controle externoead_casa.s3.amazonaws.com/cursosecao/apostila-tcm-rj-controle... · controle...

530
www.acasadoconcurseiro.com.br Controle Externo Professor Osvaldo Perrout

Upload: trinhnhu

Post on 15-Feb-2018

220 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

  • www.acasadoconcurseiro.com.br

    Controle Externo

    Professor Osvaldo Perrout

  • www.acasadoconcurseiro.com.br 3

    Controle Externo

    CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA

    CONCEITO E ABRANGNCIA

    Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro (Direito Administrativo. 23 Ed.: editora Atlas, p. 761):

    ...pode-se definir o controle da Administrao Pblica como o poder de fiscalizao e correo que sobre ela exercem os rgos dos Poderes Judicirio, Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuao com os princpios que lhe so impostos pelo ordenamento jurdico.

    J para Evandro Martins Guerra (Os Controles Externo e Interno da Administrao Pblica e os Tribunais de Contas. Belo Horizonte: Frum, 2003):

    Controle da Administrao Pblica a possibilidade de verificao, inspeo, exame, pela prpria Administrao, por outros poderes ou por qualquer cidado, da efetiva correo na conduta gerencial de um poder, rgo ou autoridade, no escopo de garantir atuao conforme os modelos desejados anteriormente planejados gerando uma aferio sistemtica.

    O controle da Administrao Pblica abrange a fiscalizao e a correo dos atos ilegais e, em certa medida, daqueles que Di Pietro chama de inconvenientes ou inoportunos, que podemos chamar de ilegtimos. Ele abrange os trs poderes (executivo, Legislativo e Judicirio) em suas funes administrativas.

    Di Pietro: o controle da administrao pblica com o poder de fiscalizao e correo que sobre ela exercem os rgos do Poder Judicirio, Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuao com os princpios que lhe so impostos pelo ordenamento jurdico.

    ESPCIES

    Quanto extenso do controle

    CONTROLE INTERNO: o controle realizado por um Poder sobre os seus prprios atos, no mbito da prpria administrao.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br4

    CONTROLE EXTERNO: ocorre quando o rgo fiscalizador se encontra na estrutura de outro Poder. Alguns autores consideram tambm Controle Externo o controle da Administrao Direta sobre a Indireta.

    CONTROLE EXTERNO POPULAR OU CONTROLE SOCIAL: aquele exercido diretamente pela sociedade. Ex: As contas dos Municpios ficaro, anualmente, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

    Quanto ao momento em que ocorre

    CONTROLE PRVIO OU A PRIORI OU PREVENTIVO: o exercido antes da realizao do ato/fato administrativo. Por ex.: a aprovao prvia, por parte do Congresso Nacional, da escolha de pessoas para determinados cargos.

    CONTROLE CONCOMITANTE OU SUCESSIVO: acompanha a atuao da administrao no momento em que ela se verifica. o que ocorre, por exemplo, com a fiscalizao de um contrato em execuo e o acompanhamento da execuo oramentria.

    CONTROLE POSTERIOR OU A POSTERIORI OU CORRETIVO: tem por objetivo verificar os atos j praticados, para corrigi-los, desfaz-los ou, confirm-los. Abrange atos como os de aprovao, homologao, anulao, revogao ou convalidao.

    Quanto natureza

    CONTROLE DE LEGALIDADE: verifica se a conduta administrativa est em conformidade com as normas legais aplicveis.

    O controle de legalidade pode ser interno ou externo, sendo que no primeiro caso ele pode ser exercido de ofcio ou por provocao. O controle externo de legalidade pelo Legislativo s ocorre nos casos constitucionalmente previstos e pelo Judicirio depende provocao, por meio da ao adequada.

    CONTROLE DE MRITO: verifica a convenincia e da oportunidade da conduta administrativa.

    O Judicirio no pode exercer controle de mrito sobre os atos de outros poderes, pois s pode faz-lo a prpria Administrao (poder que gerou o ato), e, em casos excepcionais, o Legislativo. Abre-se exceo para o controle do Judicirio sobre atos discricionrios, sob os aspectos da motivao, razoabilidade e proporcionalidade e, em geral, sobre a moralidade dos atos.

    Quanto ao rgo que o exerce

    CONTROLE ADMINISTRATIVO: exercido por cada poder sobre os seus prprios atos, sob os aspectos de legalidade e mrito, por iniciativa prpria ou mediante provocao. Corresponde ao controle interno (assim classificado pelo alcance).

    CONTROLE LEGISLATIVO ou PARLAMENTAR.

  • Controle Externo Conceito e Abrangncia Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 5

    CONTROLE JUDICIAL.

    Os controles legislativo e judicial so, por natureza, controles externos, quanto ao alcance. Eles sero abordados mais frente.

    CONTROLE ADMINISTRATIVO

    Para Di Pietro (Direito Administrativo. 23 Ed.: editora Atlas, p. 761) controle administrativo :

    ...o poder de fiscalizao e correo que a Administrao Pblica (em sentido amplo) exerce sobre sua prpria atuao, sob os aspectos de legalidade e mrito, por iniciativa prpria ou mediante provocao. Na esfera federal, esse controle denominado de superviso ministerial pelo Decreto-lei n 200, de 25-2-67.

    O Controle da Administrao um princpio fundamental, conforme dispe o art. 6 do Decreto-Lei 200/ 67.

    Meios de Controle

    Fiscalizao Hierrquica: efetuado no mbito da cadeia hierrquica do rgo.

    Superviso Ministerial: controle exercido pelos Ministrios sobre as entidades da administrao indireta a eles vinculadas (no h subordinao nem hierarquia).

    Recursos Administrativos: meios de reviso do ato administrativo pela prpria Administrao Pblica.

    Representao: denncia de irregularidades feita perante a prpria Administrao.

    Reclamao: declarao de insatisfao ou oposio a atos da Administrao que afetam direitos ou interesses legtimos do interessado.

    Pedido de Reconsiderao: solicitao de reexame dirigida mesma autoridade que praticou o ato.

    Recursos Hierrquicos: dirigidos a autoridade ou instncia superior que praticou o ato.

    No adentraremos em detalhes no Controle Administrativo, uma vez que o tema abordado na disciplina Direito Administrativo.

    CONTROLE JUDICIAL

    o controle que o Judicirio exerce sobre a atividade administrativa dos trs Poderes do Estado, especialmente do Executivo.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br6

    Atos sujeitos a controle:

    atos polticos: podem ser apreciados pelo Judicirio, desde que haja leso ou ameaa a direito;

    atos legislativos ou normativos: o Judicirio pode apreciar a legalidade (produzindo apenas efeito entre as partes), ou a constitucionalidade, em ao apropriada;

    atos interna corporis: em regra no so apreciados pelo Poder Judicirio, porque se limitam a estabelecer normas sobre o funcionamento interno dos rgos; no entanto, se exorbitarem em seu contedo, ferindo direitos individuais e coletivos, podero tambm ser apreciados pelo Poder Judicirio.

    CONTROLE LEGISLATIVO

    o que mais nos interessa, pois onde se insere nossa disciplina. o controle a cargo do Poder Legislativo, sendo exercido pelo Congresso Nacional, pelas Assembleias Legislativas e pelas Cmaras de Vereadores.

    O Controle Legislativo alcana os rgos e entidades (administrao indireta) do Poder Executivo e as atividades administrativas do Poder Judicirio. Assim como qualquer controle externo, deve limitar-se s hipteses constitucionalmente previstas, sob pena de ofensa ao princpio da separao de poderes.

    O controle legislativo principalmente controle poltico, tendo por base a fiscalizao sobre atos ligados funo administrativa e organizacional, objetivando o controle do interesse da coletividade e no os direitos individuais.

    Executa tambm o controle financeiro, abrangendo a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas. O controle financeiro no exclusivamente legislativo, sendo exercido, concomitantemente, pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    Os tribunais de contas tm papel essencial no controle legislativo, tendo a funo de auxiliar o Legislativo no controle externo financeiro da Administrao Pblica.

    Por tudo que foi visto at aqui, fica claro que o Controle Externo abrange qualquer controle feito por um Poder sobre outro e que o que convencionamos chamar simplesmente de Controle Externo (ttulo dessa disciplina) , na verdade, o controle de fiscalizao financeira, oramentria, contbil, operacional e patrimonial (C-O- F-O-P), sob os aspectos de legalidade, legitimidade, economicidade, que est a cargo do Congresso Nacional, que o exerce com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio. Assim tambm o nos estados.

    Tambm deve ficar claro que o controle legislativo vai alm do controle COFOP visto acima, pois h diversas outras atividades de controle atribudas a esse Poder.

  • Controle Externo Conceito e Abrangncia Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 7

    SLIDES

    PREPARATRIO PARA CONCURSO DE TCNICO DE CONTROLE EXTERNO

    TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICPIO DO RIO DE JANEIRO

    Disciplina: CONTROLE EXTERNO

    Prof. Osvaldo Perrout

    1

    Aula Disciplina Aula Disciplina 1

    Conceito e Abrangncia 15

    Apreciao de Atos Sujeitos a Registro

    2

    Sistemas de Controle

    16

    Lei Municipal n 3.714/03 - Sanes e Medidas Cautelares

    3

    Regras Constitucionais sobre Controle Externo

    17

    Lei Municipal n 3.714/03 - Sanes e Medidas Cautelares

    4

    Regras Constitucionais sobre Controle Externo

    18

    Recursos

    5

    Regras Constitucionais sobre Controle Externo

    19

    Composio e Organizao

    6

    Funes, Natureza Jurdica, Jurisdio e Capacidade Normativa

    20

    Composio e Organizao

    7

    Funes, Natureza Jurdica, Jurisdio e Capacidade Normativa

    21

    Composio e Organizao

    8

    Eficcia das Decises, Reviso das Decises pelo Poder Judicirio, Controle de Constitucionalidade e os Tribunais de Contas

    22

    Competncias, Prerrogativas e Deveres dos Membros do TCM-RJ

    9

    Eficcia das Decises, Reviso das Decises pelo Poder Judicirio, Controle de Constitucionalidade e os Tribunais de Contas

    23

    Auditores e Ministrio Pblico Junto ao Tribunal de Contas

    10

    Apreciao das Contas de Governo 24

    Competncias dos Colegiados do TCM-RJ

    11

    Tomadas e Prestaes de Contas 25

    Competncias dos Colegiados do TCM-RJ

    12

    Tomadas e Prestaes de Contas 26

    Processo no TCM-RJ

    13

    Tomadas e Prestaes de Contas 27

    Processo no TCM-RJ

    14 Fiscalizaes 28 Sesses no TCM-RJ Denncias, Representaes e Consultas

    29

    Sesses no TCM-RJ

    15

    Apreciao de Atos Sujeitos a Registro

    30

    Deliberaes no TCM-RJ

    2

  • www.acasadoconcurseiro.com.br8

    CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA

    3

    Di Pietro: ...pode-se definir o controle da Administrao Pblica como o poder de fiscalizao e correo que sobre ela exercem os rgos dos Poderes Judicirio, Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuao com os princpios que lhe so impostos pelo ordenamento jurdico. Guerra: Controle da Administrao Pblica a possibilidade de verificao, inspeo, exame, pela prpria Administrao, por outros poderes ou por qualquer cidado, da efetiva correo na conduta gerencial de um poder, rgo ou autoridade, no escopo de garantir atuao conforme os modelos desejados anteriormente planejados gerando uma aferio sistemtica. Hely Lopes Meirelles: a faculdade de vigilncia, orientao e correo que um Poder, rgo ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro

    CONTROLE EXTERNO

    CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA

    RGO

    Administra1vo ou Interno

    Parlamentar Judicial

    MOMENTO

    Prvio Concomitante

    Posterior

    EXTENSO/ ALCANCE

    Interno Externo Social

    NATUREZA Legalidade Mrito AMPLITUDE

    4

    Finals1co Hierrquico

    ESPCIES DE CONTROLE

  • Controle Externo Conceito e Abrangncia Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 9

    CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA

    CONTROLE LEGISLATIVO

    POLTICO

    5

    ADMINISTRATIVO/ FINANCEIRO

    CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA

    CF, Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das en+dades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legi+midade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    CONTROLE FINANCEIRO

    6

  • www.acasadoconcurseiro.com.br10

    CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA

    CF, Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das en+dades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legi+midade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    CONTROLE FINANCEIRO

    Const. Estado, Art. 124 - A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial dos Municpios, e de todas as en+dades de sua administrao direta e indireta e fundacional, exercida mediante controle externo da Cmara Municipal e pelos sistemas de controle interno do respec+vo Poder Execu+vo, na forma estabelecida em lei. Lei Org. Mun. RJ, Art. 87 - A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Municpio e das en+dades de administrao direta, indireta e fundacional quanto legalidade, legi+midade, economicidade, razoabilidade, aplicao das subvenes e renncias de receitas, ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    7

    LEGALIDA DE

    CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA

    CONTBIL

    ORAMENTRIO

    FINANCEIRO

    OPERACIONAL

    PATRIMONIAL

    C O F O P

    ECONOMI -CIDADE

    LEGITIMI- DADE

    CONTROLE FINANCEIRO

    8

  • Controle Externo Conceito e Abrangncia Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 11

    CONTR

    OLE EXT

    ERNO

    SISTEM

    A DE

    CO

    NTR

    OLE INTERN

    O

    LEGALIDA DE

    CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA

    CONTBIL

    ORAMENTRIA

    FINANCEIRA

    OPERACIONAL

    PATRIMONIAL

    C

    O

    F

    O

    P

    ECONOMI -CIDADE

    LEGITIMI- DADE

    CONTROLE FINANCEIRO

  • www.acasadoconcurseiro.com.br 13

    Controle Externo

    SISTEMAS DE CONTROLE

    Segundo Jorge Ulisses Jacoby Fernandes (Tribunais de Contas do Brasil jurisdio e competncia, Belo Horizonte: Ed. Frum, 2003), Sistema de Controle Externo "o conjunto de aes de controle desenvolvidas por uma estrutura organizacional, com procedimentos, atividades e recursos prprios, no integrados na estrutura controlada, visando fiscalizao, verificao e correo de atos".

    Existem dois sistemas principais de controle da Administrao Pblica no mundo: controladorias e tribunais de contas.

    CONTROLADORIAS

    Com grande influncia anglo-saxnica, so rgos monocrticos, comandados por um Controlador Geral.

    Em geral, as controladorias so ligadas ao Poder Legislativo, funcionando como rgo consultivo. Elas no julgam contas, nem tm poder sancionador, mas apenas emitem relatrios apontando as falhas e expedindo recomendaes.

    TRIBUNAIS DE CONTAS

    So os que predominam em pases de origem latina, mas so encontrados em diversos outros pases, muitas vezes em conjunto com uma controladoria. So rgos colegiados, ou seja, suas decises finais em matria de controle so tomadas em conjunto.

    O mais comum que sejam rgos independentes, ligados ao Poder Legislativo, sendo a maioria de seus membros indicados pelo Parlamento. Em muitos pases, os membros do tribunal tm mandato limitado.

    Em alguns pases, porm, o tribunal de contas est inserido na estrutura do Poder Executivo (normalmente os africanos) ou do Judicirio (Portugal, Grcia e Angola).

  • www.acasadoconcurseiro.com.br14

    TRIBUNAIS OU CONSELHOS CONTROLADORIAS OU AUDITORIAS GERAIS

    NATUREZArgo autnomo, administrativo, atuando normalmente junto ao parlamento, de forma vinculada.

    rgo administrativo subordinadoao Parlamento.

    COMPOSIO Colegiado Unipessoal (Controlador ou Auditor- Geral)

    FUNES

    Judicante, sancionatria, consul-tiva, com procedimentos de fisca-lizao formais, podendo expedir determinaes de carter coerciti-vo.

    Consultiva e de fiscalizao. So destitudos de poderes jurisdicio-nais, podendo expedir recomenda-es sem carter coercitivo. Emi-tem informes de auditoria.

    PASES ADOTANTESAlemanha, Frana, Brasil, Portugal, Blgica, ustria, Itlia, Espanha, Uruguai, Coria do Sul, etc.

    Inglaterra, Sucia, Austrlia, Cana-d, EUA, ndia, Israel, Chile, Mxi-co, Venezuela, Colmbia.

    SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

    Conceito

    Conjunto de unidades, articuladas a partir da Controladoria-Geral da Unio CGU, orientadas para o desempenho das atribuies de controle interno indicadas na Constituio Federal e outros normativos que tratam da questo.

    rgos integrantes do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal

    A Controladoria-Geral da Unio (CGU), como rgo central, cuja atuao abrange todos os rgos do Poder Executivo Federal, exceto os rgos setoriais, ou seja, aqueles que integram a estrutura do Ministrio das Relaes Exteriores, Ministrio da Defesa, da Advocacia-Geral da Unio (AGU) e da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica (SG).

    Atribuies constitucionais do Sistema de Controle Interno

    Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio; comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e entidades da Administrao Pblica Federal, bem como da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado; exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da Unio e apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.

    (http://www.secretariageral.gov.br/acesso-a-informacao/perguntas/secretaria-de-controle-interno com adaptaes)

  • Controle Externo Sistema de Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 15

    2. CONTROLE EXTERNO NO BRASIL

    BREVE HISTRICO

    Em 1680, foram criadas as Juntas das Fazendas das Capitanias e a Junta da Fazenda do Rio de Janeiro, jurisdicionadas a Portugal.

    Em 1808, na administrao de D. Joo VI, foi instalado o Errio Rgio e criado o Conselho da Fazenda, que tinha como atribuio acompanhar a execuo da despesa pblica.

    Com a proclamao da independncia do Brasil, em 1822, o Errio Rgio foi transformado no Tesouro pela Constituio monrquica de 1824, prevendo-se, ento, os primeiros oramentos e balanos gerais.

    Em 7 de novembro de 1890, por iniciativa do ento Ministro da Fazenda, Rui Barbosa, o Decreto n 966-A criou o Tribunal de Contas da Unio, norteado pelos princpios da autonomia, fiscalizao, julgamento, vigilncia e energia.

    A Constituio de 1891, a primeira republicana, ainda por influncia de Rui Barbosa, institucionalizou definitivamente o Tribunal de Contas da Unio, inscrevendo-o no seu art. 89.

    A instalao do Tribunal, entretanto, s ocorreu em 17 de janeiro de 1893, graas ao empenho do Ministro da Fazenda do governo de Floriano Peixoto, Serzedello Corra. Originariamente o Tribunal teve competncia para exame, reviso e julgamento de todas as operaes relacionadas com a receita e a despesa da Unio. A fiscalizao se fazia pelo sistema de registro prvio.

    Pela Constituio de 1934, o Tribunal recebeu, entre outras, as seguintes atribuies: proceder ao acompanhamento da execuo oramentria, registrar previamente as despesas e os contratos, julgar as contas dos responsveis por bens e dinheiro pblicos, assim como apresentar parecer prvio sobre as contas do Presidente da Repblica para posterior encaminhamento Cmara dos Deputados.

    Com exceo do parecer prvio sobre as contas presidenciais, todas as demais atribuies do Tribunal foram mantidas pela Carta de 1937, que inseriu o Tribunal de Contas no Captulo IV, reservado ao Poder Judicirio.

    A Constituio de 1946 acresceu um novo encargo s competncias da Corte de Contas: julgar a legalidade das concesses de aposentadorias, reformas e penses. A partir dessa Constituio, o Tribunal de Contas passa a constar no captulo do Poder Legislativo.

    A Constituio de 1967, ratificada pela Emenda Constitucional n 1, de 1969, retirou do Tribunal o exame e o julgamento prvio dos atos e dos contratos geradores de despesas. Eliminou-se, tambm, o julgamento da legalidade de concesses de aposentadorias, reformas e penses, ficando a cargo do Tribunal, to-somente, a apreciao da legalidade para fins de registro. Deu-se incumbncia ao Tribunal para o exerccio de auditoria financeira e oramentria sobre as contas das unidades dos trs poderes da Unio, instituindo, desde ento, os sistemas de controle externo, a cargo do Congresso Nacional, com auxilio da Corte de Contas, e de controle interno, este exercido pelo Poder Executivo e destinado a criar condies para um controle externo eficaz.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br16

    Finalmente, com a Constituio de 1988, o Tribunal de Contas da Unio teve a sua jurisdio e competncia substancialmente ampliadas. Recebeu poderes para, no auxlio ao Congresso Nacional, exercer a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade e economicidade e a fiscalizao da aplicao das subvenes e da renncia de receitas. Qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria tem o dever de prestar contas ao TCU.

    (http://portal3.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/institucional/conheca_tcu/historia-com adaptaes)

    PAPEL DO TRIBUNAL DE CONTAS NO CONTROLE EXTERNO

    Como j visto, o Tribunal de Contas da Unio auxilia o Congresso Nacional no exerccio do controle legislativo. Assim, o controle externo da titularidade do Congresso Nacional (pertence ao CN).

    preciso entender, no entanto, que o TCU tambm exerce o controle externo, pois a Constituio da Repblica estabelece funes especficas na funo controle externo, a serem exercidas pelo CN (com ou sem o auxlio do TCU), diretamente pelo TCU (por provocao do CN ou por iniciativa prpria), ou por ambos, em conjunto.

    Uma evidncia de que o controle externo exercido tanto pelo Parlamento quanto pelo Tribunal de Contas que o STF j decidiu que a constituio estadual no pode atribuir Assembleia Legislativa competncia reservada ao TCU pela CF:

    "Constituio do Estado do Tocantins. Emenda Constitucional 16/2006, que (...) atribuiu Assembleia Legislativa a competncia para sustar no apenas os contratos, mas tambm as licitaes e os eventuais casos de dispensa e inexigibilidade de licitao (art. 19, XXVIII, e art. 33, IX e 1). A Constituio Federal clara ao determinar, em seu art. 75, que as normas constitucionais que conformam o modelo federal de organizao do Tribunal de Contas da Unio so de observncia compulsria pelas Constituies dos Estados-membros. Precedentes. (...) A Constituio Federal dispe que apenas no caso de contratos o ato de sustao ser adotado diretamente pelo Congresso Nacional (art. 71, 1, CF/1988)." (Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 24-5-2006, Plenrio, DJ de 25-8-2006.)

  • Controle Externo Sistema de Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 17

    SLIDES

    CONTR

    OLE EXT

    ERNO

    SISTEM

    A DE

    CO

    NTR

    OLE INTERN

    O

    LEGALIDA DE

    CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA

    CONTBIL

    ORAMENTRIA

    FINANCEIRA

    OPERACIONAL

    PATRIMONIAL

    C

    O

    F

    O

    P

    ECONOMI -CIDADE

    LEGITIMI- DADE

    CONTROLE FINANCEIRO

    SISTEMAS DE CONTROLE

    PAPEL DO TRIBUNAL DE CONTAS NO CONTROLE EXTERNO No Brasil, o Tribunal de Contas passa a constar no captulo do Poder Legisla9vo a par9r da Cons9tuio de 1946. CF, Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das en9dades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legi9midade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. O Tribunal de Contas da Unio auxilia o Congresso Nacional no exerccio do controle legisla9vo. Assim, o controle externo da Ltularidade do Congresso Nacional (pertence ao CN). Os Tribunais de Contas tambm exercem o controle externo.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br18

    SISTEMAS DE CONTROLE

    3

    Segundo Jorge Ulisses Jacoby Fernandes :

    Sistema de Controle Externo "o conjunto de aes de controle desenvolvidas por uma estrutura organizacional, com procedimentos, aDvidades e recursos prprios, no integrados na estrutura controlada, visando fiscalizao, verificao e correo de atos".

    SISTEMAS DE CONTROLE

    4

    TRIBUNAIS OU CONSELHOS CONTROLADORIAS OU AUDITORIAS GERAIS

    NATUREZA rgo autnomo, administrativo, atuando normalmente junto ao parlamento, de forma vinculada.

    rgo administrativo subordinado ao Parlamento.

    COMPOSIO Colegiado Unipessoal (Controlador ou Auditor-Geral)

    FUNES Judicante, sancionatria, consultiva, com procedimentos de fiscalizao formais, podendo e x p e d i r d e t e r m i n a e s d e carter coercitivo.

    Consultiva e de fiscalizao. So destitudos de poderes jur isd ic ionais , podendo exped i r r ecomendaes sem ca r te r coe rc i t i vo . E m i t e m i n f o r m e s d e auditoria.

    PASES ADOTANTES

    Alemanha, Frana, Brasil, Portugal, Blgica, ustria, Itlia, Espanha, Uruguai, Coria do Sul, etc.

    Inglaterra, Sucia, Austrlia, Canad, EUA, ndia, Israel, Chile, Mxico, Venezuela, Colmbia.

  • Controle Externo Sistema de Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 19

    SISTEMA DE CONTROLE INTERNO Atribuies cons/tucionais do Sistema de Controle Interno CF, Art. 74. Os Poderes Legisla.vo, Execu.vo e Judicirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I.- avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio; II.- comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e en.dades da administrao federal, bem como da aplicao de recursos pblicos por en.dades de direito privado; III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garan.as, bem como dos direitos e haveres da Unio; IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso ins.tucional.

    5

    SISTEMA DE CONTROLE INTERNO Atribuies cons/tucionais do Sistema de Controle Interno Art. 74. Os Poderes Legisla.vo, Execu.vo e Judicirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: (...) Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio; Avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial Comprovar a legalidade da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e en.dades

    Alcance: rgos e en.dades da Administrao Pblica Federal (gesto); en.dades de direito privado (aplicao de recursos pblicos )

    Exercer o controle das operaes de crdito, avais e garan.as, bem como dos direitos e haveres da Unio Apoiar o controle externo no exerccio de sua misso ins.tucional.

    6

  • www.acasadoconcurseiro.com.br20

    SISTEMA DE CONTROLE INTERNO Atribuies cons0tucionais do Sistema de Controle Interno LOM, Art. 96. Os Poderes Legisla.vo e Execu.vo mantero, de forma integrada, sistema de controle interno, ins.tudo por lei, com a finalidade de: I.- avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual e a execuo dos programas de governo e dos oramentos do Municpio; II.- comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto eficcia e eficincia da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e en.dades da administrao municipal, e da aplicao de recursos pblicos por en.dades de direito privado; III.- exercer o controle das operaes de crdito, avais e garan.as, bem como dos direitos e haveres do Municpio; IV.- apoiar o controle externo no exerccio de sua misso ins.tucional;

    V.- examinar as demonstraes contbeis, oramentrias e financeiras, qualquer que seja o obje.vo, inclusive as notas explica.vas e relatrios, de rgos e en.dades da administrao direta, indireta e fundacional;

    VI.- examinar as prestaes de contas dos agentes da administrao, direta e indireta, responsveis por bens e valores pertencentes ou confiados Fazenda Municipal;

    7

    SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

    Atribuies cons0tucionais do Sistema de Controle Interno

    LOM, Art. 96. (...) VII.- controlar a u0lizao e a segurana dos bens de propriedade do Municpio que estejam sob a responsabilidade de rgos e en0dades da administrao direta, indireta e fundacional;

    VIII.- avaliar a execuo dos servios de qualquer natureza man0dos pela administrao direta, indireta e fundacional;

    IX.- observar o fiel cumprimento das leis e outros atos norma0vos, inclusive os oriundos do prprio Governo Municipal, pelos rgos e en0dades da administrao direta, indireta e fundacional;

    X.- avaliar o cumprimento dos contratos, convnios, acordos e ajustes de qualquer natureza; XI.- controlar os custos e preos dos servios de qualquer natureza man0dos pela administrao direta, indireta e fundacional. 8

  • Controle Externo Sistema de Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 21

    SISTEMAS DE CONTROLE

    9

    SISTEMA DE CONTROLE INTERNO CF, Art. 74. (...) 1 Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela daro cincia ao Tribunal de Contas da Unio, sob pena de responsabilidade solidria.

    SISTEMAS DE CONTROLE

    10

    SISTEMA DE CONTROLE INTERNO Art. 74. (...)

    1 Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela daro cincia ao Tribunal de Contas da Unio, sob pena de responsabilidade solidria. 2 Qualquer cidado, parFdo polFco, associao ou sindicato parte legFma para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da Unio.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br22

    SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

    Atribuies cons0tucionais do Sistema de Controle Interno

    LOM, Art. 96. (...) 1 - Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela daro cincia ao Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade solidria. 2 - Qualquer cidado, parAdo polAco, associao ou sindicato parte legAma para, na forma da lei, denunciar irregularidade ou ilegalidade perante o Tribunal de Contas. 3 - Aps as verificaes ou inspees nos setores da administrao, direta, indireta e fundacional, o setor de fiscalizao opinar sobre a situao encontrada, emiAndo um cerAficado de auditoria em nome do rgo fiscalizado.

    11

    SISTEMAS DE CONTROLE

    12

    SISTEMA DE CONTROLE INTERNO Conceito (Poder Executivo federal) Conjunto de unidades, articuladas a partir da Controladoria-Geral da Unio CGU, orientadas para o desempenho das atribuies de controle interno indicadas na Constituio Federal e outros normativos que tratam da questo.

    A LEI N 2068 DE 22 DE DEZEMBRO DE 1993 Ins7tui o Sistema Integrado de Fiscalizao Financeira, Contabilidade e Auditoria do Poder Execu7vo, cujo rgo central a Controladoria-Geral do Municpio do Rio de Janeiro.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br 23

    Controle Externo

    TRIBUNAL DE CONTAS E A CONSTITUIO FEDERAL

    Apresento, a seguir, todas as disposies cons-titucionais acerca dos TC, para, em seguida, or-ganiz-las e estud-las por assunto. Para melhor compreenso, no as coloquei na ordem em que aparecem na Constituio.

    COMPETNCIAS E ORGANIZAO

    Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, ora-mentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indire-ta, quanto legalidade, legitimidade, economi-cidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    Pargrafo nico. Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou priva-da, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores p-blicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria.

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congres-so Nacional, ser exercido com o auxlio do Tri-bunal de Contas da Unio, ao qual compete:

    I apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante pa-recer prvio, que dever ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

    II julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e socieda-des institudas e mantidas pelo poder pbli-co federal, e as contas daqueles que derem

    causa a perda, extravio ou outra irregulari-dade de que resulte prejuzo ao errio p-blico;

    III apreciar, para fins de registro, a lega-lidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, res-salvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato conces-srio;

    IV realizar, por iniciativa prpria, da Cma-ra dos Deputados do Senado Federal, de co-misso tcnica ou de inqurito, inspees e auditorias de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio, e demais entidades referidas no inciso II;

    V fiscalizar as contas nacionais das empre-sas supranacionais de cujo capital social a Unio participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

    VI fiscalizar a aplicao de quaisquer re-cursos repassados pela Unio, mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instru-mentos congneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Municpio;

    VII prestar as informaes solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respecti-vas comisses, sobre a fiscalizao contbil,

  • www.acasadoconcurseiro.com.br24

    financeira, oramentria, operacional e pa-trimonial e sobre resultados de auditorias e inspees realizadas;

    VIII aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanes previstas em lei, que es-tabelecer, entre outras cominaes, multa proporcional ao dano causado ao errio;

    IX assinar prazo para que o rgo ou enti-dade adote as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, se verificada ile-galidade;

    X sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso Cmara dos Deputados e ao Senado Fede-ral;

    XI representar ao Poder competente so-bre irregularidades ou abusos apurados.

    1 No caso de contrato, o ato de sustao ser adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitar, de imediato, ao Po-der Executivo as medidas cabveis.

    2 Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, no efetivar as medidas previstas no pargrafo anterior, o Tribunal decidir a respeito.

    3 As decises do Tribunal de que resulte imputao de dbito ou multa tero efic-cia de ttulo executivo.

    4 O Tribunal encaminhar ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatrio de suas atividades.

    Art. 72. A comisso mista permanente a que se refere o art. 166, 1, diante de indcios de des-pesas no autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos no programados ou de sub-sdios no aprovados, poder solicitar autori-dade governamental responsvel que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos neces-srios.

    1 No prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a comis-

    so solicitar ao Tribunal pronunciamen-to conclusivo sobre a matria, no prazo de trinta dias.

    2 Entendendo o Tribunal irregular a des-pesa, a comisso, se julgar que o gasto pos-sa causar dano irreparvel ou grave leso economia pblica, propor ao Congresso Nacional sua sustao.

    Art. 73. O Tribunal de Contas da Unio, integra-do por nove Ministros, tem sede no Distrito Fe-deral, quadro prprio de pessoal e jurisdio em todo o territrio nacional, exercendo, no que couber, as atribuies previstas no art. 96.

    1 Os Ministros do Tribunal de Contas da Unio sero nomeados dentre brasileiros que satisfaam os seguintes requisitos:

    I mais de trinta e cinco e menos de sessen-ta e cinco anos de idade;

    II idoneidade moral e reputao ilibada;

    III notrios conhecimentos jurdicos, con-tbeis, econmicos e financeiros ou de ad-ministrao pblica;

    IV mais de dez anos de exerccio de funo ou de efetiva atividade profissional que exi-ja os conhecimentos mencionados no inciso anterior.

    2 Os Ministros do Tribunal de Contas da Unio sero escolhidos:

    I um tero pelo Presidente da Repblica, com aprovao do Senado Federal, sen-do dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministrio Pblico junto ao Tribunal, indicados em lista trplice pelo Tri-bunal, segundo os critrios de antiguidade e merecimento;

    II dois teros pelo Congresso Nacional.

    3 Os Ministros do Tribunal de Contas da Unio tero as mesmas garantias, prerroga-tivas, impedimentos, vencimentos e vanta-gens dos Ministros do Superior Tribunal de Justia, aplicando-se-lhes, quanto aposen-

  • Controle Externo Regras Constitucionais sobre Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 25

    tadoria e penso, as normas constantes do art. 40.

    4 O auditor, quando em substituio a Ministro, ter as mesmas garantias e impe-dimentos do titular e, quando no exerccio das demais atribuies da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.

    Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judi-cirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

    I avaliar o cumprimento das metas pre-vistas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio;

    II comprovar a legalidade e avaliar os re-sultados, quanto eficcia e eficincia, da gesto oramentria, financeira e patri-monial nos rgos e entidades da adminis-trao federal, bem como da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado;

    III exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos di-reitos e haveres da Unio;

    IV apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.

    1 Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer ir-regularidade ou ilegalidade, dela daro ci-ncia ao Tribunal de Contas da Unio, sob pena de responsabilidade solidria.

    2 Qualquer cidado, partido poltico, as-sociao ou sindicato parte legtima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Con-tas da Unio.

    Art. 161. Cabe lei complementar: (...)

    II estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especial-mente sobre os critrios de rateio dos fun-dos previstos em seu inciso I, objetivando

    promover o equilbrio socioeconmico en-tre Estados e entre Municpios; [FPE e FPM]

    (...)

    Pargrafo nico. O Tribunal de Contas da Unio efetuar o clculo das quotas refe-rentes aos fundos de participao a que alu-de o inciso II.

    Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justia com-pe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) reconduo, sendo:

    (...)

    4 Compete ao Conselho o controle da atuao administrativa e financeira do Po-der Judicirio e do cumprimento dos deve-res funcionais dos juzes, cabendo-lhe, alm de outras atribuies que lhe forem conferi-das pelo Estatuto da Magistratura:

    (...)

    II zelar pela observncia do art. 37 e apre-ciar, de ofcio ou mediante provocao, a legalidade dos atos administrativos prati-cados por membros ou rgos do Poder Ju-dicirio, podendo desconstitu-los, rev-los ou fixar prazo para que se adotem as provi-dncias necessrias ao exato cumprimento da lei, sem prejuzo da competncia do Tri-bunal de Contas da Unio;

    Art. 130. Aos membros do Ministrio Pblico junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as dis-posies desta Seo pertinentes a direitos, ve-daes e forma de investidura.

    Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministrio Pblico compe-se de quatorze membros no-meados pelo Presidente da Repblica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma reconduo, sendo:

    (...)

    II zelar pela observncia do art. 37 e apre-ciar, de ofcio ou mediante provocao, a legalidade dos atos administrativos pratica-

  • www.acasadoconcurseiro.com.br26

    dos por membros ou rgos do Ministrio Pblico da Unio e dos Estados, podendo desconstitu-los, rev-los ou fixar prazo para que se adotem as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, sem prejuzo da competncia dos Tribunais de Contas;

    ESCOLHA DOS MEMBROS

    Art. 49. da competncia exclusiva do Congres-so Nacional: (...)

    XIII escolher dois teros dos membros do Tribunal de Contas da Unio; (...)

    Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repblica: (...)

    XV nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da Unio;

    (...)

    Art. 52. Compete privativamente ao Senado Fe-deral: (...)

    III aprovar previamente, por voto secreto, aps arguio pblica, a escolha de: (...)

    b) Ministros do Tribunal de Contas da Unio indicados pelo Presidente da Repbli-ca; (...)

    JULGAMENTO DE AES CONTRA SEUS MEMBROS E SUAS DECISES

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Fede-ral, precipuamente, a guarda da Constituio, cabendo-lhe:

    I processar e julgar, originariamente: (...)

    c) nas infraes penais comuns e nos cri-mes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, ressalvado o dis-posto no art. 52, I, os membros dos Tribu-nais Superiores, os do Tribunal de Contas da Unio e os chefes de misso diplomtica de carter permanente;

    d) o habeas corpus, sendo paciente qual-quer das pessoas referidas nas alneas ante-riores; o mandado de segurana e o habeas data contra atos do Presidente da Repbli-ca, das Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da Unio, do Procurador-Geral da Repblica e do prprio Supremo Tribunal Federal;

    (...)

    q) o mandado de injuno, quando a elabo-rao da norma regulamentadora for atri-buio do Presidente da Repblica, do Con-gresso Nacional, da Cmara dos Deputados, do Senado Federal, da Mesa de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da Unio, de um dos Tribunais Superiores, ou do prprio Supremo Tribunal Federal;

    Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Jus-tia:

    I processar e julgar, originariamente:

    a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargado-res dos Tribunais de Justia dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Fede-ral, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios e os do Ministrio Pblico da Unio que oficiem perante tribu-nais;

    ESTADOS E MUNICPIOS

    Art. 75. As normas estabelecidas nesta Seo aplicam-se, no que couber, organizao, com-posio e fiscalizao dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Muni-cpios.

    Pargrafo nico. As Constituies estaduais disporo sobre os Tribunais de Contas res-pectivos, que sero integrados por sete con-selheiros.

  • Controle Externo Regras Constitucionais sobre Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 27

    Art. 31. A fiscalizao do Municpio ser exerci-da pelo Poder Legislativo municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo municipal, na forma da lei.

    1 O controle externo da Cmara Muni-cipal ser exercido com o auxlio dos Tribu-nais de Contas dos Estados ou do Municpio ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios, onde houver.

    2 O parecer prvio, emitido pelo rgo competente, sobre as contas que o Prefei-to deve anualmente prestar, s deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal.

    3 As contas dos Municpios ficaro, du-rante sessenta dias, anualmente, disposi-o de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

    4 vedada a criao de tribunais, Conse-lhos ou rgos de contas municipais.

    Art. 33. A lei dispor sobre a organizao admi-nistrativa e judiciria dos Territrios. (...)

    2 As contas do Governo do Territrio sero submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prvio do Tribunal de Contas da Unio.

    (...)

    Art. 235. Nos dez primeiros anos da criao de Estado, sero observadas as seguintes normas bsicas:

    (...)

    III o Tribunal de Contas ter trs membros, nomeados, pelo Governador eleito, dentre brasileiros de comprovada idoneidade e no-trio saber;

    Foram omitidas as disposies do ADCT, por no serem mais aplicveis.

    Observe que o art. 74 trata de sistema de controle interno, tendo sido inserido na seo

    referente Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria, com relevante papel nessa misso. Cabe destacar que uma das finalidades desse sistema apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional, devendo seus responsveis, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dar cincia ao Tribunal de Contas da Unio, sob pena de responsabilidade solidria.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br28

    SLIDES

    SISTEMAS DE CONTROLE

    12

    SISTEMA DE CONTROLE INTERNO Conceito (Poder Executivo federal) Conjunto de unidades, articuladas a partir da Controladoria-Geral da Unio CGU, orientadas para o desempenho das atribuies de controle interno indicadas na Constituio Federal e outros normativos que tratam da questo.

    A LEI N 2068 DE 22 DE DEZEMBRO DE 1993 Ins7tui o Sistema Integrado de Fiscalizao Financeira, Contabilidade e Auditoria do Poder Execu7vo, cujo rgo central a Controladoria-Geral do Municpio do Rio de Janeiro.

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    2

    Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    LOM, Art. 87 - A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional patrimonial do Municpio e das en?dades da administrao direta, indireta e fundacional quanto legalidade, legi?midade, economicidade, razoabilidade aplicao das subvenes e renncias de receitas, ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

  • Controle Externo Regras Constitucionais sobre Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 29

    Art. 70. (...) Pargrafo nico. Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria.

    3

    LOM, Art. 87 (...) Pargrafo nico - Prestar contas qualquer pessoa

  • www.acasadoconcurseiro.com.br30

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete:

    5

    I.- apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio, que dever ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

    II.- julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades insMtudas e manMdas pelo poder pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico;

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete:

    6

    III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer Btulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes insFtudas e manFdas pelo poder pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio;

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

  • Controle Externo Regras Constitucionais sobre Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 31

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete:

    7

    Fiscalizao: IV a VI IV.- realizar, por iniciaDva prpria, da Cmara dos Deputados do Senado Federal, de comisso tcnica ou de inqurito, inspees e auditorias de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, nas unidades administraDvas dos Poderes LegislaDvo, ExecuDvo e Judicirio, e demais enDdades referidas no inciso II;

    V.- fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unio parDcipe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado consDtuDvo;

    LOM: V - acompanhar as contas de empresas estaduais ou federais de que o Municpio par?cipe, de forma direta ou indireta, nos termos do respec?vo estatuto;

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete:

    8

    VI - fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pela Unio, mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Municpio;

    LOM: VI.- fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos transferidos ao Municpio ou por ele repassados mediante convnio, acordo, ajuste ou outro instrumento a ins&tuies pblicas e privadas de qualquer natureza;

    VII.- fiscalizar a execuo de convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres com a Unio e o Estado para a aplicao de programas comuns;

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

  • www.acasadoconcurseiro.com.br32

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete:

    VII.- prestar as informaes solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respecHvas comisses, sobre a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspees realizadas; VIII.- aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanes previstas em lei, que estabelecer, entre outras cominaes, multa proporcional ao dano causado ao errio;

    IX.- assinar prazo para que o rgo ou enHdade adote as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X.- sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso Cmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI.- representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

    LOM: XIII - manter cadastro e arquivo dos contratos de obras, servios e compras firmados pelos rgos municipais e dos laudos e relatrios de aceitao defini

  • Controle Externo Regras Constitucionais sobre Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 33

    Art. 72. A comisso mista permanente a que se refere o art. 166, 1, diante de indcios de despesas no autorizadas, ainda que sob a forma de inves=mentos no programados ou de subsdios no aprovados, poder solicitar autoridade governamental responsvel que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessrios.

    11

    1 No prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a comisso solicitar ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matria, no prazo de trinta dias. 2 Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a comisso, se julgar que o gasto possa causar dano irreparvel ou grave leso economia pblica, propor ao Congresso Nacional sua sustao.

    LOM: Art. 90 - A Comisso de Finanas, Oramento e Fiscalizao Financeira da Cmara Municipal, diante de indcios...

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    Art. 73. O Tribunal de Contas da Unio, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro prprio de pessoal e jurisdio em todo o territrio nacional, exercendo, no que couber, as atribuies previstas no art. 96.

    12

    1 Os Ministros do Tribunal de Contas da Unio sero nomeados dentre brasileiros que saIsfaam os seguintes requisitos: I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; II - idoneidade moral e reputao ilibada; III.- notrios conhecimentos jurdicos, contbeis, econmicos e financeiros ou de administrao pblica; IV.- mais de dez anos de exerccio de funo ou de efeIva aIvidade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

  • www.acasadoconcurseiro.com.br34

    Art. 73. O Tribunal de Contas da Unio, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro prprio de pessoal e jurisdio em todo o territrio nacional, exercendo, no que couber, as atribuies previstas no art. 96. (...)

    VI - um pela Cmara Municipal. 13

    2 Os Ministros do Tribunal de Contas da Unio sero escolhidos: I.- um tero pelo Presidente da Repblica, com aprovao do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministrio Pblico junto ao Tribunal, indicados em lista trplice pelo Tribunal, segundo os critrios de anVguidade e merecimento; II.- dois teros pelo Congresso Nacional.

    LOM: Art. 91, 2 - Os Conselheiros do Tribunal de Contas sero escolhidos, obedecida a seguinte ordem: I.- dois pela Cmara Municipal; II.- um dentre os Procuradores Especiais, escolhido pelo Prefeito, com a aprovao da Cmara Municipal, em lista trplice elaborada pelo Plenrio do Tribunal de Contas do Municpio do Rio de Janeiro; III.- um pelo Prefeito, com aprovao da Cmara Municipal de sua livre escolha; IV - um pela Cmara Municipal; V - um dentre os Auditores SubsKtutos de Conselheiros do Tribunal escolhido pelo Prefeito, com a aprovao da Cmara Municipal, em lista trplice elaborada pelo Plenrio do Tribunal de Contas do Municpio; e

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    Art. 73. O Tribunal de Contas da Unio, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro prprio de pessoal e jurisdio em todo o territrio nacional, exercendo, no que couber, as atribuies previstas no art. 96. (...)

    a"vidade pol"co-par"dria, sob pena de perda do cargo. 14

    3 Os Ministros do Tribunal de Contas da Unio tero as mesmas garanLas, prerrogaLvas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de JusLa, aplicando-se-lhes, quanto aposentadoria e penso, as normas constantes do art. 40. 4 O auditor, quando em subsLtuio a Ministro, ter as mesmas garanLas e impedimentos do Ltular e, quando no exerccio das demais atribuies da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.

    LOM, Art. 92 - Os Conselheiros do Tribunal de Contas, ainda que em disponibilidade, no podero exercer outra funo pblica, nem qualquer profisso remunerada, salvo uma de magistrio, nem receber, a qualquer Jtulo ou pretexto, par"cipao nos processos, bem como dedicar-se a

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

  • Controle Externo Regras Constitucionais sobre Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 35

    Art. 161. Cabe lei complementar: (...) II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critrios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objeCvando promover o equilbrio socioeconmico entre Estados e entre Municpios; [FPE e FPM]

    15

    (...) Pargrafo nico. O Tribunal de Contas da Unio efetuar o clculo das quotas referentes aos fundos de parCcipao a que alude o inciso II.

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    Art. 130. Aos membros do Ministrio Pblico junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposies desta Seo per>nentes a direitos, vedaes e forma de inves>dura.

    16

    Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministrio Pblico compe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da Repblica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admi>da uma reconduo, sendo: (...) II - zelar pela observncia do art. 37 e apreciar, de oScio ou mediante provocao, a legalidade dos atos administra>vos pra>cados por membros ou rgos do Ministrio Pblico da Unio e dos Estados, podendo descons>tu-los, rev-los ou fixar prazo para que se adotem as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, sem prejuzo da competncia dos Tribunais de Contas;

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

  • www.acasadoconcurseiro.com.br36

    Escolha dos membros

    Art. 49. da competncia exclusiva do Congresso Nacional: (...) XIII - escolher dois teros dos membros do Tribunal de Contas da Unio; (...) Art. 52. Compete privaEvamente ao Senado Federal: (...) III - aprovar previamente, por voto secreto, aps arguio pblica, a escolha de: (...) b) Ministros do Tribunal de Contas da Unio indicados pelo Presidente da Repblica; (...)

    LOM, Art. 45 - da competncia exclusiva da Cmara Municipal:: (...) XXIX - aprovar previamente, por voto, aps argio pblica, a escolha de: a)Conselheiros do Tribunal de Contas indicados pelo Prefeito; b)Ptulares de outros cargos que a lei determinar; XXX - escolher cinco [quatro] membros do Tribunal de Contas do Municpio;

    17

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    Escolha dos membros

    18

    Art. 84. Compete priva.vamente ao Presidente da Repblica: (...) XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da Unio; (...)

    LOM, Art. 107 - Compete priva6vamente ao Prefeito: (...) IX - nomear, aps a aprovao pela Cmara Municipal, os Conselheiros do Tribunal de Contas;

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

  • Controle Externo Regras Constitucionais sobre Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 37

    Julgamento de aes contra seus membros e suas decises

    19

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Cons9tuio, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: (...) c)nas infraes penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronu9ca, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da Unio e os chefes de misso diplom9ca de carter permanente; d)o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alneas anteriores; o mandado de segurana e o habeas data contra atos do Presidente da Repblica, das Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da Unio, do Procurador-Geral da Repblica e do prprio Supremo Tribunal Federal; (...) q) o mandado de injuno, quando a elaborao da norma regulamentadora for atribuio do Presidente da Repblica, do Congresso Nacional, da Cmara dos Deputados, do Senado Federal, da Mesa de uma dessas Casas Legisla9vas, do Tribunal de Contas da Unio, de um dos Tribunais Superiores, ou do prprio Supremo Tribunal Federal;

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    Julgamento de aes contra seus membros e suas decises

    20

    Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Jus=a: I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Jus@a dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios e os do Ministrio Pblico da Unio que oficiem perante tribunais;

    LOM, Art. 91. 4 - Os Conselheiros do Tribunal de Contas, nos casos de crimes comuns e nos de responsabilidades, sero processados e julgados pelo Superior Tribunal deJus?a.

    5 - Aplicam-se aos Conselheiros do Tribunal de Contas, no que couber, as disposies rela?vas apurao da responsabilidade de seu Presidente e as respec?vas sanes, assegurada ampla defesa.

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

  • www.acasadoconcurseiro.com.br38

    Estados e municpios

    21

    Art. 31. A fiscalizao do Municpio ser exercida pelo Poder Legisla

  • Controle Externo Regras Constitucionais sobre Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 39

    Autonomia Administrativa e Financeira LOM, Art. 89 - Ao Tribunal de Contas assegurada autonomia administra5va e financeira. 1 - O Tribunal de Contas elaborar a sua proposta oramentria dentro dos limites es5pulados na lei de diretrizes oramentrias. 2 - A proposta, depois de aprovada pelo Plenrio do Tribunal, ser encaminhada ao Prefeito at o dia 15 de agosto, para incluso na proposta oramentria do Municpio.

    23

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    CONSTITUIO ESTADUAL

    24

    Art. 124 - A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial dos Municpios, e de todas as en?dades de sua administrao direta e indireta e fundacional, exercida mediante controle externo da Cmara Municipal e pelos sistemas de controle interno do respec?vo Poder Execu?vo, na forma estabelecida em lei. 1 - O controle externo da Cmara Municipal ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas do Estado, que emi?r parecer prvio sobre as contas do Prefeito. 2 - Somente por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal deixar de prevalecer o parecer prvio, emi?do pelo Tribunal de Contas do Estado, sobre as contas que o Prefeito prestar anualmente. 3 - No Municpio do Rio de Janeiro, o controle externo exercido pela Cmara Municipal, com o auxlio do Tribunal de Contas do Municpio, aplicando-se, no que couber as normas estabelecidas nesta seo, inclusive as relaNvas ao provimento de cargos de Conselheiro e os termos dos 3 e 4 do arNgo 131 desta ConsNtuio. 4 - As contas do Tribunal de Contas do Municpio do Rio de Janeiro sero submeNdas, anualmente, apreciao da Cmara Municipal do Rio de Janeiro.

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

  • www.acasadoconcurseiro.com.br40

    LOM Art. 93 - O Tribunal de Contas prestar suas contas, anualmente, Cmara Municipal, no prazo de sessenta dias da abertura da sesso legislaAva. Art. 94 - A Procuradoria Especial, criada pela Lei n 183, de 23 de outubro de 1980, integra a estrutura do Tribunal de Contas, asseguradas aos seus Procuradores independncia de ao e plena autonomia funcional . 1 - Os Procuradores da Procuradoria Especial tero os mesmos vencimentos, direitos e vantagens dos Procuradores de Primeira Categoria da Procuradoria Geral do Municpio, excludas as decorrentes de encargos especficos, como a graAficao de incenAvo pela cobrana da dvida aAva do Municpio. 2 - A Lei Orgnica do Tribunal de Contas do Municpio dispor sobre a organizao e o funcionamento de sua Procuradoria Especial.

    25

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    LOM Art. 95 - Alm das atribuies definidas no art. 88, compete ao Tribunal de Contas: I.- eleger seus rgos direCvos: II.- elaborar seu regimento interno, com observncia das normas de processo e das garanCas processuais das partes, dispondo sobre a competncia e o funcionamento de seus rgos internos; III.- organizar suas secretarias e servios auxiliares, zelando pelo exerccio da aCvidade correcional; IV.- propor Cmara Municipal projetos de lei sobre organizao, funcionamento, polcia, criao, transformao ou exCno dos cargos, empregos e funes de seus servios e fixao da respecCva remunerao, observados parmetros estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias; V.- conceder licena, frias, aposentadoria e outros afastamentos a servidores que lhe forem imediatamente vinculados; VI.- prover, por concurso pblico de provas ou de provas e Ttulos, os cargos de seus servios auxiliares, excetuados os de confiana assim definidos em lei.

    26

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

  • Controle Externo Regras Constitucionais sobre Controle Externo Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 41

    1 - A exposio das contas ser feita em dependncia da Cmara Municipal em horrio a ser estabelecido pela Comisso de Finanas, Oramento e Fiscalizao Financeira, que designar um planto para, se solicitado, prestar informaces aos interessados. 2 - Caber Comisso mencionada receber eventuais peKes apresentadas durante o perodo de exposio pblica das contas e, encerrado este, encaminh-las com expediente formal ao Presidente da Cmara Municipal, para cincia dos Vereadores e do Tribunal de Contas. 3 - A Comisso dar recibo das peKes acolhidas e informar aos peKcionrios as providncias encaminhadas e de seus resultados. 4 - At quarenta e oito horas antes da exposio das contas, a Mesa Diretora far publicar na imprensa diria edital em que noKficar os cidados do local, horrio e dependncia em que podero ser vistas. 5 - Do edital constar meno suscinta a estas disposies da Lei Orgnica e seus objeKvos. 27

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    LOM Art. 97 - As contas do Municpio ficaro, durante sessenta dias, anualmente, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder quesKonar sua legiKmidade, nos termos da lei. (O art. 49 da LRF - Lei Complementar n 101/2000 - determina que a exposio das Contas ocorra durante todo o exerccio, para consulta e apreciao pelos cidados e insEtuies da sociedade.)

    LOM Art. 98 - O Municpio divulgar, at o l;mo dia do ms subseqente ao da arrecadao, o montante de cada um dos tributos arrecadados e a arrecadar, os recursos recebidos e a receber e a evoluo da remunerao real dos servidores. 1 - Na divulgao mencionada neste ar;go, todas as receitas sero classificadas segundo a natureza, origem ou mo;vao. 2 - Cons;tui falta grave da autoridade do Tesouro Municipal a incluso de valores com a meno receita a classificar ou eufemismo que disfarce o descumprimento do disposto no pargrafo anterior. 3 - O Poder Execu;vo providenciar a publicao, at trinta dias aps o encerramento de cada bimestre, de relatrio resumido da execuo oramentria.

    28

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

  • www.acasadoconcurseiro.com.br42

    Assistente Contr. Ext. (FCC TCE-AM/2008)

    29

    A Cons9tuio do Estado do Amazonas estabelece que o Tribunal de Contas dever encaminhar Assembleia Legisla9va o relatrio de suas a9vidades a)mensalmente e trimestralmente. b)semestralmente e anualmente. c)trimestralmente e anualmente. d)mensalmente e anualmente. e)mensalmente e semestralmente.

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    Tcnico (FEPESE TCE-SC/2014)

    30

    Assinale a alterna=va correta quanto s regras cons=tucionais sobre controle externo: Fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial. a) permi=da a criao de Tribunais, Conselhos ou rgos de Contas Municipais. b)A fiscalizao do Estado ser exercida pelo Poder Legisla=vo Federal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Execu=vo Estadual. c)As contas dos Municpios ficaro, durante noventa dias, anualmente, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder ques=onar-lhes a legi=midade, nos termos da lei. d)A fiscalizao do Municpio ser exercida pelo Poder Legisla=vo Municipal, mediante controle interno, e pelos sistemas de controle interno do Poder Execu=vo Federal, na forma da lei. e)A fiscalizao do Municpio ser exercida pelo Poder Legisla=vo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Execu=vo Municipal, na forma da lei.

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

  • www.acasadoconcurseiro.com.br 43

    Controle Externo

    FUNES, NATUREZA JURDICA, JURISDIO E CAPACIDADE NORMATIVA

    NATUREZA JURDICA E FUNES DOS TRIBUNAIS DE CONTAS

    O fato de o TCU ser tratado, na Constituio, dentro do captulo dedicado ao Poder Legislativo e ser mencionado como auxiliar do Congresso no exerccio do controle externo gera alguma discusso sobre a natureza jurdica dos tribunais de contas.

    A maioria, e as maiores, bancas examinadoras de concursos entende que os tribunais de contas so rgos independentes e autnomos. O auxlio prestado pelo tribunal de contas ao Poder Legislativo no significa subordinao.

    A independncia e a autonomia dos TC provm da Constituio, que atribui ao Tribunal de Contas da Unio competncias prprias e privativas, bem como por poder o TCU agir por iniciativa prpria, por possuir oramento prprio, entre outras competncias e atribuies.

    Ressalte-se o art. 96 da CF, que estatui atribuies relativas auto-organizao do Poder Judicirio, as quais so estendidas, no que couber, aos TC pelo art. 73 da CF.

    O Supremo Tribunal Federal j se posicionou de forma muito clara sobre o tema: o Tribunal de Contas da Unio no preposto do Legislativo. A funo que exerce recebe diretamente da Constituio Federal, que lhe define as atribuies.

    Ento, temos as seguintes definies, comumente cobradas pelas bancas:

    Os TC POSSUEM NATUREZA JURDICA ADMINISTRATIVA, com INDEPENDNCIA e AUTONOMIA.

    A NATUREZA JURDICA DAS DECISES DOS TRIBUNAIS DE CONTAS ADMINISTRATIVA.

    Os TC NO POSSUEM PERSONALIDADE JURDICA (no so pessoas jurdicas, agem em nome do ente no qual esto inseridos Unio, Estado ou Municpio).

    Os TC POSSUEM CAPACIDADE PROCESSUAL OU POSTULATRIA, ou seja, podem, em algumas situaes, figurar no polo passivo ou ativo em juzo. Esse atributo tambm pode ser chamado de Personalidade Judiciria. No confundir com personalidade jurdica.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br44

    FUNES DOS TRIBUNAIS DE CONTAS

    Fiscalizadora fiscaliza a atividade dos administradores pblicos;

    Consultiva responde a consultas de determinadas autoridades;

    Informativa informa ao Congresso Nacional, quando solicitado, o andamento de trabalhos executados;

    Judicante julga as contas de gesto dos administradores pblicos;

    Pedaggica orienta os gestores acerca da forma correta de aplicao da lei ou sobre oportunidades de melhoria;

    Corretiva assina prazo para a correo de irregularidades;

    Normativa edita normas em matria de sua competncia;

    Sancionadora aplica sano aos gestores;

    Ouvidoria recebe e trata reclamaes da populao contra sua prpria atuao contra os jurisdicionados.

    JURISDIO DO TRIBUNAL DE CONTAS

    Jurisdio (JURIS + DICO) significa dizer o direito. H polmica sobre a aplicabilidade da expresso ao TCU, j que alguns doutrinadores entendem que somente o Poder Judicirio possui jurisdio.

    O fato que a prpria Constituio Federal menciona a jurisdio do Tribunal de Contas da Unio, a qual tratada tanto na LOTCU como no RITCU. Como sabemos, isso vale tambm para os tribunais de contas estaduais e municipais. Vejamos:

    Constituio Federal

    Art. 73. O Tribunal de Contas da Unio, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro prprio de pessoal e jurisdio em todo o territrio nacional, exercendo, no que couber, as atribuies previstas no art. 96.

    (...)

    LOTCU

    Art. 4 O Tribunal de Contas da Unio tem jurisdio prpria e privativa, em todo o territrio nacional, sobre as pessoas e matrias sujeitas sua competncia.

    Art. 5 A jurisdio do Tribunal abrange:

  • Controle Externo Funes, Natureza Jurdica, Jurisdio e Capacidade Normativa Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 45

    I qualquer pessoa fsica, rgo ou entidade a que se refere o inciso I do art. 1 desta Lei, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta assuma obrigaes de natureza pecuniria;

    II aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao Errio;

    III os dirigentes ou liquidantes das empresas encampadas ou sob interveno ou que de qualquer modo venham a integrar, provisria ou permanentemente, o patrimnio da Unio ou de outra entidade pblica federal;

    IV os responsveis pelas contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unio participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo.

    V os responsveis por entidades dotadas de personalidade jurdica de direito privado que recebam contribuies parafiscais e prestem servio de interesse pblico ou social;

    VI todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos sua fiscalizao por expressa disposio de lei;

    VII os responsveis pela aplicao de quaisquer recursos repassados pela Unio, mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Municpio;

    VIII os sucessores dos administradores e responsveis a que se refere este artigo, at o limite do valor do patrimnio transferido, nos termos do inciso XLV do art. 5 da Constituio Federal;

    IX os representantes da Unio ou do Poder Pblico na assemblia geral das empresas estatais e sociedades annimas de cujo capital a Unio ou o Poder Pblico participem, solidariamente, com os membros dos conselhos fiscal e de administrao, pela prtica de atos de gesto ruinosa ou liberalidade custa das respectivas sociedades.

    No RITCU: arts. 4 e 5.

    CASOS ESPECIAIS

    DF: o Tribunal de Contas da Unio tem competncia para fiscalizar a Polcia Militar e o Corpo de Bombeiros do DF, servios custeados pela Unio.

    DF e Territrios: o Tribunal de Contas da Unio tem competncia para fiscalizar o Poder Judicirio, o Ministrio Pblico e a Defensoria Pblica, por disposio constitucional.

    Empresas pblicas e sociedades de economia mista: no obstante possuam personalidade de direito privado e seus bens no sejam pblicos, submetem-se a fiscalizao e processo de tomada de contas especial (entendimento mais recente do Supremo Tribunal Federal, MS 25.092/DF).

    Conselhos de fiscalizao profissional: tm natureza jurdica de Autarquias; so criadas por lei, com personalidade jurdica de direito pblico com autonomia administrativa e financeira; exercem a atividade tipicamente pblica; os recursos por eles cobrados possuem natureza parafiscal; tm o dever de prestar contas ao Tribunal de Contas da Unio.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br46

    Ordem dos Advogados do Brasil: constitui exceo regra anterior. Por deciso do Supremo Tribunal Federal, ratificada pelo Tribunal de Contas da Unio, no se encontra na jurisdio do TCU.

    No seu poder regulamentador, os tribunais podem dispensar alguns rgos e entidades de prestarem contas anuais em determinado perodo ou de forma permanente. Isso no retira sua jurisdio sobre essas unidades e seus gestores, podendo eles serem fiscalizados pelo Tribunal a qualquer tempo.

  • Controle Externo Funes, Natureza Jurdica, Jurisdio e Capacidade Normativa Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 47

    SLIDES

    Tcnico (FEPESE TCE-SC/2014)

    30

    Assinale a alterna=va correta quanto s regras cons=tucionais sobre controle externo: Fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial. a) permi=da a criao de Tribunais, Conselhos ou rgos de Contas Municipais. b)A fiscalizao do Estado ser exercida pelo Poder Legisla=vo Federal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Execu=vo Estadual. c)As contas dos Municpios ficaro, durante noventa dias, anualmente, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder ques=onar-lhes a legi=midade, nos termos da lei. d)A fiscalizao do Municpio ser exercida pelo Poder Legisla=vo Municipal, mediante controle interno, e pelos sistemas de controle interno do Poder Execu=vo Federal, na forma da lei. e)A fiscalizao do Municpio ser exercida pelo Poder Legisla=vo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Execu=vo Municipal, na forma da lei.

    REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE CONTROLE EXTERNO

    NATUREZA JURDICA E FUNES DOS TRIBUNAIS DE CONTAS

    FUNES DOS TRIBUNAIS DE CONTAS

    Fiscalizadora - fiscaliza a a9vidade dos administradores pblicos; Consul@va responde a consultas de determinadas autoridades; Informa@va - informa ao Congresso Nacional, quando solicitado, o andamento de trabalhos executados; Judicante - julga as contas de gesto dos administradores pblicos; Pedaggica - orienta os gestores acerca da forma correta de aplicao da lei ou sobre oportunidades de melhoria; Corre@va - assina prazo para a correo de irregularidades; Norma@va - edita normas em matria de sua competncia; Sancionadora - aplica sano aos gestores; Ouvidoria recebe e trata reclamaes da populao contra sua prpria atuao contra os jurisdicionados.

    2

  • www.acasadoconcurseiro.com.br48

    JURISDIO

    juris (direito) + dicere (dizer)

    Dizer o direito: poder que detm o Estado para aplicar o direito ao caso concreto

    3

    JURISDIO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO

    CF Art. 73. O Tribunal de Contas da Unio, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro prprio de pessoal e jurisdio em todo o territrio nacional, exercendo, no que couber, as atribuies previstas no art. 96. (...)

    4

  • Controle Externo Funes, Natureza Jurdica, Jurisdio e Capacidade Normativa Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 49

    JURISDIO DO TCM-RJ

    LOTCM Art. 5 - O Tribunal de Contas tem jurisdio prpria e priva9va, em todo o territrio Municipal, sobre as pessoas e matrias sujeitas sua competncia.

    Art. 6 - A jurisdio do Tribunal abrange:

    I.- qualquer pessoa Fsica, rgo ou en9dade a que se refere o inciso II, do art. 3, que u9lize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos, ou pelos quais o Municpio responda, ou que, em nome deste, assuma obrigaes de natureza pecuniria;

    II.- aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao errio;

    III.- os dirigentes ou liquidantes de empresas encampadas ou sob interveno do Municpio, ou que, de qualquer modo, venham a integrar, provisria ou permanentemente, o patrimnio do Municpio ou de outra en9dade pblica municipal;

    IV.- todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos sua fiscalizao por expressa disposio de lei; 5

    JURISDIO DO TCM-RJ

    LOTCM Art. 6 - A jurisdio do Tribunal abrange: (...)

    V.- os responsveis pela aplicao de quaisquer recursos repassados pelo Municpio, mediante convnio, acordo, ajuste ou instrumentos similares;

    VI.- os responsveis pela aplicao dos recursos tributrios arrecadados pela Unio e pelo Estado, entregues ao Municpio nos termos dos arts. 158 e 159 da ConsMtuio Federal, e dos recursos de outra natureza, exceto dos repassados pela Unio e pelo Estado ao Municpio, mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, consoante o disposto no art. 71, VI, da ConsMtuio Federal;

    VII.- os responsveis pela aplicao de adiantamento e de suprimento de fundos, quando as respecMvas contas forem impugnadas pelo ordenador da despesa;

    VIII.- os responsveis pela administrao da dvida pblica; 6

  • www.acasadoconcurseiro.com.br50

    JURISDIO DO TCM-RJ

    LOTCM Art. 6 - A jurisdio do Tribunal abrange: (...) IX.- os administradores de en

  • Controle Externo Funes, Natureza Jurdica, Jurisdio e Capacidade Normativa Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 51

    O Tribunal de Contas da Unio tem a natureza jurdica de um rgo (ESAF ACE/2002)

    a) legislaCvo b) judicante c)administraCvo d)essencial funo judicante e)essencial funo legislaCva

    9

    Tcnico (FEPESE MP TCE-SC/2014)

    Os Tribunais de Contas so rgos de controle externo, compete, nos termos da ConsGtuio Federal e na forma estabelecida em Leis Orgnicas suas funes, natureza jurdica e eficcia em suas decises. Em relao ao assunto, assinale a alternaGva correta. a)Os Tribunais fiscalizam somente os recursos ordinrios sob suas jurisdies. b)Cabe ao Tribunal de Contas aprovar as contas prestadas mensalmente pelo Presidente da Repblica e pelos Governadores. c)Para assegurar a eficcia do controle e para instruir o julgamento das contas, o Tribunal de Contas efetuar a fiscalizao dos atos, de que resulte receita ou despesa, praGcados pelos responsveis sujeitos sua jurisdio. d)No julgamento de contas, e na fiscalizao que lhe compete, no cabe ao Tribunal decidir sobre a legalidade, a legiGmidade e a economicidade dos atos de gesto e das despesas deles decorrentes, bem como sobre a aplicao de subvenes e a renncia de receitas. Trata-se de competncia exclusiva do Poder Judicirio. e)Os Tribunais de Contas tm jurisdio prpria e privaGva, em todo o territrio nacional, sobre as pessoas e matrias sujeitas competncia da Unio.

    10

  • www.acasadoconcurseiro.com.br52

    CAPACIDADE NORMATIVA (PODER REGULAMENTAR) Cons&tuio Federal Art. 73. O Tribunal de Contas da Unio, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro prprio de pessoal e jurisdio em todo o territrio nacional, exercendo, no que couber, as atribuies previstas no art. 96. Art. 96. Compete priva&vamente: I - aos tribunais: a) eleger seus rgos dire&vos e elaborar seus regimentos internos, com observncia das normas de processo e das garan&as processuais das partes, dispondo sobre a competncia e o funcionamento dos respec&vos rgos jurisdicionais e administra&vos;

    CAPACIDADE NORMATIVA (PODER REGULAMENTAR)

    LO Municpio Art. 95 - Alm das atribuies definidas no art. 88, compete ao Tribunal de Contas: I - eleger seus rgos direCvos: II.- elaborar seu regimento interno, com observncia das normas de processo e das garanCas processuais das partes, dispondo sobre a competncia e o funcionamento de seus rgos internos ; III.- organizar suas secretarias e servios auxiliares, zelando pelo exerccio da aCvidade correcional; (...)

  • Controle Externo Funes, Natureza Jurdica, Jurisdio e Capacidade Normativa Prof. Osvaldo Perrout

    www.acasadoconcurseiro.com.br 53

    CAPACIDADE NORMATIVA (PODER REGULAMENTAR)

    LOTCM, Art. 3 - Ao Tribunal de Contas do Municpio do Rio de Janeiro, rgo cons;tucional de controle externo, no exerccio da fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, compete: XX - expedir atos e instrues norma;vas sobre aplicao de leis per;nentes s matrias de suas atribuies e organizao dos processos que lhe devam ser subme;dos, obrigando o seu cumprimento, sob pena de responsabilidade; XIV - decidir sobre consulta que lhe seja formulada pelos ;tulares dos Poderes, ou por outras autoridades, na forma estabelecida no Regimento Interno ou em norma especfica, a respeito de dvida suscitada na aplicao de disposi;vos legais e regulamentares concernentes matria de sua competncia, tendo a resposta consulta carter norma;vo e cons;tuindo prejulgamento da tese, mas no do fato ou caso concreto;

  • www.acasadoconcurseiro.com.br 55

    Controle Externo

    EFICCIA DAS DECISES, REVISO DAS DECISES PELO PODER JUDICIRIO, CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE E OS TRIBUNAIS DE CONTAS

    TRIBUNAIS DE CONTAS: EFICCIA DAS DECISES

    Condenao em dbito

    Art. 71 da CF:

    3 As decises do Tribunal de que resulte imputao de dbito ou multa tero eficcia de ttulo executivo.

    Ttulo executivo o documento pronto para ser usado em processo de execuo da dvida. Assim, quando o Tribunal julga as contas de um responsvel, condenando-o ao pagamento de dbito ou multa, no h necessidade de qualquer providncia no mbito do Poder Judicirio para reconhecimento da dvida, podendo ser dado incio diretamente ao processo de execuo contra o responsvel. Tambm no h necessidade de inscrio em dvida ativa.

    Importante ressaltar que os tribunais de contas no possuem competncia para executar seus ttulos, como fica claro da deciso do STF a seguir:

    Tribunal de Contas do Estado de Sergipe. Competncia para executar suas prprias decises: impossibilidade. Norma permissiva contida na Carta estadual. Inconstitucionalidade. As decises das Cortes de Contas que impem condenao patrimonial aos responsveis por irregularidades no uso de bens pblicos tm eficcia de ttulo executivo (CF, art. 71, 3). No podem, contudo, ser executadas por iniciativa do prprio Tribunal de Contas, seja diretamente ou por meio do Ministrio Pblico, que atua perante ele. Ausncia de titularidade, legitimidade e interesse imediato e concreto. A ao de cobrana somente pode ser proposta pelo ente pblico beneficirio da condenao imposta pelo Tribunal de Contas, por intermdio de seus procuradores que atuam junto ao rgo jurisdicional competente. Norma inserida na Constituio do Estado de Sergipe, que permite ao Tribunal de Contas local executar suas prprias decises (CE, art. 68, XI). Competncia no contemplada no modelo federal. Declarao de inconstitucionalidade, incidenter tantum, por violao ao princpio da simetria (CF, art. 75). (RE 223.037)

    Importante destacar que a eficcia de ttulo executivo recai sobre as decises em que no caibam mais recursos, ou seja, que tenham transitado em julgado, como afirma o art. 178 do RITCM-RJ:

  • www.acasadoconcurseiro.com.br56

    Art. 178. A deciso do Tribunal, de que no caiba mais recurso e resulte imputao de dbito ou cominao de multa, torna a dvida lquida e certa e tem eficcia de ttulo executivo.

    Observar, tambm, que os tribunais de contas no possuem competncia para executar seus ttulos, conforme j decidiu o STF (RE 223.037)

    Alm da condenao em dbito, que, como vimos acima, constitui ttulo executivo extrajudicial, h outras decises possveis de serem adotadas pelo TCM ao julgar ou apreciar processo, dentre as quais destacamos a determinao e a recomendao.

    Descumprimento de deciso

    As determinaes do Tribunal so de cumprimento obrigatrio, sob pena de aplicao de multa. O art. 3 da LEI N 3.714/2003 estabelece que o Tribunal poder aplicar multa aos responsveis por:

    no atendimento, no prazo fixado, sem causa justificada, a diligncia do Relator ou a deciso do Tribunal;

    reincidncia no descumprimento de deciso do Tribunal.

    REVISO DAS DECISES DO TRIBUNAL DE CONTAS PELO PODER JUDICIRIO

    Vimos na seo referente natureza das decises do TCU que elas so administrativas. Todas as decises administrativas podem ser revistas pelo Judicirio, o que no