cordas

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9 TRABALHO EM FACHADAS O objetivo deste estudo é apresentar os procedimentos de segurança a serem observados na realização de trabalhos em fachadas, levando-se em conta as exigências do MTE(Ministério do Trabalho e Emprego) e normas da ABNT, para evitar quedas de nível causadas basicamente pelos seguintes motivos: Utilização de andaimes e cadeiras suspensas por pessoas não habilitadas; Andaimes ou cadeiras improvisados ou em mal estado de uso; Uso de andaimes ou cadeira suspensa sem travaqueda; Uso de travaqueda com extensor errado; Passagem do telhado ao andaime ou cadeira suspensa sem a devida proteção; Movimentação sem proteção nos beirais da fachada; Trabalho com chuva ou vento; Rompimento do ponto de ancoragem por baixa resistência mecânica; Cabo de aço e cordas danificados; Pisos escorregadios; Precariedade nos acessos à cobertura. Planejamento do trabalho: Todo serviço realizado sobre telhado exige um rigoroso planejamento, devendo necessariamente ser verificado os seguintes itens: Definição do tipo de cadeira suspensa ou andaime em função das características da fachada, acessos à cobertura e interferências para execução do trabalho; Definição da movimentação nos beirais visando deslocamento racional, distante de rede elétrica e garantindo-se resistência mecânica de todos os pontos de ancoragem de, no mínimo, 1500 kg; Definição dos materiais, ferramentas e equipamentos (EPIs), necessários à realização do trabalho; Os andaimes e cadeiras suspensas devem ser usados em conjunto com o travaqueda; Deve ser usado capacete de segurança com jugular e outros EPIs, de acordo com a tarefa: - Botas de PVC/borracha para lavagem de fachadas/exposição à umidades; - Luvas de PVC para risco de contaminação e cortes com vidro; - Luvas de látex, capa e óculos de segurança na manipulação de ácidos, cloro, etc; Na passagem do telhado ao andaime ou cadeira ou durante a movimentação pelos beirais, deve

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Page 1: Cordas

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TRABALHO EM FACHADAS

O objetivo deste estudo é apresentar os procedimentos de segurança a serem observados na

realização de trabalhos em fachadas, levando-se em conta as exigências do MTE(Ministério do

Trabalho e Emprego) e normas da ABNT, para evitar quedas de nível causadas basicamente pelos

seguintes motivos:

Utilização de andaimes e cadeiras suspensas por pessoas não habilitadas;

Andaimes ou cadeiras improvisados ou em mal estado de uso;

Uso de andaimes ou cadeira suspensa sem travaqueda;

Uso de travaqueda com extensor errado;

Passagem do telhado ao andaime ou cadeira suspensa sem a devida proteção;

Movimentação sem proteção nos beirais da fachada;

Trabalho com chuva ou vento;

Rompimento do ponto de ancoragem por baixa resistência mecânica;

Cabo de aço e cordas danificados;

Pisos escorregadios;

Precariedade nos acessos à cobertura.

Planejamento do trabalho:

Todo serviço realizado sobre telhado exige um rigoroso planejamento, devendo necessariamente ser

verificado os seguintes itens:

Definição do tipo de cadeira suspensa ou andaime em função das características da fachada,

acessos à cobertura e interferências para execução do trabalho;

Definição da movimentação nos beirais visando deslocamento racional, distante de rede elétrica

e garantindo-se resistência mecânica de todos os pontos de ancoragem de, no mínimo, 1500 kg;

Definição dos materiais, ferramentas e equipamentos (EPIs), necessários à realização do

trabalho;

Os andaimes e cadeiras suspensas devem ser usados em conjunto com o travaqueda;

Deve ser usado capacete de segurança com jugular e outros EPIs, de acordo com a tarefa:

- Botas de PVC/borracha para lavagem de fachadas/exposição à umidades;

- Luvas de PVC para risco de contaminação e cortes com vidro;

- Luvas de látex, capa e óculos de segurança na manipulação de ácidos, cloro, etc;

Na passagem do telhado ao andaime ou cadeira ou durante a movimentação pelos beirais, deve

Page 2: Cordas

ser usado cinturão de segurança tipo paraquedista ligado, por meio de talabarte, a um ponto de

ancoragem;

Controle médico e qualificação técnica dos trabalhadores, dentro do prazo de validade, para

serviço nesta área com alta periculosidade;

Deve ser usada cadeira suspensa com Certificado de Revisão do fabricante, dentro do prazo de

validade (doze meses, conforme NBR 14.751);

Condições climáticas satisfatórias para liberar trabalho em fachada, visto que é proibido com

chuva e/ou vento.

SISTEMA 2G GULIN

PARA TRABALHO EM ANDAIME

SUSPENSO

Há 30 anos, patenteamos e lançamos no Brasil o primeiro e atual

sistema de proteção, constituído por travaqueda deslizante em corda

ou cabo de aço. O sistema atual limita bastante a mobilidade do

trabalhador pelos motivos:

1. O comprimento do extensor dos travaquedas existentes é bem

curto;

2. A altura do parapeito dos andaimes é de 120 cm, exigência do

MTE.

Page 3: Cordas

VEJA PORQUE O SISTEMA 2G DOBRA A PRODUÇÃO

SISTEMA ATUAL

NOVO SISTEMA 2G

NOVO SISTEMA 2G GULIN

OFERECE MAIOR MOBILIDADE E DOBRA A

PRODUÇÃO

CARACTERÍSTICAS DOS COMPONENTES:

TRAVACABO TC-1

Dispositivo de ajustagem do ponto de fixação do travaqueda retrátil

na corda vertical de poliamida com diâmetro de 16 mm, que garante

conexão com resistência estática de 15 kN, (exigência do MTE e da

ABNT), comprovada por laudo técnico.

Fabricado em aço inox com dupla trava de segurança pode ser

colocado ou retirado da corda, sem uso de ferramenta. Permite

imediata mudança de posição vertical do travaqueda retrátil, com

total segurança.

TRAVAQUEDA RETRÁTIL R-6

Fabricado com leve e resistente carcaça de nylon (6 mm de

espessura), resiste a choques contra colunas, vigas e ação das

intempéries.

Utiliza cabo de aço (4,8 mm - 6m de comprimento) resistentes às

argamassas, revestimentos sintéticos, sol ou chuva (agentes que as

fitas sintéticas não resistem).

Page 4: Cordas

O acesso aos cantos dos

andaimes exige esforço

físico do trabalhador para

puxar a linha vertical,

principalmente se for de

cabo de aço que tem

obrigatoriamente peso na

extremidade (cerca de 7

kg).

Fácil acesso aos cantos dos

andaimes não exigindo esforço

físico do trabalhador em função da

fácil movimentação do cabo retrátil

do travaqueda.

Page 5: Cordas

Dificuldade de

agachamento ao piso do

andaime para pegar

material, visto que o

extensor do travaqueda é

curto (cerca de 40 cm) e a

altura do parapeito é de

120 cm.

Fácil acesso ao piso do

andaime para pegar

material, visto que há cabo

retrátil em quantidade

sucifiente.

Page 6: Cordas

ONDE CONHECER O SISTEMA 2G

Demonstrações comparativas de trabalho em andaime suspenso com a forma atual de trabalho e o

novo sistema 2G, onde fica evidente a fácil mobilidade com o dobro de produtividade podem ser

vizualizadas no vídeo nº 9ou em nosso Centro de Simuladores (o maior da América Latina com

400m² de área coberta).

Cadeira suspensa manual:

Na manutenção de fachadas, principalmente em serviços de pintura e limpeza, as cadeiras suspensas

manuais são bem mais utilizadas do que os andaimes suspensos, pelas seguintes vantagens:

Operam em mínimos espaços: chegam a deslocar-se até dentro de chaminés, em área inferior a

um metro quadrado;

Dispensam o uso de energia elétrica: geralmente, os serviços de pintura e limpeza são feitos de

cima para baixo e as cadeiras suspensas manuais utilizam a força da gravidade, que é gratuita e

nunca falha;

Não possuem limitação para deslocamento vertical;

Podem deslocar-se com facilidade também na horizontal e fazer

manutenção de toda a área de uma grande fachada. Veja maiores

detalhes da cadeira suspensa movimentando-se em trilho horizontal

no Item 1 de Produtos.

Mínimo peso, em média 10 kg. São instaladas e operadas, com facilidade, por um único

trabalhador.

Mínimo investimento inicial e operacional.

Cuidados para escolher a cadeira suspensa que

cumpra as exigências do MTE e ABNT:

1º) JAMAIS UTILIZE CADEIRA PROIBIDA PELO MTE. A facilidade de montar dispositivos que desçam em cordas é tão grande que, frequentemente,

constatamos em serviços de fachada, o uso de perigosos dispositivos improvisados, semelhantes aos

das fotos abaixo, que são proibidos pela NR-18 do MTE.

Page 7: Cordas

Observando as fotos dos dispositivos improvisados, destacamos alguns motivos que levaram o MTE

a proibir o seu uso:

1)

O MTE exige que as cadeiras suspensas tenham duas travas de segurança para bloquear

automaticamente sua livre descida em caso de mal súbito do trabalhador.

Os dispositivos improvisados não possuem nenhuma trava de segurança, ou seja, se o trabalhador

tiver mal súbito durante o manuseio da corda, terá queda livre no espaço.

2)

O MTE exige que as cadeiras suspensas tenham sistema de fixação do trabalhador por meio do

cinto. Os dispositivos improvisados não possuem nenhum sistema de fixação do trabalhador por

meio de cinto, ou seja, por desequilíbrio ou mal súbito, o trabalhador pode cair do dispositivo

improvisado.

3)

O MTE exige que as cadeiras suspensas tenham requisitos mínimos de conforto. As exigências

mínimas de conforto para cadeiras suspensas manuais indicadas na norma NBR 14751 da ABNT

são:

-Assento com dimensões e conformação ”padrão internacional”.

-Esforço manual para operar a alavanca de destravamento de, no máximo, 18 kgf.

-Estabilidade operacional: conexão da cadeira com a linha de sustentação de, no mínimo, 500 mm

acima do assento.

-Componentes isentos de rebarbas e cantos vivos.

-Ajustável sistema de fixação do cinturão à cadeira e que deve estar, no mínimo, a 300 mm acima

do plano do assento.

Os dispositivos improvisados são montados sem obedecer a nenhum critério técnico e,

geralmente, não atendem aos requisitos mínimos de conforto.

4)

Constata-se que o trabalhador, ao aceitar usar um dispositivo improvisado de descida de “grau

máximo de perigo”, aceita, também, todos os outros riscos:

Page 8: Cordas

a)

Para ter maior mobilidade e produtividade, por sua conta e

risco, aumenta o comprimento do extensor do travaqueda

(corda azul). Havendo uma queda, existirá uma força de

retenção acima do planejado e, provavelmente, haverá um

acidente, pois, o travaqueda não foi fabricado e ensaiado

para funcionar nas condições montadas ilegalmente pelo

trabalhador.

EXTENSOR

ERRADO

TRAVAQUEDA

COM EXTENSOR

CORRETO

NOTAS:

- As normas da ABNT, NBR 14626 e NBR 14627, determinam que o comprimento máximo do

extensor (ligação entre o cinturão e o travaqueda) não pode ultrapassar um metro.

- Cada travaqueda deve ser utilizado com o extensor especificado no CA do fabricante. Os

travaquedasGulin modelos XA e XN devem usar extensor constituído de, no máximo, dois

mosquetões interligados por seis elos de corrente galvanizada de 1/4”.

b) O trabalhador está sem capacete com jugular e sem calçado de segurança.

c) A lata de tinta está perigosamente apoiada no gancho sem trava de fechamento.

2º)SÓ UTILIZE CADEIRA SUSPENSA QUE OBEDEÇA A NORMA DA ABNT E

CERTIFICADA POR LABORATÓRIO ACREDITADO PELO INMETRO.

Esclarecimentos importantes:

1)

Em 09 de julho de 2002, o MTE, por meio da Portaria nº 13, deixou de considerar as cadeiras

suspensas como Equipamento de Proteção Individual (EPI) e, consequentemente, elas deixaram

de ter o Certificado de Aprovação (CA) exigido pela NR-6.

2)

Até 09/07/02, as cadeiras suspensas só podiam ser comercializadas ou usadas desde que

tivessem o Certificado de Aprovação (CA). Para uma cadeira possuir CA, o MTE exigia que elas

fossem ensaiadas e aprovadas pela norma NBR 14751 da ABNT. Os ensaios tinham que ser

realizados no laboratório oficial do MTE, a FUNDACENTRO.

3)

Desde 09/07/02, pode-se comercializar ou usar as cadeiras suspensas sem exigência de nenhuma

certificação que comprove a fabricação conforme a norma NBR 14751 e, consequentemente, no

comércio de venda e locação de cadeiras suspensas temos constatado, atualmente, muitas

irregularidades.

4)

Para evitar o perigoso risco de usar cadeira suspensa fabricada fora das exigências legais, a

maioria das empresas responsáveis exige que:

O fabricante de cadeira suspensa deve fornecer laudo de ensaio emitido por laboratório

acreditado pelo INMETRO, comprovando que o produto obedece a NBR 14751 da ABNT.

Page 9: Cordas

Até o final do século passado, todos os grandes fabricantes de cadeiras

suspensas indicavam o uso do travaqueda ligado à argola dorsal do

cinturão tipo paraquedista (Fig.1).

Fig.1

Havendo ruptura do cabo de sustentação da cadeira suspensa há a

necessidade de ser efetuado o rápido resgate do trabalhador que está

suspenso em uma posição incômoda e retendo o peso da cadeira (Fig.2).

Fig.2

b) CADEIRA SUSPENSA COM TRAVAQUEDA INTEGRADO:

Atualmente, todos os grandes fabricantes internacionais de cadeira

suspensa utilizam travaqueda integrado a ela (Fig. 3)

Fig.3

Page 10: Cordas

Havendo ruptura do cabo de sustentação da cadeira suspensa com

travaqueda integrado, também haverá a necessidade de ser efetuado o

resgate, porém, de um trabalhador que continua mantido na mesma

posição confortável de trabalho (Fig. 4).

Fig.4

4º)A CADEIRA SUSPENSA DEVE SER REVISADA ANUALMENTE.

A cadeira suspensa deve ser revisada a cada 12 meses pelo fabricante ou seu credenciado(NBR

14751), que emitirá o certificado de revisão datado, garantindo que a mesma está em perfeito estado

de funcionamento.

IMPORTANTE:

Veja no Item 1 de PRODUTOS E INFORMAÇÕES tudo sobre CADEIRAS SUSPENSAS:

tipos, formas de fixação, suportes, cabos de aço, cordas, instrução de uso, inspeção e

manutenção.

PLATAFORMAS DE TRABALHO AÉREO:

Além dos ANDAIMES E CADEIRAS SUSPENSAS, são usadas, nos serviços de manutenção de

fachadas, as plataformas de trabalho aéreo (PTA).

A “PTA” é um equipamento motorizado, dotado de cesto com guarda-corpo, capaz de movimentar o

trabalhador do solo até o local de trabalho elevado. Devem obedecer as exigências de segurança,

operação e manutenção do Anexo IV da NR-18 do MTE.

Tipos de PTA:

Page 11: Cordas

TESOURA TELESCÓPICA LANÇA ARTICULADA

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