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Eurocódigo para Dimensionamento de Estruturas de Betão (EC2-2 e EC2-3) 1
CONTROLO DE FENDILHAÇÃO EM RESERVATÓRIOS
EN 1992-1-1 e EN1992-3
Eurocódigo para Dimensionamento de Estruturas de Betão (EC2-2 e EC2-3) 2
EN1992-1-1 – Projecto de Estruturas de Betão –Regras Gerais e Regras para Edifícios
SECÇÃO 7 – ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO
Limites de tensõesBetão
•••• σσσσc ≤≤≤≤ 0.6 fck (combinação característica de cargas)
Para evitar eventual fendilhação longitudinal (paralela às tensões)
•••• Se σσσσc (combinação quase permanente) > 0.45 fck é necessário considerar osefeitos não lineares da fluência
•••• σσσσs (combinação característica) ≤≤≤≤ 0.8 fsyk para a acção de cargas
≤≤≤≤ 1.0 fsyk para a acção de deformações impostas
•••• σσσσsp (combinação característica) ≤≤≤≤ 0.75 fpyk
Para assegurar, com uma certa reservacom uma certa reserva, a não cedência da armadura em qualquer circunstância de serviço
Aço
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Resposta Estrutural de um Tirante a um Esforço Axial Aplicado
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.01 0.3 0.1 0.5
AII
αρ
(a)AI
0.30
ρ [%]0.2
0.5 1 1.42
1/15
1/30
7.14
(α=7.0)
Comportamento Global do TiranteRelação de rigidezes
Estado I/Estado II
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Modelo do Comportamento de um Tirante para uma Deformação Imposta:
Abertura da 2ªFenda
Abertura da 1ªFenda
K(aço+betão)
K(aço+betão) K(aço+betão)K(aço)
K(aço+betão)K(aço)K(aço+betão)
K(aço) K(aço+betão)
Simulação da perda de rigidez do tirante com a abertura de cada nova fenda
Comportamento Global do Tirante
Resposta Estrutural de um Tirante a uma Deformação Imposta
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Princípio de Dimensionamento da Armadura MínimaCritério de não plastificação da armadura
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Exemplo: ρρρρmin = 3
500 = 0.6%
Laje esp = 0.25
⇒⇒⇒⇒ φφφφ12//0.15 (nas duas faces)
ρ = As
Ac ≥ ρmin =
fct,ef
fyk
21 sscc AA σσ ×≈×
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Armadura Mínima de Acordo com a EN1992-1-1
kc , considera a distribuição de tensões na secção imediatamente antes da abertura da primeira fenda, englobando não só a tracção, mas também a flexão simples e composta;
k , considera o efeito não uniforme das tensões auto-equilibradas na diminuição de fct,ef;
Act a área de betão traccionada, antes da abertura da primeira fenda.
ARMADURA MÍNIMA
As,min = kc x k x Act x fct,ef
σs
fct,ef em geral fctm
Act = Área total
Kc = 1
Act = Área total
Kc = 0.4
Ncr Ncr
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Efeito dos Estados de Tensão Auto-Equilibrados nos Casos de Espessuras ElevadasARMADURA MÍNIMA
As,min = kc x k x Act x fct,ef
σs
fct,ef em geral fctm
k = 1 esp. ≤ 0.3 m
0.65 < k < 1 0.3 m ≥ esp. ≥ 0.8 m
k = 0.65 esp. ≥ 0.8 m
VARIAÇÃO DE k
Exemplo: h = 0.6 m ⇒⇒⇒⇒ kc = 1.0; k = 0.79 ⇒⇒⇒⇒ As,min = 28.4cm2/m ⇒⇒⇒⇒ φφφφ16//0.125/face
fct = 3MPa (32cm2/m)
σσσσs = 500MPa
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EN1992-3 – Projecto de Estruturas de Betão –Silos e Reservatórios
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0.3mm0.3mmQ.Perm
-Freq.Muito AgressXD1,XD2
XS1,XS2,XS3
0.3mm0.3mmQ.Perm
-Freq.Mod. Agress.XC2,XC3, XC4
0.4mm0.4mmQ.Perm
-Freq.P.Agress.X0, XC1
Betão ArmadoCombinação de Acções
Controlo de Fendilhação de Acordo com a EN1992-1-1
O valor da abertura de fendas máximo, ωωωωmax, é definido de acordo com a funcionalidade e natureza da estrutura.
Na ausência de critérios mais explícitos os seguintes valores são recomendados:
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Estados Limites de Utilização
Fendilhação
Classificação da estanquidade de depósitos
de referir que todo o tipo de betão permite a passagem de pequenas quantidades de líquido ou gases por difusão
Nenhuma fuga é permitida.3
Fugas mínimas. Aspecto não afectado por manchas.2
Fugas limitadas a uma pequena quantidade. São aceitáveis algumas manchas superficiais ou manchas de humidade.
1
Aceitável um certo nível de fuga, ou fuga de líquidos sem consequências.
0
Requisitos em matéria de fugasClasse de estanquidade
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EN1992-3 – Projecto de Estruturas de Betão –Silos e Reservatórios
• η é a viscosidade dinâmica que pode ser considerado como igual a 1.0 x 10-3
ou 1.3 x 10-3Ns/m2
• ξ é o coeficiente de atrito que depende da rugosidade das faces de fissuras
ξ = 1 para um caso teórico (dois planos lisos e paralelo);
ξ ≈ 0.125 pode ser admitido como um valor médio para o caso de uma fissura transversal. ξ = 0 para w ≈ 0.05mm
ξ ≈ 0. 2 para w ≈ 0.3mm
Permeabilidade do betão fendilhado
q = q (w3)!
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EN1992-3 – Projecto de Estruturas de Betão –Silos e Reservatórios
Limites de fendilhação em função da classificação da estanquidade
Classe de estanquidade 0 – Poderão ser adoptadas as disposições de 7.3.1 da EN 1992-1-1 (Quadro 7.1 – wmáx em função da classe de exposição).
Classe de estanquidade 1 – Deverá ser limitada a wk1a largura de quaisquer
fendas que se preveja atravessarem a espessura total da secção. Aplicam-se as disposições de 7.3.1 da EN 1992-1-1 no caso em que a secção não estáfendilhada em toda a sua espessura.
Classe de estanquidade 2 – Deverão, em geral, ser evitadas as fendas que possam vir a atravessar a espessura total da secção, a não ser que tenham sido adoptadas medidas adequadas (por exemplo, revestimentos ou perfis de estanquidade).
Classe de estanquidade 3 – Em geral, serão necessárias medidas especiais (por exemplo, revestimentos ou pré-esforço) a fim de garantir a estanquidade à água.
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EN1992-3 – Projecto de Estruturas de Betão –Silos e Reservatórios
Limites de fendilhação em função da classificação da estanquidade
Classe 1
Para hD
h ≤ 5 − wk1 = 0.2mm
hD
h ≥ 35 − wk1 = 0.05mm
hD – pressão hidrostáticah – espessura de parede
Os valores de wk1deverão garantir uma autoselagem eficaz das fendas num
período de tempo relativamente curto, desde que as acções em serviço (temperatura e pressão hidrostática) não geram deformação superiores a 150x10-6
0.05
0.2
5 35h /hD
wk1
hDh
Classe 2 e 3
O valor do cálculo da zona comprimida para a combinação de acções quase permanente deve ser pelo menos de 50mm ou 0.2h (cálculo desprezando o betão traccionado).
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Abertura de Fendas – comprimento médio de transferência de tensões aço/betão
Escorregamento
Fissura
c
c
φ
Estado I
εc1=εs1
Tensão de aderência
τbm
τb
σc1=fct
N=Nf
hef Ac,ef
l 0
ef
efc
bm
ctAf
ρ
φκ
φ
τ πφ..
4
1
4..
4
.
,0 2
==l
Comprimento de transição
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Abertura de Fendas – Expressão de cálculo
Abertura de Fendas de acordo com o Eurocódigo 2
( )cmsmr
sw εε −= .max,ef
máxrm kkcsρ
φ×××+= 21, 425,040,3
K1 = 0.8 a 1.6 (aderência)
K2 = 0.5 a 1.0 (flexão/tracção)
Kt = 0.6 e 0.4 (curta/longa duração)
1,7 x 2,0 1,7 x 0,25
EN1992-1-1 – Projecto de Estruturas de Betão –Regras Gerais e Regras para Edifícios
)1(E
fk
E efeefs
ctt
s
scmsmsrm ρ×α+
ρ−
σ=ε−ε=ε
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wmax = Sr,max (εεεεSm – εεεεsm)
Avaliação da percentagem efectiva de armadura
– min
2.5 (h - d)
(h - x)/3
h/2
Definição da Área Efectiva de Betão
Srmáx = 3.4 c + 0.425 k1 k2 φφφφ
ρρρρp,ef
εεεεsm – εεεεcm = σσσσs - kt .
fct,ef
ρρρρp,ef (1 + ααααe ρρρρp,ef)
Es ≥≥≥≥ 0.6
σσσσs
Es
ρρρρp,ef = As
Ac,ef
hef
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Extensão relativa entre o aço e o betão
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EN1992-3 – Projecto de Estruturas de Betão –Silos e Reservatórios
Anexo M – Restrição axial de deformações impostas (retracção e arrefecimento após a betonagem)
Cálculo de w
Se σs = k kc fct,eff
ρ
(N = Ncr = Ac k kc fct,eff)
εsm – εcm = k kc fct,ef
Es ρ - kt
k kc fct,ef
Es ρef - kt
k kc fct,ef
Ec
Se kt = 0.5; αi = ; e ρ ≈ ρef:Es
Ec
Exemplo
αe = 7 ρ = 0.006 εsm - εcm = 0.5 x 7 x 3x103
200x106
1 + 1
7x0.006 = 1.30 x 10-3
kc = k = 1 smáx = 500mmfct,eff = 3MPa wmáx = 1.3 x 10-3 x 500 = 0.65mm
εsm – εcm = 0.5 αe kc k fct,eff
1 + 1
αe ρ 1Es
wmáx = Smáx . (εsm – εcm)
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EN1992-3 – Projecto de Estruturas de Betão –Silos e Reservatórios
Rigidez equivalente após abertura da fenda [Proposta FAVRE (Lausanne, Suiça)]
wm ≈ 0.7 l0 σs
Es
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Controlo Indirecto da Abertura de Fendas
Tensão no
aço Máximo diâmetro do varão Máximo espaçamento entre varões*
[MPa] wk=0,40 mm wk=0,30 mm wk=0,20 mm wk=0,40 mm wk=0,30 mm wk=0,20 mm
160 40 32 25 300 300 200
200 32 25 16 300 250 150
240 20 16 12 250 200 100
280 16 12 8 200 150 50
320 12 10 6 150 100 -
360 10 8 5 100 50 -
400 8 6 4 50 - -
450 6 5 - - - -
* Condição alternativa para a acção de cargas verticais, mas não deformações impostas
1. Armadura mínima - σσσσs = tensão de cedência do aço
2. Controlo indirecto da abertura de fendas pelo valor da tensão dada no quadro
Para deformações impostas a tensão é a definida no cálculo da armadura (expressão anterior)
Para cargas aplicadas (tensão em serviço) em estado fendilhado
Tensões e Diâmetro de Armaduras/Espaçamentos
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EN1992-3 – Projecto de Estruturas de Betão –Silos e Reservatórios
Controlo da fendilhação sem cálculo directo
LegendaX tensão das armaduras, σ s (N/mm²)Y diâmetro máximo dos varões (mm)
( )dh10h
9.2
f effct,*ss
−
φ=φ
φ12 →
20 50 100
h (cm)
0.4
1.0
2.0
h - d = 0 .1 h
h - d = 5cm
h - d = 4cm
h10 (h - d)
0.5
2.5
40
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Tracções e Fendilhação Devido a Deformação Diferenciais
Caso de um depósito com parede fendilhada, mesmo após tentativa de reparação
Tensões longitudinais num muro impedido de se deformar junto àbase
Ligação rígida
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esp = 0.30m
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esp = 30cmh – d = 4cm
2.5 (h – d) = 10cm
ρef = As
20 x 100
l0 = 0.25 x k1 x k2 φ
ρef
k1 = 0.8
k2 = 1.0
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0.300.750.50wmáx = 1.7 x 0.7 (mm)
0.231.00.45wmáx = Srmáx (εsm-εcm)(mm)
0.48x10-31.3x10-30.82x10-3εsm - εcm
48.077.055.0Sr,max(cm)
244321292σs
Caso 3Caso 2Caso 1
l0 σs2
Es
εsm – εcm = 0.5 αe kc k fct,eff σs
fsyk
1 + 1
αe ρ 1Es
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Resposta Estrutural a DeformaDeformaçções Impostas Axiaisões Impostas AxiaisSobrepostas a Efeitos de Cargas
Msup
p
idN
idN
N
I
II
I
II
N[kN]
N[kN]
N
Ncr Ncr
Extensão média
ε m [‰]
Extensão média
ε m [‰]
1<ξcrid NN ξ=
Isolated Axial Action
Indirect Action Superposed with vertical loads
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Anexo L – Cálculo das extensões e tensões devidas a deformações impostas impedidas
Secção não fendilhada
εaz = (1 – R a x) εiav + (1 – Rm)
1
r (z – z)
extensão imposta
grau de encastramento
(≈≈≈≈ 1.0)curvatura
altura de secção
altura do centro de gravidade
extensão real
grau de restrição
σz = Ec,eff (εiz – εaz)
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(a) Parede sobre laje de base
Quando H ≥ L, este factor é igual
a 0.5
(b) Laje horizontal entre travamentosrígidos
(LH
1− )
(c) Construção sequencial de parede de um compartimento (com juntas de construção)
Quando L ≥ 2H, estes factores de restrição são iguais a
0.5 (LH
1− )
(d) Construção alternada de parede de umcompartimento (com juntas de construção)
•NOTA: Os valores de R utilizados no
cálculo devem estar relacionados com
a distribuição prática da armadura
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EN1992-3 – Projecto de Estruturas de Betão –Silos e Reservatórios
Factores de restrição para a zona central das paredes representadas na Figura L.1
0,50,5> 8
0,30,54
0,050,53
00,52
00,51
Factor de restrição no
cimo
Factor de restrição na
baseRelação L/H (ver Fig L.1)
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Anexo M – Cálculo da largura de fendas devida à restrição de deformações impostas (retracção e arrefecimento após a betonagem)
U
Exemplo
Para εεεεfree = 200 x 10-6
Rax = 0.5 →→→→ wmáx = 0.05mm
Smáx = 500mm
deformação imposta
factor de restrição
εsm – εcm = Rax εfree Smáx = wmáx =
“Não nos parece correcto!”
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Anexo N – juntas de dilatação
h
d ≤≤≤≤ 5m
≤≤≤≤ 1.5h
Se se pretendesse controlar a fendilhação com juntas de dilatação, a distância entre juntas deve obedecer aos seguintes valores: