copyright © 2015 conhecimentos associados ltda projeto cliente...

3
37 11 Inventário Patrimonial do Bem Arquitetônico Edifício Itatiaia 11. Edifício Itatiaia 11.1 A edificação como documento 11.1.1 Bem/Edificação Edifício Itatiaia 11.1.2 Localização Rua Irmã Serafina, 919, Centro, Campinas, SP, CEP 13015- 201 11.1.3 Proteção CONDEPACC, Processo nº003/2010, Resolução nº 117 de 11 de abril de 2011 11.1.4 Propriedade Edifício Itatiaia 11.1.5 Proprietário Condôminos do edifício 11.1.6 Usuário Condôminos do edifício 11.1.7 Utilização original Moradia 11.1.8 Utilização atual Moradia 11.1.9 Enquadramento/Implantação O edifício encontra-se localizado entre as ruas Conceição, Dr César Bierrenbach, Cel. Rodovalho e av Anchieta. 11.1.10 Valor documental (como testemunho, vestígio arquitetônico) Num domingo de novembro de 1952, a Incorporadora Ribeiro Novaes fez anunciar no jornal Correio Popular de Campinas o seguinte texto: “Orgulhosamente apresentamos o primeiro projeto de Oscar Niemeyer para uma cidade do interior paulista. Edifício Itatiaia, o “ponto alto” da arquitetura campineira. Apartamentos em condomínio no tradicional Jardim Carlos Gomes. Pelo arrojo do projeto e rigor de sua realização, preços razoáveis e ótimas condições de pagamento”. Na semana seguinte a Incorporadora trazia novidades. Dizia o anúncio: “Sucesso indiscutível! 24 apartamentos vendidos em apenas 8 dias. 3 razões pelas quais o Edifício Itatiaia já é uma realidade: 1. Projetado pelo mais famoso arquiteto brasileiro - Oscar Niemeyer; 2. Localizado no melhor ponto de Campinas - Jardim Carlos Gomes; 3. Incorporado por Ribeiro Novaes”. O Edifício Itatiaia respondia aos anseios do Plano de Melhoramentos Urbanos de Campinas (idealizado nos anos 1930 e já em fase de revisão) e reforçava os caminhos de verticalização da região central, que desde 1935 vinha recebendo prédios comerciais e residenciais, ou ainda, de serviços e usos mistos em estilo déco (ROVERONI). Mas, o Itatiaia surgia como um edifício exclusivamente habitacional, de alto padrão, concebido integralmente pela arquitetura moderna e fora do centro comercial, na área denominada Zona Residencial - 1 (ZR-1), segundo a Lei nº 640 de 28 de dezembro de 1951 (LEME). Vale observar que, inicialmente, coube ao arquiteto Charles Victor realizar estudos para o Edifício Itatiaia. A planta trazia um edifício apoiado sobre pilotis, com 15 pavimentos (com mezanino) e fachada em forma de grelha (com esquadrias iguais e recuadas), contando com contornos, marquises curvas e uma piscina de forma orgânica. O projeto, no entanto, não foi a frente e no mesmo ano, em 1952, a incorporadora recebeu o aceite de Niemeyer. Mas Charles Victor viria a projetar nos anos seguintes os edifícios Roque de Marco (1954), Lunardi (1956) e Clube Semanal de Cultura Artística (1959) e dar origem, com o Itatiaia, ao "núcleo de arquitetura moderna” da região central (ROVERONI) Passados 55 anos, estes mesmos elementos promoveriam sua preservação como “obra arquitetônica de primeira grandeza” da cidade de Campinas. 11.1.11 Documentação administrativa Processo nº003/2010, Resolução nº 117 de 11 de abril de 2011 11.1.12 Bibliografia x LEME, Roberto Silva. Edifícios de habitação coletiva em Campinas e as manifestações da arquitetura moderna. Dissertação (mestrado) em Urbanismo do Centro de Ciências Exatas Ambientais e de Tecnologia da PUCC, 2009 x LEAL, Daniela Viana. Oscar Niemeyer e o mercado imobiliário de São Paulo na década de 1950: o escritório satélite sob direção do arquiteto Carlos Lemos e os edifícios encomendados pelo Banco Nacional Imobiliário. Dissertação (mestrado) em História, IFCH, UNICAMP, 2003 x ZAKIA, Silvia Amaral Palazzi. Construção, arquitetura e configuração urbana de Campinas nas décadas de 1930 e 1940. O papel de quatro engenheiros modernos. Tese de Doutorado, FAU, USP, 2012 x ROVERONI, Silvia Cristina Denardi. A arquitetura moderna de Campinas no período de 1930 a 1970 x http://www.docomomo.org.br/seminario%208%20pdfs /005.pdf x CARPINTERO, C. C. Momento de ruptura: as transformações no centro de Campinas na década dos cinqüenta. Campinas: Centro de Memória Unicamp, 1996. x BADARÓ, R. Campinas, o despontar da modernidade. Campinas: Centro de Memória Unicamp, 1996. x DEZAN, W.V. A Implantação de uma modernidade: o processo de verticalização da área central de Campinas. Dissertação (Mestrado), IFCH, UNICAMP, 2007 11.2 Valor arquitetônico 11.2.1 Arquiteto/Construtor/Autor Projeto do Oscar Niemeyer; cálculo estrutural de engenheiro Werner Mülles; Construtora Lix da unha S/A; Incorporadora Ribeiro Novaes (engenheiro chefe Eduardo Edarge Badaró). 11.2.2 Estilo, originalidade Arquitetura Moderna. 11.2.3 Aspectos arquitetônicos independentes do estilo (período histórico de construção, evolução e mudanças do edifício) O Edifício Itatiaia, “concebido em 1952, a pedido de Ralpho Fonseca Ribeiro e Ruy Hellmeister Novaes” integrou os trabalhos do escritório-satélite aberto por Oscar Niemeyer em São Paulo, em princípios dos anos 1950, para atender ao Banco Nacional Imobiliário (BNI). Como tal, nasceu em conjunto com a Galeria Califórnia e com os edifícios Montreal, Triangulo, Eiffel e Copan. Neste mesmo período, Niemeyer também se achava envolvido com os projetos do Clube dos 500 (Guaratinguetá), da Fábrica Duchen e do Parque do Ibirapuera, valendo observar, por fiam, que data de 1952 a publicação pelo arquiteto do primeiro estudo do Edifício Copam na revista L'architecture d'au jourd'hui (LEME) A aceitação do projeto para o Edifício Itatiaia teria passado pela condição do engenheiro Werner Mülles realizar o cálculo estrutural, valendo observar que nos documentos oficiais, o engenheiro Yasuo Yamamoto (do escritório de São Paulo) assinou o calculo estrutural do projeto arquitetônico simplificado. Nas palavras do próprio Niemeyer: “Todo o problema estava na transição entre pilotis e colunas dos andares normais; essas não podiam estar muito afastadas umas das outras, pois era preciso escondê-las nas paredes a fim de evitar que ocupassem muito espaço; no térreo por outro lado, era interessante aproveitar um espaço contínuo e, consequentemente, reduzir o número de pontos de apoio para permitir uma melhor utilização da superfície coberta que era criada dessa forma” (LEME) Edificado entre os anos de 1953 e 1956, com um projeto “de inegável qualidade plástica”, o Edifício Itatiaia atendia “a todos os princípios do movimento moderno em arquitetura, ou seja, pilotis, brise soleil, janelas extensas, fachada livre” (CARPINTERO), Sua “estrutura de concreto, concebida apenas com lajes tipo caixão perdido e pilares” o qualificou como o “primeiro edifício residencial moderno” de Campinas, valendo observar esta forma construtiva só se faria retomar “oito anos depois (após a Lei 1993/59), em 1960” e que ela se estenderia até o ano de 1965, momento em que “as construções deste tipo passam a apresentar subsolo, fazendo desaparecer o térreo contínuo característico do estilo moderno” (LEME, em ofício para o CONDEPACC) O Edifício Itatiaia contou com 15 pavimentos, além do térreo, casa de máquinas e caixa d'água; pilotis em ‘V’ regularmente distribuídos no térreo, quatro apartamentos por andar e três elevadores, acabamento externo com massa e pintura, brise para proteção em todos os pavimentos, afastamento dos limites do terreno e ausência de subsolo (LEME, em ofício para CONDEPACC). 11.2.4 Estado físico de preservação (níveis de conservação, negligência, abandono) O edifício se encontra bem conservado e mantido em sua função original. O tombamento pelo CONDEPACC estabeleceu para sua a proteção, a conservação das fachadas e térreo. 11.2.5 Transformações e adaptações, restauração "Hoje, sobre o recuo frontal do Edifício Itatiaia encontra-se uma guarita que foi construída em meados da década de 1980, após a Lei nº 5534 de 20 de dezembro de 1984 que autorizava construções deste tipo". Considerada irregular pelo CONDEPACC, a obra seria regularizada com o parecer favorável da Superintendência de Aprovação de Plantas da Prefeitura de Campinas em 1997 (LEME). "A linguagem moderna, presente em todos os edifícios das décadas de 1950 e 1960, perde terreno e não se recupera mais, até os dias de hoje, quando predominam manifestações que vão do neoclássico, eclético e outras tendências de difícil definição" (LEME). 11.2.6 Emprego de materiais, programa, outras informações Com “estrutura de concreto, concebida apenas com lajes tipo caixão perdido e pilares”, a construção dispensava o uso de vigas nas bordas e dava a cada uma das 16 lajes aspecto de placa contínua com altura de 35 cm. Em todos os 15 pavimentos foram empregados lajes do tipo caixão perdido com a intenção de eliminar vigas e manter “o teto apenas como uma superfície plana" (LEME). Segundo LEME, a laje do primeiro piso - do tipo 'caixão perdido' - recebia as cargas dos apartamentos para transferi-las para os pilares em 'V' do térreo", valendo observar que os pilares em "V" fechado foram as primeiras formas estudadas para pilotis com seção não circular. projeto 013/14 cliente IAB Núcleo Regional Campinas assunto Inventário Patrimonial do Bem Arquitetônico sítio Edifício Itatiaia local Campinas, SP coordenação Dra. Mirza Pellicciotta data revisão folha 23/10/2015 0 01/03 Copyright © 2015 Conhecimentos Associados Ltda

Upload: others

Post on 19-Sep-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Copyright © 2015 Conhecimentos Associados Ltda projeto cliente …iabcampinas.org.br/wp-content/uploads/2015/10/11... · 2015. 10. 26. · 37 11 Edifício Itatiaia Inventário Patrimonial

37

11

In

ven

tári

o P

atr

imo

nia

l d

o B

em

Arq

uit

etô

nic

o

Ed

ifíc

io I

tati

aia

11

.E

dif

ício

Ita

tiaia

11

.1A

ed

ific

ação

co

mo

do

cu

men

to

11.1

.1Bem

/Edific

ação

Edifíc

io I

tatiai

a

11.1

.2Lo

caliz

ação

Rua

Irm

ã Ser

afin

a,

919,

Cen

tro,

Cam

pin

as,

SP,

CEP

13015-

201

11.1

.3Pr

oteç

ão

CO

ND

EPA

CC,

Proce

sso n

º003/2

010,

Res

olu

ção n

º 117 d

e 11 d

e ab

ril de

2011

11.1

.4Pr

opri

edad

e

Edifíc

io I

tatiai

a

11.1

.5Pr

opri

etár

io

Condôm

inos

do e

difíc

io

11.1

.6U

suár

io

Condôm

inos

do e

difíc

io

11.1

.7U

tiliz

ação

ori

gin

al

Mora

dia

11.1

.8U

tiliz

ação

atu

al

Mora

dia

11.1

.9Enquad

ram

ento

/Im

pla

nta

ção

O e

difíc

io e

nco

ntr

a-se

loca

lizad

o e

ntr

e as

ruas

Conce

ição

, D

r Cés

ar B

ierr

enbac

h,

Cel

. Rodova

lho e

av

Anch

ieta

.

11.1

.10

Val

or d

ocum

enta

l (c

omo

test

emunho,

ve

stíg

io a

rquitet

ônic

o)

Num

dom

ingo

de

nove

mbro

de

1952,

a In

corp

ora

dora

Rib

eiro

Nova

es f

ez a

nunci

ar n

o j

orn

al C

orr

eio P

opula

r de

Cam

pin

as

o

seguin

te

text

o:

“Org

ulh

osa

men

te

apre

senta

mos

o p

rim

eiro

pro

jeto

de

Osc

ar N

iem

eyer

par

a um

a ci

dad

e do i

nte

rior

pau

lista

. Edifíc

io I

tatiai

a, o

“ponto

al

to”

da

arquitet

ura

ca

mpin

eira

. Apar

tam

ento

s em

co

ndom

ínio

no t

radic

ional

Jar

dim

Car

los

Gom

es.

Pelo

arr

ojo

do pro

jeto

e

rigor

de

sua

real

izaç

ão,

pre

ços

razo

ávei

s e

ótim

as c

ondiç

ões

de

pag

amen

to”.

Na

sem

ana

seguin

te

a In

corp

ora

dora

tr

azia

novi

dad

es.

Diz

ia o an

únci

o:

“Suce

sso in

dis

cutíve

l! 24 ap

arta

men

tos

vendid

os

em a

pen

as 8

dia

s. 3

raz

ões

pel

as q

uai

s o E

difíc

io

Itat

iaia

é um

a re

alid

ade:

1.

Proje

tado p

elo m

ais

fam

oso

ar

quitet

o

bra

sile

iro

- O

scar

N

iem

eyer

; 2.

Loca

lizad

o

no

mel

hor

ponto

de

Cam

pin

as -

Jard

im Car

los

Gom

es;

3.

Inco

rpora

do p

or

Rib

eiro

Nova

es”.

O

Edifíc

io

Itat

iaia

re

spon

dia

ao

s an

seio

s do

Plan

o

de

Mel

hora

men

tos

Urb

anos

de

Cam

pin

as (

idea

lizad

o n

os a

nos

1930 e

em f

ase

de

revi

são)

e re

forç

ava

os

cam

inhos

de

vert

ical

izaç

ão

da

regiã

oce

ntr

al,

que

des

de

1935

vinha

rece

ben

do p

rédio

s co

mer

ciai

s e

resi

den

ciai

s, o

u a

inda,

de

serv

iços

e uso

s m

isto

s em

est

ilo d

éco (

RO

VERO

NI)

. M

as,

o

Itat

iaia

su

rgia

co

mo

um

ed

ifíc

io

excl

usi

vam

ente

hab

itac

ional

, de

alto

pad

rão,

conce

bid

o i

nte

gra

lmen

te p

ela

arquitet

ura

moder

na

e fo

ra d

o c

entr

o c

om

erci

al,

na

área

den

om

inad

a Zona

Res

iden

cial

- 1

(ZR-1

), s

egundo a

Lei

640 d

e 28 d

e dez

embro

de

1951 (

LEM

E).

Val

e ob

serv

ar q

ue,

inic

ialm

ente

, co

ube

ao a

rquitet

o Char

les

Vic

tor

real

izar

es

tudos

par

a o

Edifíc

io

Itat

iaia

. A

pla

nta

tr

azia

um

edifíc

io a

poi

ado s

obre

pilo

tis,

com

15 p

avim

ento

s (c

om

m

ezan

ino)

e fa

chad

a em

fo

rma

de

gre

lha

(com

es

quad

rias

ig

uai

s e

recu

adas

), co

nta

ndo co

m co

nto

rnos,

m

arquis

es

curv

as

e um

a

pis

cina

de

form

a org

ânic

a.

O

pro

jeto

, no e

nta

nto

, não

foi

a fr

ente

e n

o m

esm

o a

no,

em

1952,

a in

corp

ora

dora

rec

ebeu

o a

ceite

de

Nie

mey

er.

Mas

Char

les

Vic

tor

viri

a a

pro

jeta

r nos

anos

seguin

tes

os

edifíc

ios

Roque

de

Mar

co (

1954),

Lunar

di

(1956)

e Clu

be

Sem

anal

de

Cultura

Art

ística

(1959)

e dar

origem

, co

m o

It

atia

ia,

ao

"núcl

eo

de

arquitet

ura

m

oder

na”

da

regiã

o ce

ntr

al (

RO

VERO

NI)

Pass

ados

55 a

nos,

est

es m

esm

os

elem

ento

s pro

mov

eria

m

sua

pre

serv

ação

co

mo

“obra

ar

quitet

ônic

a de

prim

eira

gra

ndez

a” d

a ci

dad

e de

Cam

pin

as.

11.1

.11

Doc

um

enta

ção a

dm

inis

trat

iva

Proce

sso n

º003/2

010,

Res

olu

ção n

º 117 d

e 11 d

e ab

ril de

2011

11.1

.12

Bib

liogra

fia

LEM

E,

Rober

to S

ilva.

Edifíc

ios

de

hab

itaç

ão c

olet

iva

emCam

pin

as e

as

man

ifes

taçõ

es d

a ar

quitet

ura

moder

na.

Dis

sert

ação

(m

estr

ado)

em U

rban

ism

o do Cen

tro

de

Ciê

nci

as E

xata

s Am

bie

nta

is e

de

Tec

nolo

gia

da

PUCC,

2009

LEAL,

D

anie

la Via

na.

O

scar

N

iem

eyer

e

o m

erca

do

imobili

ário

de

São

Pa

ulo

na

déc

ada

de

1950:

oes

critório

saté

lite

sob

dir

eção

do

arquitet

o

Car

los

Lem

os

e os

edifíc

ios

enco

men

dad

os

pel

o

Ban

coN

acio

nal

Im

obili

ário

. D

isse

rtaç

ão

(mes

trad

o)

emH

istó

ria,

IFC

H,

UN

ICAM

P, 2

003

ZAKIA

, Silv

ia A

mar

al P

alaz

zi.

Const

ruçã

o,

arquitet

ura

eco

nfigura

ção u

rban

a d

e Cam

pin

as n

as d

écad

as d

e 1930

e 1940.

O p

apel

de

quat

ro e

ngen

hei

ros

moder

nos.

Tes

ede

Douto

rado,

FAU

, U

SP,

2012

RO

VERO

NI,

Silv

ia

Cri

stin

a D

enar

di.

A

arquitet

ura

moder

na

de

Cam

pin

as n

o p

erío

do d

e 1930 a

1970

htt

p:/

/ww

w.d

oco

mom

o.o

rg.b

r/se

min

ario

%208%

20pdfs

/005.p

df

CARPIN

TERO

, C.

C.

Mom

ento

de

ruptu

ra:

astr

ansf

orm

ações

no c

entr

o de

Cam

pin

as n

a déc

ada

dos

cinqüen

ta.

Cam

pin

as:

Cen

tro

de

Mem

óri

a U

nic

amp,

1996.

BAD

ARÓ

, R

. Cam

pin

as,

o d

esponta

r da

mod

ernid

ade.

Cam

pin

as:

Cen

tro d

e M

emóri

a U

nic

amp,

1996.

DEZAN

, W

.V.

A I

mpla

nta

ção d

e um

a m

oder

nid

ade:

opro

cess

o d

e ve

rtic

aliz

ação

da

área

cen

tral

de

Cam

pin

as.

Dis

sert

ação

(M

estr

ado),

IFC

H,

UN

ICAM

P, 2

007

11

.2V

alo

r arq

uit

etô

nic

o

11.2

.1Arq

uitet

o/Con

stru

tor/

Auto

r

Proje

to

do

Osc

ar

Nie

mey

er;

cálc

ulo

es

trutu

ral

de

engen

hei

ro W

erner

Mülle

s; C

onst

ruto

ra L

ix d

a unha

S/A

; In

corp

ora

dora

Rib

eiro

N

ovae

s (e

ngen

hei

ro ch

efe

Eduar

do

Edar

ge

Bad

aró).

11.2

.2Est

ilo,

orig

inal

idad

e

Arq

uitet

ura

Moder

na.

11.2

.3Asp

ecto

s arq

uitet

ônic

os

indep

enden

tes

do

estilo

(p

erío

do

his

tóri

co de

const

ruçã

o, ev

oluçã

o e

mudan

ças

do e

difíc

io)

O E

difíc

io I

tatiai

a, “

conce

bid

o e

m 1

952,

a ped

ido d

e Ral

pho

Fonse

ca

Rib

eiro

e

Ruy

Hel

lmei

ster

N

ova

es”

inte

gro

u

os

trab

alhos

do e

scri

tório-s

atél

ite

aber

to p

or

Osc

ar N

iem

eyer

em

São

Pau

lo,

em p

rincí

pio

s dos

anos

1950,

par

a at

ender

ao

Ban

co N

acio

nal

Im

obili

ário

(BN

I).

Com

o t

al,

nas

ceu e

m

conju

nto

co

m

a G

aler

ia

Cal

ifórn

ia

e co

m

os

edifíc

ios

Montr

eal, T

rian

gulo

, Eiffe

l e

Copan

. N

este

mes

mo p

erío

do,

Nie

mey

er t

ambém

se

achav

a en

volv

ido c

om

os

pro

jeto

s do

Clu

be

dos

500 (G

uar

atin

guet

á),

da

Fábri

ca D

uch

en e

do

Parq

ue

do I

bir

apuer

a, v

alen

do o

bse

rvar

, por

fiam

, que

dat

a de

1952 a

public

ação

pel

o ar

quitet

o d

o p

rim

eiro

est

udo d

o Edifíc

io

Copam

na

revi

sta

L'ar

chitec

ture

d'a

u

jourd

'hui

(LEM

E)

A a

ceitaç

ão d

o p

roje

to p

ara

o E

difíc

io I

tatiai

a te

ria

pas

sado

pel

a co

ndiç

ão

do

engen

hei

ro

Wer

ner

M

ülle

s re

aliz

ar

o cá

lculo

est

rutu

ral, v

alen

do o

bse

rvar

que

nos

docu

men

tos

ofici

ais,

o en

gen

hei

ro Yas

uo Yam

amoto

(d

o es

critór

io de

São

Pa

ulo

) as

sinou

o ca

lculo

es

trutu

ral

do

pro

jeto

ar

quitet

ônic

o

sim

plif

icad

o.

Nas

pal

avra

s do

pró

prio

Nie

mey

er:

“Todo

o

pro

ble

ma

esta

va

na

tran

siçã

o

entr

e pilo

tis

e co

lunas

dos

andar

es n

orm

ais;

ess

as n

ão p

odia

m

esta

r m

uito a

fast

adas

um

as d

as o

utr

as,

pois

era

pre

ciso

es

condê-

las

nas

par

edes

a fim

de

evitar

que

ocu

pas

sem

m

uito e

spaç

o;

no t

érre

o p

or

outr

o l

ado,

era

inte

ress

ante

ap

rove

itar

um

es

paç

o

contínuo

e,

conse

quen

tem

ente

, re

duzi

r o n

úm

ero

de

ponto

s de

apoio

par

a per

mitir

um

a m

elhor

utiliz

ação

da

super

fíci

e co

ber

ta q

ue

era

cria

da

des

sa

form

a” (

LEM

E)

Edific

ado e

ntr

e os

anos

de

1953 e

1956,

com

um

pro

jeto

“d

e in

egáv

el q

ual

idad

e plá

stic

a”,

o E

difíc

io I

tatiai

a at

endia

“a

to

dos

os

pri

ncí

pio

s do

movi

men

to

mod

erno

em

arquitet

ura

, ou s

eja,

pilo

tis,

bri

seso

leil,

jan

elas

ext

ensa

s,

fach

ada

livre

” (C

ARPIN

TER

O),

Sua

“est

rutu

ra de

concr

eto,

conce

bid

a ap

enas

co

m la

jes

tipo c

aixã

o p

erdid

o e

pila

res”

o q

ual

ific

ou c

om

o o

“pri

mei

ro

edifíc

io

resi

den

cial

m

oder

no”

de

Cam

pin

as,

vale

ndo

obse

rvar

est

a fo

rma

const

rutiva

só s

e fa

ria

reto

mar

“oito

anos

dep

ois

(ap

ós

a Le

i 1993/5

9),

em

1960”

e que

ela

se

este

nder

ia

até

o

ano

de

1965,

mom

ento

em

que

“as

const

ruçõ

es

des

te

tipo

pas

sam

a

apre

senta

r su

bso

lo,

faze

ndo

des

apar

ecer

o

térr

eo

contínuo

cara

cter

ístico

do

estilo

moder

no”

(LEM

E,

em o

fíci

o p

ara

o C

ON

DEPA

CC)

O

Edifíc

io

Itat

iaia

co

nto

u

com

15

pav

imen

tos,

al

ém

do

térr

eo,

casa

de

máq

uin

as e

caix

a d'á

gua;

pilo

tis

em ‘V

’ re

gula

rmen

te d

istr

ibuíd

os

no t

érre

o,

quat

ro a

par

tam

ento

s por

andar

e

três

el

evad

ore

s,

acab

amen

to

exte

rno

com

m

assa

e

pin

tura

, bri

se

par

a pro

teçã

o

em

todos

os

pav

imen

tos,

afa

stam

ento

dos

limites

do t

erre

no e

ausê

nci

a

de

subso

lo (

LEM

E,

em o

fíci

o p

ara

CO

ND

EPA

CC).

11.2

.4Est

ado

físi

co d

e pre

serv

ação

(nív

eis

de

conse

rvaç

ão,

neg

ligên

cia,

aban

don

o)

Oed

ifíc

io s

e en

contr

a bem

conse

rvad

o e

man

tido

em s

ua

funçã

o

ori

gin

al.

O

tom

bam

ento

pel

o

CO

ND

EPA

CC

es

tabel

eceu

par

a su

a a

pro

teçã

o,

a co

nse

rvaç

ão

das

fa

chad

as e

tér

reo.

11.2

.5Tra

nsf

orm

açõe

s e

adap

taçõ

es,

rest

aura

ção

"Hoje

, so

bre

o r

ecuo f

ronta

l do E

difíc

io I

tatiai

a en

contr

a-se

um

a guar

ita

que

foi

const

ruíd

a em

mea

dos

da

déc

ada

de

1980,

após

a Le

i nº

5534 d

e 20 d

e dez

embro

de

1984 q

ue

auto

riza

va co

nst

ruçõ

es des

te tipo".

Consi

der

ada

irre

gula

r pel

o C

ON

DEPA

CC,

a obra

ser

ia r

egula

riza

da

com

o p

arec

er

favo

ráve

l da

Super

inte

ndên

cia

de

Apro

vaçã

o d

e Pl

anta

s da

Pref

eitu

ra d

e Cam

pin

as e

m 1

997 (

LEM

E).

"A l

inguag

em m

oder

na,

pre

sente

em

tod

os

os

edifíc

ios

das

déc

adas

de

1950 e

1960,

per

de

terr

eno e

não

se

recu

per

a m

ais,

at

é os

dia

s de

hoje

, quan

do

pre

dom

inam

m

anifes

taçõ

es que

vão

do neo

clás

sico

, ec

lético

e

outr

as

tendên

cias

de

difíc

il def

iniç

ão"

(LEM

E).

11.2

.6Em

pre

go d

e m

ater

iais

, pro

gra

ma,

outr

as

info

rmaç

ões

Com

“es

trutu

ra d

e co

ncr

eto

, co

nce

bid

a ap

enas

com

laj

es

tipo c

aixã

o p

erdid

o e

pila

res”

, a

const

ruçã

o d

ispen

sava

o

uso

de

vigas

nas

bord

as e

dav

a a

cada

um

a das

16 l

ajes

as

pec

to d

e pla

ca c

ontínua

com

altura

de

35 c

m.

Em

todos

os

15 p

avim

ento

s fo

ram

em

pre

gad

os

laje

s do t

ipo

caix

ão

per

did

o c

om

a i

nte

nçã

o d

e el

imin

ar v

igas

e m

ante

r “o

tet

o ap

enas

com

o u

ma

super

fíci

e pla

na"

(LE

ME).

Seg

undo L

EM

E,

a la

je d

o pri

mei

ro p

iso

-do

tipo '

caix

ão

per

did

o'

- re

cebia

as

ca

rgas

dos

apar

tam

ento

s par

a tr

ansf

eri-

las

par

a os

pila

res

em

'V'

do

térr

eo",

va

lendo

obse

rvar

que

os

pila

res

em "

V"

fech

ado f

ora

m a

s pri

mei

ras

form

as e

studad

as p

ara

pilo

tis

com

seç

ão n

ão c

ircu

lar.

pro

jeto

01

3/

14

clie

nte

IA

B N

úcle

o R

eg

ion

al

Cam

pin

as

ass

unto

Inven

tári

o P

atr

imonia

l do B

em

Arq

uit

etô

nic

osí

tio

Ed

ifíc

io I

tati

aia

loca

l

Cam

pin

as,

SP

coord

enaçã

o

Dra

. M

irza P

ell

iccio

tta

data

revi

são

folh

a

23

/1

0/

20

15

0

0

1/

03

Copyr

ight

© 2

015 C

onheci

men

tos

Ass

oci

ados

Ltda

Page 2: Copyright © 2015 Conhecimentos Associados Ltda projeto cliente …iabcampinas.org.br/wp-content/uploads/2015/10/11... · 2015. 10. 26. · 37 11 Edifício Itatiaia Inventário Patrimonial

38

11

In

ven

tári

o P

atr

imo

nia

l d

o B

em

Arq

uit

etô

nic

o

Ed

ifíc

io I

tati

aia

Ele

s te

riam

tid

o o

rigem

"nos

pila

res

tubula

res

enco

ntr

ados

em a

lgum

as o

bra

s do i

níc

io d

a déc

ada

de

1940",

mas

sua

utiliz

ação

, pro

priam

ente

, gan

hou

lugar

"n

o

pro

jeto

não

co

nst

ruíd

o d

e um

edifíc

io d

e ap

arta

men

tos"

em

Pet

rópol

is,

o E

difíc

io M

auá

(1950).

Des

te p

roje

to,

Nie

mey

er o

utiliz

ou

nos

edifíc

ios

do

par

que

do

Ibir

apuer

a (1

951),

al

ém

de

"pas

sar

ainda

pel

o p

ilar

tipo "

W"

e pel

o c

onso

le incl

inad

o d

e se

ção v

ariá

vel do P

alác

io d

os

Est

ados"

.

Em

su

a dis

sert

ação

de

mes

trad

o,

o

arquitet

o ou

viu

do

engen

hei

ro

Noyr

Rod

rigues

(q

ue

inte

gro

u

a eq

uip

e de

Nie

mey

er)

que

“um

a das

dific

uld

ades

de

exec

uçã

o im

post

as

pel

o tipo

de

laje

cai

xão p

erdid

o e

ra a

exi

gên

cia

de

Wer

ner

M

ülle

r de

que

elas

foss

em c

oncr

etad

as c

ada

um

a, e

m u

ma

únic

a ve

z";

razã

o p

ela

qual

Mülle

r es

teve

"por

quat

ro o

u

cinco

vez

es a

com

pan

han

do a

obra

, pri

nci

pal

men

te d

ura

nte

a

concr

etag

em d

a la

je d

e pis

o d

o p

rim

eiro

pav

imen

to,

que

fari

a a

tran

siçã

o e

ntr

e o t

érre

o e

os

andar

es s

uper

iore

s"

(LEM

E).

A p

lanta

do p

avim

ento

tip

o c

om

punha-

se d

e ap

arta

men

tos

com

“q

uat

ro

solu

ções

difer

ente

s”

(com

ár

eas

de

98m

2,

107m

², 1

43m

² e

163m

²),

a “m

esm

a es

quad

ria

(3 a

ltura

s co

m v

idro

lis

o)

no e

star

, ban

hei

ro e

dorm

itórios”

, e

“bri

se

em a

mbas

as

face

s”.

(LEM

E),

Est

es a

par

tam

ento

s, d

ota

dos

de

“car

acte

ríst

icas

moder

nas

par

a hab

itaç

ão”

apre

senta

vas

“dois

e

três

dorm

itórios,

a

div

isão

dos

seto

res

bem

dem

arca

dos

com

a p

rese

nça

de

copa

e sa

la d

e ja

nta

r no

apar

tam

ento

mai

or

e ac

esso

s in

dep

enden

tes

par

a so

cial

e

serv

iços”

(D

EZAN

).

11.2

.7Áre

a t

otal

apro

xim

ada

Áre

a do t

erre

no:

1.7

69,8

0 m

²Áre

a bru

ta:

11.1

53 m

²

11

.3E

stu

do

do

en

torn

o

11.3

.1Áre

a e

nvo

ltór

ia

Com

um

a ar

quitet

ura

“bem

rec

ebid

a pel

a el

ite

da

soci

edad

e ca

mpin

eira

”,

o

Edifíc

io

Itat

iaia

co

nfe

riu

“um

a im

agem

co

mple

tam

ente

nova

” a

um

co

nju

nto

de

“edifíc

ios

de

hab

itaç

ão co

letiva

de

zona

centr

al,

[que

já se

ac

hav

am]

just

apost

os

uns

aos

outr

os

e m

ergulh

ados

no

tran

sito

cr

esce

nte

” (D

EZAN

).

11.3

.2Q

ual

idad

e ar

quitet

ônic

a, e

stét

ica,

urb

anís

tica

: in

tera

ção

com

o a

mbie

nte

urb

ano

O

Edifíc

io

Itat

iaia

, únic

a obra

de

Osc

ar

Nie

mey

er

com

re

gis

tro o

fici

al e

m C

ampin

as (

LEM

E),

rec

ebeu

impla

nta

ção

recu

ada

das

div

isas

do

lote

, m

ante

ndo

um

gra

nde

afas

tam

ento

da

rua

Cor

onel

Rod

ova

lho.

Seu

“t

érre

o el

evad

o

sob

pilo

tis

com

pila

res

em

form

ato

de

“V”,

[c

onta

ndo co

m]

vãos

tota

is nas

ja

nel

as e

colo

caçã

o de

pro

teto

res

sola

res

exte

rnos

sobre

as

ab

ertu

ras

com

ple

men

tava

m a

volu

met

ria”

e t

ransf

orm

aram

o e

difíc

io

num

exe

mpla

r únic

o d

a ar

quitet

ura

moder

nis

ta d

a re

giã

o ce

ntr

al d

e Cam

pin

as (

DEZAN

).

Nas

pal

avra

s de

LEM

E:

"Todo

o

idea

l de

pro

gre

sso

e des

envo

lvim

ento

pre

tendid

os,

des

de

os

idos

do

Plan

o

Pres

tes

Mai

a na

déc

ada

de

1930,

agora

se

(.

..)

[mat

eria

lizav

a] n

o ú

nic

o p

rédio

gen

uin

amen

te m

oder

no d

e Cam

pin

as,

loca

lizad

o n

o '

trad

icio

nal

Jar

dim

Car

los

Gom

es',

conce

bid

o p

or

Osc

ar N

iem

eyer

e c

om

cál

culo

est

rutu

ral

de

Wer

ner

M

ülle

r (q

ue

mai

s ta

rde

calc

ula

ria

o

Supre

mo

Tri

bunal

fe

der

al,

tam

bém

de

Nie

mey

er,

em

Bra

sília

)”

(LEM

E).

11

.4O

utr

os e

lem

en

tos p

atr

imo

nia

is d

o b

em

11.4

.1Ben

s m

óvei

s

Não

refe

rênci

as s

obre

os

ben

s m

óve

is d

o E

difíc

io

Itat

iaia

.

pro

jeto

01

3/

14

clie

nte

IA

B N

úcle

o R

eg

ion

al

Cam

pin

as

ass

unto

Inven

tári

o P

atr

imonia

l do B

em

Arq

uit

etô

nic

osí

tio

Ed

ifíc

io I

tati

aia

loca

l

Cam

pin

as,

SP

coord

enaçã

o

Dra

. M

irza P

ell

iccio

tta

data

revi

são

folh

a

23

/1

0/

20

15

00

2/

03

Copyr

ight

© 2

015 C

onheci

men

tos

Ass

oci

ados

Ltda

Page 3: Copyright © 2015 Conhecimentos Associados Ltda projeto cliente …iabcampinas.org.br/wp-content/uploads/2015/10/11... · 2015. 10. 26. · 37 11 Edifício Itatiaia Inventário Patrimonial

39

11

In

ven

tári

o P

atr

imo

nia

l d

o B

em

Arq

uit

etô

nic

o

Ed

ifíc

io I

tati

aia

11

.5Ico

no

gra

fia

pro

jeto

01

3/

14

clie

nte

IA

B N

úcle

o R

eg

ion

al

Cam

pin

as

ass

unto

Inven

tári

o P

atr

imonia

l do B

em

Arq

uit

etô

nic

osí

tio

Ed

ifíc

io I

tati

aia

loca

l

Cam

pin

as,

SP

coord

enaçã

o

Dra

. M

irza P

ell

iccio

tta

data

revi

são

folh

a

23

/1

0/

20

15

00

3/

03

Copyr

ight

© 2

015 C

onheci

men

tos

Ass

oci

ados

Ltda

pro

jeto

01

3/

14

clie

nte

IA

B N

úcle

o R

eg

ass

unto

Inven

tári

o P

atr

sítio

Ed

ifíc

io I

tati

aia

loca

l

Cam

pin

as,

SP

coord

enaçã

o

Dra

. M

irza P

el

data

23

/1

0/

20

15

Copyr

ight

© 2

015 C

on

39