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Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC
Ressonância Magnética Nuclear
Curso de extensão
Professora: Fabiane Assis Carvalho
Curso: Engenharia Química
Ipatinga – Novembro de 2009
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Sumário
1. INTRODUÇÃO 3
2. PRINCÍPIOS DA TÉCNICA 3
2.1. PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DOS NÚCLEOS 3
2.2. TIPOS DE ESPECTRÔMETROS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR 5
2.2.1. ESPECTRÔMETRO DE RMN POR ONDA CONTÍNUA (CW) 5
2.2.2. ESPECTRÔMETRO DE RMN COM TRANSFORMADA DE FOURIER (TF) 6
2.3. MANIPULAÇÃO DA AMOSTRA 6
2.4. TRATAMENTO DOS DADOS DOS ESPECTROS DE RMN DE1H 7
2.4.1. DESLOCAMENTO Q UÍMICO – POSIÇÃO DOS PICOS NO ESPECTRO DE RMN 1H 7
2.4.2. INTEGRAÇÃO DAS ÁREAS DOS PICOS 82.4.3. DESDOBRAMENTO DO SINAL. 8
2.4.4. EFEITO DA BLINDAGEM DOS PRÓTONS 9
2.5. TRATAMENTO DE DADOS DOS ESPECTROS DE RMN 13C 11
2.5.1. TIPO DE SINAL NUM ESPECTRO DE RMN 13C 11
2.5.2. DESLOCAMENTOS QUÍMICOS DO13C 12
ESTUDO DIRIGIDO 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18
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Índice de Figuras
Figura 1- Movimento de precessão do núcleo. _______________________________________________ 4
Figura 2 – (a) Na ausência de campo magnético externo, os momentos magnéticos dos prótons
(representado pelas setas) estão orientados ao acaso. (b) Quando há um campo magnético externo (B o )
os prótons se orientam de forma paralela (α) e antiparalela (β) a esse campo. _____________________ 4
Figura 3 – Fórmula estrutural do padrão interno tetrametilsilano (TMS). _________________________ 7
Figura 4 – Desdobramento do sinal no 1,1,2-triclorooctano. ____________________________________ 9
Figura 5 – A circulação dos elétrons de uma ligação C–H sob a influência de um campo magnético
externo, gerando diminuto campo magnético (campo induzido) que blinda o próton. _______________ 9
Figura 6 – A blindagem dos elétrons σ faz com que a absorção na RMN1H seja deslocada para os
campos magnéticos externos mais intensos. ________________________________________________ 9
Figura 7 – Blindagem dos prótons do etino pela circulação dos elétrons π – Anisotropia. ____________ 10
Figura 8 – Espectro de RMN de1H para o complexo [Zn{S2CN(C 2H5 )2 }2 ]. __________________________ 10
Figura 9 – Espectro de RMN de
13
C para o complexo [Zn{S2CN(C 2H5 )2 }2 ] __________________________ 12
Índice de Tabelas
Tabela 1 – Determinação do Número de Spin I_______________________________________________ 3
Tabela 2 – Deslocamentos químicos para os diferentes tipos de prótons. ________________________ 11
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Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear
1. Introdução
A espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear – RMN – é uma
ferramenta muito útil, empregada na identificação de compostos orgânicos e
metalorgânicos (conhecidos como complexos, são compostos formados por estruturas
orgânicas ligadas a um centro metálico), juntamente com as técnicas de
espectroscopia de absorção na região do infravermelho e ultravioleta-visível.
RMN é uma técnica de espectroscopia de absorção em que uma amostra, em
condições apropriadas, é submetida a um campo magnético podendo absorver
radiação eletromagnética na região das radiofreqüências (rf) em uma freqüência
regida pelas características estruturais da amostra. A absorção é determinada por
alguns núcleos da amostra. O espectro resultante é um registro gráfico das
freqüências dos picos de absorção em função da intensidade.
2. Princípios da técnica
2.1. Propriedades Magnéticas dos Núcleos
Todos os núcleos atômicos possuem uma carga total positiva, graças à
presença dos prótons que possuem carga positiva e dos nêutrons que não possuem
cargas. Assim como os elétrons, os prótons e nêutrons também possuem número
quântico spin, que combinados geram os conhecidos números de spin – I. Em alguns
núcleos de certos nuclídeos (isótopos) essa carga nuclear gira em torno do seu eixo
nuclear, gerando um dipolo magnético ou momento magnético, cuja direção coincide
com o eixo spin. Esse movimento de pode ser descrito em termos do número de spin
(I), que pode assumir os valores 0, 1/2, 1, 3/2, etc. Quando o número for zero (l = 0)
significa que o núcleo não gira em torno de seu eixo. A tabela 1 mostra as possíveis
combinações entre os números de prótons e nêutrons tendo como referências os
números atômicos e de massa atômica.
Tabela 1 – Determinação do Número de Spin INúmero de Spin I Massa atômica Número atômico Exemplo
Meio inteiro Ímpar Ímpar ou par 1H1(1/2), 8O
17(5/2), 7N15 (1/2)
Inteiro Par Ímpar 1H2(1), 7N
14(1), 5B10(3)
Zero Par Par 6C12(0), 8O
16(0), 16S32(0)
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Os núcleos que po
7N15, 9F
19, 15P31) apresent
distribuição de carga esfé
espectrometria de RMN sã
Os momentos mag
magnético externo, estão
magnético externo eles ap
precessão em torno do eix
Fi
Em termos de me
nesse sistema é definido p
Resolvendo a equ
em gerar espectros, ou s
possíveis quando estes n
externo. Essas orientaçõ
paralelo e antiparalelo, Fig
Figura 2 – (a) Na ausência(representado pelas setas) estã
os prótons se orie
O alinhamento pa
alinhamentos antiparalelo
(alinhamento paralelo) par
estado excitado, só é pos
ssuem número de spin l = 1/2 (Por exempl
am grande facilidade de gerar espectros
rica e uniforme. Desses, os mais comume
o o 1H e 13C.
néticos desses núcleos, quando na ausênci
orientados ao acaso. Ao serem inserido
resentam orientações definidas, descrevend
o do campo aplicado, Figura 1.
ura 1- Movimento de precessão do núcleo.
cânica quântica, o número de orientações
elo número de spin (I) do núcleo, de acordo
2 1 [Equação 1]
ção 1 para os núcleos que apresentam g
eja, número de spin I = 1/2, obtém-se d
úcleos estão submetidos à ação de um c
es são conhecidas e determinadas co
ura 2.
de campo magnético externo, os momentos magnético orientados ao acaso. (b) Quando há um campo magntam de forma paralela (α) e antiparalela (β) a esse c
alelo apresenta valores de energia mais
. A passagem do núcleo do nível de ene
a o nível de energia mais alta (alinhament
sível quando este núcleo recebe um deter
4
: 1H1, 1H
3, 6C13,
, portanto uma
te utilizados na
ia de um campo
s a um campo
o movimento de
(No) diferentes
com a relação:
rande facilidade
u
as orientações
mpo magnético
o alinhamento
os dos prótonsnético externo (Bo)mpo.
baixos que os
rgia mais baixa
antiparalelo) –
inado valor de
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energia. Esta energia na espectroscopia de RMN é proporcionada pela radiação
eletromagnética na região das radiofreqüências (rf). Quando ocorre esta absorção de
energia pelos núcleos em um campo magnético estacionário dizemos que eles estão
em ressonância com a radiação eletromagnética. Esta energia eletromagnética é
proporcional à intensidade do campo magnético estacionário ao qual a amostra está
inserida, e é descrito pela relação mostrada na equação 2.
∆ ℎɣβo/2π [Equação 2]
Onde E é a energia, h é a constante de Planck, ɣ é a razão giromagnética do
núcleo e βo é a intensidade do campo magnético estacionário.
Desta forma, quanto maior a intensidade do campo magnético maior é a
energia necessária para promover a transferência de níveis do núcleo. Comumente, a
energia é dada e medida em freqüência (ʋ), obedecendo à relação da equação 3.
ʋ = /2 [Equação 3]
Assim, para o núcleo de 1H1 em um campo magnético de intensidade 2,35 tesla
(T) necessitade de uma energia com freqüência de 100 MHz. Estes valores de energia
são diferentes para cada tipo de núcleo.
Após a absorção dessa energia eletromagnética na região das
radiofreqüências o núcleo dissipa-a ao meio e retornam ao estado de spin de menor
energia (paralelo). A esse processo dá-se o nome de relaxação e o tempo necessário
para que ele ocorra é o tempo de relaxação. Existem dois modos básicos de relaxaçãode um núcleo. Um deles é a relaxação spin-rede no qual a energia se transfere às
moléculas vizinhas (à rede). Num outro a energia se dissipa para os núcleos dos
átomos vizinhos, na mesma molécula, sendo denominada relaxação spin-spin .
2.2. Tipos de espectrômetros de Ressonância Magnética Nuclear
Os equipamentos de análise por Ressonância Magnética Nuclear se
distinguem quanto à forma de introdução da radiação eletromagnética necessária para
o desenvolvimento da análise. Essa pode ser de dois tipos: por Onda Contínua (CW)
ou por pulsos com Transformada de Fourier (TF). O primeiro instrumento comercial de
RMN surgiu em 1953 e operava na forma de Onda Contínua.
2.2.1. Espectrômetro de RMN por Onda Contínua (CW)
Este tipo de equipamento trabalha com a energia eletromagnética na região
das radiofreqüências (rf) com valores fixos e a intensidade do campo magnético
variando continuamente. Quando o campo magnético tem intensidade correta, os
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núcleos, individualmente, absorvem energia das radiofreqüências e há ressonância.
Esta absorção provoca fluxo de pequena corrente elétrica em uma bobina receptora
que envolve a amostra. O instrumento então amplifica a corrente e exibe o sinal (um
pico ou uma série de picos) em um papel de registro gráfico calibrado em unidades de
freqüência (Hz). O resultado é, portanto, um espectro de RMN. O tempo de obtenção
de um espectro de RMN de 1H é de 2 a 5 minutos.
2.2.2. Espectrômetro de RMN com Transformada de Fourier (TF)
Os instrumentos que operam com transformada de Fourier (RMN-TF) têm
resolução muito alta e atingem sensibilidade muito maior do que os instrumentos de
RMN em onda contínua. A amostra inserida no equipamento é irradiada pela energia
eletromagnética na região das radiofreqüências, com um pulso curto da radiação
(durante aproximadamente 10-5s). Este pulso excita todos os núcleos ao mesmo
tempo gerando um sinal digitalizado, que é detectado como uma voltagem na prova
sensora da RMN em função do tempo. Este sinal, depois de amplificado, é convertido
em uma seqüência de dados discretos que são armazenados na memória do
computador. Este processo se repete até que se tenha armazenado dados suficientes
para ter um sinal forte. Sendo obtido, este sinal é, então, transformado pelo
computador, através da Transformada de Fourier, numa função da freqüência. O
tempo de obtenção de um espectro de RMN de 1H pelo método da Transformada de
Fourier ocorre num intervalo muito curto de 5 segundos.
Os instrumentos modernos com campos magnéticos acima de 100 MHz
baseiam-se em magnetos supercondutores (solenóides) resfriados com hélio e
operam no modo pulsado com transformada de Fourier. Outros requisitos básicos são
os valores de campo altos, estabilidade e homogeneidade do campo de
radiofreqüências.
2.3. Manipulação da amostra
A amostra deve estar em uma solução com solvente apropriado e contida em
um tubo de vidro de 5 mm de diâmetro. Assim preparada, é colocada no
compartimento de amostra, onde estão as bobinas transmissoras e receptoras e um
orifício de onde sai o ar comprimido sobre o tubo, causando rotação em torno do eixo
vertical.
O solvente ideal para preparar a solução não deveria ter hidrogênios e deveria
ser inerte, com baixo ponto de ebulição e barato. Como os instrumentos pulsados
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dependem de deutério para efetuar e manter a calibração da freqüência do campo é
necessário utilizar solventes deuterados. O mais comumente utilizado é o clorofórmio
deuterado (CDCl3). O pico da impureza, pequeno e fino, aparece em uma região de
deslocamento de 7,26 ppm e raramente interfere na análise.
2.4. Tratamento dos dados dos Espectros de RMN de 1H
2.4.1. Deslocamento Químico – Posição dos Picos no Espectro de RMN 1H
Se os núcleos dos átomos de hidrogênio estivessem sozinhos certamente eles
absorveriam energia num campo magnético com intensidade bem determinada.
Contudo, os átomos de hidrogênios estão presentes nas moléculas e cada um ocupa
uma região com diferentes valores de densidade eletrônica, o que provoca absorções
da radiação eletromagnética em diferentes intensidades magnéticas. Dessa forma, os
sinais dos hidrogênios aparecem em diferentes regiões do espectro de RMN, ou seja,
diferentes deslocamentos químicos. A intensidade do campo em que a absorção
ocorre depende sensivelmente das vizinhanças magnéticas de cada próton. Esta
vizinhança depende de dois fatores: dos campos magnéticos gerados pelos elétrons
em movimento e dos campos magnéticos que provêm de outros prótons vizinhos (ou
de outros núcleos magnéticos).Os deslocamentos químicos são medidos na escala horizontal do espectro, a
escala delta (δ), em unidades de partes por milhão, e a intensidade cresce da
esquerda para a direita, ou seja, um sinal que aparece em δ = 7 ocorre em um campo
magnético com intensidade mais baixa que outro que aparece em δ = 2. Os sinais à
esquerda do espectro ocorrem em campo baixo e aqueles à direita ocorrem em campo
alto. O sinal que aparece em δ = 0 é tido como o sinal de referência. Ele ocorre devido
a uma adição de um composto padrão a fim de calibrar a escala de deslocamento
químico do espectro de RMN. O composto de referência mais usado é oTetrametilsilano (TMS), com a fórmula molecular representada na Figura 3.
CH3
CH3 CH3Si
CH3
Figura 3 – Fórmula estrutural do padrão interno tetrametilsilano (TMS).
Esse composto apresenta várias vantagens em sua utilização devida sua
excelente simetria, por ser quimicamente inerte, volátil (PE 27°C) e solúvel na maior
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parte dos solventes orgânicos. Apresenta um único sinal de absorção, agudo e
intenso.
Existe uma relação intrínseca entre o número de sinais no espectro e o número
de tipos diferentes de átomos de hidrogênio no composto. Entende-se por diferentes
tipos de átomos de hidrogênios as diferentes regiões em que eles formam suas
ligações.
Quando os deslocamentos químicos são dados em Hertz a freqüência do
campo magnético tem que ser especificada. Estes deslocamentos também podem ser
expressos em unidades adimensionais, dividindo-se a freqüência de ressonância (em
Hz) pela freqüência aplicada (em Hz) e multiplicando-se por 106, por ser conveniente
expressá-la em partes por milhão (ppm). Dessa forma temos a origem da escala delta
(δ) para a expressão do deslocamento químico em relação ao TMS, equação 4.
= çã ,×
üê çã , [Equação 4]
2.4.2. Integração das áreas dos picos
O espectro obtido seja por CW ou FT é registrado como uma série de picos
cujas áreas são proporcionais ao número de núcleos de hidrogênio que eles
representam. As áreas dos picos são medidas por um integrador eletrônico que traça
uma linha em degraus cujas alturas são proporcionais às áreas dos picos. Estas áreasmedidas com exatidão estão entre si na mesma proporção que o número de átomos
de hidrogênio que provocam cada sinal. A contagem dos átomos de hidrogênios a
partir da integração é útil para determinar ou confirmar fórmulas moleculares, detectar
picos sobrepostos, determinar a pureza de amostras e efetuar análises quantitativas.
2.4.3. Desdobramento do Sinal.
O desdobramento do sinal nos fornece informações sobre os outros átomos dehidrogênio que compõem a vizinhança do átomo de hidrogênio em questão, visto que
o sinal de um próton é influenciado pelos campos magnéticos que provêm de outros
prótons vizinhos. Assim, um único sinal pode se desdobrar em dois (dupletos), três
(tripletos), quatro (quartetos)... Sendo dependentes do número prótons presentes na
vizinhança, Figura 4.
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Figura 4
2.4.4. Efeito
A posição de um s
eletrônicas e com a circu
campo magnético externo,
carregadas, geram diminu
são do tipo induzidos e pro
Figura 5 – A circulação dosexterno, gerando dim
Um próton que fo
energia num mesmo cam
este próton fortemente bli
(nos equipamentos com T
ser mais intenso a fim de c
Figura 6 – A blindagem dosc
– Desdobramento do sinal no 1,1,2-triclorooctano.
a Blindagem dos Prótons
inal no espectro de RMN se relaciona co
lação dos elétrons no composto. Estes el
descrevem trajetórias preferenciais e, por
os campos magnéticos. Estes campos mag
duzem o efeito de blindagem dos prótons, F
létrons de uma ligação C–H sob a influência de um cinuto campo magnético (campo induzido) que blinda
r fortemente blindado pelos elétrons não
o magnético que um próton menos blindad
dado absorverá num campo externo de m
F, numa freqüência mais elevada). O cam
ompensar o pequeno campo induzido, Figur
létrons σ faz com que a absorção na RMN 1H seja dempos magnéticos externos mais intensos.
9
as densidades
létrons, sob um
erem partículas
néticos gerados
igura 5.
mpo magnéticopróton.
pode absorver
o. Dessa forma,
aior intensidade
o externo deve
a 6.
slocada para os
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Essa blindagem p
átomos na molécula (efei
campo magnético aplica
anisotropia diamagnética
deslocalizados, que pode
anisotropia, Figura 7.
Considerando som
esperaríamos uma ordem
tipo de carbono, a seguint
(campo de baixa int
Mas a ordem que a
(campo de baixa int
Figura 7 – Blindagem d
A tabela 2 relacion
prótons mais comumente
asteriscos apresentam vale concentração. A Figura
N,N-dietilditiocarbamato d
Figura 8 – Esp
CH3
N
CH3
S
S
CH3
S
S
N
CH3
Zn
Forma estrutural do
complexo [Zn{S2CN(C2H5)2}2]
ode ocorrer pelas diferenças de eletron
o indutivo) e pela orientação da molécula
d
o (efeito da Anisotropia Diamagnética
se relaciona muito com a circulação
blindar ou não os prótons. A esse fato se
ente o efeito indutivo da diferença de el
para o aparecimento dos sinais dos próton
forma:
ensidade) sp < sp2 < sp3 (campo de alta int
parece nos espectros é:
ensidade) sp2 < sp < sp3 (campo de alta int
os prótons do etino pela circulação dos elétrons π – A
a as posições dos sinais (deslocamento q
analisados. Os deslocamentos químicos
res variados com solventes diferentes e co8 mostra um espectro de RMN 1H obtido p
zinco, com suas respectivas atribuições.
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1Chemical Shift (ppm)
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1.0
I n t e n s i t y
0.09 0.0.02
7.26 3.85 3.82 1.
CH2CDCl3 H2
ctro de RMN de 1H para o complexo [Zn{S2CN(C2H5)2
10
gatividade dos
em relação ao
. O efeito da
os elétrons π
deve o efeito de
tronegatividade
ligados a cada
ensidade)
ensidade)
nisotropia.
uímico) para os
destacados por
a temperaturaara o composto
1.5 1.0 0.5 0 -0.5
0.670.154
33 1.30 0.00
CH3
TMS
O
}2].
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Tabela 2 – Deslocamentos químicos para os diferentes tipos de prótons.Tipo de próton Deslocamento químico
Alquila primário R-CH3 0,8 - 1,0
Alquila secundário R-CH2-R 1,2 - 1,4
Alquila terciário R3CH 1,4 - 1,7
Alílico R2C=CR-CH3 1,6 - 1,9
Cetona R-CO-CH3 2,1 - 2,6
Benzílico ArCH3 2,2 - 2.5
Acetilênico RC CH 2,5 - 3,1
Iodeto de alquila RCH2I 3,1 - 3,3
Éter R-O-CH2-R 3,3 - 3,9
Álcool R-CH2OH 3,3 - 4,0
Brometo de alquila R-CH2Br 3,4 - 3,6
Cloreto de alquila R-CH2Cl 3,6 - 3,8Vinílico R2C=CH2 4,6 - 5,0
Vinílico R2C=CHR 5,2 - 5,7
Aromático Ar-H 6,0 - 9,5
Aldeído R-COH 9,5 - 9,6
Hidroxila de álcool R-OH 0,5 - 6,0 *
Amínico R-NH3 1,0 - 5,0 *
Fenólico ArOH 4,5 - 7,7 *
Carboxílico R-COOH 10,0 - 13,0 *
2.5. Tratamento de dados dos espectros de RMN 13 C
O carbono 13 é o isótopo natural que corresponde a apenas 1,1% de todo o
carbono natural. Ele representa-se muito importante para a análise de carbono por
RMN devido à sua capacidade de formar espectros. Seu isótopo natural 12C constitui a
forma mais abundante deste elemento, aproximadade 99%, e não possui spin
magnético não gerando, portanto, sinais de RMN.
De forma geral, os espectros de RMN 13C são menos complicados que os
espectros de RMN 1H e mais fáceis de serem interpretados.
2.5.1. Tipo de sinal num espectro de RMN 13 C
Cada tipo de átomo de carbono em uma molécula orgânica comum produz
somente um pico no espectro de RMN 13C. Não existe acoplamento de carbono-
carbono que provoque o desdobramento dos sinais em picos múltiplos. Isso se
acontece devido a baixa abundância natural deste isótopo (1,1%), pois apenas um
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átomo de carbono em cada 100 átomos deste elemento, tem o núcleo com massa
atômica 13. Este fato elimina, a princípio, a possibilidade de dois átomos de carbono
vizinhos interferirem na absorção um do outro, provocando um desdobramento natural
dos respectivos sinais numa multiplicidade de picos. Os espectros de RMN 13C só
podem ser obtidos nos espectrômetros de RMN com TF, devido a esta baixa
abundância natural deste isótopo e também à sua sensibilidade intrinsecamente baixa.
2.5.2. Deslocamentos químicos do 13 C
O padrão interno de referência, com zero ppm nos espectros de RMN 13C é o
mesmo utilizado nos espectros de RMN 1H, o tetrametilsilano (TMS). Já vimos que o
efeito de blindagem dos núcleos é provocado pela densidade eletrônica que o
circunda, sendo que quanto mais blindado for este núcleo o sinal de absorção de rf
dele aparecerá deslocado para a direita (campos magnéticos altos), se for pouco
blindado o núcleo estará mais exposto ao campo e, conseqüentemente, seu sinal no
espectro aparecerá mais a esquerda (campos magnéticos baixos). Os núcleos de
carbono 13 são fortemente influenciados por este efeito de blindagem. Quando o
átomo de carbono se liga a elementos menos eletronegativos que ele, por exemplo,
outro átomo de carbono ou átomos de hidrogênio, este carbono estará mais blindado e
seu sinal aparece mais à direita. Por outro lado, quando um átomo de carbono 13 estáligado a átomos muito eletronegativos, como os halogênios, apresentam-se pouco
blindados e seus sinais aparecem à esquerda. A figura 9 mostra um espectro de RMN13C obtido para o composto N,N-dietilditiocarbamato de zinco, com suas respectivas
atribuições.
200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0Chemical Shift (ppm)
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1.0
I n t e n s i t y
0.0012.1349.2776.3877.02202.19
CH2
CH3
NCS2
TMS
CDCl3
Figura 9 – Espectro de RMN de 13C para o complexo [Zn{S2CN(C2H5)2}2]
CH3
N
CH3
S
S
CH3
S
S
N
CH3
Zn
Forma estrutural do
complexo
[Zn{S2CN(C2H5)2}2]
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Estudo Dirigido
1. Dados os compostos ab
desdobramentos dos sinai
(a) CH3CH2CH2CH3
(b) 1,1 -Dimetilciclopropan
(c) CH3CH2OH
(d) CH3CH = CH2
(e) 1-Penteno
(f) 1,2-Dibromopropano
2. Quando dissolvido em
um espectro de RMN 1H q
singleto largo a δ 3,75
composto dá espectro de
desaparece.
(a) Proponha a estrutura d
(b) Explique a razão do de
D2O como solvente.
3. Proponha as estruturas
(a)
aixo proponha os espectros de RMN 1H e 1
no espectro de RMN 1H.
(g) 1-Cloro-2-propanol
(h) Etano
(i) 2,3-Dimetil-2-buteno
(j) Propano
(l) 2-Buteno
(m) Éter-butilmetílico
DCl3, um composto x, com fórmula molecu
ue consiste num dupleto a δ 1,35, um singl
um quarteto a δ 4,25. Quando dissolvi
R
MN 1H semellhante, com exceção do sinal
composto x.
saparecimento do sinal de RMN em δ 3,75
e cada composto cujos espectros são most
13
3C, indicando os
lar C4H8O2, dá
to a δ 2,15, um
do em D2O, o
em δ 3,75, que
uando se usa o
rados a seguir:
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(b)
(c)
(d)
14
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(e)
4. Atribua a cada sinal o re
RMN 1H.
(a)
(b)
spectivo átomo de hidrogênio que o gerou n
15
o espectro de
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(c)
(d)
(e)
16
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5. Dados os espectros de
em questão.
(a)
(b)
C5
MN 13C, proponha as fórmulas estruturais
10O
17
os compostos
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Referências bibliográficas
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NASCIMENTO, C. J., BLOCH, C. J. Ressonância Magnética Nuclear: Gradus Primus.Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento, n. 21, p. 52–61, 2001.
SILVERSTEIN, R. M., WEBSTER, F. X. Identificação Espectrométrica de CompostosOrgânicos. 6ª Ed.
SOLOMONS, T.W. Grahan. Química Orgânica 1. 6a Ed.
VELOSO, D. P. et al. Curso de operação no Espectrômetro de RMN AVANCE
DPX200. Departamento de Química, UFMG.