convivência com a mancha branca a experiência do...

34
Convivência com a mancha Branca A experiência do Ceará Cristiano Peixoto Maia Presidente - ACCC PEC NE– Julho de 2017

Upload: ngotram

Post on 09-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Convivência com a mancha BrancaA experiência do Ceará

Cristiano Peixoto Maia

Presidente - ACCC

PEC NE– Julho de 2017

3.6007.250

15.000

25.000

40.000

60.128

90.190

75.904

65.000 65.000

70.000

65.000

75.00069.571

75.000

85.000 85.000

76.000

60.000

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

20

16

Produção Nacional de Camarão de Cultivo (Fonte: ABCC)

Produção (t)

35.000

44.000

50.000

30.000

2013 2014 2015 2016

Produção de camarão de cultivo no CE (ton/ ano) (fonte: ACCC)

1992 - 2000 Impacto WSSV na Ásia

1998 - 2006 Equador / Honduras/ México

2004 Laguna -SC

2008 Sul da Bahia

2011-2012 PB e PE

2014 a 2015 RN

2016 Ceará e Piauí

➢WSSV – Ocorreu na Ásia em 1992-1993

➢Causa nado errático, e o camarão fica letárgico

➢Reduz o consumo de ração

➢Ocorrem mortalidades em pontos dos viveiros com

camarões avermelhados e com pontos brancos no

cefalotórax

➢Entre 03 e 10 dias o viveiro apresenta alta mortalidade

País Produção 2016 Razão

Brasil queda WSSV, (Mais alguém?)

México queda Vibrio, EMS, WSSV

China queda EMS, EHP

Indonésia queda EHP, white feces

India queda EHP

Tailândia Incremento Sistemas e Genética

Vietnam queda EMS, EHP

Equador ManutençãoVibrio nos

LaboratóriosFonte: David Kawahigashi (USA)

Situação de países produtores em 2016

Vírus da necrose infecciosa hipodermal e hematopoiética

(IHHNV) e o vírus da mionecrose infecciosa (IMNV)

Os vírus que mais prejudicam o cultivo de camarões peneídeos

em todo o mundo são: vírus da mancha branca (WSSV), vírus da

necrose infecciosa hipodermal e hematopoiética (IHHNV), vírus

da síndrome de taura (TSV), vírus da cabeça amarela (YHV) e

vírus da mionecrose infecciosa (IMNV) (LIGHTNER, 2012).

No nordeste do Brasil, dois vírus constituem os principais

causadores de doenças em L. vannamei cultivados, o IMNV e o

IHHNV (POULOS & LIGHTNER, 2006).

Em dissertação de Mestrado de Raquel Girão – 2013/ Labomar – UFC - CE

• Capacidade de avaliação diferentes parâmetros

• Sanidade – (impacto mundial de doenças)

• Genética

• Nutrição

• Ambiência

• Tecnologia de produção

• Gestão

• Organização setorial – diferentes níveis

• Governança – Relações Institucionais

• Políticas Públicas – Regularização – Financiamentos

• Pesquisas Aplicadas

• Outros insumos – P&D

EMS / AHPNS: Enfermidade Infecciosa Causada por Bactéria

Sinais macroscópicos da AHPNS em camarãopositivo onde é possível observar o estômagovazio (à esquerda), hepatopancreas pálido eatrofiado (no centro) e intestino médio vazio (adireita).

SUMÁRIO

A indústria do cultivo de camarão da Ásia tem sido fortemente afetada pela Síndrome daMortalidade Precoce (EMS), também conhecida como Síndrome da Necrose Aguda doHepatopancreas (AHPNS). Pesquisas conduzidas pelo Laboratório de Patologia em Aquacultura, daUniversidade do Arizona, identificou o agente etiológico causador da EMS como sendo uma únicalinhagem de Vibrio parahaemolyticus que pode produzir uma toxina responsável pela patologiaprimária nos camarões afetados. Camarões vivos infectados, bem como seus tecidos frescos, podemtransmitir a enfermidade para camarões “limpos”, mas o agente etiológico pode ser inativado pelocongelamento e posterior descongelamento.

Matéria extraída da Revista The Advocate Global Aquaculture,Julho/Agosto de 2012 – pág. 18 a 20.Traduzido pelo Biólogo Marcelo Lima – Consultor AssociaçãoBrasileira de Criadores de Camarão – ABCC.

Loc Tran, Linda Nunan, Rita M. Redman, Donald V. Lightner, Ph.D., Kevin Fitzsimmons, Ph.D. - University of Arizona Tucson, Arizona, USA

Boas Práticas

GenéticaProbióticos

Alimentos

Aditivos

Densidades

Áreas

Sistemas

Aeração

RAS

Bioflocos

Balanço iônico

Qualidade de água

-

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

450.0001

99

0

19

91

19

92

19

93

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

20

16

Ton

ela

das

PRODUÇÃO ANUAL DE CAMARÕES EM EQUADOR ( Slide: Juan Ayala – Aquafort)

ÁREA ESPELHO DE ÁGUA PRODUÇÃO ANUAL (TON.)

GENETICA:

NUTRIÇÃO:

MANEJO:

Nenhuma

Ração 22% sem Aditivos

Engorda em Duas Fasses

5% a 10% Renovação Diaria

Sem uso de Probioticos

Seleção Massal

para Resistência

Ração 22% com Aditivos aplicados

artesanalmente

Engorda Direta

1% a 3% Renovação Diaria

Uso Extensivo de Probioticos

Seleção Familiar para Resistência

e Crescimento

Ração 35% com Super Aditivos

aplicados Industrialmente

Engorda em Fases Multiplas

15% a 20% Renovação Diaria

Uso Intensivo de Probioticos

2.Brasil: 8.515.767 km²/8.000 km de costa

2.1 Área Passível Expansão: 1.000.000 ha

2.2 Área cultivada: 25.000 há

2.3 Produção: 76.000 t

2.4 Produtividade: 3,04 t / há / ano

IHHNV-1

TSV-1

WSSV

NHP-B

PVNV

IRIDO

EstS TBP

1. Equador:256.370 km² / 600 km de costa

1.1 Área Passível de Expansão: 30.000 ha

1.2 Área cultivada: 220.000 ha

1.3 Produção: 372.111 t

1.4 Produtividade: 1,5 t / há / ano

REO-III-V

WSSVc

Dados da Carcinicultura Marinha do Equador e do Brasil (2015) e suas Respectivas Doenças

de Notificação Obrigatória ou de Alto Risco Epidemiológico, Listadas pela OIE .

Mesmo Assim, o Equador quer Exportar seus Camarões Contaminados para o Brasil.

NHP-B

WSSV

IMNV

Estados /Áreas afetadas:

Bahia; Sergipe;

Pernambuco; Paraíba, Rio

Grande do Norte, Ceará,

Santa Catarina e Piauí.

EQUADOR BRASIL

10 a 13

DOENÇAS

Fonte: ABCC e Banco Central do Equador, Fevereiro/ 2015

4 DOENÇAS

IHHNV-1

7%

14%

61%

18%

Perfil das carciniculturas Oeste -

fonte: ACCC - 2014

Micro Pequeno

Médio Grande

Micro Pequeno Médio Grande

< 5 5 < 10 10 < 50 > 50

77%

10%

10% 3%

Perfil das carciniculturas do Leste do CearáFonte: ACCC - 2014

Micro

Pequeno

Médio

Grande

Berçários Intensivos

Fase secundária (race ways/berários secundários)

Mudanças no Manejo de uma forma geral

• Uso de Cloro e Cal Hidratada Água

• Uso de Próbióticos

• Redução trocas de água

• Uso de telas de 300 micras na captação

• Cultivo Consorciado Tilápia

• Berçários cobertos

• Critérios aquisição de pós larvas

GOAL 2016 SURVEY

DoençasCustos de Produção – Alimentação/Farinha de Peixe

Qualidade e Disponibilidade das Pós Larvas Estocadas

Reprodutores Livres de Doenças

Preços do Mercado Internacional

Custos de Produção - Outros

Controle na Qualidade do Camarão

Gestão Ambiental

Disponibilidade e Qualidade da Alimentação

Custos de Produção - Combustível

Acessibilidade às Linhas de Crédito

Produtos Químicos Proibidos e Uso de Antibióticos

Barreiras de Comércio Internacional

Coordenação de Mercado

Infraestrutura

Gestão de Relações Públicas

Conflitos com Outros Usuários

Não é ImportanteModeradamente

Importante

Extremamente

Importante

Questões e Desafios da Carcinicultura em Todos os Países

Carcinicultura Setor e organização

➢ Câmara Setorial da Cadeia produtiva do Camarão - ADECE / CE

➢ ACCC – Demandas diretas

➢ SRH/ COGERH/ SEMACE/ SEBRAE/ CONERH/ COEMA/ CNA/ FAEC/ EMBRABA

Legislação tributária:

1 - ICMS – Inclusão produtor em regime especial:

• O Convenio 66 de 27/07/2015, em sua clausula primeira,concede isenção do ICMS às saídas internas e interestaduaisde pescados criados em cativeiro, sejam frescos, resfriadosou congelados, bem como suas carnes e partes in-natura.

• Este Convenio foi ratificado e incorporado à legislação do Estado doCeará através do Decreto 31.786, de 21/09/2015.

2 - Realinhamento do valor da cobrança de água paracarcinicultura no CONERH da proposta de R$ 31,20 para R$6,27 (por 1.000 m3).

Legislação / regularização

➢ Exclusão formal da necessidade de outorga para águas com influência de maré;

➢ Projeto para Resolução de efluentes baseado em histórico de análises;

➢ Análises jurídicas de processos que impactam o setor; Ex: TACs para áreas consolidadas;

➢ COEMA 10 de 2015 com bases na COEMA 04 de 2012 – disciplina o Licenciamento estadual quanto ao tipo de processo e custos – porte/ potencial poluidor;

➢ ZEE – Aspectos contraditórios em relação ao Código Florestal

➢ Expectativa – Bases de legalização de apicuns e salgados a partir de sua definição no estudo e normatização de uso pelo Códg.Florestal

➢ Apicuns e Marismas Tropicais (Salgados) foram agrupados na mesma Classe de manguezal.

➢ Impacto direto no impedimento da expansão ordenada da carcinicultura

Segurança Sanitária

➢ Solicitação da participação do setor produtivo nos processos de Análises de Riscos de Importação de camarões - (ARI’s).

➢ Liminar contra importação da camarão do Equador

Mercado

➢Projeto de fortalecimento de mercado interno –Novos mercados e melhoria na venda de pequenos produtores através de trabalhos com entidades de organização setorial e empreendedorismo como: OCB e SEBRAE;

➢Abertura de novos mercados como o Asiático;

➢EU – Sistema Geral de Preferência – SGP – Tarifa o camarão em 12% e 20%.

➢USA –Antidumping – Comissão de Comércio Internacional dos EUA (ITC) cada 05 anos revisão. Sendo derrubado esse ano.

Projetos setoriais no Ceará

➢Apoio aos Cursos de Boas Práticas de Manejo e Biosseguridade – ABCC/ MAPA

➢Apoio ao Censo da Carcinicultura – ABCC/ MAPA/ ACCC

➢ Projeto de Saúde nas Fazendas – Pequenos produtores Parajuru com expansão para Jaguaruana - UFERSA/ RN e IFCE/ Aracati – Apoio entidades e ACCC.

Obrigado

Cristiano Peixoto Maia

Presidente

ACCC