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    Gilberto Luiz Pozetti - 1

    FFFIIITTTOOOTTTEEERRRAAAPPPIIIAAA

    O homem, desde o seu aparecimento sobre a face da terra, foi sem-

    pre atingido por inmeras doenas e, desde ento, por todos os meios, procurou

    livrar-se dos males que o afligiam. Uma das maneiras encontradas por ele foi o

    de lanar mo, aleatoriamente, daquilo que o cercava em abundncia, ou seja,

    dos vegetais, utilizando-os, a princpio, empiricamente, errando muitas vezes,

    com o sacrifcio da prpria vida, acertando outras tantas, com a recuperao da

    prpria vida! Hoje tambm nos valemos dos vegetais buscando preservar a nos-

    sa sade, mas o fazemos em grande parte, de modo racional e cientfico. E o uso

    que se d atualmente aos vegetais, dias aps dia, num renascimento vigoroso dafitoterapia, provocado, principalmente, pelos efeitos secundrios decorrentes

    do uso indiscriminado, abusivo mesmo, de antibiticos, quimioterpicos, cortici-

    des, analgsicos e outros tipos de medicamentos.

    As citaes sobre o emprego dos vegetais pelo homem na procura

    incessante de curar seus males, ou de preveni-los, se perde no tempo. At mes-

    mo na Bblia encontram-se referncias de que para toda doena que atinge o

    homem h sempre um vegetal capaz de debel-la. evidente que o reino vege-

    tal no foi criado apenas com fins estticos! A sua criao tem sentido mais pro-

    fundo; ela visou, sobretudo, dar aos animais meios e condies de sobreviverem!

    Face doena e, para lutar contra ela, o homem tem, efetivamente,

    se valido dos vegetais. As propriedades que ele conseguiu apreender em relao

    s plantas foram ento sendo acumuladas ao longo dos sculos e dos milnios. A

    cincia que trata do emprego dos vegetais como medicamento, a fitoterapia, no

    nova, ela, provavelmente, existe desde o momento que o primeiro homem foi

    atingido pela primeira doena.Dados sobre o emprego dos vegetais como medicamento so encon-

    trados em coletneas e tratados elaborados por diferentes povos. H cerca de

    2000 anos antes de Cristo, o legendrio imperador chins Shen-Nung, conside-

    rado o fundador e o patrono da farmcia chinesa, escreveu o "Pen-t'sao", a ma-

    tria mdica chinesa, onde relacionava e descrevia as drogas de origem vegetal

    que, segundo consta, teria experimentado em si prprio ou nos seus sditos. No

    Egito, 1500 anos antes de Cristo, muitas profisses eram praticadas pelos sacer-

    dotes nos templos, entre elas aquelas que hoje poderamos comparar com as

    profisses farmacutica e mdica. E os conhecimentos adquiridos pelos mesmos

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    a respeito das drogas, sua ao, modo de emprego e indicaes foram preserva-

    dos em documentos como o Papirus de Ebers. Theophrastus, botnico grego,

    350 anos de Cristo, sistematizou o conhecimento sobre plantas, descreveu suas

    propriedades medicinais, preparao e usos, reunindo esses dados no seu "Tra-

    tado dos Odores". Cato, o Antigo (234-149 anos antes de Cristo), mencionou

    120 plantas medicinais em sua obra "De Re Rustica". Galeno (131-201 de nossa

    era) recolheu e relacionou os conhecimentos de sua poca, incluindo cerca de

    473 diferentes produtos de origem vegetal.

    Na Idade Mdia, Oribase, mdico grego, tambm coletou inmeros

    dados e Avicena (980-1037) escreveu o "Canon da Medicina".

    Entre os sculos XVII e XVIII, o farmacutico francs Nicole Lmery,

    (1645-1715) dedicou-se particularmente aos extratos vegetais, citando no seu"Dicionrio de Drogas Simples" todos os vegetais utilizados com fins medicamen-

    tosos em sua poca. No sculo XIX foram descobertos, ento, os primeiros

    princpios ativos das plantas, os alcalides, graas aos trabalhos de farmacuti-

    cos como Pelletier, Caventou e Setrner. Antes deles, Scheele, farmacutico sue-

    co, j havia isolado e identificado vrias substncias e inclusive sintetizado a

    glicerina a partir do azeite de oliva.

    No h como negar a importncia dos vegetais na vida do homem

    quer sob o ponto de vista da economia humana, como um todo, quer sob o pon-

    to de vista da sade do homem, como parte da mesma economia que o envolve

    e com a qual estabelece interdependncia. Esta interdependncia no algo no-

    vo, no algo que existe apenas nos dias atuais, ela vem de longe, por certo

    desde os primeiros passos do homem sobre a terra. J no ano de 1600 antes de

    Cristo, os egpcios empregavam muitas centenas de drogas vegetais e o uso de

    tais drogas no cessou ao longo dos sculos; houve apenas algumas variaes

    relativas a acrscimos ou supresses na imensa lista de plantas que o homem

    vem empregando.

    A despeito de outros aspectos que envolvam ou possam envolver os

    vegetais, aquele que nos diz mais de perto, justamente por nossa formao far-

    macutica, a importncia dos mesmos na preservao ou na recuperao da

    sade do homem. O emprego dos vegetais com tal finalidade, no importa o tipo

    de teraputica empregada, aloptica ou homeoptica, reconhecido quer pelo

    povo, quer por organismos voltados para a pesquisa e para a higidez humana,como a Organizao Mundial de Sade. Relativamente aceitao pelo leigo da

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    validade do emprego de drogas vegetais, poderamos citar o provrbio espanhol:

    "Com um jardim e um poo tem-se remdios para toda uma cidade" o qual refle-

    te bem o que sucede em todo o mundo, entre os povos menos desenvolvidos,

    entre os nativos de diferentes regies, e mesmo entre aquelas naes ditas de-

    senvolvidas.

    Observa-se no momento atual, em que tantos medicamentos de sn-

    tese so empregados, sendo quase sempre acompanhados de inmeras contra-

    indicaes e de efeitos secundrios e indesejveis e de falsificaes mil, que as

    autoridades sanitrias e organismos internacionais diretamente ligados preser-

    vao da sade humana preocupam-se com a retomada do emprego dos vege-

    tais como fontes de medicamentos, mas uma retomada em bases cientficas e

    no apenas em bases folclricas. PHILLIPSON afirma que dados referentes a me-dicamentos dispensados nos Estados Unidos da Amrica no ano de 1973 eviden-

    ciam que cerca de 41,2% deles contm produtos naturais. Levantamentos reali-

    zados por BEZANGER-BEAUQESNE, PINKAS e TORCK, farmacuticos franceses,

    demonstram a importncia que dada em inmeros pases ao emprego de medi-

    camentos de origem vegetal. Os autores destacam a importncia dos vegetais

    como medicamentos no somente na teraputica humana, aloptica ou homeo-

    ptica, mas chamam tambm a ateno para o seu emprego em veterinria e na

    chamada parafarmcia, mencionando a utilizao na Frana de 330 plantas ou

    princpios vegetais em formulaes destinadas dermofarmcia (dermatolgica e

    cosmtica).

    Mas, se o emprego de drogas de origem vegetal bastante signifi-

    cativo nos dias atuais, devemos lembrar que dentre as 250.000 a 500.000 esp-

    cies de plantas superiores existentes no globo terrestre, apenas cerca de 5 a

    10% foram investigadas farmacologicamente, significando que muitas substn-

    cias naturais esto por ser extradas, isoladas, estudadas qumica e farmacologi-

    camente, sendo possvel que se encontrem novos e inmeros medicamentos com

    atividades as mais diversas, em futuro no muito distante.

    Entre os pases considerados ricos como fonte e reserva de drogas

    de origem vegetal, encontra-se o Brasil, estimando-se em cerca de 120 mil o

    nmero delas em nosso pas. Muitos levantamentos regionais tem sido feitos so-

    bre os vegetais nativos e seus respectivos empregos pela populao, buscando

    indicadores para a pesquisa cientfica de novos medicamentos. H ainda inme-ros trabalhos de farmacuticos, qumicos e outros profissionais voltados para a

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    nal, transmitido ao longo dos sculos. Muitas delas se mostraram mais eficazes

    do que inmeros medicamentos empregados no Ocidente. Os estudos chineses

    concentraram-se em plantas que permitem prevenir e tratar doenas crnicas,

    como a bronquite que atinge de 3 a 4% da populao de certas regies ao norte

    daquele pas. Segundo estudos ali realizados, uma planta, o Muching (Vitex

    negundo), extremamente eficaz apresentando resultados positivos da ordem

    de 60% em relao a 2.000 pacientes portadores de bronquite e tratados com o

    citado vegetal. Outra pesquisa realizada na China revelou que o leo de algodo

    contm um princpio ativo, gossipol, que age como contraceptivo masculino oral;

    a sua ao comea a ser efetiva quatro a cinco semanas aps serem ministradas

    doses orais dirias. Os pesquisadores notaram que homens que consumiam leo

    de algodo cru apresentavam-se estreis, da o estudo do mesmo at chegar-seao gossipol que demonstrou, em 8 mil casos, positividade de 99%. A esterilidade

    obtida com o gossipol reversvel ao trmino do tratamento. O que est impe-

    dindo o seu pleno uso, por enquanto, so os efeitos secundrios que provoca,

    tais como: astenia nos primeiros dias do tratamento (12,8%), sintomas digesti-

    vos (5,1%) e perda da libido (8%). As pesquisas prosseguem no sentido de se

    obter derivado do gossipol procurando minimizar ou mesmo eliminar tais efeitos

    indesejveis. Por outro lado, o estudo de algumas centenas de ervas utilizadas

    na Bulgria demonstrou que 40 delas so hipotensoras, 10 eliminam os espas-

    mos intestinais e cerca de 50 tem ao vermicida.

    Na Nigria, foi isolado o acido xilpico de acentuada atividade contra

    germes responsveis por muitas infees, como Staphylococcus aureuse a mo-

    nilia (Candida albicans). Essa substncia foi isolada de uma planta, a Xylopia

    althiopica, de uso popular. De outra planta nigeriana isolou-se um composto de

    ao antileucmica e antibacteriana, a funiferina.

    Na Frana, um grupo de farmacuticos isolou alcalides de certas

    plantas, alcalides esses que inibem a mitose ou diviso celular, criando espe-

    ranas de que se possa combater a diviso acelerada e desordenada das clulas,

    com possvel aplicao no tratamento de determinados tipos de cncer.

    A ento Unio Sovitica, hoje dividida em diversos pases, por sua

    vez tambm voltou sua ateno sobre o uso emprico de drogas de origem vege-

    tal, criando o Instituto de Pesquisas sobre Plantas Medicinais. Em seus laborat-

    rios j haviam sido pesquisadas mais de 6 mil espcies vegetais tendo sido sele-cionadas, mediante estudos qumico-farmacuticos, mais de 100 plantas com

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    atividade medicamentosa efetiva, das quais foram isoladas e identificadas 300

    substncias diferentes. A partir dessas plantas, farmacuticos russos desenvol-

    veram e aperfeioaram mais de 80 preparados teraputicos os quais foram sub-

    metidos a provas clnicas e hoje so amplamente utilizados como agentes tera-

    puticos. Podemos citar como exemplo, a lutenenina, substncia antibitica iso-

    lada do nenufar amarelo, ou ainda a diosponina, extrada do inhame caucasico.

    Nos Estados Unidos, farmacuticos do Departamento de Farmacog-

    nosia e Farmacologia da Faculdade de Farmcia da Universidade de Illinois, e

    ainda colegas de outras universidades americanas fizeram a triagem de milhares

    de plantas, encontrando centenas de substncias que podem ser consideradas

    como anticancergenas em caso de leucemia, carcinomas, tumores do nasofarin-

    ge, etc. Estes estudos foram realizados "in vitro" e "in vivo", empregando, res-pectivamente, clulas e animais de laboratrio e os mesmos prosseguem com a

    finalidade de eliminar alguns efeitos indesejveis dessas drogas. O Departament

    of Health, Education, and Welfare, daquele pas, realiza atravs do National Insti-

    tutes of Health de Bethesda, a triagem de plantas originrias de todo o mundo,

    procurando, justamente, encontrar espcies anticancergenas.

    Na Itlia trabalha-se, entre outras coisas, com plantas alcalidicas

    (principalmente da famlia das Apocynaceas e originrias do Brasil), na pesquisa

    de substncias anticancergenas, considerando que a tal famlia que pertence a

    Catharanthus roseus G. Don, fonte da vincaleucoblastina (Vimblastina) e da

    leucocristina (Vincristina), anticancergenos, e tambm a Vinca minor (L.), de

    onde se extrai a vincamina, hipotensor.

    Na ndia, h grande nmero de pesquisadores desenvolvendo traba-

    lhos na rea da fitoqumica, da fitoterapia, pesquisando hipotensores, anticance-

    rgenos, hipoglicemiantes, tendo neste ltimo caso, sido obtidos resultados inte-

    ressantes em casos de diabetes juvenil.

    No Japo, esto sendo feitas revises de praticamente todos os es-

    tudos efetuados at cerca de 1940 e sendo pesquisadas outras plantas nativas

    do Brasil e de outros pases subdesenvolvidos. Como exemplo, podemos citar os

    trabalhos que vem sendo desenvolvidos h muitos anos com a Stevia rebaudiana

    (Bert.) Bertoni, substituto da sacarose, hipoglicemiante, anovulatrio, etc., e que

    naquele pas tem largo emprego.

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    Inmeros outros pases concentram a sua ateno no desenvolvi-

    mento de pesquisas ligadas fitoqumica e fitoterapia, como Mxico, Canad,

    Inglaterra, frica do Sul, Iugoslvia, e outros.

    Em muitos pases o emprego dos vegetais na teraputica foi estimu-

    lado pelos seus governantes. Citamos, como exemplo, a China, onde Mao Tse

    Tung criou grupos de estudos justamente para avaliar as plantas empregadas

    pela chamada Medicina Chinesa, tipo de teraputica que houvera sido proibida

    por decreto imperial, logo aps a "Guerra do pio", em decorrncia da presso

    ocidental, principalmente inglesa. Consta que o interesse de Mao Tse Tung em

    que se verificasse a validade das inmeras plantas chinesas empregadas em fito-

    terapia seria decorrente do fato de que o prprio Mao houvera sido curado de

    bronquite crnica que o molestava, pelo uso das razes de determinada plantanativa naquelas plagas.

    Atualmente, na Europa, principalmente na Frana, uma nova moda-

    lidade de fitoterapia ganha corpo: a aromaterapia, a qual utiliza leos essen-

    ciais obtidos a partir de plantas aromticas, como a canela, o cravo, o cipreste, a

    tuia, o gernio, entre tantas outras, empregando tais leos essenciais, puros ou

    diludos em solventes de natureza oleosa ou em glicerina, valendo-se para tal da

    administrao via oral e por outras vias, ou mesmo aplicando-as topicamente. A

    aromaterapia vem sendo empregada mesmo em casos de infees tais como:

    anginas (eritematosas, ulceronecrticas, pseudo-membranosas), gripes, mono-

    nucleose infecciosa, sinusites, afees bronco-pulmonares (como a tuberculose)

    e em outras patologias, como infeces por vermes, rinofaringites, bem como

    em diferentes tipos de leses traumticas.

    evidente que a fitoterapia renasceu, e o fez de modo explosivo,

    principalmente em pases europeus. E tal renascimento explosivo tem uma causa

    principal, verdadeira mola propulsora da fitoterapia: o efeito secundrio provoca-

    do por muitos medicamentos empregados em alopatia. Hoje, dominando as clas-

    ses mais esclarecidas, existe o pavor pelo uso indiscriminado de antibiticos, de

    corticides, de analgsicos, de quimioterpicos, enfim. Procura-se valer de um

    tipo de teraputica que, muito embora possa ser mais lenta, dependendo do

    tipo de ao desejada desde que usada de maneira criteriosa, geralmente no

    se faz acompanhar dos efeitos indesejveis de muitos medicamentos alopticos,

    alguns deles reconhecidamente hepatotxicos, depressores, irritantes de muco-sas, citotxicos, etc. Mesmo assim, os usurios de tal modalidade teraputica

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    devem ser alertados devidamente quanto a possveis perigos no emprego de al-

    guns vegetais reconhecidamente txicos.

    Em termos de Brasil, o que que se tem feito quanto pesquisa

    relativa fitoqumica e fitoterapia?

    Em nosso pas, desde o sculo passado, vem sendo estudadas plan-

    tas nativas. Em 1847, Theodor Peckholt, farmacutico oriundo da Sibria, chegou

    ao Brasil e aqui estudou, com o emprego de mtodos analticos existentes na

    poca, nada menos do que 6 mil espcies vegetais, publicando os resultados

    desses estudos em quase duas centenas de trabalhos. Entre outras substncias,

    isolou da agoniada, a agoniadina, a qual tem, assim como os seus derivados,

    atividade antimicrobiana, sendo alguns deles possuidores de ao purgativa. Um

    desses derivados a jenipina, isolada somente em 1960, do jenipapo, a qualconfere cor negra quando extratos do fruto do jenipapo so aplicados sobre a

    pele, conforme os ndios brasileiros costumavam fazer e ainda o fazem, nos dias

    de hoje, em ocasies especiais, festivas ou de guerra.

    Na atualidade, principalmente farmacuticos brasileiros vm traba-

    lhando com vegetais medicamentosos, no s fazendo levantamento dos mes-

    mos junto populao como tambm pesquisando nos laboratrios, principal-

    mente de instituies oficiais, como faculdades de Farmcia. H uma verdadeira

    corrida no af de estudar o maior nmero possvel de plantas brasileiras, no

    apenas quanto a sua composio qumica, mas tambm quanto ao seu potencial

    quer como medicamentos, quer como alimentos ou mesmo quanto a possveis

    propriedades inseticidas. Concentrados no estudo da composio qumica encon-

    tram-se qumicos e farmacuticos e na biotecnologia, alm desses profissionais,

    vamos encontrar tambm bilogos e agrnomos.

    Graas ao trabalho de um verdadeiro batalho de pesquisadores, o

    qual cresce dia-a-dia, em decorrncia dos cursos de ps-graduao que vicejam

    em diferentes regies do pas, novas e importantes descobertas vo sendo dadas

    ao conhecimento da comunidade cientfica. Isso demonstra, concretamente, a

    importncia que a fitoterapia assumiu nos dias atuais, principalmente depois da

    chamada lei de patentes que o Brasil, inclusive, entre outros tantos pases.

    hora, pois, de unir inteligncias, independentemente da formao

    profissional, farmacutica, qumica, biolgica, mdica, e outras, no sentido de

    torn-la, o quanto antes, uma realidade concreta para nosso pas, em defesa nos da sade dos brasileiros, mas tambm dos interesses econmicos. Devemos

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    deixar de lado a condio de exportadores de matria prima e importadores de

    medicamentos e de tecnologia.

    Antes que a destruio de nossas riquezas naturais seja uma reali-

    dade sem volta, devemos nos lembrar que a me-natureza nos ensina e nos d

    meios no s da preservao de nossa sade, como tambm da sua prpria

    recuperao, quando ela se encontra abalada. Basta, para isso, que tenhamos

    olhos de ver, ouvidos de ouvir e vontade de trabalhar, colocando nossos senti-

    dos, nossa inteligncia e nossa capacidade disposio da humanidade!

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    EEETTTNNNOOOFFFAAARRRMMMAAACCCOOOLLLOOOGGGIIIAAA

    Pesquisa biocientfica interdisciplinar de agentes tradicionais

    biologicamente ativos empregados pelo homem ou observados no homem

    Mtodos Disciplinas envolvidas

    AntropologiaObservao BotnicaIdentificao META: FarmacologiaDocumentao Explicao racional FarmacognosiaEstudos experimentais MicrobiologiaObservaes clnicas Qumica

    outras*

    Estmulo pesquisa moderna sobre drogas

    Estudo toxicolgico de substncias ativas.

    Modificaes estruturais

    Comparao com teraputicas j existentes.

    "Feedback" da medicina popular

    Estudo toxicolgico de drogas brutas.

    Padronizao de mtodos e meios.

    Avaliao clnica.

    Comparao com teraputica j existentes.

    Farmacoterapia Fitoterapia

    * Profissionais envolvidos: Antroplogos, Bilogos, Engenheiros Agrnomos, Engenheiros Flores-tais, Farmacuticos, Mdicos, Qumicos, Veterinrios.

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    PPPEEESSSQQQUUUIIISSSAAAEEETTTNNNOOOFFFAAARRRMMMAAACCCOOOLLLGGGIIICCCAAA

    ETAPA DECISO

    1.Informao obtida de leigos, de curan-

    deiros

    1Todos usam a mesma planta paratratamento das mesmas doenas?

    -

    +

    Informao mdica

    Etnobotnico

    Informao mdica

    Informao farmacutica

    2.Tentativa de identificao da planta

    Etnobotnico Botnico de campo*

    3.Esclarecimento da atividade do material

    bruto

    2Gnero, Espcie?

    -

    +

    Botnico de campo Farmacologista*

    3Dose- resposta atividade na pro-

    poro de 1g/kg de peso ou me-nos?

    -

    +

    4.Identificao total da planta

    Botnico decampo

    Botnico siste-mata*

    4Concordncia de gnero e esp-

    cie?

    -

    +

    5.

    Triagem qumica

    5Grupos qumicos de interesse?

    -

    +

    Botnico de campo Qumico*

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    6.Extrao quantitativa

    Anlises espectromtricas

    6

    Empregando-se dados fsico-

    qumicos chega-se a algumaestrutura?

    -

    +

    Botnico de campo

    Qumico Farmacologista

    7.

    Avaliao farmacolgica Clssica

    7

    Atividade nica?

    -

    +

    Farmacutico Farmacologista*

    8.

    Determinao clssica de estrutura

    8

    nica molcula,

    composto nico?

    -

    +

    Qumico Qumico estrutural*

    .

    9.

    Sntese e Modificao de estrutura

    9

    Patente de sntese

    -

    +

    Qumico estrutural Qumico de sntese

    Farmacologista*

    10. Desenvolvimento do produto farmacuti-co

    Licenciamento. Industrializao. Comer-cializao. Fiscalizao

    10

    Produto vivel

    -

    +

    Farmacutico*

    Doente (consumidor)

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    MMMTTTOOODDDOOOSSSDDDEEEEEEXXXTTTRRRAAAOOODDDAAASSSDDDRRROOOGGGAAASSS

    1-MACERAO::: a droga deixada em contato com um dado solvente (gua,lcool, glicerina) temperatura ambiente, por um tempo determinado.

    2- DIGESTO:consiste em escaldar ligeiramente a droga (T: 35oC a 65oC) comum dado solvente.

    3- INFUSO: a operao extrativa reservada s drogas tenras. Consiste em ver-ter o lquido quente sobre a droga (ex. gua fervente) deixando a mesma em conta-to com o solvente at a temperatura baixar ao nvel daquele ambiente.

    4- DECOCO: operao extrativa destinada a drogas duras, tais como semen-tes, lenhos, razes. A droga colocada em contato com o lquido frio levando-se atemperatura ao ponto de ebulio do solvente, durante cerca de 30 minutos, mais oumenos.

    5- PERCOLAO ou LIXIVIAO: per:atravessar;colare: passar, gota agota. Tal processo consiste na exausto progressiva da droga com a utilizao de umdado solvente (geralmente lcool em diferentes graduaes) empregando-se paraisso percolador ou lixiviador.

    6- EXTRAO CONTNUA (SOXHLET): mtodo extrativo empregado para aextrao de drogas vegetais (ou de outras origens) com o uso de solventes volteis.

    7- EXPRESSO:consiste na compresso de drogas brandas com a finalidade daobteno de sucos, leos fixos ou volteis.

    8- ARRASTE A VAPOR: processo que utiliza vapor de gua para arrastar subs-tncias volteis. mtodo de larga aplicao para a obteno de leos essenciais.

    9- "ENFLEURAGE": processo destinado obteno de leos essenciais de flo-res, utilizando-se gorduras semi-slidas e lcool como solvente que separa os leosessenciais da gordura, numa segunda etapa.

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    PPPRRRIIINNNCCCIIIPPPAAAIIISSSFFFAAATTTOOORRREEESSSRRREEESSSPPPOOONNNSSSVVVEEEIIISSSPPPEEELLLAAAEEEXXXPPPAAANNNSSSOOO

    DDDOOOMMMEEERRRCCCAAADDDOOODDDEEEFFFIIITTTOOOTTTEEERRRPPPIIICCCOOOSSS

    Aumento da idade mdia da populao

    Aumento do esclarecimento, educao e interesse pelos chamados produ-

    tos naturais.

    Aumento da divulgao sobre fitoterpicos e da fitoterapia pelos diferentes

    segmentos da mdia (escrita, falada e televisiva)

    Preo dos medicamentos de natureza fitoterpica, na mdia, de custo bem

    mais baixo que aqueles dos medicamentos ditos alopticos.

    Aumento do nmero de farmcias e laboratrios especializados.

    Introduo da disciplina de Fitoterapia nos cursos de Farmcia

    Aumento do nmero de profissionais farmacuticos e mdicos com interes-

    se voltado para as chamadas teraputicas alternativas, incluindo-se entre

    elas a fitoterapia

    Crescimento do nmero de cursos de extenso e de especializao em fito-

    terapia.

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    Gilberto Luiz Pozetti - 17

    EEEXXXEEEMMMPPPLLLOOOSSSDDDEEEFFFRRRMMMAAACCCOOOSSSOOOBBBTTTIIIDDDOOOSSSDDDEEEMMMAAATTTRRRIIIAAASSS---

    PPPRRRIIIMMMAAASSSVVVEEEGGGEEETTTAAAIIISSSEEECCCOOONNNOOOMMMIIICCCAAAMMMEEENNNTTTEEEIIIMMMPPPOOORRRTTTAAANNNTTTEEESSS

    Frmaco Classe TeraputicaUsos

    Fonte Vegetal

    artemisinina antimalrico Artemisia annuaL.

    atropinaanticolinrgico(parassimpatoltico)

    Atropa belladonnaL.

    capsaicina anestsico tpico Capsicum spp.

    cocana anestsico localErytroxylon coca Lam.

    colchicinaanti-reumtico(anti-gota) Colchicum autunnaleL.

    digitoxina, digoxina glicosdeos cardiotnicosDigitalis purpureaL. eDigitalis lanataEhrhart

    escopolaminaanticolinrgico(parassimpatoltico)anti-parkinsoniano

    Datura metelL. eDatura stramoniumL.

    emetina anti-amebiano Cephaelis ipecacuanha(Brot)A.Rich

    estrofantinaestrofantidina

    glicosdeo cardiotnicoglicosdeo cardiotnico

    Strophantusspp.Strophantus gratusBaill.

    fisostigminacolinrgic(parassimpatomimtico).Antiglaucomatoso

    Physostigma venenosumBalfour

    morfina e codenaanalgsico,antitussgeno

    Papaver somniferumL.

    pilocarpinacolinrgico(parassimpatomimtico)antiglaucomatoso

    Pilocarpus jaborandiHolmes

    quinina e quinidinaantiarrtmico cardaco eantimalrico

    Cinchonaspp.

    reserpina anti-hipertensivoRauwolfia serpentina(L.) Benthamex Kurz

    taxol anti-tumoral Taxus brevifoliaNutt.

    tubocurarinabloqueador muscular(relaxante muscular)

    Strychnos toxiferaBentham eChondodendron tomentosumRuizet Pavon

    vimblastina,vincristina

    anti-tumoraisanti-leucmicos

    Catharanthus roseus(L.)G. Don

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    Gilberto Luiz Pozetti - 18

    FFFRRRAAACCCIIIOOONNNAAAMMMEEENNNTTTOOODDDEEEEEEXXXTTTRRRAAATTTOOOAAAQQQUUUOOOSSSOOODDDEEEPPPLLLAAANNNTTTAAASSSPPPAAARRRAAAAAACCCAAARRRAAACCCTTTEEERRRIIIZZZAAAOOOQQQUUUMMMIIICCCAAADDDEEESSSUUUBBBSSSTTTNNNCCCIIIAAASSS

    FFFAAARRRMMMAAACCCOOOLLLOOOGGGIIICCCAAAMMMEEENNNTTTEEEAAATTTIIIVVVAAASSS...

    Atividade farmacolgicareduzida

    Substncias instveis

    Atividade farmacolgicamantida

    Substncias estveis

    Substncias cidas Substncias de alto pesomolecular

    Substncias bsicas

    Extrato vegetalLiofilizado

    Resina detroinica

    SephadexFiltrao por gel

    Substncias anfo-tricas

    Substncias de baixopeso molecular

    Substncias neutras

    Precipitaocom acetona

    Precipitado

    Sobrenadante

    Extrao com solventesorgnicos

    Extrato n-BuOH Extrato H3C COOC2H5 Extrato C2H5OH Extrato CHCl3

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    Gilberto Luiz Pozetti - 19

    EEEXXXEEEMMMPPPLLLOOOSSSDDDEEEFFFRRRMMMAAACCCOOOSSSOOOBBBTTTIIIDDDOOOSSSPPPOOORRRSSSEEEMMMIII---SSSNNNTTTEEESSSEEEAAA

    PPPAAARRRTTTIIIRRRDDDEEEMMMAAATTTRRRIIIAAASSS---PPPRRRIIIMMMAAASSSVVVEEEGGGEEETTTAAAIIISSS

    Frmaco Matria-Prima Vegetal de Origem

    Anlogos das prostaglandinas Safrol Ocoteaspp.

    Hormnios esteroidais Diosgenina Dioscoreaspp.

    Icosanides anlogos dasprostaglandinas

    cido hidnocrpico Carpotrochebrasiliensis

    N-butil-escopolamina Escopolamina Daturaspp.

    Hormnios esteroidais Estigmasterol Glycine mas(l.) Merril

    Piperamidas: piperdadina epiperina

    Safrol Ocoteaspp.

    Vimblastina e vinorrelbina Catarantina e Vindolina Catharantus roseusG.Don

    Paclitacel e docetaxel 10-desacetilbocatina III Taxusspp.

    Etoposdeo e tenoposdeo Podofilotoxina Podophyllumspp.

    Hormnios esteroidais Hecogenina Agavespp.

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    Gilberto Luiz Pozetti - 20

    PPPRRRIIINNNCCCIIIPPPAAAIIISSSGGGRRRUUUPPPOOOSSSDDDEEEPPPRRRIIINNNCCCPPPIIIOOOSSSAAATTTIIIVVVOOOSSS

    DDDEEEOOORRRIIIGGGEEEMMMVVVEEEGGGEEETTTAAALLL

    A composio qumica dos vegetais complexa e tal complexidade vari-vel de acordo com a famlia botnica aos quais os mesmos pertencem. No geral,

    famlias e gneros tm como caracterstica apresentarem substncias pertencen-

    tes aos mesmos grupos qumicos.

    Os princpios ativos dos vegetais so os responsveis pela atividade far-

    macolgica ou toxicolgica que as plantas apresentam e para termos noo das

    possveis aes dos vegetais sobre os organismos vivos importante conhecer-

    mos quais so esses grupos, quais so as suas caractersticas, quais so as suas

    propriedades gerais, etc.

    Alguns grupos qumicos tm maior importncia que outros ou porque ocor-

    rem com maior freqncia dentro de uma mesma famlia botnica, ou porque

    ocorrem em concentraes maiores nos diferentes vegetais quando comparados

    entre si, ou ainda, porque farmacologicamente sejam mais ativos. Portanto, em

    decorrncia de qualquer dessas propriedades ou caractersticas adquirem desta-

    que entre os demais.

    Atravs do conhecimento dos grupos qumicos e das substncias que a

    eles pertencem podemos entender o porqu das atividades dos vegetais sobre os

    diferentes organismos vivos. Tambm, tal conhecimento fundamental para que

    possamos projetar a sua transformao em medicamentos, para que possamos

    estabelecer e definir quais os mtodos analticos a serem utilizados no controle

    de qualidade quer seja da droga in natura, quer seja do seu produto de trans-

    formao.

    Os principais grupos qumicos que apresentam atividade teraputica so:Alcalides;

    Glicosdeos: saponnicos, cardiotnicos, flavonodicos, antraquinnicos;

    Terpenos: mono-, sesqui-, di-, tri-, tetra- e politerpenos;

    Flavonides;

    Outros:Cumarinas, Furanocumarinas, Quinonas, Taninos, Princpios Amar-

    gos, Gomas, Mucilagens, Blsamos, Resinas.

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    AAAlllcccaaallliiidddeeesss

    Os alcalides so compostos qumicos nitrogenados decorrentes do meta-

    bolismo secundrio dos vegetais. Muitos deles so opticamente ativos e pratica-

    mente todos so de natureza bsica. Alguns alcalides formam sais com os ci-

    dos das plantas, como o cido qunico ou mecnico. Outros esto presentes nas

    plantas em combinao com acares, outros ocorrem como steres ou amidas.

    Poucos so aqueles considerados neutros, como a ricinina e a colchicina. H tam-

    bm alcalides que ocorrem como sais quaternrios e ainda aqueles que existem

    nas plantas como xidos, os chamados N-xidos. A estrutura qumica dos alca-

    lides tambm varivel, dependendo, por exemplo, do ncleo ao qual est li-

    gado o tomo de nitrognio na molcula. Assim temos diferentes tipos de alca-

    lides, a saber:

    Isoquinolnicos TropnicosIndlicos PirrolizidnicosQuinolnicos Di-terpnicosQuinolizidnicos OutrosIsoquinolizidnicos

    Exemplos de Ao Farmacolgica dos Alcalides

    a) Ao sobre o SNC: I- analgsica, narctica morfina

    II- anestsica local, estimulante cocana

    b) Ao sobre o SNC(parassimptico):

    I- colinrgica pilocarpina

    II- anticolinrgica alcalides tropnicos: atropina

    c) Ao sobre o SNC (simptico):

    I- anticolinrgica reserpina

    II- adrenrgica efedrina

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    Gilberto Luiz Pozetti - 23

    GGGllliiicccooosssdddeeeooosss

    Os glicosdeos, tambm chamados de heterosdeos so compostos forma-

    dos por uma parte de natureza glicdica (glicose, frutose, ramnose, manose,

    digitalose, etc) e outra no glicdica de estrutura qumica varivel, geralmentehidroxilados, denominada de genina ou aglicona. A ligao glicosdica pode

    ocorrer atravs de tomos de O, C, N e S e os glicosdeos que apresentam tais

    tipos de ligao entre a molcula de acar e a molcula da aglicona, so

    chamados, respectivamente de O-glicosdeos, C-glicosdeos, N-glicosdeose

    S-glicosdeos.

    Os glicosdeos so passveis de serem hidrolisados e a hidrlise dos

    mesmos pode ser enzimtica, a qual se d por ao das glicosidases enzimas

    que ocorrem nos prprios vegetais e qumica, por ao de cidos. Para evitar a

    hidrlise enzimtica as plantas devem ser estabilizadas o que pode se dar por

    aquecimento temperatura de 80o C a 90o C, por tempo curto (cerca de 30

    minutos) ou ainda pela passagem de vapores de lcool sobre o vegetal.

    Os acares que constituem as molculas dos glicosdeos tm como funo

    auxiliar no transporte dos mesmos atravs dos fludos orgnicos.

    A ao farmacolgica dos glicosdeos extensa e varivel, destacando-se

    entre elas a ao sobre o msculo cardaco (glicosdeos cardioativos ou cardiot-nicos) e os saponnicos os quais tm caractersticas tensoativas, emulsionantes e

    tambm dispersantes.

    A aplicao dos glicosdeos saponnicos muito varivel, indo, por exem-

    plo, desde a atividade como rubefaciente at a vasopressora e anti-edemotosa,

    ou ainda tnica estimulante, calmante da tosse, anti-lcera estomacal, e at

    mesmo como agente de higiene bucal ou capilar.

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    Exemplos de Glicosdeos

    Ouabaiosdeo

    Cimarosdeo

    Monotropidosdeo

    Rutosdeo

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    Escoparosdeo

    Amigdalosdeo

    Apholool

    FFFlllaaavvvooonnniiidddeeesss

    Os flavonides so compostos quimicamente relacionados fenil-2-

    benzopirona ou flavona. Eles ocorrem na natureza sendo, em muitos casos, res-ponsveis pelas cores observadas nos vegetais, desde a cor amarela at a azul,

    em suas diversas tonalidades. Alm do importante papel desempenhado na vida

    dos vegetais, os flavonides tm muitas aes farmacolgicas como aquele refe-

    rente ao aumento da resistncia dos capilares, de artrias e veias, como o ca-

    so, por exemplo, da rutina, tambm chamada de vitamina P, como referncia a

    sua ao sobre a permeabilidade capilar. Atualmente, d-se muita importncia

    aos flavonides como agentes anti-radicais livres, diminuindo a oxidao ou o

    envelhecimento das clulas e ainda por sua ao antiinflamatria.

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    Exemplos de Flavonides

    TTTeeerrrpppeeennnooosss

    Os terpenos constituem o maior grupo de compostos secundrios de ocor-

    rncia nas plantas.

    Os mesmos podem ocorrer sob a forma livre, ou ocorrem na forma conju-

    gada com molculas de outra natureza qumica formando glicosdeos, steres,

    etc.Os terpenos podem ter simplesmente a estrutura de hidrocarbonetos. Nes-

    se caso so classificados em:

    MonoterpenosC10H16

    SesquiterpenosC15H24

    DiterpenosC20H32

    TriterpenosC30H48

    TetraterpenosC40H64

    Politerpenos(C5H8)n

    Os leos essenciais so uma fonte abundante de terpenos, constituindo-se

    em uma mistura de monoterpenos ou sesquiterpenos, lcoois, aldedos, cetonas,

    cidos e steres.

    Existem tambm os terpenos oxigenados, compostos em que ocorre(m)

    tomo(s) de oxignio ligado(s) a estruturas mono-, sesqui-, di-, tri-, tetra-,

    pentaterpenides (OH; C OH

    ; =C=O; =O; C OOH

    ; OCOR).

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    Exemplos de Terpenos

    1- Monoterpenos

    2- Sesquiterpenos

    3- Triterpenos

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    TTTAAANNNIIINNNOOOSSS

    Os taninos so misturas complexas de compostos poli-hidroxilados, ou

    seja, so poli-fenis que ocorrem geralmente como polmeros nos diferentes

    rgos vegetais. So de alto peso molecular (p.m varia de 1.000 a 5.000). Sua

    principal propriedade qumica aquela de precipitar as protenas, alm de formar

    tanatos em reao com alcalides. Apresentam atividade adstringente, da seu

    uso na teraputica como antidiarricos, cicatrizantes, antiinflamatrios, antdotos

    de alcalides, precipitantes de metais pesados em envenenamentos pelos

    mesmos, etc.

    De acordo com a sua estrutura podem ser classificados em:

    a) taninos hidrolisveisso aqueles derivados do cido glico;b) taninos condensadosso os derivados da catequina.

    QQQUUUIIINNNOOONNNAAASSS

    As quinonas constituem um grande grupo de pigmentos naturais que so en-

    contrados no s em vegetais, mas tambm em microrganismos (fungos e liquens),

    em animais marinhos e em alguns insetos. So substncias coloridas cuja cor vaidesde o amarelo at o castanho escuro, passando pelo vermelho ou vinho. Sob a

    forma de sal das hidroxiquinonas sua cor varia do prpura ao azul ou verde.

    As quinonas so importantes por tomarem parte no processo de oxi-

    reduo observado nos seres vivos sendo que algumas delas tm atividade anti-

    bitica, outras so laxativas, consideradas laxantes de contato. Algumas quino-

    nas, como as antraquinonas, so consideradas catrticas, dependendo da dose.

    Elas agem estimulando o peristaltismo intestinal por irritao da mucosa do c-lon, retendo eletrlitos na luz do intestino e, em conseqncia, facilitando a flui-

    dificao do bolo fecal.

    As quinonas podem ser classificadas de acordo com a sua estrutura em:

    a) Benzoquinonas. Exemplo: ubiquinona (coenzima Q);

    b) 2,5-dihidroxibenzoquinonas . Exemplo: Oosporeina;

    c) Naftoquinonas. Exemplo: lapachol, 7-metil-juglona, droserona;

    d) Antraquinonas.Exemplo: emodina, cascarosideo A, Senosdeos A e B,

    frangulosdeos, aloina.

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    Exemplos de Quinonas

    1- Benzoquinonas

    2- Naftoquinonas

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    3- Antraquinonas

    CCCuuummmaaarrriiinnnaaasss

    As cumarinas so as benzo--pironas as quais ocorrem em diferentes par-

    tes das plantas e em numerosas famlias botnicas, como Apiaceae, Asteraceae

    (Compositae), Fabaceae, Moraceae, Rubiaceae, Rutaceae e Solanaceae.As cumarinas tm, entre outras aplicaes: repigmentadoras da pele, anti-

    coagulantes, flavorizantes, etc.

    De acordo com a sua estrutura qumica, podem ser classificadas em:

    a) Cumarinas no condensadas. Exemplos: cumarina, umbeliferona;

    b) Cumarinas C-preniladas. Exemplos: ostrutina, umbeliprenina;

    c) Furanocumarinas. Exemplos: bergapteno, psoraleno, xantotoxina;

    d) Piranocumarinas. Exemplos: visnadina, samidina;e) Cumarinasdimricas. Exemplo: dafnoretina.

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    Exemplos de Cumarinas

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    Exemplos de Saponinas

    Sarsassapogenol

    Cilarigenol

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    Gilberto Luiz Pozetti - 33

    FFFOOORRRMMMAAASSSFFFAAARRRMMMAAACCCUUUTTTIIICCCAAASSSEEEMMMPPPRRREEEGGGAAADDDAAASSSPPPAAARRRAAAAAA

    AAADDDMMMIIINNNIIISSSTTTRRRAAAOOODDDEEEDDDRRROOOGGGAAASSSEEE///OOOUUUPPPRRRIIINNNCCCPPPIIIOOOSSSAAATTTIIIVVVOOOSSS

    DDDEEEPPPLLLAAANNNTTTAAASSSMMMEEEDDDIIICCCIIINNNAAAIIISSS

    111---SSSLLLIIIDDDAAASSSeeeSSSEEEMMMIII---SSSLLLIIIDDDAAASSS

    "Sachets"

    Cpsulas

    Comprimidos

    Cremes

    Pomadas

    Gis

    Loes cremosas

    Supositrios (retais, vaginais, uretrais)

    Ps ou talcos

    Extrato mole

    Extrato seco

    Apsitos medicinais: algodo medicinal,

    gaze medicinal, emplastros.

    222---LLLQQQUUUIIIDDDAAASSS

    Tinturas

    Extratos fludos

    Extratos viscosos

    Gotas

    Loes

    leos medicinais

    Solues

    Colrios

    Errinos

    Linimentos

    Glicerleos

    Vinagres medicinais

    Xaropes

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    PPPRRRIIINNNCCCIIIPPPAAAIIISSSAAATTTIIIVVVIIIDDDAAADDDEEESSSDDDEEEAAALLLGGGUUUNNNSSSGGGRRRUUUPPPOOOSSS

    DDDEEESSSUUUBBBSSSTTTNNNCCCIIIAAASSSDDDEEEOOORRRIIIGGGEEEMMMVVVEEEGGGEEETTTAAALLL

    Grupo Qumico Atividade Farmacolgica/Teraputica

    Taninos Anti-sptica, antimicrobiana, antidiarrica, anti-hemorrgica, cicatrizante

    Alcalides Vrios efeitos dependendo do tipo, principalmente em mus-culatura lisa, aparelho cardiovascular e sistema nervoso

    Glicosdeos - Cianogenticos ao txica- Esterides ao laxativa e cicatrizante- Antraquinnicos ao laxativa e cicatrizante

    leos essenciaisou volteis

    ao anestsica (mono e sesquiterpenos) ao analgsica (sesquiterpenos) ao anti-helmntica (mono e sesquiterpenos) antiinflamatria (mono e sesquiterpenos) ao expectorante (monoterpenos) ao sedativa (mono e sesquiterpenos) ao anti-helmntica (mono e sesquiterpenos)

    Saponinas mucoltica ao fluidificadora de secrees expectorante melhora excrees da rvore respirat-

    ria diurtica ao em nvel glomerular anti-sptica e antimicrobiana impede a reproduo

    bacteriana, ao bactericida antiinflamatria em parte, por ao esteride

    Flavonides antiinflamatria estabilizadora do endotlio vascular melhora funo

    da clula endotelial, diminuindo a permeabilidade antiespasmdica ao principalmente na musculatu-

    ra lisa aes cardiovasculares melhor distribuio perifrica

    do sangue, melhora fluxo arterial e venoso

    Mucilagens esubstncias pcticas

    - Mucilagens laxativas, reguladoras do apetite- Substncias pcticas constipantes, anti-diarricas

    Resinas Gomo-resinas aromticas, auxiliares dos distrbiosrespiratrios

    Ltex ou lacto-resina no so empregadas com finsteraputicos

    leo-resinas aromticas, auxiliares nos distrbiosrespiratrios

    Blsamo-resinas ao local, aromticas

    Princpios amargos Tnica digestiva

    Antraquinonas Laxativa, cicatrizante, antiinflamatria local, anti-sptica

    cidos orgnicos Laxativa, diurtica

    Fitosteris Ao esteride

    Cumarinas:- bis-hidroxicumarinas

    - Furanocumarinas

    Ao anti-coagulante

    Ao fotossensibilizante, repigmentadora da pele

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    EEEXXXEEEMMMPPPLLLOOOSSSDDDEEEVVVEEEGGGEEETTTAAAIIISSSEEEMMMPPPRRREEEGGGAAADDDOOOSSS

    CCCOOOMMMOOOAAADDDEEELLLGGGAAAAAANNNTTTEEESSS

    Nome cientfico Nome popular Parte empregada

    Agropyron repens(L.)Beauv.

    Grama rizoma

    Baccharis genistelloidesvar. trimera (Less.) Baker

    Carqueja-amarga partes areas

    Cassia acutifoliaDel Sene fololos

    Centella asiatica(L.) Urban Centelha planta inteira (sem raiz)Equisetum arvenseL. Cavalinha partes areas

    Fragaria vescaL. Morango folhas, frutos (pseudo-fruto)

    Fucus vesiculosusL. Fucos, Carvalho-marinho talo

    Garcinia cambogiaDesc. Garcinia cortex do fruto

    Hieracium piloselaL. Pilosela sumidades

    Ortosiphon stamineus Benth. Ch de Java folhas

    Petroselinum sativunHoffim.

    Salsa folhas e frutos

    Phaseolus vulgarisL. Feijo fruto (vagem sem sementes)

    Rhamnus frangulaL. Frangula cortex

    Rhamnus purshianaL. Cscara sagrada cortex

    Ribes uva-crispaL. Groselha-preta frutos

    Rubia tinctoriumL. Ruiva-dos-tintureiros raiz

    Spirulina maximaW. Espirulina planta inteiraStevia rebaudianaBert. Estevia, Folha-Doce folhas

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    EEEXXXEEEMMMPPPLLLOOOSSSDDDEEEVVVEEEGGGEEETTTAAAIIISSSEEEMMMPPPRRREEEGGGAAADDDOOOSSSCCCOOOMMMOOOAAAFFFRRROOODDDIIISSSAAACCCOOOSSS

    Nome cientfico Nome popular Parte empregada

    Acacia farnesianaWelld.Coronha, Esponja, Coroa deCristo, Coro-nacris Flores

    Anacardium occidentaleL. CajueiroFlores e frutos(castanha)

    Aristolochia cymbiferaMart.Abtua, Jarrinha, Papo-de-peru, Capa-homem,Angelic

    Caule e raiz

    Arrabidea chica(H.B.K.) Bur. Grajir, Pajur, Carajuru FolhasBixa orellanaL. Urucum Sementes

    Cinnamodendron axillareEndl. Pau-luiz Cortex

    Cola nitida (Vent.)A. ChevalierC. rubra, C. alba, C. mixtaC. polida, C. acuminante

    Cola, Noz-de-Cola Sementes

    Cyperus longusL. Albafor, Juna Rizoma e tubrculo

    Daucus carottaL. Cenoura Bulbo

    Davilla rugosaPoir Cip-carij, Sambaba Caule e folhas

    Elionorus bilinguisHark. Capim-jasmim-da-Serra Folhas e espigueta

    Elionorus rostratusNees. Capim-jasmim Espigueta

    Ferula asa-foetidaL. AsaftidaGoma - resina extradade rizomas e razes.

    Juglans regisL. Nogueira Amndoa (noz)

    Langsdorfia hypogaeaMart. Pau-pra-tudo Suco da planta fresca

    Lophophytum mirabileEnd. Fel-da-terra Flores e tubrculo

    Mimosa juremaAubl. Jurema-branca Cortex

    Mimosa pudicaL.Malcia-das-mulheres,Mimosa, Sensitiva Raiz

    Mucuna pruriensD.C.Fava-de-caf, Feijo-caf,P-de-mico Sementes e raiz

    Mucuna pluricostataRodr. Caf-beiro Sementes

    Myristica bicuhybaSchott.Bicuiba, Virola-bicuiba,Bucuuva, Noz-moscada-doBrasil

    Cortex e sementes

    Narcissus jonquillaL. Junquilho Bulbo e flores

    Origanum majoranumL.Mangerona-do-campo,Mangerona Sumidades floridas

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    Panax ginsengC.A.Meyer Ginseng, Arlia Raiz tuberosa

    Panax quinquefoliumL. Ginso, Arbia Raiz tuberosa

    Paulinia cupanaKunth. Guaran Sementes

    Prosopis julifloraD.C. Algaroba FrutosPtychopetalum olacoides Benth. Muirapuama, Marapuama Raiz

    Raphanus sativusL.Rabanete, Rbano-das-hortas Raiz

    Salvia officinalisL. Salvia, Salva Folhas

    Schinus aroeiraVell. Aroeira-vermelha Cortex

    Sesamum indicumD.C. Gergelim, Ssamo Sementes

    Spilanthes oleraceaL. Agrio-do-Par Planta inteira

    Tetragastris catuabaSoares daCunha Catuaba-preta Cortez e raiz

    Teucrium marumL. Erva-forte Sumidades floridas

    Thynanthus fasciculatusMiers Cip-cravo, Cip-trindade Caule

    Turnera diffusaSild., var.afrodisacaWord

    Damiana Folhas

    Turnera ulmifoliaL. Albina Folhas

    Vanilla palmarumLindl. Baunilha-da-Bahia Frutos

    Xylopia frutescensAubl.

    Pindaba, Pimenta-de-

    gentio, Euvira Frutos e sementesZinziber officinaleRoscoe Gengibre Rizoma

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    DDDIIIAAABBBEEETTTEEESSSEEEAAAFFFIIITTTOOOTTTEEERRRAAAPPPIIIAAA

    O diabetes patologia caracterizada pelo aumento dos nveis de glicose no

    sangue, isto , pela hiperglicemia.H dois tipos de diabetes, o chamado tipo 1 ou diabetes juvenil e o diabe-

    tes tipo 2, este ltimo atingindo pessoas com idade, em mdia, superior a 40

    anos.

    O diabetes tipo 1 ou simplesmente diabete ou ainda, diabete sacarino

    ocorre por deficincia na produo de insulina pelo pncreas. Os portadores de

    tal tipo de diabetes so considerados insulino-dependentes, isto , necessitam

    receber aplicaes dirias de insulina para suprir a deficincia da mesma no san-

    gue circulante. Sem tal suplementao diria, a glicose no devidamente me-

    tabolizada permanecendo no sangue em altos nveis uma vez que no absorvi-

    da pelas clulas. Isso traz inmeros danos aos rins, retina (retinopatias), aos

    vasos sangneos (alteraes vasculares perifricas), alteraes dos capilares

    renais (nefropatias) e das coronrias (coronariopatia), diminuio da sntese de

    protenas com alteraes no processo de crescimento e na reparao dos tecidos

    com a conseqente falha no processo de cicatrizao dos tecidos, com problemas

    ligados ao periodonto (infeces periodontais) por atingir os fibroblastos. Obser-va-se, tambm, perda de peso por depleo de gorduras.

    Sinais caractersticos de tal patologia so:

    a) polifagia, caracterizada pelo consumo excessivo de alimentos em decor-

    rncia da acentuada sensao de fome;

    b) polidpsia, evidenciada pela excessiva ingesto de lquidos;

    c) poliria, que consiste em um maior volume de urina excretada diariamen-

    te e que caracterizada pela glicosria, ou seja, eliminao de glicose

    pela urina, o que decorrente do aumento da taxa de glicose no sangue.

    O mecanismo desse processo todo est centrado na glicose a qual exerce

    presso osmtica arrastando consigo a gua do meio celular aumentando assim

    a diurese caracterizada pelo maior volume de urina formada e eliminada. Em

    conseqncia de tal fato, aumenta a sensao de sede o que exige a tomada de

    maiores quantidades de lquido.

    A taxa de glicose no sangue atinge nveis elevados at mesmo em jejum,

    caracterizando, assim, a hiperglicemia.

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    Gilberto Luiz Pozetti - 40

    A hiperglicemia causada pela maior sada de glicose do fgado a qual,

    no sendo metabolizada (no caso do diabetes tipo I, pelo dficit em insulina),

    no atravessa as barreiras da parede celular, aumentando assim o nvel sang-

    neo de tal substncia.

    Para os portadores do diabetes tipo 1, por serem dependentes de insulina,

    os fitoterpicos apenas podem auxiliar no tratamento de tais pessoas. A utiliza-

    o, pois, de insulina fundamental, alm de regime alimentar adequado, para a

    manuteno de portadores de diabetes do tipo 1, em condies normais. Portan-

    to, no se pode substituir a administrao de insulina por fitoterpicos, em tais

    casos. Os fitoterpicos podem apenas complementar o tratamento insulnico e

    jamais substituir aquele hormnio.

    Os portadores de diabetes do tipo 2, diferentemente daqueles que apre-sentam a patologia do tipo 1, produzem quantidade suficiente de insulina, po-

    rm, na maior parte dos casos, o organismo dos mesmos resistente a tal hor-

    mnio. Eles so pois, insulino-resistentes, ou seja, o organismo produz nor-

    malmente a insulina mas resiste sua ao. Assim, a glicose no metabolizada

    e no consegue, por sua vez, atravessar as paredes celulares, aumentando, por-

    tanto, o seu nvel no sangue (hiperglicemia). As conseqncias de tal erro me-

    tablico no so menos importantes e menos danosas do que aquelas decorren-

    tes da presena de diabetes juvenil, ou seja, so observados tambm danos nos

    vasos capilares, nos rins, na retina, na sntese de protenas, retardo no processo

    de cicatrizao, aumento da possibilidade da ocorrncia de doenas cardacas,

    aumento da presso arterial, etc. Esse tipo de diabetes atinge cerca de 10% da

    populao brasileira e seus portadores podem ter auxlio importante na regulari-

    zao e normalizao da glicemia com o uso de fitoterpicos.

    importante que sejam alertados os diabticos a respeito da necessidade

    de serem acompanhados e orientados por endocrinologista, que acompanhe a

    evoluo da doena com a monitorao laboratorial atravs da realizao de

    exames de sangue (determinao da glicemia), de urina e ademais, tambm que

    se submetam a exames de fundo de olho, visitando oftalmologista. A parte circu-

    latria no deve ser desprezada e o clnico cardiologista tambm deve ser con-

    sultado assim como importante que receba orientao de nutricionista.

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    PPPRRRIIINNNCCCIIIPPPAAAIIISSSAAAPPPLLLIIICCCAAAEEESSSDDDEEEPPPLLLAAANNNTTTAAASSSCCCOOOMMMAAAOOOHHHOOORRRMMMOOONNNAAALLL(((FFFIIITTTOOOHHHOOORRRMMMNNNIIIOOOSSS)))

    REA CLNICA PLANTA AO TERAPUTICA - APLICAES

    CARDIOLOGIA

    linhaa, soja, yam mexicano Melhora do perfil lipdico

    anglica, linhaa, trevo-vermelho, yam mexicano Diminuio da presso arterial

    anglica, yam mexicano Melhora do fluxo sangneo coronariano

    anglica, linhaa Melhora da perfuso perifrica

    DERMATOLOGIA

    anglica, cimicfuga, soja, trevo-vermelho, yammexicano

    Melhora do trofismo da pele, principalmente na pr-menopausa ou na menopausa j instalada

    anglica, linhaa Melhora da perfuso perifrica

    linhaa, trevo-vermelho Atividade em casos de acne, eczemas e psorase.

    ENDOCRINOLOGIA

    cimicfuga, soja, trevo-vermelho, yam mexicano Promoo da reposio hormonal (TRH)1

    alcauz

    Inibio da degradao do cortisol e de estrognios nofgado com conseqente aumento desses hormnios nosangue. Ao semelhante ao ACTH, estimulando a secre-o de aldosterona.

    vitexInibio da secreo de prolactina (hiperprolactenemia),aumento da lactao em purperas.

    GASTROENTEROLOGIA

    linhaa, soja Melhora do trnsito intestinal

    alcauzAumento da proteo dos hepatcitos em hepatitesvirais

    alcauz desglicirrizado (DLG) Cicatrizao de lceras ppticas

    anglica, cimicfuga, yam mexicano Antiespasmdica intestinal e biliar

    alcauz e linhaa Antiinflamatria em colite ulcerativa e doena de Crohn

    1TRH= Terapia de Reposio Hormonal.

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    GINECOLOGIA E

    OBSTETRCIA

    anglica, linhaa e yam mexicano Alteraes benignas da mama

    anglica, linhaa Diminuio da tenso pr-menstrual (TPM)2. Dismenor-

    ria. Regulao menstrual

    anglica, yam mexicanoRegulao menstrual. Falncia do corpo lteo.Obs: anglica no deve ser empregada em casos de gra-videz

    anglica, agno-casto Induo de ovulao. Ovrios policsticos

    agno-casto

    Diminuio da hiperprolactenemia com inibio da secre-

    o de prolactinayam mexicano Ao sobre o endomtrio. Reduo da endometriose

    anglica, yam mexicano Climatrio: ao progestognica

    cimicfuga, soja, trevo-vermelho Climatrio: ao estrognica

    yam mexicano Anti-abortiva em casos com espasmos da musculaturalisa uterina e de insuficincia do corpo lteo

    agno-casto Estimulao da lactao (quali e quantitativamente)

    INFECTOLOGIAalcauz Ao antibacteriana contra Helicobacter pilori

    alcauz, anglica, agno-casto Atividade antibacteriana e antifngica

    NEUROLOGIAanglica Diminuio das cefalias e das enxaquecas

    cimicfuga, soja, yam-mexicano Preveno do Mal de Parkinson e do Mal de Alzheimer

    2TPM= Tenso pr-menstrual.

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    ONCOLOGIA

    sojaDiminuio da proliferao tumoral em clulas de carci-noma do endomtrio. Uso como preventivo e como anti-recidivante

    soja, trevo-vermelho Diminuio da proliferao tumoral em clulas de carci-noma prosttico. Uso como preventivo e anti-recidivante

    linhaa, soja Diminuio da proliferao tumoral em clulas de carci-noma do clon. Uso como preventivo e anti-recidivante

    ORTOPEDIA EREUMATOLOGIA

    alcauz, anglica, cimicfuga, linhaa, trevo-

    vermelho, yam mexicano Antiinflamatria. Anti-reumticaanglica, soja, yam mexicano Preveno e diminuio da osteoporose

    PNEUMOLOGIA

    linhaa, trevo-vermelho Melhora da secreo pulmonar

    alcauz, cimicfuga, trevo-vermelhoDiminuio e regresso de processos inflamatrios e datosse

    alcauz Diminuio e melhora dos processos alrgicos

    alcauz, anglica, cimicfuga, trevo-vermelho eyam mexicano

    Diminuio dos espasmos da rvore brnquica

    agno-casto, alcauz, anglica Ao antibitica e antifngica nos processos respiratriosinfecciosos

    REFERNCIA BIBLIOGRFICA

    - ALVES, D.L. & SILVA, C.R. da. Fitohormnios: Abordagem Natural da Terapia Hormonal. So Paulo: Editora Atheneu, 2002.

    - NEWALL, C.A., ANDERSON, L.A. & PHILLIPSON, J.D. Plantas Medicinais. Guia Para Profissional de Sade. Trad. Mirtes

    Frange de Oliveira Pinheiro. So Paulo: Editorial Premier, 2002.

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    FFFUUUNNNOOODDDEEEFFFIIITTTOOOHHHOOORRRMMMNNNIIIOOOSSSEEE

    OOOSSSVVVAAALLLOOORRREEESSSDDDAAAPPPAAADDDRRROOONNNIIIZZZAAAOOODDDOOOSSSEEEXXXTTTRRRAAATTTOOOSSS

    Planta Funo Padro

    Soja Reduo de fogachos, melhora a osteoporose, me-lhora o perfil lipdico e diminui risco de cncer

    Isoflavonasa 1,5%

    CimicfugaMelhora sintomas da menopausa, melhora a atrofiavaginal, antiinflamatria, antiespasmdica, diurtica

    Deoxiocetinaa 2,5%

    Yam mexicanoEsteride, melhora a osteoporose, antiinflamatria,antiespasmdica, hipotensora, melhora do perfillipdico

    Deoxiacetina a25mg/1mg detriterpeno

    AnglicaEsteride, antiespasmdica, antiinflamatria, anti-hipertensiva, antibitica, antifngica

    Ligustilidaa 1%

    Agno-castoPulsos de LH e aumento da progesterona, inibe aprolactina, aumenta a produo de leite em purpe-ras, antibacteriana

    Vitesicarpinaa 5%

    AlcauzEsteride, antiinflamatria, antialrgica, antibacteri-ana, antiviral, proteo gstrica e heptica, antineo-plsica

    Glicirriza glabra

    a 12%

    LinhaaEsteride, emulfificante, anti-hipertensiva, laxante,antiinflamatria, melhora o perfil lipdico, protetorrenal, antineoplsica

    leos essenci-aisa 30%

    Trevo-vermelho

    Diminui a resistncia perifrica, broncodilatador,diminui a coagulabilidade sangnea, esteride, di-minui a osteoporose, cicatrizante, antineoplsica

    Isoflavonasa 40%

    Referncia Bibliogrfica:

    ALVES, D.L. & SILVA, C.R. da. Fitohormnios Abordagem Natural da Terapia Hormonal.

    So Paulo: Editora Atheneu, 2002.

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    EEEXXXEEEMMMPPPLLLOOOSSSDDDEEEVVVEEEGGGEEETTTAAAIIISSSEEEMMMPPPRRREEEGGGAAADDDOOOSSS

    EEEMMMDDDOOORRREEESSSRRREEEUUUMMMTTTIIICCCAAASSS

    Nome cientfico Nome popular Parte empregada

    Arnica montanaL. Arnica planta inteira

    Betulaalba L. Btula folhas

    CaseariasilvestrisSwartz Guaatonga, Erva-de-bugre folhas

    Harpagophytum procumbens(Burchell) DC. Garra-do-diabo razes secundrias

    HypericumperforatumL. Hiprico, Erva-de-So Joo folhas

    JuniperiscommunisL. Zimbro frutos

    LauruscamphoraL. Cnfora produto de destilao esublimao do lenho

    Laurus nobilisL. Louro folhas e frutos

    Lychnophorassp. Arnica-da-Serra-Dourada partes areas

    PerseaamericanaMill. Abacate folhas e sementes

    Populusnigra L. Amieiro-preto brotos

    Ribesnigrum L. Groselha-preta folhas

    SolidagovirgaureaL. Vara-de-ouro partes areas

    Spiraeaulmaria L. Barba-de-bode flores

    SymphytumofficinaleL. Consolida, "Confrey" folhas

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    EEEXXXEEEMMMPPPLLLOOOSSSDDDEEEVVVEEEGGGEEETTTAAAIIISSSEEEMMMPPPRRREEEGGGAAADDDOOOSSSEEEMMM

    DDDIIISSSTTTRRRBBBIIIOOOSSSRRREEESSSPPPIIIRRRAAATTTRRRIIIOOOSSS

    Nome cientfico Nome popular Parte empregada

    Allium cepaL. Cebola bulbo

    Allium sativumL. Alho bulbo

    Bromelia balansaeMill. Caraguat, Gravat frutos

    CaryocarbrasilienseCamb. Piqu entrecasca do tronco

    CopaiferaofficinalisL. Copaba leo-resina do troncoEucaliptusglobulusLabill Eucalipto folhas

    FoeniculumofficinaleMill. Funcho frutos

    GlycyrrhizaglabraL. Alcauz raiz

    HymenaeacourbarilL. var. Stilbo-carpa (Hayne) Lee e Lang Jatob, Jata, Jub

    cortex dos ramos, cascados frutos, resina

    HymenaeastigonocarpaMart. Jatob, Jata, Jutacortex dos ramos, cascados frutos, resina

    JuniperuscommunisL. Zimbro frutos

    MikanialaevigataSchulz. Bep. Guaco folhas

    NasturtiumofficinaleR.Brown Agrio folhas e ramos

    PinussilvestrisL.Pinho-da-esccia,Pinho-de-riga

    brotos e folhas

    PlantagolanceolataL. Plantago, Tanchagem folhas e sementes

    PlantagomajorL. Plantago, Tanchagem folhas e sementes

    Pulmonaria officinalisL. Pulmonaria partes areasSalvia officinalisL. Salva, Salvia folhas

    Thymus vulgarisL. Tomilho folhas e sumidades floridas

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    FFFIIITTTOOOCCCOOOSSSMMMTTTIIICCCOOOSSS

    Os fitocosmticos so produtos que apresentam em sua composio, comoagentes ativos, extratos vegetais ou substncias deles obtidas ou derivadas. Tais

    preparaes vm ganhando, dia-a-dia, espao crescente no apenas na indstria

    especializada de grande evoluo no pas e no mundo todo mas tambm nas

    farmcias quer como produtos de sua prpria manipulao, quer como produtos

    de revenda.

    Para a obteno de fitocosmticos, alm dos extratos e substncias deles

    isoladas e obtidas, so tambm empregadas como insumo ativo, substncias de

    hemi-sntese. Entre os grupos qumicos de substncias obtidas a partir de vege-

    tais, so empregados carboidratos (gomas e mucilagens), protenas e derivados

    (aminocidos), lipdeos (steres do glicerol e cidos graxos), flavonides (quera-

    tina), saponinas (exina), leos essenciais (terpenos), cumarinas (psoraleno), ca-

    rotenides (bixina e nor-bixina), leos fixos (leo de semente, de uva, de oliva),

    polifenis (taninos), quinonas.

    Alm da matria prima empregada como princpio ativo, entram na com-

    posio de fitocosmticos, como base ou veculo, gua purificada, lcool etlico,glicerina, poliis, etc. Fazem tambm parte das formulaes fitocosmticas ou-

    tros grupos de substncias empregadas como:

    conservantes (exemplos: parabenos metil e propil-parabenos);

    anti-oxidantes (exemplos: tocoferis, cido ascrbico);

    sequestrantes (exemplo: EDTA e seus sais);

    umectantes (exemplo: propilenoglicol, glicerina);

    corantes e pigmentos (azul brilhante, azul brilhante laca de alumnio, ama-

    relo crepsculo);

    espessantes (exemplos: gomas naturais: goma arbica, alginato de sdio,

    goma adraganta, argilas, derivados da celulose);

    tensoativos (aninicos: laurilsulfato de sdio; catinicos: cloreto de cetil-

    trimetilamneo; anfteros: cocoamidopropilbetaina; no-inicos: lcool ce-

    toestearlico etoxilado, monoestearato de polietilenoglicol);

    Outros.

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    EEEXXXEEEMMMPPPLLLOOOSSSDDDEEEVVVEEEGGGEEETTTAAAIIISSSEEEMMMPPPRRREEEGGGAAADDDOOOSSSEEEMMMCCCOOOSSSMMMEEETTTOOOLLLOOOGGGIIIAAA

    Nome cientfico Nome popular Parte empregada Aes, Propriedades e Usos

    Achillea millefoliumL. Mil-folhas Partes areasAntiinflamatrio, hemosttico, levemente adstringente.

    Tratamento de peles sensveis, irritadas; em queimaduras leves

    Achyrocline satureoidesD.C. Macela Partes areas Antiinflamatrio, analgsico. Uso em protetores solares e paraclareamento de cabelos.

    Actimidia deliciosa(A.Chev.)Liang e Fergunson "Kiwi" Frutos

    Coadjuvante em cremes e loes para rejuvenescimento. Xampuspara cabelos oleosos.

    Aesculus hippocastanumL. Castanha da ndia Amndoas, FolhasVaso-constritor perifrico. Descongestionante e adjuvante notratamento da celulite. Tratamento de varizes.

    Altheia officinalisL. Altia Folhas Protetor de mucosas (demulcente), emoliente.

    Arctium lappaL. Bardana RaizEmoliente, antissptico, antiinflamatrio. Tratamento de pelessecas, acneicas. Anticomidognico.

    Arnica montanaL. Arnica Planta inteiraTpico revulsivo, ativador da circulao. Auxiliar no tratamento dacelulite. Diminui os hematomas, as dores musculares e o cansaomuscular.

    Avena sativaL. Aveia Partes areas comfrutosRemineralizante, emoliente, nutritivo. Uso em preparaes capilaresde emprego dirio. Indicado para peles delicadas e sensveis.

    Bertholettia excelsaH.B.K.

    Castanha-do-Par

    Castanha-do-Brasil Amndoas Emoliente, umectante, lubrificante. Preparaes drmicas.

    Bixa orellanaL. Urucum SementesAgente corante, vermelho-alaranjado. Preparaes anti-solares ebronzeadores

    Calendula officinalisL. Calndula Sumidades floridasCicatrizante, antimicrobiana, antiinflamatrio, antialrgico.Tratamento de peles sensveis e del icadas. Antipruriginoso usadoem assaduras.

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    CaseariasylvestrisSch. Guaatonga FolhasCicatrizante, antiinflamatrio. Afeces cutneas, feridas abertas,queimaduras.

    Centelha asiaticaUrb. Centelha Partes areas Cicatrizante, antipruriginoso, vasoprotetor. Tratamento da celulite.

    Cinchona calisayaWedd Quina-amarela Cortex do tronco Coadjuvante no tratamento capilar

    Cinnamomum aromaticum Ness.

    (Cinnamomum cassiaNess.)Canela-da-China

    Cortex do tronco edos ramos Antissptico, protetor solar. Cremes e bronzeadores

    Copaifera reticulataDucke Copaiba Cortex e leo-resina Antissptico, antimicrobiano, cicatrizante, antiinflamatrio.

    Curcuma zedoriaRoscoe Zedoria Rizomas

    Antissptico, rubefaciente. Uso no tratamento de peles oleosas e

    acneicas.

    Echinacea angustifoliaD.C.

    Equincea

    Partes areasAntinfeccioso, imuno-estimulante, antiinflamatrio.

    Emprego em ferimentos, gengivites, abcessos, furnculos, pstulas,feridas abertas.

    Echinacea pallida(Nutt.) Nutt.Partes areas e

    razes

    Echinacea purpurea(L.) Moench Partes areas

    Ginkgo bilobaL. Ginco-biloba Folhas Age a nvel do sistema vascular como vasodilatador, ativando acirculao e tambm como anti-plaquetrio e anti-oxidante.

    Hamamelis virgineanaL. Hamamelis Folhas, cortex dotronco e dos ramos

    Adstringente, vasoconstritor com larga indicao em problemasvenosos (varizes, flebites). Tambm atua contra a oleosidade dapele e dos cabelos.

    Hedera helixL. Hera Folhas Rubefaciente, coadjuvante no tratamento de celulite. Possuitambm leve ao anestsica.

    Juglans regiaL. NogueiraFolhas. Pericarpo dasnozes

    Levemente adstringente, antissptico. Corante natural dos cabelosdando-lhes cor castanho-escura a negra. Fotoprotetor solar.

    Lawsonia inermisL. Henna Partes areas Atua como corante natural dos cabelos dando-lhes cor castanho-avermelhada. Empregado tambm como fotoprotetor solar.

    Macadamia alternifoliaF.Muell. Macadmia AmndoasEmoliente, umectante, lubrificante. Usos em cremes e preparaesdrmicas.

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    Matricaria chamomillaL. Camomila FloresAntiinflamatrio. Antialrgico. Aplicao em peles sensveis, contracansao e olheiras, em formulaes capilares, indicados paracabelos claros, loiros ou aloirados.

    Melissa officinalisL.Melissa,

    Erva-cidreiraPartes areas

    Antissptico. Antioxidante. Aplicaes em produtos dermatolgicos(pele) e capilares.

    Mentha piperitaL. Menta FolhasEstimulante da circulao perifrica. Refrescante. Coadjuvante notratamento de celulite e de gordura localizada.

    Pilocarpus jaborandiLem.Jaborandi Folhas Ao estimulante da circulao do couro cabeludo. Preveno etratamento da queda de cabelos.Pilocarpus microphyllus

    Pfaffia iresinoidesSpreng.Ffia Raiz Ativante da circulao, regenerador celular. Preparaes capilares.

    Pfaffia paniculata(Mart.) Kuntze

    Quillaya saponariaMol. Quilaia Cortez do tronco,lenho

    Estimulante da circulao. Preparaes contra a queda de cabelos.

    Rosmarinus officinalisL. Alecrim Partes areasEstimulante da circulao. Desodorante. Tonificante. Preparaespara cabelos oleosos. Uso em cremes dentais.

    Sambucus nigraL. Sabugueiro Flores Antiinflamatrio, cicatrizante. Tratamento de dermatoses.Preparaes capilares para aumentar o brilho dos cabelos.

    Salvia officinalisL. Salvia, Salva FolhasAntissptico, micosttico, virusttico, adstringente, estimulante dassecrees.

    Simmondsia chinensisLink. Jojoba Amndoas Umectante, cicatrizante, lubrificante e emoliente. Aumenta o brilhodos cabelos.

    Smilaxssp. Salsaparilha Partes areas, razes Hiperemizante (rubefaciente). Produtos capilares. Preparaescontra afeces cutneas. Psoriasis.

    Symphytum officinaleL. Conslida, "Confrey" Folhas Cicatrizante. Emoliente. Regenerador da pele.

    Triticum vulgareVill. Trigo Partes areasHidratante. Emoliente. Aplicaes em peles sensveis, delicadas.Produtos demicos e capilares com funo bio-reguladora deumidade.

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    Urtica urensL. Urtiga FolhasEstimulante da circulao. Melhora a irrigao do couro cabeludo.Emprego em preparaes capilares de cabelos oleosos.

    Viola odorataL. VioletaPartes areas e

    razesEmoliente empregado para peles sensveis, delicadas. Afecescutneas.

    Viola tricolorL. subsp. vulgaris(Koch) Oborny e subsp. arvensis(Murray) Gaudin

    Violeta tri-color,

    violeta de-trs-coresPartes areas Afeces cutneas seborreicas. Crosta lctea do beb. Acne juvenil.

    Zizyphus joazeiroMart. Jo Lenho do tronco Antissptico de uso oral e drmico com aplicao em afees dapele e das mucosas.

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    EEEXXXEEEMMMPPPLLLOOOSSSDDDEEEFFFOOORRRMMMUUULLLAAAEEESSSFFFIIITTTOOOTTTEEERRRPPPIIICCCAAASSS

    1- Ch para distrbios gstricos (com dores)

    a)Artemisia absinthiumL. (folhas) ......................................................... 05 gOcimum basilicumL. (flores e folhas) ................................................ 10 gLavandula officinalisL. (flores) ......................................................... 05 gMentha piperitaL. (folhas) ................................................................. 10 gMelissa officinalisL. (folhas) ............................................................. 20 gSalvia officinalisL. (folhas) ................................................................ 05 g

    b)Matricaria chamomillaL. (flores) ...................................................... 30 gTilia europaeaL. (flores) .................................................................... 30 g

    Mentha piperitaL. (folhas) ................................................................. 30 g

    2- Ch para distrbios hepticosPeumus boldusMolina (folhas) ............................................................... 10 gCoriandrum sativumL. (frutos) .............................................................. 02 g

    Rosmarinus officinalisL. (folhas) ........................................................... 02 gArctium lappaL. (raiz) ............................................................................ 02 g

    3- Ch contra a hemicrania

    a) Citrus aurantiumL. var. amara (cortex) ............................................. 10 gPassiflora incarnataL. (folhas e flores) ............................................. 05 g

    b)Matricaria chamomillaL. (flores) ...................................................... 10 gValeriana officinalisL. (raiz) .............................................................. 05 g

    4- Ch tranqilizantes e contra a insniaa)Matricaria chamomillaL. (flores) ...................................................... 05 g

    Mentha piperitaL. (folhas) ................................................................. 05 g

    Verbena officinalisL. (folhas) ............................................................ 05 gCitrus aurantiumL. var. amara (flores) .............................................. 05 g

    b)Tilia europaeaL. (flores) .................................................................... 05 gPassiflora incarnataL. (folhas e flores) ............................................. 05 gMelissa officinalisL. (folhas) ............................................................. 05 gOriganum majoranaL. (folhas) .......................................................... 05 g

    c)Artemsia vulgaris(extremidades floridas) ......................................... 02 gCrataegus oxyacantha(flores e frutos) .............................................. 02 g

    Cnicus benedictus(planta inteira) ...................................................... 05 gTlia europaea(flores) ........................................................................ 03 gValeriana officinalis(planta inteira) ................................................... 02 g

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    5- Ch de espcies peitorais (tratamento de gripes, resfriados, tosses)a)Thymus vulgarisL. (folhas) ................................................................ 10 g

    Lavandula officinalisL. (flores) ......................................................... 05 gRosmarinus officinalisL. (folhas) ....................................................... 05 gMentha piperitaL. (folhas) ................................................................. 05 gEucalyptus globulusL. (folhas) .......................................................... 05 g

    b)Althaea officinalisL. (raiz) ................................................................. 30 gGlycyrrhiza glabraL. (raiz) ................................................................ 10 g

    Foeniculum vulgareMiller var. vulgare(Miller) Thellung (frutos) ... 10 gThymus vulgarisL. (planta inteira) ..................................................... 25 gCetraria islandicaL. (talo dessecado) ................................................ 10 g

    Plantago ovataForskel (folhas) .......................................................... 15 g

    6- Ch contra a obesidadea)Garcinia cambogiaDesc. (casca do fruto) ......................................... 20 g

    Equisetum arvenseL. (planta inteira) ................................................. 20 gCynara scolymusL. (folhas) ............................................................... 30 gTaraxacum officinalisL. (raiz e partes areas) ................................... 20 gCitrus aurantiumL. (flores) .............................................................. 10 g

    b)Equisetum arvenseL. (planta inteira) ................................................. 30 gCynara scolymus L. (folhas) ............................................................... 40 g

    Fucus vesiculosus L. (talo dessecado) ................................................ 20 gTilia tomentosaMoench (flores) ......................................................... 10 g

    7- Ch contra constipao intestinala)Cassia acutifoliaDel. (folhas) ............................................................ 40 g

    Mentha piperitaL. (folhas) ................................................................. 30 gCarum carviL. (frutos) ....................................................................... 30 g

    b)Cassia acutifoliaDel. (folhas) ............................................................ 60 gMenta piperitaL. (folhas) ................................................................... 20 gMatricaria chamomilla L. (flores) ...................................................... 10 gFoeniculum vulgareMiller var. vulgare(Miller) Thellung (frutos) ... 10 g

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    8- Ch contra clculos renais e gotaa)Betula pendulaRoth (folhas) .............................................................. 40 g

    Solidago virgaurea L. (planta inteira) ................................................. 30 gOrthosiphon spicatus(Thunberg) Baker ............................................. 30 g

    b)Equisetum arvenseL. (planta inteira) ................................................. 40 gZea maysL. (estigmas) ....................................................................... 30 gArctostaphylos uva-ursi (L.) Sprengel (folhas) .................................. 30 g

    9- Ch contra halitoseLavandula angustifoliaMiller (flores) .................................................... 20 gMentha piperita L. (folhas) ..................................................................... 40 gSalvia officinalis L. (folha) ...................................................................... 40 g

    10- Ch contra enurese noturnaa)Polygonum aviculareL. (planta inteira) ............................................. 40 g

    Achillea millefoliumL. (planta inteira) ............................................... 20 gHypericum perforatumL. (planta inteira) ........................................... 20 gJuniperus communisL. (frutos) .......................................................... 20 g

    b)Humulus lupulusL. (inflorescncias) ................................................. 30 gMelissa officinalisL. (folha) ............................................................... 25 gAgrimonia eupatoriaL. (planta inteira) .............................................. 25 gAchillea millefoliumL. (planta florida) ............................................... 10 gCitrus aurantiumL. (flores) ................................................................ 10 g

    11- Ch contra cistitesa)Arctotaphylos uva-ursi(L.) Sprengel (folhas) .................................... 40 g

    Solidago virgaurea L. (planta inteira) ................................................. 30 gOrthosipon spicatus(Thunberg) Baker (folhas) ............................... 30 g

    b)Betula pendulaRoth (folhas) .............................................................. 25 gGlycyrrhiza glabraL. (raiz) ............................................................... 30 g

    Arctostaphylos uva-ursi(L.) Sprengel (folhas) ................................... 45 g

    12- Ch contra a prostatitea)Betula pendulaRoth (folhas) .............................................................. 30 g

    Arctostaphylos uva-ursi(L.) Sprengel (folhas) ................................... 20 gEquisetum arvense L. (planta inteira) ................................................. 20 g

    Caluna vulgaris (L.) Hull (flores) ....................................................... 20 gJuniperus communisL. (frutos) .......................................................... 10 g

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    16- Gotas contra o acne comumTintura a 10% deArctium lappaL. (Bardana)Tintura a 10% de raiz de Taraxacum officinaleJG.H.Weber (exWiggers s.l.)

    q.s.p. 60 ml

    Modo de usar:Tomar xxx com um pouco d'gua, duas vezes ao dia, antes das prin-cipais refeies.

    17- Gotas contra o cansao fsico-mentalTintura a 10% de raiz dePanax ginsengC.A.MeyerTintura a 10% de flor deLavandula angustifoliaMiller

    q.s.p. 60 ml

    Modo de usar:Tomar XL gotas em meio copo de gua, duas vezes ao dia, durante,

    no mnimo, 45 dias, 15 minutos antes das principais refeies.

    18- Gotas contra a halitosePreparar a seguinte mistura a ser empregada na preparao da tintura:

    Crocus sativus L. (estigmas) ............................................................ 2,0 gCaryophyllus aromaticus (L.) (flores) ............................................. 3,0 g

    Eucalyptus globulus Labill. (folhas) ................................................ 10,0 g

    Juniperus communis L. (frutos) ........................................................ 5,0 gUsar a mistura das drogas vegetais para a preparao da tintura empregando 200 mlde lcool a 90%. Deixar macerar por 14 dias.

    Modo de usar: Tomar XX gotas em um pouco d'gua aucarada, aps cada refeio

    19- Gotas ansiolticasTintura a 10% de raiz de Valeriana officinalisL. q.s.p. 60 ml

    Tintura a 10% de flores de Tilia tomentosaMoenchTintura a 10% de folhas dePassiflora incarnata

    Modo de usar:Tomar L gotas em meio copo d'gua, 02 vezes ao dia.

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    EEEXXXEEEMMMPPPLLLOOOSSSDDDEEEPPPRRREEEPPPAAARRRAAAEEESSSAAARRROOOMMMAAATTTEEERRRPPPIIICCCAAASSS(((ooo...eee...===llleeeoooeeesssssseeennnccciiiaaalll)))

    1-

    Thymus vulgarisL. (o.e.) .................................................................................... 0,10 g

    Cupressus sempervirensL. (o.e.) ........................................................................ 0,10 gCinammomum zeylanicumL. (o.e.) .................................................................... 0,75 gleo vegetal q.s.p. ................................................................. 30 ml

    Aplicao e uso:contra enureseModo de usar: Tomar X a XV gotas (segundo a idade), de manh e tarde.

    2-

    Rosmarinus officinalisL. (o.e.) ........................................................................... 0,10 gThymus vulgarisL. (o.e.) .................................................................................... 0,10 gPelargonium graveolensL. (o.e.) 0,10 gleo vegetal q.s.p. 45 ml.

    Aplicao e uso:em casos de insuficincia hepticaModo de usar:Tomar V a XX gotas (segundo a idade), de manh, ao meio-dia e tarde.

    3-Eucalyptus globulusLabill. (o.e.) ....................................................................... 0,25 gPinus sylvestrisL. (o.e.) ..................................................................................... 0,25 gMentol ................................................................................................................ 0,50 g

    Aplicao e uso:em casos de sinusites, de gripes e resfriados, sob a forma de inalante seco.Modo de usar:aplicar em leno (de papel ou de pano) e inalar algumas vezes ao dia.

    4-

    Mentol ................................................................................................................. 0,60 gEucaliptol ............................................................................................................ 0,60 gMyroxylon balsamumL. (tintura) ........................................................................ 3,0 mlLavandula angustifoliaMiller (tintura) .............................................................. 0,6 mlStyraxssp. (benjoim: tintura) .............................................................................. 0,6 mllcool etlico a 70% q.s.p. 30 ml

    Aplicao e uso:usar em casos de sinusite, de gripes e resfriados sob a forma de inalante mido.Modo de usar:colocar uma colher de ch em recipiente de loua, adicionar 100 a 200 ml de gua ferven-te, inalar, cobrindo a cabea com uma toalha. Repetir a inalao 02 a 03 vezes ao dia.

    5-Tintura de benjoimStyraxssp. ........................................................................................................... 20,0 glcool etlico a 96% q.s.p. 100 ml

    Aplicao e uso:como desodorante, cicatrizante, antisudorfico, antissptico; aps a retirada de pontoscirrgicos.Modo de usar:aplicar no local desejado, com algodo, "spray", cotonete ou pincel apropriado.

    6-Tintura etrea de benjoimStyraxssp. ........................................................................................................... 20,0 gter q.s.p. 100 ml

    Aplicaes e usos: cicatrizante, desodorante, antissptico; aps a retirada de pontos cirrgicos.Modo de usar:aplicar no local desejado, com algodo, "spray", cotonete ou pincel apropriado.

    7-leo canforadoCinnamomum camphora(L.) Sieber ................................................................... 9 partesleo vegetal ......................................................................................................... 1 parte

    Aplicaes e usos:em casos de dores musculares, dores articulares, reumatismos. Tnico circulatrio,analptico respiratrio, espasmoltico brnquico.

    OBS:tanto a cnfora, como o benjoim, assim como a mirra e a asaftida e os blsamos do Peru, de Tolu,de Copaba, so exsudatos dos vegetais respectivos.

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    VVVIIINNNHHHOOOSSSMMMEEEDDDIIICCCIIINNNAAAIIISSS

    1-

    Vinho de GencianaGentiana luteaL. (raiz) ...................................................................................... 30,0 glcool etlico a 60% ............................................................................................ 60,0 gVinho branco ....................................................................................................... 1.000 g

    Modo de preparar:Dividir a raiz por moagem, contuso ou rasura. Colocar em macerao no lcool, por 48 horas. Depois,juntar o vinho; deixar macerar por 04 semanas. Filtrar.Modo de usar: tomar 01 clice aps as refeies.

    2-

    Vinho de Absinthium(losna)Artemisia absinthiumL. (flores) ......................................................................... 30,0 glcool etlico a 50% ............................................................................................ 60,0 gVinho branco doce .............................................................................................. 1.000 g.

    Modo de preparar:idntico ao exemplo anterior.Aplicao e uso:como aperitivo e digestivo.

    Modo de usar: tomar 01 clice antes das refeies.

    LLLEEEOOOSSSMMMEEEDDDIIICCCIIINNNAAAIIISSS

    1-Matricaria chamomillaL. (flores) ...................................................................... 30 gAzeite de oliva ..................................................................................................... 100 g

    Modo de preparar:Deixar em decoco em banho-maria fervente, por meia hora. Filtrar. Fazer a ex-presso do resduo e juntar ao primeiro filtrado.Aplicao e uso:contra dores reumticas.Modo de usar: amornar, em banho-maria, antes de aplicar na regio dolorida, sempre com frices.

    2-

    Repetir a formulao acima, adicionando, depois do leo estar frio, uma pedra de cnfora

    Uso e modo de emprego:Semelhante ao do exemplo anterior.

    OBS.:do mesmo modo podem ser preparados outros leos medicinais, tais como: leo de Hamamelis, deMalva, de Mentha piperita, de Arnica, de Calndula, de Guaatonga, de Louro, etc.

    PPPOOOMMMAAADDDAAASSS

    1-

    Pomada de BeladonaAtropa belladonnaL. (extrato seco) ................................................................... 10,0 gGlicerina ............................................................................................................. 5,0 g

    Vaselina slida ................................................................................................... 85,0 gModo de preparar:incorporar o extrato seco glicerina, misturando-o adequadamente e, por fim, incor-porar essa dissoluo glicerinada vaselina, triturando em gral de porcelana, at incorporao completa.Uso: para dores localizadas, em inflamaes locais.Modo de usar:aplicar nas partes afetadas atravs de leve frico.

    2-Pomada de CalndulaCalen