curso - introduÇÃo À teoria de redes

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Davide Carbonai [email protected]

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Curso ministrado pelo prof. Dr. Davide Carbonai

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Page 1: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Davide Carbonai [email protected]

Page 2: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

A força dos laços fracos | 1

Edward  

A amiga

de Edward  

A irmã da amiga de Edward  

O namorado

da irmã da amiga

de Edward  

A empresa

onde trabalha o namorado da irmã da amiga de Edward  

De Edward até a empresa

Granovetter, M., 1974, Getting a Job: A Study of Contacts and Careers, Harvard Universiy Press, Cambridge [ed. 1995, Second edition, University of Chicago Press, pp. 76-78].

A abordagem relacional: como procurar um trabalho  

Page 3: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

A rede a «laços fortes» é muito mais densa daquela a «laços fracos» («Ego’s weak Ties»); mas os «laços fracos» – as cadeias longas que favorecem o fluxo da comunicação – permitem alcançar melhor informações, estratégicas, a fim de encontrar uma oportunidade de trabalho.

A força dos laços fracos | 2

Granovetter, M., 1974, Getting a Job: A Study of Contacts and Careers, Harvard University Press, Cambridge [ed. 1995, Second edition, University of Chicago Press, pp. 76-78].

Page 4: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

CHIESI, Antonio M. 1999. L’analisi dei reticoli, Bologna: il Mulino. [Fig. 5.1]

Fig. 1 – Sociograma (grafo)

Def. Sociograma: representação visual de relações sociais Def. Grafos: representação visual de relações sociais a partir de uma matriz de dados. Basicamente, um grafo é constituído de “nós” (n) – conhecidos também como “vértices” – e de “ligações” (l) – ou seja, as “arestas” que conectam os nós.

Page 5: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Tipo de laço   Barnes (1972)  

Knoke-Kuslinsky

(1982)  Scott (1991)  

Wasseman-Faust (1994)  

Chiesi (1999)  

Troca econômica   X   X   X   X   X  Dom     X        Informações     X     X   X  Conversas         X    Interlocking directorates     X   X   X   X  Atitudes   X   X        Relações informais   X          -  Amicizade     X   X   X   X  -  Simpatia     X     X    -  Admiração     X     X    -  Respeito     X     X    -  Hostilidade     X        Relações formais   X         X  -  Poder       X   X   X  -  Autoridade         X    Parentesco     X     X    Filiação ou associação     X     X   X  Mobilidade       X   X    -  Espacial         X    - Social         X   X  

Barnes J. A. (1972), Social Networks, Addison-Wesley Module in Anthropology, 26, Addison-Wesley, Boston. Knoke D.; Kuklinsky j. H. (1991), Networks analysis: Basic concept, in Thompson G. et al. (org.), Markets, Hierarchies and Networks, Sage, London. Chiesi A. M. (1999), L’analisi dei reticoli, il Mulino, Bologna. Scott J. (1991), Social Networks Analysis. A handbook, Sage, London. Wasserman S.; Faust K. (1994), Social Network Analysis. Methods and applications, Cambridge Univ. Press, Cambridge.

Page 6: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

CHIESI, Antonio M. 1999. L’analisi dei reticoli, Bologna: il Mulino. [Fig. 5.1]

Fig. 1 – Sociograma (grafo)

Page 7: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Fig. 2 – Sociograma

VAZ, Glauber José. A construção dos sociogramas e a teoria dos grafos. Rev. bras. psicodrama, São Paulo, v. 17, n. 2, 2009 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-53932009000200006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 23 out. 2012.

Page 8: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Geralmente, na teoria dos grafos, as ligações podem ser consideradas “não-direcionadas” ou “direcionadas”, à medida que uma aresta parte de um ator (origem) e termina em outro (destino). Podem ser “pesadas” (valued ties) ou “binárias” (binary ties). A relação é definida como o conjunto dos laços: pode ser composta por um laço ou por um faixo de laços (caso da multiciplidade)

Page 9: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES
Page 10: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Amplitude do grafo (número de nós ou vértices): 10 Componentes (subgrupos de vértices conectados): 3 [1: (1, 2, 3, 4); 2: 5; 3: (6, 7, 8 , 9, 10)] Cliques (subgrupo composto por tríades de nós conectados entre si, com densidade máxima): 4 [1: (1, 2, 3); 2: (6, 7, 8); 3: (6, 8, 9); 4: (7, 8, 9)]

Page 11: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES
Page 12: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Nota: o gráfico da figura tem seis vértices. Na rede está presente um sub-grafo de três vértices conectados entre eles (onde a densidade é máxima, ou seja, uma “ligação”, composta por 1-2-5). O grafo consiste de vértices conectados diretamente ou indiretamente por meio de outros vértices (como 1 e 6, conectados por meio de 5 e 4). O vértice 4 representa uma “ponte de ligação”, pois a sua ausência desconectaria o gráfico em duas partes (chamadas de “componentes”).

Page 13: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Neste caso, o número máximo de ligações é 15. De fato, em uma rede com o número de atores igual a N, o número máximo de ligações em um grafo não-direcionado poderá ser encontrado utilizando a seguinte expressão:

2)1(

max−

=NNL

Eis a densidade em um grafo “não direcionado”, obtida pelo número de ligações reais, dividido pelo número máximo de ligações possíveis nesta rede. Posto que o número de ligações no grafo da figura é de 7, a densidade seria igual a 0,46: 7 (laços) divididos por 15 (número máximo de ligações na rede).

2/)1( −=

nnlD

Page 14: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Diâmetro e densidade

Page 15: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

A densidade em um grafo direcionado

Page 16: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Sociogramas: transitividade em três grafos (com mesma densidade)

Page 17: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES
Page 18: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES
Page 19: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

A abordagem estatística standard e a análise das redes sociais

Filosofia  em  Debate  -­‐  Os  Metodos  de  pesquisa  na  soçiedade  em  trasformação  -­‐  Davide  Carbonai  -­‐  [email protected]  

Estatística standard (ex.

uma sondagem de opinião)  

Análise das redes sociais  

Variáveis   Características do individuo  

Relações entre Ego e Alters  

Page 20: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Var. 1 Var. 2 Var. 3 Var. 4 …

Idade gênero … …

X 35 1 (M) … …

Y 27 1 (M) … …

Z 57 2 (F) … …

K 68 2 (F) … …

X   Y   Z   K   …  X   (…)   1   0   0  Y   1   (…)   1   1  Z   0   1   (…)   0  K   0   1   0   (…)  …  

Estatistica standard (sondagem de

opinião)

Análise das redes sociais

Page 21: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Gould, R.V. and Fernandez, R.M. 1989. "Structures of Mediation: A Formal Approach to Brokerage in Transaction Networks." Sociological Methodology, 19: 89-126.

A “Brokerage” de Gould e Fernandez

Page 22: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Duas centralidades: Local (Degree) e geral (Betweeness) A centralidade local (“Degree”) identifica o número de ligações entre o vértices x e os outros vértices. A estatística é definida pelo número de laços entre x e os nós adjacentes a x: para obter o grau de um determinado nó, g(ni), é preciso contar o número de laços do nó x. A “betweenness” indica o número de “caminhos geodésicos” – os caminhos mais curtos que juntam dois vértices quaisquer de uma rede – que passam pelo vértice x: esta estatística mede o número de vez que um “caminho geodésico” cruza x.

FREEMAN, Linton. C.. Centrality in social networks: Conceptual clarification. Social Networks, 1, 215-39, 1979.

Page 23: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Abordagem reputacional | As redes na sala de aula

Pergunta 38 : Entre os teus colegas, quem é, na tua opinião, o mais simpatico? ��� Pergunta 39 : Entre os teus colegas, com quem você se encontra com mais frequência?

CARBONAI, D. . Le reti sociali all interno della classe: un analisi sociometrica. Quaderni CESVOT, v. 41, p. 67-87, 2008.

No máximo é possível escolher 5 colegas

Page 24: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

A B C D E …

A - 1 0 0 0

B 1 - 0 0 1

C 1 0 - 0 0

D 0 1 0 - 0

E 1 1

0 1 -

… -

CARBONAI, D. . Le reti sociali all interno della classe: un analisi sociometrica. Quaderni CESVOT, v. 41, p. 67-87, 2008.

Abordagem reputacional | Matriz de Adjacência

Page 25: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

CARBONAI, D. . Le reti sociali all interno della classe: un analisi sociometrica. Quaderni CESVOT, v. 41, p. 67-87, 2008.

Estudar a integração social

Page 26: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES
Page 27: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Denominação matrizes de adiajencia

Dimensão concetual Laços Matriz de

Adjacência Análise de rede sociasi | Índices

Colaboração

Capacidade de colaboração entre os membros da Secretária

Colaboração (escala mín.-máx)

Deflação Assimétrica Simétrica Binária

Centralidade (degree), Cliques, Betweeness

Frequências dos encontros

Intensidade dos encontros (encontro de natureza política)

Número de encontro por mês

Assimétrica Simétrica Binária

Centralidade (degree), Cliques, Betweeness

Tempo (que as pessoas se conhecem)

Compartilhamento de experiências políticas (em passado)

Anos que os dois se conhecem

Assimétrica Simétrica Binária

Centralidade (degree), Cliques, Betweeness

CARBONAI, D. . Potere locale e politiche pubbliche. Una prospettiva relazionale. Quaderni di Rassegna Sindacale, v. 2, p. 205-221, 2004.

Abordagem reputacional | A secretária do partido

Page 28: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Fig. 1- Sociograma Número de anos que os dois membros se conhecem (matriz simétrica) GT 8 (mais que oito anos de conhecimento).

CARBONAI, D. . Potere locale e politiche pubbliche. Una prospettiva relazionale. Quaderni di Rassegna Sindacale, v. 2, p. 205-221, 2004.

Abordagem reputacional | A secretária do partido

Page 29: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

•  O problema da deflação em análise de redes sociais:

•  O novo presidente do partido •  A força dos laços fortes •  O abordagem reputacional e as

oportunidade de análise

 

Abordagem reputacional | A secretária do partido

Page 30: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Empresa

X Y Z K

Membros do conselho de

administração

Ann 1 1 0 0

Ben 1 1 1 0

Carl 1 0 0 0

David 1 0 1 0

Enrique 0 1 0 1

François 1 0 0 0

Giovanni 0 0 1 0

Abordagem posicional | Os “interlocking directorates”

Page 31: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

X Y Z K

X (…) 2 2 0

Y 2 (…) 1 1

Z 2 1 (…) 0

K 0 1 0 (…)

Abordagem posicional | As empresas

Page 32: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES
Page 33: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

A B C D E F G

A (2) 2 1 1 1 1 0

B 2 (3) 1 2 1 1 1

C 1 1 (1) 1 0 1 0

D 1 2 1 (2) 0 1 1

E 1 1 0 0 (2) 0 0

F 1 1 1 1 0 (1) 0

G 0 1 0 1 0 0 (1)

Abordagem posicional | Os diretores

Page 34: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Abordagem posicional | Os diretores

Page 35: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

V1 V2 V3 V4 V5

Emp1 5 3 21,5 11 3

Emp2 2 1 0 11 1

Emp3 3 2 3,5 11 2

Emp4 3 1 30 11 1

… … … … … …

Emp13 1 0 0 1 0

Emp14 1 0 0 1 0

V1: Size (Ego-N); V2: Ties (Ego-N); V3: Betweeness; V4: Reachability; V5: Cliques.

Page 36: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Carbonai, Davide (2006), Legami personali tra membri dei consigli di amministrazione nel sistema assicurativo Italiano. Un’analisi dei reticoli, POLIS, V, XX, 3, dicembre 2006, pp. 347-372

A rede dos administradores

Page 37: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Carbonai, Davide (2006), Legami personali tra membri dei consigli di amministrazione nel sistema assicurativo Italiano. Un’analisi dei reticoli, POLIS, V, XX, 3, dicembre 2006, pp. 347-372

A rede das empresas de seguro

Page 38: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

A rede das empresas de seguro

Dimensão de pesquisa   Tipo de relação   Caraterísticas da variável  

Estatísticas de posição no network (para cada empresa)  

Variável interveniente  (dependente-independente)  

As 18 estatísticas de rede são reduzidas a uma estatística por meio da ACP  

Idade (número de anos que a empresas existe)   Variável independente   Em anos  

Quota de mercado (em %)   Variável dependente   Em milhares de Euro  

Análises tri-variada

Page 39: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

  1.    2.   3.  

1.  Quota de mercado   (1)   -   -  

2. Componente principal (ACP)   0.37   (1)   -  

3. Idade (da empresa)   0.41   0.51   (1)  

A rede das empresas de seguro Análises tri-variada

Page 40: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Metodologia de pesquisa Projeto de pesquisa

•  16 «capitalismos» europeus (empresas listadas).

•  Estatísticas de rede para 16 capitalismos. •  Comparação das redes por meio de

estatísticas normalizadas. •  Hipóteses sobre as redes sociais. •  Hipóteses sobre a regulação dos

capitalismos. Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV

Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – http://www.ufrgs.br/sncp/4SNCP/GT_PolIntern/DavideCarbonai.pdf

Page 41: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

•  No caso dos «interlocking directorates» (ID), o diretor em comum entre conselhos de administração («boards of directors») de diferentes empresas, representa um laço («interlock» ) que as une.

•  O conjunto de laços (i.e. os «interlocking directorates») e de nós (as empresas) cria uma rede: cada vez que um diretor comparece em duas empresas, há um ID (laço) entre empresas.

•  Geralmente, a literatura considera este tipo de laço como um elemento de distorção do mercado, pois este criaria uma clara interdependência entre agentes independentes.

Metodologia de pesquisa Os «interlocking directorates»

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – http://www.ufrgs.br/sncp/4SNCP/GT_PolIntern/DavideCarbonai.pdf

Page 42: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

•  Os dados sobre a composição dos conselhos de administração das empresas Europeias listadas são coletados em janeiro 2010, pelo sistema Amadeus Bureau van Dijk Electronic Publishing (BvDEP).

•  Neste estudo, também os administradores “non-executive” podem tornar-se ID entre empresas.

•  Os administradores não executivos são responsáveis por determinar os níveis adequados de remuneração dos “executivos”, detém um papel importante no processo de nomeação e de remoção de cargos, têm poder de veto sobre as decisões do “executive board”.

•  Em linha teórica, o membro do “supervisory board” da empresa x pode ser ao mesmo tempo “executive” na empresa y e z.  

Metodologia de pesquisa Os diretores incluídos

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – http://www.ufrgs.br/sncp/4SNCP/GT_PolIntern/DavideCarbonai.pdf

Page 43: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Empresas

X Y Z K

Membros dos conselhos de administração

Edson 1 1 0 0 Ronaldo 1 1 1 0 Daniel 1 0 0 0 Davi 1 0 1 0 Adão 0 1 0 1

Vitorino 1 0 0 0 [...] 0 0 1 0

Exemplo: matriz de Incidência (i)

Metodologia de pesquisa Matriz de Incidência

Neste caso, por exemplo, o Edson e o Ronaldo fazem parte dos conselhos de administração das empresa X e Y: por meio deles, X e Y estão ligadas entre si. Em vez, não há laço nenhum entre K e Z.

Page 44: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

(ii) Exemplo de matriz de adjacência (Empresa por Empresa): número de ID entre empresas

X Y Z K

X (…) 2 2 0

Y 2 (…) 1 1

Z 2 1 (…) 0

K 0 1 0 (…)

Metodologia de pesquisa Matriz de adjacência

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – De 08 a 10 de Novembro de 2011 [email protected]

Page 45: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Itália

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – De 08 a 10 de Novembro de 2011 [email protected]

Page 46: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Bélgica

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – De 08 a 10 de Novembro de 2011 [email protected]

Page 47: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Reino Unido

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – De 08 a 10 de Novembro de 2011 [email protected]

Page 48: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Suecia

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – De 08 a 10 de Novembro de 2011 [email protected]

Page 49: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Finlândia

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – De 08 a 10 de Novembro de 2011 [email protected]

Page 50: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Figura 5 - Exemplo de grafo

Um grafo o é constituído de “nós” (n) – ou “vértices” – e de “ligações” (l) – ou seja, as “arestas” que conectam os nós. O grafo tem seis vértices (amplitude). Na rede está presente um sub-grafo de três vértices conectados entre eles (onde a densidade é máxima, ou seja: 1-2-5). Os vértices são conectados diretamente, ou indiretamente por meio de outros vértices (como 1 e 6, conectados por meio de 5 e 4). O vértice 4 representa uma “ponte de ligação”, pois a sua ausência desconectaria o gráfico em duas partes (“componentes”).

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – De 08 a 10 de Novembro de 2011 [email protected]

Sub-grafo com máxima densidade

O “vértice” – ou “nó” – 4 representa uma “ponte de ligação” entre dois sub-grafos.  

Page 51: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

A «Fragmentação» do capital | 1

No grafo 2, a fragmentação é menor (0,5): 3 (componentes) divididos por 6 (nós).

O grafo 1 representa um caso no qual a competitividade é máxima

(máxima «fragmentação» do sistema): cada nó representa um

componente. Neste caso, a fragmentação é igual 1: ou seja, 6 (componentes) dividido por 6

(nós).  

No grafo 3 a competitividade do

sistema é mínima, pois cada nó pertence à

mesma componente: um componente dividido por

6 (nós).

Máxima competitividade

Mínima competitividade

Page 52: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

A «Fragmentação» do capital | 2 Fragmentação

(número de componentes dividido

pela amplitude)

Amplitude (Size)

Número de componentes

Nós na componente

maior

Percentual de nós na

componente maior

Reino Unido 0,15 2155 323 1775 0,82 Bélgica 0,24 165 40 126 0,76 Suécia 0,31 464 146 276 0,59 Finlândia 0,4 126 51 65 0,52 Itália 0,44 243 107 128 0,53 Portugal 0,44 59 26 24 0,41 Espanha 0,47 696 324 215 0,31 Áustria 0,54 97 52 36 0,37 França 0,57 912 520 309 0,34 Dinamarca 0,59 170 100 18 0,11 Alemanha 0,61 942 572 135 0,14 Holanda 0,61 194 118 58 0,3 Irlanda 0,62 68 42 17 0,25 Grécia 0,72 275 198 9 0,03 Bulgária 0,79 261 207 8 0,03 Romênia 0,81 834 675 22 0,03

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – De 08 a 10 de Novembro de 2011 [email protected]

Page 53: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

A empresa e sua «centralidade» | 1

As empresas 4 e 1 são as mais “centrais” em termos de (centralidade no “degree”): que neste caso é igual a 3. A empresa 5 ocupa uma posição estratégica, embora se não em termos de “degree” : a empresa 2 para entrar em contato com 6 passa por 5, a empresa 7 para entrar em contato com a empresa 4 passa por 5, etc. A empresa 5 é uma empresa no meio de potenciais fluxos de comunicação que atravessam a rede (“betweennes”), intercepta os fluxos de comunicação – “caminhos geodésicos” – que unem os outros vértices da rede.

FREEMAN, L. C. (1979). Centrality in social networks: Conceptual clarification. Social Networks, 1, 215-39.

Alta centralidade de “contatos” (3 adjacências).

Alta centralidade de “contatos” (3 adjacências).

Alta centralidade de “betweeness”

Page 54: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

   Size  (Ego

network)  Centralidade

(Degree)  Deegre  

Normalizado   Betweeness   Betweeness Normalizado  

Alemanha   1,13   1,439   0,019   46,279   0,01  França   1,65   2,112   0,029   216,601   0,052  Reino Unido   5,81   6,588   0,044   3273,098   0,141  Itália   2,59   3,317   0,137   100,996   0,346  Espanha   2,66   3,267   0,067   172,899   0,072  Romênia   0,53   0,573   0,023   1,047   0  Holanda   1,11   1,32   0,114   26,49   0,143  Grécia   0,68   0,945   0,058   0,516   0,001  Portugal   1,66   2,508   0,721   9,119   0,552  Bélgica   7,42   8,776   0,572   83,194   0,622  Suécia   2,23   2,366   0,17   522,97   0,489  Áustria   2,04   3,072   0,64   46,485   1,019  Bulgária   0,57   0,774   0,099   0,245   0,001  Dinamarca   1,27   1,871   0,277   2,4   0,017  Finlândia   1,71   1,825   0,73   64,746   0,835  Irlanda   0,85   1   0,299   4,882   0,221  

A empresa e sua «centralidade» | 2

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – De 08 a 10 de Novembro de 2011 [email protected]

Page 55: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Clãs de empresas | 1  

MOKKEN, R.J, 1979, “Cliques, clubs and clans”, Quality and Quantity. 13:161-173.

Um «2-clã» é uma tríade de vértices ligados entre si a distância igual ou inferior a 2. No grafo são presentes dois componentes e três clãs: 6-4-3, 5-4-3, 6-4-5.

Um «2-clã»   Um outro «2-clã»  

Page 56: CURSO - INTRODUÇÃO À TEORIA DE REDES

Clãs de empresas | 2  2-Clãs   2-Clãs  

(Normalizado)  Romênia   56   0,067  Grécia   25   0,09  Dinamarca   26   0,152  Alemanha   165   0,175  Irlanda   13   0,19  Espanha   164   0,23  Portugal   14   0,23  Holanda   49   0,252  França   238   0,26  Bélgica   43   0,26  Áustria   28   0,288  Itália   77   0,31  Finlândia   43   0,34  Suécia   190   0,4  Reino Unido   1551   0,71  

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – De 08 a 10 de Novembro de 2011 [email protected]

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Fig. 9 – Empresas no componente maior (%) e Fragmentação

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – De 08 a 10 de Novembro de 2011 [email protected]

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Fig. 11 – Liberdade econômica (“Index of EconomicFreedom”) e “fragmentação” do capital na Europa

Carbonai, Davide. O Capitalismo dos Laços e sua Regulação. Evidências do caso Europeu. IV Seminário Nacional de ciência política. UFRGS, Porto Alegre (RS) – De 08 a 10 de Novembro de 2011 [email protected]