curso internacional de planejamento estratégico do desenvolvimento regional e local_31.10.12
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ELABORAÇÃO
Secretaria de Desenvolvimento Regional – SDR Secretário Sérgio Duarte de Castro
Departamento de Gestão de Políticas de Desenvolvimento Regional Diretora Adriana Melo Alves
Coordenação-Geral de Monitoramento e Avaliação de Políticas Regionais Coordenador-Geral Ubajara Berocan Leite
EQUIPE TÉCNICA
Thais Basto (Supervisão)Cleber AguiarItayana TeixeiraVirginia MirandaGabriela SilvaPriscila Muniz FrancoSamuel Menezes de CastroSuzana Dias Rabelo de Oliveira
Curso internacional de planejamento estratégico do desenvolvi-mento regional e local. / – Brasília : Debrito Propaganda, 2012.
128 p. : il. ; 21 cm.
Conteúdo do curso realizado em onze cidades brasileiras, ofere-cido pela Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR).
1. Políticas públicas. 2. Agentes públicos – capacitação. 3. Planejamento estratégico. 4. Gestão pública. I. Título.
CDD 351CDU 35.08
AGRADECIMENTO
Aos colegas e ex-colegas do Ministério da Integração Nacional por terem atuado, em algum momento, como coordenadores dos cursos realizados, e por terem colaborado no módulo a distância: Kleber da Silva Ban-deira, Marina Christofidis, Júlio Medeiros, Marcelo Caldas, Rogério Reginato, Roni Cézar Silva Almeida, George Adriano, Samuel Menezes de Castro, Suzana Dias Rabelo de Oliveira e Ubajara Berocan Leite.
Aos Monitores dos cursos pela participação em algumas edições: Ana Cristina Ferreira Assumpção, Andréia Alves Brandão, Delzimar Souza Braga, Denise Maria Rizzotto Zanella, Ilton Nunes dos Santos, Jamur Johnas Marchi, Leandro César Signori, Lenira Maria Fonseca Albuquerque, Lúcio Warley Lippi, Márcia Faccin, Maria do Socorro Soares de Oliveira, Paulo Henrique da Rocha Cunha, Rafael Tiago Godoy, Rannieri Sousa Pierotti, Ro-gério Alves de Paiva, Roni Cézar Silva Almeida, Roselani Maria Sodré Silva, Rozeema Falcão Gonzales e Susan Chaiana Egevarth.
A todos os Governos de Estado onde houve edição do curso, pelo apoio técnico e operacional.
Ao Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura – IICA por todo o apoio técnico, operacional e administrativo imprescindíveis à boa e exitosa realização dos cursos.
Aos professores do ILPES/CEPAL por todas as excelentes aulas ministradas. E aos palestrantes convidados para aulas eventuais durante os cursos.
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A ação planejada sobre o território assume papel fundamental em tempos de
globalização, o qual adquire importância ainda maior do que antes, pois é nele que a
população vivencia experiências que modificam a estrutura de seu dia-a-dia. Diante
da mistura de valores, costumes e práticas é que a cultura local se torna mais preponderante,
conferindo ao espaço territorial importância cada vez mais significativa e relevante.
O tema Desenvolvimento Regional mostrou-se essencial diante da realidade de
desigualdades no território, a qual possibilitou a realização de debates e formulação de políticas
públicas no Brasil, objetivando definir uma visão mais refinada e efetiva sobre o assunto. Depois
de um período em que foi relegado a um nível por demais secundário, o tema foi resgatado nos Planos Plurianuais (PPA) de 2004-
2007 e de 2008-2011, sendo levado adiante com mais intensidade e objetividade no PPA 2012-2015, o qual trouxe objetivos, ações
e atividades voltadas para o desenvolvimento de áreas menos privilegiadas e para o incremento de suas potencialidades.
No âmbito do Ministério da Integração Nacional – MI, a importância desse tema confirmou-se quando da elaboração do
planejamento estratégico desse ministério, que definiu como sua missão a de promover a integração nacional, o desenvolvimento
sustentável e a superação das desigualdades regionais do país, assegurando inclusão socioeconômica melhoria da qualidade de
vida, proteção civil e segurança hídrica para a população.
A Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) torna-se, portanto, uma estratégia primordial para a busca pela
redução das desigualdades regionais e pela ativação do potencial de desenvolvimento das regiões do país, valorizando a rica
diversidade apresentada pelas localidades brasileiras, além de chamar atenção para a necessidade de se planejar ações, implementá-
las de maneira eficiente, eficaz e efetiva e avaliar e controlar seus resultados. Seus principais instrumentos são os planos regionais
em escalas diversas, programas governamentais com perfil regional implementados não só pelo MI, mas por diversos parceiros
governamentais e não governamentais, e os fundos regionais, com destaque para os Constitucionais de Financiamento do Norte,
Nordeste e Centro-Oeste (FNO, FNE e FCO) e os de Desenvolvimento Regional do Nordeste e da Amazônia (FDNE e FDA).
Assim sendo, o foco é capacitar os agentes envolvidos com o processo de desenvolvimento territorial e torná-los em potenciais
atores no desenvolvimento regional e aplicar os conhecimentos adquiridos à sua realidade específica, visando contribuir para a
diminuição das desigualdades regionais que ainda persistem no Brasil.
Nesse contexto, o Ministério da Integração Nacional, sob a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Regional, desde
2006, realizou uma série de 18 cursos de planejamento estratégico do desenvolvimento regional e local. Nessa empreitada, o MI
contou com a valorosa parceria do Instituto Latino-Americano e do Caribe de Planejamento Econômico e Social – ILPES, órgão
vinculado à Comissão Econômica para a América Latina e Caribe – CEPAL, e do Instituto Interamericano de Cooperação para a
Agricultura (IICA). É de fundamental importância para o êxito desses cursos, a parceria com os governos estaduais no sentido
de viabilizar a logística para sua realização e mobilizar as administrações públicas dos municípios que se constituíram em objeto
de estudo dos alunos capacitados.
Fernando Bezerra Coelho
Ministro da Integração Nacional
PNDR: Desafios relacionados à ampliação da capacidade institucional
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A importância da capacitação para o fortalecimento da política nacional de desenvolvimento regional
O tema Desenvolvimento Regional foi resgatado pelo Governo atual como um de seus
eixos prioritários visando dar cumprimento à determinação constitucional relativa à
redução das desigualdades regionais, as quais devem ser superadas para propiciar
o desenvolvimento do país.
Diante da realidade brasileira que aponta severas desigualdades regionais, expressas
por meio de múltiplas escalas, o tema assumiu relevante importância como estratégia de
desenvolvimento e passou a se expressar com base na formulação de políticas públicas no
Brasil voltadas para o regional e local.
Nesse sentido, coube ao Ministério da Integração Nacional - MI elaborar uma proposta de política pública e levá-la à
discussão com a sociedade. Como resultado desse processo, surgiu a Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR,
que foi chancelada pelo governo por meio do Decreto Presidencial n° 6047, em 23 de fevereiro de 2007. A PNDR está em franco
processo de implementação, por meio de um elenco de programas e ações de diversos órgãos governamentais. O foco principal
da política, portanto, é dar dinamismo às regiões e proporcionar melhor distribuição e aproveitamento da produção no território,
a partir de ações planejadas e com posterior controle e avaliação.
Nesse processo de retomada efetiva da prioridade à chamada questão regional na agenda de governo, destacam-se a
difusão e divulgação do tema do desenvolvimento regional no âmbito da sociedade brasileira, tanto nas organizações públicas
quanto nas estruturas privadas e do terceiro setor.
O Ministério da Integração Nacional, sob a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Regional, e com a participação de
entidades vinculadas ao MI e de vários governos estaduais, promoveu 18 cursos de planejamento estratégico do desenvolvimento
regional e local. O MI contou também com a prestigiosa parceria dos organismos internacionais ILPES e IICA. Nesta publicação,
destacam-se os onze cursos realizados nos anos de 2009 a 2011 nas seguintes Unidades da Federação: Rio Grande do Sul,
Paraíba, Pará, Rio de Janeiro, Alagoas, Paraná, Santa Catarina, Maranhão, Espírito Santo, Distrito Federal e Goiás.
O objetivo principal desses cursos é propiciar melhor capacitação dos agentes envolvidos com o processo de desenvolvimento
regional e territorial nas diversas escalas espalhadas pelo país, e disponibilizar conhecimento técnico-científico para subsidiar a
tomada de decisão para a redução das desigualdades regionais que ainda persistem no Brasil.
Entende-se que ao capacitar os agentes regionais, estes atores possam ser efetivos protagonistas do processo de
desenvolvimento sustentável e includente de seus territórios, assumindo papel preponderante na gestão da Política Nacional de
Desenvolvimento Regional.
Sérgio Duarte de Castro
Secretário de Desenvolvimento Regional
O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), no Brasil, no
exercício de sua missão institucional, acumula e compartilha conhecimentos
e experiências em temas importantes para a agenda de desenvolvimento no
hemisfério.
Nesse sentido, vem construindo e atualizando propostas pedagógicas e metodológicas,
com vistas a oferecer a diferentes instâncias governamentais e não governamentais de
âmbito regional e local instrumentos ágeis e eficientes para o planejamento e a gestão de
processos de desenvolvimento sustentável.
No intuito de superar aspectos e estratégias convencionais de educação, o IICA sente-se desafiado a participar de iniciativas
de capacitação que desenvolvam capacidades e competências pessoais e institucionais, por meio de uma abordagem que
estimule uma visão crítica e reflexiva sobre a realidade, os problemas, as potencialidades e os desafios do desenvolvimento
sustentável regional e local.
Ao colaborar com a Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI) no planejamento
e na realização de cursos internacionais de Planejamento Estratégico do Desenvolvimento Regional e Local, promovidos no Rio
Grande do Sul, Paraíba, Pará, Rio de Janeiro, Alagoas, Paraná, Santa Catarina, Maranhão, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal,
o IICA reconhece a relevância da capacitação na concepção, na execução e na gestão de políticas públicas que priorizem o
desenvolvimento regional.
Portanto, o IICA, a SDR/MI e demais parceiros dessa iniciativa ratificam, com esta publicação, o propósito de intercambiar
e difundir conhecimentos e ferramentas de planejamento e gestão estratégica na busca da integração e da convergência de
políticas públicas de desenvolvimento regional e local.
Manuel Rodolfo Otero
Representante do IICA no Brasil
O IICA e o processo de capacitação em desenvolvimento regional
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A importância da parceria ILPES/CEPAL para a capacitação em desenvolvimento regional
O Instituto Latinoamericano e do Caribe de Planejamento Econômico e Social (ILPES) é um organismo permanente e com identidade própria, integrante da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL) que forma parte do Sistema das Nações Unidas.
Fundado em 1962, tem como missão central apoiar seus Países Membros no planejamento estratégico e na gestão dos assuntos de interesse público, mediante a prestação de serviços de capacitação, assessoria e pesquisa.
O ILPES tem realizado uma significativa contribuição no desenvolvimento de instituições e metodologias de planejamento e gestão, incluindo métodos e organização para projetos, sistemas de informação e contas nacionais; programação monetária e financeira; sistemas e metodologias de orçamentos públicos e metodologias de desenvolvimento local e regional.
No âmbito da formação de recursos humanos, foram dadas aulas em distintas modalidades de capacitação. Estas atividades estiveram respaldadas por um esforço sustentado de reflexão e pesquisa, evidenciado em um considerável número de textos, manuais metodológicos e difusão de experiências. Assim, até agora, publicou-se mais de 60 livros, muitos deles com dezenas de edições, e milhares de artigos e documentos de trabalho de ampla divulgação.
No âmbito da capacitação, o ILPES tem desenvolvido programas intensivos em diversas áreas, entre as quais a abordagem dos temas territoriais ocupou um lugar destacado. Em um grande número de atividades, nacionais e internacionais, buscou-se reforçar a potencialidade dos governos e sociedades locais e regionais no aproveitamento de seus próprios recursos para impulsionar processos de desenvolvimento endógeno.
Um dos principais desafios das atividades de capacitação territorial é compreender em detalhe o marco conceitual que explica a evolução dos modelos de desenvolvimento em nível mundial e que oferecem como cenário recente transformações econômicas, e as maiores exigências de flexibilidade nas formas de produção respaldam uma tendência para a descentralização e a promoção de processos de desenvolvimento endógeno orientados de baixo para cima.
Para conseguir estes propósitos, os cursos baseiam-se em métodos de capacitação ativa, orientada a profissionais que cumprem funções de importância institucional e sob a modalidade de “aprender fazendo”. Nesse sentido, busca-se a capacitação integral de um profissional habilitado para delinear e gerir planos estratégicos de desenvolvimento local, tanto do ponto de vista econômico, como social e político, entregando-lhe técnicas e métodos concretos de gestão, no contexto da globalidade dos processos de desenvolvimento regional e nacional no qual eles se inserem.
Com este Marco Institucional e respondendo à forte necessidade de implementar operacionalmente os objetivos da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, coordenada pelo Ministério da Integração Nacional (MI), firma-se um acordo de cooperação técnica entre IICA e CEPAL, respondendo à solicitação deste Ministério, com o objetivo de capacitar agentes públicos e privados dos distintos territórios do país. A parceria entre essas três instituições tem propiciado ao ILPES ter acesso a novas experiências de trabalho desenvolvidas nos distintos territórios, ter insumos que são utilizados posteriormente na construção de reflexões teóricas que são produzidas por nossas equipes de especialistas. O intercâmbio tem sido recíproco e possibilitado construção de conhecimento sistematizado sobre os eventos locais e regionais que estão sucedendo-se na América Latina.
Esse acordo tem como objetivo o estabelecimento de um marco geral de cooperação para o planejamento e a realização de cursos na temática de “Gestão Estratégica do Desenvolvimento Regional e Local”, segundo uma programação acordada entre o MI, a CEPAL e o IICA. De 2006 a 2011, realizaram-se 18 cursos em distintas cidades e microrregiões do país.
Esses cursos têm beneficiado agentes públicos de distintos Estados e Prefeituras, agentes privados de entidades sociais e econômicas e, consequentemente, além de propiciar aos territórios a obtenção de uma capacidade profissional instalada em temas de desenvolvimento local e regional.
Jorge MáttarDiretor do ILPES
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................................................................. 10
ESTRUTURA DO CURSO ................................................................................................................................................................... 12
EMENTAS DE DISCIPLINAS DO NÚCLEO COMUM ............................................................................................................................ 14
PALESTRANTES CONVIDADOS PARA OS CURSOS ............................................................................................................................ 17
METODOLOGIA PARA A ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL ....................................................... 18
PERFIL DOS PARTICIPANTES ............................................................................................................................................................ 22
DESAFIOS E ENCAMINHAMENTOS ................................................................................................................................................... 23
RESULTADO DOS TRABALHOS DOS CURSOS ..................................................................................................................................... 25
Curso Rio Grande do Sul ............................................................................................................................................................ 27
Curso Paraíba ............................................................................................................................................................................ 34
Curso Pará ................................................................................................................................................................................. 41
Curso Rio de Janeiro ................................................................................................................................................................. 48
Curso Alagoas ............................................................................................................................................................................ 55
Curso Paraná .............................................................................................................................................................................. 62
Curso Santa Catarina ................................................................................................................................................................. 69
Curso Maranhão ........................................................................................................................................................................ 77
Curso Espírito Santo ................................................................................................................................................................... 84
Curso Distrito Federal ................................................................................................................................................................. 90
Curso Goiás ................................................................................................................................................................................ 96
LISTA DE PARTICIPANTES ............................................................................................................................................................... 101
IMAGENS DOS CURSOS .................................................................................................................................................................. 124
Sumário
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Apresentação
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de estudo para esse curso foi o conjunto de 4 municípios do Sul Catarinense: Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Passo de Torres e Sombrio.
A 15ª edição ocorreu no período de 16 de agosto a 03 de setembro de 2010, em São Luís - MA, com 34 participantes. Esta edição teve a parceria do Governo do Estado do Mara-nhão, por meio da Secretaria de Estado da Indústria e Comér-cio e da Secretaria de Estado de Planejamento e Orçamento. A área de estudo foi constituída pelos municípios de Bacabei-ra, Rosário e Santa Rita, onde haverá a instalação da maior Refinaria da Petrobras no Brasil – Premium I.
A 16ª edição ocorreu no período de 28 de março a 15 de abril de 2011, no município de Anchieta - Espírito Santo, com 42 participantes. Esta edição teve a parceria do Governo do Estado do Espírito Santo. O curso centrou sua abordagem na região formada pelos municípios de Alfredo Chaves, An-chieta, Guarapari, Iconha e Piúma visando capacitar agentes públicos e privados para a elaboração de planejamento es-tratégico de desenvolvimento local e regional, abrangendo aspectos econômicos, sociais e políticos.
A 17ª edição ocorreu no período de 8 a 26 de agosto de 2011, em Brasília - Distrito Federal, com 39 participantes. Contou com a parceria do Governo do Estado de Goiás, por meio da Agência Goiana de Desenvolvimento Regional. O foco do curso abrangeu a região formada pelos municípios de Luziânia e Águas Lindas de Goiás, a fim de capacitar agentes públicos e privados para a elaboração de plane-jamento estratégico de desenvolvimento local e regional, abrangendo aspectos econômicos, sociais e políticos que possam ser adequadamente aplicados ao seu contexto.
A 18ª edição ocorreu no período de 19 de setembro a 7 de outubro de 2011, em Goiás, com 41 participantes. A parceria para a realização desta edição foi com o Governo do Estado de Goiás, por meio da Agência Goiana de Desenvolvimento Regional. O curso centrou sua abordagem na região formada pelos municípios goianos de Firminópolis, Sanclerlândia e São Luís de Montes Belos objetivando capacitar agentes públicos e privados para a elaboração de planejamento estratégico de desenvolvimento local e regional, abrangendo aspectos eco-nômicos, sociais e políticos que possam ser adequadamente aplicados ao seu contexto.
Diante do exposto, esta publicação presta contas à sociedade sobre a importância da estratégica de capaci-tação em desenvolvimento regional realizada pela SDR, contemplando os vários aspectos dos cursos realizados, centrados nos trabalhos de grupo, seus resultados e possí-veis desdobramentos.
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Avançando na estratégia de execução de ativida-des que ampliem a difusão e a divulgação da temática de desenvolvimento regional, e forta-leça a Política Nacional de Desenvolvimento Re-gional, o Ministério da Integração Nacional, por
meio da Secretaria de Políticas de Desenvolvimento Regional, vem atuando na capacitação de agentes públicos federais, estaduais e municipais, principalmente os que estão envol-vidos na implementação de planos, programas e projetos de desenvolvimento regional e local, com o intuito de reforçar o estímulo à integração e convergência de meios e propostas para a redução das desigualdades regionais e a potencializa-ção do desenvolvimento de diferentes regiões do país.
O Programa Nacional de Capacitação de Desenvolvimen-to Regional (PNCDR) vem sendo executado, por meio dos Cursos de Gestão Estratégica do Desenvolvimento Regional e Local, inseridos dentro do Eixo II do PNCDR, que busca dis-seminar conceitos e metodologias de planejamento regional aos gestores públicos e privados envolvidos na implemen-tação de políticas públicas de impacto territorial. A ideia é oferecer ferramentas para tornar mais efetivas as políticas desenvolvidas nessa área. O termo “atualização” é usado no sentido de que se inserem como público-alvo, aquelas pesso-as que já têm algum conhecimento (básico ou aprofundado) sobre a temática, oferecendo-lhes os meios para utilizar seus conhecimentos na prática.
Nesse sentido, esta publicação busca apresentar o resul-tado das 11 Edições do Curso de Planejamento Estratégico do Desenvolvimento Regional e Local, realizadas nos anos de 2009 a 2011, a exemplo da 1ª Edição, que apresentou os re-sultados dos 7 Cursos realizados no período de 2006 a 2008.
As edições do curso ocorreram nas seguintes cidades: em 2009: Santa Maria – RS, João Pessoa – PB, Belém – PA, São João da Barra – RJ; em 2010: Maceió – AL, Jacarezinho – PR, Criciúma – SC, e São Luís – MA; e em 2011: Anchieta – ES, Brasília – DF, e São Luís de Montes Belos – GO.
A realização desse curso é fruto de uma parceria com o IICA, braço operacional de ações do MI, o Instituto Latino- Americano e do Caribe de Planificação Econômica e Social (ILPES) e a Comissão Econômica para América Latina e Ca-ribe (CEPAL) que se destacam no desenvolvimento de pro-gramas intensivos de capacitação em distintas áreas, com abordagem de temas regionais, territoriais e municipais, ocupando um lugar destacado no cenário nacional e inter-nacional. Essa experiência tem demonstrado a utilidade e urgência de formar agentes públicos e privados na com-preensão da dinâmica dos processos de desenvolvimento e especialmente no aperfeiçoamento e modernização de instrumentos de política e gestão pública.
Além de transmitir técnicas e métodos concretos de ges-tão a agentes públicos das três instâncias do governo, o curso tratou de enfocar a implementação de políticas públicas em termos econômicos, sociais e políticos, sem perder de vista o contexto da globalidade do processo de desenvolvimento nacional. Foram 14 temas voltados ao assunto, com a partici-pação de professores da Argentina, Brasil, Chile e Colômbia, totalizando 140 horas/aula de conteúdos teóricos e práticos.
A metodologia do curso se baseia em métodos de capa-citação ativa para possibilitar o conhecimento e a habilida-de de profissionais para manuseio e aplicação dos conceitos e ferramentas de planejamento. Ao longo das edições do curso foram realizados exercícios práticos de planejamento estratégico aplicado a um determinado território de análise. A partir desse exercício, ao final de cada curso, foram elabo-rados trabalhos com indicativos de ações e estratégias para a prática do planejamento.
Cumpre informar que, nas 11 edições realizadas, apre-sentadas neste trabalho, o total de capacitados foi de 400 alunos, 7,45% menor do que as 7 edições anteriores, por uma decisão da SDR em diminuir o número de alunos por curso, por entender que as turmas menores tem um melhor aprovei-tamento do conteúdo e do exercício prático.
A 8ª edição realizada em Santa Maria – RS, no período de 02 a 20 de março de 2009, com 42 participantes, contou com a parceria do Fórum dos Conselhos Regionais de Desenvolvi-mento (COREDES), com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria Extraordinária de Relações Ins-titucionais, e do Corede Central. A região escolhida para apli-cação da metodologia de trabalho foi a Quarta Colônia de Imigração Italiana, localizada na região do Corede Central, composta pelos municípios de Agudo, Dona Francisca, Faxi-nal do Soturno, Formigueiro, Ivorá, Nova Palma, Pinhal Gran-de, Restinga Seca, São João do Polêsine e Silveira Martins.
A 9ª edição, que aconteceu em João Pessoa – PB, entre os dias 04 a 22 de maio de 2009, numa parceria do Governo do Estado da Paraíba, por meio da Secretaria de Planejamento com o Ministério da Integração Nacional, contou com a partici-pação de 33 técnicos do Governo Estadual e de outras institui-ções. O exercício prático ocorreu em 3 municípios pertencentes à região do Eixo de Integração das Bacias Hidrográficas da Vertente Litorânea Paraibana, a saber: Itabaiana, Mari e Sapé.
A 10ª edição foi realizada em Belém – PA, no período de 03 a 21 de agosto de 2009 , com 45 participantes. O território de análise deste curso foi constituído pelos municípios que compõem a região metropolitana de Belém são eles: Belém, Benevides, Ananindeua, Santa Bárbara do Pará e Marituba.
Contamos com a parceria do Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Integração Regional para a realização desta edição.
A 11ª edição aconteceu em São João da Barra - RJ, de 21 de setembro a 09 de outubro de 2009, com 35 participantes. A parceria estabelecida para a realização foi com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio de 3 Secretarias Esta-duais (SEDEIS, SEOBRAS e SEAPAS). A área estudada neste curso compreendeu os municípios Fluminenses localizados na Mesorregião Diferenciada Itabapoana, assim instituída pelo Ministério da Integração Nacional, e que coincidem com as regiões de planejamento Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Dos doze municípios do Estado do Rio de Ja-neiro, que compõem a Mesorregião Itabapoana, seis foram alvo de estudo neste trabalho, sendo eles: São João da Barra, São Francisco do Itabapoana, Campos dos Goytacazes, Italva, Cardoso Moreira e São José de Ubá.
A 12ª edição foi realizada em Maceió – AL, de 05 a 23 de abril de 2010, com 39 participantes, e com a parceria do Governo do Estado de Alagoas, por meio da Secretaria do Planejamento e do Orçamento.
Nesta edição foi selecionada uma área de estudo onde há a execução de algumas ações de desenvolvimento regional promovidas pelo Ministério da Integração Nacional juntamente com o Governo do Estado de Alagoas e outros parceiros por meio do Programa de Mesorregiões Diferenciadas – PROMESO. O território de atuação do Ministério denomina-se Xingó que também compõe este território. Os municípios analisados foram: Senador Rui Palmeira, Maravilha, Pão de Açúcar, Carneiros, Poço das Trincheiras, Santana de Ipanema e São José da Tapera.
A 13ª edição ocorreu de 03 a 21 de maio de 2010, na cidade de Jacarezinho – PR, com 37 participantes. Para a re-alização desta edição contou-se com a parceria do Governo do Estado do Paraná, por meio do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social – IPARDES e da Univer-sidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). Este centrou sua abordagem na região denominada Norte Pioneiro, e os mu-nicípios analisados foram: Cambará, Carlópolis, Jacarezinho, Joaquim Távora, Ribeirão Claro e Santo Antônio da Platina.
A 14ª edição aconteceu no período de 19 de julho a 06 de agosto de 2010, em Criciúma – SC, com 33 participantes, no âmbito do Projeto “Prosperidade Sul Catarinense”. Esta edição contou com a parceria da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), do Grupo de Comunicação do Sul do Bra-sil (RBSTV) e do Governo do Estado de Santa Catarina. O foco
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Estrutura do curso
O curso está estruturado em um núcleo comum de disciplinas e algumas disciplinas específicas ministradas em cada um dos cursos realizados. A seguir, apresentam-se a distribuição dos temas e a carga horária destina-da a cada um deles.
Marco Conceitual e Prático para o Desenvolvimento Local e Regional 6h/aula
Estratégias de Desenvolvimento do Estado 2h/aula
Política Nacional de Desenvolvimento Regional 3h/aula
Políticas de Desenvolvimento Regional 3h/aula
Formação Econômica do Território de Análise 2h/aula
A hora da igualdade 2h/aula
Técnicas de Análise Regional e Desempenho Econômico dos Países 3h/aula
Concentração, Disparidades e Desempenho Territorial 3h/aula
Competitividade, Fomento Produtivo Local e Estratégia de Desenvolvimento Empre-sarial.
5h/aula
Capital intangível nos processos de desenvolvimento local e regional 3h/aula
Formulação de Estratégias de Desenvolvimento Regional 3h/aula
Ordenamento Territorial Participativo 5h/aula
Gestão Pública para o Desenvolvimento Local e Regional 5h/aula
Exercício Prático – Trabalho em grupo sobre um determinando território para elabora-ção de diagnóstico e planejamento estratégico, nas seguintes áreas temáticas: desen-volvimento econômico e fomento produtivo, desenvolvimento social e capital humano, ordenamento territorial e infraestrutura e desenvolvimento institucional.
50h/aula
Viagens exploratórias ao território de análise 20h/aula
Disciplinas específicas com temáticas relacionadas ao território de análise (Desen-volvimento Rural Territorial; ou Meio Ambiente e Desenvolvimento Local; ou Gestão Urbana Sustentável)
5h/aula
Módulo I – a distância – leitura das lições sobre a Política Nacional de Desenvolvi-mento Regional, sobre a área de estudo e sobre a metodologia do exercício prático.
20h/aula
TOTAL GERAL DE HORAS/AULA 140h
EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS E HORÁRIOS – PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR
DIA 8h30 – 10h00 10h30 – 12h00 14h00 – 15h30 16h00 – 17h30
SEM
AN
A 1
2ª04
Abertura do cursoEstratégias de
Desenvolvimento do Estado
Política Nacional de Desenvolvimento Regional
3ª05
Marco conceitual e prático para o desenvolvimento local
Concentração, disparidades e desempenho territorial
4ª06
Marco conceitual e prático para o desenvolvimento local
Políticas de desenvolvimento regional
5ª07
Competitividade, fomento produtivo local e estratégia de desenvolvimento empresarial
A hora da igualdadeOficina de trabalho 1:
preparação para visita ao território
6ª08
Técnicas de análise regional Reunião/entrevistas com atores locais
DIA 8h30 – 10h00 10h30 – 12h00 14h00 – 15h30 16h00 – 17h30
SEM
AN
A 2
2ª11
Capital intaNgível nos processos de desenvolvimento local e regional
Reunião/entrevistas com atores locais
3ª12
Gestão pública para o desenvolvimento local e regionalOficinas de trabalho 2 e 3:
Diagnóstico, potencialidades e vocações da área de estudo
4ª13
Gestão pública para o desenvolvimento local e regionalOficinas 2 e 3 -
apresentação dos primeiros resultados
5ª14
Gestão pública para o desenvolvimento local e regional
Identificação de problemas e busca de soluções
6ª15
Ordenamento territorial participativoOficina de trabalho 4: análise de problemas e
Identificação de objetivos do planejamento
DIA 8h30 – 10h00 10h30 – 12h00 14h00 – 15h30 16h00 – 17h30
SEM
AN
A 3
7ª18
Disciplina específica com temática relacionada ao território em análise
Formulacão de estratégias de desenvolvimento local
Oficina de trabalho 4:Apresentação dos resultados
8ª19
Formulação de estratégias de desenvolvimento regional
Formação econômica do território em análise
Oficina de trabalho 5: Formulação de estratégias
9ª20
Oficinas de trabalho 6 e 7: Diretrizes estratégicas e indicadores de monitoramento
Sistema de monitoramento para o planejamento regional
Oficinas de trabalho 6 e 7: Indicadores de monitoramento
10ª21
Oficinas de trabalho 5, 6 e 7:Apresentação dos resultados
Preparação da apresentação final
11ª22
Preparação da apresentação finalSessão de encerramento
MI / ILPES / IICA
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A hora da igualdade - Jorge Máttar – Ilpes/Cepal
Este módulo de abertura do curso tem o propósito de discutir as linhas de política que o conjunto de Divisões da Cepal e do Instituto Latino-Americano e do Caribe de Planejamento Econômico e Social desenvolveram nos últimos anos, mostradas no texto “A hora da igualdade”. O propósito central de discussão deste texto é deba-ter sobre a necessidade de reformular o papel do Estado em cada um dos âmbitos de atuação da sociedade, de acordo com o contexto histórico mundial que se apresenta na atualidade.
Marco conceitual e prático para o desenvolvimento local e regional – Iván Silva Lira – Ilpes/Cepal
Evolução dos Paradigmas do Desenvolvimento Territorial. A acumulação flexível e a nova geração de políticas regionais: distritos industriais, entorno inovador, competitividade sistêmica e a nova geografia econômica. Conceitos de crescimento e desenvolvimento. Crescimento, convergência e disparidades territoriais na América Latina. Tipologias de territórios na América Latina frente aos processos de globalização e desenvolvimento local. O desenvolvimento local como resposta. Entornos inovadores. Redes de colaboração e clusters. Aspectos comuns dos processos de desenvolvimento local: endogeneidade, solidariedade com o território, capacidade associativa, liderança, flexibilidade, ativação das pequenas e médias empresas. Políticas regionais e locais de fomento produtivo a pequenas e médias empresas.
Medição e Avaliação da Gestão Local – Luis Riffo – Ilpes/Cepal
As metas estratégicas e os objetivos locais e regionais; os objetivos estratégicos e os processos municipais; processos municipais chaves e fatores críticos de êxito; organização municipal e planejamento estratégico; medida de desempenho: indicadores, processo, integração e operacionalização; e a medida de desempenho e as equipes de trabalho transversais.
Políticas de Desenvolvimento Regional – Tânia Bacelar – UFPE – João Mendes – SDR/MI
O que é desenvolvimento regional: debate recente. Desenvolvimento regional, principais abordagens teóricas. Política regional, as três gerações e suas bases conceituais. Desenvolvimento Regional no Brasil. Políticas Re-gionais no Brasil: um balanço e os grandes desafios.
Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR – Henrique Villa da Costa Ferreira – SDR/MIPréconceitos do desenvolvimento regional. Breve avaliação do desenvolvimento regional no Brasil. Novas ten-dências do desenvolvimento regional. A Política Nacional de Desenvolvimento Regional. Os instrumentos e mecanismos disponíveis para o planejamento do desenvolvimento regional. Por um projeto sustentável.
Ementas de Disciplinas do Núcleo Comum Desenvolvimento Local e Capital Social – Luis Mauricio Cuervo – Ilpes/CepalAnalisar as relações entre crescimento econômico e desenvolvimento social no contexto da gestão pública local e territorial. Componentes do conceito de desenvolvimento local: programas sociais e valores que regem o comportamento coletivo. Contribuição dos processos de planejamento do desenvolvimento local para a geração de valores e comportamentos coletivos.
Concentração, Disparidades e Desempenho territorial – Sergio González – Ilpes/Cepal
Neste módulo introduzem-se conceitos básicos e ferramentas que permitem medir o desempenho econômico dos territórios e suas mudanças estruturais a partir de um conjunto de coeficientes e indicadores comumente utilizados na literatura. Complementariamente revisam-se técnicas de medição de concentração e disparidades econômicas entre territórios. A matéria anterior complementa-se e ilustra com resultados de pesquisa obtidos pelo ILPES no contexto latino-americano.
Competitividade, Fomento Produtivo local e estratégias de desenvolvimento empresarial – Carlo Ferraro – Cepal
Este módulo do curso ressalta os vínculos entre desenvolvimento produtivo e território, com uma ênfase es-pecial no papel das pequenas e médias empresas para o desenvolvimento regional. Começando com as bases conceituais do enfoque territorial do desenvolvimento, de seu vínculo com a competitividade e do importante papel das instituições no desenho, a articulação e a implementação de políticas de fomento produtivo. Tendo em conta a importância das pequenas e médias empresas, analisam-se as principais características das polí-ticas para este tipo de empresas na América Latina, assim como algumas experiências inovadoras na região que procuram promover a competitividade mediante o fomento da articulação produtiva. A rica e recente experiência, em países da região na implementação de programas que destacam as redes de empresas, os clusters e as aglomerações produtivas locais, entre outras formas de promover os sistemas produtivos locais, permite extrair lições e ensinamentos que resultam úteis para o desenho e a implementação de políticas de fomento produtivo.
Capitais intangíveis nos processos de desenvolvimento local e regional – Alicia Williner – Ilpes/Cepal
Este módulo tem por objetivo compreender a relação existente entre desenvolvimento territorial e desenvolvi-mento do capital humano nos países da região. Mesmo que a análise seja realizada com estatísticas nacionais, indicam-se variáveis que podem ser utilizadas em cada um dos territórios de procedência dos alunos, para diagnosticar o estado da situação do capital humano com a finalidade de conhecer as fortalezas ou debilidades existentes nos territórios em função de estabelecer canais de potencialização da competitividade territorial. A tese central do módulo sustenta que o êxito competitivo das empresas e dos países que as albergam depen-de de sua capacidade de gerar e difundir conhecimentos que a sua vez descansam em uma base sólida de educação. Ao final do módulo, vê-se uma breve referência a outros capitais que contribuem aos processos de competitividade territorial, como o capital social, o capital cultural, o capital cívico e o capital simbólico.
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Desenvolvimento Rural territorial - Adrián Rodriguez – Octavio Sotomayor – Cepal
Neste módulo apresenta-se o panorama do atual debate sobre desenvolvimento rural e os enfoques para a elaboração de políticas públicas. O desenvolvimento deste módulo estrutura-se em quatro partes: concepções do desenvolvimento rural, tendências agro mundial, problemática da agricultura familiar e políticas de intervenção.
Meio ambiente e desenvolvimento local – Guillermo Acuña – Cepal
Na primeira parte deste módulo, percorre-se pelos acordos multilaterais construídos em torno do tema desenvolvimento sustentável partindo em primeiro lugar do conceito de “O ambiental”. Depois relacio-nam-se estes acordos com as políticas públicas implementadas na região ao longo da segunda metade do século XX e o durante o século XXI. Em uma segunda parte analisa-se a importância de vincular os temas ambientais ao desenvolvimento local e regional. Descreve-se o conceito de gestão ambiental e se reforça a ideia de incluir o tema nos planos de desenvolvimento estratégico locais e regionais.
Ordenamento Territorial participativo – Carlos Sandoval – Ilpes/Cepal
Neste módulo desenvolver-se-ão temas como: a espacialidade dos processos sociais no território. Os conceitos de região e localidade no espaço geográfico. O caso dos países grandes e os países de pequeno porte geográ-fico. A multiescala dos processos de desenvolvimento local e regional. A proposta de análise local e regional do ILPES. A distribuição das atividades econômicas no território, o sistema institucional e os atores que participam dos processos decisórios e a organização espacial resultante da interação entre a sociedade e o território. O ordenamento do território: fatores determinantes e condicionantes. O sistema de assentamentos humanos, as redes de transporte e comunicações. As políticas de ordenamento do território.
Formulação de estratégias de desenvolvimento regional – Carlos Sandoval – Ilpes/Cepal
Os conceitos de planejamento, planejamento territorial e sua vinculação com as dinâmicas urbanas, urbano--rural e comunitária. Uma comparação entre as diferentes metodologias de planejamento orientadas à com-petitividade dos territórios. As etapas clássicas dos processos de planejamento territorial. Discussão sobre os atores do processo de planejamento territorial. A gestão e seguimento dos processos de planejamento.
Gestão pública para o desenvolvimento local e regional – Hector Sanin – Consultor – Ilpes/Cepal
Oficina Introdutória: Missão do Município. Os problemas municipais. O Plano de Governo Municipal. A mis-são do Município. O Prefeito: Líder do desenvolvimento local. Sistema de gestão municipal “Edil”: um enfo-que de gestão municipal; exposição e exercício. Fase I: Formulação do Plano de Investimento e os projetos de desenvolvimento local. Fase II: Execução e gerência dos projetos e prestação dos serviços municipais. Fase III: Avaliação da gestão municipal: exposição e exercício de cada fase. Gestão financeira e gestão institucio-nal municipal (exposição e exercício). Gerência social, liderança e ética municipal: Enfoques e atitudes para o desenvolvimento local pertinente, participativo, sustentável e transparente (exposição e debate). Oficina: Proposta de alinhamentos de desenvolvimento local.
• Netuno Leão, Imazon – Belém/PA
• André Farias, Secretário de Estado de Integração Regional – Belém/PA
• Francine Hakim Leal – Diretora da Empresa Estratégia Global Sustentável – Curitiba/PR
• Marcílio Monteiro – Secretário de Estado de Projetos Estratégicos – Belém/PA
• Murialdo Canto Gastaldon e Dimas de Oliveira Estevam – Departamento de Economia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)
• Fábio Doria Scatolin – Professor de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
• Reni Antônio Denardi – Delegado Federal do Desenvolvimento Agrário no Paraná
• Arilson Favaretto – Universidade Federal do ABC
• Antonio Roberto – Ex-Diretor de Gestão dos Fundos de Desenvolvimento Regional da SDR/MI
• Ivan Targino – Professor de Economia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
• Ricardo Lacerda – Professor de Economia da Universidade Federal de Sergipe (UFSE)
• Neison Freire – Pesquisador Fundaj
• Sérgio Moreira – Ex-Secretário de Planejamento do Estado de Alagoas
• Roberto da Luz – Professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
• Martine Dirrven – Cepal
• Beatriz Paulus – Diretora-Executiva da Associação de Turismo da Serra Nordeste (Atuaserra)
• Luis Lira – Ilpes/Cepal
• Rosélia Piquet – Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
• Marcos Franco Machado – Gerente de Meio Ambiente na LLX Logística S.A.
• Paulo Vicente – Subsecretário da Secretaria de Planejamento do Governo do Estado do Rio de Janeiro
• Júlio Hurtado e David Candia – Ilpes/Cepal
• José Henrique Polary – Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Palestrantes Convidados para os Cursos
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As capacitações idealizadas pelo ILPES – Instituto Latino-Americano e do Caribe de Planejamento Econô-mico e Social – têm o objetivo de preparar cidadãos para elaborar estratégias de desenvolvimento regional e local tendo como objeto um território concreto no qual estes buscam avaliar os potenciais recursos endógenos da localidade e traçam uma estratégia de desenvolvimento baseada nas potencialidades observadas.
A metodologia aplicada nas capacitações foi descrita por Ivan Silva Lira na série de publicações Gestão Pú-blica n.42 da CEPAL (ISSN eletrônica 1680-8835) e é baseada em técnicas cognitivas de repetição e execução de atividades ligadas aos temas que compõem as estratégias de desenvolvimento local.
Para as edições realizadas em 2009 e 2010 a inovação apresentada foi a inserção de um Módulo I a dis-tância com uso da plataforma moodle do ILPES. Neste módulo foi possível a leitura de lições relacionadas à Política Nacional de Desenvolvimento Regional, a área de estudo e sobre a metodologia a ser desenvolvida no curso. Foi exigida uma média de 60% de acertos para que o participante estivesse apto a assistir às aulas presenciais, que denominamos módulo II – Presencial.
Outro aspecto positivo, e que contribuiu para a melhora da aplicação da Metodologia, foi a inserção de monitores para auxiliar nos trabalhos dos grupos. Em cada edição foram selecionados e convidados ex-alunos dos cursos que mostraram um desempenho satisfatório e se destacaram nas edições em que participaram.
As estratégias de desenvolvimento regional e local têm diversas características peculiares como a busca por um desenvolvimento que seja gerado a partir de potenciais endógenos e seja fruto de uma gestão com-partilhada cooperativa entre atores dos poderes públicos e privados com esforços voltados à resolução de problemáticas locais.
O planejamento local estratégico é constituído por diversas etapas entre as quais:
• Odiagnóstico;
• Aanáliseedefiniçãodasvocaçõesterritoriais(considerandoaspotencialidades,limitaçõeseproble-máticas regionais);
• Adefiniçãodosobjetivosestratégicosespecíficos;
• Adefiniçãodeestratégiaslocaisdedesenvolvimento(queconsideraasoportunidades,asameaças,as fortalezas e as debilidades) e;
• Aelaboraçãodeplanoseprojetosdeinvestimento.
A metodologia do curso é explicitada de forma gráfica a seguir.
Metodologia para a elaboração de estratégias de desenvolvimento regional
Passo-a-Passo da Metodologia
Diagnóstico
Na metodologia aplicada, a fase de diagnóstico envolve a pesquisa de dados secundários e primários e a posterior análise dos dados obtidos de forma que estes permitam a formação de uma base para as demais etapas do planejamento estratégico. Os dados a serem obtidos são de diversos temas como a localização espacial e geográfica, os recursos ambientais e naturais disponíveis, os recursos econômicos existentes e as organizações sociais locais, dados sobre a demografia e o mercado de trabalho e renda, dados sobre questões sanitárias e ligadas à qualidade de vida da população, dados sobre a Infraestrutura antrópica local e dados culturais e sociais pertinentes. Nesta fase é montada uma matriz de potencialidades, limitações e problemas com o subsídio oferecido através da análise dos dados obtidos no diagnóstico.
Definição das Vocações Regionais
A partir da matriz supracitada montada na fase de diagnóstico se permite a extração de dados que sub-sidiam a elaboração da etapa seguinte que é a definição das vocações da região. A definição das vocações considera as potencialidades, as limitações e as problemáticas regionais para áreas: econômica, física e natural, populacional (trabalho e demografia), de Infraestrutura social e de aspectos institucionais pertinentes. O obje-tivo principal desta etapa é gerar a percepção de quais potenciais a região oferece que pode ser explorada, ou mais aproveitada na busca de um desenvolvimento econômico e sustentável.
Definição dos Objetivos Estratégicos
A etapa seguinte é a definição dos objetivos estratégicos específicos do planejamento. Esta etapa consiste no desenvolvimento de uma árvore de problemas na qual são elencadas causas e efeitos de um problema central que será escolhido. Na escolha da problemática central cuidados diversos são necessários, pois há uma grande tendência em se apontar a falta de alguma Infraestrutura ou algum serviço ou uma solução para o problema e não o problema em si.
TABELA 01: FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
FORMA CORRETA FORMA INCORRETA
Altas taxas de mortalidade da população da área de estudo Não tem centro de saúde
Fonte: CEPAL- Lira, I. , Gestão pública n.42, 2001
Após esta escolha do problema de forma concisa e consciente da tendência de apontar uma solução ou uma causa, as causas são elencadas no mapa mental em modelo de árvore que é montado pelos alunos e os efeitos do problema também são descritos visualmente no mapa mental enquanto consequência da proble-mática.
Após a montagem da árvore de causas e efeitos é elaborada uma árvore de meios e fins, que se baseia na inversão de condições negativas existentes na árvore de causas e efeitos por condições positivas, gerando uma segunda lógica muito diferente e complementar à primeira. A árvore de meios e fins é interessante, pois a troca entre dialógicas permite o aparecimento de um objetivo geral e de objetivos. Da árvore de meios e fins também podem ser extraídos dados para a tomada de decisão das atividades que devem ser priorizadas visando o desenvolvimento regional e a resolução da problemática ou conflito abordado.
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Definição da estratégia de desenvolvimento local
A etapa da definição da estratégia de desenvolvimento local se dá após o conhecimento dos objetivos e visa o estabelecimento de medidas que incidam sobre os fatores geradores dos problemas. Nesta etapa e, seguindo o que foi realizado previamente, se montará uma matriz de fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças (matriz FOFA). Bem como a matriz FOFA será montada uma matriz de objetivos e estratégias de desenvolvimento local, na qual para cada objetivo específico, diversas estratégias serão elencadas. A ideia do planejamento é usar os conceitos da matriz FOFA na obtenção de um desenvolvimento, desta forma visa: aproveitar as oportunidades e as fortalezas, superar as fraquezas e debilidades aproveitando as oportunidades, superar as ameaças aproveitando as fortalezas e buscar a neutralização das ameaças.
A elaboração de planos e projetos de investimento
Os projetos de investimento são compostos por planos que, por sua vez, descrevem os componentes dos projetos propostos e que se ajustam a uma estratégia de desenvolvimento econômico e devem considerar a Infraestrutura local, as empresas existentes, a mão de obra disponível e potencial e o desenvolvimento insti-tucional da comunidade.
Entre os diversos objetivos propostos, muitos projetos são elencados e, entre os projetos propostos, deverá haver a priorização, ou escolha, de alguns que se fazem mais relevantes no contexto local e regional.
A capacitação, portanto, é bastante completa e contempla todo um percurso na busca de uma solução permanente para o desenvolvimento local da qual todos os atores envolvidos estejam apropriados e com o qual estes tenham contribuído efetivamente.
Gráfico 01: Estágios do planejamento estratégico
Fonte: Atualizado de CEPAL- Lira, I. , Gestão pública n.42, 2001
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Os 11 cursos realizados no período de 2009 a 2011 teve a participação de 400 alunos. Destes, 223 do sexo masculino (56%) e 177 (44%) do sexo feminino. Percebe-se assim que houve um equilíbrio de gênero no total dos participantes dos cursos. Das onze edições, somente no curso realizado em Belém-PA houve uma desigual-dade substancial de gênero (71 % de homens e 29% de mulheres).
Todas as macrorregiões brasileiras foram contempladas pelas capacitações. Houve uma predominância de cursos nas regiões Sul e Nordeste com 03 em cada uma delas. Na Região Nordeste, houve 106 participantes, 105 participantes na Região Sul, 79 participantes na Região Sudeste, 68 participantes na Região Centro-Oeste e 42 participantes na Região Norte.
As dez cidades que tiveram a maior contribuição no número de participantes foram: Belém-PA e Anchieta-ES (42), Santa Maria-RS (41), Brasília–DF (39), Maceió-AL (39), Rio de Janeiro-RJ (37), Curitiba-PR (35), João Pessoa-PB (33), São Luís-MA (34), Criciúma-SC (29), e São Luís de Montes Belos-GO (29).
A respeito da faixa etária dos 400 participantes, 15,50% têm menos de 30 anos, 26,50% têm entre 31 e 40 anos, 28,50% têm entre 41 e 50 anos e 29,50% encontra-se na faixa de 51 anos ou mais.
Os cargos exercidos pelos participantes em suas instituições que tiveram a maior predominância nos cursos foram: assessor, coordenador, gerente, analista, secretário, técnico e diretor.
Foram elencadas aproximadamente 62 formações de nível superior (graduação), no universo de partici-pantes, entre as quais as mais comuns foram: Administração (62), Economia (50), Agronomia (45), Direito (23), Engenharia Civil (14) e Pedagogia e Geografia (13).
Perfil dos participantes2009 a 2011
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Desde 2006, o Ministério da Integração Nacional vem realizando o Curso Internacional de Planejamento Estratégico do Desenvolvimento Regional e Local com a colaboração de diversos parceiros, com destaque para os governos estaduais, o ILPES e o IICA. Ao longo desses sete anos, quando aconteceram dezoito edições, alguns aprimoramentos ocorreram no sentido de se obter resultados mais efetivos pelos alunos participantes e, também, pelos professores e equipes coordenadoras desses eventos de capacitação.
Entre as iniciativas tomadas para o melhoramento desses cursos, merecem destaque a introdução do módulo a distância e a inserção da figura dos monitores. Estes são selecionados entre os ex-alunos de outras edições que demonstraram capacidade em multiplicar os conhecimentos relativos à metodologia aplicada no exercício prático, adotado ao longo do curso para que os alunos possam vivenciar a teoria disseminada pelas aulas expositivas. Dessa forma, desde o primeiro curso de 2009, que se realizou em Santa Maria-RS, há a colaboração de quatro monitores com vistas a apoiar os trabalhos dos grupos formados em cada turma, que tratam das seguintes dimensões do desenvolvimento da área de estudo: econômica, social, territorial--ambiental e institucional. Essa iniciativa tem propiciado rica troca de experiência entre alunos e monitores, pois estes são oriundos de várias regiões do país.
Quanto ao módulo a distância, trata-se de uma iniciativa que utiliza a experiência do ILPES no uso da ferramenta “Moodle”, amplamente aplicada no ensino a distância denominada. Tem por objetivo divulgar aos alunos materiais relativos à temática do desenvolvimento regional previamente ao módulo presencial. Os conteúdos inseridos dizem respeito à Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), à metodo-logia aplicada no exercício prático e a dados estatísticos e textos com informações sobre a área de estudo, normalmente, uma região composta por vários municípios.
Essas iniciativas traduzem a contínua busca pelo aprimoramento na realização desses cursos e são frutos de reuniões de avaliação que anualmente ocorrem entre as equipes do MI e do ILPES. Com base nas experiências vivenciadas e nos questionários avaliativos que os alunos respondem ao final de cada edi-ção, buscam-se adotar modificações que traduzam o aperfeiçoamento deste esforço em capacitar gestores públicos e privados na temática do desenvolvimento regional. Um desafio constante está relacionado aos desdobramentos dos cursos, expectativa compartilhada ao final de cada curso entre os promotores e os participantes. O que se observa quanto a esse desafio é que há diversidade de desdobramentos, atendendo às expectativas onde há estreita articulação entre os governos nas três esferas – federal, estadual e munici-pal – e as comunidades dos municípios integrantes das áreas de estudo. Um exemplo positivo desse desafio acontece na região analisada no curso do Espírito Santo, com a constituição do CONDESUL, consórcio inter-municipal que integra os municípios de Alfredo Chaves, Anchieta, Guarapari, Iconha e Piúma.
Toda a experiência acumulada com a realização das dezoito edições desse curso vem corroborar a preo-cupação do MI em ampliar as atividades de capacitação em desenvolvimento regional de gestores públicos e privados em todo o país. Para tanto, se elaborou um programa que vislumbrasse abranger públicos e ações distintas. Nesse contexto, desenhou-se uma estratégia segmentada em cinco eixos: iniciação, atualização, especialização, apoio a cursos de pós-graduação e instrumentalização da gestão da política regional.
O primeiro eixo tem como objetivo utilizar o ensino a distância para disseminar a temática para um público mais amplo e espalhado por todo o território nacional. Uma experiência exitosa aconteceu em 2007 com a execução de um curso a distância que contou com 1.500 alunos em todo o país e planeja-se reeditá-lo com o conteúdo atualizado. O segundo eixo é baseado na edição dos cursos de planejamento estratégico, objeto desta publicação. Para 2012, estão programados mais três cursos a serem realizados no Rio Grande do Norte, em Mato Grosso e no Acre.
Desafios e encaminhamentos
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O eixo do curso de especialização trata da oferta de um curso com o mínimo de 360 horas a ser aplicado em parceria com uma instituição de ensino superior. Quanto ao eixo de apoio a cursos de pós-graduação, já se realizou um levantamento prévio que identificou a existência de 65 centros, onde se ministram 99 cursos de mestrado e doutorado em desenvolvimento regional e áreas afins nas cinco macrorregiões do Brasil. A ideia principal consiste em apoiar projetos de estudos e pesquisas vinculadas a essa temática.
Por fim, o quinto eixo está centrado na oferta de cursos de curta duração que tratem de temas impor-tantes para a gestão da política regional, tais como: elaboração de projetos, geoprocessamento, gestão de programas e projetos, manejo de sistemas operacionais, entre outros. Há uma demanda expressiva das administrações municipais e estaduais relacionada ao planejamento de programas e projetos em desenvol-vimento regional e ao acesso de recursos dos diversos programas do Governo Federal.
Na implementação da PNDR, portanto, ganha destaque a capacitação dos agentes públicos e privados que possam contribuir para o alcance de seus objetivos de redução das desigualdades regionais brasileiras e de apoiar o potencial produtivo das regiões. Torna-se primordial, entretanto, uma efetiva articulação entre órgãos dos governos, nas suas três esferas, as instituições de ensino superior e técnico e a sociedade. Dessa forma, poder-se-á vislumbrar um modelo de desenvolvimento regional inclusivo, que contemple a participa-ção de todas as regiões brasileiras na dinâmica produtiva nacional.
Resultado dos trabalhos dos cursos
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Santa Maria/RS02 a 20 de março de 2009
1 – Introdução
O território em análise é constituído pelos municípios da Microrregião da Quarta Colônia, localizados na região do Corede Central.
A microrregião da Quarta Colônia está localizada na região central do Estado do Rio Grande do Sul e engloba nove municípios que possuem vocação agrícola baseada na agricultura familiar, de origem étnica pre-dominantemente imigrante. Estes municípios participam do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável (CON-DESUS), que coordena alguns projetos que procuram transformar a região, num polo turístico que permita a sustentação econômica regional, como por exemplo, a criação de um parque paleontológico e a implantação da Casa do Produtor da Quarta Colônia, para a divulgação e comercialização dos produtos regionais.
2 – Diagnóstico
2.1 - CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A proposta do curso foi a de capacitar atores de desenvolvimento regional de todas as regiões do RS, representantes dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento – COREDES, em uma metodologia prática e simples, para a elaboração de um planejamento estratégico de desenvolvimento.
A região escolhida para aplicação da metodologia de trabalho foi a Quarta Colônia de Imigração Italiana, localizada na região do Corede Central, composta pelos municípios de Agudo, Dona Francisca, Faxinal do So-turno, Formigueiro, Ivorá, Nova Palma, Pinhal Grande, Restinga Sêca, São João do Polêsine e Silveira Martins, conforme mapa abaixo.
Quarta
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3 – Matriz de potencialidades, limitações e problemas
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento Produtivo
POTENCIALIDADES PROBLEMAS
Solo fértilExperiência em produção e comercialização de produtos agrope-cuários de consumoDiversificação da produção agropecuáriaCapacidade de assimilação de tecnologiaMercado consumidor e próximoCooperativismo e associativismoExistência de áreas agricultáveisRede de assistência técnicaRecursos hídricos abundantes
Falta de organização da produção e da comercialização
Gastronomia, natureza e culturaReligiosidadeProdução e comercialização de alimentos e artesanatoCapacidade intelectualCapacidade de assimilação tecnológicaExistência de demanda potencial para os produtos da regiãoVontade pública para incentivar o desenvolvimentoCooperativismo e associativismo Geração de energia elétrica Poder público da Região articulado Indústria moveleira
Oferta insuficienteProdução não dinâmicaFormalização das empresasFalta de capacitação técnica da mão de obra e gerencial do empreendedorFalta de qualificação de produtosArmazenamentoTransporteÊxodoBaixo empreendedorismoQuestões orçamentáriasFalta de gestão administrativaFalta tradição associativa e cooperativaCapacidade de distribuiçãoFalta de planejamento da ação pública (regional)
Gastronomia, natureza e culturaReligiosidadeProdução e comercialização de alimentos e artesanatoCapacidade intelectualCapacidade de assimilação tecnológicaVontade pública para incentivar o desenvolvimentoCooperativismo e associativismoPoder publico da Região articuladoParque PaleontológicoParque Ecológico da Quarta Colônia
Estrutura turística precáriaPouca divulgação do roteiro em outras regiõesFalta de capacitação de mão de obra especializadaCooperativismo vinculado à área de produção agropecuáriaCertificação e padronização de produtosFalta de foco para determinar o público-alvo do turismoÍndice de analfabetismo altoEmpreendimentos informais
A tabela abaixo apresenta os dados populacionais dos municípios.
Município Área/Km2 População Urbana Rural Taxa de Crescimento
RS 10.582.840 1,31 Quarta Colônia 3.482 67.827 31.402 36.425 0,11 Agudo 536 16.714 6.626 10.088 0,43 Dona Francisca 114 3.572 2.200 1.372 -0,30 Faxinal do Soturno 170 6.343 3.747 2.596 -0,38 Formigueiro 582 7.116 2.385 4.731 -0,45
Ivorá 123 2.378 763 1.615 -0,55 Nova Palma 314 6.432 2.898 3.534 0,75 Pinhal Grande 477 4.496 1.765 2.731 0,40 Restinga Sêca 962 15.595 8.797 6.798 0,02 São João do Polêsine 86 2.702 1.132 1.570 0,62 Silveira Martins 118 2.479 1.089 1.390 0,05
Fonte: IBGE 2007
O que se pode concluir desses dados é que a população desses municípios cresce abaixo da média do estado e, em alguns deles esse crescimento é negativo. Há uma forte concentração na área rural e, em quase todos os municípios, a população rural é maior que a urbana, a exceção de Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Formigueiro e Restinga Sêca.
A economia da região é baseada em serviços e na produção agrícola, e sua participação do PIB é:
25%
5%
10%
8%
3%
13%
10%
21%
3%2%
PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NO PIB DA REGIÃO
Agudo
Dona Francisca
Faxinal do Soturno
Formigueiro
Ivorá
Nova Palma
Pinhal Grande
Restinga Sêca
São João do Polêsine
Silveira Martins
PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NO PIB DA REGIÃO
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POTENCIALIDADES PROBLEMAS
Racionalização dos recursosArticulação em torno dos investimentos na área da saúde (enten-dimento do trabalho regional e centro de referência saúde) Planejamento articulado regionalmente (Condesus) Presença de políticas públicas de médio e longo prazos (plano diretor) Presença de instituições de ensino superior e técnico
Carência de planejamento cooperado nas áreas sociaisCarência de quadro técnico qualificado Predominância de política de governo e não política de estado Descontinuidade das políticas públicas Baixa participação popular na gestão pública Decisões e atuação centralizadas no poder executivo Carência de planos de desenvolvimento
Atraso nos repasses de recursos e transferências voluntários de outras esferas de governo
Baixo fomento na área de pesquisa e desenvolvimento
Presença de rádios comunitáriosPresença de entidades organizadas e do cooperativismo Existência de um consórcio regional Há solidariedade nas ações do Condesus Identidade étnica e cultural peculiares
Baixa atuação da comunidade nas instâncias representativasBaixo conhecimento da comunidade dos objetivos do Condesus Interferência político-partidária nas entidades Baixa renovação dos participantes nas entidades Baixa articulação inter e intraentidades Predomínio dos interesses particulares em detrimento do coletivo Baixa coesão entre poderes executivos dos municípios da região (exce-to na articulação do Condesus) Predomínio da atuação setorial sobre a geral (global) Deficiência na comunicação das instituições com a comunidade
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social
4 – Estratégias, Ações, Instituições e Atores Envolvidos
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento ProdutivoObjetivo: Aumentar a Competitividade Regional
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Explorar as potencialidades agrícolas e turísticas existentes, apro-veitando o crescente mercado consumidor
Mapeamento edafoclimáticoCapacitação do setor produtivo (curso de extensão)Aparelhamento do CONDESUS como agente de marketing e comer-cialização
Acompanhar e conhecer as oscilações nas demandas e em territó-rios com características similares ao da Quarta Colônia, observando os riscos nas ações de ordem politicas e fatores climáticos que po-dem oferecer riscos nos resultados esperados
Conhecimento acerca das ações similares de territórios concorrentesRealização de estudos de mercadoDiversificação da produção
Dinamizar a região a partir do incentivo ao associativismo, ao em-preendedorismo e à formalização, fortalecendo a assistência técnica
Inserir no ensino fundamentos sobre educação voltada ao associati-vismo e empreendedorismo nas escolas públicasConstituição de um fundo de fomentoFormação de um corpo técnico territorial a partir do CONDESUSEstímulo e promoção à formação de associações e cooperativas
Minimizar os impactos negativos da instabilidade econômica e da descontinuidade nas políticas públicas nas ações, buscando o au-mento da competitividade regional
Criação de um acordo de cooperação entre os poderes municipais da regiãoRealização de parcerias institucionais
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital Humano
POTENCIALIDADES PROBLEMAS
Ensino formal com qualidade (básico e médio)Oferta de ensino superiorEducação ambientalConstrução de um centro de pesquisa paleontológica
Falta de ensino técnico alinhado à vocação regionalIncapacidade de retenção do capital socialEvasão de pessoal.Falta de espírito empreendedor Falta de mão de obra qualificadaEducação dissociada da questão ambiental
POTENCIALIDADES PROBLEMAS
Consórcio intermunicipal de saúde Qualidade de vida
Ausência de serviços de saúde de média e alta complexidadeAlcoolismoAumento da expectativa de vida X Aumento da demanda por saúde
Baixos índices de vulnerabilidade social
Decréscimo do IDH na regiãoRenda per capita abaixo da média estadual e nacionalBaixa geração de emprego e renda DesempregoPráticas produtivas tradicionaisComodismo
Diversidade culturalPatrimônio material (arquitetura, arqueologia, fauna e flora) e imaterial (manifestações artísticas e gastronomia)
Dependência do setor públicoDescontinuidade de políticas públicas de médio e longo prazosFalta de capacitação técnica para elaboração de projetos com vistas à captação de recursosFalta de preservação do patrimônio paleontológio e ambientalCarência de equipamentos culturais
Grupo 3: Ordenamento Territorial e Infraestrutura
POTENCIALIDADES PROBLEMAS
Área relativamente compacta Pequenas distâncias entre sedes municipaisProximidade a Polos Regionais como Santa Maria/ Cachoeira/ Santa Cruz
Restrição orçamentária municipalAcesso precário e dificuldade de mobilidade em rodovias municipais e intermunicipaisDificuldade de deslocamento, orientação intermunicipal e municipal e em relação aos atrativos turísticos da região
Existe estrutura de Ensino material/humana Acervo relevante para educação patrimonial, turística e ambiental
Poucos recursos da esfera municipal para manter e ampliar infraestrutura de ensino técnicoEducação e levantamento patrimonial, turístico e ambiental incipiente
Grande quantidade de recursos hídricos superficiais e subter-râneosPotencial hidroenergético relevanteÁrea compactaExistência de consórcio (Condesus) com projeto de esgotamen-to sanitário
Tratamento e Gestão inadequada e desarticulada de resíduos (sólidos, líquidos e gasosos)Limitações na legislações do consórcio (Condesus)
Os municípios da Quarta Colônia estão em vias de elaborar Pla-no diretor / ambiental com participação popular. (verificar se o plano tem zoneamento industrial)Potencialidade para o Turismo
a) Normatização dos planos diretores não está finalizadab) Baixa disponibilidade de corpo técnico para a elaboração e implemen-tação de Planos e Zoneamentos ecológicos econômicos (ZEE) e para o licenciamento ambiental.c) Demanda turística baixa na região
Beleza cênica Abundância de recursos hídricos Conhecimento avançado acerca de recursos faunísticos e flo-rísticos Cachoeiras e espelhos d´água
Uso de APPs para atividades econômicas Assoreamento dos riosConflito entre usuários (rizicultura/consumo humano)Uso desordenado de recursos naturais/ acima da capacidade de suporteNão averbação de reservas legais como preconizado na legislação
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Estratégias Ações
Desenvolver projetos integrados de saneamento básico e implan-tá-losDecidir sobre a concessão da competência do tratamento de es-gotos /água para CORSAN ou demais empresas de saneamento
Diagnóstico da situação da Infraestrutura hídrica e sanitária na regiãoRegionalização da coleta e o tratamento de resíduos sólidosElaboração de prognósticos e projetos
Enquadrar os corpos d´águaOutorgar os usos da águaImplantar Infraestruturas para armazenamento de águaDiscutir a cobrança pelo uso de recursos hídricos
Promoção da participação da comunidade da Quarta Colônia na elabo-ração do plano de baciaCapacitação do corpo técnico na área de gestão de recursos hídricosContratação de técnicos especializadosPlanejamento do turismo e recreação ligado à água
Estratégias Ações
Promover a integração intraentidades, organizações e instituições Incentivar a realização do planejamento estratégico com auxílio técnicoRealizar diagnóstico nas entidadesFomentar a participação dos associados na entidadeCapacitar os atores locais em gestão e políticas públicas
Promover a integração interentidades, organizações e instituições Sugerir a criação de uma agenda única das entidades (documento pú-blico, pactuando o compromisso entre as entidades)Elaborar um plano de ação integrado a fim de minimizar as influências político-partidárias e promover a participação popular
Potencializar a comunicação regional Criar um programa regional sistematizado para divulgar nos meios de comunicações, os objetivos, as ações e resultados das entidades, so-ciabilizando o conhecimento e fortalecendo o tecido institucional
Promover políticas públicas participativas Fortalecer o COREDE, o COMUDE, o CONDESUS e as entidades através da inclusão da temática participação cidadã, no projeto político-pedagógico das escolas da região, como tema transversal
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital HumanoObjetivo: Promover a Educação Associada às Especificidades Regionais
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Elaborar programa articulado entre os municípios da Quarta Co-lônia e as instituições de ensino, para a inserção de cursos su-periores, técnicos e profissionalizantes que atendam a demanda local e regional
Realização de fórum de discussão para a definição de um plano educa-cional regional que atenda às especificidades locaisCriação de um Comitê Gestor do plano educacional da Quarta ColôniaElaboração do plano estratégico de desenvolvimento educacional da regiãoImplantação das ações elencadas no plano educacional regional
Realizar a atualização e o aprimoramento de professores de edu-cação básica através de programa regional voltado às especifici-dades locais.
Sensibilização de gestores e educadores da regiãoConstrução de parcerias para execução do programaImplantação do programa de Educação continuada
Implantar programas voltados ao empreendedorismo, aproveitan-do a Infraestrutura de ensino regional existente
Elaboração de um diagnóstico formando um banco de dados acerca do nível de formação e da demanda existente na região, apontando as necessidades baseadas nas potencialidades locaisImplantação de programa de incentivo ao empreendedorismoMotivação e sensibilização dos empreendedores e da comunidade localCapacitação através de cursos que atendam às necessidades do pú-blico demandante
Realizar o monitoramento e a avaliação dos programas implan-tados
Criação de instrumentos de monitoramento e avaliaçãoAplicação de instrumentos de monitoramento e avaliaçãoElaboração de relatóriosApresentação de resultados à comunidade
Grupo 3: Ordenamento Territorial e InfraestruturaObjetivo: Ordenar o Uso dos Recursos Naturais
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Elaborar e aprovar o Plano DiretorSensibilizar e educar para o uso sustentável de recursos naturaisFiscalizar a utilização dos recursos naturaisDestinar recursos orçamentários específicos para o uso dos recursos naturaisUniformizar a região nas decisões políticas e geográficas (CONDESUS e COREDE)
Elaboração dos planos diretores com a comunidadeFomento à participação popular no balizamento dos planos e divulgaçãoAprovação dos planos diretores nas câmaras de vereadoresDesenvolvimento de planos educacionais formais transversais sobre o assunto (9985/00) e campanhas educacionais informais (CONDESUS e COREDE)Ênfase e empoderamento do turismo na região
Delimitar e georreferenciar as áreas de APPsMunicipalizar a gestão ambientalSensibilizar a população para o uso correto das APPs
Levantamento e georreferenciamento das APPsPromoção do processo de municipalização da gestão e do licen-ciamento ambientalPromoção de campanhas educativas sobre a preservação das APPsRealização de fiscalização permanenteCriação de um arcabouço legal ambiental dos municípiosRealização de convênios e parcerias com instituições técnico- científicas
Identificar os acessos fundamentais para a mobilidade lo-cal e regionalPromover a ação e articulação política para a captação e destinação de recursos
Articulação com atores locaisEmpoderamento dos prefeitos e autoridades políticas na gestão do CONDESUS
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social
Objetivo: Dar Consistência ao Tecido Institucional
5 – Conclusão
A região da Quarta Colônia tem orgulho de sua identidade cultural, alicerçada no uso adequado dos recursos naturais, na qua-lificação educacional e na articulação regional, aliada a uma agricultura representativa e ao seu potencial turístico, que possibilitam à região promover o desenvolvimento e consolidar a marca “Quarta Colônia”, como diferencial competitivo regional.
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2 – Matriz de Potencialidades, Limitações e Problemas
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento Produtivo
Problema Central: Baixo nível de organização dos setores produtivos e de articulação com os diversos agentes (governamentais e não governamentais)
ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
AGROPECUÁRIA
Solo Fértil Usina de cana-de-açúcar com pro-blema (processo de concordata) Alta inadimplência nos bancos
Condições edafoclimáticas favorá-veis Baixo grau de agroindustrialização Baixo nível de organização dos pro-
dutores
Tradições de culturas (abacaxi, cana-de-açúcar, Mandioca, batata-doce e inhame)
Má distribuição das chuvas Declínio da produção agrícola
Disponibilidades de mão de obra Descapitalização do produtor ruralFechamento das empresas de be-neficiamento de frutas e usinas de cana-de-açúcar
Disponibilidade de crédito Ausência de políticas de incentivo às vocações do município
Visão de futuro do município seg-mentado
Existência de Usina de cana-de açúcar
Incerteza quanto ao envolvimento do Governo Estadual e Municipais no projeto de transposição
Deficiência de Planejamento Estra-tégico no município
Disponibilidade de AT,, Pesquisa e Extensão
Baixo índice de qualificação da mão de obra
Inexistência de estratégia para a valorização da marca dos produtos locais
Acesso fácil aos municípios facili-tando o escoamento da produção Alto índice de analfabetismo Participação orçamentária da Se-
cretaria de Agricultura insuficiente
Posição geográfica privilegiada e próxima a grandes centos
Ineficiência da gestão pública res-ponsável pelo setor agrícola
Perspectiva da região a ser atendida pela “Vertente Leste da Planície Li-torânea do Baixo Paraiba” – projeto de transposição das águas do Rio São Francisco
Perspectiva da implantação do pro-jeto “Girassol” no mucípio de Sapé
COMÉRCIO E SERVIÇOS
Instalação de Grandes Redes Lojis-tas provenientes de outras regiões do Estado
Burocratização do processo de con-cessão de crédito
Visão de futuro do município seg-mentadaDeficiência de Planejamento Estra-tégico nos municípios
Geração do emprego formal Baixo índice de qualificação da mão de obra
Projeto empreender Alto índice de analfabetismo
Cheque Salário
Disponibilidade de Crédito
1 – Diagnóstico
A área de estudo compreende três municípios, Itabaiana, Mari e Sapé no estado da Paraíba, conforme mapa abaixo, sendo um município que pertence à microrregião de Itabaiana e dois municípios que pertencem à microrregião de Sapé, que está inserida no projeto de transposição das águas do Rio São Francisco, “Eixo de Integração das Bacias Hidrográficas da Vertente Litorânea Paraibana.
A área totaliza de 690km² e corresponde a 1,2% da área territorial da Paraíba. De acordo com o IBGE, no ano 2007, a área de influência do território em análise, contava com uma população total de 75010 habitantes, o correspondente a 2,2% da população do Estado. Desse total, 46.363 habitantes, ou seja, 61,80% refere-se à população residente no município de Sapé, localizado na região do Baixo Paraíba. A densidade demográfica atingiu, nesse ano, o patamar de 96,6 hab/km², para a região como um todo, que chegaram a ultrapassar a média do estado da Paraíba.
O contexto natural dos municípios contempla dois tipos de formações vegetais, com seus respectivos ecos-sistemas: o Agreste Sub-Litorâneo e o Cerrado, com presença de unidades de conservação. Já a fauna da região, onde se desenvolve o território analisado, a exemplo do que ocorre em todo o Nordeste, apresenta-se muito pobre em espécies e com baixo grau de endemismo. A ação antrópica, muitas vezes decorrente da escassez de água, que provoca desmatamentos e a caça predatória, constitui-se no fator que mais contribui para o depauperamento da fauna local.
João Pessoa/PB04 a 22 de maio de 2009
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Grupo 3: Ordenamento Territorial e Infraestrutura
Problema Central: Infraestrutura ineficiente para agregação de valor ao setor econômico do território
ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
RECURSOSHÍDRICOS
Infraestrutura Hídrica: Acauã (255.000 m3); açudes de médio porte e poços
Insuficiência para usos múltiplos Abastecimento de Água deficitário
Projeto de Ampliação/Construção Reservatórios (Manguape)
Indisponibilidade de água para a psicultura
Projetos e Obras do sistema de abastecimento de água
SANEAMENTO Topografia favorável à implantação do sistema de esgotamento sanitário Cultura local com resistência Sistema de esgotamento sanitário
deficiente
ENERGIA
Atendimento: (100% zona urbana e 90% zona rural) Rede monofásica na Zona Rural Infraestrutura precária
Custo de KW/h alto
TRANSPORTE
BR-230 duplicada e malha rodoviá-ria bem conservada Pequeno calado do Porto de Cabedelo Estradas de leito natural intransitá-
veis no período do inverno
Interligação com Porto e Aeroporto Ferrovia subutulizada e bitola es-treita
Existência de Rede Ferroviária
SISTEMA DEPRODUÇÃOAGRÍCOLA
Solos férteis com topografia favorável Falta água para irrigação Terrenos férteis subutilizados
Existência de escritório da EMATER em todos os municípios
Equipamentos agrícolas ultrapassa-dos e com tecnologia defasada
Usina de beneficiamento de cana-de açúcar
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital Humano
Problema Central: Sistema educacional desfortalecido e de baixa qualidade
ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
EDUCAÇÃO, SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL
Existência de projetos visando mini-mizar a evasão escolar
Restrição de acesso aos recursos financeiros, políticas e programas governamentais
Alto índice de evasão escolar
População com potencial artístico e cultural (músicos, poetas, escritores, repórteres, radialistas, professores)
Precariedade na interação entre os órgãos institucionais nas esferas (fe-deral, estadual e municipal)
Recursos retornando aos órgãos fe-derais devido à inadimplência
Disponibilidade de recursos de pro-gramas
Escassez de oferta de emprego e geração de renda
Escolas sucateadasBaixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)Deficiência na elaboração de projetos
Escola de Formação de professores Ausência de programas de inclusão digital
Potencial turístico Baixa frequência dos professores
Programas Existentes nas áreas (PETI, EJA, PROJOVEM, AABB, RONDON, PSF`S etc.)
Ausência de um plano municipal de educação
Presença de consórcio intermunici-pal de saúdeSignificativo potencial empreendedor (existência de MPE´s)
Ausência de participação dos pais na educação dos filhos
Descontinuidade das ações de go-verno, bem como de profissionais em áreas específicas
Deficiência no funcionamento dos PSF´s
Alto índice de verminoses, tuberculo-se, hanceníase Alto índice de drogas (álcool, crak, fumo )
Alto índice de exploração infantil (pe-dofilia, gravidez precoce e trabalho infantil)Assistencialismo do poder público provocando dependência
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ESTRATÉGIAS AÇÕES
Formular em conjunto com os conselhos municipais de desenvolvimento, um progra-ma de capacitação para fortalecimento do associativismo no território
Capacitar membros dos conselhos municipais de desenvolvimento em tema como associa-tivismo e desenvolvimento Capacitar associações e produtores rurais em tema como associativismo e gestão da uni-dade produtiva Capacitar microempresários em temas como associativismo e empreendedorismo
Articular com os municípios e instituições e entidades da área educacional, a realização de programa de combate ao analfabetismo, com maiores taxas de cobertura
Elaborar de modo conjunto com os municípios, instituições governamentais e não governa-mentais, programas para o combate ao analfabetismo
Formular em conjunto com associações de produtores rurais, representantes das asso-ciações do comércio, indústria, conselhos municipais de desenvolvimento e institui-ções bancárias iniciativas para redução da inadimplência e ampliação do crédito
Sensibilzar e mobilizar os produtores rurais para o pagamento dos empréstimos bancários Discutir no âmbito dos conselhos quais atividades produtivas têm viabilidade econômica e devem ser contempladas pelos programas de crédito
Discutir no âmbito dos conselhos municipais um programa para revitalização da cultura do abacaxi
Identificar nos municípios as principais comunidades rurais produtoras de abacaxi e discutir com as lideranças iniciativas para retomada dessa atividadeRealizar em conjunto com o conselho de Desenvolvimento Municipal e representantes dos diversos segmentos da cadeia produtiva do abacaxi Realizar um seminário sobre a perspectivas para revitalização da cultura do abacaxi no território
Discutir alternativas produtivas que poderão ser viabilizadas para o território
Identificar resultados de pesquisas regionais que demonstrem a viabilidade técnica e econô-mica de produtos que poderão dinamizar a economia do território Definir no âmbito dos conselhos municipais de desenvolvimento quais produtos prioritários que deverão ser objeto de programas pactuados no território
Elaborar um modelo de gerenciamento do ca-nal adutor que assegura a vazão programada, conservação e manutenção, e fiscalização
Definir em conjunto com beneficiários normas e procedimentos para utilização do sistema,desenvolver ações educativas objetivando evitar o desperdício de água
Minimizar os prováveis impactos na estrutu-ra fundiária do entorno do canal adutor
Realizar um seminário no território para discutir com o governo do estado e atores locais ações que contribuam para minimizar os problemas fundiários
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Captação de recursos financeiros com instituições governamen-tais e não governamentais
Articular as instituições visando buscar parcerias Elaborar projetos para captar recursos e firmar convênios Cumprir os acordos estabelecidos com instituições parceiras obser-vando normas e prazos para execução e prestação de contas
Envolvimento efetivo e continuo dos atores locais Realizar oficinas, fóruns, com objetivo de sensibilizar atores locaisSensibilizar os atores políticos buscando a gestão compartilhada
Qualificação e adequação do quadro técnico e docente das demandas específicas
Realizar concursos públicos Realizar capacitação continuada
Estabelecimento de um plano educacional adequado às especifi-cidades do território
Diagnosticar as potencialidades e vocações do território Elaborar um plano educacional com a participação dos atores envol-vidos no processoExecutar as diretrizes do plano nacional da educação
Adequação do corpo docente às diretrizes estabelecidas no plano educacional Oficina de trabalho de nivelamento do corpo técnico
Aproveitamento dos recursos financeiros disponíveis Realizar planejamento observando a disponibilidade dos recursos es-tabelecendo prioridades
3 – Estratégias, Ações, Instituições e Atores Envolvidos
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento ProdutivoObjetivo Central: Melhorar o nível de organização dos setores produtivos
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital HumanoObjetivo Central: Promover sistema educacional fortalecido e de qualidade
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social
Problema Central: Baixo Nível de Organização Social
ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
TECIDO INSTITUCIONAL E ARTICULAÇÃO
Elevado nº de instituição no território Atuação individualista das insti-tuições
Articulação incipiente nas instituições (interno/externo)
Presença de atividade comercial para o desenvolvimento
Baixa participação da população na articulação
Proximidade de centros de ensino técnico e superior
Elevado grau de disputa entre lide-ranças
Iniciativa para formação de associa-ção de municípios
Facilidade de acessos rodoviários (boa infraestrutura)
Interesses particulares sobrepõem os públicos/coletivos
Articulação de diferentes Instituições em torno do Projeto de Integração de Bacias Regionais
Projeto de Integração de Bacias Regionais
Interferência político-partidária nas entidades de representação
GESTÃO PÚBLICA
Presença de políticas públicas fe-derais no território (MDA, MDS, BB, BNB)
Descumprimento de acordos e contrapartida
Baixa participação da população no processo decisório
Existência de inadimplência na ges-tão municipal
Baixa qualificação técnica
Descontinuidade das políticas públicas
Carência de Plano Estratégico de De-senvolvimento
ORÇAMENTO
Capacidade do município fomentar a atração de investimentos Inadimplência na gestão municipal Pesquisa e desenvolvimento incipiente
Proximidade com centros consumidores Diminuição de arrecadação com o fechamento de usinas
Oferta de Programas Externos (na-cionais e internacionais) de captação de recursos
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Grupo 3: Ordenamento Territorial e Infraestrutura.Objetivo Central: Aumentar a oferta de recursos hídricos
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Incrementar a oferta de recursos hídricos
Implantação do projeto do eixo de integração das Bacias hidrográficas da ver-tente litorânea ParaibanaCriação de programa de racionalização do uso dos recursos hídricosInstalar um comitê de bacias
Dotar a zona urbana de todos os municípios do território de saneamento básico Implantação do sistema de abastecimento de água e esgoto sanitário
Garantir a utilização dos recursos hídricos de forma sus-tentável Apoio a programa de conscientização do uso sustentável de Recursos hídricos
Implantar programa de educação ambiental Difusão contínua de programas educativos em meios de comunicação e nas es-colas
Apoiar a elaboração, a implementação de projetos estru-turantes e complementares às obras do canal
Implantação de projetos para melhorar a oferta de energia elétrica principal-mente para irrigação
Promover a gestão dos recursos hídricos Fortalecimentos dos órgãos e instituições gestoras de recursos hídricos Promover uso racional da água, após a implementação do canal Fiscalização racional eficiente e constante do uso da água
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social Objetivo Central: Fortalecer as relações institucionais
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Promover articulação entre as instituições
Realização de seminário de sensibilização para cooperação institucionalConstrução de Agenda de compromisso integrada Formação de associação dos municípios do baixo Paraíba Elaboração do plano de comunicaçãoFormação de fórum permanente de debates
Promover empoderamento da população
Criação de espaço regional comum para informação sobre projetos estruturan-tes como o da bacia do baixo ParaíbaCapacitação dos atores locais em gestão, associativismo, cooperativismo, lide-rança, empreendedorismo, políticas públicas
Formular politicas públicas participartivas
Implantação de orçamento participativoCapacitação dos membros dos conselhos municipais Capacitação dos gestores e dos técnicos municipais em processos adminis-trativos
Implantar projetos estruturantes
Capacitação técnica para captação de recursos Formulação de convênios de Cooperação técnico-cientifico com instituição de ensino superior com orgãos de fomento e instituições locais Elaboração de estudo de viabilidade socioeconômica e ambiental
4 – Conclusão e Encaminhamentos
Consideramos que o curso proporcionou uma forma de aprendizado prático e de construção conjunta de conhecimentos uma vez que ele permitiu uma interação com comunidades locais mediantes visitas in loco e entrevistas com as instituições e entidades representativas da sociedade civil organizada. Também possibilitou a oportunidade de identificar os problemas locais, levantar as potencialidades, formular estratégias para supe-rar as adversidades e construir uma nova realidade de desenvolvimento regional e local.
Belém/PA03 a 21 de agosto de 2009
Área de Estudo: Região Metropolitana de Belém
Área de Estudo
Limite Intermunicipal
Principais Rodovias
Principais Rios
!. Capital
®q Aeroporto
¬c Portos
!.
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BenevidesAnanindeua
Santa Bárbara do Pará
Marituba
Belém
Elaborado: CGMA/SDR/MIFonte: IBGE,2010Data: 05/2012
1 – Introdução
O território em análise é constituído pelos municípios que compõem a região metropolitana de Belém, são eles: Belém, Benevides, Ananindeua, Santa Bárbara do Pará e Marituba. Este território envolve uma área de 1.827,7 Km², situado em uma região de grande aglomeração urbana, localizado no bioma amazônico com abundância de recursos naturais sendo os desafios regionais analisados advindo das problemáticas das gran-des cidades sejam concentração de Infraestrutura e serviços em uma pequena parte do território, a Infraestru-tura de transporte, o tratamento de resíduos sólidos e o aproveitamento do potencial turístico.
2 – Diagnóstico
2.1 - CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
A Região Metropolitana de Belém (RMB) foi instituída pelo Governo Federal em 1973, composta pelos mu-nicípios de Belém e de Ananindeua (Brasil, 1973). Essa região foi ampliada em 1995 pelo Governo do Estado do Pará, com a inclusão de Marituba e de Benevides (Pará, 1995), envolvendo a área de 1.827,7 km². Em 1996, com a criação do município de Santa Bárbara do Pará, a partir do desmembramento de Benevides, a RMB assume sua atual composição com cinco municípios.
A polução total da região metropolitana é de 2.078.405 (Contagem, IBGE – 2007) dividida em 68% localizada no município de Belém, 24% em Ananindeua, 5% em Marituba, 2% em Benevides e 1% em Santa Bárbara.
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POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS DADOS FONTE
Maior concentração de instituições de ensino, pesquisa e extensão da Amazônia Brasileira Inserção de progra-mas educacionais pú-blicos governamentais (ProUni, ProJovem, EJA, Navega Pará)
Programas federais de capacitação e qualifi-cação de docentes
Baixo número de escolas técnicas profissionalizantes estaduais Ausência de cursos direcionados à necessidade da Região Metropolitana de Belém (exemplo: Engenharia de tráfego) Crise Econômica Mundial
Violência nas Escolas Qualificação dos professores Infraestrutura física das escolas (tecnologia da informação) Baixa efetividade da educação ambiental (poluição visual, lixos, etc.) Baixa oferta de qualificação profissionalizante para jovens que concluem o ensino médio
Belém possuiu 68,02% das escolas de nível médio e 84,87% de nível superior Os municípios de Benevides, Maritu-ba e Santa Bárbara não possuem esco-las de nível superior Belém e Ananin-deua concentram o maior percentual de docentes da RMB, são 94,71% e juntas concentram 91,31%
PDRS da Região MetropolitanaGoverno do Estado do Pará
IBGE
Levantamento de campo (entrevistas com informantes-chaves)
Observação direta
Hospital Metropolitano Cursos Superiores e de pós-graduação Residência Médica Infraestrutura médico-hospitalar especializada
Alta demanda ao serviço de saúde
Alta demanda de atendimento para poucos hospitais/Ps e profissionais
Número de leitos insuficientes e con-centrados na capital
Concentração de especialidades médica na capital Baixo número de PS Ineficiência de programas de prevenção Concentração de infraestrutura na capital
98% da população mora em Belém e Ananindeua
96% dos hospitais especializados estão em Belém
Não existe hospital especializado em Ananindeua, Marituba e Santa Bárbara
82% dos atendi-mentos especia-lizados estão em Belém
Número baixo de médicos p/1000hab
78% dos leitos para especialidades estão em Belém
Santa Bárbara não possui leitos para especialidades
DATA SUS2007
O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano é de 0,806 para o município de Belém,.0,782 Ananindeua, 0,711 Benevides, 0,713 Marituba e 0,689 o de Santa Bárbara.
O PIB per capita da região é de R$ 8.765,00 para o município de Belém, R$ 7.149,00 o de Benevides, R$ 4.950,00 o de Ananindeua, R$ 3.206,00 o de Santa Bárbara e de R$ 3.199,00 o de Marituba.
3 – Matriz de Potencialidades, Limitações e Problemas
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕESPROBLEMAS DADOS PROBLEMAS FONTE
Demanda crescente da construção civil
Aumento no setor de hotelaria
Turismo de lazer ecoló-gico, cultural e religioso
Presença de instituições de ensino e pesquisa na RMB
Existência de políticas públicas de emprego, trabalho e renda
Existência de políticas públicas de qualificação da mão de obra (Bolsa trabalho)
Sala dos prefeitos
Fórum de competitivi-dade
Crise econômica mundial Baixa efetividade de políticas públicas federais Redução na arreca-dação de impostos, tributos, gerando baixa nos investimen-tos na RMB
Baixa efetividade de políticas públicas es-taduais e municipais
Baixa capacidade de articulação entre os gestores municipais
Baixa capacidade de articulação entre o estado e os municí-pios da RMB
Grandes diferenças econômicas, sociais e de infraestrutura entre os municípios da RMB
O estado do Pará tem um déficit habi-tacional de 317.089 domicílios e a RM representa 29,24% do total do estado
SINDUSCON PARATUR
DRT
MTE
PESQUISA DE CAMPO
SETER/PA
Demanda crescente no setor de comércio e ser-viços (vans, moto-taxi, beleza e estética)
Fruticultura do açaí
Presença de pequenas indústrias e atividades artesanais
Programas de incentivo à formalização (empre-endedor individual)
Crise econômica mundial Baixa efetividade de políticas públicas federais Redução na arreca-dação de impostos, gerando baixa nos investimentos na RMB
A ocupação no setor informal cresceu 104% na RMB de 1997 a 2003
Baixa efetividade de políticas públicas es-taduais e municipais
Baixa capacidade de articulação entre os gestores municipais
Baixa capacidade de articulação entre o estado e os municí-pios da RMB
Grandes diferenças econômicas, sociais e de infraestrutura entre os municípios da RMB
FETAGRI/PA SAGRI/PA CNI SEBRAE/PA PREFEITURAS
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital Humano
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ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES
LIMITAÇÕES(NEGATIVAS, EXTERNAS)
PROBLEMAS DADOS
Situação Fiscal e Financeira do Território
Potencial para arrecadação fiscalDisponibilidade de recursos federaisImplementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa
Atraso nos repasses de recursos de outras esferas de governoCrise financeira e consequente queda da arrecadaçãoOs agentes financeiros não enxergam os municí-pios da RMB como uma unidadeReferenciamento político dos recursos (emendas parlamentares)
Pouca realização de convênios e contratos com o Governo Estadual e FederalBaixo índice de regulari-dade com o CAUCFalta de conhecimento de fontes de recursos
STN/FIN-BRASEFA/SIAT
TecidoInstitucional
A existência da AMBELPosição Geográfica favo-rávelConsciência pró-associati-vismoApoio institucional do Gover-no do EstadoExistência de instituições de ensino e pesquisaExistências de instituições financeiras e bancárias
A falta de regularização fundiáriaFormação histórico-geográfico-territorialAtração de população de baixa renda
Acesso limitado à univer-sidadeFalta de identidade da Região MetropolitanaFalta de integração e participação entre os municípios da RMFalta de qualificação dos trabalhadores
Pesquisa
4 – Estratégia, Ações, Instituições e Atores Envolvidos
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento ProdutivoObjetivo: Aumento do Valor Agregado dos Produtos e Serviços
ESTRATÉGIAS ATIVIDADES
Melhorar a eficiência do sistemaprodutivo
Revitalização dos distritos industriaisAdequação da logística de transporte das atividades produtivasImplantação da política de incentivos ficais e financeirosElaboração e implementação de programa de articulação institucionalDesburocratização dos processos de concessão de créditos de fomentos
Difundir a Inovação tecnológica Elaboração de uma política de difusão de tecnologia Criação de parques tecnológicos Ampliação de escolas profissionalizantesElevação no atendimento de assistências técnicas
Elevar a produção dos serviços e produtos
Capacitação profissionalAmpliação da assistência técnica Elaboração e implementação de uma política de modernização dos processos produtivos Incentivos à atração de investimentos
Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento Territorial
ÀREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES
LIMITAÇÕES(NEGATIVAS, EXTERNAS)
PROBLEMAS(NEGATIVOS, INTERNOS) DADOS
Ordenamento Territorial da RMB
Relevo e hidrografia favorávelDisponibilidade de áreas para expansão da malha urbanaPossibilidades de uso multimodal (passagei-ros e cargas) e intermo-dal (fluvial, rodoviário e aéreo) de transportesRecursos naturais em abundância
Vulnerabilidade ao regime de marésCotas altimétricas negativas
Conflitos e irregularidades fundiáriasInsuficiência de recursos para desapropriaçõesCrescente ocupação irregular de áreas públicas, privadas, ilhas e florestasEspeculação imobiliáriaElevado déficit habitacionalLegislação complacente e permissiva quanto à verticali-zação em BelémIneficiência na aplicação da legislação existente para a RMBInstitucionalização da gestão na RMBAvanço da malha urbana nas áreas ruraisInfraestrutura deficiente na zona rural
IBAMA, 2002
Faure, 2006
Vieira, 2006
Núcleo de Cultura Política do Amazonas www.ncpam.com
Ministério das Cidades.
Fundação João Pinheiro
IMAZON
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social
ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES
LIMITAÇÕES(NEGATIVAS, EXTERNAS)
PROBLEMAS DADOS
GestãoPública Local
Mercado de trabalho no setor público Centro político-administrativoPolítica de formação de con-sórcioPolíticas de governo de curto e médio prazoExistência de conselhos muni-cipais
Falta de políticas públicas regionais para estruturação da gestão local
Falta de estrutura organi-zacionalCorpo técnico deficienteFalta de adequação dos planos diretores municipaisFalta de planejamentoPouco conhecimento da legislação aplicável
Pesquisa
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Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital SocialObjetivo: Planejamento Eficiente e Integrado da Região Metropolitana de Belém
ESTRATÉGIAS ATIVIDADES
Aprimorar os mecanismos de arreca-dação fiscal dos municípios
Criação e revisão do cadastro técnico multifinalitário (imóvel, comércio, servi-ços e infraestrutura)Cadastrar e regularizar os trabalhadores informaisAtualizar a legislação tributária
Fortalecimento da AMBEL Sensibilização dos municípios para a efetiva participação na AMBELEstruturação legal, física e financeira da AMBELCriação de uma agenda integrada entre os municípios da RMB
Fortalecimento das instituições de controle social e das práticas asso-ciativistas
Realizar diagnóstico sobre as instituições existentesFomentar a participação dos associados nas instituiçõesCapacitar os atores locais em gestão e políticas públicasCriação e fortalecimento dos conselhos municipaisCriação de Fóruns de Conselhos Regionais
Estimular a criação de consórcios me-tropolitanos
Identificar as áreas de objeto de criação de consórciosCriação de consórcios (saúde, transportes, resíduos sólidos, etc.)Elaboração de projetos integrados
Captação de recursos para obras es-truturantes na RMB
Regularização fiscal dos municípiosCapacitação de agentes para captação de recursosElaboração de projetos voltados para a RMB
Fortalecimento e aprimoramento da gestão pública integrada
Estruturação do quadro técnico-funcional das prefeiturasEstímulo a projetos de cooperação intermunicipalEstímulo de cooperação técnica entre prefeituras e instituições de ensino téc-nico e superior
5 – Conclusão e Encaminhamentos
Com uma posição geográfica privilegiada composta por cinco municípios que possuem características físicas semelhantes, a RMB ainda não conseguiu despertar o sentimento de pertencimento, quer seja nos gestores quer seja na própria população. Os municípios de Belém e Ananindeua, por possuírem a maior porção da infraestrutura, conseguem melhor diálogo com os governos federal e estadual, consequentemente com vantagem sobre os demais.
Somente com políticas públicas de Estado estruturantes e integradas, com respeito ao capital humano e social, potencializando suas vocações, poderemos alcançar o desenvolvimento sustentável.
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital HumanoObjetivo: Diferenças econômicas, sociais e de Infraestrutura, na Região Metropolitana, reduzidas
ESTRATÉGIAS ATIVIDADES
Elevar o grau de escolaridade Efetivar professores através de concursos públicos;Elaboração e aprovação dos planos de cargos e salários para os docentes;Estimular a capacitação continuada dos professores da rede pública de ensino, através de programas governamentais;Criação de polos cooperados de educação profissionalizantes associados às necessidades dos municípios.
Melhorar a saúde preventiva;Melhorar a infraestrutura de atendi-mento médico-hospitalar.
Contratação de agentes de saúde;Qualificação dos profissionais da saúde no que tange ao atendimento humanizado;Contratação de médicos especializados de acordo com as demandas dos mu-nicípios;Criação e ampliação do PSF (Programa Saúde Da Família).
Fomentar a qualificação técnico-pro-fissional aliado às demandas locais.
Realizar ações de qualificação da mão de obra local de acordo com as deman-das de trabalho emprego e renda local;Firmar um termo de cooperação técnica entre os gestores e o setor produtivo para inclusão da mão de obra qualificada;Fortalecimento e ampliação das agências municipais de trabalho, emprego e renda já existentes;Firmar termo de cooperação técnica para implantação e implementação das agências municipais de trabalho, emprego e renda dos municípios de Marituba, Benevides e Santa Bárbara.
Fortalecer a identidade regional. Articular, criar e desenvolver rotas ecoturísticas integradas aos municípios in-tegrados à RMB;Articular com o Sistema “S” e instituições governamentais a profissionalização do turismo ecológico, cultural, religioso e de negócios;Desenvolver estratégias de marketing que promovam o sentimento de perten-cimento ao território regional.
Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento TerritorialObjetivo: Ocupar e expandir de forma ordenada, controlada e sustentável o território Metropolitano
ESTRATÉGIAS ATIVIDADES
Institucionalizar, integrar e fortalecer, legalmente o planejamento e a gestão metropolitana
Criação de um órgão gestor metropolitanoElaboração de plano e de modelo de gestão participativos, integrados e sis-têmicos
Regularizar a situação fundiária Georreferenciamento das áreas consolidadas e não consolidadasPesquisa cartorária, matrícula do imóvel e titulação aos de direito
Elaborar e implantar projetosestruturantes
Elaboração e implantação de projetos estruturantes de Gerenciamento Inte-grado de Resíduos Sólidos (GIRS), e Sistemas de abastecimentos de água, esgotamento sanitário e drenagem urbanaAtualização, expansão e implantação do Plano Diretor de TransportesImplantação do transporte multimodal
Preservar e utilizar sustentavelmente os recursos naturais
Criação de novas áreas verdes e de lazer (parques, praças, arborização e paisagismo)Recuperação de áreas degradadasCriação e estruturação de órgãos ambientais municipaisFiscalização eficiente do uso e ocupação do solo
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Área de Estudo: Municípios do Norte e Noroeste Fluminense
³c
Campos dos Goytacazes
Italva São Francisco de Itabapoana
Cardoso Moreira
São João da Barra
São José de Ubá
Elaborado: CGMA/SDR/MIFonte: IBGE,2010Data: 05/2012
³c
Área de Estudo
Limite Intermunicipal
Principais Rodovias
Principais Ferrovias
Porto em Construção³c
Oceano Atlântico
Estes municípios apresentam hoje características e graus de desenvolvimento sócioeconômico diferencia-dos, embora num passado recente, a região era sustentada por atividades voltadas para o setor primário da economia. Até o início da década de 80 os municípios eram pouco industrializados, quando iniciou um signi-ficativo processo de mudança ocasionado pela prospecção e extração de petróleo e gás na Bacia de Campos, tornando a região atraente. Considerada a maior reserva petrolífera da Plataforma Continental Brasileira, a Bacia de Campos tem cerca de 100 mil km² se estendendo do Estado do Espírito Santo até Cabo Frio, no litoral norte do Rio de Janeiro. A exploração de petróleo teve início em 1976 e o impacto causado pela atividade atingiu diretamente Macaé e Campos.
A maior concentração de atividades econômicas no Norte do Estado está localizada em Macaé, portan-to, muito próxima à Mesorregião Itabapoana, com influência direta em Campos pela atividade offshore em operação no mar e de apoio logístico em terra. Todos os municípios da Mesorregião recebem royalties, sendo Campos o mais beneficiado seguido de São João da Barra. O valor pago pela ANP aos demais municípios, contudo, é quase simbólico, um dos fatores que desequilibram a economia regional.
Com a chegada do petróleo, ocorreu a substituição de atividades baseadas na agroindústria de cana-de-açúcar e pecuária e, secundariamente, no comércio atacadista com a maior parte da produção industrial e do comércio e, portanto da renda, concentrados em Campos, o município mais desenvolvido na região, e de maior território.
São João da Barra/RJ21 de setembro a 09 de outubro de 2009
1 – Introdução
O território em análise é constituído por municípios dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo que compõem a mesorregião de Itabapoana. Este território envolve uma área de 15.000 Km².
A Mesorregião da Bacia do Itabapoana abrange parte dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sendo constituída por 31 municípios. A Mesorregião abriga uma população de cerca de 970.184 habitantes em área de 14.642, Km2.
A Mesorregião é caracterizada pela existência de grandes desigualdades espaciais e graves problemas socioeconômicos. No entanto, identifica-se um grande potencial de desenvolvimento, principalmente em algu-mas cadeias produtivas como a da fruticultura, da apicultura, da floricultura, do turismo e da aquicultura. Além destas, a Mesorregião possui ainda outras cadeias produtivas com expressivo potencial para exploração, é o caso da pecuária bovina, da cana-de-açúcar e das atividades ligadas ao petróleo.
2 – Diagnóstico
2.1 - CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A área estudada neste curso compreendeu os municípios fluminenses localizados na Mesorregião Diferen-ciada Itabapoana, assim instituída pelo Ministério da Integração Nacional, com as premissas da Política Nacio-nal de Desenvolvimento Regional – PNDR, e que coincide com as regiões de planejamento Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro.
Em sua porção fluminense os municípios que constituem a Mesorregião são: Bom Jesus do Itabapoana, Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, Itaperuna, Italva, Laje do Muriaé, Natividade, Porciúncula, São Francisco do Itabapoana, São José do Ubá, São João da Barra e Varre-Sai. Dos doze municípios do Estado do Rio de Janeiro, que compõem a Mesorregião Itabapoana, seis foram alvo de estudo neste trabalho, sendo eles: São João da Barra, São Francisco do Itabapoana, Campos dos Goytacazes, Italva, Cardoso Moreira e São José de Ubá.
Tabela 1. Dados dos Municípios da Área de Estudo
Adaptado, 2009.Fonte: Anuário Estatístico Fundação CIDE 2007/2008 RJ*Taxa média geométrica de crescimento anual
Área (km²) Pop 2000 Pop Estimada 2009
*TMGCA1991/2000
(%)
Taxa deUrbanização
(%)
Dens. Dem. (hab/km²)
Estado 43 766,6 14 391 282 16 170 655 1,30 96,0 328,08
Mesorregião do Itabapoana 9 505,1 674 660 792 265 - - -
Campos dos Goytacazes 4 051,2 406 989 441 484 0,88 89,5 100,73
Cardoso Moreira 516,8 12 595 12 343 -0,20 63,8 24,35
Italva 291,5 12 621 12 460 -0,13 70,0 42,81
São Francisco do Itabapoana 1 107,3 41 145 43 877 0,68 46,7 36,67
São João da Barra 454,3 27 682 35 362 3,20 70,9 60,31
São José do Ubá 250,5 6 413 6 813 0,64 36,3 25,49
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POTENCIALIDADES PROBLEMAS
Infraestrutura viária: maior calado navegável do país e rede rodoviária já estabelecida
Falta de integração entre modais de transporteConflito de atividades (pesca/ porto), redução da mão de obra (pescadores artesanais)Manutenção deficiente da malha viária existente
Sustentabilidade territorial: revisão dos planos plurianuais dos municípios, criação de um plano de desenvolvimento territorial/ regional, possibilidade de criação de novas uni-dades de conservação e compensação ambiental dos em-preendimentos
Publicidade políticaDesigualdade de oportunidades entre municípiosDegradação ambiental* Uso indevido dos recursos naturais
POTENCIALIDADES PROBLEMAS
DIVERSIDADE DE INSTITUIÇÕES: Disponibilidade de re-cursos; Capacidade de mobilização; Multirrepresentativas (Prefeituras Municipais, Sistema S, Fundecam, ACIC, CDL, Federações e Instituições empresariais, FUNDENOR, Uni-versidades, PETROBRAS, etc.)
Ausência de governança que planeje o desenvolvimento econômico regionalAlta dependência de emprego em relação à administração pública municipalPouca integração na discussão de problemas regionaisDesconhecimento de programas, projetos e competências das instituições
Programas regionais e territoriais: PROMESO, Territórios da Cidadania e RIO RURAL
Inexpressividade de políticas para o setor agrícolaBaixa capacitação técnica para elaboração e execução de projetosInadimplência de prefeituras com o Governo Federal, o que dificulta capta-ção de projetosUso político partidário das instituições sociaisBaixo conhecimento das políticas públicasBaixa transferência de conhecimento e tecnologia
Gestão Pública Heterogênea, fragmentada, desarticulação de instituições
Situação orçamentária do território
Situações díspares: a de Campos com elevada arrecadação; a de São João da Barra com situação mediana de arrecadação e a dos demais municípios com situações mais difíceisAlta dependência de transferências de receitas externas
Tecido Institucional Contradições em relação ao grande número de Instituições e o fraco desem-penho institucional e baixo capital social
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Estruturação: Polo de empresas fornecedoras da região
Estruturar overnança do polo (identificação atores e contratualização)Mapear a cadeia de suprimentos das grandes empresas da região (identificação de oportunidades)Definir um plano de melhoria da competitividadeOrganizar um plano de fomento a crédito às empresasImplantar Programa de Disseminação da Cultura EmpreendedoraDisseminar tecnologia e inovação às empresas do Polo
O dinamismo gerado pelo enriquecimento regional trouxe com ele novos problemas hu-manos e sociais, gerado por significativo afluxo de população para as principais cidades da região próximas às atividades petrolíferas, acarretando consequências, como sobrecarga nos serviços, equipamentos e infraestrutura urbana além de pressão nos preços.
3 – Matriz de Potencialidades, Limitações e Problemas
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento Produtivo
POTENCIALIDADES PROBLEMAS
PETRÓLEO E GÁS: tributos gerados pela indústria e pela cadeia produtiva
Baixa representatividade e competitividade empresarial do setor de bens/ser-viços (fornecedores) da regiãoPouca geração de tecnologia e inovação em função do fraco relacionamento entre as instituições de pesquisa e tecnologia e empresas de serviços (forne-cedoras)Má aplicação dos royalties
COMPLEXO LOGÍSTICO E PORTUÁRIO DO AÇU: atra-ção de novos investimentos para a região
Setor empresarial com baixa competitividade (gestão e tecnologia) e sem tra-dição de fornecimento para o setor de portos, siderúrgico, entre outrosEspeculação imobiliáriaAlta migração (crescimento populacional)
AGRONEGÓCIO E AGRICULTURA FAMILIAR: diversida-de da produção: olericultura, cana-de-açúcar, pecuária de leite, ovinocaprinocultura, fruticultura piscicultura, carcini-cultura, cafeicultura
Baixa competitividade/produtividade (produtos não tem certificação, marca forte, custo alto, produtos sem valor agregado, etc.)Baixa cultura empreendedora (mais familiar, menos profissionalizada)Baixa cultura de cooperaçãoTecnologias obsoletas (produção e comercialização)Alto êxodo ruralAlta concentração de pequenas propriedades (agricultura subsistência) Ausência de: abatedouros e frigoríficos regularizados
TURISMO: grande potencial: litoral (praia), de negócios, de saúde, rural, serviços e cultural
Infraestrutura deficiente (estrada, transporte, etc)Ausência de circuitos e roteiros turísticosDivulgação e sinalização turística precária
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital Humano
POTENCIALIDADES PROBLEMAS
Recursos oferecidos pela existência das PPPs e dos royalties
Descontinuidade das PPPs sociais nas esferas dos governos municipaisPouca participação e ausência de controle social na destinação e aplicação dos royaltiesUrgência na formulação de uma política pública regional consorciada de pla-nejamento e de reflexo no tecido social do território
Rede educacional de alta referência e elevado número de instituições de ensino
Elevado índice de evasão escolarBaixo rendimento escolar Baixa oferta de ensino profissional
Plano local de habitação de interesse social DesapropriaçõesGestão e fiscalização deficiente da ocupação territorialExclusão pelo déficit habitacional
Oportunidades de inclusão nos setores dinâmicos de geração de trabalho e renda (construção civil, serviços e comércio)
Pouca oferta de Programas de Capacitação Profissional para atendimento às novas demandas ocupacionaisOferta dissociada dos interesses da comunidade
Rede hospitalar de atendimento e ensino existente de ex-pressiva qualidade Atendimento básico ineficiente
Grupo 3: Ordenamento Territorial e Infraestrutura
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social
4 – Estratégias, Ações, Instituições e Atores Envolvidos
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento ProdutivoObjetivo: Promover a alta competitividade das empresas locais
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ESTRATÉGIAS AÇÕES
Articulação: políticas públicas para implantação de ações conjuntas de Infraestrutura no âmbito regional
Criação de Consórcios Públicos Intermunicipais (saúde, resíduos sólidos, água, etc.)Construção de instrumentos institucionais e legais para assegurar o ordenamento territorialFormação de convênios e redes entre as instituições públicas e privadas
Ampliar a Infraestrutura de educaçãoConstrução e ampliação da rede escolar de ensino básicoElaboração EVTE para implantação de instituições de ensino superiorManter e modernizar a estrutura física das escolas
Melhoria: infraestrutura para oferecer serviços de qua-lidade (saneamento, transporte, hotéis, etc.) e incre-mentar o potencial regional
Revisão dos sistemas de Infraestrutura existentesMelhorar as vias de acesso entre as zonas rurais e urbana para viabilizar o turismo regionalElaboração de um plano regional de transporte coletivoIntervenção junto ao poder público e às empresas para melhoria da malha viária regional
Estruturação: programa de desenvolvimento territorial sustentável
Elaboração de um plano regional de recuperação e revitalização ambientalCriação de unidades de conservaçãoElaborar e implementar um plano de gestão participativa territorial dos recursos naturais
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Fortalecer a articulação institucional
Promover seminários e cursos regionais sobre processos de coopera-ção e articulação institucionalRealizar excursão técnica em região com casos exitosos de associa-tivismo
Fortalecer os espaços de governança
Capacitar os membros de conselhos e fóruns com atuação regionali-zadaProduzir material de divulgação dos espaços institucionalizados, dos projetos e dos programas de atuação regionalizada
Aumentar a captação de recursos e alocação de políticas públicas para a região
Capacitar técnicos, gestores e lideranças civis sobre a formulação e gestão de projetosDesenvolver um sistema de banco de dados e de projetos, em parce-ria com as instituições de ensino superior e técnico, poder público e sociedade civil
Participar efetivamente do Planejamento Estratégico Regional
Criar uma comissão mista para acompanhar e avaliar todos os proces-sos e etapas do planejamento estratégicoDivulgar, nos espaços de governança e na mídia, a importância da par-ticipação no planejamento estratégicoElaborar um documento público para pactuar a colaboração das institui-ções para atingir os objetivos do planejamento estratégico
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Criação: sistema inovativo regional
•Mapear as competências regionais para geração de informação, conhecimento e inovação;
•Promover um Seminário Regional sobre sistema inovativo regional: apresentação de boas práticas;
•Definir a Matriz competências x setores produtivos;•Projetar meios para captação de recursos financeiros de projetos de inovação.
Consolidação: circuito de turismo da costa doce
• Fortalecer governança do turismo (identificação atores e contratualização);•Articular os níveis de governos Estadual e Federal;•Realizar inventário turístico e organizar os roteiros;•Negociar com as instituições das esferas governamentais para maior valorização
do circuito local;•Divulgar os circuitos;•Capacitar os empreendimentos da cadeia produtiva do turismo;•Qualificar a mão de obra para atuação no setor de turismo.
Estruturação: polo produtor de alimentos
•Regularizar a situação fiscal do produtor rural;•Definir Matriz x Território dos produtos;•Melhorar a qualidade da produção e comercialização de alimentos;•Ampliar o apoio das instituições de assistência técnica, de pesquisa e extensão rural;•Criar uma marca regional (identidade) de produtos;• Implantar programas de capacitação e qualificação do produtor rural;•Estimular a cooperação entre produtores rurais.
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital HumanoObjetivo: Preparar a população local para o impacto da implantação dos grandes investimentos
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Criação: grupo de trabalho das Instituições de Ensino exis-tentes e governo
•Articular as instituições visando buscar parcerias;•Elaborar um plano de ação em conjunto entre Governo Federal, Estadual
e Instituições de ensino;•Elaborar um programa emergencial de capacitação técnica/profissional.
Estruturação: programas para ampliação de oportunidade da população local nos empregos dos grandes investimentos
Formalizar acordo de cooperação técnica entre Governos, Empresa e So-ciedade.
Estruturação: plano de desenvolvimento local compartilhado
•Estabelecer metas que garantam a inclusão social;• Implantação de um observatório via web de acompanhamento da aplica-
ção de recursos dos royalties.
Grupo 3: Ordenamento Territorial e InfraestruturaObjetivo: Proporcionar ordenamento territorial e infraestrutura regionalizada
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Organização: nova dinâmica de ordenamento territo-rial e Infraestrutura regional
•Elaborar um Plano Territorial de Ordenamento e Infraestrutura de forma partici-pativa integrado a outros planos;
•Difusão do plano para toda a população do território;•Elaboração e revisão dos Planos Diretores em todos os municípios do território;•Difusão do plano para toda a população do território;•Promoção da regularização fundiária.
Estruturação: programas para ampliação de oportuni-dades da população local nos empregos dos grandes investimentos
Formalizar acordo de cooperação técnica entre governos, empresa e sociedade
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital SocialObjetivo: Tecido regional institucional articulado
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5 – Considerações Finais
Os municípios selecionados para estudo – São José de Ubá, Italva, Cardoso Maia, Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra – apresentam forte diversidade cultural e histórica, além da agropecuária como atividade tradicional nesse território. A expansão demográfica local é estimulada pela existência do Complexo do Açu, o qual leva progresso e desenvolvimento social a tais municípios.
Para melhor canalizar as ações executadas no território faz-se necessário que haja um plano regional estruturado que resulte no desenvolvimento territorial e abranja aspectos relativos ao ordenamento urbano, controle ambiental, inclusão social e qualidade de vida.
A importância do planejamento bem definido e conciso mostra-se pela necessidade de considerar o poten-cial humano como fortalecedor do capital social existente a fim de desenvolver ações baseadas em estratégias e metas compartilhadas que elevem a competitividade regional e a participação cidadã.
Maceió/AL05 a 23 de abril de 2010
1 – Introdução
O território em questão está localizado no Médio Sertão Alagoano. Em tal território há algumas ações de desenvolvimento regional promovidas pelo Ministério da Integração Nacional juntamente com o Governo do Estado de Alagoas e outros parceiros por meio do Programa de Mesorregiões Diferenciadas – PROMESO. O território de atuação do Ministério denomina-se Xingó que também compõem este território.
A área em análise é composta pelos municípios de Senador Rui Palmeira, Maravilha, Pão de Açúcar, Carnei-ros, Poço das Trincheiras, Santana de Ipanema e São José da Tapera.
O território possui tradição no cultivo de grãos (milho e feijão) e na bovinocultura de leite, atividades já consolidadas no território; Ovinocaprinocultura, Apicultura, Aquicultura e Avicultura caipira cujo potencial se encontra em expansão. Outra atividade importante é a exploração do Turismo (rural, ecológico, de aventura e arqueológico) e o artesanato já existente como forma de valorização e resgate da cultura local.
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ÁREA TEMÁTICA
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
SAÚDE
Existência de programas sociais (PSF, CAPS, NASF, Endemias, Vigilância Sanitária)Casa Saúde da MulherCentro diagnósticoExistência de infraestrutura hospi-talar de grande porte estadual
Não funcionamento do hospital estadualDeficiência na articulação entre as esferas municipais e estadual (en-trave político-partidário)
Alto índice de mortalidade infantil na re-giãoFalta de estrutura de saúde na regiãoAlto índice de gravidez na adolescênciaAlto índice de casos de dengueAlto índice de tuberculose e hanseníaseFalta de comprometimento de profissio-nais de saúde
ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
INFRAESTRUTURA
Aterro Sanitário em construção (Santana do Ipanema) Destinação inadequada de resíduos sólidos
Construção do Canal do Sertão Sazonalidade das chuvas. Abastecimento de água insuficiente
Solo raso e topografia; Insuficiência na publicidade dos recursos disponíveis
Rede de esgoto restrita (Zona Urbana) Inexistente (Zona Rural)
Parte da frota de transporte escolar será renovada
Meios de transporte coletivo inadequados (inter e intramunicipal)
Produção econômica concentrada na Zona RuralIntegração regional existente (feiras municipais)
Mau estado de conservação das estradas em época de chuva
Potencial turístico: turismo de aventura, ecoturismo, turismo de eventos, turismo científico (sítios Paleontológicos)
Insuficiência dos meios de hospedagens
Entreposto de mel, em Pão de AçúcarAumento das áreas de preservação ambiental para produção de melPresença de instituições de pesqui-sa e ensino
Falta de recurso/incentivo federal Desmatamento desordenado
SERVIÇOS
Abatedouro de animais (pequenos e médios animais)Criação de espaço para comercializaçãoCriação de APLS e Cooperativas
Produção desorganizada
Criação de um Hospital Geral de referência regional Carência de mercado de serviços
2 – Diagnóstico
2.1 - CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
População do território: 139.373 habitantes corresponde a 4.6% da população estadual dividida em 62.013(44,49%) Urbana e 77.360(55,51%) Rural. A densidade demográfica é de 54,68 hab/ km2 .
Área total: 2.667 Km2, corresponde a 10% da área do Estado.
O total de famílias atendidas pelo programa Bolsa Família é de 27.349 perfazendo um total de 31,7 milhões para o ano de 2009. Todos os municípios estão diagnosticados como susceptíveis a desertificação.
3 – Matriz de Potencialidades, Limitações e Problemas
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento
ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
AGROPECUÁRIA
Clima Disponibilidade de água
Avicultura Inadimplência Pouca cultura associativa
Ovinocaprino (corte e leite) Mercado incipiente Cadeias produtivas desarticuladas
Bovino (leite e corte) Infraestrutura de base Baixa qualidade da mão de obra
Apicultura Carga Tributária Êxodo rural
Aquicultura Instrumentos de fomento Insuficiente infraestrutura de beneficiamento
Grãos (feijão e milho) Entraves burocráticos (legisla-ção ambiental/sanitário) Baixa produtividade
Fruticultura Bancos repassadores Baixo índice de ocupação
Mandioca Baixa oferta de emprego
SERVIÇOS
Turismo (integração municipal)
Descontinuidade administrativa
Falta de articulação empresarial e governamental
Artesanato Subfinanciamento municipal
Hotelaria Baixo capital social (relacionamentos, parcerias e solidariedade)Serviços de apoio da UNEAL
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital Humano
Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento Territorial
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ESTRATÉGIAS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS
Recuperar a capacidade produtiva do solo, incentivando o uso ade-quado do mesmo
Estímulo ao uso de tecnologias adequadas
Entidades de Ensino Superior, ATER (Município/Estado), Senai/Senar, Instituições Finan-ceiras e Embrapa
Capacitação dos agricultores
Ações de promoção do acesso ao crédito
Criação de parcerias com instituições de ensino para realização de pesquisa participativa
Criação de mecanismos para estruturar e oficializar a assistên-cia técnica no Estado
Ampliar a produção de pescado, ovinocaprinocultura, mel e aves
Aprimoramento dos programas de fomento à produçãoPrefeituras Municipais, Secre-tarias Estadual e Municipal de Agricultura, CODEVASF, Insti-tuto Xingó, Governos Estadual e Municipal
Capacitação das famílias
Ampliação da comercialização em feiras locais, regionais e programas governamentais (PAA, PNAE, CONAB)
ESTRATÉGIAS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS
Captar recursos para investimentos em saúde e educação
Formação de equipe técnica para elaboração e gestão de projetos
Prefeituras do território
Formação de consórcios municipais para as áreas de educação e saúde
Desenvolvimento de banco de dados com as fontes de recursos
Estabelecimento e fortalecimento de parcerias com outras esferas públicas e privadas
Formar capital humano para a efeti-vidade das ações para o desenvolvi-mento territorial e local
Formação de convênios com instituições de ensino técnico e superior
Prefeituras do territórioCapacitação de gestores em gestão pública
Capacitação de funcionários públicos
Fortalecimento no currículo do ensino fundamental e médio de temas de educação ambiental
Estimular ações de fortalecimento da identidade do território
Promoção de feiras e eventos culturais
Prefeituras do território
Desenvolvimento de ações de publicidade em nível regional/estadual das potencialidades do município
Investimento para o resgate e fortalecimento da cultura local
Inclusão no currículo do ensino fundamental de matérias de valoriza-ção da identidade cultural
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social
ÁREA TEMÁTICA
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
TECIDO INSTITUCIONAL: articulação e respostas à comunidade
Presença de várias instituições no territórioConsórcio intermunicipal para agriculturaConsórcio intermunicipal para saúdeInstituições produtivas e associa-ções organizadasPresença de instituições educacio-nais e de pesquisa
Fragilidade dos consórciosDeficiências de instituição que trabalhem a articula-ção agrícola e associativismoConflitos de interesse entre as instituições associa-tivasCultura individualista, de baixa cooperaçãoPouca articulação territorialPouco interesse da população em participar dos espaços de controle social como conselhosFragilidade da articulação das gestões com as orga-nizações comunitáriasFragilidade dos Conselhos Municipais
4 – Estratégia, Ações, Instituições e Atores Envolvidos
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento ProdutivoObjetivo: Aumento da Produtividade no Setor Agropecuário
ESTRATÉGIAS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS
Ativar as Agroindústrias existentes promovendo o desenvolvimento da cadeia produtiva, agregando valor aos produtos
Elaboração de Planos de Negócios
SEBRAE, Administrações Muni-cipais, Senar, Ater, Associação Comercial
Estabelecimento de parcerias com o governos Estadual e Federal no suporte financeiro
Capacitação na área de gestão de negócios
Intercâmbio de experiências em legislação intermunicipal
Disponibilização dos serviços de ATER para os agricul-tores
Fortalecer as Instituições Organizadas (Associações/ Grupos/ Cooperativas) vi-sando a cooperação, apropriação, acesso a novos mercados e políticas públicas de geração de rendas
Elaboração do plano de capacitação contínua e perma-nente Universidades e Secretarias
Municipais e Estadual de Agricultura
Qualificação da mão de obra
Estimular a Agricultura Familiar para a diversificação de culturas adaptadas ao território, buscando suprir a demanda por alimentos, além da implantação de projetos de irrigação
Elaboração de projetos de captação de recursos
Universidades e Secretarias Municipais e Estadual de Agricultura
Realização de parcerias com as universidades para a produção de pesquisas agropecuárias
Viabilização de ATER para os agricultores
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital HumanoObjetivo: Municípios integrados nas suas ações do Território
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Estratégias Atividades Responsáveis
Fortalecer e consolidar os consór-cios municipais do território
Sensibilização dos atores sobre a importância dos consórcios AMA
Realização de eventos com os atores para avaliação e elaboração do diagnóstico Seplan/SEBRAE
Planejamento das ações estratégicas Consórcio
Criar o Fórum de Desenvolvimento Regional com participação da sociedade civil
Mobilização da sociedade civil, da gestão pública e das instituições representativas do território ADLIS
Instituição do Fórum e definição da coordenação ADLIS/ Fórum
Formação do grupo gestor Fórum
Elaboração do Plano de Desenvolvimento Regional Fórum/ADLIS
Definição de agenda de trabalho do Fórum, envolvendo tanto a elabora-ção do PDR como o processo de monitoramento e avaliação Fórum
Formação de uma agenda do comitê gestor envolvendo busca de parce-rias e articulações Comitê Gestor
ESTRATÉGIAS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS
Melhorar estrutura de educação e saúde
Melhoria da estrutura física das escolas e postos de saúde
Prefeituras do território
Instrumentalização das escolas com equipamentos e mobiliário para a melhoria do ensino
Equipamento dos postos de saúde
Melhoria da qualidade da merenda escolar
Estímulo às ações de participação familiar nas escolas
Integração das escolas com a comunidade e outras secretarias
Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento TerritorialObjetivo: Dotar o território de saneamento suficiente e adequado
ESTRATÉGIAS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS
Criar um conselho deliberativo do consór-cio com os gestores, técnicos e represen-tantes da sociedade civil
Mobilização para constituição do ConselhoPrefeituras, Secretarias de Estado do Desenvolvimento Econômico, do Trabalho e da Administração Pública
Capacitação dos conselheiros
Instalação da sede do Conselho
Criar um comitê gestor para o Canal do Sertão Definição e capacitação dos atores envolvidos. Prefeituras, Secretarias de Estado de
Infraestrutura e de Meio Ambiente
Dotar o território de infraestrutura adequa-da para o aproveitamento dos recursos humanos locais no Canal do Sertão
Implantação da rede de distribuição de água Prefeituras, Secretaria de Estado de Infraestrutura e CASAL
Execução de projeto de irrigação Prefeituras, Secretarias de Estado de Agricultura e Meio Ambiente
Criação do ‘Fundo de Saneamento Básico’ (contra-partida) Prefeituras e Secretarias de Estado
Realizar estudos técnicos e ações para aumentar a disponibilidade dos recursos hídricos
Disponibilização de recursos logísticos para pes-quisa
Prefeituras, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Instituto de Meio Ambiente e universidades
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital SocialObjetivo: Municípios integrados nas suas ações do território
Estratégias Atividades Responsáveis
Fortalecer a relação entre atores no PTC-CIAT
Definição de instituição mediadora para articulação Seplan/ADLIS
Realização de eventos entre atores para avaliação e diagnóstico da integração entre as instituições MDA/ADLIS
Planejamento das ações estratégicas CIAT
5 – Conclusão e Encaminhamentos
• Articulação com os poderes públicos federal, estadual e municipais para reestruturar a assistência técnica, extensão rural e pesquisas;
• Diversificação produtiva com foco na atuação das agroindústrias;
• Fortalecimento e institucionalização dos “consórcios municipais”, bem como a conscientização dos gestores municipais, para a importância dessa temática para o desenvolvimento da região;
• Capacitação dos gestores municipais para o desenvolvimento regional e local sustentável;
• Ampliação e melhoria do padrão educacional do território, considerando a concentração na pirâmide etária na faixa etária acima de 15 anos e baixo índice de alfabetização de adultos;
• Montagem de um banco e dados e divulgação de informações sobre as possibilidades existentes no estado e no território, que subsidiem as atividades propostas.
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1 – Introdução
O território em análise é constituído por 29 municípios que compõem o território Norte Pioneiro.
O Território Norte Pioneiro - PR abrange uma área de 10.502,30 Km² e é composto por 29 municípios: Con-selheiro Mairinck, Guapirama, Ibaiti, Jaboti, Japira, Jundiaí do Sul, Nova Fátima, Nova Santa Bárbara, Pinhalão, Santa Amélia, Santana do Itararé, Santo Antônio do Paraíso, Sapopema, Tomazina, Wenceslau Braz, Abatiá, Carlópolis, Congonhinhas, Jacarezinho, Joaquim Távora, Quatiguá, Ribeirão Claro, Ribeirão do Pinhal, Salto do Itararé, Santa Cecília do Pavão, Santo Antônio da Platina, São Jerônimo da Serra, São José da Boa Vista e Siqueira Campos.
A população total do território é de 312.660 habitantes, dos quais 77.149 vivem na área rural, o que corres-ponde a 24,68% do total. Possui 17.065 agricultores familiares, 1.147 famílias assentadas e 2 terras indígenas. Seu IDH médio é 0,73.
Jacarezinho/PR03 a 21 de maio de 2010
Área de Estudo: Norte Pioneiro do Paraná
Área de Estudo
Limite Intermunicipal
Principais Rodovias
Principais Ferrovias
Jacarezinho
Ribeirão Claro
Carlópolis
Cambará
Santo Antônio da Platina
Joaquim Távora
Elaborado: CGMA/SDR/MIFonte: IBGE,2010Data: 05/2012
A agropecuária está baseada na produção de
cana-de-açúcar, grãos (soja e milho), frango,
pecuária de corte e leite e café. Na indústria
prevalecem os setores de alimentos e têxtil.
No terceiro setor temos o comércio, serviços e administração pública.
Município Agropecuária Indústria Comércio e Serviços Total
Jacarezinho 49.448.000 116.499.000 198.524.000 364.471.000Sto Antônio da Platina 35.561.000 40.090.000 236.830.000 312.481.000
Cambará 44.064.000 80.653.000 140.000.000 264.717.000Joaquim Távora 12.342.000 39.102.000 65.906.000 117.350.000Ribeirão Claro 21.769.000 14.475.000 45.034.000 81.278.000Carlópolis 27.113.000 7.442.000 44.771.000 79.326.000Total 190.297.000 298.261.000 731.065.000 1.219.623.000
PIB do Território de Estudo (R$) - por Setor Econômico – 2007
2 – Diagnóstico
2.1 - CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A área de abrangência do território em análise é formado por seis municípios, Cambará, Carlópolis, Jacare-zinho, Joaquim Távora, Ribeirão Claro e Santo Antônio da Platina. De acordo com o IBGE, no ano 2009, a área de abrangência, ora em análise, contava com uma população total de 143.266 habitantes, sendo 81% na área urbana e 19% rural, e correspondente a 1,34% da população do Estado. Desse total, 143.266 habitantes, ou seja, aproximadamente 58% refere-se à população residente nos municípios de Jacarezinho e Santo Antônio da Platina. A densidade demográfica atingiu, nesse ano, o patamar de 54,95 hab/km², para a região como um todo, apresentando no mesmo patamar do estado. Os municípios se instalaram no início do século XX, têm um altitude média de 550 metros ao nível do mar, apresentam um número considerável de instituições e várias organizações sociais, porém o capital social se apresenta frágil e desarticulado. Forte potencial na área de educação e saúde, no entanto existe fragilidades no resultado direto à população. Existe oferta de emprego, contudo a mão de obra disponível não apresenta a qualificação necessária. Estudos estatísticos mostram que o Território Norte Pioneiro é classificado como área de economia estagnada. (Tipologia da PNDR).
3 – Matriz de Potencialidades, Limitações e Problemas
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento ProdutivoProblema Central: Desorganização das Cadeias Produtivas
ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
AGRICULTURA
A diversificação de pequenas e médias propriedades
Políticas de crédito rural inadequadas para a realidade local Monocultura da Cana
Vocação para Turismo Rural Mecanização dos canaviais (até 2014) Baixo associativismoLocalização geográfica (distâncias / clima / solo / topografia) Preço das Commodities Mão de obra desqualificada
Problema cultural para o associati-vismo Baixo valor agregado
INDÚSTRIA
Existência de Agroindústrias e capaci-dade de expansão Fragilidade macroeconômica Mão de obra não capacitada
Ativos Institucionais (SENAI, SEBRAE, Universidades, IFPR...)
Transferência de lucro para grandes centros (matriz) Baixa capacidade de gestão
Infraestrutura (água/energia/internet) Baixo empreendedorismoBaixa diversificação
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ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
ÁGUA E ESGOTO
Manancial disponível Diminuição do nível de água do rio Jacarezinho
Contaminação por agrotóxico e coliformes (qualidade da água no meio rural)Estrutura de captação e distribuição
ENERGIA 100% de atendimento no território (urbano e rural)
Oscilação no fornecimento de energia
Estrutura defasada
MEIO AMBIENTE Programa Mata Ciliar
APP e RL não respeitadasNão existem APA’sPouca fiscalização
ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
INSTITUCIONAL
Existência de lideranças públicas (prefeitos),Empresários, líderes religiosos e presidente de Sindicatos e Associações)
Baixa evidência de lideranças da sociedade civil (terceiro setor)
Centralização de lideranças do setor público
Existência de espaços legais de participa-ção da população
Cultura de dependência da popu-lação em relação ao setor público
Visão de que o setor público é o principal agente de desenvolvi-mento Local e Regional
Boa articulação política dos municípios com o Estado e a Federação.
Inexistência de mecanismos de participação eficazes nos proces-sos de definição de demandas e prioridades
Baixa intencionalidade por parte do poder público para o envolvimento da sociedade
Capacidade de articulação Política dos Prefeitos Baixa participação popular
Concentração de indústrias de alimentos, cana de açúcar, fruticultura, etc.(agroindús-trias)
Dependência de recursos externo para investimento
Dependência dos municípios em relação aos recursos estaduais e Federais para investimentos
Existência de mecanismos de controles social (conselhos municipais, audiências pú-blicas, conferências municipais e conselhos populares)
Descontentamento da estrutura física do município, por parte da sociedade
Baixa arrecadação
Existência de instituições de diversas naturezas (indústrias, comerciais, educação superior, religiosas)
Baixa efetividade de participação popular
Baixa capacidade de controle da Gestão dos recursos públi-cos pelos atores sociais
Existência de experiências de municípios no sentido de dinamização da organização dos conselhos e associações
Baixo nível de ações cooperati-vas entre instituições públicas
Existência de competição entre as instituições públicas dos municípios
Existência de algumas experiências posi-tivas de cooperação entre prefeituras nas áreas de saúde, turismo, aterro sanitário, etc
Ausência de Instituição Pública em alguns municípios
Poucas iniciativas de coopera-ção entre prefeituras
Existência de Universidade Pública na região e Instituto Federal de educação
Baixa capacidade do uso do solo (sistema produtivo)
Tecido institucional rural fragilizado
ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
COMÉRCIO / SERVIÇOS
Grande número de consumidores locais
Transferência de lucro para grandes centros (matriz) Baixa capacidade de gestão
Recursos turísticos Dependência do setor primário Baixo empreendedorismo
Ativos Institucionais (SENAC, SE-BRAE, Universidades, IFPR...)
Falta de serviços especializa-dos
Polo Comercial (Sto. Antônio da Platina)
Baixo poder aquisitivo dos consumidores
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital HumanoProblema Central: Má estruturação da qualidade do ensino
ÁREA TEMÁTICA POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
EDUCAÇÃO
Oferta de ensino superior; Má qualidade do Ensino Funda-mental
Nº de professores insuficientes e má remuneração
Desenvolvimento de atividades diversificadas;
Falta de estrutura e recursos para oferta de vagas na educação infantil Má qualidade do Ensino Fundamental
Professores qualificados na educa-ção Infantil; Troca de gestão Falha no comprometimento dos
docentes
Intenção da implementação do tempo integral;
Recursos insuficientes para meren-da e transporte escolar Equipes multiprofissionais
Conselho Municipal de Educação e Sistema Municipal de Educação e APAE
Falha na intervenção da família e Ministério Público com relação à evasão escolar;
Drogas (conscientização)
Nº de professores insuficientes e má remuneração Criança na rua
Falha no comprometimento dos docentesEquipes multiprofissionais
EMPREGO EPOBREZA
Agropecuária diversificada Mecanização da indústria Mão de obra sem qualificação profissional
Disponibilidade de mão de obra Política industrial desarticulada Concentração da indústria nos seto-res de vestuário, madeira e alimentos
Crescimento do setor industrial Maior concentração da indústria no município de Jacarezinho
Existência de escolas técnicas Aumento do nº de credenciados no Programa Bolsa Família
Agencia dos TrabalhadoresContratação de estagiários
SAÚDE
Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro
Repasse de 15% é tido como insuficiente
Doenças cardíacas; respiratórias e diabetes
PSF – Programa Saúde da FamíliaAusência de fiscalização da classe médica em relação à qualidade dos serviços prestados
A oferta de exames e consultas espe-cializados não atende a demanda
Disponibilidade de estabelecimentos de saúde por habitantes é maior que o a disponibilidade do Estado e UTI
Não comparecimento dos usuários aos agendamentos (consultas e exames)
CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial)
Grupo 3: Ordenamento Territorial e Infraestrutura.Problema Central: Infraestrutura ineficiente para agregação de valor ao setor econômico do território
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social Problema Central: Baixo Nível de Organização Social
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ESTRATÉGIAS AÇÕES
Dotar o território de infraestrutura para implantação de polos agroin-dustriais e centrais de comercialização
Delimitação de perímetros específicos para a produçãoImplantação/revisão dos planos diretores municipaisElaboração e execução de projetos de infraestrutura nos polos industriais
Duplicar as rodovias federais e readequar as vias vicinais (PR’s e municipais) Elaboração e execução de projetos para obras viárias
Criar o Centro Nacional da Cultura e Tecnologia do Café Elaboração e execução do projeto do Centro Nacional da Cultura e Tecnologia do Café
Investir na capacitação para elaborar projetos visando acessar linhas de financiamento para Infraestrutura (PAC, PRONAT, PRONAF...)
Elaboração e realização de cursos/treinamentos presenciais e a distância
Elaborar projetos de infraestrutura turísticaConstrução de infraestrutura para viabilidade de hotéisImplantação de centros de apoioImplantação de sinalização turística
Dotar o território de cobertura plena de telefonia móvel e internet de banda larga de alta velocidade
Construção de torresImplantação de novas tecnologias
Adotar novas tecnologias de produção para enfrentamento de condi-ções climáticas adversas, controle e previsão da produção
Implantação do centro de pesquisas Convênios com instituições de ensino/pesquisa/extensão
Construir locais adequados para a comercialização da produção local e investimento em Pesquisa e Desenvolvimento
Elaboração e execução de projetos de unidades de referência em comercialização em locais estratégicos do território
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Fomentar o Associativismo e Cooperativismo através da formação continuada do capital social
Criar campanha de Marketing promovendo os valores do cooperativismo e associativismo com foco no desenvolvimento territorialIncluir disciplina de coop. e assoc. no curriculo escolar – divers. Níveis de ensinoPromover cursos diversos em Cooperativismo e Associativismo
Desenvolvimento de pesquisa nas IES’s para formação de Redes Sociais
Criar programas de extensão em tecnologias sociais nas Instituições de EnsinoCriar incentivos à pesquisa aplicada na temática Redes SociaisCriar espaço para debate e divulgação da produção acadêmica gerada
Incentivar o cooperativismo e o associativismo
Articular as diferentes instituições de apoio para geração de iniciativas e oferta permanente de serviços às cooperativas e associações existentes (IES’s, Sistema S, Emater, Secretarias de Estado e Municípios, etc.)Criar a Semana do Cooperativismo, anual e itinerante no território
4 – Estratégias, Ações, Instituições e Atores Envolvidos
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento ProdutivoObjetivo Central: Organização das Cadeias Produtivas
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Aumentar e integrar a diversificação produtiva, a agroin-dústria e o turismo para oferta aos centros consumidores
Contratar assistência técnica permanenteElaborar uma política agrícola sustentável para a regiãoCriar espaço de debates para formulação de políticas composto pelos três se-tores econômicosElaborar plano de marketing para turismoCriar consórcio intermunicipal
Integrar as Instituições voltadas para desenvolvimento regional
Divulgar as ações do fórum de desenvolvimento do territórioCriar agência de desenvolvimento
Orientar o acesso a recursos financeiros adequados à região e a cada setor Treinar técnicos para a formulação de projetos de acesso ao crédito.
Apoiar a diversificação com alta eficácia produtiva
Contratar assistência técnica especializadaCapacitação dos empresários e mão de obraDivulgar as experiências positivas que já existem na região por meio de dias de campo, seminários, fóruns de discussão
Desenvolver, integrar e implantar programas de capaci-tação permanente aos empresários e mão de obra
Identificar a demanda de cursos para a realidade local;Articular os ativos institucionais de educação para atender a demanda de ca-pacitação local
Especificar as deficiências de Infraestruturas e implantar melhorias
Fazer levantamento das necessidades de infraestrutura da região: energia, transporte, comunicação; água; armazenamento e beneficiamento da produção;Identificar e operacionalizar a captação de recursos para implantação de infra-estrutura
Elaborar projeto para acessar as ações da política de desenvolvimento regional para implantação de investi-mentos produtivos
Criar setor de elaboração de projetos na instância regionalConstruir uma carteira de projeto para a região
Apoiar o associativismo para eficácia produtivaDivulgar experiências positivas de associativismo; Intercâmbio com outras regi-ões com forte associativismoFortalecer as associações existentes
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital HumanoObjetivo Central: Melhorar de forma significativa a qualidade do ensino na região
ESTRATÉGIAS AÇÕES
Implantar escola de tempo integral Viabilizar espaçosQualificar profissionais. da educação e contratar equipe técnica de apoio (Psicólogos e Ass. Social)Estabelecer parcerias (público e privado)Divulgar e Organizar o processo
Manter a oferta do transporte em todos os níveis de ensino
Manutenção das frotas e estradasElaborar projetos buscando parceriasCapacitar motoristas e monitores
Implantar cursos técnicos de acordo com as de-mandas locais
Diagnosticar a demandaIdentificar e contratar entidades executoras qualificadas para atender as demandasOrganizar o processo
Realizar a gestão adequada dos recursos da edu-cação
Organizar o Sistema Municipal de Ensino e os Conselhos Mun. de EducaçãoFormar Comitê Regional (área de estudo)
Grupo 3: Ordenamento Territorial e Infraestrutura.Objetivo Central: Tornar a Infraestrutura eficiente para agregação de valor ao setor econômico do território
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social Objetivo Central: Gerar Alto Nível de Organização Social
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Criciúma/SC19 de julho a 06 de agosto de 2010
1 – Introdução
Os atores locais desenvolveram o projeto “Prosperidade Sul Catarinense”, um movimento que tem o ob-jetivo de contribuir com a integração social, política e administrativa do Sul Catarinense, por acreditar que somente através dessa integração a região Sul poderá alcançar seu pleno desenvolvimento.
No âmbito deste projeto foi realizado o curso que analisou cidades pertencentes à microrregião de Ara-ranguá, localizada na mesorregião Sul Catarinense, com os objetivos de: capacitar agentes públicos e privados para a elaboração e gestão de planos estratégicos de desenvolvimento local e regional; formar multiplicadores regionais; estudar aspectos econômicos, sociais e políticos, transmitindo técnicas e métodos concretos de ges-tão, sem perder de vista o contexto da globalidade do processo de desenvolvimento nacional.
2 – Diagnóstico
2.1 – CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
A microrregião de Araranguá é composta por 15 municípios: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balne-ário Gaivota, Ermo, Jacinto Machado, Maracajá, Meleiro, Morro Grande, Passo de Torres, Praia Grande, Santa Rosa do Sul, Sombrio, Timbé do Sul e Turvo. Estes ocupam uma área total de 479,30 Km², na qual vivem 45.133 habitantes, representando 0,77% da população do Estado de Santa Catarina e 26,86% da população da Mi-crorregião de Araranguá, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Os municípios escolhidos, como área de estudo para o curso, foram: Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Passo de Torres e Sombrio.
Balneário Arroio do Silva foi criado pela Lei nº 10.055, de 29 de dezembro de 1995, com uma área total de 93,819 Km². Em 2008, possuía 8.558 habitantes, gerando assim uma densidade demográfica de 91,21 hab/Km², porém sua população urbana está em torno de 97%. No ano de 2007 possuía um PIB per capita de R$ 6.678,87, valor abaixo da média da área de estudo.
Balneário Gaivota foi criado pela Lei nº 10.054, de 29 de dezembro de 1995, com uma área total de 147,41 Km². Em 2008 possuía 7.732 habitantes, gerando assim uma densidade demográfica de 52,45 hab/Km². Sua população urbana está em torno de 54,62%. No ano de 2007 possuía um PIB per capita de R$ 6.503,24, valor abaixo da média da área de estudo.
Passo de Torres foi criado pela Lei nº 8.350, de 26 de setembro de 1991, com uma área total de 95,054 Km². Em 2008 possuía 5.575 habitantes, gerando assim uma densidade demográfica de 58,65 hab/Km². Sua população urbana está em torno de 80%. No ano de 2007 possuía um PIB per capita de R$ 9.242,20, valor acima da média da área de estudo.
Sombrio foi criado pela Lei nº 133, de 30 de dezembro de 1953, com uma área total de 142,745 Km². Em 2008 possuía 25.332 habitantes, gerando assim uma densidade demográfica de 177,46 hab/Km². Sua popula-ção urbana está em torno de 70%. No ano de 2007 possuía um PIB per capita de R$ 8.808,20, valor acima da média da área de estudo.
5 – Conclusão e Encaminhamentos
A metodologia aplicada na área de estudo, durante o curso, serviu para a formação de atores sociais vi-sando fomentar o desenvolvimento da região. O curso gerou um produto construído de forma multidisciplinar, porém necessita de aprofundamento, tanto na análise do diagnóstico, como na proposição das estratégias. O resultado do trabalho não tem a pretensão de ser responsável pela indicação e solução dos problemas, mas é uma ferramenta para desencadear um processo para a construção de um Plano de Desenvolvimento Regional.
Cabe ao grupo de atores do território, capacitados pelo curso, repassar a metodologia e conteúdo do tra-balho para o Colegiado Territorial, a AMUNOP e AMUNORPI, a UENP, e demais entidades.
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TEMAS POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
PESCA
Pesca Industrial
Dependência de recursos estaduais e federais
Lentidão na busca e implantação de novas empresas
Baixo investimento no setor pesqueiro
Pesca de LazerAssoreamento da barra
Informalidade de empregos e empresas
Eventos sem expressividade
AGRICULTURA /PECUÁRIA
Reflorestamento
Não há indústria da transformação, a madeira é vendida in natura
A madeira é vendida in natura
Adequação à legislação ambientalFazer parte de um território com grandes áreas de APP
Olericultura Pouca cultura associativista tanto para a produção quanto para a comercialização.
HorticulturaPrograma municipal de incentivo à produção e comerciali-zação
Pouca cultura empreendedora
ArtesanatoInexistência de ponto de comercialização da taboa (junco)
Pouca cultura associativista
Pecuária de CortePouca cultura empreendedora
Programas municipais de incentivo
Pecuária de LeitePouca cultura empreendedora
Programas municipais de incentivo
COMÉRCIO
Atacado Concentração do mercado no Estado do Rio Grande do Sul (60% da produção de confecção)
Varejo Dificuldade em definir-se como polo de comércio para a região
Estabelecimentos co-merciais e de serviços
O comércio local eleva os preços no verão fazendo com que os veranistas tragam mercadorias da origem
A falta de segurança impede a abertura de novos estabele-cimentos (muitos furtos).
A legislação municipal de incentivos à criação e ampliação de empresas não está funcionando, dado as elevadas exigências e quantidade de comissões (comprometimento)
INDÚSTRIA
Polo de Confecção Concorrência de mer-cado (globalização)
Pouca mão de obra especializada
Informalidade de empresas
A matéria-prima é toda de fora
Polo de Calçado
Crise do calçado na década de 90 Pouca mão de obra especializada
Concorrência de mer-cado (globalização) A matéria-prima é toda de fora
Área de Estudo: Projeto Prosperidade Sul Catarinense
Área de Estudo
Oceano Atlântico
Limite Intermunicipal
Principais Rodovias
Sombrio
Balneário Gaivota
Passo de Torres
Balneário Arroio do Silva
Elaborado: CGMA/SDR/MIFonte: IBGE,2010Data: 05/2012
3 – Matriz de Potencialidades, Limitações e Problemas
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento Produtivo LocalProblema Central: Baixo dinamismo da economia regional
TEMAS POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
TURISMO
Turismo de verão
Muita área de Preser-vação Permanente
Insegurança jurídica na política local
Elevada alternância de poder
Pouco investimento do município
Carência de Infraestrutura
ClimaInformalidade de empregos e empresas
Pouca cultura empreendedora
Turismo de eventos Carência de Infraes-trutura
Pouca iniciativa e envolvimento dos atores locais
Pouca cultura empreendedora
Turismo de negóciosConclusão das obras de duplicação da BR-101
Pouca cultura empreendedora;Carência de Infraestrutura (1 só hotel);Poucos setores de negócios (confecção e calçados);Pouca mão de obra especializada;A visão da população e liderança em relação à BR-101.
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TEMAS POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
ORDENAMENTO TERRITORIAL
Oferta de terrenosGovernabilidade compro-metida (Passo de Torres)
Ausência de planejamento (Plano Diretor)
Fomento do mercado imobi-liário
Ocupação desordenada através de loteamentos irregulares. Insuficiência de fiscalização
Insuficiência de fiscalização
RECURSOSAMBIENTAIS
Lagoa, mar, rio, molhes, dunas, mangue, furnas Cultural
Faltam Programas de Educação Ambiental
Degradação, invasão. Exploração da agropecuária
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital SocialProblema Central: Fraca participação da comunidade na gestão pública
TEMAS POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
GESTÃO PÚBLICA LOCAL
Há uma semelhança na atual estrutura adminis-trativa e das demandas do município
Dependência de recursos externos Baixa articulação política para captar recursos
Existência de Planos setoriais similares, em andamento (PD, GERCO, PLHIS, Saneamento) Arranjos políticos Baixo desempenho por indicação política de
cargos técnicos
Presença de instituições de ensino e de capaci-tação de mão de obra, e fomento
Necessidade de trazer RH capacitados de fora do município
RH com pouca capacitação
Municípios pequenos com possibilidade de arranjos setoriais internos
Divergências políticas entre municípios
Sem visão de um projeto regional
Fragmentação e dificuldade de captar recursos financeiros
Atores oriundos de outras localidades que ado-taram o município e exigem mudanças
Pouco investimento privado no município
Articulação deficiente entre os planos municipaisPouca participação da comunidadePouca transparência na gestãoDecisões centralizadas
TECIDO INSTITU-CIONAL
Presença de instituições representativas de categorias (Pescadores, Trab. Rurais, Comércio)
- Pouco poder de gestão sobre a ação desses organismos
- Baixo percentual de instituições associa-tivistas
Baixa interação entre as instituições dos diver-sos segmentos
Grande número de Conselhos Municipais em diversas áreas (agricultura, pesca, turismo, meio ambiente, saúde, educação, ação social, segurança)
Baixa participação da sociedade civil
Incipiente grau de associativismo da sociedade civil (cooperativismo, clubes de mães, terceira idade, associações de moradores, cooperativas de crédito)
Ineficiência das instituições em suas áreas de ação
RH poucos capacitados para a gestão
Baixa participação do atores locais
Presença de instituições ou empresas de fora do município, que atuam no mesmo (SDR, Associação de Municípios, SEBRAE, Epagri, Casan, Celesc.)
- Excessiva dependên-cia do financiamento público
- Excessivas disputas políticas
Gestão não profissionalizada
Foco centrado em necessidades imediatas
Grande quantidade de instituições não governa-mentais (334) Baixa organização empresarial
Projetos governamentais que favorecem a regio-nalização (instâncias de governanças, comitê das bacias, turismo, etc.)
Sem foco nas ações no planejamento da região
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital HumanoProblema Central: Frágil participação popular nas políticas públicas
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
Presença do PSF Falta de plantão hospitalar Alta prevalência de DST / AIDS, gravidez precoce e depen-dência química
Presença de consórcios / parcerias Falta de especialistas Ações isoladas de prevenção
Existência de espaços complemen-tares
Falta de referência hospitalar próxi-ma ao território Política antidrogas incipiente
Oferta completa do ensino funda-mental ao ensino médio
Necessidade de mais investimentos em infraestrutura na educação Carência na área de transporte escolar
Valorização de mão de obra local Sazonalidade Falta de capacitação docenteEstratégias de parcerias na geração de renda e empregabilidade
Poucos recursos para a área de habitação
Necessidade de proporcionar formação profissional de nível básico
Mão de obra feminina Informalidade do trabalho feminino, gerando perdas relacio-nadas aos direitos trabalhistas
Participação social com iniciativas do 3º setor Ausência / necessidade de ampliação de educação infantil
Sazonalidade Pouca participação dos agricultoresCultura individualista e assistencialistaSazonalidadeFragilidade da estrutura do serviço de segurança públicaPresença marcante do tráfico e consumo de drogasFragilidade na gestão da política de assistênciaPouca eficácia na captação de recursos, com dificuldades na elaboração de programas / projetos
Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento TerritorialProblema Central: Ocupação desordenada
TEMAS POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
SISTEMA VIÁRIO
Boas vias de acesso ao muni-cípio, BR-101 nas proximida-des, acesso a Torres/RS Morosidade de implanta-
ção da InterpraiasNão há Terminal Rodoviário (Passo de Torres e Balneário Gaivota)
Interpraias
Planejamento viário Acesso dependente aos municípios vizinhos
Acesso independente não pavimentado (Balneá-rio Arroio do Silva)
BR-101 corta a regiãoDificuldade de acesso a recursos para pavimen-tações
Presença de vias internas não pavimentadas
ESGOTO Relevo regular (declividade apropriada)
Dificuldade de acesso a recursos para implantação rede de coleta e estação de tratamento de esgoto (ETE)
Inexistência de ETE
Contaminação de lençol freático
SERVIÇOSÁgua tratada, internet, energia elétrica e telefonia para gran-de parte da população
Falta de água, internet e telefonia em algumas localidades
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Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital HumanoObjetivo: Forte participação popular nas políticas públicas sociais
ESTRATÉGIAS AÇÕES RESPONSABILIDADES
Capacitação de gestores pú-blicos (secretários, conselhei-ros, técnicos) para elabora-ção de políticas sociaislocais / regionais
Implantar um programa de capacitação em parceria com instituições de educação
Secretarias de Planejamento Administração
SDRIFETUNISULUNESC
Utilização do acesso a todos os níveis de educação pela comunidade para o fortale-cimento da cidadania por meio do conhecimento das políticas públicas sociais
Utilização dos temas transversais para disseminação das políticas públicas sociais
Secretaria de EducaçãoDiretores de escolas
Utilização dos espaços formais e informações de educação (APP, ONGs, igrejas, associações, cooperativas, etc.) para discussão das políticas sociais
Secretaria de Assistência Social
Secretaria de Educação
Ministério Público
Reconhecimento dos espaços de participação cidadã no planejamento / execução / avaliação das políticas públi-cas sociais
Conscientização do gestor público sobre a importância dos conselhos ONGsLíderes comunitáriosRepresentantes da Soc. Civil OrganizadaIESMP
Ampliação da representação não governamental nos conselhos
Fortalecimento dos conselhos para o planejamento e avaliação das políticas públicas sociais (elaboração e aprovação de planos conjuntos – representação governamental e não governamental)
Elaboração de políticas so-ciais em nível local / regional que considerem a população local / flutuante / imigração
Criação de um portal turístico Secretaria de TurismoSecretaria de Meio AmbienteSecretaria de Educação
Programa de educação ambiental
Difusão da cultura local (dança, música, artesanato, gastronomia)
Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento TerritorialObjetivo: Ocupação territorial ordenada
ESTRATÉGIAS AÇÕES RESPONSABILIDADES
Existência de instituições governa-mentais e não governamentais que objetivem projetos de reordena-mento territorial
Programas para regularização fundiária dos assentamentos já existentes, em parceria com as instituições não governamentais, governamentais e a universidade
Associação de MoradoresCurso de Engenharia Agri-mensura da UniversidadeSecretaria Municipal de Planejamento Urbano
Estratégias Ações Responsabilidade
Facilidade no registro dos imóveisPropagandas institucionais, esclarecendo a importância da regularização do terreno e o retorno financeiro em forma de IPTU e outros impostos
Cartórios de registro de imóveisSecretarias de Obras Secretaria de FazendaAssessoria de Imprensa
Áreas delimitadas e cartografadas Programas de atualização do cadastro de imóveis Setor de cadastro e tributos da Prefeitura Municipal
Terrenos com maior valor agregado
Divulgação do potencial imobiliário do município Proprietários de imobiliáriasProprietários dos terrenosSecretarias Municipais de Obras e Planejamento
Implantação de loteamentos projetados, regulamentados com Infraestrutura mínima
4 – Estratégias, Ações, Instituições e Atores Envolvidos
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento Produtivo LocalObjetivo: Economia local dinamizada
ESTRATÉGIAS AÇÕES RESPONSABILIDADES
Aproveitar a localização geográfica privilegiada, associada à proximidade da BR-101 e da Rod. Interpraias, potencia-lizando o turismo ao longo do ano.
Pesquisa para identificação, conhecimento da história e peculiaridades dos pontos turísticos da região.
Instância de Governança “Caminho dos Canyons”
Inclusão dos municípios em uma rota turística. Instância de Governança “Caminho dos Canyons”
Criação de Infraestrutura para a realização de atividades culturais, medicinais, gastronômicas e esportivas voltadas à melhor idade.
Prefeituras Municipais
Realização de palestras e cursos para os comerciantes sobre a importância do associativismo (redes). Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL.
Criação do conselho político/empresarial da região. Associação dos Municípios do Extremo Sul Cata-rinense – AMESC
Criação e divulgação de calendário integrado de eventos turísticos regionais.
Conselho Prosperidade Sul Catarinense. SANTUR
Promoção do cresci-mento e do escoamento da produção da pesca, agricultura.
Criação de uma cooperativa de pescadores. Colônias de Pescadores dos Municípios – Z24Construção do terminal pesqueiro no Município de Passo de Torres. Colônias de Pescadores dos Municípios – Z24
Implantação do programa de hortifrutigranjeiro. Secretarias Municipais de Agricultura, Epagri, Agricultores e Produtores locais
Criação de pontos para comercialização da produção agrícola.
Secretarias Municipais de Agricultura, Epagri, Agricultores e Produtores locais
Construção dos molhes e desassoreamento da barra do rio Mampituba.
Governo Federal / Estadual e Colônias de Pescadores
Promoção do cresci-mento e da logística da indústria de confecção e de calçados.
Realização de marketing em nível nacional. APL de Confecção e Calçados
Recuperação da Lagoa do Sombrio e demais lagoas atraindo investi-mentos em turismo de lazer/pesca.
Implantação da rede de saneamento básico nos municípios confrontantes. Prefeitura Municipal e Governo Federal
Realização de programas de capacitação em preservação ambiental.
Prefeitura Municipal, Governos do Estado e Federal
Realização de eventos esportivos. Prefeituras confrontantes e Associações
Utilizar as IES e Sistema S para realizar a capaci-tação de mão de obra e fomentar o empreende-dorismo.
Inclusão do tema empreendedorismo nos currículos do ensi-no fundamental e médio. Secretarias Municipais de Educação
Elaboração de planos de negócios. IES e Sistema S
Estimulação da utilização das incubadoras existentes Secretarias Municipais de Desenvolvimento Econômico
Criar programa permanente de capacitação de mão de obra (empreendedorismo, culinária regional, prestação de serviços, línguas, etc)
Associações Comerciais e Industriais dos Municípios
Realizar cursos de capacitação Prefeituras e Governo Estadual / Federal e IES e Sistema S
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São Luís/MA16 de agosto a 03 de setembro de 2010
1 – Introdução
O território em análise é constituído pelos municípios de Bacabeira, Rosário e Santa Rita, localizados na região do Munim e Itapecuru. A distância média entre o território e São Luis é de 53 km.
A escolha dessa área de estudo deu-se por razão da instalação da Refinaria da Petrobras na região. Tentou--se, dessa forma, fornecer aos gestores dos municípios ferramentas estratégicas de planejamento, a fim de mi-nimizar os possíveis impactos negativos gerados com a implantação do empreendimento. Além disso, e tendo em vista as especificidades socioeconômicas da região, o curso pretendeu dar subsídios para elaboração de um plano de desenvolvimento regional capaz de reduzir as desigualdades regionais e ativar as potencialidades de desenvolvimento da região.
2 – Diagnóstico
2.1 - CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
Bacabeira foi fundada em 1997 e possui uma área total de 616 km². Sua população era de 15.574 habitan-tes em 2009, conforme dados do IBGE. A densidade demográfica é de 15,05/km² e o PIB per capita, em 2007, era de R$ 6.782,00. Já o município de Rosário foi fundado em 1835 e possui uma população total de 39.627 habitantes, de acordo com fontes do IBGE. A densidade demográfica é de 48,91 hab/km² e o PIB per capita era de R$ 2.463,00, em 2007. O município de Santa Rita foi criado em 1961. Sua área total é de 756 km² e a população, em 2009, era de 32.872 habitantes, resultando numa densidade demográfica de 26,33 hab/km².
5 – Conclusão e Encaminhamentos
Foram ampliados conhecimentos em técnicas e metodologias para identificar problemas e construir estra-tégias de solução para desenvolver uma localidade e uma região;
Permitiu a aproximação da realidade local e regional e constatação da importância de um planejamento regional para gerar o desenvolvimento;
A metodologia do curso “aprender fazendo” gerou uma mobilização dos atores locais do território de análise, bem como motivou os alunos a aplicar nos espaços de atuação os conhecimentos adquiridos;
Formar um grupo composto por participantes do curso (interdisciplinar e interinstitucional) com objetivo de dar apoio técnico ao Conselho do Prosperidade Sul Catarinense;
Aplicar as metodologias e as técnicas conhecidas no território de domicílio de cada um dos participantes e transferir os conhecimentos, atuando como multiplicadores;
Criação de um fórum virtual (participantes/monitores/professores) para troca de experiências resultantes da aplicação das técnicas e metodologias conhecidas no curso;
Buscar experiências de outras regiões que já participaram desse curso e aplicaram as técnicas conhecidas;
Encaminhar aos municípios que não enviaram representantes para participar do curso sobre a ocorrência do mesmo, o seu término e resultado;
Reuniões periódicas semestrais vinculadas ao Prosperidade Sul Catarinense;
Pleitear no Ministério da Integração Nacional a realização de um plano de desenvolvimento para a Região Sul Catarinense;
Dar continuidade à capacitação e qualificação (virtual e presencial) do grupo técnico e de gestores públicos e de instituições, em módulo intermediário e avançado formando especialistas em desenvolvimento;
Estruturar um Núcleo de Estudos Regionais;
Oferecer a metodologia do curso para as SDR’s com o objetivo de resgatar planos de desenvolvimento regional já realizados (Ex.: PNUD);
Apresentar para o Prosperidade Sul Catarinense o trabalho de conclusão do curso;
Propor alteração na legislação federal objetivando garantir que os ocupantes de cargos públicos eletivos da esfera Municipal (Prefeitos e Vereadores) tenham noções de gestão pública e desenvolvimento local.
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TEMA LIMITAÇÕES POTENCIALIDADES PROBLEMAS
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Ausência de ações da Proteção Social Especial/ Violação de Direitos
Existência de Política de Assistência Social e recursos financeiros (FNAS)
Fundo Municipal de Assistência So-cial (FMAS) não se constitui unidade orçamentária
Existência de Assistentes Sociais Existência de Conselhos Municipais e Tutelares
Infraestrutura precária dos Conse-lhos Tutelares
Existência de Centros de Referência de Assistência Social
MULHER A participação das mulheres nas organiza-ções sociais
Ausência de Política de Proteção à Mulher
Mulheres chefes de família em decorrência da migração dos compa-nheiros -> busca de emprego
Mulheres recebem remuneração em torno de 50% menos que os homens
CRIANÇA E ADOLESCENTE
Existência de Conselhos de Direitos e Tutelares no território;
Baixos Índices Educacionais: IDEB, ENEM
Existência de Programas Sociais financia-dos pelo Fundo Nacional de Assistência Social
Ausência de Políticas para Adoles-centes
Escolas atendem à demanda do ensino fundamental e médio Escolas com atendimento precário
PARTICIPAÇÃO CIDADÃ
Ausência de fortaleci-mento institucional das organizações
Existência de grupos organizados (sindica-tos, associações, cooperativas, etc)
A falta de identidade com o municípioExistência de Instâncias de Controle Social (Conselhos – CMAS, CMDDCA, CME, CMS)
A integração entre as Associações
EMPREGO E POBREZA
Ineficiência de Políticas para geração de emprego e renda
Distribuição de alimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social;
Concentração de pobreza nos distri-tos e periferia urbana
Existência de recursos do FAT para qualifi-cação profissional
Dificuldade de ingresso no mercado de trabalho pela baixa escolaridade
Empresas privadas e Instituições Públi-cas promovendo cursos de qualificação profissional
Dificuldade para qualificar mão de obra pela baixa escolaridade
Ineficiência de Política de Primeiro Emprego para jovens
Distribuição de alimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social;
Alto índice de desemprego na faixa etária de 18 a 30 anos
Existência de recursos do FAT para qualifi-cação profissional
Falta de incentivo à produção e co-mercialização da produção artesanal do território
Localização estratégica do território na rota do turismo Falta de incentivo à produção cultural
do territórioPresença de diversidade cultural com potencial para geração de renda
MORADIA Insuficiência de Política de Habitação
Território produtor de matéria-prima para construção de habitações
Falta de capacidade técnica insta-lada para elaboração de projetos e captação de recursos
Ausência de saneamento básico, abastecimento precário de água e falta de esgotamento sanitário
3 – Matriz de Potencialidades, Limitações e Problemas
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento
TEMA LIMITAÇÕES POTENCIALIDADES PROBLEMAS
AGRICULTURA/PECUÁRIA DE PEQUENO PORTE/OLERICULTURA
Especulação imobiliária
Recursos Naturais Desordenamento
Posição estratégica em relação ao raio de abrangência aos grandes projetos Logística de transporte e produção
Mão de obra favorável Capacitação técnica
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital Humano
TEMA LIMITAÇÕES POTENCIALIDADES PROBLEMAS
PROMOÇÃO DO EMPREGO
Necessidade de formali-zação de parcerias (ins-tituições externas) para capacitação profissional
Presença de instituições de capacitação profissional e formação educacional no território
Baixa escolaridade da população;
Implantação de grandes empreendimentos no território oportunizará a oferta de empre-go e renda
Pouca oferta de cursos de qualifica-ção x demanda existente
Existência de população economicamente ativa disponível na região
Incompatibilidade entre experiência profissional x requisitos exigidos
PROTEÇÃO À SAÚDE
A não cobertura da Política de Saúde a toda a população do território
Os programas de atenção básica à saúde estão implantados no território
Falta de atendimento regular nas unidades de saúde
A presença de Postos de Saúde na sede e nos povoados maiores
Ausência de médicos especialistas no território Polo
Existência de recursos financeiros (repasse FNS)
Causas de mortes: acidentes, cân-cer, AVC, alcoolismo e outras drogas
Necessidade de parceria com o Governo Federal para ampliar a cober-tura do atendimento a usuários de drogas (lícitas e ilícitas)
Proximidade com a capital.
Baixa remuneração dificulta a contra-tação de profissionais de nível para atuar no território
Consumo de drogas lícitas e ilícitas pelos adolescentes e jovens
EDUCAÇÃO Baixa escolaridade da população
Investimento de empresas privadas na formação dos professores
Insuficiência de creches e escolas de educação infantil
Maioria de professores com nível superior Escolas/salas com número de alunos acima da capacidade;
Presença de universidades públicas e privada no território
Alto índice de evasão e repetência em determinadas localidades (ativi-dades produtivas)
Insuficiência de transporte escolar
Presença de Escolas Familiares Agrícolas (EFA’s) no entorno do território. Financia-mento externo
Aproximadamente 30% da população com 15 anos ou mais analfabeta
Ausência de bibliotecas e de profis-sionais na área.
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Estratégias Ações Responsáveis
Realizar Investimentos em inovação e tecnologia
Contratar consultorias na área produtiva para identificação de oportunidades de inovação tecnológicaImplantar programa de apoio à pesquisa e inovação. Promo-ver workshops e intercâmbios
Sistema S EMBRAPA Prefeitura Municipal Governos do Estado e Federal ONG’S
Fortalecimento do fomento produtivo agropastoril, comércio e serviços
Contratar consultoria para identificar os arranjos produtivos locais Contratar consultoria para a gestão dos APL (Arranjos Produ-tivos Locais)Fazer parcerias com o sistema “S” Divulgar as linhas de crédito que atendam as demandas da regiãoImplantar programa permanente de assistência técnica agropastorilFazer pesquisas de melhoramento produtivoImplantar um programa de apoio ao Turismo dos Lençóis Maranhenses
Governo do Estado Prefeituras Municipais Governo Federal Universidades ONG’S EMBRAPA Agentes Financeiros – Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco da Amazônia
Ordenamento Territorial
Contratar consultoria para elaboração do Plano Diretor do território;Elaborar, divulgar e implantar o Plano Diretor do território;Elaboração do ZEE (Zoneamento Ecológico Econômico); Implementar os programas de regularização fundiária
Governo do Estado Prefeituras Municipais Governo Federal ONG’S.
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital HumanoObjeitvo: População escolarizada
Estratégias Ações Responsáveis
Estabelecer ou ampliar parcerias entre o Poder Local e Instituições Públicas e Privadas para melhorar a qualificação: 1. dos profissionais de educação e 2. da mão de obra local
Identificar as demandas de formação e qualifica-ção profissional do território
Secretarias Municipais e Estadual de De-senvolvimento Econômico ou Afins
Identificar os atores que podem viabilizar o estabe-lecimento das parcerias
Secretarias Municipais e Estadual de Educação
Implantar cursos que efetivamente qualifiquem e capacitem a mão de obra local
Universidades Públicas e Instituições Pri-vadas
Aumentar o nº de alunos matriculados e assegurar a frequência escolar, através do cumprimento das condicionalidades do PBF e da ação dos Conselhos Tutelares
Implantar e/ou ampliar: 1. Programas de alfabeti-zação 2. Correção de Fluxo
Secretarias Municipais e Estadual de Educação
Dotar as escolas de material didático e de recur-sos tecnológicos
Secretarias Municipais e Estadual de Educação
Construir espaços para atividades esportivas e re-creativas nas escolas
Secretarias Municipais e Estadual de Educação
Aumentar o nº de alunos matriculados e assegurar a frequência escolar, através do cumprimento das condicionalidades do PBF e da ação dos Conselhos Tutelares
Implantar e efetivar um Sistema de Monitoramento da Qualidade e Regularidade da merenda escolar
Secretarias Municipais e Estadual de Edu-cação e Conselho de Merenda Escolar
Secretarias Municipais de EducaçãoGarantir a Infraestrutura dos CT para o atendimen-to adequado às crianças e adolescentes
Secretarias Municipais de Assistência Social (ou órgão responsável pelos Con-selhos Tutelares)
Implantar e efetivar um Sistema de Monitoramento da frequência escolar das crianças e adolescentes
Secretarias Municipais de Educação e de Assistência Social/Instância de Controle Social do Programa Bolsa Família
Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento Territorial
TEMA LIMITAÇÕES POTENCIALIDADES PROBLEMAS
INFRAESTRUTURA E ORDENAMENTO TERRITORIAL
Dependência de investimentos dos Governos Estadual, Federal e Iniciativa Privada para melhoria e ampliação do sistema viário.
Distribuição de energia elétrica regular;Calçamento e Pavimentação urbana;Distribuição de água;Gestão de Resíduos;Ordenamento Territorial;A Infraestrutura viária (rodoviária e ferroviária).
Ausência de saneamento ambiental, ausência de drenagem urbana, ocupação territorial irregular;Gestão de resíduos precária, sistema de saúde deficitário;Estrutura viária antiga, Sucateamento do sistema, Falta de recursos financeiros.
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social
TEMA LIMITAÇÕES POTENCIALIDADES PROBLEMAS
Gestão Pública Local
Baixa capacidade de articulação entre os governos municipais, estaduais e federal; domínio da esfera esta-dual sobre o território.
Administração Pública
Baixo nível de coordenação e articulação administrativa intermunicipal; pouca capacidade de articulação dos gestores; conflito interno entre as administraçõesDéficit de planejamento territorial; gestão centralizada; baixa capacidade de elabo-ração de projetos; acentuado clientelismo
Orçamento; situação fiscal do município Grande dependência de fonte de recursos federais e estaduais
Receita própria Baixa capacidade de arrecadação de receitas
Tecido institucional: articulação e res-posta à comunidade
Associativo elevado, presença de jovens;Cultura local; poder de arregimentação e mo-bilização das igrejas
Pouca capacidade de articulação entre as entidades; acomodação das pessoas no território; fragilidade do capital social
4 – Estratégia, Ações, Instituições e Atores Envolvidos
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento ProdutivoObjetivo: Fortalecimento do capital social
Estratégias Ações Responsáveis
Promover a qualidade de mão de obra para o Polo agropastoril
Ofertar cursos técnicos, workshops, seminários, intercâmbio e treinamentos
Sistema S IFMA Prefeitura Municipal Governo do Estado Governo Federal ONG’S
Promover o fortalecimento das organizações associativas
Implantar um programa de incentivo a formação de parcerias;Treinar as organizações associativas para participar do processo de desenvolvimento.Habilitar organizações associativas em projetos de gestão e governança
Governo do Estado Prefeituras Municipais Governo Federal ONG’S. Entidades Representativas
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ESTRATÉGIAS AÇÕES RESPONSÁVEIS
Mobilizar as IE‘s no território para capacitar o capital social com foco na PEA local
Realizar programas de alfabetização e de capacitação de jovens e adultos, incluindo no currículo a temática da integraçãoCapacitar os atores locais em gestão, controle, monitoramento e avaliação de políticas públicasCapacitar a PEA do território tendo como foco os investimentos a serem aplicadosDisponibilizar cursos de nível superior com foco nas demandas do território
Fórum; IE’sComitê de implantação da refinaria
Aproveitar a diversidade cultural e a localização geográfica para otimizar/minimizar os impactos dos novos investimentos
Criar e valorizar os atrativos culturais aproximando os anseios da sociedade com o territórioPromover eventos culturais visando reforçar a identidade social do territórioEstimular e despertar as manifestações sócioculturais para eleva-ção da autoestima e sentimento de pertencimento.Divulgar a cultura local
Organizações envolvidas com a cultura do território
Secretarias de Cultura dos municípios
5 – Conclusão e Encaminhamentos
Apresentar ao Conselho de Gestão Estratégica das Políticas Públicas de Governo – CONGEP e prefeitos dos territórios os resultados obtidos através do curso de metodologia para elaboração de planejamento estratégico de desenvolvimento local e regional, sensibilizando-os para criação de um grupo de trabalho, vinculado ao governo de estado para continuidade das ações;
Inserir o grupo do Maranhão na rede virtual INTEGRAREGIO;
Realizar audiências públicas municipais com representantes do Governo Federal, estadual, municipal e da sociedade civil organizada ou não, para socializar as informações sobre os novos empreendimentos que chegarão ao território e seus impactos;
Estimular a criação de um fórum do território;
Propor a elaboração de planejamento estratégico para o território usando a metodologia ILPES/CEPAL;
Sugerir ao governo do estado que priorize a área de influência da refinaria na elaboração do zoneamento ecológico econômico ZEE/MA, na escala 1:250.000;
Articular junto ao Ministério da Integração a realização do curso de elaboração de projetos para este grupo.
Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento TerritorialObjetivo: Sistema de infraestrutura e ordenamento efetivo
ESTRATÉGIAS AÇÕES RESPONSÁVEIS
Aumentar a infraestrutura urbana Elaborar projetos para o sistema viário, iluminação e equipa-mentos públicos e comunitários Captar recursos para desenvolvimento do sistema viário, ilu-minação e equipamentos públicos e comunitáriosRealizar parcerias público-privadas para implementação da Infraestrutura com os órgãos setoriais
Secretarias de Saúde, Educação, Infraestrutura e Planejamento
Desenvolver o setor habitacional Implementar a regularização fundiária Secretaria de Desenvolvimento Social, Infraestrutura e Habitação
Elaborar projetos habitacionais para captação de recursos
Realizar parcerias público-privadas
Criar e implementar um plano de saneamento ambiental
Diagnosticar a situação atual de saneamento ambiental no território
Secretarias de Planejamento, Meio ambiente, Saúde e Infraestrutura
Elaborar o Plano de Saneamento Ambiental
Captar recursos para implementação do plano
Criar e implementar o Plano de Integração Regional
Formar um Grupo de Trabalho InteriNstitucional Governos Federal, Estadual e municípios envolvidos
Definir ações conjuntas de interesse da região
Elaborar um plano de integração regional
Firmar um Termo de cooperação técnica
Executar o ordenamento territorial Criar leis específicas de ordenamento territorial (Plano Dire-tor, Lei de Uso e Ocupação de Solo)Fortalecer a equipe técnica para o ordenamento territorial
Implementar a gestão ambiental Fortalecer a equipe técnica para executar a gestão ambiental;Criar/Implementar a legislação ambiental no âmbito municipal;Captar recursos para implementar as ações de gestão am-biental (público/privado)
Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital SocialObjetivo: Fortalecimento do Capital Social
ESTRATÉGIAS AÇÕES RESPONSÁVEIS
Utilizar a capacidade de promo-ção de convergência na elabo-ração de projetos participativos para a captação e aplicação de recursos no território
Capacitar gestores e técnicos dos setores públicos e privados so-bre a implementação de instrumentos de planejamento e de gestão no contexto de território.Realizar cursos na elaboração de projetos.Articular parcerias com instituições públicas/privadas visando a captação de recursos para aplicação no território.
Prefeituras do territórioGoverno do EstadoMinistério da Integração; Comi-tê de implantação da refinaria
Integrar as organizações do territorio focando nos novos investimentos com sustentabi-lidade
Construir um espaço de diálogo para disseminação das iniciativas territoriais para aproveitar os benefícios dos investimentosDefinir diretrizes para elaboração do planejamento estratégico territorialFortalecer as redes sociais de cooperação e de articulação de políticas públicas
Sindicatos e Associações
IE’s , igrejas, ONGs
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Anchieta/ES28 de março a 15 de abril de 2011
Área de Estudo: Parte dos Municípios que penrtence o Condesul
Área de Estudo
Limite Intermunicipal
Oceano Atlântico
Principais Rodovias
Principais Ferrovias
Guarapari
Anchieta
Alfredo Chaves
Iconha
Piúma
Elaborado: CGMA/SDR/MIFonte: IBGE,2010Data: 05/2012
1 – Introdução
Por parte do Governo Federal há importância em atuar em regiões onde está prevista a implementação de grandes projetos de investimento, como exemplo, porto, mineradora, petroquímica, siderúrgicas, ferrovias, etc, que têm um grande impacto no território e que demandam planejamento territorial.
Pelo Estado há o interesse em elaborar e desenvolver planos estratégicos para todas as microrregiões esta-duais; e pelos municípios, Alfredo Chaves, Anchieta, Guarapari, Iconha e Piúma, há a preocupação em se prepa-rarem para os impactos positivos e negativos que serão gerados pela implantação dos grandes investimentos da siderurgia da Vale, expansão da mineradora Samarco e o porto da Petrobrás. Para tanto, esses municípios constituíram recentemente um Consórcio Público para a Região Expandida Sul (CONDESUL), que se insere numa outra estratégia importante para a implementação da PNDR.
2 – Diagnóstico
2.1 - CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
No território estudado, a partir das entrevistas com atores locais e consultas a dados secundários, verificou-se deficiência na comunicação institucional acarretando um distanciamento e desarticulação entre o poder público constituído e a sociedade civil.
A Gestão Pública é percebida como centralizadora, com poucos canais de participação social. Observa-se ainda a priorização do caráter político em detrimento de critérios técnicos na escolha dos cargos públicos, gerando um certo descrédito por parte da opinião pública.
Verifica-se também a necessidade de fortalecimento na articulação e integração entre os setores das ges-tões públicas, e destes com as instituições em níveis estaduais e federais.
Há carência de políticas fiscais efetivas nos municípios e uma forte dependência orçamentária de trans-ferências governamentais. Os serviços públicos básicos estão presentes, entretanto, ainda deficientes e mal geridos, com alguns avanços na área de educação.
Há deficiências no atendimento à parcela da população mais vulnerável por parte das políticas sociais, sendo a política de saúde mais afetada nos aspectos humano e operacional. Além da insuficiência de recursos financeiros para manutenção das instalações públicas. Quanto à capacidade do Capital Humano em estabele-cer ações cooperadas e associativas percebe-se uma fragilidade dessas ações, bem como a desarticulação dos segmentos.
É unânime a afirmação que a região é rica em belezas naturais. Todavia, a maior parte da população des-conhece a existência do zoneamento territorial. Mesmo nos municípios que possuem legislação específica. As áreas rurais representam a maior parcela na distribuição territorial da Região e, grande parte das propriedades rurais e urbanas não possuem regularização fundiária.
O território possui uma riqueza hídrica, integrando as bacias do Benevente, Rio Novo e Guarapari. Tem cobertura de telefonia fixa, sendo o serviço móvel, ainda deficitário. A grande maioria da região é provida de energia elétrica e os resíduos sólidos são destinados para empresa sediada em Vila Velha, enquanto o trata-mento dos efluentes domésticos ainda é precário.
Em uma perspectiva geral, as empresas da região são de pequeno e médio porte, exceto a atividade indus-trial e os serviços de transporte.
A comercialização dos bens e serviços produzidos na região é efetivada no local e na região, com alguns destaques nacionais e internacionais, e os principais fornecedores de matéria-prima e insumos proveem de fontes externas à região, o que indica uma dependência econômica de fatores externos.
A tecnologia empregada nos principais setores produtivos da região é baixa, com algum destaque - médio e alto, na indústria e serviços, sempre associados ao porte dos empreendimentos. De modo geral, os entrevista-dos reconhecem a presença e o desenvolvimento de políticas públicas voltadas às micro e pequenas empresas e à Promoção do Emprego.
Observa-se também que a população está tomando conhecimento da importância de se preparar para as mudanças que ocorrerão na região com a chegada dos novos empreendimentos e com os impactos advindos dessa intervenção no território.
O CONDESUL é uma iniciativa recente, porém ainda pouco conhecida pela população dos municípios parti-cipantes, no entanto, considerada como uma oportunidade de integração e desenvolvimento.
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3 – Matriz de Potencialidades, Limitações e Problemas
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento
Potencialidades Limitações Problemas
Atrativos turísticos devido às belezas naturais Clima Baixa diversificação de mercado e atrações turísticas
Posicionamento geográfico e estratégico no litoral Sazonalidade do turismo Pouca diversificação de mercado e atrações turísticas
gerando alto grau de sazonalidade
Implantação de novos empreendimentosInfraestrutura urbana e viária deficiente (Rodovias Federais, Estaduais, Aeroporto,...)
Concentração de atividades industriais em um único município
Crescimento do mercado consumidorA característica da produção agropecuária pos-sibilitando acesso a políticas de crédito e agre-gação de valoresTradição e vocação para a agricultura familiar.
Dependência de fornecedores externos
Migração de mão de obra do setor agrícolaBaixa qualificação de mão de obra localBaixo nível tecnológico das embarcações de pescaExôdo rural dos jovens
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital Humano
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
Presença de Escola Pública/Técnica/Ensino SuperiorPrivadas e Sistema SPresença de Conselhos e AssociaçõesPresença forte da Agricultura FamiliarAumento da oferta de emprego com os novos empreendimentosExistência do Consórcio de SaúdeHospital de Anchieta
Inexistência de Escolas de Ensino Superior Pública no território
Política educacional nacio-nal sem foco na participação e proatividade
Dependência de recursos estaduais e federais
Evasão escolar e exclusão digital, principalmente no meio ruralBaixa valorização do profissional da educaçãoConteúdo programático/currículo descontextualizados com a realidade localEstrutura física deficiente das escolas e superlotação das mesmasEducação básica deficienteMão de obra pouco qualificadaEvasão do capital humano mais jovemQualidade e estrutura física de atendimento na área da saúde deficientesGestão deficiente dos programas sociaisAlto índice de gravidez na adolescênciaCrescimento do índice de alcoolismo e outras drogas
Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento Territorial
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
Localização geográfica estratégica (próxima ao mar e à Região Metropolitana)
Relevo acidentado Dependência de fornecimento de energia externa
Acessibilidade externa e interna (influência de rodovias e interligação dos municípios)
Grande porcentagem da região inserida em áreas de proteção prioritárias ao meio ambiente do ES
Malha viária regional deficiente
Oferta diversificada de energia (hidrelétrica e gás)
Rodovias estaduais e federais mal con-servadas e planejadas
Exploração irregular dos recursos naturais
Alta biodiversidade Ocupação desordernada
Alto índice pluviométrico Saneamento básico deficiente
Riqueza hídrica Transporte público precário
Irregularidades fundiárias
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
Existência de consórcios de serviços públi-cos (saúde e lixo)Consórcio de desenvolvimento regional – CONDESULCapacidade de aumento de arrecadação (no-vos investimentos, royalties e impostos)Presença de organizações de representação dos diversos segmentos e conselhos muni-cipaisPlanos de desenvolvimento estadual e re-gional de médio e longo prazos (ES 2025, Caminhos para o amanhã, Agenda Sul e Agenda 21)
Excesso de burocracia nas fontes de financiamentoNova lei de distribuição dos royal-tiesGrande dependência de recursos/verbas Estaduais e Federais
Gestão Pública centralizadora e pouco participativaBaixa qualificação técnica de gestores públicos e prevalência de indicações políticasDescontinuidade das Políticas PúblicasCarência de canais de participação dos cidadãos nas tomadas de decisões do poder públicoBaixa capacidade técnica de elaboração de projetos para captação de recursosBaixa articulação das organizações entre si e das mesmas com o poder públicoBaixa interação entre os setores da própria adminis-tração pública, assim como entre os diferentes níveis (municipal, estadual e federal)Baixa capacidade de investimentos nos municípios
4 – Estratégia, Ações, Instituições e Atores Envolvidos
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento ProdutivoObjetivo: Aumento da Produtividade no Setor Agropecuário
ESTRATÉGIAS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS
Desenvolver um planejamento estra-tégico para o turismo da região
Criar ambiência para um planejamento participati-vo com os atores locais públicos e privados
Poder público, entidades representativas do setor privado e sociedade civil organizada
Elaborar diagnóstico sobre o turismo no território
Criar um programa para implementação, avaliação e divulgação do plano de desenvolvimento
Criar conselhos deliberativos para fiscalizar a execução do planejamento
Formação e qualificação da mão de obra e gestores do turismo local
Discutir as necessidades de capacitação para os municípios, tendo em vista os diversos segmentos turísticos Poder público, entidades representativas do
setor privado, sociedade civil organizada, SEBRAE, escolas, MEPES, SESC, SENAC e a comunidade em geralFormatar planos de capacitação e qualificação da
mão de obra e gestores do turismo na região
Modernização e ampliação das estru-turas receptivas
Plano de ocupação e manutenção dos meios de hospedagem na região
Poder público, entidades representativas do setor privado e sociedade civil organizada
Realizar parcerias público-privadas com vistas à manutenção de pontos turísticos e de apoio
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Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital HumanoObjetivo: Municípios integrados nas suas ações do Território
ESTRATÉGIAS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS
Ampliar escolas técnicas para atender a demanda de qualificação da mão de obra para o mercado de trabalho do território
Oferecer cursos conectados com a realidade localCONDESUL
Inserir o empreendedorismo na grade curricular
Promover a capacitação e estimular os professores para o melhor desempenho da função
Implementar e adequar Plano de Carreira à realidade localPoder público e profissionais da Educação
Criar sistema de indicadores de desempenho para acompanhamento e reconhecimento dos profissionais da Educação
Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento TerritorialObjetivo: Dotar o território de saneamento suficiente e adequado
ESTRATÉGIAS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS
Preservar áreas de belezas naturais
Ampliar a cobertura vegetal e manutenção dos fragmentos florestais existentes
SEAG, SEAMA e Governo MunicipalImplantar projetos de preservação hídrica
Dotar as áreas de potencial turístico com infraestrutura
Adequar a malha viária Pavimentar estradas vicinais, com drenagem e captação de água pluvial e ordenar a malha rodoferroviária
Governo Federal, Estadual e Municipal
Disciplinar o uso e ocupação do soloImplementar e dotar as áreas destinadas aos polos indus-triais/serviços com infraestrutura viária, aérea, saneamento e telecomunicação
Governo municipal e estadual
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital SocialObjetivo: Municípios integrados nas suas ações do território
ESTRATÉGIAS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS
Aproveitar a oferta de formação disponível no Sis-tema S, ESESP, TCES e outros na capacitação das organizações sociais
Elaborar, implantar um plano de capacitação, de forma participativa, que potencialize ofertas com as deman-das das organizações sociais
CONDESUL
Aproveitar a experiência do Licenciamento da CSU para disseminar no Capital Social Local a prática de participação
Elaborar/reforçar o Plano Plurianual – PPA participativo e o Orçamento Participativo - OP Prefeituras municipais
5 – Conclusão e Encaminhamentos
PROPOSTAS DOS ALUNOS
1. Elaborar de forma participativa, um Plano de Capacitação, que proporcione às organizações sociais, condições de elaborar planos estratégicos, projetos e ampliar espaços de participação na gestão pública;
2. Instituir um processo de Planejamento para o Desenvolvimento Regional que seja referência para os Planos Estratégicos das demais instituições do território;
3. Criar um Grupo de Trabalho Permanente composto pelos participantes do curso;
4. Fomentar a criação de redes empresariais para atender a demanda dos empreendimentos a serem im-plantados e fortalecer a economia local;
5. Criar o Fórum do Cidadão, comprometido com a cidadania e objetivos do CONDESUL;6. Compromisso dos participantes do curso para compartilhar e multiplicar os conhecimentos em suas
instituições.
RESULTADOS1. Integração entre os participantes do curso;2. Oportunidade de conhecer a situação da região, por diferentes atores;3. Sensibilização da importância de trabalhar o desenvolvimento regional.
IMPACTOS1. Sair de uma visão local para uma visão regional;2. Participantes do curso como elementos multiplicadores;3. Romper os conceitos préestabelecidos - quebra de paradigmas;4. Percepção/oportunidades de construir ações conjuntas para a região.
APRENDIZAGEM1. Nivelamento conceitual e metodológico;2. Compartilhamento de informações e experiências entre os participantes3. Aprendizagem de forma organizada e prática.
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Brasília/DF08 a 26 de agosto de 2011
Área de Estudo: Águas Lindas de Goiás e Valparaíso de Goiás
®qÁguas Lindas de Goiás
Valparaíso de Goiás
Elaborado: CGMA/SDR/MIFonte: IBGE,2010Data: 05/2012
!.
Brasília
Área de Estudo
Limite Intermunicipal
®q Aeroportos
Principais Ferrovias
Principais Rodovias
Distrito Federal
Capitais!.
1 – Introdução
Os municípios objetos de estudo neste curso são Águas Lindas de Goiás e Valparaíso de Goiás, ambos localizados no entorno do Distrito Federal. A escolha destes municípios se justifica por vários fatores tais como: forte impacto que os mesmos imprimem ao Distrito Federal, alta incidência de violência próxima à capital do Brasil e forte explosão demográfica nas últimas duas décadas em virtude do planejamento territorial baixo. Além disso, é área de fronteira geográfica com o reservatório de água que abastece 60% do Distrito Federal e estão inseridos na Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno de Brasília – RIDE, o qual é um programa do Ministério da Integração Nacional.
O município de Valparaíso de Goiás possui tradição nos setores moveleiro e de confecções bem organiza-dos, o que sustenta a economia local. No município de Águas Lindas há foco no setor de serviços em geral e no setor terciário, o que complementa a economia do município.
Outra característica importante e comum aos dois municípios em tela é a proximidade à capital federal e à Goiânia e lideranças comunitárias consolidadas no território.
2 – Diagnóstico
2.1 - CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
Município de Valparaíso de Goiás
•PopulaçãoTotal(Censo2000):94.854 - Urbana: 94.854 - Rural: 0•Densidadedemográfica:1.555,6hab/km²•Áreatotal:60,4km²
Município de Águas Lindas de Goiás
•PopulaçãoTotal(Censo2000):105.746 - Urbana: 105.583 - Rural: 163•Densidadedemográfica:549,1hab/km²•Áreatotal:191,9km²
3 – Matriz de Potencialidades, Limitações e Problemas
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
Fácil acessoBaixo custo de vidaProximidade ao mercado de BrasíliaAbundância de mão de obraForte mercado consumidor local/regionalSetor produtivo moveleiro e de confec-ções organizadoLei Geral da micro e pequena empresa aprovadaPreço da terra nua mais baixo do que no DFExistência de fundo constitucional para o desenvolvimento da regiãoExistência de 5 IES, com ênfase em edu-cação e saúde (Valparaíso).
Indisponibilidade de terras para a instalação de novas atividades produtivasRápido crescimento demográficoDependência de recursos federaisPequena extensão territorial dos municípiosSegurança pública precária Polarização das atividades econômicas em torno das rodovias que cortam os municípios (cidade-corredor)Carência de instituições de formação de mão de obra
Infraestrutura precáriaOrçamento municipal baixoBaixa qualificação da mão de obraInadequação do rápido crescimento urbano ao ordenamento/planejamento territorialBaixa exploração econômica do meio ruralEspeculação imobiliáriaBaixa oferta de postos de trabalho à população localBaixa qualificação gerencial
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital Humano
Potencialidades Limitações Problemas
Instituições de Ensino (Ensino Su-perior)Capital humanoLocalização geográfica
Espaço territorialDados do IBGE não condizem com a rea-lidade, afetando o repasse de recursos fe-deraisMovimentos migratórios
Planejamento local não acompanha a dinâmica do crescimento demográficoMão de obra não qualificadaBaixa efetividade das políticas sociaisParticipação cidadã
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Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento Territorial
Potencialidades Limitações Problemas
Localização geográfica (proximidade do DF e Goiânia) possibilita a implantação de empreendimentos com a consequente melhoria da infraestruturaExistência de água subterrânea abun-danteÁreas reservadas e livres para implanta-ção de infraestrutura viária, saneamento, urbanismo e demais equipamentos pú-blicosÁreas de ambiente natural e áreas re-servadas para implantação de parques e praças para o lazer e preservação do meio ambienteRodovias em bom estado de conservaçãoExistência de linha férrea no município de Valparaíso
Transporte público interestadual e in-termunicipal precário (frota de ônibus e tabela de horários insuficientes, ônibus lotados, falta de manutenção, passagens caras)Rodovias federais (BR-040 / BR-070) com capacidade insuficiente para o volume do tráfego e a segurança dos usuários, e a separação da cidadeÁrea rural inexistente em Valparaíso e pequena em Águas LindasInfraestrutura insuficiente para a am-pliação do fornecimento de energia elétrica para Águas Lindas (desen-volvimento do município) por parte da CELGImpossibilidade de utilização da linha férrea de Valparaíso para o transporte interestadual de passageiros
Plano Diretor defasado em Águas Lindas;Loteamentos irregularesAusência de terminal rodoviárioSaneamento básico precário (abastecimento de água por meio de poço artesiano com problemas de tra-tamento)Esgotamento sanitário precário (fossa negra)Transporte público municipal precário em Águas Lin-das (frota de ônibus e tabela de horários insuficien-tes, ônibus lotados, falta de manutenção, passagens caras)Malha asfáltica de baixa qualidade e maioria das ruas sem pavimentaçãoTelefonia fixa e celular com problemas de cobertura e na qualidade dos serviços. Acesso à internet ine-ficienteProblemas localizados de alagamentoErosão do soloPraças urbanizadas insuficientes na cidade de Águas LindasMorosidade da CAESB e da SANEAGO em atender a solicitações das prefeituras municipais
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social
Limitações Potenciais Problemas
Governo aberto à participaçãoExistência de canais de comunicação do gestor com a sociedade (conselhos muni-cipais)Grande número de AssociativismoLideranças comunitáriasPreocupação com capacitação do quadro técnico (VP)Região prioritária em duas instâncias (Fe-deral e Estadual)Expansão do setor imobiliárioDinamização do setor de serviçosProximidade a centros de ensino e pes-quisa para promover capacitação dos gestoresProximidade da Capital FederalPredominância populacional jovem e adul-taGrande número de organizações sociais (Cooperativas, Associações e Igrejas)
Elevado número de imigraçãoBaixa efetividade das Políticas Públicas externas (Federal e Estadual)Cidades-dormitórioArrecadação tributária centralizada no Es-tado e União Poucas fontes de financiamento municipalForte dependência de repasses de recur-sos federais e estaduaisBaixo nível de coordenação institucional: interna e externaMovimento pendularInsuficiência no atendimento das demandas
Falta de planejamento territorialBaixa inclusão digitalBaixa coordenação entre os entes federativosFalta da avaliação de satisfaçãoQuadro de funcionários insuficiente e pouco qua-lificado (AL)Crescimento desordenadoPouca participação da comunidadePouco equipamento de lazerBaixa articulação institucional na elaboração do orçamentoExplosão populacional no território Desatualização do cadastro imobiliárioBaixa captação de recursos (não vinculados) para investimentosPrecariedade da infraestrutura básicaBaixo nível de escolaridade
4 – Estratégia, Ações, Instituições e Atores Envolvidos
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento ProdutivoObjetivo: Aumento da Produtividade no Setor Agropecuário
ESTRATÉGIAS AÇÕES ATORES ENVOLVIDOS
Melhoria da competitividade das empresas
Oferta de novas áreas de acordo com ordenamento/planejamento revisto com o intuito de fortalecer o setor terciário
Oferta de incentivos fiscais às novas empresas
Programa de incentivo à formalização das empresas locais, incluindo informação, assistência técnica e canais de acesso ao crédito
Estímulo ao associativismo/coopera-tivismo entre pequenos empreende-dores
Criação de um sistema de informações de interesse para o setor terciário
Estímulo à parceria entre empresas e instituições de ensino/pesquisa visando a inovação para o setor terciário
Qualificação para aproveitamento da mão de obra existente
Instalação do Sistema “S” nos municípios (SEBRAE, SESI, SENAC, SENAI)
Instalação de IFET’s, com foco de ca-pacitação no setor terciário
Ações de fortalecimento do ensino básico (acesso às ações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE)
Programa de qualificação de mão de obra em parceria com o Sistema S e IFET’s
Melhoria da Infraestrutura urbana para implantação de empresas do setor terciário
Projeto urbano para a criação de um polo para o setor terciário de âmbito regional articulado ao transporte rodoviário e outros modais
Projeto urbano de fomento ao setor terciário de âmbito local nos bairros de forma a atenuar a polarização do eixo rodoviário
Elaboração de projeto que aumente a conectividade da estrutura viária existente
Captação de recursos das linhas de crédito do BNDES relacionadas ao de-senvolvimento regional, destinadas aos entes federadosInserção de projetos nos programas federais relacionados à infraestrutura
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital HumanoObjetivo: Municípios integrados nas suas ações do Território
ESTRATÉGIAS AÇÕES ATORES ENVOLVIDOS
Realizar parceria público-privada para formação de profissionais técnicos (Sistema S)
Buscar, junto às entidades do Sistema S, a oferta de programas nos municipios para formação e aperfeiço-amento da população
Prefeitura e Sistema S
Articular junto ao Governo Federal a implantação de escolas técnicas Prefeitura
Ampliação do acesso aos progra-mas federais da área de educação
Capacitar agentes públicos para elaborar planos e projetos que atendam às exigências dos programas federais da área de educação
MEC e Secretaria Municipal de Educação
Implementar o programa Pró-Infância MEC e Secretaria Municipal de Educação
Divulgar e sensibilizar a comunidade sobre a impor-tância da educação de jovens e adultos Prefeitura
Ampliar os mecanismos de con-trole do acesso e permanência da criança na escola
Contratar e treinar orientadores educacionais para realizar atividades que visem o acesso e a permanên-cia da criança na escola, junto às famílias
Secretaria Municipal de Educação, Orien-tadores Educacionais e Comunidade
Firmar convênio com entidades assistenciais para melhorar o acesso à educação infantil Prefeitura e Entidades Assistenciais
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ESTRATÉGIAS AÇÕES ATORES ENVOLVIDOS
Implementar políticas de valoriza-ção do profissional de educação
Atualizar plano de carreiraSecretaria Municipal de Educação, Câma-ra de Vereadores e Sindicatos vinculados à área de educação
Implementar programas de qualificação para os profissionais de educação Secretaria Municipal de Educação
Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento TerritorialObjetivo: Dotar o território de saneamento suficiente e adequado
ESTRATÉGIAS AÇÕES ATORES ENVOLVIDOS
Aproveitar disponibilidade de recursos financeiros, programas governamentais e condições físico-ambientais para implantação de infraestrutura de saneamento básico
Levantamento de Informações Prefeitura Municipal
Identificação de Atores e Setores Prefeitura Municipal
Coordenação de Equipes Prefeitura Municipal
Elaboração de Projetos Prefeitura Municipal
Promover o ordenamento territorial em consonância com as condições físico-ambientais
Elaborar plano municipal de Saneamento Prefeitura Municipal, Comunidade, Concessio-nárias, Governo Federal e Governo Estadual
Adequar o Planejamento ao rápido crescimento demográfico
Ampliar a infraestrutura de produção e forneci-mento de água potável
Prefeitura Municipal, Concessionárias e Comunidade
Implantar e operar sistemas de esgotos sanitários (coleta, tratamento, destino final)
Prefeitura Municipal, Concessionárias e Comunidade
Promover o Fortalecimento Institucional dos órgãos públicos e instituições envolvidas com o sanea-mento básico, habilitando-os para a captação de recursos financeiros e execução de programas governa-mentais
Fiscalizar serviços prestados pela Concessio-nária Prefeitura Municipal
Ampliar quadro funcional Prefeitura Municipal
Capacitação Prefeitura Municipal
Melhoria das condições de trabalho Prefeitura Municipal
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital SocialObjetivo: Municípios integrados nas suas ações do território
ESTRATÉGIAS AÇÕES ATORES ENVOLVIDOS
Aproveitar a existência de Instâncias representativas (RIDE e AMAB) para fortalecer a coordenação institucional
Sensibilização dos gestores da importância do planejamen-to integrado
Secretaria-executiva da RIDE (SUDECO)
Fortalecimento das duas instituições Secretaria-executiva da RIDE (SUDECO)
Criação de secretarias de articulação institucional. E quan-do da existência desta, fortalecimento Gestão Pública Local
Canalizar a vontade política local para buscar implementação das ações priori-zadas na RIDE
Ampliar o diálogo entre os municípios e a RIDEGestão Pública Local por meio das Secretarias de Planeja-mento
Aproveitar o status de região prioritária para melhorar a coordenação entre os municípios
Secretaria-executiva da RIDE (SUDECO) e AMAB
ESTRATÉGIAS AÇÕES ATORES ENVOLVIDOS
Aproveitar a aproximação física dos centros de ensino e pesquisa para capacitação de Gestores e representan-tes locais
Facilitar e promover o acesso a cursos específicos para os gestores e representantes locais, utilizando recursos da PNDR para capacitar os agentes locais
Gestão Pública Local
Secretaria de Administração e Centros de ensino
Secretaria de Administração e Centros de ensino
Sensibilizar os gestores para a elabo-ração de uma Política Estadual de DR, que considere os municípios do entorno como região prioritária
Aproveitar o modelo da PNDR e a vontade política para a elaboração e implementação da Política Estadual de DR
Governos Federal, Estadual, Local e Sociedade Civil
Governos Federal, Estadual, Local e Sociedade Civil
Articulação política para captar recursos financeiros para a região
Divulgação massiva da PNDR Governos Federal, Estadual e Local
Articulação junto aos Governos Estaduais, ao MI e aos municípios; Celebração de acordos entre os Entes
Governos Federal, Estadual e Local e a sociedade
Aproveitar o grande número de asso-ciações e existência de lideranças para melhorar a capacidade de coordenação das atividades da RIDE
Fortalecer a comunicação entre as associações, líderes e a comunidade
Gestão Pública Local
Gestão Pública Local
Gestão Pública Local
5 – Conclusão eEncaminhamentos
• Criar uma instância de âmbito municipal, envolvendo representantes de diferentes secretarias muni-cipais e da sociedade civil, para discutir questões relacionadas ao desenvolvimento do território. Essa instância futuramente se relacionará com as instâncias de âmbito federal e estadual componentes do Sistema Nacional de Desenvolvimento Regional proposto pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional;
• Promover uma aproximação da Associação dos Municípios Adjacentes à Brasília – AMAB com a Secretaria-Executiva da RIDE. Tal aproximação, dentre outras coisas, poderá levar a uma revisão da composição da representação municipal na RIDE;
• Criar um consórcio entre os Municípios, DF e Estado de Goiás e Minas Gerais que atuaria como apoio operacional da RIDE;
• Realizar, por meio da RIDE, um mapeamento de todas as instituições relacionadas ao desenvolvimento do Território, assim como suas respectivas atribuições, formato institucional e dotação orçamentária;
• Estabelecer parcerias com instituições de ensino e pesquisa ou com o próprio governo federal que possibilitem o aperfeiçoamento da gestão municipal e dos microempresários.
• Ao final do trabalho, o que se percebeu foi o resultado de um crescimento desordenado do Território, já refletido no diagnóstico inicial. Águas Lindas de Goiás e Valparaíso de Goiás sofrem atualmente com problemas nas áreas econômica, social, institucional e de infraestutura – intensificados pelo mo-vimento pendular dos moradores, que fazem de seus municípios cidades-dormitórios. O planejamento estratégico do território torna-se essencial para a solução de tais dificuldades.
• O Curso Internacional de Planejamento Estratégico de Desenvolvimento Regional e Local proporcio-nou aos alunos a aprendizagem de várias ferramentas de planejamento estratégico, importantes para atuação dos órgãos públicos na solução dos problemas diagnosticados. Com a variedade de temas tratados, todos relacionados ao desenvolvimento regional, certamente, cada participante levará para seu local de trabalho experiências que poderão ser aplicadas no seu dia-a-dia.
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São Luís de Montes Belos/GO19 de setembro a 07 de outubro de 2011
1 – Introdução
Os municípios objetos de estudo neste curso são São Luís de Montes Belos, Firminópolis e Sanclerlândia, localizados no Estado de Goiás. A escolha destes municípios se justifica por vários fatores tais como: estrutura fundiária que proporciona o desenvolvimento da produção agropecuária, mão de obra qualificada voltada para o setor de commodities, crescente acessibilidade geográfica, grande presença de mananciais, participação numerosa de líderes e atores na elaboração do plano de desenvolvimento regional e a existência do APL lácteo como instrumento de fomento da economia local.
Municípios:
O município de São Luís de Montes Belos, conta-se, originou-se de uma fazenda de mesmo nome, em 1857. Seus montes eram cobertos por exuberante vegetação caracterizando o município. Oficialmente passou a ser considerado município pela Lei Estadual n. 805, de 12 de outubro de 1953. Possui tradição no setor de serviços, especialmente o comércio, bem como a pecuária leiteira e de corte e agricultura voltada para a produção de milho.
O município de Firminópolis originou-se em 1940, da doação de terras de Manoel Firmino dos Santos para as pessoas que se aglomeravam na região, as quais formaram um pequeno povoado. Pelo seu rápido e expressivo progresso foi logo reconhecido como município pela Lei Estadual n. 174, de 07 de outubro de 1948. O comércio é o que movimenta a economia local, pelo setor de serviços, seguido da agropecuária e indústria.
O município de Sanclerlândia foi fundado em 03 de julho de 1910 e tornou-se como tal em 13 de novembro de 1963, pela Lei Estadual no 4897. Caracteriza-se pela economia rural tendo no leite seu principal produto. A agricultura é sustentada pela economia familiar. A principal indústria da localidade é a de laticínios, mas o município tem expandido sua produção para o ramo de confecções, resultado de ações da administração local.
2 – Diagnóstico
2.1 - CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
Município de São Luís de Montes Belos
•PopulaçãoTotal(Censo2000):26.383 - Urbana: 22.271 - Rural: 4.112•Densidadedemográfica:31,8hab/km²•Áreatotal:829km²
Município de Firminópolis
•PopulaçãoTotal(Censo2000):9.909 - Urbana: 7.639 - Rural: 2.270•Densidadedemográfica:24,3hab/km²•Áreatotal:407,5km²
Município de Sanclerlândia
•PopulaçãoTotal(Censo2000):7.530 - Urbana: 5.765 - Rural: 1.765•Densidadedemográfica:15hab/km²•Áreatotal: 498,5 km²
3 – Matriz de Potencialidades, Limitações e Problemas
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
Aproveitar a presença do SEBRAE/AGDR/IES para difundir o modelo de APL e forta-lecer a economia local
Crescente desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e valorização do Ensino Superior
A crescente acessibilidade geográfica:
Presença de grandes números de manan-ciais
Participação efetiva dos novos líderes e atores interinstitucionais na elaboração do plano de desenvolvimento regional
Oferta de emprego de baixa especializa-ção que resulta em baixos salários
Distanciamento entre sistema educacio-nal profissional e empresarial, reduzindo a implementação de programas de inclusão social
Desestruturação da ATER, fortalecendo a cultura exploratória e a degradação do solo e matas ciliares
Baixa cultura associativista, o despre-paro das lideranças, instituições fracas e população desinteressada limitam as políticas de desenvolvimento e o fortalecimento das instituições
Longo período de estiagem e variação do preço do leite podem afetar o potencial da bacia leiteira e investimento por parte das empresas
O alto custo de investimento em tecnologia e a instabilidade econômica podem limitar as pesquisas em inovações tecnológicas
Valorização extremada da identidade territorial, ocasionando rivalidade com os demais municípios
Redução ou corte dos programas de inclusão social, prejudicando desta forma a progressão da escolaridade, reduzindo a mão de obra formada
Fragilidade de arranjos institucionais (fó-runs, consórcios etc)
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4 – Estratégias
Grupo 1: Desenvolvimento Econômico e Fomento Produtivo
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
Pecuária
Bacia Leiteira
Confecções e Facções
Existência de organização de produtores rurais.
Cursos técnicos e de graduação em tecnologia
Presença de instituições de ensino.
APL (Lácteo)
Existência de polos de facção e confecções
Números de empresas instaladas na região
Boa localização geográfica
Proximidade de grandes centros
Concentração da população economicamente ativa (jovem) na área urbana
Existência de fontes de crédito
Existência de fomento produtivo (FCO, Goiás Fomento, Banco do Povo)
Longo período de estiagem
Variação do preço do leite
Alto custo de investimento em tecnologia
Oferta de emprego de baixa espe-cialização que resulta em baixos salários
Baixo nível de saneamento básico que dificulta a instalação de novas empresas
Distribuição de energia deficitária
Alta burocracia para acesso ao crédito
Baixa representatividade política (rede de relacionamento)
Baixo nível de especialização
Baixos investimentos em especialização
Cultura conservadora dos produtores locais
Resistência cultural às tecnologias
Baixo nível de cooperação e associação entre empresas
Diminuição da população economicamen-te ativa
Baixa remuneração
Rodovias em mau estado
Planejamento territorial incipiente
Crescente êxodo demográfico
Baixa cooperação política entre municí-pios
Descontinuidade de politícas de fomento
Grupo 2: Desenvolvimento Social e Capital Humano
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
Ensino fundamental e ensino médio de qualidade
Oferta de ensino superior (duas faculdades)
Falta de políticas públicas adequadas à realidade regional
Sistema de saúde básica de boa qualidade - PSF
Programa Minha Casa Minha Vida
Amor à terra natal
Povo cooperativo e participativo
Falta de políticas públicas adequadas à reali-dade regional
Atendimento de maior complexidade precário
Documentação exigida pela CEF e Banco do Brasil
Falta mercado de trabalho
Saneamento básico precário
Moradias precárias
Falta mercado de trabalho
Grupo 3: Infraestrutura e Ordenamento Territorial
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
Vias de acesso rodoviário (GO-060, GO-164 e GO-326)
Ferrovia Norte-Sul
Disponibilidade de estradas municipais
Área para aeroporto
Telecomunicação (presença de fibra ótica, telefonia, internet, rádio, tv)
Presença de 4 unidades de ensino superior
Presença de 5 unidades de ensino particu-lar fundamental/médio
Boa oferta de serviços bancários
Boa estrutura de segurança
Extensão territorial
Existência de nascentes (+100)
Relevo favorável à agropecuária
Código de posturas - SLMBELOS e SAN-CLERLÂNDIA
Inexistência de entreposto ferroviáriona região
Dependência de recursos federais e estaduais
Clima
Morosidade na manutenção de rodovias e ineficiência do serviço pelo Estado.
Má conservação das escolas estaduais
Estrutura hoteleira/alimentação deficiente
Estrutura física deficiente na saúde
Sucateamento das patrulhas de conserva-ção rodoviária
Pouca disponibilidade de água
Inexistência de tratamento de resíduos sólidos (lixão a céu aberto)
Deficiente tratamento de esgoto
Exploração agropecuária de forma inade-quada
Oferta insuficiente de energia elétrica
Conservação rodoviária deficitária
Ausência de posto de coleta de embalagens de produtos tóxicos
Inexistência do Plano Diretor em 2 muni-cípios
P.D. não corresponde à realidade
Cumprimento parcial P.D. (SLMBELOS)
Ocupação desordenada na área urbana
Descumprimento do código de posturas
Degradação dos recursos naturais (solo, água, vegetação e fauna)
Extração de areia sem controle
Grupo 4: Desenvolvimento Institucional e Capital Social
POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS
Gestão pública local:
Associação de prefeituras para o desenvolvimento da produção (Arranjo Produtivo Local)
Audiências públicas como uma porta aber-ta à participação popular (mobilização e realização)
Parcerias público-privadas nas àreas de saúde (Hosp. Sta Gema) e geração de emprego (Hering)
Administrações municipais focadas na melhoria da educação, saúde e geração de empregos
Orçamento:
Competência local para legislar sem tributos e patrimônio
Baixo investimento da União e do Esta-do nos municípios, dada a concentração das receitas
Altas vinculações de recursos (educação, saúde etc)
Pequena participação no bolo tributário (União, Estado e Município)
Alto comprometimento da receita com folha de pagamento
Pequena participação popular no processo de desenvolvimento (planejameno, imple-mentação e controle)
Pouco conhecimento da comunidade sobre a gestão local
Planejamento deficitário, má implementa-ção e controle ineficiente (pavimentação, meio-fio e sarjeta)
Individualismo das gestões municípais (não se associam)
Pequena participação popular na elabora-ção do planejamento (PPA e Orçamento)
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ALAOR SOUZA RAYMUNDOPrefeitura Municipal de Itaara
finanç[email protected]@terra.com.br
DEOLMIRA ELIZABETH G. GIRARDIFEMA – Faculdade Machado de Assis
[email protected]@uol.com.br
GICELIA BARBOSA CARVALHOPrefeitura de Cruz Alta
[email protected]@gmail.com
MARINA CHRISTOFIDISMinistério da Integração Nacional
ÁLVARO WERLANGUniversidade Luterana do Brasil
Campus São Jerô[email protected]
DINÁ LIMA DA SILVACorede Produção
[email protected]@ig.com.br
HELENIZA ÁVILA CAMPOSUniversidade de Santa Cruz do Sul
[email protected]@unisc.br
MARISTELA PEDERIVA DE OLIVEIRAPrefeitura Municipal de Soledade
[email protected]@hotmail.com
ANDRÉ BRUM DA SILVACâmara Municipal de Agudo
[email protected]@ibest.com.br
EDUARDO DI PRINZIOBanco do Brasil S/A Superintendência de Varejo e
Governo do [email protected]
IRAMIR JOSÉ ZANELLAPrefeitura Municipal de Faxinal do Soturno - RSadministraçã[email protected]@gmail.com
PATRÍCIA DE MELLO PIERRYSecretaria Geral de Governo, Centro Administrativo do Rio Grande do [email protected]
ANDRÉ LIONIR PETRY DA SILVAGov. do Estado do Rio G. do Sul - Dep. de Desenvolvimento Reg. e Participação Pop. – Sec. Extraordinárias de Relações Institucionais [email protected]@terra.com.br
ERNANE ERVINO PFULLERUniversidade Estadual do Rio Grande do [email protected]@uergs.edu.br
JACOB CHRISTIANO SELBACHAMVARC – Associação dos Municípios do Vale do Caí e Corede Vale do Caí[email protected]
PAULO ROBERTO DE AGUIAR VON MENGDENFaculdades Integradas de Taquara - [email protected]
ANDREIA BRONDANIQuarta Colônia Viagens e Turismo Ltda - VIAGGIO [email protected]@gmail.com
ERY JOSÉ RAMPELOTTOSecretaria Estadual da [email protected]
JORGE SADY DA SILVA RAMOSPrefeitura Municipal de [email protected]@terra.com.br
RICARDO SILVEIRA DE FARIABRDE – Banco Regional de Desen. do Extremo [email protected]@terra.com.br
SANTA MARIA / RS02 a 20 de março de 2009
Lista de participantes5 – Conclusão e Encaminhamentos
Promoção de Feira de Tecnologia para os diversos ramos de atividade, com o objetivo de atração da popu-lação para o uso de tecnologia como forma de desenvolvimento.
Parceria com instituições financeiras e Estado para divulgação de acesso aos recursos financeiros disponí-veis. Ex.: ”Goiás Cresce e Aparece”.
Campanha de conscientização para recuperação das nascentes que abastecem o território.
Propor aos municípios a revisão do Plano Diretor para adequação à realidade local.
Incentivo a cursos de capacitação para empreendedorismo e associativismo com o apoio do SEBRAE.
Formação de Fórum de debates entre o sistema educacional profissional e o empresariado.
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ANTÔNIO DINIZ MANGANELI COGOCâmara de vereadores
[email protected]@bol.com.br
EVANI REDINFIDENE – Fundação de Integração,
Desenvolvimento e Educ. do Noroeste do [email protected][email protected]
JOSÉ ANTONIO VOLTAN ADAMOLIUniversidade de Caxias do Sul
ROSELANI MARIA SODRÉ DA SILVAUNESCO
CHEILA ZANONPrefeitura Municipal de Ivorá
[email protected]@yahoo.com.br
FABIANO MINUZZI MARCONURI – Campus de Santiago
[email protected][email protected]
JOSÉ CARLOS SEVERO CORRÊAUniversidade de Cruz Alta
[email protected]@terra.com.br
ROZEEMA FALCÃO GONZALESFAMURS – Federação das Associações de
Municípios do [email protected]
CÍNTIA AGOSTINIUNIVATES – Centro Universitário
[email protected]@univates.br
FABRÍCIO RAMIRES BARBOSAUnijui
[email protected]@hotmail.com
LÉO AUGUSTO SCHULTZ TATSCHPrefeitura Municipal de São Borja
[email protected]@net.crea-rs.org.br
SADIR LUIZ TOMASICoordenadoria Regional de Saú[email protected]
DEISE GOMES BORGES MONDADORIPrefeitura Municipal de [email protected]@brturbo.com.br /
FÁTIMA REGINA ZANURI-Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missõ[email protected]@yahoo.com.br
MARIA ERONDINA S. DA SILVAPrefeitura Municipal de Santa [email protected]
SÉRGIO CARDOSOAssembleia Legislativa do Rio Grande do [email protected]
SIMONE MANFREDINI BENDERUniversidade de Caxias do Sul e Prefeitura Municipal de [email protected]@hotmail.com
SUSAN CHAIANA EGEVARTHAssociação dos Municípios da Região Celeiro do Rio Grande [email protected]@hotmail.com
TIAGO COSTA MARTINSPrefeitura Municipal de [email protected]@gmail.com
VALDINO KRAUSEConselho Regional de Desenvolvimento da Região [email protected]@bol.com.br
VINICIUS GEHRING CAPELLARICentro Universitário La Salle - [email protected]@hotmail.com
ABDON BANDEIRA ANDRÉINCRA – Superintendência Regional da Paraíba
ALDO CAVALCANTI PRESTESCaixa Econômica Federal
ANTÔNIO CARLOS GOMES VARELAInstituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia da Paraíba [email protected]
CELEIDE GOMES DA SILVAProjeto COOPERAR
CÉLIA REGINA DINIZUniversidade Estadual da Paraíba
EDILSON BATISTA DE AZEVEDOServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
da Paraíba [email protected]
FLÁVIA TOLENTINOSEPLAG/IDEME
FRANCISCO LOPES DA SILVA (CHICO LOPES)Comitê Estadual de Defesa do Projeto São
GERTHA MARIA CRISPIM DE LUCENASecretaria de Estado da Receita
GILBERTO COSTA DO NASCIMENTOEmbrapa Acre
GIVANILDO ANTONIO [email protected]
GRATULIANO JOSE DE ALMEIDA FILHOPrefeitura Municipal de [email protected]
IZIDRO SOARES BARREIRO JUNIORBanco do Nordeste do Brasil [email protected]
JOSÉ NORISMAR [email protected]
JOSÉ WILSON LOPES DE ALBUQUERQUESecretaria de Estado da [email protected]
JOSEILTON SILVA SOUZAPrefeitura Municipal de [email protected]
JOSIVAL DE FREITAS COSTASEPLAG/[email protected]
JOYCE NEIVA DE MEDEIROSSecretaria de Estado do Planejamento e do Orç[email protected]
KARLA NIEDJA MARQUES PINHEIROFederação das Associações dos Municípios da Paraí[email protected]
MÁRCIA ARAÚJO DE [email protected]
JOÃO PESSOA / PB04 a 22 de maio de 2009
104 105
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D O D E S E N V O LV I M E N T O R E G I O N A L E L O C A L
MARIA AUXILIADORA DE ALMEIDA BARROSCooperativa de Profissionais em Desenvolvimento
Humano [email protected]
MARIA DE LOURDES BARBOSA DE SOUSADNOCS - Coordenadoria Estadual na Paraíba
MARIO JOSÉ RIBEIRO ALEXANDRESEPLAG/IDEME
MÔNICA MARIA TOSCANO CUNHAArco Projetos e Construções LTDA
PAULO VINÍCIUS ARAÚJO DE MEDEIROSDNOCS - CEST/PB
ROGÉRIO A. REGINATOMinistério da Integração Nacional
ZILMAR ALMEIDA FORMIGASEPLAG/[email protected]
IRAYDES BARBOSA DA SILVAProjeto [email protected]
JOSÉ VICENTE NETOPrefeitura Municipal de [email protected]
MARIA DA CONCEIÇÃO RODRIGUES VIEIRAUniversidade Federal da Paraí[email protected]
MARIA DE FÁTIMA MEDEIROS FERNANDESConsultora Autônoma [email protected]
ROGERIO ALVES DE PAIVAGoverno do Estado da Paraí[email protected]
ALDO LUIZ VIANA GATINHOCasa Civil do Estado do Pará lotado na Secretária
de Estado [email protected]
ANTONIO ERNANDES MARQUES DA COSTASec. de Estado de Segurança Pública - SEGUP
[email protected]@yahoo.com.br
ANTÔNIO FÁBIO MONTE BRITOSecretaria de Estado de Integração Regional - SEIR
[email protected]@yhaoo.com.br
ANTÔNIO MARIA ZACARIAS PAES MARQUESSuperintendência do Desenvolvimento da
Amazônia - [email protected]
ARNALDO PINTO SIMÕES COSTACentro de Pesq. e Gestão de Recursos Pesqueiros
do Lit. Norte - CEPNOR / Inst. Chico Mendes de Conserv. da Biodiversidade - ICMBIO
[email protected]@gmail.com
AUGUSTO DANIEL TEIXEIRA DO NASCIMENTOGerência Regional do Patrimônio da União no
Estado do Pará – GRPU/[email protected]
CÁSSIA SANTOS DA ROSASecretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência
e Tecnologia - [email protected]
DELZIMAR SOUZA BRAGAServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
do Pará [email protected]
EDIR PAIVA DE OLIVEIRA JÚNIORServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
do Pará [email protected]
FRANCISCO FEITOSA CARVALHOSecretaria de Estado de Integração Regional - SEIR
[email protected]@yahoo.com.br
HERBSTER RANIELLE LIRA DE CARVALHOCentro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte (CEPNOR)[email protected]@gmail.com
HIERLEN MARIA MATOSSecretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário - [email protected]
IGO SILVA SOUSAServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará [email protected]@hotmail.com
JESUS DO SOCORRO BARROSO DOS SANTOSBanco da Amazô[email protected]@gmail.com
JOÃO MARCELINO SILVA SANTOSServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará [email protected]@yahoo.com.br
JOSÉ LUIS ALVES DE SOUSAServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará [email protected]
JÚLIO RAMOS FONTOURAInstituição: Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará [email protected]@yahoo.com.br
KLEBER EDUARDO BROSEGHINIServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará [email protected]
LEANDRO CÉSAR SIGNORIMinistério da Integração Nacional/[email protected]@terra.com.br
LEILA AFFONSO SWERTSMinistério do Meio Ambiente - [email protected]@tavola.com.br
BELÉM / PA03 a 21 de agosto de 2009
106 107
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D O D E S E N V O LV I M E N T O R E G I O N A L E L O C A L
LUCINDA FREITAS DE ASSIS SENASecretaria de Estado de Transporte - SETRAN
LUDMILA RIBEIRO DA SILVA DE MATTOSCaixa Econômica Federal - CAIXA
[email protected]@bol.com.br
LUIS CARLOS BARBOSA DO CARMOPrefeitura Municipal de Benevides
[email protected]@oi.com.br
LUIS LUSTOSA FONTES JÚNIORServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
do Pará [email protected]
LUIZ GONZAGA FURTADO GUEDESServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
do Pará [email protected]
MARCUS VINÍCIUS PEREIRA DE MORAESBanco do Estado do Pará S/A
[email protected]@gmail.com
MARIA ASTROGILDA RIBEIROMuseu Paraense Emílio Goeldi - MPEG
MARIA DA GLÓRIA PEREIRA BARBOSASecretaria de Trabalho, Emprego e Renda - SETER
[email protected][email protected]
MÁRIO JORGE BRASIL XAVIERUniversidade do Estado do Pará - UEPA
[email protected]@gmail.com
MÁRIO PACHECO DA SILVA NETOServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
do Pará [email protected]@yahoo.com.br
MARIZETE PORTAL LAGOFundação Nacional de Saúde - FUNASA
[email protected]@yahoo.com.br
OLAVO RAMOS JÚNIORServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará [email protected][email protected]
OMIR DE ARAÚJO SILVASecretaria de Estado de Governo - [email protected]
PAULO HENRIQUE DA ROCHA CUNHASecretaria de Estado de Integração Regional - [email protected]@yahoo.com.br
RAIMUNDO CARLOS MORAES FARIASSecretaria de Estado de Pesca e Aquicultura - [email protected]@yahoo.com.br
REINALDO OSVALDO DE ALCÂNTARA PEIXOTOSecretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças - [email protected]@yahoo.com.br
ROBERTA ANDRADE CAVALLEIRO DE MACEDOSecretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Regional - [email protected]
ROBERTO CARLOS SAMPAIO BARBOSASuperintendência do Desenvolvimento da Amazônia - [email protected][email protected]
RONI CEZAR SILVA ALMEIDAMinistério da Integração Nacional/[email protected]@yahoo.com
ROZUILA NEVES LIMAUFMA- Universidade Federal do Maranhão/Departamento de Turismo e Hotelaria – [email protected]@hotmail.com
SILVANA BENASSULY MAUÉS DE MEDEIROSSecretaria de Estado de Pesca e Aquicultura - [email protected]@yahoo.com.br
VALCIR DOMINGOS ALMEIDA RODRIGUESGerência Regional de Patrimônio da União no Pará - [email protected]@ig.com.br
ADEMIR PERES DE SOUZAEmpresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
do Estado do Rio de Janeiro (EMATER-RIO)[email protected]
DIMMY HERLLEN S. GOMES BARBOSAAssociação Fluminense dos Plantadores de Cana
LUIZ SÉRGIO DE AZEREDO MEDEIROSEmpresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
do Estado do Rio de Janeiro (EMATER-RIO)[email protected]
RITA DE CÁSSIA ANDRADEPrefeitura Municipal de Cardoso Moreira
[email protected]@hotmail.com
ANA CRISTINA FERREIRA ASSUMPÇÃOSecretaria de Estado de Desenvolvimento
Econômico, Indústria e Serviç[email protected]
DIOGO CAMPOS VERSARISecretaria de Agricultura
MARCOS ANDRÉ DIAS JOGAIBPrefeitura Municipal de Porciúncula
[email protected]@yahoo.com.br
ROGÉRIO DE SOUSA MARTINSSecretaria de Estado de Desenvolvimento
Econômico, Energia, Indústria e Serviç[email protected]
ANTONIO BATISTA RIBEIRO NETOServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
do Rio de Janeiro - SEBRAE/[email protected]
GILBERTO SOARES DOS REISServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
do Rio de Janeiro - SEBRAE/[email protected]
MARIA THEREZA B. DE A. LOPESEmpreender Consultoria e Instrutoria LTDA/ SEBRAE/[email protected]@bol.com.br
ROSANE MARIA BENDIA GRAZIOLIEmp. de Assistência Téc. e Ext. Rural do Est. do Rio de Janeiro (EMATER-RIO) - Escritório Local de Varre-Sai - [email protected]@hotmail.com
ADRIANA DE SOUSA BARRETO [email protected]@viacabo.com.br
GLEICIANE PIMENTELFed. das Ind. do Est. do Rio de Janeiro - FIRJAN / Serviço de Apoio às Micro e Peq. Emp. do Rio de Janeiro - SEBRAE/RJ - [email protected]@hotmail.com
MAURO DE CARVALHO RODRIGUESAgência de Desenvolvimento Integrado e Sustentável da Reg. do Pico da Bandeira - [email protected]@hotmail.com
ROVANI SOUZA DANTASCons. Intermun. da Mac. Reg. Amb. 5 (MRA-5) / Comitê de Bac. Hidro. dos Rios Macaé e das Ostras (CBH-Macaé e das Ostras) - Sec. Exec. / Sec. Geral Supl. do Dir. Col. do CBH-Macaé e das Ostras - [email protected][email protected]
BRUNO AZEVEDO DA COSTAPrefeitura Municipal de São João da [email protected]
ISABEL RODRIGUES BARBOSAAssociação Comercial, Industrial e Serviços de Guaçuí - [email protected]
MAXWEL ASSIS DE SOUZAInstituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão [email protected]@hotmail.com
SANDRA MARIA BROEDELSecretaria de Estado de Assistência Social e Direitos [email protected]@gmail.com
SÃO JOÃO DA BARRA / RJ21 de setembro a 09 de outubro de 2009
108 109
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D O D E S E N V O LV I M E N T O R E G I O N A L E L O C A L
CAROLINA MARIA H. DE G.A.F. [email protected]
IVANI PAULA DO NASCIMENTO RUBIÃOEmpresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
do Estado do Rio de Janeiro (EMATER-RIO)[email protected]
NATÁLIA BARBOSA RIBEIROComitê de Bacias Lagos S. João / Consórcio
Intermun. para Gestão das Bacias Hidrográ[email protected]
SILVIA PAQUELET PEREIRAEcologus Engenharia Consultiva
[email protected]@yahoo.com.br
CÉLIA JAQUELINE SANZ RODRIGUEZInstituto Capixaba de Pesquisa, Assistência técnica
e Extensão Rural - [email protected]
JARBAS SARAIVA JÚNIORSDS – SEAPPA-RJ
NILZA FRANCO PORTELAUniversidade Estadual do Norte Fluminense Darcy
Ribeiro - [email protected]
SOLANGE WEINERSecretaria de Trabalho e Renda - Governo do
Estado do [email protected]
DEBORA TOCI LEITÃODepartamento de Recursos Minerais - [email protected]@openlink.com.br
JOÃO PAULO DE SOUSA MACHADOAgência de Desenvolvimento Integrado e Sustentável da Reg. do Pico da Bandeira - [email protected]@hotmail.com
NORMA LÚCIA VIEIRA DOS SANTOSEmpresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (EMATER-RIO)[email protected]@hotmail.com
VITOR HUGO COSENZA NEVESAssociação Brasileira dos Amigos do Caminho da Luz - [email protected]@hotmail.com
DENISE CUNHA TAVARES TERRAUniversidade Cândido [email protected]@gmail.com
LUIZ ALBERTO RIBEIRO GOMESEmpresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (EMATER-RIO)[email protected]
PATRÍCIA MIRANDA MAIA PRADOSecretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas [email protected]@ig.com.br
MARIA DAS GRAÇAS SEIXASSEAGRI – Secretaria de Estado da Agricultura e do
Desenvolvimento Agrá[email protected]
BARBOSA FERREIRA JÚNIORSecretaria de Estado do Planejamento e do
LEANDRO BARRETO GRÔPPOSecretaria de Desenvolvimento Regional –
Ministério da Integraçã[email protected]
FELIPE DIETSCHI FALCÃOInstituto Xingó
VERÔNICA SOARES FERNANDESFundação Joaquim Nabuco
JOSÉ CRISÓLOGO DE SALES SILVAUniversidade Estadual de Alagoas - UNEAL
ANA MARIA DA SILVA LUCENA MARANHÃOSecretaria de Estado do Trabalho, Emprego e
DAYSE FONTENELLE DE MELO ANTUNESDepartamento Nacional de Obras Contra as
FLORIANO SALGUEIRO SILVAConsórcio para o Desenvolvimento da Região do
Ipanema - [email protected]
MÁRCIA TATIANNE S. CAMELLOSecretaria de Desenvolvimento Econômico,
Energia e Logí[email protected]
ERNANDO LÚCIO DE SOUZA JÚNIORAssociação dos Municípios Alagoanos [email protected]
EDMILSON RODRIGUES DE VASCONCELOSSecretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento [email protected]
SILVANA BATISTA LIMABanco do [email protected]
MARIA BETHANIA CAVALCANTE DO CARMOCaixa Econômica [email protected]@hotmail.com
MARCELO LÚCIO SABÓIA FONSECAMinistério do Desenvolvimento Social e Combate a [email protected]@gmail.com
VICTOR UCHÔA FERREIRA DA SILVASuperintendência do Desenvolvimento do Nordeste - [email protected]@yahoo.com.br
ALAY CORREIA DE AMORIMPrefeitura Municipal de Taquarana [email protected]
NARA VERÔNICA DE ALBUQUERQUE ALVESPrefeitura Municipal de São José da [email protected]
ANDRÉ DE OLIVEIRA CONSTANT BARROSInstituto [email protected]
GUSTAVO DE OLIVEIRA MARTINSMinistério do Desenvolvimento Agrário - MDA/[email protected]@yahoo.com.br
MACEIÓ / AL05 a 23 de abril de 2010
110 111
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NADJA TOLEDO BRANDÃO DE MORAES PALMEIRO
Prefeitura Municipal de [email protected]@hotmail.com
AFRÂNIO JORGE VIEIRAPrefeitura Municipal de Pão de Açúcar
AMANDA TELES BENTESSEBRAE
[email protected]@gmail.com
MARIA HELENA RAIMUNDO DA SILVASecretaria de Estado de Planejamento
LINDAIR DE MORAIS AMARALAgência de Fomento de Alagoas S.A.
[email protected][email protected]
JOSÉ KLINGER SOARES TEIXEIRAEscola de Governo do Estado de Alagoas
[email protected]@fapeal.br
ROBERSON LEITE SILVA JÚNIORSecretaria de Estado de Planejamento e do
VANDITE AGUIARSecretaria de Estado do Planejamento e
MARIA ELZA MESSIAS SOARES DE ARAÚJOAgencia Alagoana de Desenvolvimento Local
Integrado e Sustentá[email protected]
ROGIVALDO CHAGASPrefeitura Municipal de Santana do Ipanema
[email protected]@yahoo.com.br
MÁRCIA NÚBIA BARBOSA LOPESSecretaria de Estado do Planejamento e do Orç[email protected]@yahoo.com.br
MARCELO GEOVANE DA CRUZSecretaria de Estado do Planejamento de [email protected]@yahoo.com.br
MARCOS GOMES RANGELSecretaria de Estado da [email protected]@hotmail.com
JULIANO DE SOUZA QUEIROZInstituto Interamericano de Cooperação para a [email protected]@gmail.com
DAYSE SOUZA CAHETSecretaria de Estado do Planejamento de [email protected]
SÔNIA MARIA BARROSOInstituto do Meio Ambiente - IMA/[email protected]@bol.com.br
ALEX MARCELO BRITO SANTOSPrefeitura Municipal de [email protected]@bol.com.br
ANDRÉ MIQUELINO [email protected]@bol.com.br
ALIETE ESTANISLAU DA SILVA LUNA Agência de Desenvolvimento Sustentável de [email protected]
ANA MARIA DE MIRANDA FREITAS MAMEDESecretaria de Estado do [email protected]@hotmail.com
ANTONIO RICARDO NETOMinistério do Desenvolvimento Agrário
BOHDAN METCHKO FILHOSecretaria Estadual do Trabalho, Emprego e
Promoção [email protected]
CARMEN RODRIGUES TEIXEIRAPrefeitura Municipal de Jacarezinho
educaçã[email protected]
CYNTHIA CARLA CARTES PATRÍCIOAmbiens Sociedade Cooperativa
DANT DANILO DE OLIVEIRA MACEDOMinistério do Desenvolvimento Agrário
DENISE LUTGENS RIZZOEmater – Unidade Local de Ribeirão Claro
FERNANDO ANTONIO SORGIUenp-Universidade Est. do Norte do Paraná
FRANCISCO JOSÉ GOUVEIA DE CASTROIpardes
HÉLIO HIPÓLITO SIMIEMAInstituto Federal do Paraná[email protected]
IGOR KAROL BRASILEIRO DE SOUZAFundação Terra (Convenio EMATER/ATES/INCRA)
JAMES GUIDO XAVIERCons. Desenv. Território Cantuquiriguaç[email protected]
JORGE AUGUSTO SCHANUELFundação RURECO Assessor de [email protected]
JOSIL R. V. [email protected]
JÚLIO CÉSAR ELPÍDIO DE MEDEIROSMinistério da Integração [email protected]
KLAUS NIETSCHEInstituto [email protected]
LUCIANA APARECIDA MENDESPrefeitura Municipal de Santo Antônio da [email protected]
LUIZ ALBERTO COELHO FILHOPrefeitura Municipal de Carló[email protected]
LUIZ CÉSAR DE OLIVEIRAInstituição Univ. Estadual Norte do Paraná - [email protected]
MARCIA DE SOUZA BRONZERIUniversidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)[email protected]
MARCOS ROBERTO [email protected]
JACAREZINHO / PR03 a 21 de maio de 2010
112 113
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MAURA REGINA UTIDA BRIGANTIE.M.Ignez.P.Hamzé
MAURICIO CASTRO ALVESInstituto Emater
MIRIAM FUCKNEREmater
OSVALDO RACHELLEPrefeitura Municipal de [email protected]
REGINA MARIA DA SILVA AYUB Consórcio Intermunicipal de Saúde do
Norte Pioneiro [email protected]
ROBERTO BURANI
Secretaria Municipal de Saú[email protected]
ROBERTO JANZ
SEBRAE/[email protected]
ROBERTO SEJIO YAMASHITACaixa Econômica Federal
ROSELI PITTNERConsad Paraná [email protected]
SANDRA CRISTINA LINS DOS SANTOSSecretaria de Estado da Agricultura e do [email protected]
SIMONE CAZAROTTOBanco Reg. de Desenvolvimento do Extremo Sul [email protected]
VILMAR NATALINO [email protected]
WAGNER MATTOS [email protected]
WAGNER WILLIAM DA SILVASecretaria de Planejamento – [email protected]
WILLY ANTÔNIO [email protected]
CARLOS ROBERTO ILLA FONTE BARBOSAPref. Municipal Balneário Arroio do Silva
[email protected]@hotmail.com
CYNTHIA NALILA SOUZA SILVAInst. Federal Catarinense –Sombrio
[email protected]@hotmail.com
DAURA MACHADO VIANAAcessus Rpr. Comerc.e Consult. Empr.ltda.
[email protected]@hotmail.com
DEMÉTRIO NAZARI VERANIUnisul
DENISE DE SOUZA DOS SANTOSCaixa
[email protected]@yahoo.com.br
EDUARDO PREISUniversidade do Extremo Sul Catarinense
ELÉRIA KARINE KUNHASKY COELHO COMIMSec. de Desenvolvimento Regional – Araranguá
[email protected]@yahoo.com.br
ELIVETE CECÍLIA DE ANDRADEUnisul
ESTÊNER SORATO DA SILVA JÚNIORPrefeitura Municipal de Tubarão
[email protected]@hotmail.com
FERNANDA VIEIRA WEBSTERRBS TV
[email protected]@hotmail.com
GUILHERME JUNKES HERDTACIT / Comitê Tubarã[email protected][email protected]
INÊS ALESSANDRA XAVIER LIMAUniversidade do Sul de Santa Catarina - [email protected]@gmail.com
JÔNATAS LUIZ DOS SANTOSInstituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – [email protected]@yahoo.com.br
JULIANO GIASSI GOULARTIAssembleia Legislativa do Estado de Santa [email protected]
LUCIANA FLOR [email protected]
LUIZ MARCOS BORAEpagri – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa [email protected]@gmail.com
MARCELO BALTAZAR CARDOSOSecretaria de Educação e [email protected]@hotmail.com
MARCELO GUERREIRO CALDASMinistério da Integração [email protected]@uol.com.br
MARTA RÉGIS FOGAÇAPrefeitura Municipal de [email protected] [email protected]
MURILO GHISONI BORTOLUZZIItagres Revestimentos Cerâmicos [email protected]@hotmail.com
CRICIÚMA / SC19 de julho a 06 de agosto de 2010
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PEDRO HENRIQUE P. DA SILVEIRA PREUSSLERBRDE
[email protected]@hotmail.com
RICARDO D’AVILA JOÃOPrefeitura Municipal de Balneário Gaivota/SC
[email protected]@gmail.com
RICHARD GUINZANIPrefeitura Municipal de Criciúma
[email protected] [email protected]
SANDRA DA SILVA BERTONCINI Secretaria de Estado do Planejamento
[email protected][email protected]
SIMONE MEISTER SOMMER BILESSIMOUniversidade do Extremo Sul Catarinense
[email protected]@hotmail.com
TAISE SERAFIM GODINHO RAUPPPrefeitura Municipal de [email protected]@hotmail.com
TÂNIA MARIA BARCELOS NAZARIPrefeitura Municipal de Criciú[email protected]
JOELCY JOSÉ SÁ LANZARINIUNESC e [email protected]@hotmail.com
VANICE PIZZOLOTTO VITALIUnisul / SDR de Criciú[email protected]
ANA ROSA COSTA [email protected]
CLÁUDIA PATRÍCIA SILVA PIMENTELSec. de Estado de Desenvolvimento Social - Sedes
[email protected]@hotmail.com
CLÁUDIA FRANCISCA BRANDÃO [email protected]
CLÁUDIO BRAGASecretaria de Estado do Planejamento e
CONCEIÇÃO DE MARIA ARAUJO COSTAUniversidade Estadual do Maranhão
DOMINGOS CARNEIRO NETOSecretaria de Estado do Planejamento e
EDSON RAMOS ARAÚJOInstituto de Colonização e Terras do Maranhão
ELIDINALVA SILVA DE [email protected]
ELLAYNE KELLY GAMA DE PAIVACaixa Econômica Federal
[email protected]@gmail.com
EUVALDO DE JESUS PEREIRAPrefeitura Municipal de Rosário
FLÁVIA GIESELER DE ASSISMinistério da Integração [email protected]@gmail.com
FLÁVIO BONFIM DE [email protected]
HENRIQUE SANTOS LOPES DE AGUIARSecretaria de Estado do Planejamento e Orç[email protected]@hotmail.com
INÊS CRISTINA SANTOS MARQUESBanco do [email protected]@bol.com.br
IVAN MUNIZ CARVALHOUniversidade Federal do Pará[email protected]@yahoo.com.br
JOSÉ DE RIBAMAR PINHEIRO JÚNIORPrefeitura Municipal de Bacabeira - [email protected]
JOSÉ RONALD BOUERES [email protected]@hotmail.com
JÚLIO CESAR DE JESUS GUTERRES [email protected]
MARCELO AZEVEDO BARBOSASecretaria de Estado da Indústria e Comé[email protected]@bol.com.br
MARIA DO SOCORRO SANTOS DE ARAÚJOPref. Municipal do Jaboatão dos Guararapes - PEmariadosocorroaraujo@[email protected]
SÃO LUIS / MA16 de agosto a 03 de setembro de 2010
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MARIA RACHEL DE OLIVEIRA SAIFSecretaria de Estado do Planejamento e
MARIA ROSÁLIA DOS REIS [email protected]
PAULO DA COSTA CARIOCASec. de Estado do Planejamento e Orçamento
[email protected]@globo.com
PAULO LUCIANO ARAUJO PINHEIRO GOMESSecretaria de Estado da Indústria e Comércio
[email protected]@yahoo.com.br
RICARDO LUIZ CASELLA [email protected]
ROGÉRIO CORRÊA LEMOSBanco da Amazônia
ROSSANE DE CÁSSIA GOES CARVALHOIMESC
SANDRA MARIA VIEIRA SOARESSecretaria de Estado da Educação do Maranhã[email protected]@hotmail.com
SEBASTIÃO DJALMA [email protected]
SULAMITA DA GRAÇA RODRIGUES [email protected]@bol.com.br
VALÉRIA COSTA ALBUQUERQUESecretaria de Estado de Turismo do Maranhã[email protected]
VINICIOS SÁVIO COSTA CORDEIROPref. Municipal do Jaboatão dos Guararapes - [email protected]
WELLINGTON SANTOS DAMASCENOBanco do Nordeste do Brasil S/[email protected]@bol.com.br
WILLIAM SILVA LINDOSOPrefeitura Municipal de Santa Rita - [email protected]@yahoo.com.br
ADRIAN ROVETTA DA SILVAAssociação Empresarial de Anchieta - ES
[email protected]@hotmail.com
ADRIANO PAVESIPrefeitura Municipal de Guarapari
ARTHUR RIGONI ZUQUEPrefeitura de Anchieta - ES
[email protected]@yahoo.com.br
AURELICE VIEIRA SOUZAPrefeitura Municipal de Guarapari
[email protected]@hotmail.com
ALBERTO FARIAS GAVINI NETOAMUNES
[email protected][email protected]
CARLOS ALBERTO COSTA Instituto Monte Aghá (Secretaria de Educação)
[email protected]@hotmail.com
CARLOS ROBERTO RODRIGUES DA COSTAFórum de entidades / Fórum de Ubu
[email protected]@gmail.com
CARLOS VICTOR SALVAREZ PESTANASecretaria de Gestão e Recursos Humanos /
Governo do Estado do Espírito [email protected]
CARLA D´ANGELO MOULIN Instituto Jones dos Santos Neves – IJSN
[email protected] [email protected]
CLARICE ROMEIRO CAMPOSSEADH-Secretaria de Assistência Social e Direitos
[email protected]@yahoo.com.br
CHRISTINE VALPASSOS REUTER MOTA REUTER CONSULTORIA [email protected] [email protected]
DANILO CARLOS BASTOS PORTOPrefeitura de Guarapari – [email protected]@hotmail.com
EDILA REISAssociação Salvamar de Assistência à Criança e ao [email protected]@terra.com.br
EDILEZIA EDUARDO DOS SANTOS ALVESPrefeitura Municipal de Alfredo Chaves - [email protected]@hotmail.com
EDUARDO BEDIAGAAssociação de Empresários de [email protected]@grupojovem.com.br
FREDERICO LOPES RAPOSO FILHOIDAF - Inst. de Defesa Agropecuária e Florestal - [email protected]@hotmail.com
GIULIANA CALMON FARIAInstituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - [email protected]@hotmail.com
IDALGIZO JOSÉ MONEQUIMEPES – Movimento de Educação Promocional do [email protected]@hotmail.com
JADER SANTOS DE CARVALHOPrefeitura Municipal de Piúma [email protected] [email protected]
JÂNIA MARIA PINHO SOUSABanco do Nordeste do [email protected]@oi.com.br
ANCHIETA / ES28 de março a 15 de abril de 2011
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JEFFERSON GARCIA DA COSTA Prefeitura Municipal de Piúma [email protected] [email protected]
JOÃO ORLANDO DA SILVA SIMÕESCDL Anchieta - ES
[email protected]@gmail.com
KARLA VOLPONI FORNACIARICDL Anchieta - ES
[email protected][email protected]
LUCIANA NOGUEIRA DA SILVASEBRAE/ES
[email protected]@gmail.com
LUCIANO MACHADOBNDES
[email protected]@yahoo.com.br
LUDMILA DUTRA DO SOUTO GATTI MEPES
[email protected] [email protected]
MIGUEL ANGELO AGUIARINCAPER
[email protected] [email protected]
MARIA RUTH PASTE Instituto Jones dos Santos Neves
[email protected] [email protected]
NEIDE PAIVA MENDONÇA STURIÃO Prefeitura Municipal de Muqui
[email protected] [email protected]
PAULO AUGUSTO CALENZANIPrefeitura Municipal de Iconha - ES
[email protected]@bol.com.br
PAULO LACERDA ALMEIDA E SILVAABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento
RONIVALDO GAIGHER NATALI Prefeitura Municipal de Alfredo Chaves [email protected]@hotmail.com
ROMÁRIO GUARNIER CHAMONSINE (Setades)[email protected]@hotmail.com
ROTILÉIA DA PENHA GAIGHERPrefeitura Municipal de Alfredo Chaves - [email protected]@yahoo.com.br
SANDRA LAJOLA SANTANAPrefeitura de Anchieta - [email protected]@hotmail.com
SANDRA MARTINS DE OLIVEIRASamarco Mineraçã[email protected]@hotmail.com
SOEMIS MEZADRI FIGUEIRAPrefeitura de Anchieta - [email protected]@hotmail.com
VÁLBER JOSÉ SALARINIPrefeitura de [email protected]
VILMA MARCELINO DE LIMAInstituto Jones dos Santos [email protected]@gmail.com
ZENILDA ROCHA MEDONÇ[email protected]@gmail.com
JOCÉLIA VASSOLER GALLO Findes – Federação das Indústrias do ES [email protected] [email protected]
MAURÍCIO VIEIRA GOMES Instituto Água [email protected] [email protected]
CRISTIANE FABÍOLA SORETZ KIEFER Kasal Consultores
[email protected] [email protected]
LUIZ ALBERTO MOREIRA MEPES – Mov. Educação Promocional doEspírito Santo [email protected] [email protected]
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ALEXANDRE BASTOS PEIXOTOMinistério da Integração Nacional
[email protected]@gmail.com
ALTAMIR SANTOS FILHOMinistério da Integração [email protected]
ANA BORGES DE ASSISMinistério da Integração Nacional
[email protected]@yahoo.com.br
ANTÔNIO FELIPE GUIMARÃES LEITEMinistério da Integração Nacional
[email protected]@yahoo.com.br
AUGUSTO PEREIRA GOMES NETOPrefeitura Municipal de Águas Lindas de Goiás
[email protected]@hotmail.com
CLEBER BEZERRA AGUIARMinistério da Integração Nacional
[email protected]@gmail.com
DANIELA NOGUEIRA SOARESMinistério da Integração [email protected]
DOROTEA BLOSMinistério da Integração Nacional
[email protected]@gmail.com
EMERY DULCE NOGUEIRACODEPLAN
[email protected]@gmail.com
FÁBIO BATISTA LIMAAgência Goiana de Desenvolvimento Regional
[email protected]@hotmail.com
FERNANDO DE ANDRADE MOREIRAMinistério da Integração [email protected]@gmail.com
GLEICY DE SOUSA [email protected]@yahoo.com.br
HELENA LÚCIA DE SOUZA RODRIGUESPrefeitura Municipal de Valparaíso de Goiá[email protected]@yahoo.com.br
ITAYANA DE FREITAS TEIXEIRAMinistério da Integração [email protected]@hotmail.com
JOSÉ SÍLVIO MARQUES JORDÃ[email protected]@gmail.com
LAÍS BRAGA CORDEIROMinistério da Integração [email protected]@gmail.com
LUCIANA DE ANDRADE CAMPOSMinistério da Integração [email protected]@gmail.com
LUCIO WARLEY LIPPIAgência Goiana de Desenvolvimento [email protected]@hotmail.com
LUDMILA SILVA DE AGUIAR [email protected]@yahoo.com.br
MARCELO GIAVONIMinistério da Integração [email protected]@hotmail.com
BRASÍLIA / DF08 a 26 de agosto de 2011
MÁRCIO ALEKSSANDER GRANZOTTO KUNTZEMinistério da Integração [email protected]
MARCOS LINS FAUSTINOMinistério da Integração Nacional
[email protected]@uol.com.br
MARIA AUXILIADORA MACÊDO DE GÓIS BORGESCaixa Econômica Federal
[email protected]@uol.com.br
MARIANA VIEIRA VIANA DIENERSecretaria de Estado de Planejamento e
MAURÍCIO PIETRO DA ROCHACODEVASF
[email protected]@gmail.com
MIRELA DE OLIVEIRA DAS CHAGAS ANTUNESSecretaria de Estado de Planejamento e
MIRIAM MARQUES DE LIMA GUALDAMinistério da Integração [email protected]
NAYARA MARIA MOURA ROCHAMinistério da Integração Nacional
[email protected]@yahoo.com.br
PATRÍCIA FLEXA RIBEIRO GONÇALVESBanco do Brasil
[email protected]@uol.com.br
PEDRO FLACH ROMANIMinistério da Integração Nacional
Analista Técnico [email protected]
PRISCILA MUNIZ FRANCOMinistério da Integração [email protected]@gmail.com
RAFAEL GOMES FRANÇAMinistério da Integração [email protected]@gmail.com
RENATA COSTA FERREIRA ARAÚJOCaixa Econômica [email protected]@gmail.com
RENATO ALVES DE OLIVEIRAPrefeitura Municipal de Águas Lindas de Goiá[email protected]@gmail.com
RODRIGO GOMES LEITE VIEIRAPrefeitura Municipal de Valparaíso de Goiá[email protected]@gmail.com
RODRIGO MENDES XAVIERMinistério da Integração [email protected]@gmail.com
SUZANA ARAÚJO DE MELO MIRANDAPrefeitura de Valparaíso de GoiásTécnico em Edificaçõ[email protected]
TACIANA SOARES [email protected]@gmail.com
THAÍS ALVES MADEIRA BASTOMinistério da Integração [email protected]@gmail.com
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ANA FLAVIA SARDINHAFisio Vida
[email protected]@gmail.com
BENEDITO CARDOSO LAUREANOAGDR
[email protected]@yahoo.com.br
CHRISTIAN SOUZA GUIMARÃESPrefeitura Municipal de São Luís de Montes Belos
[email protected]@hotmail.com
CRISTIANE ALVES DE CASTROAssoc. dos Agricultores do P. de Pedra de Paraúna
[email protected]@hotmail.com
EDIVALDO MANOEL MARTINSPrefeitura Municipal de Firminópolis
[email protected]@hotmail.com
ERLITO GOMES SARDINHACâmara Municipal
[email protected]@hotmail.com
JOSÉ FRANCISCO PINTO FILHOEmater
JOSE NADIR DE FARIAPrefeitura Municipal de Firminópolis
[email protected]@hotmail.com
JOSE ROBERTO NAVESFazenda Estrela Dalva
JOSÉ SANTANA FILHOAgência Goiana de Desenvolvimento
Regional - [email protected]
JOUBERT AMADO [email protected]
JULIANA ALVES MARTINS LINHARESPrefeitura Municipal de Sanclerlândiapmsanclerlâ[email protected][email protected]
KLEBER WILLIAN GOMESAPL Lá[email protected]@hotmail.com
LÍGIA NONATO DOS SANTOS RODRIGUESFaculdade Montes [email protected][email protected]
MÁRCIA HELENA ALVES NOGUEIRA SOUSASuper [email protected]
MARCIEL FERREIRA DA SILVAPrefeitura Municipal de São Luís de Montes [email protected][email protected]
MARCOS ANTONIO DE JESUSAgência Goiana de Desenvolvimento Regional - [email protected]@ig.com.br
MARCOS FERNANDESSecretaria de Estado de Indústria de Comé[email protected]@hotmail.com
MARIA ALESSANDRA OLIVEIRA DE JESUSCâmara Municipal de Paraú[email protected][email protected]
MARIA LUZIA DO COUTO AGUIARCaixa Econômica [email protected]@gmail.com
SÃO LUÍS DE MONTES BELOS / GO19 de setembro a 07 de outubro de 2011
NEIRY MARIA MONTES CARDOSO Sub. Regional de Educação de São L.M.Belos
[email protected] [email protected]
PABIO RODRIGUES DE PAULAFaculdade Montes Belos
[email protected]@yahoo.com.br
ROBSON GOMES LISBOAAPL Lácteo da Microrregião de S L Montes Belos
(19 Municípios)[email protected]
SYDNEI MELLOSegplan – Governo de Goiá[email protected]
WALQUIRIA PEREIRA CABRALSemarh
TIAGO PRUDENTEUEGtiapru@ hotmail.com
ADRIANA RÚBIA CASTILHO DIASFaculdade Montes [email protected][email protected]
MARIA APARECIDA RODRIGUESAssociação FIlantrópica M.B. Solidá[email protected]@hotmail.com
SANMIA SHUNN DE OLIVEIRA JESUS COSTAFaculdade Montes [email protected]@hotmail.com
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Imagens dos cursosA participação de alunos, professores e organizadores nas diversas atividades da programação:aberturas dos eventos, aulas, palestras, almoços, encerramentos e despedidas
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