criminalizar porte arma recinto desportivo

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Lei acerca do uso de arma recinto desportivo

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  • 1671N.o 86 12-4-1997 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A

    ASSEMBLEIA DA REPBLICA

    Lei n.o 8/97de 12 de Abril

    Visa criminalizar condutas susceptveis de criar perigo para avida e integridade fsica decorrentes do uso e porte de armase substncias ou engenhos explosivos ou pirotcnicos no mbitode realizaes cvicas, polticas, religiosas, artsticas, culturaisou desportivas.

    A Assembleia da Repblica decreta, nos termos dosartigos 164.o, alnea d), 168.o, n.o 1, alneas c) e d),e 169.o, n.o 3, da Constituio, o seguinte:

    Artigo 1.o

    Uso e porte de armas e substncias ou engenhos explosivosou pirotcnicos em recintos pblicos

    1 Quem, sem estar autorizado para o efeito, trans-portar, detiver, trouxer consigo ou distribuir arma defogo, arma de arremesso, arma destinada a projectarsubstncias txicas, asfixiantes ou corrosivas, armabranca, substncias ou engenhos explosivos ou pirotc-nicos em estabelecimentos de ensino ou recinto ondeocorra manifestao cvica, poltica, religiosa, artstica,cultural ou desportiva punido com pena de prisoat um ano ou com pena de multa at 120 dias, sepena mais grave lhe no couber por fora de outra dis-posio legal.

    2 No caso de fazer uso de qualquer das armas,substncias ou engenhos referidos no nmero anterior,o agente punido com pena de priso at dois anosou com pena de multa at 240 dias, se pena mais gravelhe no couber por fora de outra disposio legal.

    Artigo 2.o

    Agravao pelo resultado

    1 Se dos factos previstos no n.o 1 do artigo anteriorresultar para alguma pessoa:

    a) Ofensa integridade fsica simples, o agente punido com pena de priso at dois anos oucom pena de multa at 240 dias;

    b) Ofensa integridade fsica grave, o agente punido com pena de priso at trs anos oucom pena de multa at 360 dias;

    c) A morte, o agente punido com pena de prisode um a seis anos.

    2 Se do facto previsto no n.o 2 do artigo anteriorresultar para alguma pessoa:

    a) Ofensa integridade fsica simples, o agente punido com pena de priso at trs anos oucom pena de multa at 360 dias;

    b) Ofensa integridade fsica grave, o agente punido com pena de priso de seis meses a qua-tro anos;

    c) A morte, o agente punido com pena de prisode dois a sete anos.

    Artigo 3.o

    Sano acessria

    1 O condenado pela prtica de crime previsto nosartigos anteriores passvel de uma medida de proibio

    de frequncia dos estabelecimentos de ensino ou recin-tos onde tenham ocorrido as manifestaes referidasno n.o 1 do artigo 1.o pelo perodo de um a cinco anos.

    2 No conta para o prazo de proibio o tempoem que o agente estiver privado da liberdade por forade medida de coaco processual, pena ou medida desegurana.

    Artigo 4.o

    Publicidade

    1 As entidades organizadoras das manifestaesreferidas no n.o 1 do artigo 1.o devem afixar junto sbilheteiras e s entradas dos recintos avisos para infor-mar o pblico de que proibido introduzir armas esubstncias ou engenhos explosivos ou pirotcnicos noseu interior.

    2 A violao do disposto no nmero anterior cons-titui contra-ordenao, sancionada com coima de20 000$ a 200 000$.

    3 A aplicao das coimas cominadas no nmeroanterior da competncia do governador civil do distritoou, no caso das Regies Autnomas dos Aores e daMadeira, do Ministro da Repblica para a Regio ondefoi praticada a contra-ordenao, sendo o respectivomontante afectado, em partes iguais, ao reforo da segu-rana em recintos pblicos e indemnizao das vtimasdos crimes previstos nos artigos 1.o e 2.o do presentediploma legal, nos termos do Decreto-Lei n.o 423/91,de 30 de Outubro, e da Lei n.o 10/96, de 23 de Maro.

    Artigo 5.o

    Buscas e revistas

    Sempre que haja fundadas suspeitas, as foras desegurana podem realizar buscas e revistas tendentesa detectar a introduo ou presena de armas e subs-tncias ou engenhos explosivos ou pirotcnicos nos esta-belecimentos de ensino ou recintos onde ocorram asmanifestaes referidas no n.o 1 do artigo 1.o

    Aprovada em 13 de Fevereiro de 1997.

    O Presidente da Assembleia da Repblica, Antniode Almeida Santos.

    Promulgada em 21 de Maro de 1997.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JORGE SAMPAIO.

    Referendada em 30 de Maro de 1997.

    O Primeiro-Ministro, Antnio Manuel de OliveiraGuterres.

    MINISTRIO DOS NEGCIOS ESTRANGEIROS

    Decreto n.o 17/97de 12 de Abril

    Nos termos da alnea c) do n.o 1 do artigo 200.o daConstituio da Repblica Portuguesa, o Governodecreta o seguinte:

    Artigo nico

    So aprovadas, para ratificao, as alteraes aoartigo XVII do Acordo Relativo Organizao Interna-