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MENSAGEM ENSAGEM ENSAGEM DO DO DO VIGÁRIO IGÁRIO IGÁRIO GERAL ERAL ERAL Prezados irmãos e irmãs! Nosso carisma, cujo aspecto fun- damental é a inspiração mariana, le- vame amiúde a imaginar Maria em comparação com circunstâncias da vida. Nestes dias, muitas vezes re- flito sobre a experiência pós-pascal de Nossa Senhora. O que a Virgem Maria terá experimentado diante da Ressurreição? Eu creio que Maria tenha chegado a esta conclusão: “Valeu a pena!” Naturalmente, a vida com esse Filho de todo singular deve ter sido dura e, em certos momentos principalmente nos últimos dias, mas não só foi sofrida (por isso muitas vezes voltamos os olhos da nossa fé para ela, Nossa Senhora das Dores), mas o que veio em seguida é infinitamente maior que o sofrimento. O mesmo acontece conosco. Penso também na carinhosa atenção de Maria com os discípulos do seu Filho, agora seus filhos, depois que Jesus os confiou a ela no testamento dramático e estupendo da Cruz. Sim, seus filhos, assim como misteriosamente seu era aquela Filho. É inevitável aplicar à nossa vida a experiência da vida e a avaliação mais autêntica “vale a pena!” – que vejo também em alguns frades nossos, carregados de anos e de sabedoria evangélica. É a certeza da ternura maternal de Maria para com cada um de nós, seus Servos, e para toda a Igreja e a humanidade. Nessa perspectiva interpreto a renún-cia do papa Bento XVI e a eleição do papa Fran-cisco, fatos esses que nos permitiram ver a experiência da fé como espetáculo diante dos anjos e dos homens. E a extraordinária continuidade que, através do Espírito Santo mas também certamente graças à Mãe da Igreja pudemos ver entre papa Bento, afastado do mundo e entregue ao silêncio e à oração, e o papa Francisco, o qual, após sua eleição, convidou à oração e a ficar um momento em silêncio todos os fiéis e eu também que estávamos na praça são Pedro e todos os que acompanhavam através dos meios de comunicação. E mais ainda: a Mãe acompanha a Igreja nascente naquela misteriosa escolha do Décimo Segundo apóstolo do seu Filho. Não me parece ser desrespeitoso pensar que a eleição dos Delegados para o Capítulo Geral é algo assim como a eleição de Matias para completar o número daqueles que são chamados a seguir as orientações do Espírito para o bem da Ordem em nossos dias. Tal eleição realiza-se sob os olhares maternais da Virgem Maria.Que Deus e Nossa Senhora nos acompanhem nestes meses de preparação do Capítulo Geral. frei Franco M. Azzalli, OSM Cosmo on Line Cosmo on Line 1233 2013 Abril 2013 Ano 6 - N. 4 Piazza San Marcello, 5 - 00187 Roma Tel.: +39-06-699301[email protected] www.servidimaria.net Boletim de informação rápida do Secretariado Geral de Comunicações NOSSOS SANTOS NOSSOS SANTOS NOSSOS SANTOS AS SETE ALEGRIAS DE MARIA Segundo uma tradição original, os Servos de Maria, além das Dores de Nossa Senhora, celebravam tam- bém as Alegrias de Maria. Inspirado no axioma aris- totélico contraria contrariis ap- posita magis elucescunt (as coisas con-trárias postas lado a lado brilham mais intensa- mente), frei Nicolau de Arezzo († 1462) elencava em primeiro lugar as sete alegrias da Virgem Maria e depois as sete dores que, contrapostas às alegrias, revelam a parti-cipação íntima e pessoal da Mãe na paixão redentora do Filho. MIGALHAS IGALHAS IGALHAS DE DE DE HISTÓRIA HISTÓRIA HISTÓRIA Do seu Filho a Virgem Maria obteve sete alegrias que jamais uma mãe já teve ou terá de um filho seu. A primeira alegria está no fato que ele era um filho celeste, que lhe foi dado do céu, anunciado pelo anjo do céu e nascido do Espírito Santo. Essa alegria nenhuma outra mãe jamais teve. A segunda alegria está no fato que ela não o trouxe no ventre sentindo mal-estar, peso ou sofrimento, como acontece com as outras mulheres, mas com doçura infinita. A terceira alegria está no fato que, na hora do parto, duas grandes graças lhe foram concedidas: gerá-lo sem dor e permanecer virgem após o parto. A quarta alegria está no fato que ele foi um filho obediente e respeitoso. De fato, nos trinta anos que viveu neste mundo, nenhum desgosto ou peso lhe causou. Foi-lhe sempre obediente e submisso, como diz o Evangelho de São Lucas: “E lhes era submisso”. E sempre a honrou durante a vida, na hora da morte e depois de morto. A quinta alegria está no fato que Ele era cheio de sabedoria e de graça. De fato, pregava coisas jamais ouvidas, fazia milagres inauditos, e isso prova que jamais alguém teve um filho como Ele. A sexta alegria está no fato que Ele foi para ela um filho sobremodo singular. De fato, todo o corpo de Cristo vem da carne da Virgem Maria e nele não teve vez nenhum pai terreno. A sétima alegria está no fato que foi um Filho plenamente nobre e honrado. De fato, aquele que era Filho da Virgem Maria era também Filho do Pai celeste e eterno, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Mãe nenhuma tem ou terá jamais uma joia semelhante a essa. Essas são as sete alegrias que a Virgem Maria teve do seu Filho, alegrias tão grandes e maravilhosas que marcaram a sua vida interior e exterior de sublime felicidade. NICOLAU DE AREZZO, Planctus Domine nostre (1395), em Fontes Histórico-Espirituais dos Servos de Maria . Vol. II. De 1349 al 1495, pp. 531-532.

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MMMENSAGEMENSAGEMENSAGEM DODODO VVVIGÁRIOIGÁRIOIGÁRIO GGGERALERALERAL Prezados irmãos e irmãs! Nosso carisma, cujo aspecto fun-

damental é a inspiração mariana, le-vame amiúde a imaginar Maria em comparação com circunstâncias da vida. Nestes dias, muitas vezes re-flito sobre a experiência pós-pascal de Nossa Senhora. O que a Virgem Maria terá experimentado diante da Ressurreição?

Eu creio que Maria tenha chegado a esta conclusão: “Valeu a pena!” Naturalmente, a vida com esse Filho de todo singular deve ter sido dura e, em certos momentos – principalmente nos últimos dias, mas não só – foi sofrida (por isso muitas vezes voltamos os olhos da nossa fé para ela, Nossa Senhora das Dores), mas o que veio em seguida é infinitamente maior que o sofrimento. O mesmo acontece conosco. Penso também na carinhosa atenção de Maria com os discípulos do seu Filho, agora seus filhos, depois que Jesus os confiou a ela no testamento dramático e estupendo da Cruz. Sim, seus filhos, assim como misteriosamente seu era aquela Filho. É inevitável aplicar à nossa vida a experiência da vida e a avaliação mais autêntica – “vale a pena!” – que vejo também em alguns frades nossos, carregados de anos e de sabedoria evangélica. É a certeza da ternura maternal de Maria para com cada um de nós, seus Servos, e para toda a Igreja e a humanidade. Nessa perspectiva interpreto a renún-cia do papa Bento XVI e a eleição do papa Fran-cisco, fatos esses que nos permitiram ver a experiência da fé como espetáculo diante dos anjos e dos homens. E a extraordinária continuidade que, através do Espírito Santo – mas também certamente graças à Mãe da Igreja – pudemos ver entre papa Bento, afastado do mundo e entregue ao silêncio e à oração, e o papa Francisco, o qual, após sua eleição, convidou à oração e a ficar um momento em silêncio todos os fiéis – e eu também – que estávamos na praça são Pedro e todos os que acompanhavam através dos meios de comunicação. E mais ainda: a Mãe acompanha a Igreja nascente naquela misteriosa escolha do Décimo Segundo apóstolo do seu Filho. Não me parece ser desrespeitoso pensar que a eleição dos Delegados para o Capítulo Geral é algo assim como a eleição de Matias para completar o número daqueles que são chamados a seguir as orientações do Espírito para o bem da Ordem em nossos dias. Tal eleição realiza-se sob os olhares maternais da Virgem Maria.Que Deus e Nossa Senhora nos acompanhem nestes meses de preparação do Capítulo Geral.

frei Franco M. Azzalli, OSM

Cosmo on LineCosmo on Line

1233 —2013

Abril 2013 Ano 6 - N. 4

Piazza San Marcello, 5 - 00187 Roma Tel.: +39-06-699301— [email protected] www.servidimaria.net

Boletim de informação rápida do Secretariado Geral de Comunicações

NOSSOS SANTOSNOSSOS SANTOSNOSSOS SANTOS

AS SETE ALEGRIAS DE MARIA

Segundo uma tradição original, os Servos de Maria, além das Dores de Nossa Senhora, celebravam tam-bém as Alegrias de Maria. Inspirado no axioma aris-

totélico contraria contrariis ap-posita magis elucescunt (as coisas con-trárias postas lado a lado brilham mais intensa-mente), frei Nicolau de Arezzo († 1462) elencava em primeiro lugar as sete alegrias da Virgem Maria e depois as sete dores que, contrapostas às alegrias, revelam a parti-cipação íntima e pessoal da Mãe na paixão redentora do Filho.

MMMIGALHASIGALHASIGALHAS DEDEDE HISTÓRIAHISTÓRIAHISTÓRIA Do seu Filho a Virgem Maria obteve sete alegrias

que jamais uma mãe já teve ou terá de um filho seu. A primeira alegria está no fato que ele era um filho celeste, que lhe foi dado do céu, anunciado pelo anjo do céu e nascido do Espírito Santo. Essa alegria nenhuma outra mãe jamais teve. A segunda alegria está no fato que ela não o trouxe no ventre sentindo mal-estar, peso ou sofrimento, como acontece com as outras mulheres, mas com doçura infinita. A terceira alegria está no fato que, na hora do parto, duas grandes graças lhe foram concedidas: gerá-lo sem dor e permanecer virgem após o parto. A quarta alegria está no fato que ele foi um filho obediente e respeitoso. De fato, nos trinta anos que viveu neste mundo, nenhum desgosto ou peso lhe causou. Foi-lhe sempre obediente e submisso, como diz o Evangelho de São Lucas: “E lhes era submisso”. E sempre a honrou durante a vida, na hora da morte e depois de morto. A quinta alegria está no fato que Ele era cheio de sabedoria e de graça. De fato, pregava coisas jamais ouvidas, fazia milagres inauditos, e isso prova que jamais alguém teve um filho como Ele. A sexta alegria está no fato que Ele foi para ela um filho sobremodo singular. De fato, todo o corpo de Cristo vem da carne da Virgem Maria e nele não teve vez nenhum pai terreno. A sétima alegria está no fato que foi um Filho plenamente nobre e honrado. De fato, aquele que era Filho da Virgem Maria era também Filho do Pai celeste e eterno, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Mãe nenhuma tem ou terá jamais uma joia semelhante a essa. Essas são as sete alegrias que a Virgem Maria teve do seu Filho, alegrias tão grandes e maravilhosas que marcaram a sua vida interior e exterior de sublime felicidade.

NICOLAU DE AREZZO, Planctus Domine nostre (1395),

em Fontes Histórico-Espirituais dos Servos de Maria .

Vol. II. De 1349 al 1495, pp. 531-532.

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FFFRANCISCUMRANCISCUMRANCISCUM Recebida a notícia da eleição do papa Francisco, o

Prior Geral dirigiu-lhe esta carta:

Santo Padre! Em meu nome pessoal e em nome do Conselho Geral e de toda a Ordem dos Servos de Maria, quero expressar senti-mentos de gratidão a Deus por sua eleição a bispo de Roma, sucessor de São Pedro, e por sua disponibilidade em assumir esse ministério. Comovente foi seu convite para rezar pelo seu pre-decessor, para cultivar relações de caridade fraterna na Igreja, para renovar o compromisso da nova evangelização e para pedir em seu favor a oração e a bênção de todos, antes mesmo de dá-la.

Aproveito da ocasião para pedir-lhe um favor. Ontem, dia de sua eleição, foi também para nossa Ordem o dia em que convoquei oficialmente o 213º Capítulo Geral da Ordem que se reunirá no convento de Pietralba/Weissenstein [Nova Ponente (BZ)], Itália, a partir de sexta-feira 13 de setembro até quarta-feira 2 de outubro do corrente ano, e que terá como tema central a resposta da Virgem de Nazaré: “Eis aqui a Serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Na minha carta escrita em seis idiomas – enviada na manhã desse dia - eu também convidava os confrades a rezar pela eleição do novo papa. Peço-lhe o dom de uma audiência com os frades capitulares antes ou logo depois do Capítulo.

Prometemos lembrá-lo em nossa oração a Deus, pela intercessão de Santa Maria, Nossa Senhora, e lhe garantimos nossa filial obediência e nossa dispo-nibilidade para colaborar em tudo o que for possível com o seu ministério, Que Deus o ilumine e abençoe o seu ministério.

In Domina nostra,

frei Ángel M. Ruiz Garnica, O.S.M.

Prior general

frei Camille M. Jacques, O.S.M.

Secretàrio da Ordem

RENÚNCIA DE BENTO XVI

AO MINISTÉRIO DE BISPO DE ROMA

Em 27 de fevereiro de 2013 (Prot. 208.800), a Secretaria de Estado respondeu nestes termos à carta que o Prior Geral escreveu ao papa Bento XVI quando de sua renúncia (cf. Cosmo on line de março):

Reverendo Padre, com um gesto carinhoso, o senhor, em nome também do Conselho Geral e dos frades de sua Ordem expressou ao Sumo Pontífice

sentimentos de solidariedade espiritual, quando ele renunciou ao ministério de sucessor do Apóstolo Pedro.

Sua Santidade agradece essa expressão de afeto e solidariedade, principalmente na oração, num momento tão delicado para sua pessoa e para a Igreja e, ao mesmo tempo que exorta a “renovar nossa fé no Pastor Supremo, Cristo Senhor” (Homilia da Quarta-Feira de Cinzas de 2013), de todo coração concede ao senhor e a todos os que se associaram nesse gesto fraterno sua bênção apostólica, extensiva a todos os que lhe são caros.

Com sentimentos de estima e apreço, subscrevo-me atenciosamente no Senhor,

Mons. Peter B. Wells

Assessor

DO CONSELHO E SECRETARIADOS GERAIS

ROMA, SÃO MARCELO – CONVOCAÇÃO DO CAPÍTULO GERAL

Em carta datada de 13 de março de 2013 (Prot. 150/2013) o prior geral, frei Ángel M. Ruiz Garnica convocou o 213° Capítulo Geral da Ordem, cujo tema central é inspirado nas palavras-chave:

EIS A SERVA DO SENHOR:

FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA” (LC 1,38)

iniciando assim o processo de eleição de 32 delegados que, junto com os 18 frades que participam ex

iure, compõem a lista dos vogais do Capítulo Geral .

ROMA, SÃO MARCELO - VISITA DO CARDEAL TITULAR

O cardeal titular Giuseppe Betori celebrou a Eucaristia em nossa igreja de São Marcelo na véspera do início do conclave que elegeu o papa Francisco. O reitor da igreja, frei Luciano M. Masetti, dirigiu-lhe estas palavras de saudação:

Eminência Reverendíssima, nesta tarde, é motivo de alegria para nós podermos celebrar convosco esta santa missa.

Toda a igreja, dia e noite, reza por vós, sabendo que vos aguarda nestes dias uma missão sublime, delicada e de fé, que traz em seu bojo uma rósea esperança: a eleição do novo Sumo Pontífice. Nossa comunidade religiosa dos Servos de Maria e as pessoas que frequentam esta igreja há tempo rezam por vós. Que o Espírito Santo encontre vossos corações dóceis, abertos e confiantes na sua divina iluminação.

O rei Saul perguntou ao profeta Samuel que acabara de consagrá-lo rei de Israel o que devia fazer. E Samuel respondeu: «Tudo o que fizeres, faze-o bem feito, com consciência, sabendo que Deus está contigo» (cf. 1Sm 10, 7). Nestes dias, vós e todo o colégio cardinalício estareis presentes em nossa oração e em nosso coração.

E fazemos um pedido: quando cumprimentardes o novo papa, que estará no meio de vós no conclave, dizei-lhe que nós religiosos o acolhemos como aquele que vem em nome do Senhor.

Eminência, vós estareis sempre presente em nossos corações.

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ROMA, SÃO MARCELO - DECRETO DE AGREGAÇÃO DA DELEGAÇÃO ESPANHOLA

Com Decreto promulgado em 28 de fevereiro e que entrou em vigor dia 31 de março de 2013, na Páscoa da Ressurreição, o prior geral, frei Ángel M. Ruiz Garica estabeleceu que os frades e as comunidades da Dele-gação Espanhola – exceto o convento de Matola (Moçambique) que continua sob a jurisdição do prior geral – passam sob a jurisdição da Província italiana da Santíssima Anunciada.

Os frades da Delegação Espanhola designados para o convento de Matola permanecem sob a jurisdição do prior geral em vista da agregação deste convento à Província São Peregrino do Brasil, que se fará no encerramento do Capítulo Geral de 2013.

Por isso, nos dias 2 a 7 de março de 2013 visitaram a comunidade de Matola os freis Franco M. Azzalli (delegado do Prior Geral para a Espanha), Charlie M. Leitão de Souza (conselheiro representante da Delegação) e Paulo Sergio M. Angeloni (prior provincial da Província São Peregrino do Brasil). Os três se encontraram com os dois frades que lá se vivem, os freis Custódio M. Luís Cardoso, prior e pároco, e José M. Correcher Blasco, e os 14 postulantes. Num clima sereno e construtivo expuseram o processo que se seguirá para a comunidade e para os frades de Matola e responderam aos questio-namentos levantados.

Os visitantes aproveitaram para se encontrar também com a fraternidade local da Ordem Secular e com algumas irmãs Servas de Maria do Cenáculo.

ROMA, PFT “MARIANUM”

♦ No site www.culturamariana.com frei Ermanno M. Toniolo registrou, em formato PDF, todos os textos das intervenções feitas pelos Servos de Maria no Concílio Vaticano II. Clicando em: testi mariani - Servi di Maria - Servi di Maria al Concilio Vaticano II - encontra-se a

documentação completa.

♦ Segunda-feira 8 de abril, na Pontifícia Universidade Urbaniana, frei Uvari Antony M. Savarimuthu fará a defesa pública de sua tese de doutorado intitulada Partilha fraterna na refeição comum como símbolo unificador que forma a comunidade do Reino na perspectiva da teologia indiana.

ROMA, SÃO MARCELO Sexta-feira 15 de março, às 18h, a Família Servita de

Roma reuniu-se na igreja de São Marcelo para participar do concerto de órgão em homenagem a Santo Antônio M. Pucci, no 50° aniversário de sua canonização (9 de dezembro de 1962).

Seguindo um roteiro já consagrado, frei Francesco M. Rigobello alternou “pensamentos do santo e sons de órgão”, com a leitura de trechos das cartas e das homilias do pároco de Viareggio e músicas de Bach, Vivaldi, Widor, Franck e Plum.

Expressiva e cordial a participação de frades, irmãs e leigos, que depois se deleitaram com um lanche de confraternização no corredor do convento.

ROMA - ENCONTRO DAS COMUNIDADES GENERALÍCIAS Depois do Concerto na igreja de São Marcelo, na

manhã de sábado 16 de março, os frades das comunidades generalícias reuniram-se nas dependên-cias do Marianum, onde participaram de uma sessão comemorativa dos 50 anos do Vaticano II, com duas conferências proferidas por professores do Marianum: uma de frei Ermanno M. Toniolo que apresentou uma inédita documentação sobre Algumas contribuições dos Servos de Maria no Concílio Vaticano II; e a outra de frei Silvano M. Maggiani – ainda convalescendo de uma cirurgia no fêmur – sobre O Concílio Vaticano II e a Ordem às vésperas de um Capítulo Geral.

Em seguida, foi celebrada a Missa, presidida pelo prior geral, frei Ángel M. Ruiz Garnica, durante a qual foram feitos alguns depoimentos sobre alguns frades recentemente falecidos: sobre os freis Giuseppe M. Piccolo e Dante M. Andreoli, (por vários decênios membros da Comunidade de Estudos: depoimento de frei Aristide M. Serra) e sobre frei Mariano M. Rigoni (que viveu na Comunidade de Formação Santo Aleixo: depoimento de frei Davi M. Dagostim Minatto).

O almoço, oferecido pela comunidade, encerrou

dignamente o encontro fraterno.

DDDASASAS JURISDIÇÕESJURISDIÇÕESJURISDIÇÕES EEE CONVENTOSCONVENTOSCONVENTOS

CANADÁ, TROIS-RIVIÈRES – CAPÍTULO DE RENOVAÇÃO

O Capítulo Provincial de Renovação reúne-se de 1º a 4 de abril de 2013. Frei Hubert M. Moons fará algumas reflexões sobre o tema: Inquietudes e esperanças da Ordem no século XX e no século XXI.

MILÃO, SÃO CARLOS – TESE DE LICENCIATURA

Frei Stefano M. Bordignon fez entrega na Faculdade Teológica da Itália Setentrional de Milão da sua tese de licenciatura intitulada Adorar em espírito e verdade. A hermenêutica da realização cristológica do templo em Jo 4, 1-42. Relator da tese: prof. Franco Manzi.

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TUNASAN, FILIPINAS Em 21 de março, nove pré-noviços da comunidade de Santa Maria dos Servos de Tunasan superaram com êxito os exames finais de filosofia e r e c e b e r a m o respectivo diploma numa cerimônia

presenciada por seus formadores e parentes. Eles já manifestaram o desejo de continuar sua formação ingressando no noviciado.

THAMJAVUR, ÍNDIA

Dia 24 de março de 2013, na inauguração da comunidade de Jeeva Matha Illam, presidida pelo prior geral, frei Ángel M. Ruiz Garnica, foi abençoado o quadro que representa a Virgem Maria e os Sete Santos Fundadores. Depois de todos esses anos, fez-se necessária uma restauração e agora o quadro se apresenta com toda a sua beleza original.

PROFISSÕES, ORDENAÇÕES E ANIVERSÁRIOS ♦ Recordamos com afeto uma grande geração de

missionários e de frades a serviço da Ordem: Lino M. Godalli (VEN), Vittorino M. Bertocco, Erminio M. Manea, Vladimiro M. Memo e Bruno M. Predonzani (SMA), Ubaldo M. Todeschini e Ermanno M. Toniolo (VEN/ORD), que celebram com gratidão seus 60 anos de ordenação presbiteral.

♦ Parabéns a frei Patrick M. Boyle (ISL), que celebra 60 anos de profissão solene; aos freis Alessandro M. Bertacco, Luigi M. De Candido e Ferdinando M. Milan (VEN), Bernardo M. Antonini (VEN/ORD) e Jean-Claude M. Dupont, que celebram 50 anos de ordenação presbiteral; e aos freis Lourdusamy M. Anthonysamy (IND), Camille M. Jacques (CAN/ORD) e Antonio M. Hueso Díaz, que celebram 25 anos de ordenação presbiteral.

♦ Sábado 20 de abril, na igreja paroquial Nossa Sen-hora das Dores de Grottasanta, em Siracusa, Itália, frei Stephen M. Sibanda (ANN) será ordenado presbítero pela imposição das mãos e oração de S. Ex.cia Rev.ma dom Salvatore Pappalardo, arcebispo de Siracusa. Pa-rabens!

♦ Dia 2 de abril, emitem a profissão solene os freis Charles M. Anthonysamy, Albert Michael Lawrence M. Anthonysamy e Selvanayagam M. Layoun, filhos da Província Indiana de Aikiya Annai. Parabéns!

DDDAAA FAMÍLIAFAMÍLIAFAMÍLIA SSSERVITAERVITAERVITA

SERVAS DE MARIA SANTÍSSIMA DOLOROSA DE NÁPOLES

As irmãs da nova comunidade das Filipinas foram para Siargao dia 17 de março, acompanhadas da irmã Petra, para arrumar a casa. Elas viajaram de barco. Embora a viagem dure três dias, as irmãs preferiram esse meio de transporte para poder levar mais do que os 15 quilos permitidos por avião. Dia 25 de março é a data oficial da chegada e da apresentação das irmãs ao povo. Então estará presente também a irmã Beatriz. Será tarefa das irmãs, depois de um breve tempo de adaptação e inserção na Paróquia Nossa Senhora do Monte Carmelo, dedicar-se à catequese, à pastoral juvenil e familiar e à animação vocacional. A paróquia, por sua vez, contribuirá pagando as despesas de manutenção da casa. Já foi assinado o contrato com o

bispo.

FRANÇA – DIACONIAS LEIGAS

Domingo 17 de fevereiro, na igreja paroquial de Vert Saint Denis, ao sul de Paris, Cécile et François Londeix assumiram o compromisso como Diaconia Leiga da Família Servita, a primeira na França. Presentes na cerimônia duas Diaconias italianas: a Diaconia do Encontro formada por Maria Grazia e Loris Romagnolo, e a Diaconia de Nossa Senhora formada por Federica e Giuseppino Corain. As Servas de Maria de Londres e Couves, muito atuantes nessa região parisiense principalmente através da escola de Villemomble, alegraram-se com o crescimento da Família Servita na França. Frei Rémi M. Yao, prior da comunidade de Saint Ortaire, concelebrou a missa presidida pelo padre Frédéric Desquilbet, responsável da área paroquial de Vert Saint Denis.

CANADA, OSSM ♦ Dia 20 de março, no Canadá, numa reunião convo-

cada e presidida pela irmã M. Ângela Hunter, CSM, as-sistente nacional a Fraternidade Secular dos Servos de Maria da Província Canadense, assessorada pelo diáco-no Mario M. Desrosiers, OSSM, Martin M. Mc Nicoll, OSSM, foi eleito Prior Nacional da OSSM/Canadá para um terceiro mandato.

♦ Em 17 de fevereiro, primeiro domingo da Quaresma, durante o encontro mensal realizado na igreja de Saint Hubert (diocese de St.-Jean-Longueuil), a Fraternidade Secular Sainte-Julienne de Brossard acolheu um novo membro, Richard M. Carmel (marido da priora da fraternidade) que emitiu a promessa. Além disso, Gilles Clouâtre pediu para ser admitido na fraternidade.

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A priora da fraternidade, Réjeanne Rioux-Carmel, e a assistente, irmã M. Angela Hunter, CSM, presidiram juntas ao rito da Promessa e da Admissão. A Eucaristia da solenidade dos Sete Santos foi presidida pelo padre diocesano Yvon M. Lauzon, ajudado pelo diácono Mario M. Desrosiers, ambos membros da fraternidade. Um coquetel e uma confraternização encerraram o momento festivo

Martin M. Mc Nicoll, OSSM

♦ Quarta-feira 27 de fevereiro, em Montréal, numa reunião do Conselho Administrativo do jornal Jésus Marie et notre temps, foi eleito como seu membro Martin M. Mc Nicoll, da Fraternidade Secular Sainte-Julienne de Brossard. O jornal mensal é uma das mais importantes publicações marianas em língua francesa na América. No mês de março de 2013, o jornal alcançou sua 464ª edição, tendo começado 43 anos atrás. É preciso lembrar que Urbain M. Lussier, OSSM, foi presidente do Conselho Administrativo de março de 2010 a fevereiro de 2013 e teve que demitir-se do cargo por motivos de saúde, depois d 25 anos de serviços prestados ao esse mesmo Conselho.

Urbain M. Lussier, OSSM

BOLONHA, ENCONTRO DE FORMAÇÃO DA OSSM

Em 9 de março reuniram-se na Basílica de Santa Maria dos Servos de Bolonha irmãos e irmãs de várias fraternidades da Ordem Secular, inclusive da Fraternidade “Mater Amabilis”, criada em Módena. Mais de cinquenta pessoas provenientes das regiões da Emília e das Marcas ouviram as palavras de frei Cesare M. Antonelli que proferiu palestra sobre o tema: Maria na fé. Seguiram-se várias colocações de esclarecimento por parte dos participantes. A iniciativa promovida pelo prior provincial da OSSM, Sr. Francesco Pergolotti, faz parte do programa de encontros de formação e fraternidade em vista do próximo congresso provincial que se reunirá em 25 de abril de 2013 e que elegerá o(a) prior(a) provincial e

seu Conselho .

AAANONONO DADADA FFFEEE

PALAVRA DO PAPA

Queridos irmãos e irmãs!

Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão. [...]

Ouvimos ler, no Evangelho, que «José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa» (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião.

Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: «São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo» (Redemptoris Custos, 1).

Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egipto e na busca preocupada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde

ensinou o ofício a Jesus.

Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projecto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito.

E José é «guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas.

Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!

Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos.

É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças,

Page 6: Cosmo on LineCosmo on Line - servidimaria.netservidimaria.net/sitoosm/po/noticias/2013/col04.pdf · celeste, que lhe foi dado do ... convite para rezar pelo seu pre-decessor, para

dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração.

É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais.

É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!

E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.

Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito eco-nómico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guar-diões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e mor-te acompanhem o caminho deste nos-so mundo! Mas, pa-ra «guardar», deve-mos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sent imentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: a q u e l a s q u e edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.

A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!

Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de

Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger.

Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma espe-rança, para além do que se podia esperar» (Rm 4, 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Também hoje, pe-rante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos espe-rança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.

Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que

o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!

Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amen.

19 de março de 2013 , Início do ministério petrino