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  • 7/29/2019 Curriculo Funcional na educao especial para o desenvolvimento do aluno com deficincia intelectual de 12 a 18

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    CURRCULO FUNCIONAL NA EDUCAO ESPECIAL PARA O

    DESENVOLVIMENTO DO ALUNO

    COM DEFICINCIA INTELECTUAL DE 12 A 18 ANOS

    Maria Teresa Almeida Cerqueira1

    RESUMO

    Este artigo apresenta uma reviso bibliogrfica das idias principais sobre aEducao Especial e suas mudanas, um histrico sobre Currculo e um enfoquesobre o Currculo Funcional. A pesquisa buscou atravs da interveno pedaggica

    o acompanhamento da aplicabilidade de atividades contextualizadas, oportunizandoa vivncia das tarefas do cotidiano no ambiente escolar, denominadas AVPs(Atividades de Vida Pratica) e AVDs (Atividades de Vida Diria); incluindo no s oasseio corporal e cuidados domsticos mas tambm atividades relacionadas aolazer, transporte e vida social, atravs de aes conjuntas com a famlia ecomunidade. Ajudar o educando a ser o mais independente possvel na aquisiode hbitos e atitudes essenciais para a vida possibilitando que se torne til eparticipante em seu meio familiar e social um dos principais objetivos destaproposta. Os resultados obtidos vm confirmar a necessidade e importncia daaplicao de atividades funcionais para que o educando com maior grau dedeficincia intelectual se desenvolva, melhorando assim a sua qualidade de vida.Portanto importante a formao continuada dos professores, para que seatualizem e busquem alternativas, elaborando estratgias diferenciadas paraatender as necessidades especificas dos educandos.

    Palavras Chave: Educao Especial. Currculo Funcional. Autonomia. Atividades

    de Vida Diria. Atividades de Vida Prtica.

    1 Maria Teresa Almeida Cerqueira professora, com especializao em Educao Especial e atua na rea de

    deficincia intelectual.

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    1 INTRODUO

    Como valorizar os nossos alunos com necessidades educativas especiais por

    suas habilidades e no por suas limitaes?

    Na busca da resposta desse problema, pode-se argumentar que nosso jovem

    com deficincia intelectual como qualquer outro jovem, deve ser visto como ser

    ativo, capaz de cuidar de suas necessidades pessoais e colaborar nas atividades da

    casa e na comunidade.

    No dia a dia observamos que, so grandes as dificuldades no

    desenvolvimento das atividades propostas, como tambm nos cuidados pessoais e

    principalmente na sua dependncia como pessoa; como cidado. Nestes ltimosanos nossa escola especializada no atendimento a alunos com deficincia

    intelectual, tem recebido uma clientela com maior comprometimento e limitaes,

    inclusive nas atividades de vida diria. Apresentam necessidades em adquirir maior

    autonomia na execuo de tarefas simples, considerando que essas habilidades

    contribuiro para melhora de sua qualidade de vida.

    O Currculo Funcional uma proposta de ensino que visa melhoria da

    qualidade de vida diria dos nossos educandos.De modo geral, trata-se de um empreendimento de ensino projetado para

    oferecer oportunidades para nossos jovens aprenderem naturalmente habilidades

    que so importantes para torn-los mais independentes, produtivos e felizes em

    diversas reas importantes da vida humana em famlia e em comunidade.

    O currculo no deve ser concebido de maneira a ser o aluno quem seadapte aos moldes que oferece, mas como um campo aberto

    diversidade. Tal diversidade no deve ser entendida no sentido de quecada aluno poderia aprender coisas diferentes, mas sim de diferentesmaneiras ... ( PASTOR. 1995 p. 142-14).

    Nossa interveno como professores nesse processo de mediao est

    baseada na credibilidade das mudanas. Entendemos que o educando e educador

    so modificveis, havendo um processo de troca, estabelecendo-se um vnculo de

    respeito, amabilidade e conseqentemente o processo de ensino e aprendizagem

    ter grande probabilidade de ser efetivado.

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    Atravs de estudos e pesquisas procurou-se compreender a importncia do

    currculo no processo ensino-aprendizagem, dando um enfoque maior no Currculo

    Funcional, dentro da Educao Especial.

    Este trabalho busca contribuir com o professor atravs de estratgias de

    ensino-aprendizagem e atividades funcionais a serem desenvolvidas com os

    educandos deficientes intelectuais; oportunizando a vivncia das tarefas do

    cotidiano (atividades prticas e dirias) no ambiente escolar, possibilitando tambm

    o desenvolvimento de comportamento adequado para o convvio social.

    O presente trabalho vem ao encontro com as necessidades dos educandos,

    a fim de que possam, construir sua cidadania e se tornarem indivduos produtivos e

    participativos do processo de desenvolvimento pessoal e familiar.

    1.1 OBJETIVOS

    Proporcionar atividades educativas e indicar estratgias aos educadores para

    o desenvolvimento de habilidades funcionais e conhecimentos que sero

    importantes para tornar a pessoa com deficincia intelectual independente eprodutiva, conforme suas possibilidades na sua vida escolar, familiar e social.

    Educar, ensinar e instruir para a vida prtica, proporcionando o

    desenvolvimento de comportamento e atitude adequados para o convvio

    social. Oportunizando a vivncia das tarefas do cotidiano no ambiente

    escolar, denominadas AVPs (Atividades de Vida Diria) e AVDs (Atividades

    de Vida Prtica) melhorando assim a sua qualidade de vida.

    1.2 METODOLOGIA

    Este projeto originou-se da observao direta, reflexo e registro sobre a

    prtica pedaggica do professor de Educao Especial realizada em sala de aula de

    uma Escola Especial com alunos deficientes intelectuais que apresentam maiores

    dificuldades. Este trabalho destina-se a proporcionar atividades educativas e indicar

    estratgias aos nossos educandos que possibilitem o desenvolvimento de

    habilidades que sero importantes para torn-los mais independentes na

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    convivncia do dia-a-dia, na comunidade escolar, familiar e social, onde esto

    inseridos.

    A metodologia utilizada levar os alunos a vivenciarem experincias da vida

    diria em casa, na comunidade e na escola, para uma melhor qualidade de vida,

    envolveu a pesquisa bibliogrfica e a pesquisa participativa. A pesquisa bibliogrfica

    baseou-se em livros, documentos e artigos com o intuito de enriquecer o referencial

    terico e conhecer melhor o tema em questo.

    Reconhecendo que no h um nico mtodo ideal para todos os educandos,

    estaremos a par de diferentes metodologias e saberemos adapt-las conforme as

    necessidades de cada aluno, visando o desenvolvimento de comportamentos e

    atitudes adequadas para o convvio social e tambm uma maior autonomia nasatividades de vida prtica.

    A pesquisa participativa envolve vnculos entre os pesquisadores e os

    pesquisados, podendo estabelecer um elo de conhecimento da realidade, o que

    permite um bom desenvolvimento qualitativo.

    De acordo com MINAYO, DESLANDES e CRUZ NETO (2001, p.57), a

    pesquisa participativa a fase de explorao de campo e o trabalho se apresenta

    como uma possibilidade de se conseguir uma aproximao com o que se desejaconhecer e estudar. ocupado pelas pessoas e grupos convivendo numa dinmica

    de interao social, da qual seremos participantes do processo tambm. Buscando

    uma aproximao adequada com as pessoas selecionadas para o estudo, com a

    apresentao da proposta de estudo aos grupos envolvidos, uma comunicao

    verbal e prtica diria com trocas positivas, onde cada dia de trabalho seja refletido

    e avaliado.

    Esta pesquisa caracterizou-se como qualitativa, utilizando-se observaescomo instrumento, bem como as atividades realizadas pelos alunos:

    Prticas de produo de alimentos simples, de organizao e limpeza

    na cozinha pedaggica. Normas de comportamento e higiene neste

    ambiente.

    Orientao nos diversos aspectos de higiene e principalmente aos

    seus cuidados pessoais.

    Realizao de atividades de psicomotricidade para o desenvolvimento

    da conscincia corporal; locomoo, equilbrio,organizao espacial .

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    Visitas orientadas a diversos locais onde possam ampliar seus

    conhecimentos e tornarem-se mais independentes.

    Realizao de trabalhos manuais.

    Faremos tambm, leituras e anlises de autores relacionados ao

    assunto estudado, os quais vo nos dar subsdios para desenvolver

    este trabalho.

    3 EDUCAO ESPECIAL

    No Brasil, nas ltimas dcadas, registram-se considerveis avanos,

    resignificando a funo da escola especial, que visa oferecer atendimento

    especializado restritamente a alunos que no apresentem nenhuma condio de

    freqentar o sistema do ensino comum, conforme cita a lei 9397/96, no capitulo V

    da Educao Especial no 2:

    O atendimento educacional ser feito em classes ou servios especializados

    sempre que, em funo das condies especficas dos alunos, no for possvel a

    sua integrao nas classes comuns de ensino regular. Assim como as Diretrizes daEducao Especial na Educao Bsica no Art. 10 explicita que freqentaro a

    Escola Especial:

    Art. 10. Os alunos que apresentem necessidades educacionais especiais e

    requeiram ateno individualizada nas atividades da vida autnoma e social,

    recursos, ajudas e apoios intensos e contnuos, bem como adaptaes curriculares

    to significativas que a escola comum no consiga prover, podem ser atendidos, em

    carter extraordinrio, em escolas especiais, pblicas ou privadas, atendimentoesse complementado, sempre que necessrio e de maneira articulada, por servios

    das reas de Sade, Trabalho e Assistncia Social.

    A escola especial em si mantm uma especificidade diferente do ensino

    regular, a qual primordialmente tem por objetivo cumprir sua misso de forma

    heterognea. Tal especificidade garante a manuteno de determinadas funes

    que no paradigma incluso no mais restrita escola especial, mas

    indiscutivelmente funo prioritria desta do ponto de vista pedaggico. Segundo as

    mesmas Diretrizes e mesmo caput em seus pargrafos:

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    1 As escolas especiais, pblicas e privadas, devem cumprir as exigncias

    legais similares s de qualquer escola quanto ao seu processo de credenciamento e

    autorizao de funcionamento de cursos e posterior reconhecimento.

    2 Nas escolas especiais, os currculos devem ajustar-se s condies do

    educando e ao disposto no Captulo II da LDBEN.

    3 A partir do desenvolvimento apresentado pelo aluno, a equipe

    pedaggica da escola especial e a famlia deve decidir conjuntamente quanto

    transferncia do aluno para escola da rede regular de ensino, com base em

    avaliao pedaggica e na indicao, por parte do setor responsvel pela educaoespecial do sistema de ensino, de escolas regulares em condio de realizar seu

    atendimento educacional.

    O aluno atendido nesta modalidade no apresenta nenhuma condio de

    autonomia e independncia para freqentar o ensino regular, mesmo que lhe seja

    ofertado currculo adaptado e funcional, por conseqncia de quadros neurolgicos

    ou psiquitricos especficos.

    Com base nos dispositivos legais e referenciais apresentados, a educaoespecial se consolida e passa a ser um compromisso social a partir da organizao

    de uma prtica pedaggica, perpassando pelos diferentes nveis de escolarizao e

    evidenciando que esta no pode ser organizada de forma isolada, mas no conjunto

    da compreenso da totalidade pedaggica e interfaces do ensino bsico.

    Hoje na educao especial de suma importncia ressaltar a Declarao

    de Salamanca, elaborada em 1994, onde se encontra expresso o princpio de

    integrao e a preocupao com a garantia de escolas para todos. Em seu artigo 3incentiva os governos a realizarem algumas aes de melhorias na rede de ensino

    e solicita que os pases signatrios desta Declarao considerem com seriedade os

    aspectos abaixo citados:

    O principio de igualdade de oportunidades;

    Adoo de medidas paralelas e complementares s educacionais, nos

    outros campos de ao social (sade, bem estar social, trabalho etc);

    Incluso das crianas com deficincias nos planos Nacionais de Educao

    para Todos;

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    Especial ateno s necessidades de crianas com deficincias graves ou

    mltiplas deficincias;

    Considerao da importncia da linguagem;

    Mais adiante, no artigo 7 da mesma Declarao, l-se a seguinte afirmao:

    O princpio fundamental da escola inclusiva o de que todas as crianasdevem aprender juntas, sempre que possvel, independente de quaisquerdificuldades que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer eresponder s necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambosestilos e ritmos de aprendizagem a assegurando uma educao dequalidade a todos atravs de um currculo apropriado arranjosorganizacionais, estratgias de ensino, uso de recursos e parcerias com as

    comunidades. Na verdade existir uma continuidade de servios e apoioproporcional ao continuo de necessidades especiais encontradas dentro daescola (1994).

    Isto nos remete importncia da escola manter um ambiente sadio e acolhedor,

    capaz de adaptar-se e buscar meios para que os seus alunos sejam cidados bem

    sucedidos e capazes de atuar criticamente na sociedade.

    Com o reconhecimento oficial do direito da pessoa com deficincia intelectual ao

    acesso no ensino regular, as escolas inclusivas propem um modo que constitui o

    sistema educacional, considerando as necessidades de todos os alunos e

    estruturado em funo dessas necessidades. A incluso causa uma mudana de

    perspectiva educacional, pois no se limita a ajudar somente os alunos que

    apresentam dificuldades na escola, mas a todos: professores, alunos e pessoal

    administrativo para que se obtenha sucesso na corrente educativa geral. O

    impacto dessa concepo considervel porque ela supe a abolio completa dos

    servios segregadores

    3.1 CURRCULO

    Enfocado como um problema prtico, o currculo, no Brasil, demorou a

    alcanar um nvel de discusso sociolgica. Mas, na dcada de 1980, neste pas,

    houve um progresso notvel. O debate foi aceso e abrangente. A educao popular

    ganhou espaos na reflexo e na prtica pedaggica, bem como um nvel terico.

    Alm das teorias crtico-sociais, o construtivismo teve grande aceitao nos meios

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    educacionais brasileiros (e prossegue tendo, em larga escala). As propostas

    curriculares oficiais avanaram muito em seus aspectos tericos, ensejando prticas

    conseqentes, ainda que tenhamos a convico de que as prticas ficaram muitas

    aqum das teorizaes. A tendncia mais coerente a de adotar um currculo

    crtico ou, ao menos, uma postura crtica diante das questes curriculares.

    O currculo tem histria recente. Ainda que seja um termo utilizado desde a

    Antigidade clssica, como hoje entendido, o currculo comeou a fazer histria

    apenas nas ltimas dcadas. Se por algum tempo (at a dcada de 1960) as

    questes curriculares estiveram desconectadas dos problemas sociais, a partir de

    ento, com as Novas Sociologias Educacionais, comeando pela Gr-Bretanha,

    pela Frana, este enfoque, o socilogo, se espalhou pelo mundo todo, chegando aoBrasil pelo fim da dcada de 1980.

    De acordo com o parecer da Lei de Diretrizes e Bases incumbe unio em

    estabelecer diretrizes norteadoras para o ensino bsico. Incumbe s secretarias e

    conselhos Estaduais e Municipais de Educao na definio de prazos e

    procedimentos para que os estabelecimentos de ensino implementem suas

    propostas curriculares, compatveis com a Lei de Diretrizes e Bases da Educao

    Nacional n. 9394/96 LDB de 20 de dezembro de 1996.Os princpios polticos educacionais da SEED baseiam-se nos seguintes

    eixos norteadores, conforme o texto de introduo das Diretrizes Curriculares: a)

    compromisso com a diminuio das desigualdades sociais; b) articulao das

    propostas educacionais com desenvolvimento econmico, social, poltico e social da

    sociedade; c) defesa da educao bsica e da educao publica, gratuita e de

    qualidade, como direito fundamental do cidado; d) articulao de todos os nveis e

    modalidades de ensino; e) compreenso dos profissionais da educao comosujeitos epistmicos; f) acesso, permanncia e a sucesso de todos os alunos na

    escola; na valorizao do professor e de todos os profissionais da educao; g)

    trabalho coletivo e gesto democrtica em todos os nveis institucionais; h)

    atendimento s diferenas e diversidade cultural.

    A Escola Pblica tem a necessidade de uma organizao de ensino que

    tenha como referncia a construo de aprendizagens significativas para o

    desenvolvimento do ser humano e o exerccio consciente da cidadania pela

    coletividade.

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    Neste contexto, o currculo envolve outros trs: Quais sejam: currculo formal

    plano e propostas pedaggicas, currculo em ao aquilo que efetivamente

    acontece nas salas de aula e nas escolas e currculo oculto o dito, aquilo que

    tanto aluno quanto professores trazem, carregado de sentimento, criando as formas

    de relacionamento, poder e convivncia nas salas de aula.

    Este paradigma curricular uma forma de organizar princpios ticos,

    polticos e estticos que fundamentam a articulao entre as reas do

    conhecimento e aspectos da vida da cidad.

    A base nacional comum: refere-se ao conjunto de contedos mnimos das

    reas do conhecimento articulados aos aspectos da vida cidad de acordo com o

    artigo 26 da LDB, por ser a dimenso obrigatria dos currculos nacionais certamente mbito privilegiado da avaliao nacional do rendimento escolar. A base

    nacional comum deve preponderar substancialmente sobre a dimenso

    diversificada. certo que o artigo 15 de LDB indica um modo de se fazer

    travessia, em vista da autonomia responsvel dos estabelecimentos escolares. A

    autonomia, como objeto de uma escola consolidada, saber resumir a sua proposta

    pedaggica (artigo 12 da LDB) a integrao da Base Nacional comum e da parte

    diversificada, face s finalidades da educao fundamental.A Parte Diversificada envolve os contedos complementares escolhidos por

    cada sistema de ensino e estabelecimentos escolares, integrado Base Nacional

    Comum, de acordo com as caractersticas regionais e locais da sociedade, da

    cultura, da economia e da clientela, referindo-se, portanto na Proposta Pedaggica

    de cada Escola conforme artigo 26 LDB.

    Os contedos mnimos das reas do Conhecimento referem-se s noes e

    conceitos essenciais sobre fenmenos, processos, sistemas e operaes, quecontribuem para a constituio de saberes, conhecimentos, valores e prticas

    sociais indispensveis ao exerccio de uma vida de cidadania plena.

    Assim sendo, em todas as escolas, dever ser garantida a igualdade de

    acesso dos alunos a uma Base Nacional Comum, de maneira a legitimar a unidade

    e a qualidade de ao pedaggica na diversidade nacional; a Base Nacional comum

    e sua Parte Diversificada devero integrar-se em torno do paradigma curricular, que

    visa estabelecer a relao entre a Educao Fundamental comum.

    Hoje, as questes curriculares esto intimamente conectadas aos problemas

    sociais e, em dias mais recentes, aos aspectos culturais. Uma pedagogia crtica

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    para formar cidados capazes de exercer poder sobre suas vidas e especialmente

    sobre as condies de produo e aquisio de conhecimento. Que buscam refletir

    sobre os contedos manifestos e ocultos na realidade social e escolar deve estar

    articulado prtica escolar, para que nesta se possam problematizar as relaes do

    poder que ocorrem nas diferentes trocas, linguagens, tempo e espaos sociais.

    Segundo DE LA TORRE (1993, p.138) o modelo holstico do currculo,

    agrupa os diferentes conceitos curriculares em trs dimenses: reflexo, estratgias

    e ao, que correspondem s trs dimenses da estrutura curricular: projeto,

    processo e ao, com uma clara interdependncia entre elas.

    Essa concepo holstica nos leva a considerar o currculo como um fator de

    mudana. Um currculo, portanto, transformador e aberto, em que predomine acomplexidade, a heterogeneidade e a diversidade frente simplicidade,

    homogeneidade e uniformidade.

    necessrio refletir sobre a necessidade de um currculo intercultural, que

    assume as propostas da pedagogia intercultural, as quais buscam superar aquelas

    pedagogias que trataram as relaes culturais sob a tica de uma cultura dominante

    e assimiladora das minorias, dissolvendo suas tradies em favor das hegemnicas.

    BARRON (1992, p.231) estabelece uma srie de competncias prioritrias a serdesenvolvida por um currculo intercultural:

    1. Competncias para a comunicao intercultural e o trabalho em equipe:

    Centrada na promoo de projetos de trabalho conjunto, nos quais a

    diferenciao cultural no implica a separao de seus membros. Ainda que

    tal separao tenda a se formar de modo natural, por razes de afinidade e

    semelhana cultural, a interveno educativa deve promover o intercmbio

    intercultural, compartilhando valores, preocupaes universais e umaeducao igualitria para todos.

    2. Conscincia crtica e tica que permita superar as atitudes de

    discriminao. Trata-se de unir a crtica e a tica para criar um sistema de

    interveno pedaggica que permita ordenar a ao social e poltica para

    desenvolver uma sociedade mais justa, igualitria e livre, mediante a

    promoo da comunicao, da auto-realizao e da solidariedade. As reas

    transversais do currculo oferecem uma oportunidade para realizar essa

    tarefa.

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    3. Comportamento autnomo e solidrio: entendendo a necessidade

    inevitvel dessas dimenses como formadoras do desenvolvimento humano,

    tanto individual como social.

    Em Currculo, cultura e sociedade MOREIRA E SILVA (1994), rejeitam o

    conceito de currculo como um rol de coisas a serem transmitidas e absorvidas com

    passividade. O currculo , antes, um terreno de produo e de poltica cultural, no

    qual os materiais existentes funcionam como matria-prima de criao, recriao e,

    sobretudo, de contestao e transgresso.

    MOREIRA E SILVA (1994) afirmam que o currculo escolar constitui um

    marco, uma moldura que delimita a insero das crianas em sistemas designificao, nos quais elas representam coisas, nos quais partilham significados e

    nos quais ampliam sua compreenso da realidade. Pelo uso dos signos e da

    .linguagem que representamos o mundo e lhe damos significado, atribumos

    .determinados sentidos aos seus objetivos e aos seus eventos.

    Ao caracterizar deste modo as prticas curriculares, querem apontar para o

    imperativo de v-las articuladas como o conjunto de prticas sociais que constituem

    no apenas a escolarizao, mas toda a experincia que nos institui como sujeitos. preciso lembrar que as crianas interagem com outros artefatos culturais, na

    mdia, nas relaes sociais, elas vivem imersas numa teia discursiva, num universo

    de significados que transcende ao espao da escola.

    O modelo curricular, bem como o seu desenvolvimento, deve ser uma funo

    de todo o meio ambiente da criana, no apenas o da escola e dos aspectos da

    cultura generalizada. Devem ser includos aspectos scio-culturais de dentro e de

    fora da escola. O currculo deve tratar de recreao, sade, atividades criativas,ajustamento em casa, bem como da soluo de problemas e situaes que

    envolvam tarefas na sala de aula.

    Os contedos da escolaridade so definidos, em todos os nveis e

    modalidades de ensino, a partir dos problemas encontrados no cotidiano,

    possibilitando a transformao da compreenso sobre o vivido e oportunizando a

    construo de conhecimentos significativos, que se reorganizam na relao entre os

    conceitos cotidianos e cientficos.

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    3.1.1 Currculo Funcional

    O Currculo Funcional uma proposta de ensino que visa melhoria da

    qualidade de vida de pessoas com deficincia mental. De um modo geral, trata-se

    de um amplo empreendimento de ensino projetado para oferecer oportunidades

    para os alunos aprenderem, as habilidades que so importantes para torn-los

    independentes, competentes, produtivos e felizes em diversas reas importantes da

    vida, familiar e em comunidade. A idia bsica que o ensino esteja orientado para

    promover a interao positiva desse aluno com o meio em que vive.

    Currculo Funcional aquele que facilita o desenvolvimento de habilidades

    essenciais, a participao em uma grande variedade de ambientes integrados(FALVEY, 1982).

    Para determinar se uma atividade curricular funcional ou no, o professor

    deve se perguntar: caso o aluno no aprenda a desempenhar esta atividade,

    algum ter que fazer isto, para ele? Se a resposta for sim, a atividade muito

    provavelmente ser funcional (FALVEY, 1982).

    muito importante que estes alunos adquiram e desempenhem outras

    atividades que no sejam funcionais, uma vez que elas iro melhorar a suaqualidade de vida. Habilidades de recreao e lazer um bom exemplo (BROWN et

    al, 1986).

    A oportunidade de fazer escolhas, tomar decises e expressar preferncias

    so aspectos bastante negligenciados em programas educacionais para as pessoas

    com limitaes intelectuais (SHEVIN & KLEIN, 1984; GUES et al, 1985; FALVEY,

    1989).

    Desta forma, trs contextos de oportunidades de escolha devem serconsiderados (SHEIVIN & KLEIN, 1984).:

    Atividades de classe planejadas para o desenvolvimento de habilidades

    especficas de escolha;

    Integrao das oportunidades de fazer escolhas durante o perodo escolar

    atravs das diferentes reas curriculares;

    Proviso de oportunidades dentro e fora da escola para o aluno vivenciar os

    benefcios e conseqncias das escolhas feitas

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    Partindo do pressuposto que educao no s escolaridade no sentido de

    contedos meramente acadmicos, e que todas as pessoas podem beneficiar-se da

    educao sistemtica e assistemtica, Notadamente junto aos alunos com

    deficincia consideradas mais graves surgiu a necessidade de se trabalhar, sob

    uma tica educacional, tambm as chamadas atividades de vida diria e as

    atividades de vida prtica oportunizando aos alunos maior independncia e

    autonomia em seus hbitos e atitudes, possibilitando pessoa sentir-se til.

    Incluindo no s os asseios corporais e cuidados domsticos, mas tambm as

    atividades relacionadas com o lazer, a vida comunitria, o transporte e tantas

    outras.

    O Currculo Funcional uma proposta que aponta caminhos para o aluno, sua maneira e com o auxilio da famlia e de professores, tenha participao social e

    melhor autogesto na vida. Para atingir as metas no Currculo Funcional, torna-se

    importante a participao da famlia e interao amistosa entre o professor e o

    aluno que so os agentes do processo ensino-aprendizagem.

    Para elaborar e implementar um empreendimento de ensino funcional

    importante organizar o ensino e refletir cuidadosamente sobre o seu planejamento.

    Um elemento desse planejamento um programa educacionalindividualizado, baseado em necessidades atuais e futuras do aluno. Nesse

    programa de ensino, os objetivos so identificados a partir do contexto de vida do

    aluno e das informaes sobre o conhecimento e habilidades que ele tem, bem

    como sobre aqueles que dever aprender.

    Cabe ao professor identificar os objetivos especficos, com clareza e

    simplicidade, nas diversas oportunidades de ensino que o ambiente escolar;

    familiar; cultural; comunitrio, oferecem. Por exemplo, se um aluno no sabe comocuidar de suas necessidades pessoais, estas sero relacionadas como objetivos de

    ensino. Mas, dizer que uma habilidade da rea de autocuidados escolhida como

    objetivo prioritrio para o aluno no significa que somente esta habilidade deva ser

    ensinada. Enfatizam-se todos os aspectos da vida do aluno, como, por exemplo, o

    social, acadmico, linguagem, que sejam relevantes para torn-lo independente e

    produtivo e capacit-lo a viver bem em comunidade. Habilidades de autocuidados

    constituem uma rea em que o aluno precisa ser independente. Os objetivos

    educacionais so determinados para sua imediata funcionalidade no trabalho e na

    vida diria.

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    O professor seleciona os objetivos de ensino a partir da coleta de

    informaes em visitas domiciliares, entrevistas com a famlia e realizao de

    observaes direta do aluno em atividades da rotina. Nessas ocasies, so

    identificados os comportamentos e conhecimentos que o aluno ainda no aprendeu,

    aqueles que so importantes para o aluno ser mais independente, e as habilidades

    que esto de acordo com a sua idade cronolgica.

    Todos os objetivos de ensino so importantes, desde que os conceitos ou as

    habilidades ensinadas sejam funcionais e possam ser utilizadas ao longo da vida

    dos alunos. No entanto, muitas escolas parecem insistir em produzir conhecimentos

    e habilidades no funcionais nos ambientes educacionais. A maioria dos programas

    educacionais para a populao em geral, assim como para os alunos que tmdificuldade na aprendizagem, incluem o ensino para memorizar conceitos, tais como

    nomes de cores e formas, recortar, colar, apontar, escrever, etc. Ensinar cores

    importante, mas tornar esse conhecimento funcional para o aluno ainda mais

    importante. Utilizam-se cores no cotidiano quando se selecionam produtos em

    supermercados ou lojas, para identificar sinais de trnsito, distinguir roupas

    preferidas e no preferidas, distinguir os alimentos, discriminar objetos em que o

    conhecimento necessrio.Desta maneira, discriminar cores passa a ser imediatamente funcional e

    amplamente aplicvel em situaes semelhantes. O mesmo ocorre com as

    habilidades de recortar, colar, pintar, desenhar, escrever, apontar, etc. que podem

    ser mais motivadoras e interessantes, quando houver a necessidade dessas

    habilidades em oportunidades reais que o cotidiano oferece. Por exemplo, a

    habilidade de recortar til, quando embrulhamos um presente, na realizao de

    trabalhos artesanais com tecidos ou papis, para abrir correspondncia etc. Noficamos recortando papis ou outros objetos ao acaso. Nesse sentido, quando os

    objetivos de ensino so teis e fazem parte do dia-a-dia, a maioria dos alunos

    recorda e retm a informao ou buscam o aperfeioamento no desempenho das

    atividades. Do contrrio, passa-se muito tempo fazendo algo que no muito

    interessante e que no resulta em conhecimento que se possa utilizar

    imediatamente. Como resultado, o educando enfrenta fracassos contnuos que o

    levam a frustrao e a pouca motivao para aprender.

    Faz-se necessrio um ensino mais sistematizado e peridico, isto , carecem

    de elaborao de procedimentos, bem como de estratgias verbais, visuais e

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    principalmente de realizao at ser internalizado. Os procedimentos de ensino

    devem buscar a reproduo do convvio do aluno.

    Finalmente, na organizao do ensino funcional deve-se considerar um plano

    de avaliao que deve ocorrer durante todo o processo de ensino/aprendizagem.

    Na hiptese de fracasso ou no engajamento do aluno nas atividades, verifica-se a

    adequao dos objetivos de ensino e, principalmente, das estratgias de ensino s

    caractersticas individuais e analisa-se o desempenho do aluno nas atividades. Os

    dados dessas observaes auxiliam o professor na reviso das condies de

    ensino, a promover mudanas nas estratgias e reavaliar o ensino durante o

    decorrer do tempo. Isso significa avaliar procedimentos e tcnicas de ensino, seus

    efeitos e modificar o que for necessrio para promover a aprendizagem. Assim. Opapel do professor o agente facilitador na situao do ensino/aprendizagem.

    O currculo funcional, na educao especial, pode ser analisado no artigo: A

    Educao Especial no Marco do Currculo Escolar, MIRANDA (2000), diz que a

    adequada resposta s necessidades educativas especiais e comuns dos alunos

    exige dispor de um projeto educativo na escola, compartilhado por toda a

    comunidade educativa que assuma, tanto a nvel conceitual, como metodolgico e

    organizacional, a diversidade como fator inerente a todo grupo humano. Esseprojeto escolar deve dar sentido a todas as atuaes e servios que possam

    precisar aos alunos, tendo sempre as situaes mais inclusivas possveis no ensino

    regular. Os recursos precisos para esta situao educativa, em quantidade

    suficiente e com a qualidade requerida em cada caso devem ser os recursos da

    escola, a qual deve assegurar a ateno especfica aos alunos que dela precisam.

    Para isso, a identificao das necessidades educativas de um aluno constitui

    ponto de partida para a determinao da atuao educacional que se concretiza nocurrculo escolar, assim como os recursos pessoais e materiais precisos para o

    processo educativo.

    Determinadas informaes sobre o desenvolvimento dos alunos: biolgicos,

    intelectuais, lingsticos, psicomotores, sociais e emocionais; compreendem um

    grupo de aspectos especialmente relevantes e ajudaro a conhec-los em maior

    profundidade e ajustar melhor a resposta educativa que necessitam.

    MIRANDA (2000), tambm salienta a participao dos pais que deve ser

    assegurado, essa colaborao entre famlia e escola tem conhecidos efeitos

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    positivos no desenvolvimento educativo de alunos com necessidades educativas

    especiais.

    Ressalta que para oferecer uma resposta educativa ante a diversidade de

    alunos, uma proposta de currculo aberto, oferece um dos instrumentos mais

    valiosos. Assim, os professores contam com estratgias educativas que lhes

    permitiro alcanar a individualizao do ensino: as adaptaes curriculares.

    As adaptaes curriculares visam adequar o currculo s necessidades

    especiais dos alunos. Podem constituir alteraes pouco expressivas ou muito

    significativas nos contedos, procedimentos didticos e avaliativos, de modo a

    possibilitar o atingimento dos objetivos definidos para cada etapa educativa.

    Essas adaptaes curriculares que visam o acesso aprendizagem podemincluir, segundo Manjn e Col. (1997):

    A criao de ambiente fsico e material adequado s necessidades

    educacionais do aluno;

    A melhoria dos nveis de comunicao com os adultos e com os colegas;

    A adequao dos mtodos, tcnicas e procedimentos didtico-pedaggicos

    para a aprendizagem e a sua integrao social;

    A colocao do aluno nos grupos que favorecem a sua aprendizagem e asua integrao social;

    A organizao do ambiente da sala de aula e das atividades de modo

    acessvel a todos os alunos, inclusive aos que apresentem necessidades

    especiais;

    A introduo de atividades complementares ou substitutivas para o aluno

    alcanar os objetivos dos demais colegas;

    A supresso de atividades e objetivos educacionais que no esto aoalcance do aluno em decorrncia de suas limitaes ou que impeam sua

    participao ativa no grupo;

    A substituio de objetivos e atividades por objetivos acessveis,

    significativos e bsicos para o aluno;

    A adaptao do tempo e dos critrios para o cumprimento dos objetivos, o

    desenvolvimento dos contedos e a realizao do processo avaliatrio.

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    Mesmo com todas essas possibilidades, nem sempre um currculo regular

    alterado atende s necessidades do aluno com deficincia mltipla. Muitas vezes,

    em decorrncia da gravidade de suas deficincias, alguns requerem um currculo

    individual especfico.

    Alm das adaptaes, algumas recomendaes podem ser observadas para

    sua educao:

    Apoiar o processo de desenvolvimento e aprendizagem da criana,

    respeitando as particularidades de suas etapas evolutivas;

    Encorajar, estimular e valorizar a criana, interagindo afetivamente com

    ela, favorecendo sua auto-estima e reconhecendo suas conquistas e

    realizaes;

    Desafiar a criana a participar, descobrir e criar;

    Adotar seu prprio desempenho como referncia para avaliaes.

    Seguindo uma tendncia internacional, a expresso adaptaes curriculares

    passa a denominar toda e qualquer ao pedaggica que tenha a inteno de

    flexibilizar o currculo para oferecer respostas educativas s necessidades especiais

    dos alunos, no contexto escolar, conforme podemos constatar na definio deestudiosos da rea:

    Podemos definir as adaptaes curriculares como modificaes que necessrio realizar em diversos elementos do currculo bsico paraadequar as diferentes situaes, grupos e pessoas para as quais se aplica.As adaptaes curriculares so intrnsecas ao novo conceito de currculo.De fato, um currculo inclusivo deve contar com adaptaes para atender diversidade das salas de aula, dos alunos (GARRIDO LANDIVAR, 1999, p.53).

    Diante dos nmeros significados que essa terminologia sugere, importante

    deixar claro o sentido que desejamos imprimir ao termo, de modo a no sugerir que

    tenhamos em mente que a escola dever ter um currculo adaptado ou separado

    para alguns. A idia que a flexibilizao/adaptao curricular seja uma

    prerrogativa para a celebrao das diferenas em sala de aula, contrariando a idia

    tradicional de que todos os alunos aprendem da mesma forma, com as mesmas

    estratgias metodolgicas, com os mesmos materiais e no mesmo tempo/faixa

    etria. Ou seja, precisamos abolir a idia de que teremos que adaptar o currculo

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    para aqueles que se diferenciam do grupo homogneo que, pretensamente,

    constitui as salas de aula.

    As dificuldades de aprendizagem dos alunos que apresentam deficincias,

    altas habilidades/superdotao e condutas tpicas manifestam-se com um contnuo,

    incluindo desde situaes leves e transitrias que podem ser passveis de

    interveno pedaggica por meio do desenvolvimento das estratgias

    metodolgicas utilizadas, cotidianamente, at situaes mais graves e permanentes

    que requerem a utilizao de recursos e servios especializados para sua

    superao.

    Ao contrrio do que imagina a maioria dos educadores, adaptaes

    curriculares no so desenvolvidas apenas pelos professores, em sala de aula, masdevem ser desenvolvidas em diferentes nveis de atuao:

    Nos Sistemas de Ensino (Secretaria Estadual e Municipal) quando so

    desenvolvidas aes que promovam a acessibilidade, a contratao de

    profissionais de apoio, a formao continuada de professores, as mudanas

    na matriz curricular, a implantao e implementao de uma rede de apoio.

    No projeto Poltico-Pedaggico da escola quando envolvem aes em

    que estejam contemplados todos os segmentos da comunidade escolar,alm daquelas diretamente relacionadas ao planejamento e execuo dos

    componentes curriculares:

    No planejamento do professor (sala de aula) quando estiverem implicadas

    a utilizao de estratgias metodolgicas, atividades e recursos que melhor

    respondam as necessidades individuais dos alunos que apresentam

    dificuldades de aprendizagem.

    Relembrando que as adaptaes curriculares so o conjunto de aes que se

    realizam nos objetivos, contedos, critrios e procedimentos de avaliao, nas

    atividades e metodologia para atender s diferenas individuais dos alunos.

    Essa proposta de um currculo aberto, flexvel e descentralizado requer um

    conjunto de medidas de poltica de desenvolvimento educacional imprescindveis

    para a mudana que supe a implantao do currculo proposto para tornar-se

    realidade na prtica escolar.

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    As medidas que afetam a referida mudana referem-se a seis mbitos

    distintos: formao do professor; materiais curriculares; servios de apoio escola;

    organizao escolar; investigao educativa e avaliao.

    GONZLES (2002) destaca a necessidade de um currculo em que a

    flexibilidade, a abertura, a autonomia e a adequao configuram-se como os seus

    aspectos definidores. Em relao educao especial, um currculo delineado por

    essas caractersticas dever:

    1. Contemplar as necessidades educativas dos alunos;

    2. Dar ateno diversidade na aula;

    3. Estimular a heterogeneidade;

    4. Favorecer a individualizao e a socializao do ensino;5 .Potencializar processos de colaborao reflexiva entre os profissionais;

    6. Desenvolver intervenes pedaggicas para os alunos com necessidades

    educativas especiais em uma dimenso mais cognitiva;

    7 .Adaptar o currculo s necessidades educativas dos alunos.

    Como princpios que regem as intervenes neste campo deve-se

    considerar: estruturar de forma ativas experincias e interaes de maneira quesejam recprocas; ajust-las ao gosto e interesses das crianas; reforar os

    comportamentos sociais; ter presente que as atividades mais importantes no

    desenvolvimento social so as resolues de problemas, programar atividades para

    generalizao.

    Segundo o mesmo autor, um aspecto bsico para uma vida adaptativa o

    desenvolvimento da autonomia. Muitos dos objetivos desta rea so aspectos

    chaves para facilitar a verdadeira integrao em grupos sociais de referncia. Essesobjetivos se realizam em atividades dirias que devem ser includos no currculo

    como prioritrios. Deve se comear trabalhando com os hbitos bsicos como

    higiene, alimentao, cuidado pessoal, etc. Ainda o desenvolvimento da autonomia

    dever centrar-se na aquisio de habilidades de autonomia pessoal tais como:

    saber orientar-se, deslocar-se sozinho ou ser capaz de utilizar os servios

    comunitrios de forma adequada. Esses objetivos vo sendo atingidos em etapas.

    Com respeito ao como ensinar, objetivos e contedos aos alunos com

    necessidades especiais, alguns critrios metodolgicos so recomendados pelo

    CMREE (1991), fomentar a motivao para a tarefa, aumentando a segurana do

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    Em um segundo momento os alunos agruparam as frutas, realizando a

    higiene e preparando a salada de frutas. O aluno A, apresentou dificuldades em

    picar a banana, demonstrando que em casa no realiza essa atividade. Os alunos

    J e K no conseguiram se servir sozinhos necessitando que a professora

    pegasse em sua mo para ajud-los a se servirem, percebemos que normalmente

    pais e professores super protegem as pessoas com deficincias.

    Somente o aluno A recusou-se a comer a salada de frutas, apesar de todo o

    incentivo dos colegas e a professora continuou se recusando.

    Essa atividade foi bastante dinmica e produtiva, onde os alunos ampliaram

    seus conhecimentos participando efetivamente de todo o processo.

    Quando fomos preparar a salada de frutas observei a grande dificuldade demuitos alunos realizarem com independncia essa atividade. Diante dessa situao

    percebemos o quanto necessrio que as atividades de vida diria sejam

    trabalhadas na escola e em casa com maior freqncia para que esses indivduos

    possam se tornar mais independentes.

    No decorrer da interveno pedaggica foram preparados bolo, gelatina, pat

    com a alface da horta com a participao efetiva dos alunos. Durante cada atividade

    realizada na cozinha so explorados os ingredientes e utenslios utilizados. Aps otrmino de cada atividade realizada a limpeza e organizao da cozinha com a

    participao dos alunos e feito o registro.

    Realizar no banheiro a higiene pessoal sugerida no material didtico, aps o

    recreio e lanche todos os dias; levando o aluno a perceber a necessidade e

    importncia da mesma para a manuteno da sade:

    - Lavar e secar as mos;

    - Escovar os dentes

    Atividade desenvolvida: Higiene pessoal aps o lanche.

    Diariamente como parte da rotina do dia, os alunos aps o lanche realizam a

    higiene. Necessitam estimulao para pegar seu material de higiene e se dirigirem

    ao banheiro. Os alunos na sala de aula colocam na escova a pasta na quantidade

    adequada sob orientao da professora e dirigem-se ao banheiro. A professora

    acompanha cada aluno na escovao fazendo as intervenes necessrias. O

    aluno F ainda no consegue fazer o bochecho e engole a gua, j o aluno A que

    no incio mostrava-se dependente, sem iniciativa e super protegido pela me agora

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    mostra-se independente na realizao da atividade. Aps a escovao, lavam e

    secam as mos com papel toalha, o aluno J que no incio pegava o papel toalha

    sem controle na quantidade para enxugar as mos j consegue perceber a

    necessidade de pegar apenas duas folhas.

    Ao trmino desta tarefa, todos vo para a sala e guardam seus materiais de

    higiene no armrio sob a orientao da professora. Observou-se progressos

    significativos em cada aluno ao realizarem esta atividade.

    Estimular o educando a preparar o seu lanche no refeitrio quando for

    possvel e a servir-se com independncia progressivamente. Colocar seus utenslios

    no balco da cozinha aps lanchar.

    Atividade desenvolvida no refeitrio no horrio do lanche

    A hora do lanche considerada um momento pedaggico, pois os alunos so

    estimulados a comerem adequadamente e com independncia, servindo-se

    sozinho, colando seus utenslios no balco da cozinha aps lanchar e ajudando na

    limpeza do refeitrio.

    Antecipadamente preparam seu lanche quando possvel: passam doce nabolacha, cortam o po e colocam queijo e presunto etc.

    O aluno A necessita de auxilio para por a sopa no prato no apresentando

    controle nos seus movimentos. Necessita vivenciar mais esta atividade envolvendo

    a famlia para que a mesma tambm oportunize este momento. O aluno F tambm

    apresenta algumas dificuldades: alimentando-se muito rpido e no apresentando

    controle da quantidade suficiente, fazendo-se necessrio estar sempre pontuando.

    Os alunos esto progressivamente alimentando-se melhor. A aluno J e oaluno P j conseguem colocar a comida no prato e o suco no copo sem

    derramarem.

    Atividade Produtiva

    Pintar latas e colar figuras decorativas para vender e arrecadar fundos para

    fazer um lanche fora da escola.

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    Atividade desenvolvida: Pintura de latas

    Os alunos participam na realizao de trabalhos artesanais com o objetivo de

    desenvolver suas habilidades. dada uma funo para cada produto

    confeccionado.

    Uma vez por semana foi realizada a pintura de latas. Cada aluno recebeu

    uma lata de variados tamanhos para pintar utilizando tinta e pincel. Os alunos A,

    B, K e F necessitaram de apoio constante para realizar a atividade. J os

    alunos P, G e J so mais independentes e receberam apenas algumas

    informaes. Aps o trmino da atividade foram ao banheiro lavar as mos e os

    pincis sob a orientao da professora. Os alunos ajudaram a professora a fazer o

    acabamento colando uma figura e passando o verniz na lata. No final da atividadeos alunos com a professora saram para efetuar a venda do produto para os

    funcionrios da escola.

    Os alunos demonstraram grande satisfao em receber o dinheiro, pois

    sabiam que iriam utilizar esta arrecadao para fazer um lanche no final do

    semestre.

    Atividade de SocializaoPossibilitar o desenvolvimento de comportamentos e atitudes adequadas

    para o convvio social com a realizao de um lanche em uma pizzaria.

    Atividade desenvolvida: lanche na pizzaria

    Como acertado anteriormente com aos alunos, a arrecadao da venda das

    latas decoradas foi agendada uma visita a uma pizzaria onde realizamos um lanche.

    Todos os alunos estavam muito empolgados em realizar este passeio. Aochegarmos no local fomos muito bem recebidos pelos funcionrios que nos levaram

    at a mesa. Os alunos B e J conversaram com os funcionrios que ficaram muito

    admirados com a educao dos mesmos. Todos lancharam sob a orientao da

    professora e atendente, comportaram-se adequadamente e surpreenderam a todos

    que ali estavam. No final do lanche os funcionrios elogiaram o comportamento dos

    alunos dizendo que os alunos ditos normais, de modo geral no apresentam tal

    comportamento. Para a surpresa de todos os funcionrios haviam preparado uma

    lembrana para cada aluno que ao receberem ficaram muito felizes.

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    Observamos que esta atividade elevou a auto-estima dos nossos jovens, isto

    se refletiu no comportamento e na fisionomia alegres dos mesmos.

    Atividade de Psicomotricidade

    Realizar atividades variadas de psicomotricidade na quadra, explorando o

    corpo, lateralidade, estruturao e organizao espacial, postura, equilbrio,

    locomoo e coordenao motora ampla.

    Atividade desenvolvida: Explorando o Corpo.

    Os alunos manipularam as bexigas de diversas maneiras: com as mos, com

    os ps, com a cabea e com o corpo.Observou-se durante a atividade que o aluno A permaneceu o tempo todo

    isolado do grupo, no interagindo, ficando calado e retrado.

    A aluna K dispersa e na brincadeira com a bola havia necessidade de

    seguir orientaes, houve a interveno da professora para ajud-la, mas ela

    recusava-se a seguir as regras do jogo querendo somente brincar com a bola do

    seu jeito.

    O aluno F est interagindo melhor com o grupo, mostrando-se participativoem colaborar e o alunoJest sempre atento, chamando ateno dos colegas

    para realizarem corretamente a atividade . Observei que os educandos esto

    fazendo relaes sociais atravs de movimentos, explorando o corpo de maneira

    mais natural e expressiva.

    Obs. Todas as atividades realizadas sero feitas pelo aluno com ajuda do

    professor. Retirar progressivamente a ajuda at que seja capaz de executar a tarefa

    apenas com superviso.Sempre que possvel s atividades vivenciadas pelos alunos sero

    sistematizadas em sala.

    4 CONCLUSO

    Dentre as dificuldades atuais encontradas na educao de alunos comdeficincia intelectual em nosso pas, esto a falta de conhecimento sobre quais as

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    limitaes e habilidades que essas pessoas possuem, a capacidade do profissional

    que os que atendem, e a escolha de um currculo educacional adequado para o

    desenvolvimento integral destes alunos.

    A abordagem do Currculo Funcional tem sido uma proposta defendida para a

    educao desses jovens, levando em considerao aspectos importantes para o

    processo de integrao, desenvolvimento de habilidades funcionais que estejam

    vinculadas a qualidade de vida e a adequao de idade cronolgica, priorizando o

    ambiente natural do aluno para realizao das atividades e tambm a participao

    efetiva dos pais para que paralelamente oportunizem a seus filhos desenvolverem

    tarefas do seu cotidiano.

    O presente projeto do Currculo Funcional apresenta alternativas para nossosalunos adquirirem maior autonomia, independncia e alcanarem melhor

    desempenho no seu dia-a-dia.

    Nosso trabalho foi gratificante, pois, nossa interveno como professoras

    nesse processo de mediao foi baseado na credibilidade das mudanas.

    A teoria de Feurstein citado por FONSECA (1995), muito contribuiu para

    nossa prtica pedaggica. Como mediadores devemos provocar situaes nas

    quais o aluno necessite pensar, colaborar para a melhoria da sua auto-imagem.No trabalho com o deficiente intelectual, qualquer interveno tem que ter

    como primeiro objetivo o desenvolvimento da identidade positiva, de auto-imagem

    sadia e da autoconfiana.

    Segundo FERREIRA (1990), a aprendizagem um processo vincular, dois

    personagens quem ensina e quem aprende um vnculo que se estabelece entre

    ambos, sendo que no ntimo deste vnculo humano, que se processa a

    aprendizagem.O Currculo Funcional vem sendo desenvolvido em nossa escola, pois

    sentimos a necessidade da elaborao e da prtica deste projeto na medida em que

    a idade dos nossos alunos mais comprometidos foi avanando e teramos que

    conhecer mais para atender com qualidade esses educandos.

    Este projeto veio enriquecer com novas experincias e um conjunto de

    atividades adequadas, vivenciadas no cotidiano do nosso trabalho, como

    mediadoras da construo do conhecimento.

    Os resultados alcanados demonstraram aspectos como: melhoria no

    relacionamento entre os alunos, na disciplina, crescimento pessoal, autonomia,

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    melhoria da auto-estima e a confiana em si prprio. Acreditamos que dessa forma

    nossos adolescentes tero maiores condies de construir sua cidadania e se

    tornarem indivduos produtivos e participativos do processo de desenvolvimento

    pessoal e social.

    REFERNCIAS

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