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CORRELAÇÕES ENTRE A FREQUÊNCIA DA PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS E O NÍVEL DE ESTRESSE APRESENTADO POR ESCOLARES. Aline Menezes dos Santos ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Ademir De Marco FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA UNICAMP PIBIC - CNPq INTRODUÇÃO O estresse é um aspecto inevitável da vida, de acordo com Hans Selye: “O homem nasce, vive e morre com stress” . Segundo os psicólogos, níveis reduzidos e assimiláveis de estresse são úteis, porque geram motivação. No entanto, em excesso, as manifestações psicossomáticas geradas pelas respostas estressoras, podem significar ameaça e desequilíbrio psicofisiológico para o organismo com a conseqüente perda da homeostase. Atualmente, vários ramos da ciência se deparam com o fato do estresse estar afetando pessoas de faixas etárias cada vez mais jovens. Casos de estresse em crianças e adolescentes, estão sendo relatados na literatura médica mundial com freqüência cada vez maior. Infelizmente, o Brasil está incluso nestas estatísticas e, no nosso país fatores como violência, pobreza, desemprego, família desestruturada entre outros, nos colocam como campeões de estresse na faixa etária juvenil. METODOLOGIA Esse estudo investigou a freqüência com que meninos e meninas entre 8 e 9 anos de idade praticam atividades físicas semanalmente, a fim de estabelecer possíveis correlações com o nível de estresse apresentados pelos mesmos. A amostra dessa pesquisa consistiu em 50 alunos, sendo 26 do sexo feminino e 24 do sexo masculino, que freqüentam o Programa de Integração e Desenvolvimento da Criança e do Adolescente Prodecad, espaço de ensino não-formal mantido pela própria UNICAMP e situado na cidade universitária “Zeferino Vaz” . Para a avaliação do nível de estresse foi utilizada a Escala de Estresse Infantil ESI, padronizada por Marilda Lipp (1988), seguido de uma entrevista com três perguntas num clima de descontração para que não significasse uma fonte de pressão para os alunos e, assim, obter as informações sobre a freqüência da prática de atividades físicas escolares e extra-curriculares. RESULTADOS E DISCUSSÃO Por ser a escola o primeiro ambiente formal que a criança participa, além do ambiente familiar, é lógico se pensar que este se torna importante para ela, podendo trazer contribuições positivas e também negativas para o desenvolvimento infantil. Por isto, esta pesquisa teve o objetivo de avaliar os níveis de estresse presente num grupo de alunos e suas possíveis correlações com a prática regular de atividades físicas, averiguando assim as influências do ambiente escolar nestas manifestações. A partir dos resultados obtidos com 22% de crianças com estresse e 78% sem estresse e, embora esses dados não indiquem um quadro caótico, devemos receber como importante alerta para a sociedade e, mais especificamente, para as relações interpessoais no ambiente escolar, entre professores e alunos, o indicativo de que o percentual obtido com crianças que apresentam determinado nível de estresse deva ser considerado como estímulo e motivação para a continuidade e a ampliação de estudos nesta área. CONSIDERAÇÕES FINAIS No caso dessa pesquisa, esta consistiu num estudo que reuniu uma amostra pequena que não possibilita a apuração de dados que possam ser extrapolados para a população de maneira geral, porém, o modelo metodológico adotado representa adequada estratégia que poderá ser ampliada com outras amostras em estudos futuros, sendo esta uma contribuição significativa para o campo da investigação científica. Portanto, fica demonstrado que a Educação Física pode contribuir com este cenário, ou seja, a partir de programas de atividades físicas adequadas e tecnicamente elaboradas e desenvolvidas, esta área poderá contribuir de forma significativa para este binômio, prática de atividade física e redução de estresse. PALAVRAS - CHAVE: Criança, Estresse, Atividade Física, Ensino Fundamental, Educação Física. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BIGNOTTO, M. M. A eficácia do treino de controle do stress infantil. 2010. 48 folhas. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia do Centro de Ciências da Vida PUC Campinas, 2010. DE MARCO, A. Stress no desenvolvimento da criança. Corpoconsciência. Santo André. N 0 1997, p. 25 35. LIPP, E. N. M.; ARANTE, J. P.; BURITI, S. M.; WITZIG, T. O estresse em escolares. Rev. Psicologia Escolar e Educacional, 2002, v. 6, N. 1, p. 51-56. SELYE, H. Stress a tensão da vida. 2. ed. São Paulo: Ibrasa, 1965.

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CORRELAÇÕES ENTRE A FREQUÊNCIA DA PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS E O NÍVEL DE ESTRESSE APRESENTADO POR ESCOLARES.

Aline Menezes dos Santos ([email protected])

Orientador: Prof. Dr. Ademir De MarcoFACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA – UNICAMP PIBIC - CNPq

INTRODUÇÃO

O estresse é um aspecto inevitável da vida, de acordo comHans Selye: “O homem nasce, vive e morre com stress”. Segundoos psicólogos, níveis reduzidos e assimiláveis de estresse sãoúteis, porque geram motivação. No entanto, em excesso, asmanifestações psicossomáticas geradas pelas respostasestressoras, podem significar ameaça e desequilíbriopsicofisiológico para o organismo com a conseqüente perda dahomeostase.

Atualmente, vários ramos da ciência se deparam com o fatodo estresse estar afetando pessoas de faixas etárias cada vezmais jovens. Casos de estresse em crianças e adolescentes, estãosendo relatados na literatura médica mundial com freqüênciacada vez maior. Infelizmente, o Brasil está incluso nestasestatísticas e, no nosso país fatores como violência, pobreza,desemprego, família desestruturada entre outros, nos colocamcomo campeões de estresse na faixa etária juvenil.

METODOLOGIA

Esse estudo investigou a freqüência com que meninos emeninas entre 8 e 9 anos de idade praticam atividades físicassemanalmente, a fim de estabelecer possíveis correlações com onível de estresse apresentados pelos mesmos. A amostra dessapesquisa consistiu em 50 alunos, sendo 26 do sexo feminino e 24do sexo masculino, que freqüentam o Programa de Integração eDesenvolvimento da Criança e do Adolescente – Prodecad,espaço de ensino não-formal mantido pela própria UNICAMP esituado na cidade universitária “Zeferino Vaz”.

Para a avaliação do nível de estresse foi utilizada a Escala deEstresse Infantil – ESI, padronizada por Marilda Lipp (1988),seguido de uma entrevista com três perguntas num clima dedescontração para que não significasse uma fonte de pressãopara os alunos e, assim, obter as informações sobre a freqüênciada prática de atividades físicas escolares e extra-curriculares.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Por ser a escola o primeiro ambiente formal que a criançaparticipa, além do ambiente familiar, é lógico se pensar que estese torna importante para ela, podendo trazer contribuiçõespositivas e também negativas para o desenvolvimento infantil.Por isto, esta pesquisa teve o objetivo de avaliar os níveis deestresse presente num grupo de alunos e suas possíveiscorrelações com a prática regular de atividades físicas,averiguando assim as influências do ambiente escolar nestasmanifestações.

A partir dos resultados obtidos com 22% de crianças comestresse e 78% sem estresse e, embora esses dados não indiquemum quadro caótico, devemos receber como importante alertapara a sociedade e, mais especificamente, para as relaçõesinterpessoais no ambiente escolar, entre professores e alunos, oindicativo de que o percentual obtido com crianças queapresentam determinado nível de estresse deva ser consideradocomo estímulo e motivação para a continuidade e a ampliação deestudos nesta área.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No caso dessa pesquisa, esta consistiu num estudo que reuniuuma amostra pequena que não possibilita a apuração de dadosque possam ser extrapolados para a população de maneira geral,porém, o modelo metodológico adotado representa adequadaestratégia que poderá ser ampliada com outras amostras emestudos futuros, sendo esta uma contribuição significativa para ocampo da investigação científica.

Portanto, fica demonstrado que a Educação Física podecontribuir com este cenário, ou seja, a partir de programas deatividades físicas adequadas e tecnicamente elaboradas edesenvolvidas, esta área poderá contribuir de forma significativapara este binômio, prática de atividade física e redução deestresse.

PALAVRAS - CHAVE: Criança, Estresse, Atividade Física, Ensino Fundamental, Educação Física.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BIGNOTTO, M. M. A eficácia do treino de controle do stress infantil. 2010. 48 folhas. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia do Centro de Ciências da Vida – PUC –Campinas, 2010.DE MARCO, A. Stress no desenvolvimento da criança. Corpoconsciência. Santo André. N 0 – 1997, p. 25 – 35.LIPP, E. N. M.; ARANTE, J. P.; BURITI, S. M.; WITZIG, T. O estresse em escolares. Rev. Psicologia Escolar e Educacional, 2002, v. 6, N. 1, p. 51-56.SELYE, H. Stress – a tensão da vida. 2. ed. São Paulo: Ibrasa, 1965.