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Cordas para Trabalho em Altura As cordas, também chamadas de cabos, têm inúmeras aplicações no meio industrial. E entre todos os usos possíveis, os mais nobres são os da segurança e do resgate de trabalhadores.

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Cordas para Trabalho em Altura As cordas, também

chamadas de cabos, têm inúmeras aplicações no meio industrial. E entre todos os usos possíveis, os mais nobres são os da segurança e do resgate de trabalhadores.

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Cordas para Trabalho em Altura

Elas podem ser usadas em pequenos comprimentos, a exemplo dos talabartes, ou em comprimentos maiores, quando utilizadas como cabos para o trava-quedas nos trabalhos em altura.

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Na segurança de trabalhadores, elas podem ser utilizadas para restringir a movimentação, impedindo exposição a riscos, ou para deter uma eventual queda, que é o uso mais importante. Deter o corpo de uma pessoa que está caindo é a situação extrema para qualquer sistema de segurança.

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Cordas para Trabalho em Altura

Para compreendermos as características de uma boa corda, é importante entender como ela é solicitada quando detém a queda de uma pessoa.

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Para um leigo pode parecer que o único critério para avaliação de uma boa corda é a resistência para suportar cargas, porém, veremos na seqüência que suportar grandes pesos não garantirá a integridade do trabalhador.

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Resistência

Primeiro precisamos lembrar que o corpo de uma pessoa em movimento, especialmente em queda livre, pode gerar uma força equivalente a centenas de quilos sobre um sistema que irá ampara-lo, e portanto, não se pode ingenuamente considerar apenas o peso de uma pessoa para avaliar a resistência de um equipamento de proteção contra quedas.

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Uma base utilizada como referência para avaliar a exigência de resistência de uma corda por exemplo, é a utilização de determinados sistemas mecânicos, como fator de segurança a resistência equivalente a cinco vezes a maior carga esperada em sua operação.

Isso dá uma boa margem de segurança, evitando acidentes que podem gerar prejuízos e até mesmo colocar vidas humanas em risco.

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Na segurança de pessoas o referido fator deve ser maior, já que estamos prevendo solicitações dinâmicas (corpos em queda) podendo ultrapassar a relação de 15:1, ou seja, ter uma resistência mínima quinze vezes maior que a carga esperada sobre o sistema.

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Se adotarmos 100 kg como valor de referência para o peso de uma pessoa, e quisermos adotar o fator de 15:1, uma corda nova terá que ter uma resistência mínima à ruptura de 1.500 kg. Mas como existem outros fatores envolvidos na dinâmica da detenção de uma queda e nas características das cordas, internacionalmente o valor mínimo é de 2000 kg.

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Os americanos, através da N.F.P.A. (National Fire Protection Association), determinaram como carga de resgate o valor de 600 lbsf ou aproximadamente 270 kg, que considera dois homens pesados mais equipamentos.

Como adotam um fator de segurança de 15:1, a norma americana 1983 da N.F.P.A. exige para as cordas de resgate (uso geral) uma resistência mínima a ruptura de 9.000 lbsf ou aproximadamente 40 kN (a grosso modo 4.000 kg).

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Absorção de choques

Estar preso a um cabo de grande resistência não significa segurança para o trabalhador. Imagine uma pessoa praticando Bang-Jumping (salto com cordas amarradas aos pés), utilizando cabos de aço no lugar de cabos elásticos.

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No momento em que o cabo de aço esticar e detiver abruptamente a queda da pessoa, o choque irá todo para o corpo dela provocando traumas internos muito sérios ou até mesmo desmembramentos de partes do corpo.

Portanto, além de resistente a corda tem que ser capaz de amortecer o choque da queda e preservar o corpo do trabalhador.

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As cordas absorvem o choque de uma queda com a elasticidade, funcionando como um colchão macio, desacelerando a queda gradativamente, mesmo que em uma fração de segundos.

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Mas como a eficiência da absorção de choques pode variar dentro de diferentes circunstâncias, um acessório chamado de Absorvedor de Energia tornou-se item recomendado nos sistemas de proteção contra quedas.

 

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Internacionalmente, as cordas de segurança são divididas em dois grupos básicos: dinâmicas e estáticas.

As cordas dinâmicas são construídas para oferecer uma maior elasticidade, projetadas especificamente para deter quedas de pessoas. Elas são mais populares no meio esportivo, por serem utilizadas há décadas na escalada esportiva.

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As cordas dinâmicas, dependendo do diâmetro e do fabricante, oferecem de 7% a 10% de elasticidade (teste de alongamento com uma carga de 80 kg).

No limite da ruptura, elas podem chegar a 75% de alongamento (padrão N.F.P.A.).

As chamadas cordas estáticas, devem ser chamadas mais apropriadamente de semi-estáticas, pois também oferecem elasticidade, mas com uma média de 3% de alongamento. Essas cordas são as mais utilizadas nas aplicações em ambientes industriais.

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No Brasil existem fabricantes de equipamentos de segurança que utilizam as poliolefinas (Polipropileno e Polietileno) na fabricação de talabartes utilizados no conjunto do cinturão de segurança.

Essas fibras oferecem como vantagens a pouca absorção de água e a característica de flutuar, necessárias para atividades aquáticas.

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Cordas Dinâmicas Cordas dinâmicas são as que possuem maior elasticidade. Sua alma é composta por vários cordins torcidos, que facilitam o alongamento em caso de um esforço muito grande. Mais utilizadas para a prática de alpinismo pelo fato de aliviarem o impacto em caso de queda. Sua elasticidade pode chegar a até 30% do comprimento antes de romper.

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Cordas Estáticas Muito utilizadas para a prática de técnica vertical, são compostas em sua alma, de diversos cordins trançados com recheio de fibras esticadas. A principal característica é que ao subir ou descer, o espeleólogo não gira em torno da corda, porque a mesma não tende a desenrolar a alma. Outras porém, utilizadas em náutica, possuem a alma puramente composta de fibras esticadas. Sua elasticidade não passa de 10%.

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Cordas Especiais

As cordas de Kevlar são consideradas de tecnologia de ponta. Pode-se obter resistências super elevadas com diâmetros pequenos. Sua elasticidade não ultrapassa 2%.

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Como desvantagens oferecem baixas resistência a ruptura e a abrasão, baixo ponto de fusão, baixa capacidade de receber choques, muita elasticidade, mas com baixa resistência e sensibilidade a luz do sol (raios ultravioletas).

Portanto, são fibras impróprias para equipamentos de proteção contra quedas.

O único uso admissível é o de restringir movimentos ou posicionar o trabalhador, mas jamais para deter a queda de uma pessoa.

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Cordas para Trabalho em Altura Para as cordas de segurança, a principal fibra

indicada é a Poliamida (náilon), cujas características são a resistência à tração, resistência a choques e um ponto de fusão em torno de 250 C (poliamida 6,6).

As melhores cordas semi-estáticas (pouca elásticas) utilizam fibras internas de poliamida e a trama externa de poliéster, que oferece uma alta resistência mecânica mesmo quando molhada, boa resistência a abrasão e razoável resistência a agentes químicos

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Tipos de Cordas Torcidos

As cordas torcidas, normalmente não apresentam elasticidade, sendo, portanto consideradas estáticas

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Tipos de Cordas Trançados

As cordas trançadas, por apresentarem coeficiente variável de elasticidade, são, na maioria das vezes dinâmicas

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Tipos de corda Sisal

De conceito primitivo, a corda de sisal é das piores cordas para se trabalhar.

Normalmente de constituição torcida, elaboradas com duríssimas fibras vegetais, são engomadas e oferecem uma enorme resistência a torção.

Por outro lado, uma vez feito um nó, dificilmente irá ceder ou romper. Em contato com água a fibra encolhe e apodrece.

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Tipos de corda Seda Sintética

Normalmente utilizada na construção da alma torcida em cordas dinâmicas, a seda sintética possui uma ótima relação entre peso, resistência e elasticidade.

São cordas delicadas e merecem cuidados especiais, em função de seu custo. Devem ser lavadas sempre que em contato com lama ou rocha úmida, para que as pequenas partículas abrasivas não machuquem sua estrutura.

São sensíveis a ação do sol, que resseca a fibra e desbota sua coloração. Recomendável variar o ponto do nó ou da fixação distribuindo o esforço, para que não haja ruptura das fibras aloucadas na parte superior do nó.

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Tipos de corda Polietileno

Corda tipicamente de utilização náutica, sua alma possui fios contínuos e esticados, apresenta boa resistência a esforços unidirecionais, porém, deformam com muita facilidade, fazendo com que sua capa, de pontos largos, escorregue pela alma e estrangule os nós.

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Tipos de corda Poliester

Por sua grande resistência e excelente compatibilidade com outras fibras, é um material importantíssimo na composição de cordas estáticas e na capa de cordas dinâmicas. Nas cordas estáticas a alma é também de poliester trançado.

Cordas compostas unicamente de poliester não exigem cuidados especiais e são bem agradáveis de se trabalhar.

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Tipos de corda Kevlar

Este material apresenta tamanha dureza, que sequer poderia ser comparado a uma corda, não fosse sua aparência de corda.

Muitas vezes, chega a ser mais resistente que o aço, com a vantagem de ser mais leve e maleável. O Kevlar em si, é uma fibra sintética, extremamente dura, porém frágil.

Sua utilização é mais voltada para equipamentos de vôo, como paraglider etc., onde a necessidade de um material leve e resistente é muito grande.

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CORDAS, VOLTAS E NÓS

Para muitas pessoas pode parecer estranho que existam regras para se fazer um nó. Porém, a complexidade que existe no que podemos chamar inclusive de arte, é na verdade, prazeroso para uns e necessário para outros.

Quantas vezes nos vemos em situações em que temos que amarrar algo de maneira firme, porém logo em seguida teremos a necessidade de desamarrar, sem usar uma faca ou, pior, algo que não corta.

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CORDAS, VOLTAS E NÓS Durante muito tempo os nós

foram de exclusivo conhecimento de marinheiros, artesões e pescadores que necessitavam seu conhecimento profundo para as mais variadas finalidades.

Dos marinheiros, porém, surgiu a arte de se atar duas cordas de maneira segura e bonita.

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CORDAS, VOLTAS E NÓS

Principais partes de uma corda.

Alça – é uma volta ou curva em forma de “U” realizada em uma corda. Corda – conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou

sintéticas, torcidos ou trançados entre si. Chicote – extremos livres de uma corda, nos quais normalmente se

realiza uma falcaça. Falcaça – arremate realizado no extremo de uma corda, para que a

mesma não desacoche. É a união dos cordões dos chicotes da corda por meio de um fio, a fim de evitar o seu destorcimento. Nas cordas de fibra sintética pode ser feita queimando-se as extremidades dos chicotes.

Seio ou Anel – volta em que as partes de uma mesma corda se cruzam.

Vivo ou Firme – é a parte localizada entre o chicote e a extremidade fixa da corda.

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Nós e Amarrações

CARACTERÍSTICAS: Para ser considerado bom um nó deve

apresentar as seguintes características:

A – Ser simples de fazer.

B – Apresentar o Máximo de segurança.

C – Apertar a proporção que aumentar a pressão sobre o mesmo.

D – Ser fácil de desatar.

E – Que nunca se desfaz sozinho

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Nós e Amarrações NÓS E SEUS USOS Nó Simples - Utilizado para começar outros nós

e prender o desfiamento da corda.

Nó Direito - Utiliza-se para unir duas cordas da mesma espessura.

Nó em Oito - Utiliza-se para evitar o desfiamento da ponta de uma corda. Utilizado também por montanhistas para unir duas cordas (nó em oito duplo).

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Nós e Amarrações

Nó Corrediço - Serve para fazer uma alça corrediça em uma corda.

Nó de Escota - Utiliza-se para unir duas cordas de diferente espessura.

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LAÍS DE GUIA DE CORRER: É usado para içamento de objetos e materiais

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Nós e Amarrações

Volta do Fiel - Nó inicial ou final de amarras. Não corre lateralmente e suporta bem a tensão. Permite amarrar a corda a um ponto fixo.

Volta da Ribeira - Utilizado para prender uma corda a um bastão (tronco, galhos, etc.) depois mantê-la sob tensão.

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NÓ BOCA DE LOBO: É um nó de fixação, Utiliza-se para o içamento de fardos, sacos, barris, etc.Pode ser feito com alças entrelaçadas.

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Nós e Amarrações

Catau - Utiliza-se para reduzir o comprimento de uma corda sem cortá-la. Serve também para isolar alguma parte danificada da corda, sem deixá-la sob tensão.

Nó Aselha - é utilizado para fazer uma alça fixa no meio de um cabo.

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Nós e Amarrações

Balso pelo Seio - Serve para fazer duas alças fixas do mesmo tamanho em uma corda.

Fateixa - Serve para prender um cabo a uma argola.

Lais de Guia - Utilizado para fazer uma alça fixa (e bastante segura) tendo em mãos apenas uma ponta da corda.

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Nós e Amarrações

FIM

Elaborado por:

Jorge da Silva martinsTécnico de Segurança do Trabalho