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D O S S I Ê T É C N I C O Avicultura de postura Karime Cruz França Instituto de Tecnologia do Paraná Setembro 2007

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D O S S I Ê T É C N I C O

Avicultura de postura

Karime Cruz França

Instituto de Tecnologia do Paraná

Setembro

2007

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DOSSIÊ TÉCNICO

Sumário 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................3 2 SISTEMAS DE PRODUÇÃO ............................................................................................4 2.1 Pinteiro .........................................................................................................................4 2.2 Bateria ..........................................................................................................................4 3 IMPLANTAÇÃO DO AVIÁRIO ..........................................................................................4 3.1 Investimento .................................................................................................................4 3.2 Escolha do terreno ......................................................................................................4 3.3 Equipamentos ..............................................................................................................5 3.3.1 Bebedouros ................................................................................................................5 3.3.2 Comedouros ...............................................................................................................6 3.3.3 Aquecedores...............................................................................................................6 3.3.4 Sistema de ventilação/exaustão..................................................................................6 3.4 Implantação do aviário ................................................................................................6 3.5 Instalações hidráulicas ...............................................................................................7 3.6 Piso e cobertura ...........................................................................................................8 3.7 Vedação de correntes de ar ........................................................................................8 4 MANEJO DAS PINTAINHAS ............................................................................................8 4.1 Escolha das poedeiras ................................................................................................8 4.2 Transporte ....................................................................................................................8 4.3 Alojamento ...................................................................................................................9 4.4 Camas ...........................................................................................................................9 5 CRIA E RECRIA DAS AVES ............................................................................................9 5.1 Limpeza e aspectos sanitários ...................................................................................10 5.2 Camas ...........................................................................................................................10 5.3 Alimentação das aves ..................................................................................................10 5.3.1 Água ...........................................................................................................................11 5.3.2 Ração .........................................................................................................................11 5.4 Iluminação ....................................................................................................................12 5.5 Pesagem .......................................................................................................................12 5.6 Vacinação .....................................................................................................................12 5.7 Aves velhas ..................................................................................................................12 6 A POSTURA .....................................................................................................................13 6.1 O bem estar das poedeiras .........................................................................................13 6.1.1 Alta densidade das gaiolas .........................................................................................13 6.1.2 Debicagem .................................................................................................................13 6.1.3 Muda induzida.............................................................................................................13 6.1.4 Osteoporose ...............................................................................................................14 6.2 Transferência das aves para o galpão de postura ....................................................14 6.3 O cuidado com as poedeiras ......................................................................................14 6.3.1 Alojamento..................................................................................................................14 6.3.2 Limpeza dos equipamentos e instalações...................................................................14 6.3.3 Esterco .......................................................................................................................14 6.3.4 Monitoramento sanitário .............................................................................................15 6.3.5 Controle de pragas .....................................................................................................15 7 QUALIDADE DO OVO .....................................................................................................15 7.1 Aspectos externos .......................................................................................................15 7.2 Aspectos internos ........................................................................................................16 7.2.1 Clara ...........................................................................................................................16

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7.2.2 Gema..........................................................................................................................16 7.2.3 Câmara de ar..............................................................................................................16 7.2.4 Odor e sabor...............................................................................................................16 7.2.5 Manchas de sangue....................................................................................................16 7.3 Manejo dos ovos ..........................................................................................................16 7.3.1 Higiene .......................................................................................................................16 7.3.2 Gaiolas .......................................................................................................................16 7.3.3 Colheita ......................................................................................................................17 7.3.4 Transporte interno ......................................................................................................17 7.3.5 Lavagem dos ovos......................................................................................................17 7.3.6 Classificação...............................................................................................................17 7.3.7 Embalagem ................................................................................................................17 7.3.8 Armazenamento .........................................................................................................18 7.3.9 Distribuição para o comércio.......................................................................................18 8 CONTROLE AMBIENTAL ................................................................................................18 8.1 Resíduos formados na avicultura de postura ...........................................................18 8.2 Coleta de lixo ...............................................................................................................19 8.3 Aves mortas .................................................................................................................19 8.4 Manejo do esterco .......................................................................................................19 8.5 Fertilizantes ..................................................................................................................19 8.6 Manejo das camas .......................................................................................................19 8.7 Higiene e segurança do trabalhador ..........................................................................20 9 O MERCADO DE AVICULTURA DE POSTURA ..............................................................20 10 LEGISLAÇÃO ................................................................................................................21 Conclusões e recomendações .........................................................................................24 Referências ........................................................................................................................24 Anexo 1 – Princípios ativos de desinfetantes .................................................................26 Anexo 2 – Padrões brasileiros de qualidade de água .....................................................27 Anexo 3 – Fossa séptica ...................................................................................................27 Anexo 4 – Sites de busca ..................................................................................................28

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DOSSIÊ TÉCNICO

Título Avicultura de postura Assunto Produção de ovos Resumo Este dossiê abordará sobre aspectos da criação de aves de postura que envolve: sistemas de criação, manejo, instalações e equipamentos, coleta de ovos, transporte, higienização, controles e registros, legislação. Palavras-chave Ave; avicultura; criação; galinha para postura; legislação; lei; mercado; ovo; produção Conteúdo 1 INTRODUÇÃO A avicultura consiste na criação de aves, como patos, gansos, codornas, marrecos, avestruzes, pequenas proporções, e frangos, em maior destaque, com objetivo de produzir alimentos, evidenciando a carne e ovos. A produção comercial da ave no Brasil começou em Minas Gerais, por volta de 1860. O processo de modernização e de produção em escala da avicultura no país começou na década de 1930, em razão da necessidade de abastecer os mercados que já eram gigantescos na época. Mas foi a partir da década de 1950 que a avicultura brasileira ganhou impulso através dos avanços genéticos, do desenvolvimento das vacinas, da nutrição e de equipamentos específicos para sua criação. As grandes agroindústrias avícolas brasileiras ganharam estrutura no início dos anos 1960 (QUEVEDO, 2003). As primeiras gaiolas para poedeiras chegaram ao Brasil em 1955. As grandes evoluções científicas desta época deram origem ao que é chamado atualmente de “avicultura industrial”, com grande produção de carne e ovos em pequenas áreas através do sistema de confinamento. Graças a esse novo sistema hoje instalado no país, surgiu uma indústria avícola forte que, além de abastecer o mercado interno, consegue exportar produtos de qualidade para outros países, trazendo enormes benefícios à nação (MAIA, 1997). A criação brasileira de aves tem demonstrado nos últimos anos ótimo desempenho, em vista da organização e desenvolvimento do setor e os avanços, principalmente, nas áreas de nutrição e sanidade que contribuíram em muito para esses resultados (GAMA, 2007). Mundialmente, a avilcultura é considerada uma atividade econômica cada vez mais relevante, sendo os principais exportadores o Brasil, os Estados Unidos, a União Européia, a Tailândia e a China. Na área da produção mundial de ovos, a China ocupa o primeiro lugar e o Brasil ocupa o sétimo, superado pelos Estados Unidos, Japão, Rússia, México e Índia.

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2 SISTEMAS DE PRODUÇÃO A avicultura de postura consiste em fases bem distintas e os seus sistemas de produção podem variar de acordo com o interesse do avicultor e o fluxo de produção que se quer adotar ao empreendimento. São dois os sistemas de criação mais utilizados na avicultura de postura: pinteiro ou bateria. 2.1 Pinteiro As aves permanecem até os 42 dias de vida (6 semanas) em locais denominados "pinteiros" com densidade de até 20 cabeças/m2 em sistema cama. Em seguida, as aves são direcionadas à fase de recria, aonde permanecem entre as 6a e 17a semana de vida em gaiolas metálicas de 0,50 x 0,50 x 0,30 m (8 aves/gaiola), de 1,20 x 0,60 x 0,40 m (20 aves/gaiola), de 1,00 x 0,60 x 0,40 m (16 aves/gaiola) ou de outras dimensões encontradas no mercado. A duração desta fase é de 11 semanas aproximadamente. A próxima fase é a de postura, na qual os animais devem estar entre 17 e 72-74 semanas de vida. São utilizadas gaiolas de 0,25 x 0,40 x 0,40 m (2 aves/gaiola), 0,30 x 0,40 x 0,40 m (3 aves/gaiola), 0,25 x 0,45 x 0,40 m (3 aves/gaiola), 0,25 x 0,50 x 0,38 m (3 aves/gaiola), havendo outras dimensões de gaiolas no mercado. A duração desta fase é de aproximadamente 55 a 57 semanas. 2.2 Bateria Os pintos de até 4 semanas de vida são criados em baterias de 800 cabeças ocupando uma área de 3 m2 (3,00 x 1,00 m). As baterias consistem de um sistema de grandes gaiolas acondicionadas em 2 a 3 andares, sendo o afastamento de uma bateria para outra e destas para as paredes cerca de 1,00 m. As baterias podem ser dispostas em filas paralelas tendo um corredor de serviço de 2,00 m. O galpão usado nesta fase deve ser fechado nas laterais a nas áreas frontais, dispondo de aberturas controladas (venezianas ou similares) com peitoris acima de 1,60 m. A segunda fase é a recria (da 4ª a 17ª semana de vida), na qual as frangas serão mantidas em gaiolas similares às da fase de recria usadas no sistema de pinteiro, sendo a duração desta fase de aproximadamente 13 semanas. A última fase é a de postura (de 17 até 72 -74 semanas de vida), semelhante ao primeiro sistema descrito, sendo a permanência das aves nesta etapa de aproximadamente 55 a 57 semanas. 3 IMPLANTAÇÃO DO AVIÁRIO 3.1 Investimento Os investimentos necessários para a implantação do sistema de produção de uma granja de postura são elevados. Aviários rústicos equipados para 5.000 poedeiras custam aproximadamente R$ 10.000,00 e aviários modernos com equipamentos automáticos para 100.000 poedeiras custam aproximadamente R$ 300.000,00. O retorno financeiro na avicultura de postura acontece aproximadamente 150 dias após o alojamento das pintas e continua semanalmente. Os ovos podem ser comercializados no atacado, via contrato, com supermercados e padarias. 3.2 Escolha do terreno O local a ser escolhido deve manter a biosseguridade do sistema de produção. A área selecionada deve permitir a locação do aviário e sua possível expansão de acordo com as exigências ambientais (Código Florestal; Legislação Ambiental e Código Sanitário) e as do

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projeto no que diz respeito às distâncias mínimas regulamentares das edificações, estradas, moradias, divisas, fontes de água e áreas de proteção permanente. O terreno deve proporcionar as condições de ventilação natural e de reduzir a incidência da radiação solar, facilitar o trânsito de pessoas, animais e insumos. Precisa possuir bom nível de isolamento sanitário por meio de vegetação além de um acesso fácil através de estradas com boas condições de trânsito em qualquer época do ano. Sua topografia deve ser plana ou levemente ondulada. O local deve apresentar abastecimento de água de boa qualidade, contando com os riscos que o local apresenta à poluição, à contaminação, à escassez dos recursos hídricos. Importante verificar o fornecimento de energia elétrica, fonte necessária principalmente nas fases iniciais, na qual é realizado o aquecimento das pintainhas. No caso de a criação intensiva ser realizada em regiões cujos fatores climáticos diferem das exigências fisiológicas das aves, é necessário projetar as instalações em função das condições climáticas onde a granja será construída. No Brasil não existe um modelo padrão de aviário, já que é um país de clima tropical. Sendo assim, os aviários são projetados para atender os efeitos indesejáveis do calor, sempre com as peculiaridades adversas do clima que exigem construções diferenciadas (ABREU, 1999). 3.3 Equipamentos Na escolha dos equipamentos é necessário obter a informação técnica correta do fornecedor para utilização adequada, independentemente da fase de criação. Dentro da grande variedade de equipamentos que as granjas avícolas podem apresentar, os que mais têm revolucionado o setor de produção de ovos são os sistemas de fornecimento de água, de climatização, de distribuição de ração, coleta, transporte de ovos e empacotamento. 3.3.1 Bebedouros Três sistemas de bebedouros são mais utilizados na avicultura: • Calha Pode ser com válvula ou bóia, automático, confeccionado em metal com custo relativamente baixo, porém com maior possibilidade de contaminação da água. Há também o tipo calha com água corrente, que oferece água mais fresca, porém exige maior fluxo de água no sistema (KLOSOWSKI, 2004). Consiste de um sistema aberto que exige manutenção freqüente, pois molha muito a área das camas. O ideal é deixar 2,5 cm de espaço por ave. No caso da utilização destes bebedouros, valas de infiltração deverão ser providenciadas para que não ocorra excesso de água acumulada. • Pendular É o mais tradicional. A água desce pela base, cai direto na bacia, ficando armazenada e à disposição das aves com volume constante, sendo liberada à medida do seu consumo e exposta às condições ambientais em contato com poeira, restos de ração e elevadas temperaturas (FIG. 1).

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Figura 1 – Bebedouro do tipo pendular

Fonte: AGRODIAS • Nipple

O sistema do tipo “chupeta” (FIG. 2) foi introduzido recentemente. São menores e a água encanada é liberada com o toque dos bicos na água, o que reduz o risco de contaminação. É indicado um bico para dez a quinze aves.

Figura 2 – Bebedouro do tipo Nipple

Fonte: ERGOMIX 3.3.2 Comedouros Bandejas tubulares ou automáticas. A quantidade de comedouros no sistema de criação de aves de postura é maior que no de corte, e devem estar em maior altura a fim de fortalecer a musculatura das pernas e aumentar a capacidade copulatória do galo. 3.3.3 Aquecedores Podem ser à lenha, a gás ou elétricos. 3.3.4 Sistema de ventilação/exaustão Ajuste do ambiente conforme a necessidade das aves. 3.4 Implantação do aviário Os galpões das fases de cria e de postura são construídos de maneira semelhante, com exceção das gaiolas do galpão de postura que possuirão aparador de ovos. As dimensões

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de largura e comprimento são determinados pelos tamanhos das gaiolas e dos corredores de circulação. O material utilizado na construção deve facilitar a limpeza além de serem providas de telas com malhas de medida não superior a 2,5 cm, limitante a invasores. O terreno deve ser delimitado com afastamento mínimo de 5 m por cercas de segurança e possuir um único acesso que comporte o livre trânsito de pessoas, veículos e animais; caso a granja possua sistema de coleta de ovos e esterco automatizados, a distância de afastamento pode ser menor. Segundo Mazzuco (2006), estes limites podem ser alterados pelo Serviço Oficial após avaliação do risco sanitário, em função da adoção de novas tecnologias, na condição de existência de barreiras naturais (reflorestamento, matas naturais, topografia), artificiais (muros de alvenaria) ou da utilização de manejo e medidas de biosseguridade diferenciadas, que impeçam a introdução e disseminação de agentes de doenças. As distâncias mínimas entre os estabelecimentos (de postura e outros com objetivos diferentes) devem ser respeitadas. Apresenta-se a seguir as respectivas distâncias (QUADRO 1) segundo a Portaria do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), n. 136, de 02 de junho de 2006.

Quadro 1 - Distâncias mínimas entre um estabelecimento de aves de postura de ovos comerciais e outros estabelecimentos

Fonte: MAZZUCO, 2006. 3.5 Instalações hidráulicas A granja deve possuir um reservatório central com capacidade suficiente para atender a demanda de aves e o serviço de limpeza. Para facilitar o monitoramento da circulação de água e a detecção de problemas, recomenda-se que o sistema hidráulico seja divido, como exemplo: fonte, sistema de filtração/desinfecção, de armazenamento, de distribuição para criação e de tratamento. Pode ser necessário a utilização de uma bomba dosadora de cloro e um filtro instalados na entrada da água. O monitoramento do consumo da água pelas aves é realizado por hidrômetros, com uma freqüência mínima a cada 7 dias. A detecção de desperdício, vazamentos e outros problemas relacionados serão facilitados caso o controle seja diário. A utilização da água

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na propriedade deve estar baseada na Política Nacional de Recursos Hídricos e na Resolução n. 357/05 do Conselho nacional do Meio Ambiente - CONAMA, além de cumprirem as legislações estaduais e as do Código Florestal. 3.6 Piso e cobertura Recomenda-se que seja construído piso de concreto para facilitar a higienização do galpão. Na cobertura, podem ser utilizadas telhas metálicas. Entretanto, neste caso é necessário fazer um isolamento térmico com poliuretano, poliestireno, manta térmica ou pintura reflexiva. Uma outra maneira de evitar o sofrimento pela carga térmica é adotar um sistema de aspersão sobre a cobertura do aviário com uso de calhas coletoras de água. Uma sobreposição ao longo da parte mais alta do telhado proporciona uma abertura, que deve ser maior ou igual a 8, para ajudar na ventilação. Nesta abertura, uma tela de arame deve ser instalada para evitar a entrada de pássaros e outros animais silvestres. 3.7 Vedação de correntes de ar A vedação das correntes de ar deve ser completa, sendo assim, cortinas nas laterais devem ser fixadas, na metade da altura da mureta ultrapassando 30 cm do bandô, e possuirem um sistema de roldana por meio de roda dentada com corrente. Seu material pode ser de plástico trançado, lona ou PVC. Em regiões de clima frio deve ser utilizado sobre-cortinas fixadas na parte interna do aviário, sobrepostas à tela, particularmente nos primeiros dias de vida, quando os aviários forem abertos. 4 MANEJO DAS PINTAINHAS 4.1 Escolha das poedeiras Existem no mercado várias linhagens de poedeiras, tanto para ovos vermelhos como para brancos. Entre elas estão: Hy-line, Lohmann, ISA, Hissx e Shaver. Estas aves apresentam algumas diferenças no desempenho produtivo baseados nos seguintes parâmetros: maturidade sexual, pico de produção, peso do ovo, quantidade de ovos/ciclo de produção, consumo de ração/dia, viabilidade na recria e viabilidade na postura. As aves devem ter procedência de incubadoras registradas no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). Além disso, precisam ser livres das principais doenças (micoplasmoses, aspergilose e salmoneloses) e regularmente vacinadas ainda no incubatório contra enfermidades características (Marek, Gumboro, Bronquite e Bouba aviária). Ao receber as pintainhas, verificar a qualidade das mesmas e registrar em fichas específicas características como: atividade, olhos brilhantes, uniformidade na cor e tamanho, canelas brilhantes e lustrosas, cicatrização do umbigo e cloaca limpa. 4.2 Transporte O transporte dos animais da fase incubatória para o alojamento deve ser realizado em veículos higienizados (a cada recarga), climatizados e com estrutura adequada para uma boa acomodação, seguindo normas da legislação vigente. A origem do transportador e a distância percorrida com os animais devem ser registradas pelo criador. O transporte interestadual das pintainhas deve ser acompanhado de Guia de Trânsito Animal – Instrução Normativa n. 18, de 18 de julho de 2006 (MAZZUCO, 2006).

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4.3 Alojamento A estrutura de alojamento deve ser testada antes da chegada das aves para garantir o funcionamento apropriado. Os aquecedores deverão ser ligados algumas horas antes a fim de estabilizar a temperatura das áreas de piso e da cama, onde as aves permanecerão durante a cria. Os bebedouros e comedouros deverão ser abastecidos uma hora antes da chegada dos animais, e quando isso acontecer, orientar as aves para junto do aquecimento e próximos ao bebedouro e ração. Anotar o peso das aves e quantidade de refugos e destiná-los adequadamente à incineração. Imediatamente após o alojamento, retirar todas as caixas de papelão e material de forração das caixas de transporte. 4.4 Camas O material da cama deve ser bem escolhido, pois é o que vai determinar a interferência ou não da manutenção durante a estadia do lote. O ideal é que as partículas deste material sejam de menor tamanho possíveis. O capim e as palhas deverão ser bem picados para evitar a formação de grandes áreas de empastamento (devido ao pisoteio e as fezes) gerando cascões e placas. 5 CRIA E RECRIA DAS AVES O manejo desta fase tem por objetivo possibilitar que o lote atinja a maturidade sexual com uniformidade de peso corporal em 80% do lote. As aves devem ser mantidas nos galpões apropriados, respeitando a densidade ideal de alojamento (QUADRO. 2), até a décima sexta semana quando são transferidas para o galpão de postura.

Quadro 2 - Densidade de aves por metro quadrado em função da idade

Fonte: ALBANEZ, 2000.

Figura 3 – Aves dentro do sistema de recria

Fonte: AVIMAZON

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5.1 Limpeza e aspectos sanitários Os acessos aos aviários devem possuir local para banhar os pés (pedilúvios) a fim de manter os calçados desinfetados. Manter a desinfecção e funcionalidade das tubulações, caixas d’água, bebedouros e comedouros. A limpeza dos comedouros e dos bebedouros deve ser realizada diariamente pelo menos duas vezes ao dia, além de inspecionar as condições ambientais e clínicas dos animais. Após a retirada do lote, não se pode dispensar a higienização completa dos equipamentos e do aviário da seguinte maneira: - retirar todos os utensílios utilizados no aviário; - passar o lança-chamas sobre a cama para reduzir o número de penas; - remover a cama do aviário; - lavar com água sob pressão todos os equipamentos e desinfetá-los; - lavar paredes, teto, vigas e cortinas, com água sob pressão (jato em movimentos de cima para baixo) e deixar secar; - lavar caixa d’água e tubulações; - aparar a grama e limpar calçadas externas e os arredores do aviário; - após a secagem, distribuir a cama e os equipamentos. A desinfecção do aviário deve ser feita com desinfetantes disponíveis no mercado como: quaternários de amônio, formaldeído, cloro, glutaraldeído, iodo e cresóis (Anexo 1). Recomenda-se fazer o rodízio trimestral do princípio ativo dos desinfetantes e, após este processo ser finalizado, manter o local em vazio sanitário pelo menos 10 dias (MAZZUCO, 2006). Dois dias antes da chegada das pintainhas realizar outra desinfecção do local e dos equipamentos com o lança-chamas. 5.2 Camas A cama deve ser nova (primeiro uso), limpa e seca, com altura uniforme de aproximadamente 10 cm. Caso for optado por uso de aparatos de madeira, não devem ser provenientes de indústrias moveleiras devido à presença de resíduos de produtos químicos utilizados no tratamento da madeira. A temperatura no local deve ser ajustada em 32° C a fim de garantir a qualidade das áreas das camas. A densidade de população das aves e abertura dos círculos de proteção, conforme a idade e indicações do manual de manejo da linhagem, devem ser otimizadas conforme a ocupação da área disponível. O aviário deve ser percorrido todos os dias para vigiar os bebedouros e identificar possíveis pontos de vazamento. Nestas vistorias, revirar e quebrar as placas formadas duas vezes por semana. Os cascões formados por vazamento dos bebedouros deverão ser removidos e encaminhados para compostagem. Após a retirada das aves, as camas também deverão ser tratadas de maneira apropriada. A reutilização delas somente poderá ser realizada caso não seja constatado problemas sanitários que possam colocar em risco o próximo lote a ser alojado, de acordo com a inspeção do responsável técnico pelo estabelecimento ou pelo médico veterinário oficial (MAZZUCO, 2006). 5.3 Alimentação das aves Deve ser em quantidade adequada em relação ao número de aves, efetuando a regulagem da altura dos bebedouros e comedouros conforme a idade e o manual de linhagem.

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5.3.1 Água Deve ser captada e armazenada em reservatórios e caixas d'água localizados em locais sombreados e protegidos de animais e da luz solar, assim como canos e tubulações, evitando rachaduras ou quebras. As instalações precisam ser higienizadas periodicamente e a água fornecida às aves em abundância e com qualidade em todas as fases de criação e produção. Os bebedouros devem ser limpos adequadamente, também periodicamente conferidos quanto a altura, funcionamento e vazamentos. Limpa, fresca e isenta de patógenos, a água precisa ser monitorada de acordo com os riscos ambientais e analisada quanto às condições químicas, físicas e microbiológicas, bimestralmente se o risco de contaminação for alto e anualmente caso seja baixo. Caso seja detectada a presença de coliformes fecais, realizar o tratamento com cloro (Cl), em teor livre adequado entre 0,2 a 0,4 mg/L. Quanto à presença de bactérias ou nitrato (níveis superiores a 10 ppm), recomenda-se a realização de análises adicionais que possam indicar com maior exatidão a sua qualidade (MAZZUCO, 2006). Alguns padrões de bebidas da qualidade da água estão representados no Anexo 2. 5.3.2 Ração É oferecida às aves atendendo as exigências nutricionais das fases (cria-recria, pré-postura, postura e final de postura) indicadas de acordo com o manual de linhagem. Na produção de ração dentro da propriedade, deverão ser seguidas normas de boas práticas de fabricação de ração, recomendadas por órgãos como o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – SINDIRAÇÕES, ou, se caso for obtida de terceiros, adquirir de estabelecimentos certificados pela boa prática de fabricação de rações. As rações prontas devem possuir rótulos nas embalagens com identificação do produto, sua origem e informações de segurança de uso do alimento que sigam a legislação. A adequação da dieta é baseada na condição corporal das aves, dados de produção e qualidade dos ovos. Recomenda-se a seguinte composição da ração das poedeiras: milho, sorgo, farelo de arroz, farinha de peixe, farelo de trigo, farelo de soja, farinha de carne, fosfato bicálcico, farinha de ostras, sal, metionina, pré-mistura de vitaminas e minerais e aditivos. Todos esses aditivos visam uma produção de qualidade, em maior escala e num menor espaço de tempo. Análises laboratoriais devem ser realizadas rotineiramente para quantificar micotoxinas (metabólicos tóxicos de fungos) nos grãos. Como a ração é geralmente embalada em sacos, é separada e classificada em grupos ou tipos de ingredientes, constados nas embalagens com etiquetas. As embalagens devem ser armazenadas afastadas do chão, do teto e das paredes em local bem ventilado e com controle de umidade. As estruturas de armazenamento devem ser higienizadas e limpas, como todas as outras estruturas do aviário, entre partidas de rações e ingredientes a serem armazenados. Além disso, precisam ser vedadas adequadamente para evitar a poeira, a chuva e animais que possam invadir. Registrar o consumo diário de ração, além de suas alterações como cor, odor, tamanho dos grãos e partículas características, é importante para ter controle sobre o lote, uma vez que pode ser indicativo de problema, seja por manejo incorreto ou doenças clínicas. A granja deve guardar os registros informativos de matérias-primas e aditivos utilizados na fabricação da ração: procedência, número do lote/partida, conteúdo, data de fabricação, estado de conservação, prazo de validade, informações adicionais e/ou especificações do fabricante (rótulos/etiquetas das embalagens), laudos de análises físico-químicas de amostras coletadas de matéria-prima ou produto. Os fornecedores e os documentos que atestem a qualidade dos ingredientes adquiridos segundo a legislação devem ser

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cadastrados para controle e garantia. 5.4 Iluminação Fornecer horas de iluminação (fotoperíodo) conforme a idade e o manual de manejo da linhagem. Recomenda-se fornecer 24 horas de luz diária nos primeiros três dias de vida, a fim de proporcionar às pintainhas condições de ambientalização com as instalações e equipamentos. Quando necessário, utilizar lâmpadas artificiais para complementar a iluminação natural. Importante lembrar que a partir da décima primeira até a décima sexta semana, as aves não devem ser submetidas a fotoperíodos crescentes. É importante também fornecer calor nas primeiras semanas de vida, sempre acompanhando o comportamento em relação à fonte, ou seja, observar se a temperatura da mesma está correta (ideal entre 30 a 33° C) e a rea ção das pintainhas. Se há circulação livre e consumo de ração e água normalmente, o aquecimento está correto. Caso estejam amontoados, há falta de calor ou corrente de ar dentro do galpão. Quando estão longe da fonte de calor, significa a temperatura está acima do indicado. 5.5 Pesagem Deve ser realizada a cada quinze dias, a partir da quinta semana de idade, em uma amostra representativa do lote a fim de monitorar o peso corporal para o fornecimento diferenciado de ração para alcançar a uniformidade adequada. 5.6 Vacinação Deve ser planejada com antecedência, sempre observando o prazo de validade das vacinas, por funcionários treinados especificamente para a função. A vacina requer cuidados com o seu manejo devido aos processos de aplicação, diluição e conservação (sempre a 4° C e evitando contato direto com a luz solar). As vacinas precisam ser necessariamente registradas e aprovadas pelo MAPA, de acordo com a legislação em vigor, seja como medida de ordem profilática ou de controle de doença (MAZZUCO, 2006). As principais vacinas disponíveis são contra a doença de Marek, varíola aviária, doença de Newcastle, Gumboro e bronquite infecciosa. Segundo a Portaria do MAPA, n. 136, de 02 de junho de 2006, em consulta pública, a vacinação sistemática de aves de postura comercial contra a doença de Newcastle é obrigatória em todas as unidades da Federação. Os estabelecimentos de criação de ave de postura precisam manter todos os registros não só da utilização de vacinas e outros medicamentos utilizados, como o trânsito das aves e ações sanitárias. A recomendação é que o processo de vacinação seja realizado em horários nos quais as temperaturas sejam amenas, sem calor excessivo, para evitar sofrimento das aves. As aves doentes não devem ser vacinadas. O programa de vacinação a ser seguido deve ser estabelecido baseado na situação epidemiológica e sanitária de cada região pelo médico veterinário responsável. Estes programas são avaliados por órgãos oficiais, como o Departamento de Saúde Animal (DAS), os quais avaliam a situação dos programas podendo proibir caso não correspondam às exigências mínimas de segurança. 5.7 Aves velhas Aves velhas ou no final de produção são encaminhadas para abate ou comercializadas. Caso não seja possível a comercialização das aves, o abatimento das mesmas deve ser realizado e a destinação deve ter o mínimo de impacto ambiental.

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6 A POSTURA 6.1 O bem estar das poedeiras Alguns procedimentos em relação ao manejo na criação intensiva de aves de postura tem sido alvo de discussões quanto ao bem estar animal. Práticas como a debicagem, muda induzida e densidade das gaiolas são práticas consideradas controversas na percepção pública. Animais que sofrem estresse apresentam decréscimos em seu desempenho, como por exemplo, no ganho de peso e a eficiência de postura dos ovos, podendo a chegar a casos patológicos sérios. Assim, pode-se considerar que o bem estar animal está intimamente ligado à boa produtividade. 6.1.1 Alta densidade das gaiolas A crescente demanda por produtos avícolas proporcionou aos sistemas de produção tornaram-se mais intensivos. Entretanto, cuidados devem ser tomados uma vez que a preocupação do consumidor é a maneira como o animal é criado. Assim, deve ser respeitado o espaço permitido por ave assim como o fornecimento de oportunidade para as aves desempenharem seu comportamento natural de maneira a usufruir bem-estar. 6.1.2 Debicagem Consiste no processo de corte dos bicos das aves realizado nas poedeiras comerciais a fim de prevenir o canibalismo e evitar o desperdício de ração, além de contribuir para a uniformidade do lote. A debicagem deve utilizar técnicas apropriadas e ser realizada quando as aves estiverem entre 7 a 10 dias, por equipamentos escolhidos e ajustados por indivíduos treinados, que deverão também realizar a manutenção. Dois a três dias antes e o mesmo tempo depois após o procedimento, fornecer nos bebedouros água com algumas vitaminas, em especial a vitamina K que auxilia na coagulação sanguínea da área e no alívio do estresse provocado pelo processo. A fim de evitar a desidratação dos animais, o consumo de água deve ser monitorado até a cicatrização completa dos bicos. Caso a primeira debicagem não for bem efetuada, uma segunda poderá ser realizada entre 10 e 12 semanas de idade das aves. Este processo possui desvantagens – comprometimento temporário de alimentação da ave e percepção de dor próxima à área da debicagem – e vantagens – redução do estresse e da morte por canibalismo, proporcionando melhoria no bem estar animal, e um bom empenamento. 6.1.3 Muda induzida “Muda” é um processo realizado por algumas espécies de aves que consiste em um período de jejum no qual elas perdem bastante peso corporal (até 50%) e renovam a plumagem. No final deste processo, o sistema reprodutivo é rejuvenescido permitindo que a ave inicie novo ciclo de produção de ovos com índices de desempenho próximos a um lote com idade entre 40 a 50 semanas de idade, incluindo melhorias na qualidade da casca e ovos mais pesados (MAZZUCO, 2006). Nas granjas comerciais a “muda” é induzida artificialmente, provocando mais um ciclo de produção das aves. Isto ocorre através da retirada da ração durante alguns dias e da diminuição da exposição à luz. Economicamente, esta prática prolonga a vida produtiva dos animais, causando impacto na oferta de ovos no mercado e aumentando a renda dos produtores. A preocupação em termos de bem estar é o fato de este programa envolver a retirada da ração por alguns dias, parando a produção e causar estresses em diferentes ordens.

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6.1.4 Osteoporose O sistema de hospedagem integral das poedeiras em gaiolas proporcionou o aparecimento de osteoporose, doença caracterizada pela perda óssea que resulta em aves frágeis e suscetíveis a fraturas. Isso acontece devido à limitação de movimentos e parcial inatividade dos animais dentro das gaiolas. Pesquisas nas áreas de nutrição, genética e biologia molecular têm auxiliado na busca de soluções para reduzir a manifestação da osteoporose em poedeiras (MAZZUCO, 2007). 6.2 Transferência das aves para o galpão de postura A transferência das aves para o galpão de postura deve ser programada até a décima sexta semana de vida. Para isso, os animais precisam ser selecionados e padronizados segundo o peso corporal e a maturidade sexual (desenvolvimento da crista). O procedimento deve ser realizado de maneira a evitar o estresse das frangas, sendo assim, é importante tomar cuidados especiais como: oferecer as aves ração à vontade, orientar a ingestão de água e evitar qualquer manejo que possa causar estresse na semana que anteceder a mudança. 6.3 O cuidado com as poedeiras Nesta fase, as aves permanecem no galpão apropriado até completarem 80 semanas de idade. Dependendo de sua viabilidade econômica, são retiradas. 6.3.1 Alojamento Deve ser projetado a fim de proporcionar conforto térmico e proteger as aves de predadores, além de diminuir a incidência de patógenos e parasitas internos e externos (QUADRO 3).

Quadro 3 - Alojamento das aves na fase de postura: uso de gaiolas convencionais

Fonte: MAZZUCO, 2006. 6.3.2 Limpeza dos equipamentos e instalações A limpeza dos comedouros, dos bebedouros e a retirada das aves machucadas e mortas devem ser diárias. A poeira das telas e das lâmpadas deve ser retirada uma vez por semana, pelo menos. Um programa de controle de pragas deve ser instalado para evitar invasão de animais domésticos e/ou silvestres, roedores e até outros pássaros. A instalação de telas (malha inferior a 2,5 cm) ajuda a evitar invasões. O processo de higienização após a saída do lote deve ser feito como na fase de cria e recria, acrescentando a higienização das gaiolas, respeitando também um período mínimo de vazio sanitário, que nesta fase é de 20 dias. 6.3.3 Esterco As práticas aqui tomadas devem respeitar as mesmas realizadas na fase de cria e recria.

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6.3.4 Monitoramento sanitário O monitoramento sanitário deve ser estabelecido, fiscalizado e supervisionado pelo médico veterinário responsável, e baseado nas normas específicas estabelecidas no Regulamento de Defesa Sanitária Animal, e no Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA). O Serviço Oficial deverá acompanhar através de um representante que realizará o monitoramento rotineiro da empresa através de vistorias e acompanhamento documental. Basicamente, este acompanhamento é realizado para patologias como salmoneloses, Doença de Newcastle e influenza aviária. 6.3.5 Controle de pragas Invasores como pássaros, insetos e roedores na granja e no local de armazenamento dos ovos devem ser continuamente monitorados a partir de recomendações de boas práticas. Quando utilizado larvicidas via ração, um critério de periodicidade de uso e alternância de princípio ativo deverá ser estabelecido para evitar que as moscas criem resistência a estes produtos. Neste caso, recomenda-se utilizar este método somente nos períodos de início da postura e de pico de temperatura, nos quais o esterco pode ser mais líquido. Os funcionários deverão estar protegidos (usando máscaras, luvas, botas e óculos de proteção) além de serem muito bem treinados para a aplicação dos praguicidas. A utilização de outros produtos que não sejam químicos é mais indicada, como o uso de fina camada de cal, no início de postura, colocada sobre o solo abaixo das gaiolas, que atua como um fator que impede a criação de larvas no esterco liqüefeito. Já em períodos de pico de temperatura, a água de bebida resfriada diminui a sua ingestão e a conseqüente ocorrência de esterco liqüefeito. Os produtos utilizados no controle de pragas devem ser devidamente armazenados em local apropriado (salas separadas destinadas especificamente para estoque de produtos tóxicos), etiquetados quanto à função, nível de toxidade e forma de manipulação. A inspeção visual periódica visa identificar a presença de animais invasores, e é importante que toda a área da granja seja vistoriada, desde as áreas internas, como cantos de paredes, até áreas em torno aos aviários, como salas de classificação dos ovos até os banheiros e vestiários. 7 QUALIDADE DO OVO O ovo é um alimento natural barato que oferece equilíbrio de nutrientes necessários para a formação de um ser vivo completo. Com isso, a população utiliza este produto como fonte de alimento, entretanto, a sua utilização depende da qualidade dos ovos oferecidos ao mercado. Sabe-se que após a postura é inevitável a perda de qualidade do produto, de maneira contínua, devido aos fatores do meio. Assim, o melhor conhecimento, especialmente por parte dos pequenos e médios produtores, permite um controle ideal e, conseqüentemente, a melhora na qualidade dos ovos, proporcionando benefícios tanto ao mercado consumidor como aos produtores avícolas. 7.1 Aspectos externos Deve ser limpa, sem trincas e deformações. Para ter resistência a fim de proteger as partes internas, as aves dependem de rações com níveis equilibrados de cálcio, fósforo e vitamina D3. As deformações na casca indicam problemas sanitários no local da criação além de gerar prejuízo por causa do visual.

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7.2 Aspectos internos 7.2.1 Clara Os ovos frescos são caracterizados por uma clara transparente, límpida, consistente, densa com uma porção um pouco mais fluída. Devido à decomposição, com o passar do tempo, esta parte do ovo vai perdendo a densidade e tornando-se cada vez mais líquida, alterando o seu grau de acidez, o que compromete sua utilização na culinária. Essas modificações são mais intensas em dias quentes. 7.2.2 Gema É desejável que seja bem amarela, translúcida, consistente e fixada no centro da clara por pequenos cordões laterais provenientes da própria clara. Isso depende exclusivamente da alimentação que é oferecida às aves (sorgo, mandioca e seus subprodutos na ração deixam-na esbranquiçada). À medida que o tempo passa, ela vai apresentando forma achata além de manchas escuras, o que torna a membrana mais sensível, podendo romper com facilidade, prejudicando sua utilização. 7.2.3 Câmara de ar Encontra-se internamente na extremidade maior do ovo. É também um indicativo de qualidade uma vez que pode ser observada contra a luz. Quanto maior a sua área, mais velho é o ovo. 7.2.4 Odor e sabor Deve possuir odor e sabor característico e agradável para o consumidor. O ovo absorve odor e sabor de alimentos estocados próximos a ele. Assim, cuidados com este aspecto devem ser tomados na estocagem deste produto. 7.2.5 Manchas de sangue É normal ocorrerem pequenas manchas de sangue na gema e na clara. Isso não é um fator limitante no valor dos ovos e nem no seu consumo. 7.3 Manejo dos ovos O manejo deve ter por objetivo a atenção na qualidade dos ovos pelos avicultores, desde a postura até ao mercado consumidor. 7.3.1 Higiene Limpeza do criadouro e arredores deve ser feita de modo a evitar acúmulo de poeira e mato. Impedir a ocorrência de águas paradas além de manter o esterco bem seco a fim de evitar moscas. É necessária também a limpeza nos aparadores das gaiolas com vassouras e escovas duas vezes por semana para evitar excesso de poeira e de restos de ração além de ferrugens, uma vez que mancham as cascas dos ovos. A limpeza dos bebedouros deve ser realizada com cuidado para não molhar os ovos. 7.3.2 Gaiolas Devem possuir pisos com inclinação adequada, para deslocamento dos ovos até o aparador. Tomar cuidado, pois se a inclinação for excessiva pode haver prejuízo por quebra dos ovos, e o contrário também gera prejuízo pelos ovos parados no fundo das gaiolas aumentando a sujeira.

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Figura 4 - Arranjo de gaiolas das poedeiras

Fonte: AVIMAZON 7.3.3 Colheita Quando não automatizada, deve ser realizada no mínimo três vezes ao dia com o uso de bandejas de plásticos ou polpa bem limpas (é desaconselhável o uso de cestos). Nesta fase, é aconselhável empilhar no máximo oito bandejas para reduzir a pressão nas bandejas inferiores, diminuindo os índices de quebras. Aqui, faz-se a primeira separação dos ovos sujos, trincados e quebrados, pois se colocados na bandeja espalham sujeira e aumentam o prejuízo. Os funcionários encarregados da coleta devem ser instruídos para a necessidade da lavagem e desinfecção das mãos anteriormente à manipulação dos ovos. 7.3.4 Transporte interno Os ovos devem ser retirados do galinheiro rapidamente e colocados em embalagens plásticas, que geram maior proteção. É imprescindível a utilização de veículo adequado além de estradas em boas condições. 7.3.5 Lavagem dos ovos É permitida desde que seja feita com água morna (temperatura entre 38 e 46° C) e supercloração ou desinfetantes e detergentes, geralmente a base de amônia quaternária e associações encontrados no comércio, alguns específicos para ovos. Recomenda-se que ovos excessivamente sujos sejam descartados ou, se lavados, sejam comercializados separadamente para fins específicos. 7.3.6 Classificação Durante esta etapa a separação dos ovos (sujos, trincados e quebrados) deve ser mais rigorosa. A Resolução n. 005- da Coordenação Geral de Inspeção de Produtos de Origem Animal - CIPOA exige que sejam vendidos diretamente ao consumidor apenas os ovos de casca limpa e íntegra com a especificação seguinte, tanto para ovos brancos como para os vermelhos. As grandes granjas possuem equipamentos automatizados para realizar a classificação; já os pequenos classificam através de medidas do diâmetro do ovo e também por classificadores manuais. 7.3.7 Embalagem O ideal seria a utilização de embalagens novas, entretanto, pequenos e médios produtores

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realizam a reciclagem de embalagens. Neste caso, somente as bandejas limpas e integras devem ser utilizadas (garantia de qualidade) e apenas nos depósitos, longe das aves. 7.3.8 Armazenamento As caixas onde os ovos são armazenados para a comercialização deverão ser rotuladas adequadamente contento data e origem, conforme a legislação vigente para armazenamento e comercialização. Os ovos não devem permanecer muito tempo na granja, três dias no máximo. A temperatura ideal de armazenamento gira entre 10 e 15° C em ambiente bem ventilado. As caixas devem ser arranjadas em estrados no piso e com distância mínima (1,20 m das paredes e 0,80 m do piso, conforme Portaria n. 1 de 21 de fevereiro de 1990) das paredes e forros, evitando-se assim o contato com as mesmas e o risco de contaminação. Para preservar a qualidade interna dos ovos por mais tempo, mesmo fora da geladeira, basta aplicar óleo mineral ou parafina líquida na extremidade maior do ovo com uma esponja. 7.3.9 Distribuição para o comércio Esta etapa deve ser realizada com bastante rapidez, com bastante cuidado no manuseio das caixas (preferencialmente de papelão ou plástico com 30 dúzias) e no transporte, minimizando choques. 8 CONTROLE AMBIENTAL O emprego de boas práticas na atividade avícola, baseadas no conhecimento, na tecnologia e na legislação vigente, faz com que o criador busque atualizações, para a realização de um trabalho que melhore a produtividade e ao mesmo tempo preserve as condições do meio ambiente (GRZYBOWSKI). É fundamental buscar informações nos órgãos ambientais em geral, uma vez que o licenciamento ambiental é necessário e de grande importância social. À medida que cresce a necessidade por melhorias ambientais, também cresce a necessidade do tratamento dos dejetos orgânicos. Para este fim, a propriedade avícola de postura deve estabelecer um plano de manejo para esta atividade relacionado-a com os recursos naturais internos e externos da propriedade. Neste plano devem constar as descrições ambientais da propriedade e região além dos resíduos formados pela atividade. Os impactos ambientais devem ser avaliados segundo a Resolução n. 01/86 do CONAMA, o que a atividade pode provocar e medidas que serão tomadas para anular estes impactos (MAZZUCO, 2006). Descrever também as medidas a serem tomadas, os possíveis reaproveitamentos e como será feito o monitoramento do plano de manejo. Em sistemas de criação do tipo avicultura de postura, onde as aves apresentam uma idade média de 365 dias, pode-se estimar uma produção de dejetos, a cada mil cabeças, que varia entorno de 35 a 44 toneladas. Portanto, ao realizar o tratamento dos dejetos deste setor, o produtor deve estar atento para evitar problemas como a proliferação de moscas, o mau cheiro, a multiplicação de agentes patogênicos, o aparecimento de sementes de plantas indesejadas (inços), a concentração de microorganismos indesejáveis e a perda ou eliminação de nutrientes e fertilizantes (GRZYBOWSK). 8.1 Resíduos formados na avicultura de postura Camas, ovos descartados, esterco, restos de ração, penas, poeiras, águas de lavagem, águas excedentes dos bebedouros tipo calha e aves mortas; além destes há também os resíduos gerados em vestiários, sanitários, banheiros, refeitórios e escritórios existentes na propriedade (MAZZUCO, 2006).

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8.2 Coleta de lixo Criar recipientes para a separação de lixos orgânicos e inorgânicos e identificar os postos receptores pela propriedade. Os resíduos orgânicos deverão ser destinados para compostagem, por exemplo, e os não perecíveis encaminhados para reciclagem. Os ovos descartados deverão ser encaminhados de maneira correta e higiênica para compostagem ou para fossa séptica (ANEXO 3). 8.3 Aves mortas Encaminhadas para fossas sépticas ou incineradoras. No segundo caso, em seguida deverão ser enviadas para câmaras de compostagem – processo que permite reduzir o custo do “Plano de Manejo Ambiental da Propriedade” gerando lucro através da produção de um biofertilizante sólido – os biofertilizantes (tanto sólidos como líquidos) precisam respeitar a Instituição Normativa n. 23, de 31 de agosto de 2005, do MAPA, que normatiza a obtenção e utilização deste material para uso agrícola (MAZZUCO, 2006). A compostagem é um processo aeróbio que requer bastante cuidado, uma vez que um processo inadequado de degradação por ausência de oxigênio pode emanar maus odores e até promover a criação de moscas se for inadequadamente coberto. 8.4 Manejo do esterco No alojamento, deverão ter acessórios para permitir a rápida secagem do esterco a fim de evitar o aparecimento de moscas no esterco molhado. Nas criações aonde não existe a remoção automática por esteira, embaixo das gaiolas deverão ser construídas grades para acelerar a secagem. Caso a altura dessas grades não permita a secagem, uma vistoria diária e rigorosa do vazamento dos bebedouros é necessária, para que nestes pontos o esterco molhado seja tratado com cal a fim de impedir a postura e desenvolvimento de larvas de moscas. As gaiolas precisam possuir beirais (com largura mínima de 0,50 m) para impedir que a chuva molhe o esterco. Já nos aviários com sistema de coleta estabelecido, para evitar a ação da chuva, é realizada a instalação de cortina estreita (0,50 m) no limite do beiral. A distância entre os galpões deve respeitar a Portaria n.136, de 02 de junho de 2006, além de apresentar vegetação rasteira para permitir a ventilação e, conseqüentemente, a secagem do esterco. A construção de valas na área externa aos galpões funciona como um sistema de drenagem responsável por escoar a água da chuva. Após o esterco ser removido, deverá ser encaminhado para estabilização em uma área coberta, cercada (para evitar acidentes com animais e pessoas) e ventilada, antes de sua comercialização e utilização, considerando as tecnologias disponíveis para evitar a criação de moscas. O esterco pode ser tratado por biodigestores ou por compostagem. Compostagem: é o processo de transformação de materiais grosseiros, como palhada e estrume, em materiais orgânicos utilizáveis na agricultura. Este processo envolve transformações de natureza bioquímica, promovidas por milhões de microorganismos do solo que têm na matéria orgânica in natura sua fonte de energia, nutrientes minerais e carbono. 8.5 Fertilizantes Caso o avicultor pretenda comercializar seus resíduos como fertilizante, deverá consultar o Decreto n. 4.954 e a Instrução Normativa n. 15, de 22 de dezembro de 2004, ambos do MAPA (MAZZUCO, 2006). 8.6 Manejo das camas Podem ser destinadas a três tipos de tratamentos diferentes:

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- fermentação sem empilhamento e secagem, com queima das penas por lança-chamas; - aplicação de cal hidratada sobre a cama; - fermentação e empilhamento da cama (mais utilizado): montar pilhas, com aproximadamente 1,5 m de altura, cobertas por lonas plásticas, em local seco, respeitando as distâncias mínimas exigidas pelos órgãos ambientais. Manter a umidade das pilhas somente ao ponto de fermentação (cuidar para não apodrecer por excesso de umidade) até estabilizar e se transformar em adubo orgânico. Esse processo demora aproximadamente 30 dias em épocas de altas temperaturas e 40 dias em épocas mais frias. 8.7 Higiene e segurança do trabalhador Os funcionários devem ser instruídos tanto na higiene da produção quanto na sua própria higiene para garantir a sua saúde e a qualidade do produto. 9 O MERCADO DE AVICULTURA DE POSTURA A avicultura é uma das mais importantes atividades do nosso complexo agroindustrial. Especificamente a avicultura de postura vem passando por um momento muito importante, em que várias ações estão sendo realizadas visando o crescimento do setor, não só nas questões envolvendo marketing, mas também no desenvolvimento e aprimoramento das questões de manejo, sanidade, qualidade e tecnologia de produção de ovos. Cada vez mais, busca-se métodos eficazes visando à redução nos custos de produção, objetivando-se maior produtividade, competitividade e qualidade no produto final, para atender as exigências do mercado global. A enorme preocupação com a saúde e o bem estar animal ficam cada vez mais evidentes, tornando-se necessário alcançar níveis adequados na segurança alimentar para o consumidor, através da observância de modernas técnicas e novos conceitos de saúde avícola. A criação de aves é uma fonte interessante de geração de empregos e renda para a população brasileira, além de apresentar-se como uma oportunidade econômica para as pequenas e medias propriedades devido ao fato de que a escala de produção ainda não necessita de grandes áreas. A geração de empregos pode ser direta (aonde mão-de-obra adicional é requerida pelo setor) ou indireta (responsável pela inter-relação entre os setores). A segunda decorre do fato de que o aumento da produção de um bem estimula a produção de todos os insumos requeridos para a sua produção e, conseqüentemente, o aumento no número de empregos nestes setores. Além das contratações, a automação e modernização dos sistemas de produção têm tomado força, bem como a agregação de valor aos produtos. O valor comercial dos ovos é dado pela qualidade e pelo peso do produto (QUADRO 4). A legislação brasileira exige um mínimo de peso por dúzia para cada tipo e isto é desconhecido pela população.

Quadro 4 – Peso mínimo por dúzia conforme o tipo de ovos

Tipo Peso mínimo-gramas Jumbo 792 Extra 720

Grande 660 Médio 600

Pequeno 540 Industrial menos de 540

Fonte: OLIVEIRA A produção brasileira de ovos destina-se quase que exclusivamente ao consumo interno e esteve estagnada em torno de 58 milhões de caixas de 30 dúzias nos últimos três anos

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do século XX. Em 2001, saltou para 65 milhões de caixas e apresentou queda drástica nos anos seguintes. Segundo a AveWorld, a crise deu-se com a queda do valor dos ovos desde o final do ano de 2003 e manteve-se baixo até o início de 2007 (TAB. 1), quando o mercado começou a aumentar a remuneração do produtor de ovos comerciais. A competição com o segmento de carnes contribuiu para o agravamento da crise. “Segundo os dados da JOX Assessoria Agropecuária, a média do preço do ovo extra branco no mercado atacadista do Estado de São Paulo nos meses de janeiro a abril de 2007 foi de R$ 37,24/caixa de 30 dúzias, contra um preço médio de R$ 26,35 neste mesmo período de 2006” (AVEWORLD). Essas flutuações da produção de ovos têm muito a ver com variações nos preços do milho, que, por sua vez, dependem da oferta desse importante insumo da avicultura. Os indicadores mais importantes da rentabilidade da avicultura de postura são as relações verificadas entre o preço da caixa de ovo recebido pelo produtor e os preços dos seus principais insumos, milho, farelo de soja e pintinho, que compõem a maior parte do custo variável de produção do ovo. Segundo a AveWorld, nos últimos 25 anos o alojamento médio mensal de poedeiras de ovos brancos cresceu 51%, passando de uma média de 2,7 milhões para 4,1 milhões, já o alojamento médio mensal de poedeiras de ovos vermelhos foi um pouco melhor, com um crescimento de 75%, porém os ovos vermelhos representam somente 25% da produção de ovos. Na média de ovos brancos e vermelhos, a avicultura de postura cresceu 57%. Neste mesmo período, a população brasileira também cresceu 57%, ou seja, o crescimento da avicultura de postura nos últimos 25 anos foi tão somente igual ao crescimento populacional.

Tabela 1 - Produção de ovos 2007/2006

Produção em unidades Produção – caixa 30 dúzias ovos caixas 2007 2006 % 2007 2006 %

Janeiro 2.225.318.336 2.217.403.349 0,36 6.181.440 6.159.454 0,36 Fevereiro 2.011.950.500 2.020.601.878 -0,43 5.588.752 5.612.783 -0,43 Março 2.192.392.746 2.247.500.800 -2,45 6.089.980 6.243.057 -2,45 Abril 2.076.985.573 2.188.557.751 -5,10 5.769.404 6.079.327 -5,10 Maio 2.099.694.625 2.267.907.848 -7,42 5.832.485 6.299.744 -7,42 Junho 1.985.030.203 2.194.414.020 -9,54 5.513.973 6.095.595 -9,54 Julho 2.012.300.585 2.274.111.053 -11,51 5.589.723 6.316.725 -11,51 Agosto 2.251.780.071 6.254.945 -100,00 Setembro 2.186.233.043 6.072.869 -100,00 Outubro 2.252.980.739 6.258.280 -100,00 Novembro 2.183.164.992 6.064.347 -100,00 Dezembro 2.251.586.854 6.254.408 -100,00 Total 14.603.672.568 26.536.242.398 -5,23 40.565.757 73.711.534 -5,23 Fonte: UNIÃO BRASILEIRA DE AVICULTURA 10 LEGISLAÇÃO Toda cadeia do agronegócio critica a falta de políticas claras, bem definidas e estruturadas para todas as atividades, seja na agricultura ou na pecuária. Entretanto, como toda prática ou atividade está sempre subordinada a uma legislação específica, com a avicultura não é diferente. Várias são as leis aplicadas a ela. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Instrução Normativa n. 78, de 03 de novembro de 2003. Aprova as Normas Técnicas para Controle e Certificação de Núcleos e Estabelecimentos Avícolas como livres de Salmonella Gallinarum e de Salmonella Pullorum e Livres ou Controlados para Salmonella Enteritidis e para Salmonella Typhimurium. Diário Oficial da União , Brasília, 05 nov. 2003. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=3864>. Acesso em: 14 set. 2007.

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BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Gabinete do Ministro. Portaria n. 116, de 29 de fevereiro de 1996. A concessão de autorização pelo Ministério da Agricultura do Abastecimento e da Reforma Agrária para importação de aves e ovos férteis destinados aa reprodução, além das exigências de ordem sanitária estabelecidas no Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal deverá obedecer às condições zootécnicas previstas nesta Portaria. Diário Oficial da União , Brasília, 01 mar. 1996. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=1112>. Acesso em: 14 set. 2007. BRASIL. Decreto n. 4.954 de 14 de janeiro de 2004. Aprovar o Regulamento da Lei no 6.894, de 16 de dezembro de 1980, que dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes destinados à agricultura, e dá outras providências. Diário Oficial da União , Brasília, 15 jan. 2004. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=5473>. Acesso em: 14 set. 2007. As normas vigentes que prevêem as operações higiênico-sanitárias e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos (como instalações classificadoras de ovos comerciais) incluem: Portaria n. 1 de 21 de fevereiro de 1990 (ANVISA); Resolução RDC n. 275, de 21 de outubro de 2002 (ANVISA); Portaria n. 368, de 04 de setembro de 1997 (MAPA). Disponível em: <http://www.avisite.com.br/legislacao/legislacao.asp?yy=5>. Acesso em: 14 set. 2007. Conclusões e recomendações A avicultura de postura é considerada um dos sistemas de produção que tem apresentado grandes avanços no Brasil, colocando-o entre os países que se destacam na atividade. Entre os responsáveis por tal crescimento está o desenvolvimento científico, que tem obtido bons resultados como o melhoramento genético e de vacinas. Os cuidados a serem tomados na criação de aves visam o consumidor final, sendo assim, o bem estar do animal deve ser levado em consideração para que o produto seja entregue ao mercado com boa qualidade. A maioria dos defeitos observados em ovos no mercado, tem origem em etapas anteriores, desde a composição das rações, passando pelas instalações até a distribuição. Cabe aos avicultores procurarem mais conhecimentos junto aos órgãos de assistência técnica e contribuírem para melhor qualidade e maior aceitação deste excelente alimento pela população. É necessário também, que os avicultores se conscientizem em conhecer mais sobre avicultura de forma a controlar despesas e ter lucro, tornando-se competitivos no mercado. Referências ABREU, P. G. Automação da avicultura . Disponível em: <http://www.cnpsa.embrapa.br/down.php?tipo=artigos&cod_artigo=168>. Acesso em: 03 set. 2007. ABREU, P. G. Período frio exige manejo adequado. Sociedade Nacional de Agricultura , v. 102, n. 630, set. 1999. Disponível em: <http://www.sna.agr.br/artigos/artitec-aves.htm>. Acesso em: 03 set. 2007. AGRODIAS. Bebedouro pendular . Disponível em: <http://www.agrodias.com/inicial.php?i=bebedouropendular>. Acesso em: 13 set. 2007. ALBANEZ, J. R. Avicultura de postura . Disponível em: <http://www.emater.mg.gov.br/doc%5Csite%5Cserevicoseprodutos%5Clivraria%5CAvicultura%5CAvicultura%20de%20Postura.pdf>. Acesso em: 03 set. 2007.

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ARAÚJO, L. F. Debicagem em poedeiras comerciais . Disponível em: <http://www.vegetarianismo.com.br/artigos/debicagem.html>. Acesso em: 03 set. 2007. AVEWORLD. Mercado de postura comercial : situação atual e perspectivas. Disponível em: <http://www.aveworld.com.br/index.php?documento=1435>. Acesso em: 14 set. 2007. AVICULTURA INDUSTRIAL. Associação Paulista de Avicultura ampliará discussõ es sobre mercado de ovos . Disponível em: <http://www.aviculturaindustrial.com.br/site/dinamica.asp?id=25429&tipo_tabela=produtos&categoria=avicultura_postura>. Acesso em: 14 set. 2007. AVIMAZON. Infra-estrutura física . Disponível em: <http://www.avimazon.ufam.edu.br/infra.htm>. Acesso em: 13 set. 2007. BUTOLO, J. E. Bebedouros - tipos - vantagens e desvantagens . Disponível em: <http://www.avisite.com.br/cet/trabalhos.asp?codigo=2>. Acesso em: 13 set. 2007. ERGOMIX. Bebedouros de Nipple . Disponível em: <http://www.engormix.com/bebedouros_nipple_s_products332-1048.htm>. Acesso em: 13 set. 2007. FIGUEIREDO, E. A. P. Avicultura de corte ou de postura? Quais as caracte rísticas e vantagens de cada? Disponível em: <http://www.cnpsa.embrapa.br/down.php?tipo=artigos&cod_artigo=173>. Acesso em: 03 set. 2007. GAMA, N. M. Relato do desempenho de poedeiras comerciais consum indo água filtrada . Disponível em: <http://www.biologico.sp.gov.br/artigos_tecnicos/poedeiras_comerciais.htm >. Acesso em: 13 set. 2007. GRZYBOWSKI, N. Controle ambiental : o novo momento da avicultura. Disponível em: <http://celepar7cta.pr.gov.br/SEAB/deral.nsf/fef9bc43c12d0fe8032566c1006ce9e5/353e5d4adafaad57832571ab006d90fa/$FILE/ovos_jul_06.pdf>. Acesso em: 03 set. 2007. KLOSOWSKI, E. S. Temperatura da água em bebedouros utilizados em in stalações para aves de postura . Disponível em: <http://www.sbea.org.br/rea/v24,%20n3/Artigo%2002.pdf>. Acesso em: 14 set. 2007. MAIA, G. A. R. Avicultura alternativa : carne e ovos pelo sistema de pastejo. Disponível em: <http://www.sna.agr.br/artigos/artitec-aves01.htm>. Acesso em: 03 set. 2007. MARTINS, S. S. Avicultura de postura contribui para a estabilidad e de preços. Disponível em: <http://www.iea.sp.gov.br/OUT/verTexto.php?codTexto=222>. Acesso 04 set. 2007. MARTINS, S. S. Situação e perspectivas da avicultura de postura no Brasil em 2003. Disponível em: <http://64.233.169.104/search?q=cache:bIxRjrOfMyQJ:www.iea.sp.gov.br/OUT/publicacoes/pdf/seto1-1203.pdf+%22avicultura+de+postura%22+brasil&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=9&gl=br&client=firefox-a>. Acesso em: 14 set. 2007. MAZZUCO, H. Boas práticas de produção na postura comercial . Embrapa. Circular Técnica, dez. 2006. Disponível em: <http://www.cnpsa.embrapa.br/sgc/sgc_publicacoes/publicacao_h0k52t2.pdf>. Acesso em:04 set. 2007>. Acesso em: 03 set. 2007. MAZZUCO, H. Avaliação da mineralização óssea e qualidade da cas ca em poedeiras comerciais submetidas a um programa alternativo de muda induzida . Agrosoft Brasil,

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Fonte: MAZZUCO, 2006.

Anexo 2 - Padrões brasileiros de qualidade da água Padrões brasileiros de qualidade da água estipulados para a água de bebida de animais de acordo com a Resolução CONAMA n. 357/052.

Fonte: MAZZUCO, 2006.

Anexo 3 - Fossa séptica Fossa séptica para manejo de resíduos da produção, segundo MAZZUCO, 2006. É uma alternativa de manejo para destinação de aves mortas, ovos descartados e águas residuais. Deve ser localizada em área afastada das instalações, devido à emissão de maus odores, preferencialmente em área que atenda às recomendações quanto ao perfil do solo e à distância de poços, nascentes, rios, residências e dos limites da propriedade.

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A perfuração do solo deve ter de 1,0 a 2,0 m de diâmetro, com profundidade compatível à proteção do lençol freático (cerca de 2,5 a 5,0 m). O fundo da fossa deve ser, no mínimo, compactado. A entrada da perfuração deve ser protegida com tampão de concreto ou madeira reforçada e a abertura para o lançamento das carcaças deve ser elevada, em forma de uma “chaminé”, com tampa de zinco galvanizado, facilitando seu manejo. Ao redor da “chaminé” proteger com terra, permitindo o acesso com segurança. A área da fossa deve ser cercada com arame farpado impedindo a aproximação de animais e crianças. Esgotada a capacidade da fossa, o tampão deve ser removido para a nova fossa e as carcaças cobertas com terra formando uma elevação, considerando que, com a decomposição das carcaças, haverá diminuição do volume, e formação de uma cavidade. O cálculo do tamanho/capacidade deve considerar o tempo mínimo de utilização de 2 anos. Anexo 4- Sites de busca especializada AGROLINK. Disponível em: <http://www.agrolink.com.br/>. Acesso em: 03 set. 2007. AGROLINE. Disponível em: <http://www.agronline.com.br/artigos/artigo.php?id=17>. Acesso em: 03 set. 2007. AGROSOFT BRASIL. Disponível em: <http://www.agrosoft.org.br/a/agrosoft20070917.htm>. Acesso em: 03 set. 2007. AVICULTURA INDUSTRIAL. Disponível em: <http://www.aviculturaindustrial.com.br/site/home.asp.>. Acesso em: 03 set. 2007. UNIÃO BRASILEIRA DE AVICULTURA (UBA). Disponível em: <http://www.uba.org.br/ >. Acesso em: 03 set. 2007. Nome do técnico responsável Karime Cruz França Nome da Instituição do SBRT responsável Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR Data de finalização 18 set. 2007