cruz de combate ii esfeb

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Apesar de existirem algumas informações sobre

as referidas medalhas, estas são esparsas e

insuficientes. Informações sobre a quantidade

de medalhas concedidas, tipos de cunhagens e

datas de concessão não existiam até então.

Sendo assim, este estudo teve por objetivo

fazer uma revisão de literatura, de forma que

estas informações possam trazer à tona

maiores conhecimentos históricos e

numismáticos sobre as referidas medalhas.

I – INTRODUÇÃO

II – DESENVOLVIMENTO

a. Critérios de concessão

b. Descrição da medalha

c. Proposta de concessão da medalha

d. Local de concessão

e. Prazos de concessão

f. Diplomas

g. Novas cunhagens

h. Dilatação dos prazos e últimas concessões

i. Quantitativos concedidos

III – CONCLUSÃO PARCIAL

(FEV 44)(JUL 1932)

JUL 1918

(JAN 1918)(JAN 1861)

As Cruzes de Combate foram medalhas

criadas para serem outorgadas aos militares

que se distinguiram em ação, sendo que a de

1ª Classe para aqueles que praticaram atos de

bravura, ou revelaram espírito de sacrifício no

desempenho de missões de combate, e as de

2ª Classe para aqueles que participaram de

feitos excepcionais, praticados em conjunto,

por vários militares.

D.O.U. de 25 de

outubro de 1944

Responsável: General Comandante da Força em Ope-

rações

Publicação de atos de bravura comprovados em BI

Recurso - General Comandante

- Ministro da Guerra

Estes requerimentos foram feitos pelo menos até

1948, com o último caso que se tem registro o do 2º

Sargento Enfermeiro, do Hospital Central do Exército,

Artelino Borges dos Santos, o qual solicitava a Cruz de

Combate de 1ª Classe, tendo seu requerimento sido

arquivado por falta de amparo legal. (D.O.U. 16 de

dezembro de 1948).

A Cruz de Combate seria entregue no Teatro de

Operações, em presença de tropa, pelo Comandante

das Forças em Operações. Para os ausentes, proceder-

se-ia como previsto para a Medalha de Campanha, em

local e datas fixados pelo Ministro da Guerra.

Como os acontecimentos eram sucessivos e

rápidos, muitas vezes as partes de combate não eram

escritas, perdendo-se a oportunidade de se descrever

alguma ação meritória e, desta forma, concedendo

tardiamente alguma condecoração, mesmo que ainda

na Itália.

INICIAL: até seis meses após o regresso da ultima

fração do TO (25 Out 44)

Último regresso: 31 Out 45 (DOU 30 Nov 45)

ALTERAÇÃO: até um ano após o regresso (DOU 24

Abr 46)

Veremos adiante que estes prazos foram

adiados mais algumas vezes, não tendo encerrado

ainda a concessão das Cruzes de Combate nesta

segunda data prevista: 31 de outubro de 1946.

Como dito anteriormente, os prazos para

entrada de requerimentos para a concessão das

medalhas foi dilatado várias vezes. Então, em março

de 1948, quando o estoque da cunhagem inicial estava

esgotando, não sendo suficiente para as futuras

concessões, o Presidente da República determinou

que o Ministério da Fazenda enviasse mensagem,

devidamente justificada, à Câmara dos Deputados,

solicitando abertura de crédito especial, para a

aquisição de Medalhas de Guerra e de Cruz de

Combate, conferidas a Oficiais, Sargentos e Civis, a

título de excepcional distinção (Noticiário, transcrito

do D.O.U. de 3 de março de 1948).

A resposta da Câmara dos Deputados foi

enviada ao Presidente através da mensagem Nr. 165,

acompanhada da exposição de motivos Nr 433, de 8

de abril de 1948, justificando a necessidade de

abertura de crédito especial, pelo Ministério da

Guerra, na importância de Cr$ 1.189.900,00 para

atender as despesas com a confecção de medalhas de

guerra e da cruz de combate, conferidas a oficiais,

sargentos e civis. (Aviso Nr 108, P.R. 9.167 – 48, ao 1º

Secretário da Câmara dos Deputados, transcrito no

DOU de 30 de abril de 1948).

Esta quantia permitiu ao Exército que cunhasse as

medalhas que estavam faltando ser entregues àqueles

que já faziam jus e ainda não tinham sido

condecorados, e provavelmente ainda teria alguma

sobra para que fossem entregues àqueles que ainda

as requeressem no futuro. O processo iniciado em

março de 1948 foi encerrado apenas em 1952, quando

houve novamente a concessão da referida medalha, já

com as medalhas da segunda cunhagem.

Não se sabe o motivo, mas algumas pequenas

características das medalhas iniciais não foram

mantidas, originando um 2° modelo de Cruz de

Combate. Talvez a mudança de fabricante possa ser

uma das razões.

Falta de controle do Exército.

A determinação do Secretario Geral da Guerra Paulo

Figueiredo corrobora com esta hipótese. Ele

determinou, aos comandantes de corpos e chefes de

estabelecimentos e repartições militares, que

remetessem, com a possível urgência, à sua secretaria,

relações de oficiais, praças e serventuários civis que

foram agraciados com as Medalhas de Guerra, Cruz de

Combate de 1ª Classe, idem de 2ª Classe, Sangue do

Brasil, Ouro, Prata, Bronze e passadeira de Platina,

descriminando separadamente as condecorações,

assim como as dos que ainda não receberam os

diplomas da Medalha de Campanha da F.E.B.

(Noticiário, transcrito no DOU de 16 de março de 1949).

TO – antes 08 maio

CC1 – 8

CC2 - 23

TO – após 08 maio

CC1 – 111

CC2 - 69

Brasil – Set 45 e Jul 47

CC1 – 454

CC2 - 512

Brasil – Fev 52 e Mai 61

CC1 – 70

CC2 - 513

TOTAL

CC1 – 643

CC2 - 1117

Os totais encontrados neste estudo foram próximos

aos números divulgados no Livreto Notícia Histórica

(1945, p. 43) "Além disso, perto de 1500 citações de

combate (grifo nosso) e cerca de 1000 condecorações

atestam bem o valor com que se bateu a nossa gente,

em tão curto prazo".

Apesar de cerca de 1750 cruzes de combate terem

sido concedidas, o número de diplomas foi um pouco

maior, pois temos que acrescentar a este resultado os

diplomas conferidos àqueles que tombaram em

combate. Desta forma, os números subiriam para

aproximadamente 2100 diplomas.

Por fim, o Brasil mandou cerca de 25000 homens do

Exército para a Itália. Com os resultados encontrados

neste estudo, podemos concluir parcialmente que

cerca de 8,4% dos febianos receberam uma das duas

mais altas condecorações que a FEB possuía,

demonstrando que grande parte destes homens

demonstraram elevado espírito de cumprimento de

missão e sentimento do dever, não medindo esforços

para honrar o nome do Brasil, perante os aliados e

perante inclusive seus inimigos.