cosmo on line 2017 5 porservidimaria.net/sitoosm/po/noticias/2017/col05.pdf · documento é...

5
1 Piazza San Marcello, 5; 00187 Roma; Tel.: +39-06-699301; [email protected]; www.servidimaria.net maio de 2017, Ano 10 - N. 5 Boletim eletrônico da informação rápida do Centro de Comunicações 1233 - 2017 2008 - 2017 Nඈඍൺ Hංඌඍඬඋංർൺ Pකඞබඖඋඑඉ Rඕඉඖඉ A história da Província Romana dos Servos de Maria liga-se à fundação da Ordem. Nos anos 1251-1256, depois de fundar os conventos de Florença e Sena, os Servos de Maria orientaram-se para o vale do rio Tibre, obtendo permissão para fundar conventos em Città di Castello e Borgo Sansepolcro. Logo os frades se espalham pela região da Úmbria abrindo conventos em Perugia, Foligno, Todi, Spoleto, Orvieto, Castel della Pieve e Sant’Angelo in Vado. Mais lenta foi a penetração na região do Lácio, onde por longos anos houve apenas um convento em Viterbo. Em 1273, num documento firmado em Foligno aos 23 de agosto, aparece a primeira menção de um prior provincial da Província do “Patrimônio” (subentendido “de São Pedro”): trata-se de frei Iacopo de Borgo Sansepolcro. Importante é esse documento porque – junto com outro de 1276 referente à Província de Romanha – atesta que a Ordem já estava dividida em províncias religiosas. Esse documento é significativo também devido à entrega aos Servos de Maria da cura pastoral da paróquia de São Tiago, que é uma das mais antigas a Ordem, depois da paróquia de Sena assumida em 1263. Com o crescimento da Ordem no século XIV, em 1331, a Província do Patrimônio assume um convento em Roma, na igreja de São Eustério, substituído a partir de 1369 pelo convento de São Marcelo na Via del Corso. Em 1420 uma lista de conventos acrescenta aos anteriores os conventos de Gubbio, Fabriano, Passignano, Pergola, Montefiascone, Acquapendente, Narni e San Marino. Mais tarde, em 1493, uma nova lista da Província denominada “Quae est secundaacrescenta aos conventos acima citados também os de Pitigliano e Antria, tendo sido eliminados os de Gubbio e Fabriano. Trata-se, porém, de listas que devem ser vistas com cautela, principalmente no que se refere aos centros menores: a presença dos frades da Ordem às vezes não está comprovada em documentos e se baseia apenas em acenos esporádicos. Mais precisa é a lista de 1580 que enumera como pertencestes à Província Romana os conventos de Roma (São Marcelo), Perugia, Città di Castello, Foligno, Sansepolcro, Viterbo, Orvieto, Sant’Angelo in Vado, Castel della Pieve, Todi, Gubbio, Acquapendente, Spoleto, Passignano, Piobbico di Sarmeno, Montefiascone, Corneto, San Marino, Narni, Monticello, Pergola, Spello, Cantiano (Gubbio), Tavoleto, Montefano, Farnese, Vitorchiano, Civitella, Ischia di Castro, Aquila, Sabina San Pietro, Castelpietro (Nola). Observe-se que os conventos estão situados principalmente nas regiões da Úmbria e do Lácio, mais parcialmente na região das Marcas, e mais parcialmente ainda nas regiões do Abruzzo e da Campânia. Pelo contrário, 34 são os conventos creditados à Província no censo de 1650, com um total de 220 frades. Quinze deles, porém, foram alvo das supressões do papa Inocêncio de 1652, às quais deve-se acrescentar 5 conventos dependentes do convento de Perugia, que contavam com um total de apenas 37 frades. Numa lista de 1705 a Província contava com 25 conventos. Afetada duramente pelas supressões francesa (1810) e italiana (1866-1870), em 1885, a Província contava com dez conventos: Roma (São Marcelo), Corneto, Todi, Perugia, Foligno, San Marino, Montefiascone, Orvieto, Cibona, Spoleto. Em 1911, nova lista de conventos enumerava o de Roma (São Marcelo), Perugia (Santa Maria Nuova e São Florêncio), Orvieto, Foligno, Todi, San Marino, Nápoles, Prata Sannita e Nepi. Note-se que são elencados como conventos da Província alguns situados no sul da Itália. San Marcello al Corso, Roma Chiesa di San Filippo Benizi, Todi

Upload: truongthuy

Post on 19-Aug-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

Piazza San Marcello, 5; 00187 Roma; Tel.: +39-06-699301;

[email protected]; www.servidimaria.net

maio de 2017, Ano 10 - N. 5

Boletim eletrônico da informação rápida do Centro de Comunicações

1233 - 2017 2008 - 2017

N H P R A história da Província Romana dos Servos de Maria liga-se à fundação da Ordem. Nos anos 1251-1256, depois de fundar os conventos de Florença e Sena, os Servos de Maria orientaram-se para o vale do rio Tibre, obtendo permissão para fundar conventos em Città di Castello e Borgo Sansepolcro. Logo os frades se espalham pela região da Úmbria abrindo conventos em Perugia, Foligno, Todi, Spoleto, Orvieto, Castel della Pieve e Sant’Angelo in Vado. Mais lenta foi a penetração na região do Lácio, onde por longos anos houve apenas um convento em Viterbo. Em 1273, num documento firmado em Foligno aos 23 de agosto, aparece a primeira menção de um prior provincial da Província do “Patrimônio” (subentendido “de São Pedro”): trata-se de frei Iacopo de Borgo Sansepolcro. Importante é esse documento porque – junto com outro de 1276 referente à Província de Romanha – atesta que a Ordem já estava dividida em províncias religiosas. Esse documento é significativo também devido à entrega aos Servos de Maria da cura pastoral da paróquia de São Tiago, que é uma das mais antigas a Ordem, depois da paróquia de Sena assumida em 1263.

Com o crescimento da Ordem no século XIV, em 1331, a Província do Patrimônio assume um convento em Roma, na igreja de São Eustério, substituído a partir de 1369 pelo convento de São Marcelo na Via del Corso. Em 1420 uma lista de conventos acrescenta aos anteriores os conventos de Gubbio, Fabriano, Passignano, Pergola, Montefiascone, Acquapendente, Narni e San Marino. Mais tarde, em 1493, uma nova lista da Província denominada “Quae est secunda” acrescenta aos conventos acima citados também os de Pitigliano e Antria, tendo sido eliminados os de Gubbio e Fabriano. Trata-se, porém, de listas que devem ser vistas com cautela, principalmente no que se refere aos centros menores: a presença dos frades da Ordem às vezes não está comprovada em documentos e se

baseia apenas em acenos esporádicos. Mais precisa é a lista de 1580 que enumera como pertencestes à Província Romana os conventos de Roma (São Marcelo), Perugia, Città di Castello, Foligno, Sansepolcro, Viterbo, Orvieto, Sant’Angelo in Vado, Castel della Pieve, Todi, Gubbio, Acquapendente, Spoleto, Passignano, Piobbico di Sarmeno, Montefiascone, Corneto, San Marino, Narni, Monticello, Pergola, Spello, Cantiano (Gubbio), Tavoleto, Montefano, Farnese, Vitorchiano, Civitella, Ischia di Castro, Aquila, Sabina San Pietro, Castelpietro (Nola). Observe-se que os conventos estão situados principalmente nas regiões da Úmbria e do Lácio, mais parcialmente na região das Marcas, e mais parcialmente ainda nas regiões do Abruzzo e da Campânia. Pelo contrário, 34 são os conventos creditados à Província no censo de 1650, com um total de 220 frades. Quinze deles, porém, foram alvo das supressões do papa Inocêncio de 1652, às quais deve-se acrescentar 5 conventos dependentes do convento de Perugia, que contavam com um total de apenas 37 frades. Numa lista de 1705 a Província contava com 25 conventos. Afetada duramente pelas supressões francesa (1810) e italiana (1866-1870), em 1885, a Província contava com dez conventos: Roma (São Marcelo), Corneto, Todi, Perugia, Foligno, San Marino, Montefiascone, Orvieto, Cibona, Spoleto. Em 1911, nova lista de conventos enumerava o de Roma (São Marcelo), Perugia (Santa Maria Nuova e São Florêncio), Orvieto, Foligno, Todi, San Marino, Nápoles, Prata Sannita e Nepi. Note-se que são elencados como conventos da Província alguns situados no sul da Itália.

San Marcello al Corso, Roma

Chiesa di San Filippo Benizi, Todi

2

Em 1932 faziam parte da Província também alguns conventos situados nos Estados Unidos da América do Norte, ou seja, dois em Chicago (Assunção e São Filipe Benizi), Denver, Welby-at-Denver e Blue Island. Em 1952, esse conventos formaram a Província norte-americana de São José, cuja história se encontra no nº 8/2014 de C on line. Nesses mesmos anos, a Província iniciou sua presença na Venezuela (cf. nº 10/2016 de C on line). Em 1935 o convento de São Marcelo de Roma, que há séculos foi sede da cúria geral, passou a depender diretamente do Prior Geral. A Província Romana manteve porém, sua presença em Roma com o convento dos Sete Santos Fundadores e cresceu na regiões do Abruzzo

com fundações em Chieti Scalo (Nossa Senhora delle Piane e Santo Crucifixo) e Francavilla a Mare (Santa Liberata), e da Sardenha, com o convento de Ploaghe (Cristo Rei). No entanto, na década de oitenta do século XX a crise vocacional atingiu profundamente a distribuição geográfica dessa jurisdição que foi obrigada a fechar vários conventos, alguns dos quais “históricos”. Na década de noventa foram fechados os conventos multisseculares de Perugia e Foligno e esse processo não findou nem mesmo depois da fusão com as Províncias Toscana e da Itália Meridional formando a Província da Santíssima Anunciada. Vale a pena lembrar aqui o fechamento nos últimos anos do convento de Orvieto. Daquela que foi no passado a Província Romana restam hoje o convento “histórico” de Todi, o de mais recente fundação de Nepi que, em 2012 esteve envolvido na beatificação de Cecília Eusepi, e o dos Sete Santos Fundadores de Roma.

Instituto Histórico OSM

D O S G

R C I H OSM De 11 a 13 de maio de 2017, no convento de Monte Senário, reuniu-se o colegiado do Instituto Histórico da Ordem. Estavam presentes os freis Franco M. Azzalli (presidente), Emanuele M. Cattarossi (diretor da revista Studi Storici), Pier Giorgio M. Di Domenico, Stefano M. Viliani, além do prof. Corrado Pin e da irmã M. Patrizia Gianola (MSM). O trabalho, favorecido pelas atenções recebidas da comunidade anfitriã, concentrou-se principalmente em dois temas : a revista Studi Storici, para a qual está previsto um número temático em 2018 sobre a participação dos Servos de Maria na

Primeira Guerra Mundial (1914-1918), lembrando o centenário do seu término, e a elaboração de um novo manual de história da Ordem. Os membros do colegiado foram convidados a visitar o sítio de Valdastra com sua venerada capela, situado no vale do Mugello, perto de Monte Senário. Este sítio e a capela outrora pertenciam aos Eremitas de Monte Senário e hoje é uma importante empresa modelo especializada em criação de gado. O proprietário atual, Dr. Adriano Borgioli, que nos brindou com uma calorosa acolhida, expressou o desejo de valorizar a ligação existente entre Valdrasta e Monte Senário.

3

1. M S : Reforma do telhado

Em 9 de maio, foi firmado o contrato com a empresa edilícia Lunghi, vencedora da licitação para a reforma do telhado do convento de Monte Senário (na foto o momento da assinatura de frei Stefano M. Mazzoni, representante do contratante proprietário, e do engenheiro Luca Lunghi, representante da firma contratada, ladeados pelos técnicos projetistas) No mesmo dia foram retiradas algumas amostras das telhas antigas e os trabalhos tiveram início dia 22. O prazo de entrega da obra é de cinco meses, durante os quais trabalharão duas equipes de técnicos especializados com num total de dez pedreiros, que estão alojadas na casa da “Ghiacciaia”.

D J C

2. P : Os restos mortais de Santa Helena em Atenas A presença dos Servos de Maria na ilha de Santa Helena, em Veneza, marcou sua história. Como último retoque, ajudamos na transladação dos restos mortais de Santa Helena para Atenas. Desde 2013 já havia sido acolhido o pedido do Patriarcado Ortodoxo Grego para que a urna com os restos mortais fosse para Atenas por um mês. O evento fora fixado para maio de 2016, mas o Concílio das igrejas Ortodoxas, realizado no ano passado, havia adiado a transferência. O Patriarcado Grego queria que fosse um evento de repercussão europeia. Santa Helena foi a primeira imperatriz cristã que obteve do filho Constantino a liberdade religiosa dos cristãos e o fim das perseguições contra eles. Nenhuma de suas biografias fala de sua conversão, sinal de que era cristã. Viveu as perseguições de Diocleciano antes que Constâncio Cloro, comandante das Legiões Romanas, se casasse com ela. Como mulher e mãe acompanhou o marido e as Legiões por toda a Europa na época áurea do império. Viu o modo como as Legiões se comportavam com os nativos de então. Rejeitada pelo marido, dedicou-se totalmente aos filhos. Constantino quando chegou ao poder a nomeou imperatriz. Ela facilitou os espaços para as primeiras igrejas cristãs de Roma e de todo o Império. Tendo acesso ao erário distribuía muitos bens aos pobres que ela tinha visto serem maltratados. Obteve do filho a construção de uma capital nas periferias do Império, Constantinopla, com igualdade de direitos, dando assim início ao Império Romano do Oriente que, na época bizantina, alcançou o máximo de esplendor e que teve também Atenas como sede. No final da vida visitou a Terra Santa. Iniciou as escavações, construiu as primeiras basílicas (todas tem um altar a ela dedicado) e encontrou a Cruz de Cristo. Toda a sua iconografia a representa abraçada à Cruz. Para entender porque os gregos a veneram tanto basta lembrar que o território deles, por mais de quatrocentos anos, esteve sob a dominação turca e o cristianismo viveu um período de grandes mártires. Na tarde de sábado 13 de maio de 2017 a urna de Santa Helena foi levada à Basílica de São Marcos, em Veneza, e às 13 horas do dia 14 o Patriarca de Veneza, Dom Francesco Moraglia, fez entrega da urna ao Patriarca de Atenas. A banda de Tessera esteve à frente da procissão que saiu da praça São Marcos para o porto Arsenale: a urna foi colocada num barco e levada ao aeroporto, onde o avião aguardava para levá-la a Atenas. Para maiores detalhes acesse o Google Santa Helena de Atenas. frei Carlo M. Serpelloni, osm

Saindo da igreja para o aeroporto

4

3. P : Eleição do prior provincial Tendo frei Gabriel M. Bannon renunciado ao cargo de prior provincial da Província das Ilhas por motivo de saúde, dia 30 de maio de 2017, no terceiro escrutínio, foi eleito para o cargo frei Paul M. Addison, que aceitou o cargo e foi confirmado pelo Prior Geral. Bom trabalho, Paul!

P , O A

Parabéns - ao frei Joseph M. Cheah [Joseph Patrick HongHe] ( ) [20 de junho de 1992] pelos 25 anos de Ordenação Presbiteral; - aos freis Vincent M. Badongen ( ), Albert M. Tulang ( ), Bryan M. Eala ( ), Rubenson M. Cardona ( ) [31 de maio de 2017] e Robert M. Solis ( ) [4 de junho de 2017] por sua Ordenação Diaconal; - e aos freis Anthony M. (Trung) Cao Thanh ( ), Joseph M. (Cuong) Le Van ( ), Francis Noel M. Monterde ( ), Kristoffer Joey M. Omandam ( ), Anthony M. (Nam) Pham Ngoc ( ), Moises M. Tamayao ( ), e Julius M. Tayopon ( ) [22 de maio de 2017]; Nicholas M. Louis Angel ( ) e Gabriel M. Lourdu ( ) [31 de maio de 2017] por sua profissão religiosa temporária.

Ordenação Diaconal ( ) profissão religiosa temporária ( e )

D U

1. U I: XXXII Marcha nacional da Família Servita Italiana Na noite de 13 para 14 de maio de 2017, com alegria no coração, realizou-se a marcha nacional da Família Servita italiana, fazendo memória dos 100 anos de nascimento de frei Davi M. Turoldo e do 25° aniversário de sua morte.

Ao apresentar a Família Servita, a presidente da UNIFASI, irmã Celine, deu a boas-vindas aos participantes e refletiu sobre o tema da marcha motivo de inspiração do nosso peregrinar: “CANTORES E GUARDIÕES DA BELEZA DIVINA”. Ela nos exortou a caminhar ao lado de Santa Maria, dos nossos Sete Santos Pais e de frei Davi Turoldo para ver o futuro com um novo olhar resplandecente de luz e de calor, como homens e mulheres de vanguarda e de comunhão, prontos para acolher o convite que Jesus nos faz de “rumar para o alto mar” e ser uma igreja que sai para acordar o mundo. Também o prefeito da cidade deu as boas-vindas a todos e deu fez um depoimento sobre a vida do nosso confrade frei Davi Turoldo. Ao dizer que a marcha realizada em Coderno era uma novidade para a

cidade, fazia votos que ela fosse uma ocasião para reacender a fé. Graças à sua generosidade e solidariedade a marcha conseguiu envolver seus concidadãos para que fosse bem-sucedida. Fez-se a apresentação de todos os grupos participantes, enquanto a professora Marcolini apresentava a todos o tema inspirador: CANTORES E GUARDIÕES DA BELEZA DIVINA. Foi ilustrada a figura de frei Davi Turoldo, homem da palavra, homem de fé, homem de Deus, poeta, profeta que incomoda, cantor do mundo criado.

5

Às 9 da noite, em Coderno, na igreja paroquial de São Filipe e São Tiago Apóstolos, foi celebrada a Eucaristia presidida por Dom Andrea Bruno Mazzocato, arcebispo de Udine, com a animação dos cantos executados pelo grupo coral de Coderno e a coreografia ofertorial apresentada pelas irmãs Servas de Maria de Pisa. À meia-noite, parada na igreja paroquial de São Miguel Arcanjo, em Mereto di Tomba, com os cantos executados pelas irmãs Compassionistas Servas de Maria e uma meditação sobre a Mãe das Dores, figura de tantas mães que sofrem e choram pelo futuro dos filhos e que, buscando a coragem na Mãe de todas as mães, têm a

ousadia de pôr-se ao lado das infinitas cruzes nas quais Jesus continua sendo crucificado. Às 2 da madrugada, parada na igreja de São Marcos em Mereto di Tomba, onde é apresentado frei Davi Turoldo como cantor do mundo criado. Hoje nós continuamos a nutrir-nos dos seus salmos ricos e poéticos e orgulhosamente os cantamos junto com ele, louvando e agradecendo a Deus por ter-nos dado tão grande irmão. Às 4 da madrugada, chegamos ao Santuário de Nossa Senhora dei Roveri. Sob o signo da misericórdia: frei Moreno nos fala de frei Davi Turoldo como fogo do profeta animado pela “sexta cidade de Refúgio”. A misericórdia não é uma atitude ocasional, mas um estilo de vida de cada dia nas relações com as pessoas que encontramos em nosso caminho, acompanhando-as com pequenos e grandes gestos de amor. Às 7 da manhã, chegamos a Údine, no Santuário de Nossa Senhora das Graças. Ali celebramos “frei Davi Turoldo e a Família Servita”, animados por um grupo de jovens OSM. Toda a Família Servita Italiana se orgulha de ti, frei Davi Turoldo, e te pedimos que continues a estar ao nosso lado para infundir-nos o entusiasmo cristão, a coragem para denunciar o mal e o grande amor que nutriste pela Mãe de Deus e nossa Mãe. Irmã Anita Rees, das Servas de Maria de Nápoles

2. - : Confraria antiga em Ouro Preto, Minas Gerais Existe uma Confraria de Nossa Senhora das Dores, ligada à nossa Ordem, na cidade histórica de Ouro Preto, MG, iniciada por leigos, imigrantes portugueses, em 1768. Ela pertence à Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, hoje Santuário, onde foi fundada com o nome de Irmandade Dolorosa de Nossa Senhora das Dores e cuja ereção foi aprovada em 1774 pelo prior geral da OSM, frei Sóstenes M. Fassini. Na época, a faculdade concedida ao pároco ou a outro sacerdote para erigir uma Confraria foi interpretada como aprovação de uma Ordem Terceira. Tal interpretação era muito comum na época em toda a América Latina, talvez devido à dificuldade de entender o texto latino da carta do Prior Geral. Portanto, trata-se, na verdade, de uma Confraria ou Irmandade e não de uma Ordem Terceira Servita.

Em 1775, a irmandade obteve autorização para construir uma capela dedicada à Nossa Senhora das Dores no assim-dito “Cemitério dos Emboabas", obra que teve início em 1783. A capela atual construída em 1835 tem sua estrutura toda em pedra e foi erguida no mesmo local que a original. Possui um terreno amplo com cemitério e salão de festa. A imagem de Nossa Senhora das Dores foi trazida de Braga (Portugal) em 1775 e as de São Filipe e Santa Juliana são possivelmente obras do Mestre Aleijadinho. Existe também um retábulo dos Sete Santos de graciosa beleza, conservado no museu paroquial, sem data e sem autor, mas com traços da arte austríaca. A irmandade sempre manteve a referência ao nome de nossa Ordem, embora até hoje nenhum frade nosso tenha acompanhado o grupo. É muito atuante na vida paroquial e goza da estima dos cidadãos de Ouro Preto.

frei Alécio M. Azevedo, osm

A priora da Confraria com frei Alécio