curso de didática

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SÉCULO XVII: SURGIMENTO DA DIDÁTICA

Tentativa de distinguir um campo de estudos autônomos.

VIDA HISTÓRICA

DA DIDÁTICA

* Surge de uma crise e constitui um marco revolucionário e doutrinário no campo da educação.

*Espera reformas da Humanidade.

* Justifica muitas esperanças – acompanhadas infelizmente de outras frustrações.

* Orienta educadores – formação das novas gerações.

ROUSSEAU – Autor da segunda grande revolução didática. Não é um sistematizador da educação, mas sua obra dá origem, de modo

marcante, a um novo conceito de infância.

PESTALOZZI – Empreendeu a prática das ideias de Rousseau.

- Em seus escritos e atuação dá dimensões sociais à problemática educacional.

NÃO HÁ UM PARADIGMA,

MAS PARADIGMAS EM CONFLITO.

EXPLICANDO MELHOR:

DIDÁTICADISCIPLINA

CONTEÚDO DOS

CURSOS

Algumas obras ou cursos privilegiam inflexões sociológicas, psicológicas, filosóficas.

HÁ DIFERENÇAS ENTRE POSIÇÕES TEÓRICAS E DIRETRIZES METODOLÓGICAS OU

TECNOLÓGICAS.

DIDÁTICA

1 - RENOVADA

2 - ATIVA

3 - NOVA

4 - TRADICIONAL

5 - EXPERIMENTAL

6 - PSICOLÓGICA

7 - SOCIOLÓGICA

8 - FILOSÓFICA

9 - MODERNA

10 - GERAL

11 – ESPECIAL, ETC.

SOFREU VÁRIAS RUPTURAS

NÚCLEO CENTRAL DA DIDÁTICA O ENSINO

MÉTODO

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

INTER-RELACIONAMENTO DA DIDÁTICA É INTERNO E CONSTANTE.

A DIDÁTICA É

Apenas uma orientação para a prática?

Uma espécie de receituário do bom ensino?

•Em todas as discussões há, explícita ou implicitamente, uma tomada de POSIÇÃO TEÓRICA.

Assim é a Didática

Aproxima de outras teorias

Função da teoria

Se o conceito de educação depende da concepção de

sociedade que aceitamos, a relação entre Educação, Pedagogia e Didática nos

oferece várias definições para a Didática.

O processo educativo está condicionado pelas relações sociais.

Condições Sociais

Políticas

Econômicas

PROCESSO DE ENSINO

E

APRENDIZAGEM

Processo Educativo

* Opções quanto ao tipo de homem que se deseja formar.

* Opções quanto ao tipo de sociedade que se aspira.

Esta é a tarefa da pedagogia como teoria e prática do processo educativo.

É, fundamentalmente, um trabalho pedagógico no qual se conjugam fatores internos e externos.

Atuam na formação humana como direção consciente e planejada (objetivos, conteúdos, métodos e formas de organização).

São as condições físicas, psíquicas e sócio-culturais dos alunos.

OS FATORES EXTERNOS DEPENDEM DOS FATORES INTERNOS.

FENÔMENO EDUCATIVO

RELAÇÕES ENTRE A PRÁTICA ESCOLAR E A

SOCIEDADE.

PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO

HUMANO.

SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS, DOS

MÉTODOS E FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO ENSINO.

ARTICULAÇÃO ENTRE CONTEÚDOS, MÉTODOS E PROCESSOS INTERNOS.

DIMENSÕES FILOSÓFICAS DA

EDUCAÇÃO (NATUREZA,

SIGNIFICADO E FINALIDADES).

DINÂMICA DAS RELAÇÕES SOCIAIS.

ASPECTOS SÓCIO-POLÍTICOS DA

ESCOLA.

A DIDÁTICA É O PRINCIPAL RAMO DE

ESTUDO DA PEDAGOGIA.

ELA INVESTIGA OS FUNDAMENTOS, CONDIÇÕES E MODOS DE REALIZAÇÃO DA INSTRUÇÃO E DO ENSINO.

Cabe a Didática:

• Converter objetivos sócio-políticos e pedagógicos em objetivos de ensino.

• Selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos.

•Estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem.

Visando o desenvolvimento das capacidades

mentais dos alunos.

1 – A relação pedagógica está alicerçada na concepção de homem.

HOMEM – Sujeito ativo que transforma o mundo.

HOMEM SOCIAL – Definido por um projeto político de sociedade.

Segundo essa concepção

ALUNOS São indivíduos concretos.

Devem ter responsabilidades, obrigações.

Sujeitos de seu processo de aprender.

Portanto,

Os ALUNOS não devem ser estigmatizados como dispersivos, indisciplinados, agressivos ou apáticos ou qualquer outro rótulo que frequentemente recebem.

PROFESSOR

É aquele que tem uma experiência maior?

É aquele que tem uma maturidade diferente?

A relação pedagógica apresenta um caráter assimétrico exatamente pela suposição de que o professor tem mais

maturidade e mais experiência que o aluno.

* Encontra-se sobretudo, em

princípios, e não em regras.

* O foco de atenção é para o

desenvolvimento harmônico do aluno.* A valorização da

infância está carregada de

conseqüências para a pesquisa e ação pedagógicas, mas

estas aguardam mais de um século para

concretizar-se.

Ainda segundo Saviani,

UMA TEORIA PEDAGÓGICA

É CRÍTICA “se leva em conta os determinantes sociais da educação”.

É NÃO-CRÍTICA se “acredita” determinar as relações sociais, gozando de uma autonomia plena em relação...à estrutura social.

Para isso, sugiro ser necessário ter

em consideração o seguinte conjunto de princípios:

1- Considerar o aluno como pessoa, sem esquecer que o professor também o é;

2- Fundar a relação pedagógica em processos de comunicação e não somente em processos de informação para transmitir os conteúdos programáticos.

3 – Comunicar em profundidade e com autenticidade, e não somente para troca de mensagens;

4 – Centrar a comunicação no sistema de relação professor-aluno, e não exclusivamente numa das pessoas;

5 – Tomar a relação pedagógica como um sistema global, que abrange o sistema relacional professor-aluno, o aluno e o professor enquanto subsistemas distintos;

6 – Perspectivar a relação pedagógica como um espaço privilegiado de desenvolvimento humano integral e de segurança ontológica.

ARTICULAÇÃO E NECESSÁRIA DETERMINAÇÃO IDEOLÓGICA

• O ser humano age em função de construir resultados.

• AGIRAleatoriamente: não tem clareza de onde se quer

chegar.

Planejado: significa estabelecer fins e construí-los por meio de uma ação intencional.

• O homem não se contenta com uma forma “natural” de ser, ao contrário, tem necessidade de modificar o meio para

satisfazer suas necessidades. O homem age por intencionalidade.

• Para ENGELS os efeitos negativos da ação humana têm conseqüências não só sobre a natureza, mas também sobre o

mundo social.

• Somos individual e coletivamente, resultado de nossa ação. Ela está comprometida com uma perspectiva de construção da

sociedade.

ATO DE PLANEJAR

ATIVIDADE INTENCIONAL

PROJETAM FINS ESTABELECEM MEIOS

O SER HUMANO SE AVALIA EM TODOS OS INSTANTES DE SUA VIDA.

ATO DE PLANEJAR

PROCESSO DE REFLEXÃO

TOMADA DE DECISÃO

SOBRE A AÇÃO.

PLANEJAR – “Visa dar respostar a um problema estabelecendo fins e meios, de modo a atingir

objetivos previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro.”

MAS

• Considerando as condições do presente,

• As experiências do passado,

• Os aspectos contextuais,

• E os pressupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e com quem se planeja.

PLANEJAMENTO é o processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, visando ao melhor

funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho e outras atividades humanas.

PLANEJAMENTO SERÁ AO MESMO TEMPO:

ATO POLÍTICO-SOCIAL – Na medida em que estiver comprometido com as finalidades sociais e políticas.

ATO CIENTÍFICO – Na medida em que não se pode planejar sem um conhecimento da realidade.

ATO TÉCNICO – Na medida em que o planejamento exige uma definição de meios eficientes para se obter resultados.

O professor registra o que irá fazer durante o ano letivo na disciplina ou área de estudos em que trabalha.

Os conteúdos são transcritos dos índices dos livros didáticos, criam-se objetivos correspondentes aos conteúdos.

Isto não é planejar – é uma forma do ato de planejar neutra, como desejam os que defendem uma perspectiva conservadora para a sociedade.

DEFINIÇÃO GERAL DE PLANEJAMENTO

•É um conjunto de ações coordenadas entre si, que concorrem para a obtenção de um certo resultado desejado.

•É um processo que consiste em preparar um conjunto de decisões tendo em vista agir, posteriormente, para atingir determinados objetivos.

•É uma tomada de decisões, dentre possíveis alternativas, visando atingir os resultados previstos de forma mais eficiente.

E MAIS,

O PLANEJAMENTO TEM DE CUIDAR DAS FINALIDADES POLÍTICO-SOCIAIS DA AÇÃO, TOMANDO UMA DECISÃO DE BASE QUE DIRECIONE A AÇÃO A PARTIR DE UM PONTO DE

VISTA CRÍTICO.

PLANEJAMENTO NA PRÁTICA ESCOLAR:O QUE PODE SER.

• O ato de planejar em todos os níveis – Educacional, curricular e de ensino – Deverá ser o momento de decidir sobre a construção de futuro.

• Os meios, as técnicas e os recursos tecnológicos são necessários como meio e não como fim.

•O passado serve para o reconhecimento de como foi a vida e fundamentar nossas decisões de mudança de rota.

•O ato de planejar, assim assumido, deixará de ser um simples estruturar de meios e recursos para tornar-se o momento de decidir sobre a construção de um futuro.

•A compreensão e a assunção do presente em função do futuro é que nos darão a dimensão político-social do nosso ato de planejar.

PLANEJAMENTO

EDUCACIONAL

Consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de

planejamento requer a proposição de objetivo a longo prazo que definam uma política da

educação.

PLANEJAMENTO

CURRICULAR

É a previsão de todas as atividades que o educando realiza sob a orientação da

escola para atingir os fins da educação. O problema central do planejamento curricular é

formular objetivos educacionais a partir daqueles expressos nos

guias curriculares oficiais. A escola deve procurar adaptá-los

às situações concretas, selecionando aquelas

experiências que mais poderão contribuir para alcançar os

objetivos (dos alunos, das suas famílias e da comunidade).

PLANEJAMENTO

DE

ENSINO

Consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor fará na sala

de aula, para conduzir os alunos a alcançar os objetivos

educacionais propostos.

1 – PLANEJAMENTO DE ENSINO DEVERÁ PREVER:

• Objetivos específicos (ou instrucionais) estabelecidos a partir dos objetivos educacionais;

• Conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos no sentido determinado pelos objetivos;

•Procedimentos e recursos de ensino que estimulam as atividades de aprendizagem;

•Procedimentos de avaliação que possibilitem verificar de alguma forma, até que ponto os objetivos foram alcançados.

Seleção e organização dos conteúdos

Seleção e organização dos procedimentos de

ensino

Seleção dos recursos

Seleção de procedimentos de

avaliação

Estruturação do plano

de ensino

Desenvolvimento do plano

Etapa da Execução

Avaliação

Feedback Etapa de Aperfeiçoamento

Replanejamento

Conhecimento da

realidade

Determinação dos

objetivos

Etapa de Elaboração

A – CONHECIMENTO DA REALIDADE

CONHECIMENTO DA REALIDADE

ALUNO

• ASPIRAÇÕES

• FRUSTAÇÕES

• NECESSIDADES

•POSSIBILIDADES

AMBIENTE

• ESCOLAR

• COMUNITÁRIO

SONDAGEM

DIAGNÓSTICO

B – ELABORAÇÃO DO PLANO

• Determinação dos objetivos

• Seleção e organização dos conteúdos

• Seleção e organização dos procedimentos de ensino

• Seleção de recursos

• Seleção de procedimentos de avaliação

• Estruturação do plano de ensino

C – EXECUÇÃO DO PLANO

• Consiste no desenvolvimento das atividades previstas.

• Sempre haverá o elemento não plenamente previsto.

• Reação dos alunos e/ou circunstâncias exigirão adaptações e alterações no planejamento.

• Uma das características de um bom planejamento deve ser a FLEXIBILIDADE.

D – AVALIAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DO PLANO

Nessa etapa a avaliação adquire um sentido diferente da avaliação do ensino-aprendizagem.

Procuramos avaliar:

• Os resultados do ensino-aprendizagem;

• A qualidade do nosso plano;

• A nossa eficiência como professor;

• A eficiência do sistema escolar.

São as metas Os valores

Que a escola procura atingir.

São as proposições mais específicas referentes às mudanças comportamentais.

Os objetivos educacionais e instrucionais se relacionam entre si da seguinte maneira:

No plano de currículo

Objetivos educacionais

Resultados finais que

a escola procura atingir

No plano de ensino

Objetivos instrucionais

Mudanças específicas e

Gradativas do

comportamento

Comportamentos

amplos a serem

atingidos numa área de estudos

Exemplo:

Adquirir conceitos e generalização

Exemplo:

Adquirir conceito de comunidade (Estudos Sociais)

Exemplos:

• Identificar grupo social

• Identificar os diferentes tipos de grupos sociais

• Relacionar grupo social e comunidade

CUIDADOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS NA RELAÇÃO DOS CONTEÚDOS:

• O conteúdo selecionado precisa estar relacionado com os objetivos definidos;

• Um bom critério de seleção é a escolha feita em torno de conteúdos mais importantes, mais centrais e mais atuais;

• O conteúdo não importa tanto; o mais importante é o fato de o mestre estar apto a levantar a idéia central do conhecimento que deseja trabalhar;

• O conteúdo precisa ir do mais simples para o mais complexo, do mais concreto para o mais abstrato.

C- PROCEDIMENTOS DE ENSINO

“ Procedimentos de ensino são ações, processos ou comportamentos planejados pelo professor para

colocar o aluno em contato direto com coisas, fatos ou fenômenos que lhes possibilitem modificar sua

conduta, em função dos objetivos previstos.”

OS PROCEDIMENTOS DE ENSINO SELECIONADOS PELO PROFESSOR DEVEM:

• Ser diversificados;

• Estar coerentes com os objetivos propostos e com o tipo de aprendizagem previsto nos objetivos;

• Adequar-se às necessidades dos alunos;

• Servir de estímulo à participação do aluno no que se refere a descobertas;

• Apresentar desafios.

D – PROCESSOS DE ENSINO

Os recursos de ensino são os componentes do ambiente da

aprendizagem que dão à estimulação para o aluno. Podemos classificar os

recursos em:

NO PLANEJAMENTO DA AVALIAÇÃO É IMPORTANTE CONSIDERAR A NECESSIDADE DE:

• Avaliar continuamente o desenvolvimento do aluno;

• Selecionar situações de avaliação diversificadas, coerentes com os objetivos propostos;

• Selecionar e/ou montar instrumentos de avaliação;

• Registrar os dados da avaliação;

• Aplicar critérios aos dados da avaliação;

• Interpretar resultados da avaliação;

• Comparar os resultados com os critérios estabelecidos (feedback);

• Utilizar dados da avaliação no planejamento.

Vejamos, agora, algumas normas para a elaboração de um plano de curso:

• Fazer uma sondagem inicial para conhecer o nível e as características dos alunos;

• Estabelecer, após a sondagem, os objetivos da disciplina e os objetivos gerais de cada um dos capítulos ou unidades;

• Adequar as atividades a serem desenvolvidas com os objetivos estabelecidos e com o tempo disponível;

• Descrever de forma determinada os métodos, as técnicas e os recursos a serem dotados;

• Prever as formas gerais de avaliação, bem como alguns critérios para o desenvolvimento das atividades dos alunos.

PLANO DE UNIDADE

O plano de unidade é uma especificação maior do plano de curso.

Podemos distinguir três etapas:

• APRESENTAÇÃO Nesta etapa o professor procurará identificar e estimular os interesses dos alunos, relacionando-os com o tema da unidade.

• DESENVOLVIMENTO Nesta etapa, os alunos deverão chegar à compreensão do tema.

• INTEGRAÇÃO Nesta etapa, os alunos deverão chegar a uma síntese dos temas abordados na unidade.

Como elaborar um plano de aula?

• Indicar o tema central da aula.

• Objetivos da aula.

• Conteúdo para ser objeto de estudo.

• Procedimentos e recursos de ensino.

5 – IMPORTÂNICA DO PLANEJAMENTO DE ENSINO

Planejar as atividades de ensino é importante pelos seguintes motivos:

• Evita a rotina e a improvisação;

• Contribui para a realização dos objetivos visados;

• Promove a eficiência do ensino;

• Garante maior segurança na direção do ensino;

• Garante economia de tempo e energia.

5 – IMPORTÂNICA DO PLANEJAMENTO DE ENSINO

Planejar as atividades de ensino é importante pelos seguintes motivos:

• Evita a rotina e a improvisação;

• Contribui para a realização dos objetivos visados;

• Promove a eficiência do ensino;

• Garante maior segurança na direção do ensino;

• Garante economia de tempo e energia.