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1 CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO M5 D1 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÕES II GUIA DE ESTUDO PARTE II AULA 54 ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PREVENÇÃO, COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO PROFESSOR AUTOR: Engº Josevan Ursine Fudoli PROFESSOR TELEPRESENCIAL: Engº Juracy Gomes de Figueiredo COORDENADOR DE CONTEÚDO: Engº Josevan Ursine Fudoli DIRETORA PEDAGÓGICA: Profa. Maria Umbelina Caiafa Salgado 11 de setembro de 2012

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

M5 D1 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÕES II

GUIA DE ESTUDO PARTE II – AULA 54

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PREVENÇÃO, COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO

PROFESSOR AUTOR: Engº Josevan Ursine Fudoli

PROFESSOR TELEPRESENCIAL: Engº Juracy Gomes de Figueiredo

COORDENADOR DE CONTEÚDO: Engº Josevan Ursine Fudoli

DIRETORA PEDAGÓGICA: Profa. Maria Umbelina Caiafa Salgado

11 de setembro de 2012

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E

EXPLOSÕES II

O desenvolvimento desta disciplina está organizado em três partes, nas

quais serão tratados os seguintes conteúdos:

Parte I: CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA PARA EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS –

Introdução. Acidentes catastróficos. Normas aplicáveis. Conceitos básicos.

Classificação de áreas. Classe de temperatura. Classificação dos

equipamentos elétricos. Tipos de proteção dos equipamentos. Grau de

proteção (IP) do invólucro dos equipamentos elétricos. Figuras ilustradas.

Inspeção em áreas classificadas. Gerenciamento de riscos. Treinamento.

Certificação dos equipamentos

Parte II: ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PREVENÇÃO, COMBATE A

INCÊNDIO E PÂNICO. Introdução. Premissas para elaboração de projetos.

Procedimentos Administrativos do CBMMG. Terminologia técnica. Símbolos

gráficos de projeto. Isolamento de Risco. Segurança Estrutural.

Compartimentação Horizontal e Vertical. Saídas de Emergência. Carga de

Incêndio nas Edificações. Pressurização de Escada. Plano de Intervenção de

Incêndio. Brigada de Incêndio. Iluminação de Emergência. Detecção e Alarme

de Incêndio. Sinalização de Emergência. Proteção por extintores de incêndio.

Hidrantes e Mangotinhos. Sistema de chuveiros automáticos. Sistema de

Combate a Incêndio com água. Referências bibliográficas

Parte III: NR 20

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O Calendário atualizado da Disciplina encontra-se no quadro a seguir.

2012

aulas

Guia de

Estudo Textos Complementares de Leitura Obrigatória

04 set Parte I

Cap IX - Requisitos para automação de projetos e para estudos de classificação de áreas. Eng. Roberval Bulgarelli. Acessar o site abaixo:

http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/fas_instal_elet_de_instrum_para_areas_classificadas_cap9.pdf

11 set Parte II

IT 12 – Brigada de Incêndio. Acessar site:

http://www.bombeiros.mg.gov.br/component/content/article/471-instrucoes-tecnicas.html

18 set Parte III

RECOMENDAMOS!

Leia com atenção o Guia de Estudo e os textos complementares, tome notas e

organize esquemas que o (a) ajudem a compreender os temas abordados e a

pesquisar o assunto com a devida profundidade.

Procure assistir a todas as aulas telepresenciais e resolver as Listas de

Exercícios nos prazos assinalados. Não deixe para a última hora!

Objetivos da aprendizagem

Compreender os conceitos de proteção contra incêndio

Compreender o sistema de combate a incêndio

Reconhecer a sinalização de emergência

Conhecer os símbolos gráficos de projeto

Esboçar o treinamento de emergência

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ÍNDICE 1. Introdução ................................................................................... 05

2. Premissas para elaboração de projetos ...................................... 06

3. Instrução Técnica 01 – Procedimentos Administrativos ................ 06

4. Instrução Técnica 02 – Terminologia técnica................................. 08

5. Instrução Técnica 03 – Símbolos gráficos de projeto ................ 08

6. Instrução Técnica 05 – Isolamento de Risco ............................ 09

7. Instrução Técnica 06 – Segurança Estrutural ............................. 10

8. Instrução Técnica 07 – Compartimentação H/V ........................ 13

9. Instrução Técnica 08 – Saídas de Emergência .......................... 15

10. Instrução Técnica 09 – Carga de Incêndio nas Edificações... 15

11. Instrução Técnica 10 – Pressurização de Escada .................. 16

12. Instrução Técnica 11 – Plano de Intervenção de Incêndio........ 16

13. Instrução Técnica 12 – Brigada de Incêndio .............................. 16

14. Instrução Técnica 13 – Iluminação de Emergência ................ 17

15. Instrução Técnica 14 – Detecção e Alarme de Incêndio ....... 17

16. Instrução Técnica 15 – Sinalização de Emergência ................. 18

17. Instrução Técnica 16 – Proteção por extintores de incêndio ...... 19

18. Instrução Técnica 17 – Hidrantes e Mangotinhos ................... 20

19. Instrução Técnica 18 – Sistema de chuveiros automáticos... 21

20. Sistema de Combate a Incêndio com água ............................. 27

21. Referências bibliográficas....................................................... 28

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DISCIPLINA: “PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÕES II”

PARTE II DA DISCIPLINA: ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE

PREVENÇÃO, COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO.

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos 100 anos, a ocorrência de inúmeros incêndios no mundo e o desenvolvimento tecnológico, com a possibilidade de construção de megaedifícios de uso coletivo, obrigaram autoridades e especialistas a incorporar nestes edifícios medidas de proteção para evitar o surgimento de incêndio e pânico, limitar sua propagação, possibilitar sua extinção e ainda propiciar a proteção das pessoas, ao meio ambiente e ao patrimônio.

Neste cenário de desenvolvimento tecnológico, profundas modificações nos sistemas construtivos, com utilização de grandes áreas com compartimentação, do emprego de fachadas envidraçadas e da incorporação acentuada de novos materiais combustíveis aos elementos construtivos, aliados ao número crescente de instalações e equipamentos de serviços, introduziram riscos de incêndio que anteriormente não existiam.

Em matéria publicada no Boletim Técnico do Grupo de Pesquisa em Segurança Contra Incêndio, Marcelo Luís Mitidieri, pesquisador, do IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, cita:

“A reação ao fogo dos materiais utilizados como revestimento/acabamento de tetos e paredes e incorporados aos sistemas construtivos destacam-se como um dos principais fatores responsáveis pelo crescimento e propagação das chamas e pelo desenvolvimento de fumaça e gases tóxicos, contribuindo para que um incêndio atinja fases críticas e gere pânico e mortes”.

O desafio de acompanhar o desenvolvimento tecnológico nas construções, principalmente na incorporação de novos materiais e garantir aos seus ocupantes níveis de segurança apropriados, culminaram com o surgimento de normas técnicas e regulamentos, definindo as condições mínimas de segurança contra incêndio, que devem ser compulsoriamente atendidas em todos os locais e atividades. A elas também foram atribuídos os critérios gerais de atuação do poder público, visando garantir sua aplicação.

Em Minas Gerais, o triste marco para o surgimento de uma legislação estadual foi o incêndio na casa de Show “Canecão Mineiro" que mobilizou a sociedade civil e o governo, culminando com o atual Decreto 44.746/2008 que regulamenta a lei de prevenção contra incêndio e pânico no Estado de Minas Gerais (Lei 14.130/2001). Essa lei referencia as Normas Técnicas da ABNT e Instruções Técnicas do CBMMG para fins de parâmetros legais (técnicos e formais) necessários ao conhecimento de profissionais que labutam na matéria: Proteção contra incêndio e pânico nas edificações.

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2. PREMISSAS PARA ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO DE PROJETO

Em primeiro lugar, os profissionais precisam conhecer a legislação pertinente, relativa aos parâmetros legais que são aqueles constituídos pela legislação de segurança contra incêndio da Constituição Estadual do Estado em que os profissionais trabalham, as normas técnicas da ABNT ou, em sua ausência, as normas internacionais (NFPA); as normas técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado e as exigências de habilitação legal dos profissionais, junto ao sistema Confea/Crea.

Para efeito de exemplo, vamos adotar a legislação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais (CBMMG), constituída pela Lei 14.130/2001, pelo Decreto 44.746/2008 e pelas Instruções Técnicas (ITs) do Corpo de Bombeiros que determinam as exigências das medidas de segurança contra incêndio que devem ser implantadas nas edificações, cujos princípios básicos são:

proporcionar um nível adequado de segurança aos ocupantes de uma

edificação em casos de incêndio, possibilitando a saída das pessoas em

condições de segurança;

minimizar as probabilidades de propagação do fogo e riscos ao meio

ambiente, minimizando os danos;

facilitar as ações de socorro público.

Neste Guia de Estudo, estamos apresentando de forma resumida os elementos para elaboração de um Projeto Técnico de Segurança Contra Incêndio e Pânico a ser apresentado no CBMMG para fins de avaliação e validação para sua execução.

Para mais informações, o interessado deverá consultar a legislação pertinente disponível no sítio: www.bombeiros.mg.gov.br.

Vamos, então, apresentar os elementos de projeto do sistema de proteção contra incêndio e pânico.

3. INSTRUÇÃO TÉCNICA 01 – Procedimentos Administrativos

A presente instrução tem como objetivo atender o Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado de Minas Gerais, estabelecendo as medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco, critérios e procedimentos para apresentação de processo de segurança contra incêndio e pânico no Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG).

Para compreensão desta Instrução Técnica é necessário consultar as demais Instruções Técnicas e normas citadas na legislação do CBMMG, levando em consideração todas as suas atualizações e outras que vierem substituí-las.

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Conforme prescrito na Instrução Técnica 01 do CBMMG, a apresentação de projeto técnico está relacionada ao nível de exigência e risco da edificação a saber: Projeto Técnico (PT)

O Projeto técnico deve ser utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações ou áreas de risco: a) com área total acima de 750 m²; b) independente da área da edificação ou área de risco, quando esta apresentar risco no qual necessite de sistemas hidráulicos de combate a incêndio (hidrantes, chuveiros automáticos, CO2, etc. ); c) edificação e/ou área de risco que necessite de proteção de suas estruturas contra a ação do calor proveniente de um incêndio; d) locais de reunião de público com população acima de 100 (cem) pessoas; e) onde haja necessidade de comprovação da situação de separação entre edificações e área de risco, conforme Instrução Técnica específica.

As instruções para elaboração de Projeto Técnico constam no subitem 6.1.1 da IT nº 01 (Procedimentos Administrativos).

Projeto Técnico Simplificado (PTS) – Aplica-se às edificações e/ou

áreas de risco com área até 750 m² que não se enquadrem nos requisitos para Projeto Técnico, previsto no item 6.1.1 da IT 01 do CBMMG. As instruções para elaboração de Projeto Técnico Simplificado constam no subitem 6.1.2.1 da IT nº 01 do CBMMG.

Projeto Técnico para Eventos Temporários (PET) - É o procedimento

adotado para evento temporário em edificação permanente e construções provisórias, tais como: circos, parques de diversão, feiras de exposições, feiras agropecuárias, rodeios, shows artísticos entre outros. As instruções para elaboração de Projeto Técnico Simplificado constam no subitem 6.1.3 da IT nº 01 do CBMMG.

Os documentos necessários para a solicitação de vistoria, de acordo

com o risco e/ou medida de segurança existente(s), na edificação e áreas de risco, inclusive exigência de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), constam do item 6.4 da IT 01 do CBMMG.

A IT 01 foi bastante discutida na aula e Guia de Estudo nº 45, motivo pelo qual deixamos de comentá-la. Os interessados podem também acessar o site do www.bombeiros.mg.gov.br e consultá-la, bem como todas as Instruções Técnicas do CBMMG.

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4. INSTRUÇÃO TÉCNICA 02 – Terminologia de proteção contra incêndio e pânico

Esta Instrução Técnica padroniza os termos e definições utilizados no CBMMG. Apresentamos abaixo, a título ilustrativo, algumas definições utilizadas.

Alarme de incêndio: dispositivo de acionamento automático ou manual e desligamento manual, destinado a alertar as pessoas sobre a existência de um incêndio no risco protegido.

Área a construir: somatória da área em metros quadrados a serem construídas da edificação.

Área construída: somatória das áreas em metros quadrados cobertas de uma edificação.

Área da edificação: somatória da área a construir e da área construída de uma edificação.

Aplicação por espuma: Tipo I: utiliza aplicador que deposita a espuma suavemente na superfície do líquido, provocando o mínimo de submergência; Tipo II: utiliza aplicadores que não depositam a espuma suavemente na superfície do líquido, mas que são projetados para reduzir a submergência e agitar a superfície do líquido; Tipo III: utiliza equipamentos que aplicam a espuma por meio de jatos que atingem a superfície do líquido em queda livre.

Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB): documento emitido

pelo CBMMG, certificando que a edificação possui as condições de segurança contra incêndio e pânico, previstas na legislação, estabelecendo um período de revalidação.

Área imprópria ao uso: são áreas que por sua característica geológica ou topográfica impossibilitam a sua exploração. Exemplificam esta definição os taludes em aclive acentuado, barrancos em pedra, lagos (mesmo os artificiais), riachos e poços, dentre outros.

Área protegida: área dotada de medidas ativa e passiva para proteção contra incêndio e pânico.

Área utilizável: é toda aquela que, de alguma forma, pode ser utilizada para manobra de veículos, ações de carga e descarga, movimentação de pessoas e/ou materiais, sem parte edificada. Excetuam-se desta as áreas destinadas a jardinagens, passeios públicos e áreas impróprias ao uso.

5. INSTRUÇÃO TÉCNICA 03 – SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

Esta Instrução Técnica estabelece os símbolos gráficos a serem utilizados nos projetos de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco, com base na NBR 14100/98 – Proteção contra incêndio – Símbolos gráficos, com as inclusões e adequações pertinentes.

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A IT 03 é muito importante e faz parte da visão rápida e geral do projeto, com base nos símbolos previamente estabelecidos. Também, a título de exemplo, apresentamos alguns símbolos adotados em projetos:

6. INSTRUÇÃO TÉCNICA 05 – SEPARAÇÃO ENTRE EDIFICAÇÕES (ISOLAMENTO DE RISCO)

O objetivo desta Instrução é determinar critérios para isolar externamente os riscos de propagação do incêndio por radiação de calor, convecção de gases quentes e transmissão de chama, para evitar que o incêndio proveniente de uma edificação se propague para outra, ou retardar a propagação permitindo a evacuação do público.

O isolamento de risco deve ser verificado para:

Figura 1 – Símbolos gráficos de projeto

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a) isolamento (distância de separação) entre fachadas de edificações

adjacentes.

Figura 2 - Distância de Segurança entre edificações

b) isolamento (distância de separação) entre a cobertura de uma edificação de menor altura e a fachada de uma edificação adjacente.

Figura 3 - Distância de segurança entre a cobertura e fachada. c) por parede corta-fogo entre edificações contíguas.

A Instrução Técnica 05 orienta como dimensionar a distância de separação entre as edificações, para fins de radiação térmica, nas três situações citadas.

7. INSTRUÇÃO TÉCNICA 06 – Segurança Estrutural das edificações

Esta Instrução Técnica estabelece as condições a serem atendidas

pelos elementos estruturais e de compartimentação que integram as edificações para que, em situação de incêndio, seja evitado o colapso estrutural por tempo suficiente para possibilitar o atendimento das prescrições contidas nas disposições preliminares do Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais.

A IT 06 trata de um assunto de grande importância que é o Tempo

Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) que é aplicado aos elementos estruturais e de compartimentação, conforme os critérios estabelecidos nesta Instrução Técnica e em seu Anexo A.

Conceito de TRRF – Tempo requerido de resistência ao fogo dos

elementos estruturais e de compartimentação que integram as edificações para que, em situação de incêndio, seja evitado o colapso estrutural.

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Estes tempos requeridos são função do incêndio padrão, isto é, do modelo de incêndio padrão para o qual se admite que a temperatura dos gases do ambiente em chamas respeite as curvas padronizadas para ensaio.

Estes tempos não se referem a tempo de evacuação ou a tempo de

chegada do Corpo de Bombeiros, nem a tempo de duração do incêndio. É o tempo para se evitar o colapso estrutural.

Veja a figura abaixo:

Admite-se que a temperatura dos gases do ambiente em chamas respeite as curvas padronizadas para ensaio (a curva pontilhada, curva normal).

Os valores de TRRF variam entre países, tais como: nos EUA, o TRRF

máximo é de 3 horas; na Nova Zelândia de 1 hora e no Japão o TRRF varia conforme o pavimento;

O TRRF é aplicado aos elementos estruturais (pilares, vigas, lajes,

paredes corta‐fogo).

Ocupação/Uso

Altura da Edificação

Classe P1

h 6m

Classe P2

6m < h 12m

Classe P3

12m <h 23m

Classe P4

23m <h 30m

Classe P5

h > 30m

Residencial 30 30 60 90 120

Hotel 30 60(30) 60 90 120

Supermercado 60(30) 60(30) 60 90 120

Escritório 30 60(30) 60 90 120

Shoping 60(30) 60(30) 60 90 120

Escola 30 30 60 90 120

Hospital 30 30 60 90 120

Tabela - Exigências de TRRF, segundo a NBR 14.432

Um erro comum de segurança estrutural (proteção passiva) é a falta de compatibilização de projetos na fase inicial envolvendo o especialista em estruturas (alvenaria, metálica e mista).

Curva normal

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Método do Tempo Equivalente

Para edificação com altura menor ou igual a 6 m, admite-se o uso do

método do tempo equivalente de resistência ao fogo em substituição aos TRRF estabelecidos nesta instrução, conforme metodologia descrita no Anexo C.

Para edificação com altura superior a 6,00 m, admite-se o uso do

método acima descrito, contudo, fica limitada a redução de 30 min dos valores dos TRRF constantes da Tabela A do Anexo A, da IT 06.

Na utilização do método do tempo equivalente, os TRRF resultantes dos

cálculos não poderão ter valores inferiores a 30 minutos. O método do tempo equivalente não pode ser empregado nas condições

abaixo:

a) Edificações do grupo L (explosivos); b) Edificações de divisões M1 (túneis); M2 (parques de tanques) e M3 (centrais

de comunicação e energia); c) Edificações com estruturas de madeira.

A IT 05 trata também do dimensionamento de elementos estruturais de aço e elementos estruturais mistos de aço e concreto, em situação de incêndio, que devem ser calculados de acordo com a NBR 14323 – 1999 - Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio – Procedimento.

Com relação ao dimensionamento de elementos estruturais de concreto,

em situação de incêndio, devem ser calculados de acordo com a NBR–15200 – 2004 - Projeto de estruturas de concreto em situação de Incêndio – Procedimento.

Se outros tipos de materiais estruturais forem usados, poderão ser

aplicadas normas ou especificações estrangeiras internacionalmente reconhecidas, na ausência de normas nacionais.

Em se tratando de Memorial de Segurança da Estrutura, a IT 06

determina que, por ocasião da solicitação da Vistoria junto ao CBMMG, deverá ser anexado o Memorial de Proteção dos Elementos Construtivos, com os seguintes dados:

a) método empregado para se atingir os TRRF dos elementos estruturais da

edificação; b) os TRRF para os diversos elementos construtivos, c) especificações e condições de isenções e/ou reduções de TRRF; d) tipo e espessuras de materiais de proteção térmica utilizados nos elementos

construtivos, quando for o caso, nas estruturas de aço, ou requisitos de dimensões e cobrimento de armadura nas estruturas de concreto. Para outros materiais estruturais, detalhar a solução adotada;

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e) termo de Responsabilidade Técnica pela execução do projeto de segurança da estrutura em situação de incêndio. 8. INSTRUÇÃO TÉCNICA 07 – COMPORTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL

A Instrução Técnica 07 estabelece os parâmetros da compartimentação horizontal e compartimentação vertical, atendendo ao previsto no Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais.

A compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação de

incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal, ao passo que a compartimentação vertical se destina a impedir a propagação de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre pavimentos elevados consecutivos.

A compartimentação horizontal é constituída dos seguintes elementos

construtivos:

a) paredes de compartimentação; b) portas corta-fogo; c) vedadores corta-fogo; d) registros corta-fogo ("dampers"); e) selos corta-fogo; f) afastamento horizontal entre aberturas.

A compartimentação vertical é constituída dos seguintes elementos construtivos: a) entrepisos corta-fogo; b) enclausuramento de escadas por meio de parede corta-fogo de

compartimentação; c) enclausuramento de elevadores e monta-carga, poços para outras

finalidades por meio de porta pára-chama (observar IT 06); d) selos corta-fogo; e) registros corta-fogo ("dampers"); f) vedadores corta-fogo; g) os elementos construtivos corta-fogo / pára-chama de separação vertical

entre pavimentos consecutivos;

ANEXO “A” COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL

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A Instrução Técnica 07 se aplica a todas as edificações onde são

exigidas a compartimentação horizontal e vertical, conforme previsto nas tabelas 7A a 7M do Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais, estabelecendo detalhamentos técnicos relativos à área de compartimentação. 9. INSTRUÇÃO TÉCNICA 08 – SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

A Instrução Técnica 08 estabelece critérios mínimos necessários para o dimensionamento das “Saídas de Emergência em Edificações”, visando a que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio ou pânico, completamente protegida em sua integridade física e permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas, além de padronizar critérios para análise de projetos de Prevenção Contra Incêndio e Pânico e orientar os profissionais que elaboram e executam tais projetos.

A IT 08 trata da classificação das edificações, dos acessos de saída de

emergência, do cálculo do população, do dimensionamento das saídas, nas distâncias máximas a serem percorridas, das portas de saída, do dimensionamento de rampas, escadas, degraus, largura, espelho e patamares, antecâmaras, dutos de entrada/saída de ar, dutos de ventilação natural, escada externa, guarda-corpo e corrimão, rota de fuga, sinalização, entre outros requisitos. 10. INSTRUÇÃO TÉCNICA 09 – CARGA DE INCÊNDIO NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS

A Instrução Técnica 09 estabelece os valores característicos de carga de incêndio nas edificações e áreas de risco, conforme a ocupação e uso específico.

As densidades de carga de incêndio constantes do anexo “A” desta

Instrução aplicam-se às edificações e áreas de riscos para classificação do risco e determinação do nível de exigência das medidas de segurança contra incêndio, nas situações em que há uma aceitável uniformidade na sua distribuição espacial, a critério do responsável técnico do projeto de segurança contra incêndio.

Quando a densidade de carga de incêndio não for uniformemente distribuída sobre a área de piso da edificação, a critério do responsável técnico do projeto de segurança contra incêndio, a densidade de carga de incêndio característica poderá ser determinada por medição direta, segundo o método descrito no Anexo “B”.

Nas edificações em que a densidade de carga de incêndio superar em

quantidade os valores característicos dados nesta Instrução, a critério do responsável técnico pelo projeto de segurança contra incêndio, deverá necessariamente ser feita a medição direta, conforme descrito no Anexo “B”.

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Em todos os casos de medição direta da densidade de carga de incêndio, o laudo técnico correspondente deve ser submetido à aprovação do Corpo Técnico do CBMMG.

A IT 09 define conceitos técnicos, tais como: carga de incêndio,

Densidade de carga de incêndio ou Carga de incêndio específica, determina procedimentos gerais para aplicação de carga de incêndio, e classifica as edificações e áreas de risco quanto à carga Incêndio por ocupação/uso (Anexo A). 11. INSTRUÇÃO TÉCNICA 10 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA

A Instrução Técnica 10 estabelece os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento da pressurização de escadas de segurança em edificações, de acordo com o descrito na NBR 9077, e tem por objetivo manter as escadas de emergência livres da fumaça, de modo a permitir a fuga dos ocupantes de uma edificação no caso de incêndio.

A IT 10 apresenta conceitos e elementos básicos do sistema de

pressurização, níveis de pressurização adotados, cálculo do suprimento de ar, área de escape, escada pressurizada, situações de vazamentos em dutos e vazamentos não identificados, portas corta-fogo abertas, antecâmara de emergência, elevador de emergência, pressurização e sistema de ar condicionado, tomadas de ar, instalação de equipamentos, sistemas de controle, controle do ar pressurizado e tabelas de aplicativas.

O Anexo “G” apresenta um modelo prático de cálculo de vazão do

sistema de pressurização de escada. 12. INSTRUÇÃO TÉCNICA 11 – PLANO DE INTERVENÇÃO DE INCÊNDIO

A Instrução Técnica nº 11 estabelece princípios gerais para: o levantamento de riscos de incêndios; a elaboração de Planos de Intervenção em Incêndio e a padronização das formas de intervenção operacional nos locais de risco, e se aplica às edificações e áreas de risco onde é necessária a elaboração de um Plano de Intervenção de Incêndio.

A Instrução Técnica nº 11 determina a elaboração de Análise Preliminar

de Riscos, de Plano de Intervenção de Incêndio, de Planta de Risco, cujo modelo encontra-se na IT 01 – Procedimentos Administrativos. 13. INSTRUÇÃO TÉCNICA 12 – BRIGADA DE INCÊNDIO

A presente Instrução Técnica estabelece as condições mínimas para a formação, treinamento e reciclagem da brigada de incêndio para atuação em edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais e se aplica a todas as edificações e áreas de risco enquadradas na tabela 1 do Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais.

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Os assuntos tratados na IT 12 são: composição e dimensionamento da

brigada de incêndio, critérios básicos para seleção de brigadista, organização da brigada, organograma da brigada de incêndio, programa do curso de formação de brigada de incêndio, atribuições da brigada de incêndio, procedimentos básicos de emergência, controle do programa de brigada de incêndio, Identificação dos brigadistas, questionário de brigadistas e de bombeiro civil. 14. INSTRUÇÃO TÉCNICA 13 – ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Esta Instrução Técnica fixa as condições necessárias para o projeto e instalação do sistema de iluminação de emergência em edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais e aplica às edificações e áreas de risco onde é exigido o sistema de iluminação de emergência.

Adota-se a NBR 10898 - Sistema de iluminação de emergência, naquilo

que não contrariar o disposto nesta Instrução Técnica.

A Instrução Técnica nº 13 dispõe sobre grupo moto-gerador de emergência e estabelece que a distância máxima entre dois pontos de iluminação de aclaramento deve ser de 15 m ponto a ponto, levando-se em consideração o disposto na NBR 10898/1999.

15. INSTRUÇÃO TÉCNICA 14 - SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO

A Instrução Técnica nº 13 tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento dos sistemas de detecção e alarme de incêndio, na segurança e proteção de uma edificação e adequar o texto da NBR 9441 - Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio, para aplicação na análise e vistoria dos projetos técnicos de proteção contra incêndio submetidos ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais (CBMMG), atendendo ao previsto no Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais.

De acordo com a IT 14, todo sistema deve ter duas fontes de alimentação. A principal é a rede de tensão alternada e a auxiliar é constituída por baterias ou “no-break”. Quando a fonte de alimentação auxiliar for constituída por bateria de acumuladores ou “no-break”, esta deve ter autonomia mínima de 24 horas em regime de supervisão, sendo que no regime de alarme deve ser de no mínimo 15 minutos, para suprimento das indicações sonoras e/ou visuais, ou o tempo necessário para a evacuação da edificação. Quando a alimentação auxiliar for por gerador, deverá ter os mesmos parâmetros de autonomia mínima prevista anteriormente.

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A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo, não deve ser superior a 16 (dezesseis) metros.

Nos locais de reunião de público, tipo: casas de show, música,

espetáculos, dança, discoteca, danceteria, salões de baile etc., onde se tem naturalmente uma situação acústica elevada, será obrigatória também a instalação de avisadores visuais, quando houver a exigência de sistema de detecção e alarme.

Deverá ser apresentado ao Corpo de Bombeiros, quando do pedido de

vistoria, uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) preenchida pelo responsável técnico pela instalação do sistema de detecção, garantindo que os detectores foram instalados de acordo com o prescrito na NBR 9441. 16. INSTRUÇÃO TÉCNICA 15 – SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

A presente Instrução Técnica fixa as condições exigíveis que devem satisfazer o sistema de sinalização de emergência em edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais, e aplica-se a todas as edificações e áreas de risco, exceto residências unifamiliares.

Tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos existentes e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de risco, orientando as ações de combate e facilitando a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio.

A sinalização de emergência divide-se em sinalização básica e

sinalização complementar. A sinalização básica é o conjunto mínimo de sinalização que uma edificação deve apresentar, constituído por quatro categorias, descritas a seguir:

Proibição - visa proibir e coibir ações capazes de conduzir ao início do incêndio ou ao seu agravamento.

Alerta - visa alertar para áreas e materiais com potencial de risco de incêndio, explosão, choques elétricos e contaminação por produtos perigosos.

Orientação e Salvamento - visa indicar as rotas de saída e as ações necessárias para o seu acesso e uso.

Equipamentos - visa indicar a localização e os tipos de equipamentos de combate a incêndios e alarme disponíveis no local.

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A sinalização complementar é o conjunto de sinalização composto por faixas de cor ou mensagens complementares à sinalização básica, e tem as seguintes finalidades: 1) Complementar, através de um conjunto de faixas de cor, símbolos ou

mensagens escritas, a sinalização básica, nas seguintes situações:

a) indicação continuada de rotas de saída; b) indicação de obstáculos e riscos de utilização das rotas de saída; c) mensagens escritas que acompanham a sinalização básica, onde for

necessária a complementação da mensagem dada pelo símbolo; 2) Informar circunstâncias específicas em uma edificação ou áreas de risco,

através de mensagens escritas; 3) Demarcar áreas para assegurar corredores de circulação destinados às

rotas de saídas e acesso a equipamentos de combate a incêndio e alarme; 4) Identificar sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio.

A Instrução Técnica 15 trata também de outros assuntos, tais como: procedimentos para implantação de sinalização básica, sinalização de proibição, sinalização de alerta, sinalização de orientação e salvamento, sinalização de equipamentos de combate a incêndio, implantação da sinalização complementar, requisitos básicos para que a sinalização de emergência possa ser visualizada e compreendida no interior da edificação ou área de risco, projeto de sinalização de emergência, instrução para confecção de placas de sinalização, simbologia para sinalização de emergência. Figura de sinalização

Fig. Código P4

(IT 15, Anexo B) 17. INSTRUÇÃO TÉCNICA 16 – EXTINTORES DE INCÊNDIO

Esta Instrução Técnica estabelece critérios para proteção contra incêndio em edificações e/ou áreas de risco por meio de extintores de incêndio (portáteis ou sobre rodas), atendendo ao previsto no Regulamento de

Proibido utilizar elevador em caso de incêndio

Forma e cor: símbolo: circular; fundo: branca;

Pictograma: elevador e chama, em cor preta

Faixa circular e barra diametral: vermelha

Aplicação: nos locais de acesso aos elevadores comuns e

monta-cargas.

Significado: proibido utilizar elevador em caso de incêndio

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Segurança Contra Incêndio e Pânico no Estado de Minas Gerais e se aplica a todas edificações e área de risco.

Adota-se a NBR 12693 - Sistema de Proteção por Extintores de

Incêndio, naquilo que não contrarie o disposto nesta instrução técnica. A IT 16 conceitua os tipos de extintores, orienta sua instalação, em

relação à classe de fogo, conforme tabela 1 da IT 16, estabelece as regras para extintores portáteis e extintores sobre rodas, cria procedimentos para capacidade extintora, orienta a Classificação das Edificações e Áreas de Risco quanto a Carga Incêndio.

A altura máxima de fixação é de 1,60 m, e a mínima é de 0,10m.

Dependendo do risco, o percurso máximo para se atingir um extintor, é de 15, 20 ou 25 metros. Os extintores devem estar desobstruídos e sinalizados. Obedecendo-se o percurso máximo, cada pavimento deve ser protegido no mínimo por 2 unidades extintoras distintas, sendo uma para incêndio de classe A e outra para classes B:C ou um extintor multiuso(classe A,B,C) 18. INSTRUÇÃO TÉCNICA 17 – HIDRANTES E MANGOTINHOS

Esta Instrução Técnica fixa as condições necessárias exigíveis para dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação e manuseio, bem como as características dos componentes de Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos para uso exclusivo de Combate a Incêndio e aplica-se às edificações e áreas de risco em que sejam necessárias as instalações de Sistemas de Hidrantes e Mangotinhos para Combate a Incêndio, de acordo com o previsto no Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais.

A IT 17 define hidrante como “o ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais acessórios” e mangotinho como “o ponto de tomada de água onde há uma (simples) saída contendo válvula de abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira semirrígida, esguicho regulável e demais acessórios”.

As bombas de incêndio se classificam em:

a) Bomba principal – bomba hidráulica centrífuga destinada a recalcar a

água para os sistemas de combate a incêndio.

b) Bomba de pressurização (jockey) – bomba hidráulica centrífuga destinada a manter o sistema automaticamente pressurizado em uma faixa preestabelecida.

c) Bomba de reforço – Bomba hidráulica centrífuga destinada a fornecer

água aos hidrantes e/ou mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos somente pelo reservatório elevado.

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Os sistemas de combate a incêndio são classificados em sistema de

mangotinho (tipo 1) e sistemas de hidrantes (tipos 2, 3, 4 e 5), conforme especificado na Tabela 2 da IT 17.

Recomenda-se que o sistema seja dimensionado de forma que a

pressão máxima de trabalho, em qualquer ponto, não ultrapasse 100 mca (1000 kpa). Situações que requeiram pressões superiores à estipulada serão aceitas, desde que comprovada a adequação técnica dos componentes empregados.

O sistema deverá ser ensaiado sob pressão hidrostática equivalente a

1,5 vez a pressão máxima de trabalho, ou 1.500 kpa no mínimo, durante 2 horas. Não são tolerados quaisquer vazamentos no sistema. O ensaio deverá ser realizado por profissional legalmente habilitado, com emissão de ART.

A Instrução Técnica nº 17 apresenta várias tabelas, úteis para seleção

de hidrantes e mangotinhos, componentes de hidrantes e mangotinhos, volume mínimo de água para combater incêndio e instruções para seleção de bombas. 19. INSTRUÇÃO TÉCNICA 18 – CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

Esta Instrução Técnica visa a adequar o texto da norma NBR 10.897 –

Proteção contra incêndio por chuveiro automático, para aplicação na análise e vistoria de processos submetidos ao Corpo de Bombeiros, atendendo ao previsto no Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais.

Esta Instrução Técnica se aplica a todas as edificações onde é exigida a

instalação de chuveiros automáticos, de acordo com o Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais.

Adota-se a NBR 10.897 – Proteção contra incêndio por chuveiro

automático, suas atualizações ou outra norma que vier substituí-la com as adequações constantes no item 5 desta Instrução.

Para fins de apresentação junto ao Corpo de Bombeiros, deve ser

elaborada uma proposta de Projeto Técnico, com simbologia atendendo ao contido na IT 03, devendo ser apresentado o projeto executivo de chuveiros automáticos, contendo além do especificado nas normas técnicas da ABNT, as exigências previstas na IT 01 – Procedimentos Administrativos.

Nos casos de edificações com ocupação mista, a reserva de incêndio deve ser calculada em função da vazão de risco mais grave e do tempo de funcionamento do risco predominante.

O dimensionamento do sistema pode ser feito por tabelas, tabelas e

cálculo hidráulico ou cálculo total, de acordo com o risco e a norma adotada.

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Sempre que possível, as bombas devem ser instaladas sob condição de sucção positiva (afogadas), sendo permitida a sucção negativa quando comprovadamente for inviável a primeira condição.

A IT 18 possui vários Anexos que são importantes para o

dimensionamento de chuveiros automáticos, entre os quais citamos: Anexo A - Hidrantes de recalque do sistema de chuveiros automáticos Anexo B - Sinalização dos Hidrantes de Recalque do Sistema de

chuveiros automáticos e do Sistema de Hidrantes Anexo C - Memória de cálculo do dimensionamento do sistema de

chuveiros automáticos Os chuveiros são regularmente distribuídos por toda a edificação,

ativados pelo calor do fogo, que descarregam água sobre a área do incêndio, com vazões, pressões e distanciamentos mínimos de acordo com o grau de risco determinado por norma, alimentados por uma rede de canalizações aéreas e subterrâneas com diâmetros compatíveis, a partir de um sistema de bombas de incêndio e reserva de água exclusivos.

O objetivo do sistema de chuveiros automáticos é controlar ou extinguir

o foco do incêndio e ao mesmo tempo dar o alarme aos usuários da edificação, permitindo o escape com segurança.

O controle do fogo tem como objetivo limitar o tamanho do incêndio com

a aplicação de água, para diminuir a taxa de liberação de calor e pré-umedecer os combustíveis adjacentes, bem como controlar a temperatura dos gases junto ao teto para evitar danos estruturais e propagar o calor para os demais andares.

A rede hidráulica de distribuição alimenta os chuveiros automáticos, a

partir das válvulas de controle e alarme, com diâmetros apropriados para que a água chegue aos chuveiros automáticos mais desfavoráveis com a pressão e vazão necessária.

A figura a seguir ilustra a rede hidráulica e o sistema de distribuição.

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Figura – Rede hidráulica

A rede hidráulica é formada pelos seguintes componentes:

Ramal –Tubos aos quais os chuveiros automáticos são conectados. Subgeral – Tubos que alimentam os ramais. Geral – Tubos que alimentam os subgerais, diretamente ou com conexões. Coluna de alimentação – tubulações verticais de alimentação de um sistema

de chuveiros automáticos. Coluna principal de alimentação – Tubo não subterrâneo, horizontal ou

vertical, localizado entre a fonte de abastecimento e as tubulações gerais e subgerais, contando com válvula de controle (diretamente na coluna ou no tubo que a alimenta) e um dispositivo de alarme de vazão de água.

A figura a seguir mostra os componentes da rede hidráulica:

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A rede hidráulica pode ser disposta em: rede aberta ou rede fechada. Rede aberta – a água circula nos ramais (subgerais) somente num

sentido, suprindo os ramais, tipo “espinha de peixe”, sendo alimentada das seguintes formas:

central, com ramal central (*)

lateral central com ramal lateral;

central pela extremidade com ramal central;

lateral pela extremidade com ramal lateral;

lateral pela extremidade com dois ramais;

lateral central com dois ramais. (*) mais econômica, pois utiliza canalizações e conexões com diâmetros menores. Formas de alimentação da rede aberta

Rede fechada – ramais estão ligados entre si de tal forma que podem ser alimentados com água pelas duas extremidades, reduzindo a queda de pressão devido à divisão de escoamentos e dos diâmetros das tubulações.

Essa rede possui duas formas de alimentação: a) em anel; b) em grelha.

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Figura – Forma de alimentação da rede fechada (em anel)

O NFPA 13 classifica os chuveiros automáticos em 4 tipos:

- Canalização molhada - Canalização seca - Pré-Ação ou Ação Prévia - Dilúvio

Canalização seca – contém ar ou nitrogênio comprimido no seu interior,

que é liberado com a entrada em operação de um chuveiro automático, acionado pelo calor. Nesse sistema, a operação dos chuveiros é individual e a água é descarregada somente pelo chuveiro acionado pelo calor do fogo.

Pré-Ação ou Ação prévia - Contem ar no seu interior, sob pressão ou não, conjugado a um sistema suplementar de detecção instalado na mesma área dos chuveiros automáticos. O sistema de detecção é regulado para ser acionado em temperatura inferior a dos chuveiros automáticos, abrindo a válvula de controle automático (válvula de pré-ação), permitindo a entrada de água na tubulação que é descarregada sobre o fogo, quando o chuveiro for acionado pelo calor. Nesse sistema, a operação dos chuveiros é individual e a água é descarregada somente pelo chuveiro acionado pelo calor do fogo.

Dilúvio - Contém ar no seu interior, sob pressão ou não, conjugado a

um sistema suplementar de detecção instalado na mesma área dos chuveiros automáticos. Nesse sistema, a operação dos chuveiros é coletiva.

Com relação ao acionamento, os chuveiros podem ser: automáticos e

abertos. O Chuveiro automático possui elemento acionador termossensível, que se rompe ao atingir uma temperatura pré-determinada, descarregando água sobre a área de incêndio, enquanto o chuveiro aberto não possui elementos acionadores ou termossensíveis.

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Fig Chuveiro automático Fig - Chuveiro aberto

Com relação à distribuição de água, o chuveiro pode ser de cobertura estendida (projetado para cobrir uma área maior do que a área de cobertura

de chuveiros padrão) e tipo spray (defletor direciona a água para baixo,

lançando uma quantidade mínima de água, ou nenhuma, para o teto).

Fig Chuveiro cobertura estendida Fig – Chuveiro tipo spray

Com relação à instalação, os chuveiros se classificam em: chuveiro em pé (projetado para ser instalado em uma posição na qual o jato de água é direcionado para cima, contra o defletor) e chuveiro pendente (projetado

para ser instalado em uma posição na qual o jato de água é direcionado para baixo, contra o defletor).

Fig – Chuveiro em pé Fig – Chuveiro pendente

O chuveiro em pé é normalmente usado em instalação com tubulação exposta; quando o fator decoração é irrelevante e no sistema de canalização seca. O chuveiro pendente não pode ser utilizado em instalação acima da tubulação; quando as canalizações são embutidas no forro e por questões de decoração no ambiente.

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A NBR recomenda que o estoque de chuveiros automáticos,

independente da classe de risco, respeitem os seguintes valores: Até 300 chuveiros: 6 chuveiros sobressalentes 300 chuveiros a 1.000 chuveiros :12 chuveiros sobressalentes Acima de 1000 chuveiros: 24 chuveiros sobressalentes

20. SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO COM ÁGUA O sistema de combate a incêndio com água se compõe de:

Fonte de alimentação de água para combate a incêndio

Reservatório de alimentação ao sistema

Tubulações de sucção e distribuição

Sistema de automação (válvulas e registros)

Rede de incêndio

Grupo moto-bomba

Grupo motor – gerador de emergência.

Bomba jockey

A alimentação de água deve ser de fonte segura, capaz de alimentar o reservatório para a demanda projetada e ser uma água própria para a finalidade de combate a incêndio. O reservatório deve ser projetado para armazenar a quantidade de água da demanda da instalação. As tubulações, válvulas e registros deverão ser dimensionados e calculados para as pressões e vazões do sistema.

A rede de incêndio deverá ser projetada para cobrir os riscos da

instalação em todos seus pontos. O sistema de moto-bomba deverá possuir capacidade para fornecer a vazão e pressão estipuladas em projeto e seguir as normas do NFPA, com relação a possuir, pelo menos, um moto-gerador de emergência, disponível e confiável, ou seja, que entre em operação imediatamente, na falta da moto-bomba principal.

Abaixo um conjunto moto-bomba

Para edificações com riscos baixos que utilizam hidrantes é permitida a

utilização de apenas uma bomba elétrica ou de combustão interna (IT 17 ).

Em instalações que necessitam manter pressurizada a rede de água de incêndio, utiliza-se uma bomba conhecida como bomba Jockey, cuja finalidade

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é compensar pequenas perdas de pressão (vazamentos, acionamento acidental).

Seguem abaixo figuras de bombas centrífugas, utilizadas no sistema de

redes de incêndio.

Quando as bombas de incêndio forem automatizadas, deve haver pelo menos um acionador manual em local seguro da edificação (IT 17).

Bombas de incêndio acopladas a motores elétricos dos sistemas de

hidrante e mangotinho podem dispor de acionamento somente manual (IT 17).

21. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco do Estado de Minas Gerais. CBMMG, 2012. Disponível no site

www.bombeiros.mg.gov.br 2. SECCO, Orlando. Manual de Prevenção e Combate a Incêndio. ABPA – Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes. Brasil. SP. 1982. 3. GOMES, Ary Gonçalves. Sistemas de Prevenção contra Incêndios. Ed. Interciência. 1988. Brasil. SP.