controle quimico_12_11.pdf
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CONTROLE QUÍMICO
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CONTROLE QUÍMICO
• Importância, uso e histórico do desenvolvimento de fungicidas
• Classificação– Fungicidas erradicantes ou de contato
– Fungicidas protetores ou residuais
– Fungicidas terapêuticos ou curativos
• Absorção e translocação de fungicidas
• Modo, especificidade e espectro de ação
• Resistência de fungos a fungicidas
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CONTROLE QUÍMICO DE DOENÇAS DE PLANTAS
• Culturas campeãs de uso: batata, tomate, feijão, hortaliças e maçã
• É um mercado muito dinâmico• Defensivos agrícolas X Agrotóxicos• Porque e quando usar?– Alta produtividade e/ou “qualidade estética” dos
produtos– Muitas variedades interessantes do ponto de vista do
mercado são altamente suscetíveis – Outras medidas não são disponíveis, eficientes ou
passíveis de serem usadas
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HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DOS FUNGICIDAS
• 1000 a.C Homero: menciona o enxofre em relação as suas propriedades no controle de doenças
• Séculos XVII e XVIII– 1637 – Remant: cloreto de sódio no tratamento de
sementes contra a cárie do trigo
– 1705 – Homberg: recomendou o cloreto de mercúrio como preservante de madeiras
– 1761 – Schulthess: sugeriu o uso de sulfato de cobre no tratamento de sementes de trigo contra a cárie
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SÉCULO XIX
• 1807 – Prevost: demonstrou a eficiência do sulfato de cobre no controle da cárie do trigo
• 1833 – Kendrick (EUA): calda sulfocálcica no controle do míldio da videira
• 1882-1887 – Millardet (França): calda bordalesa primeiro fungicida desenvolvido pelo homem
• 1888 – Trillat: propriedade fungicida do formol
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SÉCULO XX
• 1913 – Reihm (Alemanha): mercuriais• 1934 – Tisdale & Williams: ditiocarbamatos• 1952 – Kitleson: captam• 1968 – Du Pont (EUA): primeiro relato de
atividade sistêmica do benomil• 1973 – Introdução dos fungicidas triazóis no
mercado, sendo o triadimefon o primeiro• 1981 – Criação do FRAC (Comitê de Ação à
Resistência de Fungos a Fungicidas)• 1983 – Fungicidas estrobilurinas
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AGROQUÍMICOS
• Fertilizantes– Doenças fisiogênicas– Diminuição do pH com sulfato de amônio para o
controle da sarna da batata– Uréia aplicada a 5% em pomar de macieira no início
da queda natural das folhas visando sua rápida degradação e eliminação de Venturia inaequalis
• Pesticidas– Inseticidas e acaricidas– Fungicidas, bactericidas e nematicidas– herbicidas
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PRINCÍPIOS DE CONTROLE
• Exclusão – prevenção da entrada de um patógeno em uma área ainda não infestada
• Erradicação – eliminação do patógeno de uma área em que foi introduzido
• Proteção – interposição de barreira entre hospedeiro e patógeno antes da deposição
• Imunização – desenvolver plantas imunes em áreas infestadas
• Terapia – estabelecer a sanidade de uma planta com a qual o patógeno já estabeleceu uma relação parasítica
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CLASSIFICAÇÃO
• Quanto a origem química
– Inorgânicos
• Cúpricos: oxicloreto de cobre, calda bordalesa, calda Viçosa, etc
• Sulforados: calda sulfo-cálcica, enxofre elementar, etc
– Orgânicos
• Maioria e pertencentes a diferentes grupos (benzimidazóis, triazóis, carbamatos, estrobilurinas, etc)
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CLASSIFICAÇÃO
• Quanto à absorção e translocação– Tópico: fungicidas que aplicados nos órgãos aéreos
não são absorvidos e translocados dentro planta• Protetores
• Contato
– Sistêmico: são absorvidos pelas raízes e folhas, sendo translocados pelo sistema condutor da planta
– Mesostêmico: quando apresenta estrita afinidade pela camada de cera, formando um depósito na superfície do órgão. É redistribuído pela fase de vapor e a translocação vascular é mínima ou inexistente
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CLASSIFICAÇÃO
• Quanto ao princípio de controle envolvido– Erradicante (de contato)
• Atuam diretamente sobre o patógeno na fonte de inóculo. Ao entrarem em contato com a parede celular dos esporos, mesmo os de dormência, penetram-na
– Protetor (residual)• Formam uma camada protetora antes da deposição do
inóculo. Quando o esporo germina, absorve o fungicida e morre. Evita a penetração.
– Terapêutico (curativo)• Atuam em estágios de pós-infecção. Todos os fungicidas
sistêmicos são curativos
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PRINCIPAIS FUNGICIDAS ERRADICANTES
• Brometo de metila– Fumigante, usado para desinfestação do solo– Mistura de 98% brometo de metila e 2% de cloropicrina
(composto lacrimogêneo)– Vendido em latas, é aplicado sob uma cobertura plástica,
que é retirada 24-48 h após a aplicação– Alho e cebola são extremamente sensíveis ao BM
• Dazomete– (3,5 dimetiltetrahidro-1,3,5,2H-tiadiazina-2-tiona)– Fumigante, tratamento do solo, aplicado com adubo ou
em suspensão aquosa. Muito fitotóxico (solo deve ser mantido em repouso por 14-21 dias)
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• Formol– Aldeído fórmico, foi muito usado antes da descoberta
de outros produtos. Dilui-se o formol 40% em água, na proporção 1:50, e rega-se 25L/m2, cobre-se com plástico
• Quintozeno– PCNB – Pentacloronitrobenzeno, controla fungos do
solo que formam escleródios. Exs.: Rhizoctonia, Sclerotium, Sclerotinia, Macrophomina e Botrytis
– Longa persistência no solo– Cucurbitáceas e tomate são sensíveis– NÃO controla Fusarium, Pythium e Phytophthora
– 300g (75%)/100L de água. Regar o solo com 2L/m2
– Revolver o solo para incorporar o fungicida a 10-15cm– Semeadura depois de 2-3 dias
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Fonte: AGRIOS, G. N. Plant Pathology
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FUNGICIDAS PROTETORES OU RESIDUAIS
• Enxofre– Enxofre elementar
• Contra oídios e ácaros• Fitotoxicidade em curcubitáceas e sob temperaturas
elevadas• Baixa toxicidade ao meio ambiente e baixo custo• Polvilhamento, pulverização, etc.
– Calda sulfo-cálcica• Tratamentos de inverno em plantas de clima temperado:
podridão parda do pessegueiro e sarna da macieira• Mistura de polissulfetos e tiossulfato de cálcio• Alta fitotoxidez• Difícil de preparar
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• Cúpricos– Calda bordalesa• Composto proveniente da reação entre sulfato de
cobre e cal virgem
• Amplo espectro de ação antifúngica e antibacteriana, e baixa toxidez ao homem
– Calda Viçosa• Sais de cobre, zinco, magnésio, ácido bórico e uréia,
após dissolvidos, são colocados sobre o leite-de-cal
• Hemileia vastatrix (Ferrugem – café) – 1975
– Cobres fixos• Menor tenacidade e fungitoxicidade, porém maior
facilidade de preparo e menor fitoxicidade que a calda bordalesa
• Hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre, etc.
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• Etilenobisditiocarbamatos
– Substitutos dos cúpricos, possuindo amplo espectro de ação
– Zineb
• Etilenobistiocarbamato de zinco
• Hortaliças e frutíferas
• Controle de míldios
– Mancozeb
• Etilenobistiocarbamato de manganês e zinco
• Requeima da batata e tomate
• Efeito tônico em alho e cebola
• Controle de ácaros em citros
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• Ditiocarbamatos– Tiram• Tetrametiltiuram
• Primeiro ditiocarbamato de uso prático na agricultura
• Protetor de partes aéreas e sementes
– Ferbam• Dimetilditiocarbamato férrico
• Plantas frutíferas e ornamentais, contra ferrugens, antracnose, sarna das rosáceas, podridão parda, etc.
• Menos fitotóxico que enxofre e cúpricos
– Ziram• Dimetilditiocarbamato de zinco
• Grande poder residual, recomendado em hortaliças contra míldios e antracnoses
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• Compostos aromáticos
– Clorotalonil
• Tetracloroftalonitrila
• Amplo espectro de ação. Boa atividade contra oomicetos (Phytophthora), ascomicetos (Mycosphaerella), basidiomicetos (ferrugens) e manchas de alternaria e antracnoses
• Não se deve adicionar espalhantes e misturar com formulações oleosas – pois resulta em fitotoxidez!!
– Dicloram
• Dicloronitroanilina
• Seletivo para fungos formadores de escleródios (Sclerotinia, Botryotinia, Monilinia) e para Rhizopus
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• Fungicidas que NÃO apresentam ação tóxica à:– Pythium: quintozeno, benzimidazóis, e triazóis
– Fusarium: iprodiona e quintozeno
– Míldios (Peronosporales): benzimidazóis, iprodiona e triazóis
– Ferrugens (Pucciniaceae) e oídios (Erysiphales): benzimidazóis, cimoxanil, clorotalonil, dimetomorfo, iprodiona, metalaxil, propamocarbee procloraz
– Alternaria, Bipolaris, Curvularia e Drechslera: benzimidazóis, captam, cimoxanil, dimetomorfo, propamocarbe e metalaxil
– Oídios: mancozeb, cimoxanil, dimetomorfo, metalaxil, propamocarbe
![Page 21: CONTROLE QUIMICO_12_11.pdf](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051216/55cf9b11550346d033a498c2/html5/thumbnails/21.jpg)
RESISTÊNCIA DE FUNGOS ÀFUNGICIDAS
• Conseqüência da capacidade de adaptação dos seres vivos a condições adversas
• Não é um problema exclusivo do controle químico
![Page 22: CONTROLE QUIMICO_12_11.pdf](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051216/55cf9b11550346d033a498c2/html5/thumbnails/22.jpg)
TIPOS DE RESISTÊNCIA
• Resistência cruzada
• Resistência cruzada negativa
• Resistência múltipla
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RESISTÊNCIA CRUZADA
• Um fungo apresenta resistência a dois princípios ativos
• Mesmo mecanismo de ação
• Ex. resistência a benomil e a carbendazim
![Page 24: CONTROLE QUIMICO_12_11.pdf](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051216/55cf9b11550346d033a498c2/html5/thumbnails/24.jpg)
RESISTÊNCIA CRUZADA NEGATIVA
• Uma população de um patógeno desenvolve resistência a um princípio ativos e automaticamente torna-se suscetível a outro
• Fenômeno raro, infelizmente
![Page 25: CONTROLE QUIMICO_12_11.pdf](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051216/55cf9b11550346d033a498c2/html5/thumbnails/25.jpg)
RESISTÊNCIA MÚLTIPLA
• Quando em uma população de patógenoresistente a um princípio ativo, começam a surgir indivíduos resistentes a outro princípio ativo
• Mutações independentes
![Page 26: CONTROLE QUIMICO_12_11.pdf](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051216/55cf9b11550346d033a498c2/html5/thumbnails/26.jpg)
PROCESSO
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Fonte: MONDINO, P. Resistencia a fungicidas. Conceptos y métodos de evaluación
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AUSÊNCIA DE FUNGICIDA
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PRESENÇA DE FUNGICIDA
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Fonte: MONDINO, P. Resistencia a fungicidas. Conceptos y métodos de evaluación