“crise internacional, oportunidades e desafios para a retomada do crescimento econÔmico...
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DECOMTEC
1
“ CRISE INTERNACIONAL , OPORTUNIDADES E DESAFIOS
PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO
BRASILEIRO ”
CONVENÇÃO - CIESP
DECOMTEC - Departamento deCompetitividade e Tecnologia
Agosto de 2012
José Ricardo Roriz Coelho
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1. Quais as perspectivas para o crescimento econômico mundi al nospróximos anos e a situação das principais economias? Qual o p rincipaldrive para o crescimento?
2. Quais as principais oportunidades para acelerar o cresci mento do PIBbrasileiro nos próximos anos? Quais as cadeias produtivas c om maiorpotencial de crescimento?
3. O Brasil tem aproveitado e está preparado para aproveitar taisoportunidades?
4. De que maneira alguns países converteram oportunidades e mcrescimento econômico? O que seria um crescimento razoável p ara oBrasil nos próximos anos?
5. Qual estratégia o Brasil precisa seguir para crescer nova mente?
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3Fonte: Banco Mundial. Elaboração:DECOMTEC/FIESP.
Crescimento do PIB (%a.a.)
A crise financeira internacional afetou o crescimento econômico mundialem 2008-09. Houve recuperação em 2010-11, mas até 2014 a economiaglobal terá nova desaceleração
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
60´s 70´s 80´s 90´s 2000-07 2008-09 2010-11 2012-2014
Área do Euro Mundo Brasil China Índia Estados Unidos
Mundo:3,5%
2,9%
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4Fonte: Banco Mundial. Elaboração:DECOMTEC/FIESP.
Crescimento do PIB (%a.a.)
A crise financeira internacional afetou o crescimento econômico mundialem 2008-09. Houve recuperação em 2010-11, mas até 2014 a economiaglobal terá nova desaceleração
-2,0
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4,0
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60´s 70´s 80´s 90´s 2000-07 2008-09 2010-11 2012-2014
Área do Euro Mundo Brasil China Índia Estados Unidos
2,9%
3,7%
6,9%
8,4%
2,4%
0,6%
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5
Principais características da crise nas maioreseconomias mundiais: Europa, EUA e China
� Europa:o Elevado endividamento público e privado com aumento expressivo nas taxas de juros
da dívida (por exemplo, Espanha acima de 7,0%a.a. para 10 anos);o Políticas fiscais recessivas (contração do gasto público) e queda da demanda interna;o Indefinições na política monetária levando à insuficiência de políticas anticíclicas;o Estagnação ou retração do mercado interno e retração no comércio externo.
� EUA:o Alto endividamento das famílias;o Deflação de ativos (imóveis) e insolvência de empresas e famílias;o Baixo nível de confiança do consumidor, em economia cuja base é o consumo;o Paralisia nas decisões de política econômica de reação à crise;o Baixo crescimento do mercado interno, do PIB e retração no comércio externo.
� China:o Menor capacidade de exportação (queda da demanda nos mercados: EUA e UE);o Mercado interno ainda insuficiente para sustentar crescimento econômico recente;o Possíveis pressões por redução no superávit comercial chinês de manufaturados;o Regime político tem baixa eficácia na resolução de conflitos, o que é especialmente
problemático em épocas de redução do crescimento.o Alguns trabalhos indicam tendência a significativa redução no crescimento da renda
per capita no nível que a China deverá atingir em quatro anos.
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o Os prognósticos indicam que a expansão das exportações deve dar menor contribuição aocrescimento da economia mundial até 2014, se comparado às últimas décadas.
o Reduzido crescimento das exportações e queda da demanda interna dos países têmcontribuído para elevação das taxas de desemprego. O Brasil é exceção, com diminuição dodesemprego.
o O aumento do desemprego é agravado pelo crescimento do endividamento do setor privado,limitando a recuperação das economias centrais. Apesar do crescimento recente, o créditono Brasil é relativamente reduzido.
o O endividamento público alto e crescente é mais um fator negativo nas perspectivas derecuperação do crescimento da economia mundial. Já no Brasil, o endividamento públicotem diminuído.
Cenário econômico Mundo X Brasil
O Brasil possui mercado interno com crescimento rel evante, e a curto e médio prazo não existem alternativas
Nesse quadro, o crescimento com base na demanda externa tem m enor potencial...logo: os países que quiserem crescer, nestes próximos anos, vão depender daexpansão do mercado interno.
Além disso, o Brasil ainda possui outros aspectos que podem contribuir para a retomada do crescimento econômico nos próximos anos.
Mundo = (-) Mercado Interno (+)Endividamento (+)Desemprego (-)Exportações
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O processo de mudança na composição de classes (aumento de re ndade parte da população das classes C, D, E + Bônus demográfico) , comconsequente crescimento da participação das classes C, bem como A eB, projeta mais crescimento do consumo interno nos próximos anos
93 83 9673 64 56
46 55
6695 106 113
9 13
1320 23 31
1993 1995 2003 2009 2011 2014P
Classes A e B
Classe C
Classes D e E
57% da população
População Brasileira por Classes Sociais* (milhões de pessoas)
Fonte: FGV. BC e MF. Elaboração Decomtec/FIESP. *Baseado em dados da PNAD (IBGE)
Boa parte da população cuja renda tem crescido está ingressando no mercadoconsumidor, sobretudo de bens de consumo não duráveis e duráveis.
Elevada propensão ao consumo de
produtos industriais
57% da população
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No ESTADO DE SÃO PAULO, avalia-se que nove cadeiasprodutivas têm potencial de crescimento, favorecendo a realizaçãode significativo volume de investimentos nos próximos anos.
• Outros setores da economia brasileira
-Positivamenteimpactados peloaumento da renda e dos investimentos
• Cadeias produtivas estruturantes no Estado de São Paul o
• Viabilizadores:-Política industrial-Fundamentos macroeconômicos- Inovação e tecnologia
Aço-intensiva-Bens de capital-Automotiva-Produtos de metal
Petróleo e gás-E&P-Refino
Agropecuária-Agro: açúcar/etanol, laranja-Pecuária: bovino, frango, suíno, lácteos
Têxtil-Confecção
Química-Fertilizantes-Petroquímica-Química fina / fármacos-Plástico-Química verde / biodiversidade
Alimentos-Processamento de alimentos
Eletrônica-TIC´s
-Semicondutores
Aeroespacial-Aviação/Defesa
Constr. civil- Infraestrutura-Habitação
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Petróleo e gás Alimentos
EtanolAutomotiva QuímicaConstrução Civil
Setores vetoresancorados na demanda interna:
Setores vetoresancorados na demanda externa:
Grau de dinamismo+ -
Grau de dinamismo+ -Fonte: análise Bain
Eletrônicos
Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos,com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias noESTADO DE SÃO PAULO
Aeroespacial
Autopeças
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Petróleo e gás Alimentos
EtanolAutomotiva QuímicaConstrução Civil
Setores vetoresancorados na demanda interna:
Setores vetoresancorados na demanda externa:
Grau de dinamismo+ -
Grau de dinamismo+ -Fonte: análise Bain
Eletrônicos
Aeroespacial
Bens de capitalAutopeças
Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos,com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias noESTADO DE SÃO PAULO
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Petróleo e gás Alimentos
EtanolAutomotiva QuímicaConstrução Civil
Setores vetoresancorados na demanda interna:
Setores vetoresancorados na demanda externa:
Grau de dinamismo+ -
Grau de dinamismo+ -Fonte: análise Bain
Eletrônicos
Aeroespacial
Bens de capitalAutopeças Fertilizantes
Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos,com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias noESTADO DE SÃO PAULO
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Petróleo e gás Alimentos
EtanolAutomotiva QuímicaConstrução Civil
Setores vetoresancorados na demanda interna:
Setores vetoresancorados na demanda externa:
Grau de dinamismo+ -
Grau de dinamismo+ -Fonte: análise Bain
Eletrônicos
Aeroespacial
Bens de capitalAutopeças Fertilizantes Engenharia
Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos,com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias noESTADO DE SÃO PAULO
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Petróleo e gás Alimentos
EtanolAutomotiva QuímicaConstrução Civil
Setores vetoresancorados na demanda interna:
Setores vetoresancorados na demanda externa:
Grau de dinamismo+ -
Grau de dinamismo+ -Fonte: análise Bain
Eletrônicos
Aeroespacial
Bens de capitalAutopeças Fertilizantes Engenharia Logística
Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos,com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias noESTADO DE SÃO PAULO
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Petróleo e gás Alimentos
EtanolAutomotiva QuímicaConstrução Civil
Setores vetoresancorados na demanda interna:
Setores vetoresancorados na demanda externa:
Grau de dinamismo+ -
Grau de dinamismo+ -Fonte: análise Bain
Eletrônicos
Aeroespacial
Bens de capitalAutopeças Fertilizantes Engenharia Logística Energia/TIC
Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos,com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias noESTADO DE SÃO PAULO
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As cadeias indicadas correspondem a parcela expressiva doPIB, dos investimentos e do emprego nos últimos anos noEstado de São Paulo
*Investimento ponderado pela participação dos setores selecionados nas Contas Regionais e PIA-IBGE, SEADE.Fonte: SCN-IBGE, PIA-IBGE, Rais-MTE, SEADE, Análise Bain.
Representatividade das cadeias produtivas seleciona das no ESP, 2009 (%)
31%
92%
60%
31%
69%
8%
40%
69%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
PIB PIB indústriatransformação
Investimento* Emprego
Demaiscadeias
Cadeiasselecionadas
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Uma das cadeias com maior potencial é de O&G. Com a E&P em águasprofundas, o Brasil pode se tornar um dos poucos países que combinagrandes reservas com estabilidade institucional
Bacia de Santos – Pré SalBrasil será um dos países mais estáveis
dentre os 10 maiores detentores de reservas
23o
Efeito do pré-sal nas reservas brasileiras
Reservas de petróleo, 2010 (Bboe)
Estabilidade política comparada ao Brasil
9o
Estabilidade política melhor que o Brasil
Estabilidade política piorque o Brasil
Estima-se que os investimentos projetados em
E&P (US$ 528 bilhões até 2020) tem o potencial de gerar 3,9 milhões de
empregos na economia nesse período (~40% no
ESP)
Santos
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RA Registro0,2% VA Fiscal Estado
• Químicos 67,4% • Minerais Não Metálicos 16,9%• Extrativo 5,0%
Acumulado 89,3%
RA Barretos1,0% VA Fiscal
• Alimentos 63,3% • Etanol 28,6%• Máquinas 2,5%
Acumulado 94,4%
RA Campinas27,7% VA Fiscal
• Combustível 18,4% • Auto-Peças 14,3%• Alimentos 9,4%• Químicos 7,7%• Maquinas Equip. 7,1%• Papel Celulose 5,0% • Farmacêuticos 4,2%• Informática 3,6%
Acumulado 69,7%
RA Araçatuba1,2% VA Fiscal
• Alimentos 47,9% • Etanol 27,8%• Couro Calçados 8,7%
Acumulado 84,4%
Valor Adicionado Fiscal* do Setor Industrial (Proxi PIB)
Segmentado por RA (Região Administrativa)
(*) VA Fiscal 2009 Fonte Secretaria da Fazenda
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RA SANTOS3,3% VA Fiscal
• Combustível 32,6% • Químicos 21,0%• Metalúrgica Básica 19,9%
Acumulado 73,5%
RA Ribeirão Preto3,1% VA Fiscal
• Alimentos 37,2% • Etanol 20,8%• Máquinas Equip. 13,2%
Acumulado 71,2%
Presidente Prudente0,9% VA Fiscal
• Alimentos 63,8% • Etanol 22,5%
Acumulado 86,3%
RA Sorocaba6,5% VA Fiscal
• Alimentos 16,9% • Transporte 11,2%• Maquinas Equip. 10,9%• Químicos 7,9%• Minerais Ñ Metal 5,4%• Equip. Elétrico 5,1%• Bebidas 4,7%• Metalurgia Basica 4,3%• Prod Metal 4,1%
Acumulado 70,5%
Valor Adicionado Fiscal* do Setor Industrial (Proxi PIB)
Segmentado por RA (Região Administrativa)
(*) VA Fiscal 2009 Fonte Secretaria da Fazenda
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1919
RA Franca1,3% VA Fiscal
• Alimentos 50,5% • Etanol 17,7%
Acumulado 68,2%
RA RMSP37,2% VA Fiscal
• Equip Transporte 19,8% • Químicos 11,7%• Farmacêutico 9,1%• Máquina Equip 7,1%• Produtos Metal 6,5%• Edição Impressão 5,4%• Plástico 4,8%
Acumulado 64,4%
RA Central2,1% VA Fiscal
Alimentos 41,4% Máquinas Equip. 11,3%Eletrodomésticos 8,7% Vestuário 5,1%Minerais Não Metálico 4,7%
Acumulado 71,2%
RA Marília1,5% VA Fiscal
• Alimentos 61,3% • Maq Equipamentos 9,8 %• Etanol 8,3%
Acumulado 79,4%
Valor Adicionado Fiscal* do Setor Industrial (Proxi PIB)
Segmentado por RA (Região Administrativa)
(*) VA Fiscal 2009 Fonte Secretaria da Fazenda
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2020
VA Bauru2,1% VA Fiscal
• Alimentos 38,2% • Bebidas 14,8%• Etanol 11,2%• Máquinas Equip. 7,3%
Acumulado 71,5%
RA S. J. Rio Preto2,1% VA Fiscal
• Alimentos 59,6% • Etanol 9,4%
Acumulado 69,0%
RA S. J. Campos9,7% VA Fiscal
• Alimentos 16,9% • Transporte 11,2%• Maquinas Equip 10,9%• Químicos 7,9%• Minerais Ñ Metal 5,4%• Equip Elétrico 5,1%• Bebidas 4,7%• Metalurgia Básica 4,3%• Produtos Metal 4,1%
Acumulado 71,2%
Valor Adicionado Fiscal* do Setor Industrial (Proxi PIB)
Segmentado por RA (Região Administrativa)
(*) VA Fiscal 2009 Fonte Secretaria da Fazenda
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Por que o aumento do consumo no mercado interno (visto pelo volumede vendas no varejo ampliado) não foi capturado em crescimento daprodução da ind. de transformação?
Obs: Varejo Ampliado considera Veículos, motocicletas, partes e peças" e "Material de construção"Fonte: IBGE. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.
Produção Industrial e Volume de Vendas no Varejo (j an/2004 = 100)
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22
10,5%11,6%
12,6%14,4%
16,4%18,3%
16,6%
20,4%21,9%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 201122
Aumento de 11,4p. p. no coeficiente, o que
equivale aUS$ 102,8 bi ou
R$ 171,7 bi (efeito direto). Contando os
efeitos direto e indireto em toda economia, isso significou R$ 381 bi a menos na produção
Dessa forma, 4,5 milhões de empregos
deixaram de ser gerados na economia
Como indicado, a expansão do consumo doméstico tem sido absorvidasobretudo pelas importações. Entre 2003 e 2011 o coeficiente deimportação da ind. de transformação aumentou de 10,5% para 21,9%
R$ 1,00 de aumento na produção daindústria de transformação eleva em R$2,22 a produção da economia.
Fonte: DEREX/FIESP. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.
Coeficiente de Importação da Indústria de Transformaçã o
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23
O aumento recente e previsto para o consumo, o excesso de ofer ta demanufaturados no mercado internacional, associados a comp etição emcondições não isonômicas com importados, podem levar a maio relevação do coeficiente de penetração de importações
1°tri/2015: 26,5%
Indústria de Transformação
Vol. Vendas Varejo Ampliado
Coef. Import.
5
10
15
20
25
30
50
100
150
200
250
300
Coe
ficie
nte
de p
enet
raçã
o de
impo
rtaç
ões
(%)
Ativ
. in
d. tr
ansf
. e
ven
das
no v
arej
o, (
jan0
4=10
0)
1°tri/2012: 21,6%
Produção Industrial, Volume de Vendas no Varejo e c oeficiente de penetração de importações
Fonte: FUNCEX, IBGE, FIESP. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.
Tendência de piora para a Tendência de piora para a indústria nacional (e paulista)
no mercado interno provocado pelo redirecionamento das
exportações mundiais (chinesas): de países com
fraco desempenho (EUA e UE) para países com melhor
desempenho (Brasil)
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O que há em comum entre países com alto e prolongado aumentodo PIB per capita? (acima de 4,5% a.a. por 30 anos ou mais)
Fonte: Rodrik, 2012. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.
Crescimento anual do PIB per capita dos países (%)
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25
O elevado desempenho desses países se deveu, em boa medida, a generalizadaaplicação de políticas macroeconômicas e industriais com foco na indust rializaçãoacelerada. Tais países utilizaram, com variações, tais instrumentos de política:
o Coerência da política macroeconômica favorecendo a estratégia dedesenvolvimento industrial ;
o Alto nível de investimento em educação;o Taxas de câmbio administradas e competitivas internacionalmente;o Estrutura tributária racional , proporcionando isonomia vis-à-vis competidores
internacionais;o Financiamento com baixo custo , para capital de giro, investimento e
exportações;o Insumos básicos com custos muito competitivos e oferta abundante,
favorecendo a agregação de valor nos elos a jusante das cadeias de valor;o Regras de conteúdo local e outros instrumentos de adensamento de cadeias
produtivas;o Incentivos tributários e subvenção econômica a atividades de P&D ;o Incentivos diversos a exportações e formação e expansão de empresas de
capital nacional ;o Institucionalização da Política Industrial como política de Estado , com eficazes
mecanismos de coordenação.
Quais foram as principais políticas adotadas por esses países?
A Coréia do Sul foi exemplar na aplicação dessas políticas, com resultados excepcionais
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O crescimento econômico dos países que aumentaram seu PIB percapita com maior rapidez foi apoiado em altas taxas de investimento.
Aumento do investimento produtivo:
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O investimento fixo deve contemplar a infraestrutura. Outros aspectosfundamentais são os investimentos em educação e inovação/P&D. OBrasil tem desempenho muito deficiente nesses fatores.
Fonte: Banco Mundial, IBGE
� Infraestrutura : os investimentos em infraestrutura no Brasil ainda não sãosuficientes para gerar as condições necessárias tanto ao crescimentoeconômico como para ganhos sustentados de competitividade. O país tembaixa classificação quando comparado a demais países.
� Educação : o nível de escolaridade no Brasil é inferior aos alcançados porpaíses com praticamente mesmo gasto como, por exemplo: Colômbia,Chile e Argentina. Ainda, a China gasta o correspondente a 48,5% do gastodo Brasil, mas tem anos de escolaridade 19% superior além de menor taxade analfabetismo. Ou seja, é preciso dar maior eficiência aos investimentosem educação.
� Inovação/P&D : o Brasil tem contribuído muito pouco com o gasto mundialde P&D: em 2007, contribuiu com 1,8%; enquanto a China com 8,9%,Alemanha 6,3%, Coréia do Sul 3,6%, Japão 12,9% e EUA 32,6%. OInvestimento bem direcionado é a grande alavanca da Inovação.
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Os principais entraves ao desenvolvimento da Indústria deTransformação no país estão relacionados ao “Custo Brasil”.Ficou muito caro produzir no Brasil, principalmente devido a:
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O câmbio se tornou um dos principais instrumentos de competi tividadeentre os países. A perda de competitividade do Brasil é em par te devidoà fortíssima valorização do real. Entre jan/04 e mai/12, o rea l foi a maisvalorizada ante o dólar (78,5%) dentre várias moedas relevan tes
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Brasil EUA Coreia do Sul Russia India China Euro Africa do Sul
Câmbio Real - Evolução em relação ao Dólar Americano - jan/2004 a mai/2012
Fonte: OCDE e BCB. Elaboração: DECOMTEC/FIESP
base: jan 2004 = 100
Brasil 78,5%
Russia 61,5%
China 34,8%
India 27,0%
Coreia do Sul 5,5%
Africa do Sul 5,5%
Euro 2,2%
Valorização real das moedas em relação
ao Dólar Americano - mai12/jan04
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� Os juros básicos e spread bancário implicam em custo de R$ 156bilhões com financiamento para capital de giro da indústria detransformação. Considerando a cumulatividade na cadeia, em 2011, 7,5%do preço dos produtos industriais na porta da fábrica se deve ram aocusto de capital de giro . O spread brasileiro é 11,5 vezes maior doque os países que calculam com critério idêntico ao nosso (*).
Juros e spread elevados / Tributação e burocracia
(*) Malásia, Japão, Chile e Itália
� A indústria de transformação é o setor que mais contribui com aarrecadação dentre todos os setores (33,9% do total da carga em 2010),mas sua participação no PIB foi de 16,2%;
� A carga tributária da indústria de transformação é de 59,5% do seu PIB,representando 40,3% dos preços dos produtos industriais.
Os custos da burocracia para pagar os tributos existentes no paísrepresentam R$ 19,7 bilhões do faturamento da indústria de transformação.Considerando o carregamento na cadeia à montante, totaliza um custoanual de 2,6% do preço dos produtos industriais
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• XX• XX
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Quando medidos em % do custo da mão de obra, o Brasil écampeão em encargos sobre folha de pagamento
Encargos trabalhistas (% do custo da mão de obra in dustrial)
� Os encargos trabalhistas representam 32,4% do total dos custos de mão de obra na indústria , aumentando o custo de produção
� O problema é mais grave na indústria de transformação, que compete em mercados com escala global
Os encargos de nossos competidores são muito menores: 14,7% em Taiwan, 17% na Argentina e Coréia do Sul e 27% no México
Encargos trabalhistas elevados
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A tarifa de energia elétrica para a indústria no Brasil é uma dasmais caras do mundo
Tarifa de energia elétrica para a indústria (US$/MW h)
Fonte: EIA - Energy Information Administration. Elaboração: DECOMTEC/FIESP
Nossa elevada tarifa não se justifica pela matriz energética. OCanadá é o país que tem a matriz mais semelhante à doBrasil, mas sua tarifa é 64% menor
Energia cara
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33Fonte: Word Economic Forum- The Global Competitiviness Report 2011-2012
Classificação do Brasil entre 142 países
104º Geral
66º Telefonia celular
124º Procedimentos alfandegários
91º Ferrovias
122º Aeroportos
118º Estradas
130º Portos
� Os produtos industriais são encarecidos em R$ 17,1 bilhões pelos custosde um sistema logístico deficiente, que não faz jus aos tributosarrecadados pelo Estado. Considerando o carregamento de custo nacadeia à montante, as deficiências da infraestrutura logísticarepresentam 1,8% do preço desses produtos.
Infraestrutura deficiente
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Custo Brasil
1. Câmbio valorizado Valorização de 78,5% ante o dólar desde jan/04
2. Juros e spreads elevadosCusto do capital de giro é 7,5% do preço dos produtos industrializados (2011)
3. Tributação e burocraciaCarga tributária do setor é 40,3% dos preços dos produtos.Custos da burocracia = 2,6% dos preços
4. Encargos trabalhistas elevados
Igual a 32,4% do total dos custos de mão de obra
5. Energia caraUma das mais caras do mundo. O Canadá, com matriz semelhante, tem tarifa 64% menor
6. Infraestrutura deficienteMuito ruim. Custos das deficiências da infraestrutura logística = 1,8% do preço dos produtos industriais
Em síntese, produzir no Brasil é muito caro, especialmente devido aosseis fatores a seguir:
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Qual a estratégia a seguir, de modo a atingir essa meta decrescimento?
O Brasil precisa de uma estratégia de desenvolvimento, na qual os seguintes aspectos são fundamentais:• Expressivo aumento do investimento produtivo;• Reindustrialização , readensando as cadeias produtivas
comprometidas no período de valorização cambial, e outras com maior intensidade tecnológica;
• Programa de redução do Custo Brasil
Manter controle sobre as principais variáveismacroeconômicas é importante, mas não suficiente...
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José Ricardo Roriz [email protected]
Vice-Presidente – FIESPDiretor Titular – Departamento de Competitividade e Tecnologia
Coordenador - Comite de Petroleo e Gas
Presidente - Abiplast