Existência de filtros e sua utilização correta;

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• Contaminação do óleo; • Após desmontagem, verificar o estado de ajuste e conservação da

embreagem.

3.4.3. Componentes Críticos de Cordame

Dentre os componentes críticos de cordame, merecem destaque:

• Todos os cabos de aço operantes em sistemas de içamento; • Todos os cabos de aço estáveis em sistemas de suporte e restrição de

carga; • Conjunto de Catarina de gancho; • Conjunto de esfera de recondicionamento ou peso; • Dispositivos de conexão de extremidade morta de cabo de aço; • Conjunto de arnês ou amarração flutuante; • Roldanas de linha de cabo e eixos de roldana.

Terminações da Extremidade dos Cabos de Aço

Terminações devem ser também inspecionadas. E não devem ser fabricadas a bordo. Espera-se que estejam instaladas com o lado de carga ativa do cabo de aço em linha com o pino do soquete de cunha. Conjuntos de soquete de cunha devem resistir à falha do cabo de aço sem ceder permanentemente ao soquete de cunha.

Devem-se verificar também os grampos do cabo de aço usados em conjunto com soquetes de cunha. Estes devem ser presos à ponta descarregada (morta) do cabo conforme mostrado na ilustração a seguir.

Parafuso em U e Grampos de Fixação Deve ser tomado cuidado extremo para assegurar a direção correta de grampos

de parafuso em U. O segmento de parafuso em U deve estar em contato com a ponta

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cega (morta) do cabo de aço. A direção, o espaçamento, o torque e o número de todos os grampos devem estar de acordo com as especificações do fabricante do guindaste.

Emenda de Olhal Emendas de olhal têm um mínimo de três dobras completas. Outros detalhes de

emendas de olhais devem ser especificados pelo fabricante do guindaste. Eficiência de Terminação As terminações de cabos de aço não devem reduzir a resistência do cabo de aço

para menos de 80% da carga de ruptura nominal do cabo de aço.

Roldanas Deve-se verificar o correto posicionamento do cabo de aço no interior das

roldanas, como ilustrado abaixo:

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Todas as roldanas que são partes de algum sistema de içamento de guindaste devem cumprir esta especificação: o diâmetro do passo da roldana (D) até a relação (D/d) nominal do diâmetro do cabo de aço (d) não deve ser menor do que 18, como ilustrado a abaixo. Uma relação D/d maior resulta numa vida útil mais longa do cabo de aço. O contorno da ranhura da roldana deve ser suave e livre de defeitos danosos ao cabo de aço.

O quociente D/d continua a usar diâmetros de passo em oposição a diâmetros raiz ou de rosca. O quociente D/d de 18 foi escolhido como suficiente para a maior parte das aplicações marítimas de guindaste. Compradores de guindastes com ciclos de trabalho mais pesado ou uso severo devem considerar os benefícios potenciais de aumentar o quociente D/d. O aumento pode resultar em vida útil mais longa do cabo e reduz os custos de manutenção.

Quase todas as montagens de cabos apresentam uma ou mais roldanas montadas em blocos fixos e móveis (moitões) com padrões complexos de montagens para igualar as roldanas onde apenas um mínimo movimento do cabo é visível. Cada roldana deve receber um exame individual em inspeções periódicas. Quando a roldana fica marcada pela “impressão” do cabo, uma condição que pode danificar seriamente o cabo de aço. Cada roldana dever ser examinada no seguinte:

• Profundidade, largura e contorno do gorne; • Integridade da gorne; • Bordas quebras ou lascadas; • Rachaduras no núcleo, no raio, etc. • Sinais de contato dos cabos com a proteção • Rolamentos e eixos das roldanas • Condições anormais de utilização • Alinhamento com outras roldanas.

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3.4.4. Elevadores

Elevadores de lança e carga devem ser aprovados pelo fabricante do elevador para manejo de tripulação o que deve estar indicado na placa de identificação.

Os elevadores também devem estar em conformidade com as normas de desempenho e utilidade.

3.4.5. Freios e Embreagens

Freios e embreagens devem ser fornecidos com ajustes, onde necessário, para compensar o desgaste e para conservar a força adequada nas molas onde forem usados.

Quando são usados freios operados por potência que não têm ligação mecânica contínua entre os meios de acionamento e frenagem para controlar cargas, deve ser fornecido um meio automático para ajustar o freio, a fim de impedir que a carga caia no caso de perda da potência de atuação do freio.

Os freios devem ser aplicados automaticamente depois do retorno da alavanca de controle a sua posição central (neutra).

O abaixamento de carga ou da lança de guindaste somente deve ser feito com engatamento ao trem de potência. Abaixamento com queda livre da lança ou carga, não é permitido.

Guindastes projetados para controlar a descida de uma carga ou lança de guindaste exclusivamente por meio de modulação de um dispositivo de fricção devem ser capazes de operar por uma hora, elevando e baixando a carga nominal à velocidade nominal máxima numa altura de 50 pés (15 m).

O tempo de parada entre as operações de elevação e abaixamento não deve exceder três segundos.

O fluxo do fluido refrigerante (para o Sistema de Freio) deve ser mantido dentro dos limites especificados pelo fabricante do guindaste.

No final deste teste, o freio deve ter capacidade adequada para parar suavemente 110% da carga nominal a partir da velocidade nominal máxima no modo de abaixamento enquanto estiver baixando.

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3.4.6. Tambores

Todo(s) o(s) tambor(es) deve(m) oferecer um diâmetro de passo de cabo de primeira camada de não menos de 18 vezes o diâmetro nominal do cabo.

O flange deve se estender por uma distância mínima de 2,5 vezes o diâmetro do cabo de aço acima da camada superior do cabo, a menos que sejam oferecidos meios adicionais para manter o cabo sobre o rolo (isto é, placas mantenedoras, proteções de cabo, anéis de recuo, entre outros).

Por exemplo, o cabo de içamento principal de 1 ¼ pol (32 mm) de diâmetro deve ter 3 1/8 pol (79,4 mm) de folga acima da camada superior de cabo até a borda externa do flange.

Para evitar que o cabo possa se soltar do guincho, o número mínimo de voltas em qualquer tambor de guincho nos guindastes, está especificado pela legislação como sendo 5 voltas completas.

Critérios de Inspeção para tambores usualmente especificam o seguinte:

• Número mínimo de invólucros inativos sobre o tambor • Condição das ranhuras dos tambores, se não for um tambor liso. • Condição da superfície do tambor se for liso. • Condições das falanges do tambor. • Acessório de terminação do cabo. • Características do enrolamento do cabo. • Condição do cabo, particularmente nos “pontos de tensão” sobre o cabo.

3.4.7. Inspeção de Cabos de Aço Conforme a ABNT NBR 13541-

2:2012

Conforme a ABNT NBR 13541-2: 2012 - Linga de cabo de aço, Parte 2: Utilização e inspeção, as inspeções de cabos de aço deverão ser conduzidas no prazo máximo de 12 meses por uma pessoa competente. Ainda de acordo com esta NBR, em condições adversas estes prazos podem ser reduzidos. As medições devem ser realizadas de maneira própria, como ilustrado abaixo.

Durante o processo de inspeções, justificará o descarte de um cabo qualquer uma

das seguintes condições:

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• Quando houver um número visível de fios rompidos, e o trecho mais danificado, estiver acima do limite estabelecido em Norma; • Quando houver um ou mais fios partidos perto do acessório instalado (presilha, soquete, outros); • Quando houver uma redução de 15% do diâmetro nominal; • Quando forem encontradas pernas esmagadas ou mordidas; • Quando a deformação atinge, no ponto desfavorável, um desnivelamento superior a 1/3 do diâmetro do cabo; • Quando for observado estado de corrosão; • Seis Arames rompidos distribuídos aleatoriamente em um comprimento de 6 x “d”; • Quinze Arames rompidos distribuídos aleatoriamente em um comprimento de 30 x “d”; • Três Arames rompidos em uma mesma perna, em qualquer comprimento de seis vezes o diâmetro do cabo; • Dois arames rompidos no interior do cabo, em qualquer comprimento de seis vezes o diâmetro do cabo.

3.4.8. Inspeção de Cabos de Aço Conforme a ABNT NBR 4309:2009

- Equipamentos de Movimentação de Carga - Cabos de aço -

Cuidados, Manutenção, Instalação, Inspeção e Descarte.

A ABNT NBR 4309:2009 - Equipamentos de Movimentação de Carga - Cabos de aço - Cuidados, Manutenção, Instalação, Inspeção e Descarte - pode ser observada complementarmente, naquilo que diz respeito a orientações para a realização de inspeções de cabos de aço.

Segundo a norma, os seguintes equipamentos de movimentações de carga podem ser contemplados por suas recomendações:

• Pórticos de cabo; • Guindastes de convés e estacionários; • Guindastes flutuantes; • Guindastes móveis; • Pontes rolantes; • Pórticos e semipórticos rolantes; • Guindastes com pórtico ou semipórtico; • Guindastes-locomotivas; • Grua.

Adicionalmente, a norma técnica em questão prevê critérios para substituição de

cabos de aço, observando-se aspectos relativos à corrosão e à deformação.

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Conforme a Norma uma ruptura no vale pode indicar uma deterioração interna do

cabo, requerendo uma inspeção minuciosa neste trecho do cabo. Dois ou mais arames rompidos no vale, em um passo, recomenda-se o descarte.

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Áreas Críticas para Cabos de Aço Ainda conforme a ABNT NBR 4309:2009, os itens relacionados abaixo

representam áreas críticas a serem inspecionados em cabos de aço. As áreas descritas são ilustradas através da figura subsequente.

1. Inspecionar a extremidade do cabo no tambor. 2. Verificar a existência de falhas de enrolamento que causem deformações

(achatamentos) e desgaste, que podem ser graves nas posições de desvio transversal.

3. Verificar a existência de arames rompidos. 4. Verificar indícios de corrosão. 5. Procurar deformações causadas pelo alívio repentino de tensão. 6. Inspecionar o trecho do cabo que passa sobre a polia para verificar a

existência de arames rompidos e sinais de desgaste. 7. Pontos de fixação: 8. Verificar a existência de arames rompidos e indícios de corrosão; de forma

semelhante, verificar o trecho do cabo que está sobre ou ao longo das polias de compensação.

9. Procurar sinais de deformação. 10. Verificar o diâmetro do cabo. 11. Inspecionar cuidadosamente o trecho que passa no moitão, especialmente

aquele que está na polia quando o equipamento está com carga. 12. Verificar a existência de arames rompidos e sinais de desgaste da

superfície. 13. Verificar indícios de corrosão.

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3.4.9. ASME B30.2

A ASME tem definido aspectos inerentes à segurança de guindastes desde 1916. O padrão B30.2 aplica-se à construção, instalação, operação, inspeção e manutenção de guindastes aéreos e pórticos, operados manualmente e com potência que possuem uma ponte de viga única ou de múltiplas vigas.

Os requisitos incluídos neste Volume também se aplicam aos guindastes com as mesmas características fundamentais, tais como guindastes em cantilever, gruas semipórtico e guindastes de parede. Dentre as informações previstas está a tolerância quanto à redução máxima admissível em relação ao diâmetro do cabo, como ilustrado abaixo.

3.4.10. Cuidados Básicos – Cabos de Aço

Lubrificação A lubrificação dos cabos é muito importante para sua proteção contra a corrosão e

também para diminuir o desgaste por atrito pelo movimento relativo de suas pernas, dos arames e do cabo de aço contra as partes dos equipamentos como, por exemplo, polias e tambores. A lubrificação de um cabo de aço é tão importante quanto à lubrificação de uma máquina.

Nunca utilize óleo queimado para lubrificar um cabo de aço, pois contém pequenas partículas metálicas que irão se atritar com o cabo, além de ser um produto ácido e conter poucas das características que um bom lubrificante deve possuir. Ao adotar cuidados básicos aumenta-se a vida útil dos cabos de aço. Abaixo estão listadas algumas características que um lubrificante adequado para cabos de aço deve possuir:

• Ser quimicamente neutro e possuir boa aderência. • Possuir uma viscosidade capaz de penetrar entre as pernas e outros arames. • Ser estável sob condições operacionais e proteger contra a corrosão.

DIÂMETRO DO CABOREDUÇÃO MÁXIMA

ADMISSÍVEL EM RELAÇÃO AO DIÂMETRO DO CABO

Até 8 mm (5/16”) 0,4 mmAcima de 8 mm até 13 mm (1/2”) 0,8 mmAcima de 13 mm até 19mm (3/4") 1,2 mmAcima de 19 até 29 mm (1.1/8”) 1,6 mm

Acima de 29 mm até 38 mm (1.1/2”) 2,4 mm

Tolerância no Diâmetro

Obs.: É necessário ressaltar, porém, a correta medição do diâmetro. Desta forma, quando comprovada a redução no diâmetro, o cabo

deverá ser substituído

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A seguir são listados os lubrificantes recomendados para cada tipo de equipamento de guindar.

Recomenda-se que o ponto de aplicação do lubrificante seja preferencialmente

onde o cabo de aço passe por polias ou tambores, pois nesse momento ocorre uma abertura entre as pernas na parte superior do cabo de aço, favorecendo a penetração do lubrificante. A lubrificação pode ocorrer por: Imersão, Gotejamento ou Pulverização.

Instalação

É necessário atenção ao processo de instalação e recolhimento dos cabos de aço para o tambor do guindaste. Para o enrolamento em tambor liso, ou bobina, É importante que o cabo de aço, para que seja bem enrolado, seja fixado corretamente durante sua instalação.

Se isto não ocorrer, a primeira camada de enrolamento poderá apresentar falhas, provocando, consequentemente, ao serem enroladas as camadas superiores, amassamentos e deformações no cabo de aço, que diminuirão sensivelmente sua vida útil. Orientações para realização da instalação dos cabos de aço são descritas a seguir.

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A vista por trás dos guinchos, com o cabo para a direita, implica no seguinte:

A vista por trás dos guinchos, com o cabo para a esquerda, implica no seguinte:

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O flange deve exceder uma distância mínima de 2,5 vezes o diâmetro do cabo de aço acima da camada superior de cabo, a menos que sejam fornecidos meios adicionais para manter o cabo no tambor.

3.5. INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE CABOS DE AÇO

Construção Cabo de aço e uma ferramenta formada por arames,

pernas e alma. A perna é um conjunto de arames torcidos no

mesmo sentido, podendo ter mais de uma camada, dispostos ao redor de um arame central. As pernas são torcidas, de forma helicoidal, em uma ou mais camadas, ao redor de uma alma.

O fabricante do guindaste deve especificar a construção dos cabos de aço a serem usados para cada aplicação (por exemplo, linhas de lança e linhas de carga).

Recomenda-se que as exigências mais recentes da API Spec 9A sejam as especificações mínimas para os cabos de aço usados em guindastes marítimos. Os cabos devem ser adequados para a finalidade e a vida útil, previstas.

Carga do Cabo de Aço A carga do cabo de aço é definida como a força máxima do sistema gerado nos

içamentos de carga, nos sistemas de içamento e suspensão da lança pelos efeitos da carga nominal, peso morto, fora de prumo vento e geometria de içamento.

Fatores de projeto Os fatores de projeto de cabos de aço devem ser determinados multiplicando a

carga de ruptura nominal do cabo de aço individual pelo número de cabos de suporte e dividindo pela carga do cabo de aço. Os fatores nominais de cabo de aço destinam-se a

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responder pela eficiência do conector final e por uma eficiência total do sistema de amarração de 80% ou mais.

Sistemas de Içamento O fator de projeto de amarração de cabo de aço usado em sistemas de içamento

de carga e de içamento de lança não deve ser de menos de 2,5 vezes o Cv ou 5,0, o que for maior.

Sistemas de Içamento de Pessoal O fator nominal de cabo de aço de içamento de carga quando manusear pessoal

não deve ser menor que 10. Inspeção, Manutenção e Reposição (IMR) O fabricante do guindaste deve fornecer procedimentos de IMR para todos os

cabos de aço usados no guindaste. Almas de Aço As almas de aço garantem maior resistência ao amassamento e aumentam a

resistência à tração. A alma de aço pode ser formada por uma perna de cabo (AA) ou por um cabo de aço independente (AACI), sendo esta última modalidade preferida quando se exige do cabo maior flexibilidade, combinada com alta resistência à tração. Cabos de aço com diâmetro igual ou acima de 6,4mm, quando fornecidos com alma de aço, são do tipo AACI.

Um cabo de 6 pernas, por exemplo, com alma de aço apresenta aproximadamente um aumento de 7,5% em sua capacidade de carga na categoria IPS e aproximadamente um aumento de 12,5% em capacidade de carga na categoria EIPS em relação a um cabo com alma de fibra do mesmo diâmetro e construção. Sua massa também tem um aumento de aproximadamente 10%.

É de extrema importância que o trabalhador tenha ciência que, conforme a NR-34, Item 10.8, é proibida a utilização de cabos de fibras naturais na movimentação de cargas ou de pessoas.

4. PERIGOS DO AMBIENTE OFFSHORE E A PREVENÇÃO DE

ACIDENTES 4.1. PERIGOS DO AMBIENTE OFFSHORE

No ambiente offshore, caracterizam perigos às operações de guindaste offshore os seguintes itens:

• Posições das pessoas dentro da área da movimentação de carga; • Efeitos das atividades do helicóptero em operações de guindaste; • Súbitas mudanças de condições meteorológicas; • As forças dinâmicas sobre as cargas; • A movimentação de cargas perigosas; • Içamento cegos;

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• Proximidade da carga e os equipamentos de içamento; • Balanço da unidade offshore (na qual o guindaste encontra-se instalado).

Além dos perigos expressos anteriormente, há também a influência do fator

humano:

• Há o direito e a obrigação de interromper um trabalho se houver a qualquer dúvida sobre a operação de movimentação.

• O operador de guindaste precisa ter a capacidade de reconhecer os problemas que podem afetar a segurança na operação de movimentação como, por exemplo, fadiga ou experiência insuficiente em uma operação particular de movimentação de movimentação de carga.

• Capacidade de trabalho em equipe, por exemplo, lidar com conflito entre membros da mesma equipe, preocupações em relação à segurança e saúde dos membros da equipe.

4.2. PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Em virtude dos perigos e riscos inerentes às atividades desenvolvidas no ambiente offshore, é necessário que todo o pessoal envolvido em operações de movimentação de cargas, sobretudo o operador do guindaste, trabalhe priorizando ações que colaborem para a prevenção de acidentes. Portanto, a segurança das operações está baseada, também, na capacidade de percepção de risco da equipe de trabalho.

Percepção de Risco pode ser compreendida como o ato de tomar contato com um perigo por meio dos sentidos (audição, tato, olfato, visão e paladar), interpretar essa informação e então decidir o que fazer para evitar suas consequências.

Lembre-se: “Quando o trabalhador não percebe o risco é justamente quando mais se expõe aos perigos aumentando o risco de suas atividades e, como consequência, ocorrerem acidentes”.

As ações a seguir podem ser adotadas por operadores para a prevenção de acidentes, durante a realização de atividades com guindastes offshore:

• Verificação de segurança dos controles internos do guindaste. Teste os

controles para garantir que o equipamento irá funcionar com êxito. Certifique-se de que todos os controles estejam rotulados corretamente.

• Verificação nos ganchos, eles devem estar intactos, sem rachaduras, torções, dobras ou estiramentos. Confira as travas de segurança de cada gancho para verificar danos. Ouça todos os ruídos de moagem quando se moverem. Eles devem mover-se suave e silenciosamente.

• Verificar incidências de danos estruturais no bloco ou em qualquer um dos componentes. Os feixes sobre o bloco devem se mover suave e silenciosamente. Ouça e sinta se há problemas de desgaste nos rolamentos. Cheque qualquer dano na guarda da polia. Verifique se a guarda não está entrando em contato com a polia ou com o cabo de aço.

• Verificação no cabo de aço e nas cintas de segurança. Necessário observar por quaisquer dobras, desgaste ou cortes no cabo de aço e cintas.

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• Certificar-se do peso da carga e que tanto os estropos quanto as manilhas têm capacidade para suportarem a carga. O peso da carga deve estar escrito no Manifesto de Carga. Ter a certeza que a balança de carga está regulada para o moitão a usar, e de acordo com o estado do mar.

• Usar um moitão de cada vez e levantar uma só carga.

• Ter certeza que a carga está solta e livre de obstáculos antes de levantar, assim como esta bem amarrada. No mar, dar prioridade aos estropos múltiplos e ao duplo laço.

• Evitar sempre que possível, usar estropos na configuração de cesto para o levantamento de carga de navios.

• Tomar cuidado para que, tanto o moitão, carga ou estropos não rocem em estruturas ou peças de equipamento. Tentar dar folga para qualquer movimento inesperado.

• Nunca permitir que o moitão toque no deck ou qualquer estrutura. Os cabos têm de estar esticados pelo peso dos Moitões. Ao usar um moitão o outro deve permanecer próximo da cabeça da lança. Se estiver pendurado com um comprimento muito grande, pode com o balanço da lança ou do navio, chocar contra a própria estrutura da lança, sujeito a provocar algum estrago ou até ficar preso numa das treliças da lança, sendo muito difícil retira-lo de tal posição.

• Nunca rodar a carga por cima de pessoas ou aceitar levar alguém num moitão ou própria carga.

• Rodar o levantar a lança de modo a não provocar balanço de carga. Sempre utilizar guias não condutores de energia elétrica para posicionar a carga.

• Antes de rodar a lança, deve certificar-se olhando de que o caminho tanto da lança quanto da carga suspensa esteja livre.

• Executar manobras com calma, começando e acabando sempre, tão suavemente quanto possível.

• Com cargas pesadas ou difíceis de manobrar, efetuar apenas uma manobra de cada vez.

• Depois de suspender uma carga que esteja próximo do limite de capacidade do raio ou do ângulo o guindaste para esse peso, sempre que possível levantar mais lança para reduzir a tensão de carga sobre a lança, cabos esticadores, selim flutuante ou cavalete.

• Antes de voltar a colocar a lança no descanso (sempre sem carga), retirar os estropos, verificar a posição dos moitões, utilizar o freio do giro para melhor controle quando houver vento, e baixar a lança com toda suavidade, de modo a evitar o choque violento. Retirar a tensão da lança, deixando, no entanto os cabos ligeiramente esticados.

• Dar preferência, se possível, a sinaleiros com experiência. • Nas manobras de carga para rebocadores, sempre que possível, baixar a

carga diretamente sobre o mar, até uma altura operacional e só depois rodar a lança para a manobra com o navio.·.

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4.3. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO

A Ergonomia pode ser compreendida como o conjunto de estudos que visam à organização do trabalho e das relações entre homem e a máquina.

A necessidade de adequação dos equipamentos dos postos de trabalho está caracterizada na NR-17, item 4. O Item 4.1, da mesma norma, estabelece que todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado, assim como as condições ambientais de trabalho, como previsto no Item 5.1. Abaixo se ilustra um posto de trabalho adequado às necessidades do trabalhador de movimentação de cargas.

O posto de trabalho, propriamente dito, pode ser compreendido como um papel definido, que comporta instruções e procedimentos (o que fazer, quando fazer e como fazer) e meios (onde fazer, com o que fazer), a ser ocupado por um determinado sujeito (dentro de um determinado sistema de produção).

Uma percepção tradicional quanto ao posto de trabalho, poderá basear-se no estudo dos movimentos corporais do ser humano, necessários para executar uma tarefa, e na medida do tempo gasto em cada um desses movimentos.

Uma correlação equilibrada entre elementos do trabalho e o próprio trabalhador devem contemplar os seguintes aspectos:

• Conhecimentos sobre o comportamento do ser humano em atividade de

trabalho; • Estrutura geral da máquina (ou das máquinas); • Dimensões características (croqui, foto, fluxo de produção); • Órgãos de comando da máquina; • Órgãos de controle da máquina; • Princípios de funcionamento da máquina (mecânico, elétrico, hidráulico,

pneumático, eletrônico); • Problemas aparentes na máquina;

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• Aspectos críticos evidentes na máquina; • Levantamento dos diferentes sinais úteis ao ser humano; • Diferentes tipos de canais (visuais e auditivos); • Variedade de suportes (cor, grafismo, letras); • Frequência e repartição dos sinais; • Intensidade dos sinais luminosos e sonoros; • Dimensões dos sinais visuais (relação distância-formato); • Discriminação dos sinais de um mesmo tipo (ex: sonoro); • Riscos do efeito de máscara ou de interferência de sinais; • Dispersão espacial das fontes; • Exigência de sinais de advertência; • Importância das diferenças de intensidade a serem percebidas; • Número e variedade de comandos; • Posição, distância relativa dos sinais e dos comandos; • Grau de precisão da ação do operador sobre os comandos; • Intervalo entre o aparecimento do sinal e dos comandos; • Rapidez e frequência das ações realizadas pelo operador; • Grau de compatibilidade nos movimentos de diferentes comandos,

manobrados sequencial ou simultaneamente; • Grau de realismo dos comandos; • Disposição relativa dos comandos; • Grau de correspondência entre a forma dos comandos e suas funções; • Grau de coerência no sentido dos movimentos.

A aplicação dos conceitos supracitados pode ser ilustrada a seguir.

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4.4. MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS

São causas frequentes das lesões em postos de trabalho, envolvendo movimentação manual de cargas os seguintes itens:

• Levantamento; • Transporte; • Deslocamento.

Para prevenir acidentes provenientes da movimentação manual de cargas, recomenda-se:

• Evitar manusear cargas e objetos com apenas uma das mãos; • Para carregar ou manusear carga ou objeto com mais de 14 Kg,

obrigatoriamente fazê-lo com as duas mãos; • Não será permitido transporte manual de cargas acima de 20 Kg. por uma

única pessoa, a não ser que esteja definido em seu ASO (Atestado de Saúde Ocupacional);

• Se a tarefa for repetitiva, os limites acima deverão ser reduzidos; • Se a pega da carga ou objeto for ruim, os limites acima deverão ser reduzidos

significativamente; • Procure se possível, dividir a carga, é preferível fazer mais viagem a carregar

mais peso. É pertinente reforçar que ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço

que demande o emprego de força muscular superior a 20 quilos, para o trabalho contínuo, ou 25 quilos, para o trabalho ocasional, conforme o Artigo 390 da Consolidação das Leis do Trabalho.

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4.5. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

Use os equipamentos de segurança adequados, no intuito de evitar lesões durante a operação de um guindaste. Certifique-se de usar sapatos ou botas de segurança, capacete e óculos de segurança. Luvas de trabalho não podem estar perfuradas.

De acordo com a NR-6, Item 6, são responsabilidades do empregador.

• Adquirir o adequado ao risco de cada atividade; • Exigir seu uso; • Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em

matéria de segurança e saúde no trabalho; • Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; • Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; • Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, • Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. • Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas

ou sistema eletrônico. De acordo com a NR-6, Item 6, são responsabilidades do empregado, quanto ao EPI:

• Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; • Responsabilizar-se pela guarda e conservação; • Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, • Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

De acordo com o Item 9.3, da mesma norma, todo EPI deverá apresentar em

caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do Certificado de Aprovação (CA), ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.

4.6. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

Equipamentos de Proteção Coletiva representam todo dispositivo ou sistema de âmbito coletivo, destinado à preservação da integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a de terceiros. Os EPC têm como objetivo proporcionar a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, em geral.

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5. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS 5.1. FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES

Podem compor a Equipe de Movimentação de Cargas os seguintes participantes:

• CAPITÃO: Responsável final por todas as operações de içamento offshore, sob a legislação de navegação.

• GERENTE DE INSTALAÇÕES OFFSHORE (OIM): tem responsabilidade por operações de içamento relacionadas à execução dos trabalhos pertinentes.

• SUPERVISOR / PRIMEIRO IMEDIATO: deve garantir, que todo pessoal participa da atividade de içamento seja familiarizado com os procedimentos pertinentes e com os perigos associados ao içamento de carga.

• AUXILIARES: atua como um dos agentes do processo de movimentação de cargas e pessoas, apoiando esse tipo de atividade, acondicionando as cargas e seus respectivos métodos de amarração, até a preparação do ambiente de trabalho, através de isolamentos e sinalizações da área.

• GUINDASTEIRO / ENCARREGADO DE CONVÉS: profissionais treinados e habilitados a operar Guindastes da Unidade Operacional e executar competências de planejamento de movimentação de cargas.

• OPERADOR DE GUINDASTE OFFSHORE: Incluem-se aqui os operadores de guindaste e de equipamentos de elevação similares, aqueles que manejam os guindastes montados em plataformas e embarcações.

• SINALEIRO: profissional capacitado que realiza e verifica a amarração da carga, emitindo os sinais manuais necessários ao operador durante uma operação de movimentação de cargas.

5.2. SINALEIRO

O sinaleiro tem como principais responsabilidades, de acordo com a NR-34, Item 10.5, inspecionar e registrar no início de cada jornada de trabalho uma lista de verificação (check-list) nos acessórios de movimentação de cargas.

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5.3. CHECKLIST DO SINALEIRO E DEMAIS COMPETÊNCIAS

Ainda segundo a NR-34, Item 10.5, o Checklist do Sinaleiro deve contemplar, no mínimo, os seguintes itens:

a) Moitões; b) Grampos; c) Ganchos; d) Manilhas; e) Distorcedores; f) Cintas; g) Estropos e correntes; h) Cabos de aço; i) Clips; j) Pinos de conexões, parafusos, travas e demais dispositivos; k) Roldanas da ponta da lança e do moitão; l) Olhais; m) Patolas; n) Grampo de içamento; o) Balanças.

Além da realização da lista de verificações supracitada, outras competências

recaem sobre o trabalhador desempenhando o papel de sinaleiro. A NR-34, Item 10.17, estabelece que a movimentação aérea de carga deve ser orientada por sinaleiro. O Item 10.18, subsequente, indica complementarmente que o sinaleiro deve estar sempre no raio de visão do operador. O Item 10.18.1, da mesma norma, indica que na impossibilidade da visualização deste, empregar comunicação via rádio e/ou sinaleiro Intermediário.

É necessário que o operador do guindaste offshore seja capaz de distinguir facilmente o sinaleiro, dentre os demais trabalhadores. Para que se alcance este objetivo, a NR-34, no Item 10.19, indica que o sinaleiro deve usar uma identificação de fácil visualização, diurna / noturna, que o diferencie dos demais trabalhadores da área de operação. Um exemplo de acessório capaz de diferenciar o sinaleiro dos demais colaboradores é o colete cuja cor deve ser contrastante ao ambiente, como ilustrado abaixo.

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O operador, por sua vez, deve obedecer unicamente às instruções dadas pelo sinaleiro, exceto, quando for constatado risco de acidente, como previsto na NR-34, Item 10.20.

O sinaleiro deve estar dedicado exclusivamente a observar todos os aspectos do içamento fornecendo as instruções ao operador do guindaste pela duração do içamento e não deve desempenhar outras funções durante o içamento de cargas. Em resumo, o operador do guindaste deve permanecer em continua comunicação com a pessoa no controle da operação de içamento.

5.4. REGRAS E SISTEMAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Requisitos legais e documentações relevantes para operações de guindaste offshore, devem contemplar o seguinte:

a) Uma visão geral de legislação de saúde e segurança relevantes. b) Mecanismos para planejamento e avaliação de risco para realização de

operações de movimentação (para atendimento das normas relevantes às operações de movimentação e içamento de carga);

c) Normas internacionais relativas às operações de guindaste, se aplicáveis. Complementarmente, deve ser realizada uma

Análise Preliminar de Riscos quando a Segurança no Trabalho e/ou responsável da operação considerar necessário, conforme determinação da NR-34, Item 10.9. É relevante ressaltar também que a operação de movimentação de cargas deve ser impedida em condições climáticas adversas e/ou iluminação deficiente, como disposto no Item 10.10 da norma supracitada.

5.5. PROCEDIMENTO OPERACIONAL

Conforme a NR-34, no Item 10.11, para movimentar cargas, deve ser adotado o seguinte procedimento operacional:

a) proibir ferramentas ou qualquer objeto solto; b) garantir que a carga esteja distribuída uniformemente entre os ramais da lingada, estabilizada e amarrada; c) certificar-se que o peso seja compatível com a capacidade do equipamento; d) garantir que o gancho do equipamento de guindar esteja perpendicular à peça a ser içada, verificando a posição do centro de gravidade da carga; e) utilizar guia, em material não condutor de eletricidade, para posicionar a carga; f) sinalizar a área de movimentação, garantindo a proibição do trânsito ou da permanência de pessoas sob a carga suspensa;

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g) sinalizar, desenergizar e aterrar as redes elétricas aéreas localizadas nas áreas de movimentação ou, na impossibilidade da desenergização, assegurar que o dispositivo suspenso, ao ser movimentado, guarde o dobro das distâncias da zona controlada em relação às redes elétricas (conforme Anexo I da NR-10), mantendo o guindaste aterrado; h) assegurar que os dispositivos e acessórios de movimentação de carga tenham identificação de carga máxima, de forma indelével e de fácil visualização; i) somente utilizar ganchos dos moitões com trava de segurança; j) garantir que os cilindros de gases, bombonas e tambores somente sejam transportados na posição vertical, dentro de dispositivo apropriado; k) proibir jogar e arrastar os acessórios de movimentação de cargas; l) garantir que o cabo de aço e/ou cintas não entrará em contato direto com as arestas das peças durante o transporte; m) proibir a movimentação simultânea de cargas com o mesmo equipamento; n) proibir a interrupção da movimentação mantendo a carga suspensa; o) ao interromper ou concluir a operação, manter os controles na posição neutra, freios aplicados, travamento acionado e desenergizado.

É oportuno enfatizar a necessidade de se utilizar guia, em material não condutor

de eletricidade, para posicionar a carga, como previsto na NR- 34, Item 10.11. Ao dar suporte às operações de movimentação de cargas, use cabo guia com

comprimento suficiente para controlar a carga em suspensão. A seguir, encontra-se um modelo de checklist operacional, para ilustração da

aplicação dos conceitos expostos.

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Modelo de Checklist Operacional Legenda: S – Sim; N – Não; N.A. – Não Aplicável.

No. CONDIÇÃO A SER VERIFICADA S N N.A.

1 Para todo trabalho com movimentação de cargas, é elaborado Plano de Movimentação de Cargas (Também referido como Plano de Rigger)?

2 As tabelas de carga do equipamento e dos acessórios estão disponíveis no interior da máquina para fácil consulta?

3 A definição das cintas, cabos de aços e correntes a serem utilizados no içamento leva em conta o peso e as dimensões da carga?

4 As condições de trabalho são examinadas durante as manobras de equipamentos com cargas nas proximidades de fiação e instalações elétricas?

5 A área de movimentação de cargas, sua abrangência e giro da carga da movimentação da carga elevada é isolada evitando o trânsito de pessoas sob a carga?

6 A linha de carga está vertical durante todo o tempo? 7 Quando há possibilidade de colisão ou giro da carga durante a

movimentação, é utilizada corda guia?

8 É utilizada barra croque para alcançar o cabo guia evitando que o trabalhador fique sob a carga?

9 Os dispositivos de segurança do equipamento (por ex. fins de curso, travas do gancho, identificadores de peso da carga) são testados antes do início do trabalho?

10 É realizada inspeção visual dos dispositivos de içamento e movimentação que serão utilizados (manilhas, eslingas, cabos etc.), verificando seu estado (por ex. fios partidos em cabos de aço, estado de cintas)?

11 Todas as eslingas em uso estão perfeitamente apoiadas na parte interna do gancho, com a trava de segurança do gancho acionada, de forma a evitar que a eslinga se solte?

12 A carga é presa junto ao seu ponto de equilíbrio?

13 Para evitar o deslizamento da carga, é colocado calço de madeira entre o cabo e a superfície da carga?

14 Os ganchos do cabo de extensão são equipados com travas de segurança que não permitem o enganchamento acidental em cargas ou obstáculos?

15 Ao executar manobras que não permitam a visualização de obstáculos, existe um sinaleiro?

16 É proibido transportar materiais dentro de unitizadores amarrados por cordas de fibra em operação de movimentação de cargas?

17 Os acessórios auxiliares para movimentação da carga (por ex.: eslingas, correntes, cintas e unitizadores) são certificados?

18 São previstos dispositivos de segurança associados aos equipamentos e sistemas envolvidos na movimentação, do tipo: fins de curso, indicadores de carga, travas de segurança dos ganchos, alarmes sonoros e visuais?

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5.6. RECONHECIMENTO E INTERPRETAÇÃO DE SINAIS MANUAIS

Padronizar a comunicação implica na sistematização dos sinais manuais a serem utilizados no controle de operações com Equipamentos de Movimentação de Carga. Existem diferentes referências para orientação dos sinais manuais empregados em operações de movimentações de carga como, por exemplo, a ANSI B30.5 e a ABNT NBR 11436:1988.

Em caso de adoção da ANSI B30.5, a comunicação deve ocorrer conforme seu ANEXO B - SINALIZAÇÃO CONVENCIONAL, a menos que seja utilizado sistema de comunicação sonora (telefone, rádio ou equivalente).

Os sinais devem ser reconhecíveis (claros), audíveis ou visíveis em todos os momentos. Neste caso, o operador não deverá responder a menos que os sinais não sejam claramente entendidos. Os Sinais Convencionais devem ser fixados em local visível no Container ou Sala ou Camarote da Equipe de Movimentação de Carga ou junto aos Equipamentos de Guindar.

A ABNT NBR 11436 Sinalização manual para movimentação de carga por meio de equipamento mecânico de elevação – Procedimento, de 12 de Dezembro de 1988, fixa a sinalização manual para movimentação, por meio mecânico, de elevação, com guindaste, em serviço ferroviário. Ao ser adotada, o trabalhador poderá manter comunicação como será elucidado adiante.

A sinalização manual é feita por uma só pessoa (sinaleiro), posicionada de forma a ter ampla visão do equipamento de elevação e de sua área de operação, bem como poder ser plenamente visto pelo operador do equipamento (ABNT NBR 11436, Item 4.1).

Ainda conforme a mesma NBR, no item 4.1.2, o sinaleiro em operação fica destacado do restante do pessoal em ação na área de operação. Adicionamente, deverá acompanhar atentamente todo o percurso da carga e o operador ficará atento ao sinaleiro, como previsto no Item 4.2.

As condições específicas para adoção dos sinais estão descritas a seguir.

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6. IÇAMENTO DINÂMICO 6.1. CAPACIDADES DE CARGA

A Capacidade de Carga de um guindaste pode ser interpretada como o peso máximo que o equipamento é capaz de suportar, sendo este peso o resultado da relação entre o alcance tanto vertical quanto horizontal do equipamento.

A Capacidade de Carga também pode ser referida como Capacidade de Içamento, de acordo com o manual do fabricante do guindaste.

É oportuno enfatizar que a capacidade total do guindaste não significa que de fato se deve içar tal peso. Práticas seguras levam, necessariamente, em consideração o ângulo e a distância para içamento da carga, para que sua operação não se aproxime, ou exceda, os limites de segurança do próprio equipamento.

A seguir, são fatores que reduzem a capacidade de carga nos guindastes offshore:

a) Comprimento/Extensão da lança; b) Ângulo; c) Raio; d) Número de voltas de cabo no moitão principal; e) Condições climáticas; f) Técnicas de Operação; g) Resistência estrutural do Guindaste.

6.2. TABELA DE CARGAS

A Tabela de Carga é um documento que demonstra as Capacidades de Carga de cada guindaste relacionando essencialmente a altura da lança, seu ângulo e raio de operação. O documento poderá conter também outras informações relevantes, dependendo do fabricante. Para uma operação segura devem-se respeitar os limites de altura e capacidade de carga de cada equipamento.

Para uma correta interpretação da Tabela de Carga, define-se o seguinte:

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a) Comprimento da Lança: medida linear, em metros, da distância entre a base da lança e sua ponta;

b) Ângulo: medidas, em graus, das inclinações alcançadas por uma lança, em relação ao plano horizontal de fixação do guindaste;

c) Raio: medida linear, expressa em pés ou metros, da distância entre o centro de giro do guindaste e o centro de gravidade da carga.

De acordo com a NR-34, no Item 10.13, a cabine de operação do equipamento de

guindar deve dispor de:

“d) Tabela de Cargas máxima em todas as condições de uso, escrita em língua portuguesa, afixada no interior da cabine e de fácil visualização pelo operador.”

Abaixo se encontra ilustrada uma Tabela de Cargas.

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6.3. LEITURA E INTERPRETAÇÃO

A relação Relações entre Ângulos, Raios e Capacidades de Carga ocorre como descrita a seguir:

• Ângulo maior, carga mais pesada. • Ângulo menor, carga mais leve. • Raio maior, carga mais leve. • Raio menor, carga mais pesada.

As operações com guindastes deverão ser orientadas para os limites de cargas de acordo com o ângulo da lança

À medida que o comprimento da lança é aumentado ou o ângulo é diminuído, o limite também diminui. Estes limites de carga são válidos também para o “cabo de carga” ou para o bloco principal.

A linha da extensão da lança, ou linha rápida, terá uma capacidade carga muito menor. Não exceda a capacidade destes guindastes. Um guindaste inoperante pode parar as operações de uma plataforma.

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Abaixo se ilustra um modelo de referência de tabela de carga.

MODELO DE TABELA DE CARGA Capacidades máximas permitidas em Libras. Capacidades em conformidades com fatores de segurança do API e ABS. Comprimento máximo de lança de 80 pés. Capacidades estáticas (zero grau de inclinação). Sujeito aos limites do cabo de aço e içamentos na vertical.

Raio (em Pés)

ÂNGULO DA LANÇA ACIMA DA HORIZONTAL (NÚMEROS DE CIMA) CAPACIDADE EM LIBRAS (NÚMEROS DE BAIXO)

COMPRIMENTO DA LANÇA (EM PÉS) 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80

10 79°17’ 56,600

15 70°49’ 52,730

73°17’ 47,600

75°11’ 44,050

76°42’ 40,500

77°58’ 38,050

78°58’ 35,600

79°48’ 33,100

20 61°52’ 44,370

65°38’ 44,040

68°29’ 40,520

70°43’ 37,000

72°32’ 34,500

74°02’ 32,000

75°17’ 29,950

76°12’ 27,900

77°17’ 26,650

78°05’ 25,200

25 52°05’ 35,420

57°29’ 35,100

61°27’ 34,430

64°31’ 33,760

66°59’ 31,480

69°00’ 29,200

70°41’ 27,350

72°06’ 25,500

73°20’ 24,150

74°24’ 22,800

30 40°47’ 29,350

48°30’ 29,040

53°55’ 28,830

57°69’ 28,820

61°12’ 27,200

63°47’ 25,780

65°56’ 24,240

67°45’ 22,700

69°18’ 21,500

70°39’ 20,300

35 25°50’ 24,960

38°02’ 24,660

45°34’ 24,450

50°56’ 24,240

55°04’ 23,590

58°19’ 22,950

61°01’ 21,570

63°15’ 20,200

65°10’ 19,170

66°48’ 18,150

40 24°08’ 21,340

35°47’ 21,130

43°06’ 20,930

48°25’ 20,760

52°31’ 20,600

55°50’ 19,470

58°34’ 18,350

60°52’ 17,400

62°51’ 16,450

45 22°44’ 18,490

33°54’ 18,340

41°01’ 18,190

46°14’ 18,040

50°19 17,390

53°38’ 16,750

56°24’ 15,930

58°45’ 15,110

50 21°33’ 16,260

32°17’ 16,110

39°11’ 15,960

44°19’ 15,660

48°22’ 15,360

51°41’ 14,630

54°27’ 13,910

55 20°33’ 14,370

30°52’ 14,250

37°36’ 14,040

42°37’ 13,840

46°38’ 13,370

49°55’ 12,910

60 19°39’ 12,820

29°38’ 12,620

36°10’ 12,420

41°07’ 12,190

45°04’ 11,960

65 18°53’ 11,390

28°31’ 11,200

34°54’ 11,050

39°45’ 10,910

70 18°11’ 10,160

27°32’ 10,010

33°46’ 9,870

75 17°34’ 9,090

26°39’ 8,970

80 17°00’ 8,160

PESO DO EQUIPAMENTO MOITÃO PRINCIPAL 1000 LBS MOITÃO AUXILIAR

300 LBS

A seguir, ilustra-se um painel de informações, contendo um diagrama de carga, de um guindaste para interpretação das informações de elevação da carga.

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6.4. CARGAS DE SEGURANÇA

A intenção da especificação de Limites Operacionais Seguros é estabelecer parâmetros de segura para o guindaste em operações e condições previstas. Isto é obtido estabelecendo as cargas operacionais seguras baseadas em tensões permitidas para a unidade e em fatores nominais (como detalhado na API 2 C, Especificações de Guindastes Marítimos Montados em Pedestal). Abaixo as cargas seguras são detalhadas:

• Limite de Carga de Trabalho (Work Load Limit - WLL): é a carga máxima de utilização definido pelo fabricante. Esta carga representa uma força que é muito menos do que a necessária para fazer o equipamento de elevação falhar ou rendimento, também conhecida como a carga de ruptura mínima (Minimum Break Load - MBL). • Carga Segura de Trabalho (Safe Work Load - SWL): mencionada também como carga normal de trabalho (Nominal Work Load - NWL), é a carga máxima que um item do equipamento de içamento pode elevar, baixar ou suspender, sob condições específicas de serviço, isto é, a SWL pode ser menor do que a WLL. Normalmente indicada no equipamento pelo fabricante e é muitas vezes de 1/5 a resistência à ruptura mínima (MBL). Outros cálculos podem ser utilizados, tais como 04/01, 06/01 e 10/01.

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SWL ou WLL são calculados dividindo MBL (carga de ruptura mínima) por um fator de segurança (SF). Um exemplo disto seria uma carga que tem uma MBL de 2000 lbf (8,89 kN) teria um SWL ou WLL de 400 lbf (1,78 kN) e um fator de segurança de 5/1. Fórmula pode ser expressa da seguinte maneira WLL = MBL / SF.

7. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

Dispositivos de Segurança de um guindaste devem garantir sua integridade operacional, assim como a própria segurança da operação. Geralmente constituídos de elementos sensores indicam, ao operador, aspectos específicos que afetam a operação:

Tipo Função

Sensor (Célula) de Carga

Mede com precisão o peso e sentido da carga sendo içada.

Sensor Angular É um codificador digital que permite a detecção do ângulo da lança.

Sensor de Comprimento da Lança

Dispositivo para medição da deflexão de lanças telescópicas.

Tensiômetro Mede a tensão nos cabos dos guindastes.

Anemômetro Instrumento para registro e indicação da à força e a velocidade do vento.

Os diversos sensores instalados no guindaste podem ser empregados de maneira

combinada. As informações monitoradas podem incluir, não se limitando a, sensores de medição de carga; ângulo (0° a 90°) e comprimento da lança. As medições podem ser informadas através de telas de LCD, dispondo, adicionalmente, de alarmes de sobrecarga, sistemas de parada, leds para indicação de sobrecarga e excesso de elevação.

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Estes sistemas oferecem com vantagem o monitoramento automático da carga aplicada ao gancho dos guindastes, comparando a carga medida com a carga máxima permitida para cada posição do guindaste.

Ao se aproximar da capacidade nominal máxima do guindaste, o operador será avisado por alarmes sonoros e pela ação de corte de movimento.

7.1. USO CORRETO E COMO EVITAR INCORREÇÕES

O uso indevido de quaisquer dispositivos de segurança representa uma forma de violação das orientações pré-estabelecidas por fabricantes dos equipamentos; instruções locais de trabalho/procedimentos operacionais ou ainda normas de segurança cabíveis, e pode comprometer a segurança não apenas do próprio operador mas também de outros indivíduos.

É essencial que o operador busque, a todo tempo, aumentar seus conhecimentos acerca dos equipamentos disponíveis, seu comportamento e sobre as possíveis falhas que sejam capazes de comprometer seu funcionamento adequado.

É responsabilidade do operador utilizar os recursos disponíveis da maneira correta, para que se garanta a integridade do equipamento e também a segurança da operação.

Pode-se evitar incorreções quanto ao uso dos dispositivos de segurança através das seguintes ações:

• Empregar cada dispositivo apenas para o uso originalmente pretendido. • Utilizar apenas acessórios em perfeitas condições operacionais, de modo que

qualquer falha de ordem mecânica ou eletrônica possa ser devidamente identificada.

• Adotar integralmente as instruções relativas à inspeção e calibração pré-operacionais.

• Aderir às instruções de operação previstas pelo fabricante. • Adotar procedimentos de manutenção preventiva. • Investigar prontamente mensagens de Erro e Falhas.

7.2. INDICADORES AUTOMÁTICOS DE CARGA

Todo Guindaste instalado em Unidade Operacional deverá ter uma Célula de Carga instalada, aferida e certificada e em perfeitas condições de funcionamento.

A Célula de Carga pode ser incorporada a outros elementos sensores e compor uma solução integrada de monitoramento chamada de Indicador Automático de Momento de Carga (Load Moment Indicator – LMI).

O Momento de Carga pode ser compreendido como o produto de uma força e seu braço de momento. Especificamente o produto da carga e o raio da carga. Esta é a informação utilizada para determinação da capacidade de içamento do guindaste. O LMI complementa as habilidades do operador ao prover informações necessárias para realizar içamentos difíceis, através de guindastes modernos e mostrados na cabine do próprio operador.

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A responsabilidade quanto à correta operação do guindaste permanece como uma atribuição do operador, que deve garantir que todas as advertências e instruções providas sejam integralmente compreendidas e observadas. Como um complemento, o dispositivo não deve ser um substituto do bom julgamento do operador, assim como de sua experiência, e uso adequado dos procedimentos de segurança operacional.

A partir da integração de diversos elementos sensores, o Indicador Automático de Carga monitora todas as funções do equipamento e garante, ao operador, leituras contínuas da capacidade nominal do guindaste. As leituras mudam constantemente ao passo que o guindaste executa os movimentos necessários ao içamento. Caso a operação se aproxime de condições perigosas, o Indicador Automático é projetado para informar ao operador através de alarmes visuais e sonoros. Este tipo de solução também é capaz de prover, ao operador, informações acerca de dados geométricos específicos, tais como comprimento da lança principal (e auxiliar, se aplicável), ângulo da lança principal (e auxiliar, se aplicável), altura da lança, raio de operação, peso da carga sobre o gancho e peso total sendo elevado pelo guindaste.

7.3. INDICADOR AUTOMÁTICO DE CARGA – LSI

Este indicador monitora quaisquer combinações de célula de carga, Tensiômetro, ângulo de inclinação de lança, velocidade do vento e outros sensores (passíveis de configuração). Fabricante LSI Robway; Montagem em painel.

7.4. INDICADOR AUTOMÁTICO DE CARGA – 3B6

O indicador monitora a carga medida e a carga máxima permissível, o ângulo e o comprimento da lança, o raio de trabalho e a altura da lança, e permite o bloqueio hidráulico automático, em caso de operação insegura; mensagens e códigos de diagnóstico de falhas. Podem apresentar também Sistema antichoque do moitão; Data Logger e saída para Impressora. Fabricante 3B6; Montagem embutida ou em painel.

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7.5. INDICADOR AUTOMÁTICO DE CARGA - PAT

O Indicador Automático de Momento de Carga PAT, projetado pela PAT America, Inc., consiste em uma unidade central de microprocessamento, um console de operação, um sensor de comprimento e ângulo, transdutores de pressão e switches Anti-Two-Blocking. O Sistema opera baseado no princípio de referência/comparação do valor medido. O valor efetivamente medido, resultante da medição da força ou da pressão é comparado ao valor de referência, armazenado na memória do processador central, e avaliado pelo microprocessador. Quando este limite é atingido, um sinal de sobrecarga é gerado no painel do guindaste, onde está o operador. Ao mesmo tempo, movimentos perigosos do guindaste, como içamentos, expansão da lança telescópica (se aplicável) e descida da lança, serão impedidos.

Os dados fixos relativos ao guindaste, tais como tabelas de capacidade de carga, peso da lança, centros de gravidade e dimensões são armazenados em microchips de memória, na unidade central de processamento. Estes dados referem-se às informações usadas para calcular as condições de operação do equipamento.

O comprimento da lança e seu ângulo são registrados pelo sensor de comprimento/angulação montados no interior da bobina do cabo, que está montado na lança principal. O comprimento da lança, por exemplo, pode ser medido através do comprimento utilizado por este cabo, que é o mesmo utilizado como condutor elétrico para os switches Anti-Two-Blocking. A carga do guindaste é medida por transdutores de pressão conectados ao pistão e a haste lateral dos cilindros de elevação.

Abaixo estão listados diferentes modelos de Indicadores de Momento de Carga PAT (PAT Load Moment Indicator).

Modelo: PRS145 (2003). Modelo: DS 350GW (1996).

Modelo: Hirschmann DS 160 (2005). Modelo: Hirschmann Maestro.

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7.6. INDICADOR AUTOMÁTICO DE CARGA - MIPEG

A família de Indicadores Automáticos de Carga MIPEG possui design modular e é capaz de operar tanto como um simples indicador eletrônico de carga para o guindaste, quanto como Sistema de Monitoramento e Registro de informações como Carga dinâmica ou estática dos blocos; momento de torção dinâmica e estática; raio e número de voltas do cabo de aço; condições do mar e duração da elevação e dados operacionais.

Com o sistema, é possível armazenar uma análise completa de cada elevação individualmente e cumulativa ao longo da vida do guindaste. Estes dados podem ser transferidos para um computador, por exemplo. Adicionalmetne provê assistência nos pontos cegos, tornando a operação do guindaste mais segura; disponibiliza posicionamento do bloco principal, velocidade e comprimento de cabo recolhido e utilizado; controla sinais de alarme para posição de operação simultânea dos blocos e posição de fim de cabo nos guinchos; fornece registros em toneladas e milhas, e permite monitoramento 3D dos limites operacionais do giro do guindaste.

Os sensores de carga do MIPEG proporcionam informações tanto da carga estática como da carga de pico durante cada elevação. Simultaneamente, o indicador de inclinação, instalado na seção de pé de lança, mede o ângulo da lança fornecendo o ângulo de operação. Isto permite que o computador monitore constantemente a carga de trabalho segura em qualquer ângulo.

Sistema de alerta ao operador em caso de proximidade dos limites. Além disso, mantém o controle máximo das posições de giro e pode fornecer sinais de alerta anticolisão. Atualmente, compõem a família MIPEG os seguintes dispositivos:

• MIPEG 2000R - Monitoramento Dinâmico de Carga/Momento e Sistema de Registro; • MIPEG 2000NR – Indicador Automático de Carga Segura; • MIPEG RSI – Dispositivo Indicador de Direção e Velocidade de Cabo; • MIPEG OLM – Monitor de Limites de Operação.

Abaixo está indicado o modelo MIPEG 2000R.

As partes que compõem o sistema MIPEG serão ilustradas abaixo. Posteriormente

suas respectivas funções serão apresentadas. Vale lembrar que as partes sendo des-

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critas podem ser integradas de maneira customizada, de acordo com as necessidades do usuário do guindaste.

O sensor de velocidade de cabo MIPEG - é um codificador de eixo absoluto que

contará a quantidade de cabo em uso e a posição de gancho em todos os momentos. O sensor não é afetado por perda de energia. Resolução praticamente ilimitada tanto dentro de uma revolução quanto em múltiplas revoluções. Instalado no eixo do guincho ou outras peças giratórias.

O Display do Operador MIPEG foi projetado para facilitar a visualização usando

técnicas de exibição analógica e digital com foco nos recursos de "canto do olho" obtidos usando o ponteiro analógico grande e as cores e luzes verde / amarelo / vermelho.

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O MIPEG Computer Cabinet – representa uma caixa de aço que armazena um microcomputador que conterá todos os circuitos de interface necessários para os displays MIPEG; interface para entradas dos dados provenientes dos sensores e saídas de controle do guindaste.

O sistema pode conter um “Registrador de Uso de Guindaste" que armazena dados para cada elevação individual, assim como carga dinâmica e estática do gancho, raio de operação e outros dados operacionais conforme solicitado.

O Display Auxiliar serve para apresentação de texto, sinais alfanuméricos e gráficos de barras. Esta exibição é usada tanto como um indicador do medidor de velocidade do cabo, como o monitor de limite de operação e visor de anúncios.

O sensor de içamento de Carga e Momento não requer qualquer eletrônica para

realizar o monitoramento destes parâmetros. E possui diferentes tipos de construções para atender a diferentes tipos de guindastes.

O sensor de posição de ângulo é um codificador de eixo absoluto que

acompanhará a posição de marcha em todos os momentos e não será afetado pela perda de energia. Resolução praticamente ilimitada tanto dentro de uma revolução quanto múltiplas revoluções.

O Sensor mede a inclinação da lança e pode fornecer pré-aviso de ângulo lança e

permite a configuração de alarme final para evitar danos à lança.

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8. REVISÃO SOBRE PRÁTICAS 8.1. IÇAMENTO DE CARGAS

A Movimentação de Cargas pode ser dividida em três elementos principais:

Em função das características físicas das cargas, das maneiras como podem ser

acondicionadas, são definidas as estratégias de içamento. Toda a atividade, por mais simples que seja, deve ser planejada. O planejamento

deve contemplar não só a própria atividade do içamento, como também o ambiente onde essa atividade se desenvolverá.

A carga transportada deve ser observada como um todo, avaliando-se:

• Sinalização da área; • Dimensões e Peso; • Centro de gravidade do conjunto; • Documentação da carga (Manifesto carga); • Responsável da carga; • Inspeção de eslingas, cabos e todos seus acessórios utilizados; • Utilização de lingadas com coeficiente de segurança maior ou igual a 5; • Avaliação do Percurso, verificando os obstáculos; • Comunicação entre os envolvidos: operadores, sinaleiros e supervisores; • Local onde a carga será depositada possui espaço físico compatível para as

dimensões da carga e suporta o seu peso. A carga transportada pode ter as seguintes características físicas:

• Cargas sólidas; • Cargas líquidas; • Cargas gasosas;

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As formas de como as cargas podem ser acondicionadas são:

• Tambores metálicos, caixas de madeira, plásticas ou de papelão; • Contêineres para sólidos, líquidos, gases, Além de contêineres pressurizados

ou climatizados; • Pallets metálicos; • Cargas acondicionadas em sacas ou outros meios de contenção para cargas

à granel; • Cargas sem embalagem.

8.2. CENTRO DE GRAVIDADE

É o ponto relativo ao corpo no qual seu peso é igualmente distribuído:

O centro de Gravidade não muda ao reposicionarmos o objeto (neste caso, ao

reposicionarmos a carga). Centro de Massa de um corpo extenso ou de um sistema de partículas é uma

idealização utilizada em Física para reduzir o problema da ação de forças externas sobre este corpo ou sistema de partículas.

8.3. ESTABILIDADE

É importante, nas operações de Movimentação de Carga, preparar o objeto a ser movimentado de modo que permaneça equilibrado, isto é, estável, durante toda a manobra. Carga ESTÁVEL é aquela em que o Centro de Gravidade está diretamente abaixo do gancho principal através do qual o objeto será içado.

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A carga estará estável quando o ângulo “A” for maior do que o ângulo “B”.

A amarração do cabo deve ser feita em pontos localizados acima do nível do Centro de Gravidade, para manutenção da estabilidade da carga.

A carga ESTÁTICA consiste no peso da carga Bruta quando a carga estiver ESTACIONÁRIA.

A carga DINÂMICA é produzida pela mudança repentina de velocidade da carga e acessórios como: a) parada repentina; b) agarrar a carga; c) oscilação.

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Pode-se estabelecer também que a carga TOTAL do guindaste representa: carga estática + carga dinâmica. A carga LÍQUIDA: é o peso da carga. A carga BRUTA: é a soma do peso de todos os acessórios; carga; lingada; cabos.

Cargas podem apresentar estado de instabilidade. Nesta condição, o centro de Gravidade não está debaixo do gancho de elevação. Consequentemente, A carga irá se inclinar quando for suspensa. Isto ocorre porque existem cargas diferentes nas pernas dos estropos.

8.4. LINGADAS

Lingadas ou Eslingas (do Inglês, Slings) representam um conjunto de cabos de aço com uma determinada metragem, formado por duas ou mais pernas, contendo olhais (laços de cabo de aço) com sapatilho em uma extremidade, ligados por um anelão (na extremidade oposta).

Lingadas são equipamentos utilizados para diferentes tipos de operações de içamento de cargas, conectando uma carga ao equipamento de guindar, e sua capacidade pode variar de acordo com o diâmetro, ângulo e quantidade de pernas.

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8.5. ACESSÓRIOS

8.5.1. Cabos de Extensão

Existem diferentes acessórios que podem ser adotados em operações com guindastes offshore. Cabos de Extensão são cabos compostos de Anelão numa extremidade e Gancho (Gato) em outra extremidade, utilizados para conectar a carga a um guindaste. É extremamente importante estar atento quanto ao dimensionamento correto das extensões, que variam entre 3 e 6 metros de comprimento. As operações de Back load / Off load, deveram ser executadas com extensões de no mínimo 6 metros de comprimento e dimensionadas para os pesos de cargas compatíveis.

De acordo com a NBR 13541-2 a linga de cabo de aço de possuir marcação em

um dos lados do cabo de aço, e deve ter uma etiqueta de metal contendo as seguintes informações:

• Nome Fabricante. • Especificação. • Data do teste. • Numero do certificado do teste. • Limite da capacidade de carga (WLL). • Comprimento. • Diâmetro. • Angulação.

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8.5.2. Fatores de Segurança para Cabos de Aço

Devem ser observados também os fatores de segurança para cabos de aço, quanto ao seguinte:

• Carga de Trabalho: peso máximo permitido da carga em uso normal, fornecido pelo fabricante.

• Carga de Ruptura: maior força que o acessório é exposto durante o ensaio de tração (Carga de ruptura = Carga de trabalho x Fator segurança).

• Fatores de Segurança: relação entre carga de ruptura e a carga de trabalho, sendo os mesmos diferentes entre correntes, cabos e cintas sintéticas.

A seguir, a tabela indica fatores de segurança para diferentes tipos de cabos, e

posteriormente a tabela de angulações para cabos de aço.

Aplicações Applications Fator de Segurança/Safety Factor

Cabos estáticos Static cables 3 - 4Cabo para tração no sentido

horizontal Horizontal traction cables 4 - 5

Guinchos, guindastes, escavadeiras Winches,cranes,excavators 5

Pontes Rolantes Overhead cranes 6 - 8Talhas elétricas e outras Electric hoists and others 7Guindastes estacionários Stationary cranes 6 - 8

Laços Laces 5 - 8Elevadores de obras Construction elevators 8 - 10

Elevadores de passageiros Elevators 12

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8.5.3. Cintas de Elevação de Carga

Todos os usuários devem ter conhecimento de que lingas de fibra ou correia plana são particularmente suscetíveis a danos, e apresentam um risco potencialmente mais alto. É muito importante que elas sejam completamente inspecionadas antes e depois do uso. São recomendações de uso:

• Inspecionar a linga cuidadosamente antes do içamento, à procura de sinais

de danos como cortes, rasgos, abrasão, pontos rompidos ou partículas de corpos estranhos nas fibras.

• As que estiverem danificadas são inseguras e devem ser destruídas para prevenir o uso futuro.

• No caso de ligas redondas protegidas por uma camisa externa, quaisquer cortes na camisa podem indicar danos internos, de modo que elas não devem ser usadas e devem ser destruídas.

• Assegurar que elas não tenham sido expostas ao calor e afastadas de superfícies contaminadas com óleo, graxa e produtos químicos.

• Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações de peso e estabilidade;

• Nunca aplicar uma sobrecarga no acessório de elevação; • Nunca usar cintas avariadas; • No uso de cintas, nunca deixar a carga em contato direto com o piso; • Não posicionar a cinta em cantos agudos ou cortantes; • Ter critério para a escolha da cinta correta, compatível com o tipo de carga a

ser movimentada. As cintas podem ser de:

• Fibra; • Poliamida; • Polipropileno; • Nylon; • Poliéster.

Formas mais comuns de cintas:

• Cesto sem fim; • Com olhais sem e sem reforço; • Com terminais metálicos.

8.5.4. Cintas Sem Fim

Estes laços de cintas consistem em cintas de tecido de poliéster costurados no formato de anel. Podem ser usados como as cintas redondas, mas com limitações nas cargas de trabalho.

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8.5.5. Cintas Redondas

Consiste em laços sem fim fabricados com cintas de poliéster, com capas simples ou dupla, para protegê-las da sujeira e/ou desgaste.

Existem dois tipos de capas: costura de capa dupla, que proporciona uma cinta mais rígida, ou sem costura, para uma versão mais macia.

8.5.6. Cintas com dois olhais reforçados

Estas cintas são fitas com olhais em cada extremidade. As cintas redondas podem ter olhais, mas seu formato é mais robusto, por possuir alma de fibra e capa, torna-a mais adequada para içamento de cargas mais pesadas. São frequentemente utilizadas devido ao fato de sua maleabilidade evitar danos ao material a ser içado. Recomendações de uso para cintas com dois olhais reforçados:

• Usar somente cintas certificadas para operações de movimentação de cargas. • Inspecione a cinta cuidadosamente antes do içamento, à procura de sinais de

danos como cortes, rasgos, abrasão, pontos rompidos ou partículas de corpos estranhos nas fibras. As que estiverem danificadas são inseguras e devem ser destruídas para prevenir o uso futuro.

8.6. TIPOS DE AMARRAÇÕES

Diferentes tipos de amarrações implicam em diferentes capacidades de cargas, como descrito adiante. Calcula-se a capacidade de cada perna de carga da seguinte forma: Perna de Carga da Eslinga = (Carga ÷ 2) x Fator do Ângulo da Carga.

O multiplicador da carga é o efeito que o ângulo da eslinga produz. Por exemplo, a um ângulo de 60 graus a carga tem 1,2 vezes o seu peso real: 5.000 kgs x 1,2 = 6.000 kgs.

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Ângulo da Eslinga

Fator do Ângulo da Carga

90o 1

60o 1.155

50o 1.305

45o 1.414

30o 2

Admitindo-se uma mesma carga, sendo içada a partir de diferentes ângulos, é

possível identificar as variações da capacidade de carga, como ilustrado na figura abaixo. O cálculo necessário para obtenção de cada uma das capacidades ocorre da seguinte forma: 5.000 kg x 1,2 = 60o (6.000kg); 5.000 kg x 1,4 = 45o (7.000 kg); 5.000 kg x 2,0 = 30o (10.000 kg).

8.6.1. Fator de Ângulo de Carga

Comprimento da Eslinga equivale a altura do gancho até a horizontal. Você deve usar Comprimento sobre Altura para determinar o carregamento da eslinga.

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Um modo mais fácil de determinar o carregamento é usar uma fita métrica e encontrar 10 polegadas de altura, então medir daquele ponto para baixo até obter o comprimento. Divida o comprimento pela altura para obter o fator do ângulo da carga. Por exemplo: 12’ /10’ = 1,2. Esta será a carga real que a eslinga vai sustentar naquele ângulo.

Outra demonstração da alteração da capacidade de carga diz respeito a divisão da tração nas partes de um cabo, como ilustrado a seguir.

Variações quanto a capacidade de carga das eslingas também está relacionada à

disposição das cargas sendo içadas. Cargas Assimétricas implicam na redução da capacidade de carga em 50% quando

o içamento ocorrer com lingas de 2 ou mais ramais, como ilustrado abaixo.

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8.7. ANGULAÇÕES

Movimentação pode ocorrer utilizando apenas um ou mais acessórios. E para cada angulação aplicada, as capacidades de içamento irão variar.

A movimentação com Lingas de uma perna é mais simples. A carga pode ser igual à capacidade de carga da própria perna, como ilustrado a seguir.

Movimentação pode ocorrer utilizando Lingas de 2 pernas. Quanto maior a angulação

menor a capacidade de carga da Linga, pois as forças resultantes são crescentes.

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As lingadas (cada uma com capacidade de 1.000 kg) podem apresentar configuração perpendicular, como ilustrado abaixo.

A configuração perpendicular pode inclusive apresentar uma angulação própria, ao

invés de ser mantida em um ângulo reto (90º), como indicado anteriormente. Diferentes formas de angulações, para a configuração perpendicular, serão exemplificadas abaixo. Neste exemplo, cada lingada possui capacidade também de 1.000 kg.

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8.8. CARGAS E CONDIÇÕES DINÂMICAS

O operador do guindaste deve entender os termos Estáticos e Dinâmicos no que diz respeito às cargas e às condições referentes a elas.

A carga “Estática” de um guindaste significa que o efeito da carga sobre a máquina nunca é maior que o peso da carga.

A carga “Dinâmica” é aquela onde o efeito da carga sobre o guindaste é maior que o peso real da carga. Isto pode acontecer por várias razões. Aceleração repentina no guincho ou nos sistemas de levantamento da lança pode criar uma carga dinâmica. Cargas balançando em qualquer direção também aumentam o efeito da carga sobre a máquina e, além disso, forças direcionais começam agir. Cargas que são rapidamente baixadas e paradas de repente também provocam efeitos dinâmicos.

O ambiente marítimo por suas características naturalmente dinâmicas, relativas às condições não só oceânicas mas também atmosféricas, desafia a manutenção da carga em estado estático, como ilustra-se a seguir.

O operador de guindastes offshore deve lembrar-se que numa embarcação (rebocador) de suprimento, o bordo esquerdo olhando-se para vante, é o lado de bombordo. A luz de navegação a bombordo de uma embarcação de suprimento é vermelha e a luz verde representa boreste.

Ao trabalhar com navios, só permitir que o pessoal agarre o gancho (extensão) quando estiver na vertical da carga a ser içada, a carga esteja solta e transmita a ideia de que está bem amarrada.

Se várias cargas estiverem muito próximas umas das outras, tente trabalhar com folga na capacidade do guindaste (é o rebocador que vai à sonda ou plataforma, não é o guindaste que vai ao rebocador), de forma a evitar levantar duas cargas em vez de uma, ou um choque violento de carga.

Execute o levantamento (sempre que possível), só quando o moitão estiver na vertical e o rebocador na crista da onda (na parte final do seu movimento ascendente). Dar uma folga ao cabo devido ao movimento das ondas. Por exemplo, uma onda de três metros, faz o navio baixar ou subir 3 metros. Para alcançar o controle do balanço de uma carga, depois de levantar a carga do navio, sempre que possível e houver espaço, rodar a lança e a carga sobre o mar e tentar controlar o balanço de carga aí. Só depois é

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que deverá fazer o levanto. A carga para entrar na plataforma, sonda e deck de outro navio, deverá entrar com o mínimo balanço possível, e controlada por cabos guias.

O bom senso deve prevalecer no sentido de reduzir o peso total, dando margem para os efeitos dinâmicos das manobras e adversidade das condições atmosféricas, incluindo o vento. A não ser que sejam especificadas, as tabelas de capacidade indicam apenas capacidades brutas (líquidas).

As capacidades descritas incluem o peso de qualquer dispositivo suspenso à lança e a soma desse peso deve ser subtraída da tabela, para obter o peso líquido que pode ser levantado.

Mesmo que a carga possa representar um peso leve comparado com a tabela de cargas do guindaste offshore, pode na mesma ser considerado um levantamento crítico. Por exemplo, uma carga de 1 Tonelada pode ser insignificante num guindaste de 50 toneladas. Mas se a capacidade do guindaste em determinado raio for de 1,2 TON, já se considera um levantamento crítico.

Causas frequentes de balanço serão caracterizadas a seguir, assim como ações que podem ajudar a evitá-las.

Causas do Balanço Característica Como Evitar

Cargas laterais (excesso de tensão sobre a lança,

torcer ou empenar as roldanas).

Cargas colocada à esquerda ou à

direita/dentro ou fora do raio.

Ter o Moitão sempre na vertical, antes de levantar.

Movimentos rápidos. Giro ou inclinação da

lança.

Realizar movimentos lentamente. Para controlar o balanço, acompanhar o movimento da carga, na sua última fase; levantar

ou baixar a lança devagar.

Levantamento de cargas em navios.

Devido ao movimento dos navios, é muito difícil

fazer o levantamento com o moitão exatamente na

vertical. Saber acompanhar o

movimento do navio com a lança.

Procurar levantar a carga com o moitão na vertical,

(estropos devem estar esticados por igual). Rodar para o mar e

controlar o balanço antes de levantar.

Ação do vento (Barla Vento – Vento entrando Ou Sota Vento – Vento

saindo)

Reduz a resistência da lança.

Depende do volume e do peso da carga;

Ter em conta a velocidade do vento, e o limite especificado pelo

fabricante ou empresa.

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Os efeitos do choque de carga sobre o guindaste podem ser compreendidos a partir do gráfico ilustrado abaixo.

O tempo depende do comprimento da lança e do ângulo de elevação. O Gráfico

mostra o efeito de uma carga de 5 Toneladas vindo de encontro ao guindaste à velocidade aproximada de 2m/s.

Se um guindaste dispõe de um compensador de oscilação ou dispositivo de tensão de carga ou dispositivo de tensão constante, isto torna prevenção contra o choque de carregamento mais fácil. Entretanto, estes sistemas devem ser completamente entendidos e experimentados antes de serem usados em condições severas de tempo.

O vento também pode ser considerado uma condição dinâmica, pois é outra força agindo sobre o guindaste e a carga. O vento gera pressão sobre qualquer coisa no seu caminho é isto é importante em relação à lança ou à carga.

Uma velocidade de vento de 65 km por hora produz uma pressão de aproximadamente 25 kg por metro quadrado, e obviamente isto vai afetar as cargas com grandes áreas de superfície.

A mesma pressão recairá sobre a lança. Velocidades mais altas do vento naturalmente produzirão pressões maiores. As forças dinâmicas que atuam sobre cargas e os seus efeitos, incluir:

• Movimento da embarcação ou da estrutura. • Cargas hidrodinâmicas, que incluem: massa adicionada, flutuabilidade e forças de arrasto da carga. • Cargas que passam por wave/splash zone. • Arriamento ou recolhimento de cargas depositadas no leito marinho – efeitos de sucção (empuxo), incluindo: efeito de vácuo na carga presa ao leito marinho a qual requer forças adicionais para liberação do efeito vácuo. (comentar sobre exigência de cálculo de carga adicional).

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O operador deve obervar as seguintes práticas para mitigar of efeitos de uma carga dinâmica sobre o guindaste offshore:

• Exigência de cálculo de carga adicional e observação quanto à força quando

a liberação do vácuo no leito marinho. • Como o centro de gravidade da carga e do contrapeso será diferente ou

mudado à medida que ele se move da atmosfera para água e vice-versa. O operador de guindaste deve dar tempo para inundar ou drenar.

• Força de carga a ser afetada pela forma da carga, tamanho, peso ou conteúdo.

• A operação de movimentação de cargas deve ser impedida em condições climáticas adversas e/ou iluminação deficiente (Conforme a NR- 34, Item 10.10).

• Para evitar a rotação de cargas de cabos de elevação de cargas, em particular quando a carga está presa com menos partes de cabo, o gancho rotativo deve ser travado ao moitão por meio de seu pino de segurança. Quando a carga precisa ser girada, o distorcedor não deve ser travado, para que a carga possa ser mudada para sua posição de abaixamento designado.

• O giro da linha de carga pode ser reduzido em alguns casos, retirando o cabo de carga do tambor e desenrolando-o até esteja tão reto que se prendam cordas de sustentação a cada lado da carga para evitar sua rotação.

Adicionalmente, deve-se observar e analisar as condições de mar, para uma

segura operação de movimentação de cargas. Caso o içamento seja realizado em condição de mar agitado, a altura das ondas

deve ser avaliada criticamente. A magnitude do choque das cargas dinâmicas quando uma carga é içada, a partir

de um barco de apoio, por exemplo, depende da diferença das velocidades entre o gancho e o convés do barco de apoio no instante em que o cabo é tracionado e em que carga é suspensa.

Para uma dada altura de onda, a diferença de velocidades pode variar de aproximadamente zero (içamento executado com habilidade), até a máxima velocidade encontrada quando o barco se move para baixo.

Recomenda-se que a movimentação de cargas só seja permitida sobre a Unidade Operacional (U.O.) em caso de vento com intensidade máxima de 30 nós. E sobre o mar, com visibilidade de 03 km; vento com intensidade máxima de 27 nós e altura máxima das ondas de 03 m.

O estado do mar pode ser classificado numericamente, e é o resultado da combinação de fatores que afetam as condições do mar.

Estas condições incluem a velocidade do vento, altura das ondas, distância das ondas, profundidade das águas, marés, entre outros fatores. O estado do mar não deve ser confundido com o termo “condições do mar”, quando são dadas informações sobre o tempo.

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A tabela seguir é um guia dos estados do mar, em diferentes condições de velocidade do vento e provável altura das ondas.

O operador pode utilizar também o Gráfico de Cargas Nominais para diversas condições de operação.

A seguir estão ilustrados, respectivamente o Gráfico de Cargas Nominais para uma Plataforma Fixa e, posteriormente, para uma Plataforma/Unidade Flutuante.

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9. OPERAÇÃO DE GUINDASTE OFFSHORE 9.1. PRINCÍPIOS DE OPERAÇÃO

Antes de executar quaisquer atividades de içamento de carga, com um guindaste offshore, é necessário verificar tanto as condições operacionais do equipamento de guindar quanto à disponibilidade de sua documentação.

De acordo com a NR-34, são indispensáveis os seguintes documentos: Prontuário do Equipamento de guindar, o Checklist do Sinaleiro, o Procedimento operacional (a ser observado por todos os envolvidos) e, finalmente, o Checklist do Operador.

A partir da realização das verificações determinadas pela norma, o operador poderá prosseguir a operação do equipamento de guindar e realização das atividades de içamento como indicado a seguir.

9.2. INSPEÇÃO ANTERIOR À PARTIDA

Para início das atividades, antes da partida do motor, diariamente, recomenda-se inspecionar o guindaste offshore quanto ao seguinte:

1. Óleo* do motor; 2. Resfriador do motor; 3. Fluido* do motor; 4. Caixa de correntes; 5. Carcaça das engrenagens da plataforma; 6. Caixa de engrenagem cônica central; 7. Óleo* do giro hidrostático.

*Estes níveis precisam estar corretos, conforme indicação do fabricante.

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A máquina deve ser verificada com cuidado quanto ao estado e à ajustagem dos seguintes itens:

1. Todos os cabos e polias 2. Cavaletes 3. Filtro de ar do motor 4. Todas as polias e correias 5. Radiador e mangueiras 6. Compressor e tomadas de ar 7. Desligamento automático da elevação da lança 8. Todas as embreagens e freios de elevação 9. Freios de segurança dos tambores 10. Freio do giro 11. Engrenagens expostas 12. Batentes da lança 13. Luzes e instrumentos do painel 14. Desengate a embreagens mestra antes de dar partida no motor.

É oportuno esclarecer que as listas de checagem apresentadas ao longo deste

documento, quando não forem provenientes de normas regulamentadoras ou normas técnicas que lhes complementem, são recomendações de boas práticas. Todo operador deverá aderir às orientações de cada fabricante, que constam no manual de cada equipamento, além das diretrizes e orientações providas por cada companhia.

9.3. PROCEDIMENTO DE PARTIDA

Para que se dê a partida no equipamento de guindar, recomenda-se que o operador de guindaste offshore proceda da seguinte forma:

1. Ligue o interruptor do solenoide de combustível (quando equipado com ele). 2. Não acione o motor a mais que 30 segundos de cada vez, para não causar

avaria. 3. Se o motor não partir em 30 segundos, deixe-o descansar por 1 ou 2

minutos antes de tornar a dar partida. 4. Vire o motor a 800 a 1000 RPM, durante alguns minutos. À proporção que

ele aquece, vire-o a 75% da velocidade prevista, até que se aqueça por completo.

5. Reduza a velocidade do motor até ficar em marcha lenta e engate e embreagem mestra. Só engate a embreagem mestra à baixa rotação do motor.

9.4. ROTINA DE LEVANTAMENTO DE CARGA

A premissa básica da rotina de levantamento de cargas é a determinação do peso total da carga a ser levantada. O peso total dos cabos e outro cordame serão geralmente considerados como parte da carga a ser levantada. Isto estará especificado na Tabela de

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Cargas, na cabine do operador. O moitão de carga ou a bola de peso serão considerados parte da máquina.

Levantamentos feitos de um barco de trabalho ou outra superfície flutuante são considerados levantamentos “dinâmicos”.

Levantamentos feitos de uma superfície que é uma parte da estrutura de sustentação do guindaste são considerados levantamentos “estáticos”. Assegure que a amarração de roldanas do guindaste é suficiente para o levantamento pretendido, isto é, que o equipamento tem condições de suportar um içamento dinâmico ou estático.

9.5. TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS

A operação mais importante de todas, é aquela que envolve pessoas. Para transporte via marítima, o treinamento é obrigatório, independente do tipo de embarcação e da capacidade da cesta de transferência que poderá ser para quatro ou oito passageiros.

Deve ser realizada necessariamente por meio de Cesta de Transferência, que é um dispositivo movido por guindaste, capaz de transferir pessoas, com segurança, em transbordo marítimo entre unidade marítima e uma embarcação e vice-versa – como determinado pela NORMAM-05 (Diretória de Portos e Costas - DPC).

A transferência de pessoas será feita, em condições normais, somente durante o dia e com as seguintes condições ambientais:

• Visibilidade mínima de 3 km ou 1,6 milhas náuticas; • Vento com intensidade máxima de 30 nós ou 55 km/h; • Altura máxima da onda 3m.

Todas as operações de transferência de pessoal em ambiente offshore, por cesta

de transferência de pessoas, devem ser aprovadas pelo capitão da embarcação.

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9.6. TROCA DE IÇAMENTO

9.6.1. De Auxiliar para Principal

Recomenda-se que o operador proceda da seguinte forma:

• Abaixe a lança até o máximo raio. • Recolha o cabo até que o moitão superior pare, ao alcançar o limite

superior. • Sobrepuje o limite superior, pressionando o botão “By pass de fim de

curso”, na alavanca do painel de controle e, mantendo-se nesta posição, deixe que o destorcedor entre suavemente em seu alojamento, a baixa velocidade.

A partir do exposto, o moitão estará pronto para operação.

9.6.2. De Principal para Auxiliar

Recomenda-se que o operador proceda da seguinte forma:

• Abaixe a lança até seu máximo raio. • Acione o içamento até que o limite superior pare o movimento. • Gire o botão de seleção do içamento para a posição de içamento auxiliar. • Abaixe a bola peso desde sua posição de estacionamento, até que passe

pelo limite superior. A partir do exposto, o içamento auxiliar esta, agora pronto para operação.

9.7. ÁREAS PROIBIDAS

Dentro da área de operação regular do guindaste podem existir raios de trabalho e setores do giro que sejam definidos como proibidos. Estas áreas são estabelecidas durante comissionamento a bordo.

O operador de guindaste offshore deve tomar ciência sobre as características da unidade na qual irá desempenhar suas atividades para identificar as áreas proibidas supracitadas.

9.8. PARADA DE EMERGÊNCIA DO MECANISMO PRINCIPAL DE ACIONAMENTO

A partir da cabine de comando a maquinaria e todos os movimentos do guindaste podem ser parados pressionando-se o botão “PARADA DE EMERGÊNCIA”.

O proposito da parada de emergência é a disponibilização de um meio rápido de parar-se o guindaste numa situação de emergência, se o guindaste estiver fora de controle, ou se função comum de parada não funcionar. Todos os movimentos serão interrompidos suavemente e os freios serão aplicados.

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9.9. SITUAÇÃO DE CABO PRESO

Se o gancho é fixado ao barco de apoio nos movimentos das ondas do mar, o cabo pode ser puxado pelo barco, a menos que seja solecado pelo operador. Se o cabo é solecado, óleo irá passar do lado pressurizado do sistema hidráulico de içamento para o retorno, através de uma válvula by-pass de alta capacidade, a uma pressão constante.

Esta válvula será capaz de evitar sobrecarga ao guindaste se gancho de alguma forma ficar preso ao barco de apoio, desde que os freios não sejam aplicados.

Quando o guindaste estiver operando níveis do gancho que indiquem tratar-se de operação marítima (içamento para o mar), o freio de içamento irá se liberar automaticamente e a carga será suspensa apenas pela pressão do óleo hidráulico.

Se a diferença de velocidades for extrema, (barco movendo para baixo numa crista com o gancho a plena velocidade de içamento), o guindaste pode ser ainda mais sobrecarregado. Se o cabo for puxado a uma velocidade muito alta, o motor irá bombear uma grande quantidade de óleo no sistema, podendo ser danificado. É importante que o operador do guindaste solte o cabo imediatamente se ocorrer uma situação de cabo preso.

9.10. LIBERAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Além da funcionalidade de parada de emergência, guindastes também podem ser providos da funcionalidade operacional denominada ‘liberação de emergência’ automática monitorada. Adicionalmente, uma função de liberação em emergência manual também é disponibilizada. O guincho de içamento pode ser liberado puxando-se uma alavanca próxima ao assento do operador. Acionando-se, a mesma seja voltada à posição de parada. O sistema retorna, então, à operação normal.

A função de liberação de emergência é prevista para situações em que o gancho tenha-se enrolado de algum modo no barco de apoio e não possa ser abaixado via alavanca de controle, ou situações julgadas perigosas pelo operador, de forma que este julgue necessário abandonar seu posto. A liberação de emergência operará mesmo se as máquinas de acionamento não forem acionadas e mesmo faltando energia (força hidráulica de reserva).

9.11. PROCEDIMENTO DE PARADA

O moto do guindaste pode ser desligado depois do seguinte: • Abaixar a carga até o chão; • Ajustar o cachorro do tambor de elevar a lança, todos os freios de segurança dos tambores e o freio de segurança do giro; • Reduzir a aceleração do motor até meia marcha e deixa-lo funcionar alguns minutos para reduzir gradativamente as temperaturas internas. Depois, reduzir a aceleração até a marcha lenta e desengatar a embreagem mestra. O motor pode agora ser desligado.

Recomenda-se que o operador evite períodos prolongados de marcha lenta do motor. Se isto não puder ser evitado, por o motor sob carga, a cada duas horas,

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aproximadamente, para descarbonizar as camadas de combustão. Veja os manuais do fabricante do guindaste, para informações completas de operação e manutenção.

9.12. UTILIZAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE CONTROLE

9.12.1. Governador (do Conversor e do Motor)

Seu guindaste pode estar equipado com ambos, um governador de motor e um governador de conversor. Esses dois governadores são usados para limitar as velocidades máximas do motor e do eixo de saída do conversor de torque, que controlam por sua vez as velocidades dos tambores.

Para trabalhos de guindaste ou de elevação, ajustar o controle do governador do conversor na posição completamente aberta. Ajustar o controle do governador do motor em sua posição zero. O operador agora controla a velocidade do motor até o máximo, com o acelerador de pé. A alavanca de controle do governador pode ser colocada em qualquer posição, para manter o motor funcionando a uma velocidade desejada. Quando não está colocado a uma velocidade máxima, o acelerador de pé ainda controlará a velocidade do motor acima do posicionamento da alavanca.

O controle do governador do conversor irá limitar a velocidade do motor conforme desejada e assim controlar a velocidade máxima do giro do tambor.

Para velocidades altas em serviços de gancho, desligar o governador do conversor. Isto irá permitir ao motor ser operado à velocidade totalmente governada, com o uso do acelerador de pé. Por sua vez a velocidade do eixo do tambor aumenta e o resultado líquido vai ser a possibilidade de erguer ou abaixar uma cara com mais rapidez.

Ao fazer o serviço de gancho com alta velocidade, o calor excessivo se desenvolve no conversor de torque, principalmente ao levantar cargas pesadas. O calor é transmitido muito depressa. Examine o indicador de temperatura do conversor, situado no painel de instrumentos do motor, ficando certo de que o ponteiro não fique no vermelho. Se for reduzida a velocidade da máquina, para deixar o óleo do conversor esfriar.

9.12.2. Velocidade e Direção

Nos Guindastes tipo Diesel-Hidráulico, por exemplo, as funções de controle de velocidade e direção do guindaste são executadas por comandos posicionados em frente do operador. Estes controles estão projetados para retomarem e uma posição neutra quando liberados.

Esta característica construtiva provê um controle do tipo de “homem morto”, pois os controles hidráulicos estão projetados para parar todo içamento e abaixamento do guindaste, quando as alavancas de controle estiverem na posição neutra.

9.12.3. Frenagem

Nos guindastes do tipo Diesel-Hidráulico, por exemplo, cada guincho de içamento está provido de dois sistemas de frenagem. Um freio estático está provido entre o motor

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hidráulico e a engrenagem do guincho. Este é um disco múltiplo, acionado por mola e liberado por pressão. Um freio dinâmico hidráulico esta provido na porta de saída (quando baixando uma carga) do motor hidráulico. Ambos os freios são controlados automaticamente pelos controladores de comando ativados pelo operador de guindaste. O freio estático é somente liberado quando se abaixando uma carga. Uma embreagem propulsora permite que o freio estático permaneça engajado enquanto içando.

Nos guindastes do tipo Eletro-Hidráulico, A própria lança irá pressurizar o sistema quando o freio for liberado. Isto irá ocorrer cada vez que a alavanca de controle for movida para fora do neutro, após ter estado nesta posição por alguns segundos. A magnitude da queda irá depender do ângulo da lança de carga (queda é normal e menor que 5mm, medidos no flange do tambor).

9.12.4. Trava da Lança

Num guindaste do Diesel-Hidráulico, por exemplo, o guincho içador de lança está provido com um dispositivo de retenção auxiliar chamando garra de trava, ou “dog”. Pode também ser referido como Controle de garra de trava de içador de lança e é uma garra que ser engaja numa catraca no tambor do cabo. A garra de trava do içador de lança é automaticamente controlada pelos controladores de comandos acionados pelo operador do guindaste. A garra se libera quando a lança está sendo baixada e se engaja na catraca quando a lança esta sendo elevada. A garra retorna à posição de engajada quando o controle do operador ou retomado para posição neutra.

9.12.5. Limitadores de Ângulo

Nos Guindastes tipo Diesel-Hidráulico, O içamento da lança está provido com um sistema para restringir os ângulos máximos e mínimo da lança. Este sistema inclui duas válvulas montadas no corpo e um came montado na seção da base da lança.

O came e as válvulas serão ajustados para limitar a lança ao ângulo máximo (mínimo raio de trabalho) indicado no quadro de especificação de carga na cabine do operador. O ângulo mínimo (raio máximo de trabalho) é geralmente fixado baseando-se na ajustagem para o ângulo máximo. O sistema é projetado para interromper a função de içamento da lança aliviando-se o fluxo na porta de trabalho na válvula de controle direcional do içador de lança.

9.12.6. Içamento da Lança

Num guindaste eletro-hidráulico, por exemplo, o movimento de elevação da lança é controlado pelo movimento à vante e a ré da alavanca de controle de elevação. A velocidade do cabo de elevação é proporcional ao movimento da alavanca constante. Consequentemente a velocidade máxima do cabo cairá gradualmente, conforme aumente a carga no cabo, acima de uma dada carga.

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9.12.7. Abaixamento de Carga de Emergência

Os Guindastes de acionamento hidráulico possuem uma válvula de agulha e um T localizados na linha de pressão de liberação de freio do guincho que permitirão o abaixamento de carga de maneira emergencial. As instruções de emergência devem estar providas numa cabine do operador.

9.13. UTILIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE MONITORAMENTO

Todo guindaste deve ser continuamente supervisionado por um sistema interno de monitoramento. Se este descobrir uma falha, o operador será informado via mensagem na tela de textos, pela iluminação de luzes de alerta e alarme, e por sons. Algumas falhas são mais importantes que outras. Assim, todas as falhas monitoradas têm diferentes prioridades (como indicado a seguir).

• O sistema faz a diferenciação entre alertas de alarmes. • Um alerta é uma mensagem relativa a uma condição não crítica no momento, e que não necessita da atenção imediata do operador. • Um alarme indica uma que pode ser critica e que requer imediata atenção. • Quando um alerta ou alarme é registrado (por texto, luz e som), e o operador nota a mensagem, estes podem ser reconhecidos por meio do botão de ciência. • A mensagem ainda será mostrada, mas com apresentação menos evidente (o texto irá parar de piscar e o som sairá). • Quando o botão de ciência é pressionado, isto se aplica a mais importante mensagem sendo mostrada apenas. • Um alerta ou alarme continuará enquanto a causa estiver presente, cessando quando a dita causa sanar.

9.13.1. Telas de Textos e Lâmpadas

Todos os alertas e alarmes programados possuem um código de prioridade, de forma a distingui-los na situação em possam aparecer simultaneamente. O mais importante deles sempre irá aparecer no painel, na tela de textos.

O operador do guindaste pode varrer todos os alarmes presentes pressionando o botão “MOSTRAR ALARMES”. Alarmes de menor prioridade serão então mostrados no painel.

Alertas de alarmes são também anunciados por lâmpadas. Existem uma lâmpada azul e outra amarela para os alertas e uma vermelha para os alarmes. Estas indicam o tipo de aviso não distinguindo exatamente a causa do alarme (como tela). Todos os alarmes são mostrados, e não apenas o principal. As lâmpadas operam de forma independente do mostrador de textos.

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Lâmpadas para Alerta e Alarme

Alarme Geral Vermelho

Alarme Freio de Içamento Aplicado Vermelho

Alerta Geral Amarelo

Alarme Freio de Içamento Liberado Amarelo

Alerta Falha do PLC Azul

Tensão Constante Acionada Vermelho

A luz ficará acessa enquanto durar a condição que lhe deu a origem. O alarme é

indicado pelo soar continuo de um apito. É indicado alerta por um apito curto. Quando o alarme é reconhecido, o apito cessa (isto não é válido para sobrecarga de 110%, em que o apito soa enquanto estiver presente a carga).

9.13.2. Falhas

Em caso de falha na célula de carga para içamento, o guindaste NÃO pode ser operado normalmente. Se ela acontecer com uma carga no gancho, esta ser colocada em segurança e a falha reparada antes da execução de qualquer operação.

Em caso de falha do sensor de ângulo da lança pode-se continuar içamentos em plataforma, mas usando as cartas na cabine para verificação da SWL para o raio atingido.

Na falha do sensor de Momento, o operador pode continuar normalmente as operações sobre convés. Os sistemas de segurança para ”operação com embarcação” não estarão operacionais.

9.13.3. Sobrecargas

O guindaste é dotado de uma variedade de chaves limites, alarmes e funções lógicas de forma a prevenir sobrecargas.

A operação do guindaste fora dos limites de operação NÃO É PERMITADA, mas tal processo pode ser necessário em situações de emergência, ou pode ser também o resultado de uma situação não intencional.

A máxima pressão de óleo no sistema do guincho de içamento é limitada pela válvula de corte da bomba, a uma pressão correspondente a 20-30% de sobrecarga, dependendo da camada em que o cabo se situe no tambor. Esta é a máxima carga que o guincho é capaz de içar.

Para o guincho de carga auxiliar e guincho de carga principal, isto não é suficiente para sobrecarregar o guindaste em qualquer raio de carga, embora os alarmes de sobrecarga sejam ativados.

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9.14. SEGURANÇA OPERACIONAL Como atividades conflitantes que podem afetar as operações de içamento de

carga, é necessário atentar ao seguinte: trabalho nas proximidades de operações de convés e de helicóptero, por exemplo. Os Guindastes que possam interferir na zona de aproximação do heliponto devem ser abaixados e paralisados, quando estiver sendo esperado helicóptero ou quando estiver no heliponto com o motor ligado.

Devem ser analisados todos os tipos de interferências terrestres e aéreas como construções podem atrapalhar a operação do guindaste. Analisar os objetos a serem deslocados avaliar as devidas alturas, tamanho, espaço para giro e movimentação.

Condições ambientais suscetíveis de afetar a operação de elevação, incluir: condições meteorológicas adversas, o estado do mar, e de visibilidade e temperaturas extremas.

Não se recomenda a operação com guindastes e outros equipamentos pesados de movimentação de cargas sob intempéries. A má visibilidade devido à chuva, nevoeiros, ventos fortes, raios ou até mesmo estado do mar são situações climáticas podem aumentar a probabilidade de ocorrer acidentes e devem ser evitadas nessas situações.

Princípios de elevação seguros devem incluir: centralização do gancho, conhecendo o peso da carga e o caminho da carga, identificação dos perigos no caminho da carga e boas comunicações na operação de levantamento.

10. APLICAÇÃO E FIXAÇÃO DE CONCEITOS

10.1. PREPARATIVOS PARA REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES DE IÇAMENTO

É necessário que todo operador de guindaste offshore seja plenamente capaz de coordenar movimentos simultâneos para controlar o balanço de cargas dinâmicas; aplicar criticamente sua percepção quanto à altura e a distância da carga (em relação a outras cargas, obstáculos de percurso e ao próprio equipamento de guindar) às operações de içamento de cargas; além de adotar regras básicas de segurança.

Para tanto, recomenda-se que o operador aplique os seguintes conceitos:

• Planejamento da operação de içamento e os elementos chaves de um plano de içamento. • Técnicas de funcionamento do guindaste, incluindo: serie/controle de balanço, altura e julgamento de distância e coodernações dos controles do guindaste. • Complexidade de tandem lifts (içamento com dois guindastes) e ’tailing’ of loads (içamento com sistema de compensação). • Realizar a avaliação de risco na operação de içamento, identificando seus elementos principais. • Realizar reunião de segurança. • Garantir que todas as pessoas associadas à operação estejam cientes e compreendam suas funções e responsabilidades para a operação de içamento.

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• Avaliar os riscos associados à transferência de pessoal e o cumprimento da exigência de certificação do guindaste para transporte de pessoal. • Identificar áreas típicas inseguras e a posição do pessoal envolvido na operação de guindaste. • Verificações de adequações do guindaste na área de movimentação, incluir: dimensões da área de movimentação de carga, plataforma de carga, as questões de acessibilidade. • Verificar as condições do acesso normal e de emergência para o operador. • Cumprir os requisitos do plano de avaliação de risco e de elevação aplicável à operação de içamento com guindaste. • Realização de check pré-operacional do guindaste. • Realização de testes operacionais e funcionais do guindaste. • A operação do guindaste (sem carga) para ganhar familiarização e confiança dos controles e funções do guindaste. • Elevação, transferência e colocação de carga dentro da área de trabalho e capacidade segura de trabalho do guindaste. • Operação do guindaste seguindo o caminho planejado para a carga, evitando perigos e riscos de proximidade do solo. • Avaliação de altura e distância do içamento. • Operação simultânea de pelo menos de duas funções de controle do guindaste. • Resposta correta para os sinais manuais do sinaleiro e instruções de rádio. • Implementar corretamente os procedimentos de desligamento e tornar seguro a instalação da simulação do alarme de emergência do guindaste. • Respostas e ações corretas de um operador de guindaste offshore para avarias típicas de um guindaste e alarmes.

10.2. JOYSTICK

O controle da linha principal e da linha auxiliar pode ocorrer como descrito a seguir:

Controle de Giro Empurrar para a esquerda para girar à esquerda. Centro (neutro) para giro livre. Empurrar para a direita para inverter a ação ou para girar para a direita.

Controle Auxiliar Puxar para trás para içar. Centro (neutro) para frear a carga.

Controle da Lança Puxar para trás para elevar a lança. Centro (neutro) para manter a lança em posição.

Guindaste Principal

Empurrar para a esquerda para içar. Centro (neutro) para frear a carga. Empurrar para a direita para abaixar.

Lança Telescópica Puxar para trás para retrair. Posição central (neutro) para manter o comprimento. Empurrar para frente para estender.

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Representação joystick de comando de um guindaste offshore, para o lado esquerdo (mão esquerda).

Representação joystick de comando de um guindaste offshore, para o lado direito (mão direita).

10.3. EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

A seguir, tabelas serão apresentas e devem ser interpretas para fixação dos conceitos expostos até agora. Após cada tabela apresenta-se uma bateria de exercícios, a ser realizada em sala de aula.

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10.3.1. Tabela 1

10.3.2. Leitura em Relação ao Peso da Carga

Exemplo 1: Tendo nos sido dado um determinado valor para o peso da carga, por exemplo, de 7 toneladas, determinar qual é o máximo raio, ou máxima distância de alcance. Como este valor não se encontra na tabela, é necessário tomar como referência o valor imediatamente superior, neste caso 10 toneladas a que corresponde o raio máximo de 30 pés.

Pergunta 1: Qual é o máximo raio para o levantamento de uma carga que pesa 12.5 toneladas? Resposta: 25’ (pés).

10.3.3. Leitura em Relação ao Raio

Exemplo 2: Muitos trabalhos exigem que se saiba qual é o máximo raio para um determinado peso da carga. Se a distância ou o raio estiverem entre os valores da tabela, deve-se tomar sempre como referência o maior raio (mais próximo).

Pergunta 2: Para um raio de 27’ (pés), qual é a capacidade máxima de carga? Resposta: como 27’ (pés) já passa do 25’ (pés) terá se tomar com referência o valor de 30’ (pés) que corresponde um peso máximo de 10 toneladas.

10.3.4. Leitura em Relação ao Ângulo

Exemplo 3: Se o raio é a distância que separa o centro de rotação do guindaste do centro de gravidade da carga suspensa e, quanto maior for o raio, menor é a capacidade de carga, relativamente ao ângulo, o raciocínio deve ser feito ao contrário. Como quanto maior for o ângulo, maior é a capacidade, para qualquer valor dado entre valores de ângulo, procurar sempre como referência o próximo valor mais baixo para achar a capacidade máxima de carga.

Pergunta 3: Para o ângulo de 45° (graus) qual a capacidade máxima de carga? Resposta: como o valor de 45° (graus) não se encontra na tabela, deve tomar-se como referência o valor mais baixo, 40° (graus) a que corresponde ao peso de 5 toneladas (a um raio de 35’ (pés)).

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10.3.5. Tabela 2

MODELO DE TABELA DE CARGA Capacidades máximas permitidas em Libras. Capacidades em conformidades com fatores de segurança do API e ABS. Comprimento máximo de lança de 80 pés. Capacidades estáticas (zero grau de inclinação). Sujeito aos limites do cabo de aço e içamentos na vertical.

Raio (em Pés)

ÂNGULO DA LANÇA ACIMA DA HORIZONTAL (NÚMEROS DE CIMA) CAPACIDADE EM LIBRAS (NÚMEROS DE BAIXO)

COMPRIMENTO DA LANÇA (EM PÉS) 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80

10 79°17’ 56,600

15 70°49’ 52,730

73°17’ 47,600

75°11’ 44,050

76°42’ 40,500

77°58’ 38,050

78°58’ 35,600

79°48’ 33,100

20 61°52’ 44,370

65°38’ 44,040

68°29’ 40,520

70°43’ 37,000

72°32’ 34,500

74°02’ 32,000

75°17’ 29,950

76°12’ 27,900

77°17’ 26,650

78°05’ 25,200

25 52°05’ 35,420

57°29’ 35,100

61°27’ 34,430

64°31’ 33,760

66°59’ 31,480

69°00’ 29,200

70°41’ 27,350

72°06’ 25,500

73°20’ 24,150

74°24’ 22,800

30 40°47’ 29,350

48°30’ 29,040

53°55’ 28,830

57°69’ 28,820

61°12’ 27,200

63°47’ 25,780

65°56’ 24,240

67°45’ 22,700

69°18’ 21,500

70°39’ 20,300

35 25°50’ 24,960

38°02’ 24,660

45°34’ 24,450

50°56’ 24,240

55°04’ 23,590

58°19’ 22,950

61°01’ 21,570

63°15’ 20,200

65°10’ 19,170

66°48’ 18,150

40 24°08’ 21,340

35°47’ 21,130

43°06’ 20,930

48°25’ 20,760

52°31’ 20,600

55°50’ 19,470

58°34’ 18,350

60°52’ 17,400

62°51’ 16,450

45 22°44’ 18,490

33°54’ 18,340

41°01’ 18,190

46°14’ 18,040

50°19 17,390

53°38’ 16,750

56°24’ 15,930

58°45’ 15,110

50 21°33’ 16,260

32°17’ 16,110

39°11’ 15,960

44°19’ 15,660

48°22’ 15,360

51°41’ 14,630

54°27’ 13,910

55 20°33’ 14,370

30°52’ 14,250

37°36’ 14,040

42°37’ 13,840

46°38’ 13,370

49°55’ 12,910

60 19°39’ 12,820

29°38’ 12,620

36°10’ 12,420

41°07’ 12,190

45°04’ 11,960

65 18°53’ 11,390

28°31’ 11,200

34°54’ 11,050

39°45’ 10,910

70 18°11’ 10,160

27°32’ 10,010

33°46’ 9,870

75 17°34’ 9,090

26°39’ 8,970

80 17°00’ 8,160

PESO DO EQUIPAMENTO MOITÃO PRINCIPAL 1000 LBS MOITÃO AUXILIAR

300 LBS

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10.3.6. Interpretação da Tabela de Cargas

Pergunta 04: Qual o raio máximo para içar uma carga 25,780 lbs (libras) já fixada aos estropos, com 60’ (pés) de lança? Resposta: 25,780lbs + 1300 = 27,080 lbs = Raio na tabela de 25’ (pés).

Pergunta 05: Qual o peso máximo bruto que pode ser içado no raio mínimo, numa

lança de 60’ (pés)? Resposta: 12.820 lbs. Pergunta 06: Qual o ângulo máximo, estando a lança com 65’ (pés) e raio de 45’

(pés)? Resposta: 50°19’.

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11. CONSTANTES MAIS UTILIZADAS MULTIPLIQUE POR PARA OBTER

BAR 14,5038 PSI BARRIL 42 GALÃO BARRIL 158.9 LITRO BARRIL 0.1589 METRO CÚBICO BARRIL 5,6146 PÉ CUBICO

CENTÍMETRO 0.3937 POLEGADA CENTÍMETRO 0.03281 PÉ DENSIDADE 0.1199 GRAVIDADE ESPECÍFICA

GALÃO 0.02381 BARRIL GALÃO 3,785 LITRO GALÃO 0.1337 PÉ CÚBICO GALÃO 0.0038 METRO CÚBICO

GALÃO DE ÁGUA 8,34 LIBRA DA ÁGUA GRAV. ESPECÍFICA 8,34 DENSIDADE

LIBRA 453.6 GRAMA LIBRA 0.4536 QUILOGRAMA

LIBRA GALÃO 0,052 PSI/PÉ LITRO 0.0063 BARRIL LITRO 0.2642 GALÃO METRO 3,281 PÉ METRO 100 CENTÍMETRO

METRO CÚBICO 35,3147 PÉ CÚBICO METRO CÚBICO 6,2898 BARRIL

MILHA 1,61 QUILOMETRO NÓ 1,852 QUILOMETRO PÉ 12 POLEGADA PÉ 30,48 CENTÍMETRO PÉ 0,3048 METRO

PÉ CÚBICO 0,1781 BARRIL PÉ CÚBICO 28,32 LITRO PÉ CÚBICO 7,4805 GALÃO POLEGADA 2,54 CENTÍMETRO POLEGADA 0,0833 PÉ

PSI 0,0703 QUILOGRAMA / FORÇA QUILOGRAMA 2,2046 LÍBRA

QUILOGRAMA / FORÇA 14,2233 PSI QUILOGRAMA / FORÇA 0,9806 BAR

TONELADA 1.000 QUILOGRAMA

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15637 – Cintas têxteis para elevação de cargas, Parte 2: Cintas tubulares manufaturadas, com fitas tecidas com fios sintéticos de alta tenacidade formados por multifilamentos. 23 p. Rio de Janeiro, 16 Mai. 2012.

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