cerveja; controle de qualidade

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  • 8/22/2019 Cerveja; Controle de Qualidade

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU

    CENTRO DE CINNCIAS DA NATURAEZA

    DEPARTAMNETO DE QUIMCA

    DISC.:MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL

    PROF.: Dra CARLA VERNICA

    PRODUO DE CERVEJAS - ITENS DE CONTROLE

    FRANCISCO MARTINS DOS ANJOS JNIOR

    Teresina, novembro de 2010

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    ANLISES DE EXTRATO E LCOOL

    Durante a brassagem formado o mosto, contendo basicamente acares, dextrinas,protenas, aminocidos, polifenis e minerais. Essas substncias compem o extrato. Nafase da fermentao este tem sua densidade reduzida, em funo da formao de lcoola partir dos acares.

    O Beer Analyzer permite a analise de cerveja de vrios tipos. O perodo de oscilao dadensidade e da clula de medio da velocidade do som so medidos para cadaamostra. Baseados nestas medies, todos demais clculos so feitos, como extratooriginal (mosto bsico ou extrato primitivo), extrato aparente, lcool, extrato real,densidade, peso especfico, grau real de fermentao, grau aparente de fermentao ecalorias.

    O Extrato real calculado usando a funo de densidade e nmero de som. O Extratoaparente calculado a partir da densidade da amostra. O extrato original calculadoatravs da seguinte frmula: [(%Ap/p*2.0665 + %Ereal)*100] / (100 +%Ap/p*1.0665).

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    ANLISES DE EXTRATO E LCOOL

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    ANLISE DE pH

    O pH exerce nas diversas fases da elaborao do mosto, influncia decisiva na aoenzimtica e , conseqentemente na composio final do mosto.

    Durante o processo de fervura, o pH influencia a coagulao protica, a solubilizao ea isomerizao dos componentes do lpulo e o desenvolvimento da cor.

    Principio: Medio do pH de uma amostra por leitura direta pelo eletrodo dopHmetro

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    ANLISE DE pH

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    DIACETIL

    O diacetil um dos principais parmetros para designar o estgio de maturao dacerveja.Ele responsvel por um aroma e paladar que lembra manteiga, ou mel.

    produzido, naturalmente, durante a fermentao pelo metabolismo da levedura etambm por bactrias lticas, principalmente Pediococcus sp., tanto durante quanto apsa fermentao.

    Durante o processo de fermentao a levedura reduz o teor de diacetil na cerveja, aopasso que contaminaes por bactrias geralmente o aumentam.

    O termo dicetonas vicinais engloba a soma das dicetonas 2,3-butanodiona (diacetil) e2,3-pentanodiona. O diacetil e a pentanodiona esto presentes nos produtos secundriosdo metabolismo fermentativo da levedura cervejeira e formam-se atravs da oxidaodas molculas de 2-acetolactato e 2-acetohidroxibutirato, respectivamente.

    Principio: determinao da 2,3-pentadiona atravs de mtodoespectrofotomtrico

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    DIACETIL

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    COR

    A colorao determinada, principalmente, por melanoides e caramelo presentes nomalte e nos adjuntos usados. Entretanto durante a ebulio do mosto ocorre umaumento de colorao devido: caramelizao dos acares, formao de melanoidese a oxidao dos taninos (principalmente do lpulo).

    A caramelizao dos acares conseqncia de uma srie complexa de interaes,

    entre compostos aminados e acares redutores, que ocorre em muitos sistemasbiolgicos. A cor do mosto cervejeiro uma indicao de cor final da cerveja, sendoimportante seu controle durante a fabricao .

    Principio: a cor determinada atravs da leitura da absorbncia da amostrano comprimento de onda 430 nm. A cor expressa em unidades EBC.

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    AMARGOR

    O amargor da cerveja pode ser conferido pelas isohumulonas oriundas do processo deisomerizao do lpulo durante a fervura do mosto e da adio de lpulo tetra, noprocesso de filtrao de cerveja.

    O amargor um dos principais fatores de diferenciao entre as cervejas. Normalmente,os diferentes tipos de cerveja, apresentam um contedo de amargor bastante distinto ediferenciado.

    A observncia das unidades de amargor dentro dos padres de qualidade estipuladosgarantem uma melhor estabilidade organolptica, condies microbiolgicas maissatisfatrias bem como melhores propriedades da espuma.

    Princpio: Consiste na extrao das substncias amargas pelo iso-octano, sobagitao e em meio cido, seguida da medida da absorbncia

    espectrometricamente, a 275 nm.

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    FERRO

    A presena de ons ferro na cerveja pode ser proveniente das matrias primas, dastubulaes, dos tanques, do estabilizante de espuma ou da terra filtrante.

    A reao do ferro com os diferentes componentes da cerveja provoca inmerosinconvenientes que, em geral, influenciam negativamente a qualidade do produto.

    Da mesma forma, a presena de ferro, apesar de melhorar a estabilidade da espuma, lheconfere uma colorao marrom prejudicial ao aspecto visual do produto.

    Principio: Baseia-se na reao entre o ferro e a soluo de orto-fenantrolina,formando um complexo colorido alaranjado cuja absorbncia, proporcional concentrao de ferro, medida espectrofometricamente em 505 nm.

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    NITROGNIO

    A frao nitrognio coagulvel composta basicamente de protenas de alto pesomolecular, principalmente a albumina e a globulina. Apesar de representar uma pequenaparcela do nitrognio total do mosto, sua determinao atua como parmetro naavaliao do teor de nitrognio de alto peso molecular e, conseqentemente, naqualidade da cerveja resultante em termos de corpo, espuma e estabilidade fsico-qumica.

    Princpio: O mtodo de Kjeldahl para a determinao de nitrognio orgnicobaseia-se na digesto da amostra com cido sulfrico concentrado, empresena de catalisadores. A matria orgnica mineralizada, com formaode gua, dixido de carbono e amnia, a qual fixada pelo cido sulfricocomo sulfato de amnio. A seguir, a amnia destilada com excesso de uma

    base forte, e recolhida em soluo de cido brico.

    A quantidade de amnia fixada pelo cido brico titulada com soluo decido sulfrico.

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    NITROGNIO

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    NITROGNIO

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    CLCIO

    A presena de clcio no mosto benfica, pois reage com os fosfatos orgnicos domosto e auxilia na formao dos fosfatos cidos que, ao provocarem uma diminuio depH, melhoram a atividade enzimtica durante a fermentao. Alm disso, o clcioprotege as alfa amilases da inativao pelo aquecimento e, tem que ser suficiente paraprecipitar o oxalato do mosto, evitando que o produto final tenha problema deestabilidade.

    Principio: Determinao dos ons clcio na amostra por titulao

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    ESPUMA

    A estabilidade da espuma caracterstica fundamental da apresentao comercial doproduto, uma vez que, juntamente com a cor, fornece a primeira impresso do produtoao consumidor. O consumidor associa a m estabilidade da espuma a uma cerveja dequalidade deficiente, mesmo quando as demais caractersticas do produto estiveremdentro dos padres de qualidade.

    A estabilidade de espuma sofre influncia direta, em maior ou menor escala, devido adiversos fatores intrnsecos ao processo produtivo, tais como: teor de protenas nomalte, resinas do lpulo, taxa de evaporao, pH do cozimento, etc.

    Princpio: Consiste no clculo da vida mdia da espuma, a partir dadeterminao do tempo de queda de uma quantidade pr-definida deespuma.

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    OXIGNIO DISSOLVIDO

    . A presena de oxignio na cerveja em maturao ruim para o gosto do produto, podehaver formao de diacetil quando a cerveja exposta ao ar, aps a fermentao. Oamargor da cerveja tambm se torna desagradvel, em funo da oxidao de polifenisou das substncias amargas ( incluindo isohumulonas).

    No processo de enchimento a cerveja entra em contato com o ar e dissolve o oxignio.Aps o enchimento o ar que fica no espao vazio das embalagens, vai ser

    progressivamente dissolvido e esta oxidao tem consequncias negativas para oproduto.

    Os equipamentos de medio baseiam-se no princpio da reduo eletroltica do oxigniomolecular, que atravs de difuso, alcana um eletrodo polarizado negativamente. Acorrente resultante da reao, sob condies bem definidas funo linear daconcentrao de oxignio.

    A base de operao dos dois sistemas a reduo do oxignio molecular para onshidroxila.

    Principio: determinao do teor de oxignio pela passagem do lquido peloaparelho de leitura (oxmetro).

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    Oxmetro

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    OXIGNIO TOTAL

    A anlise do Oxignio Total (TPO) possibilita que se obtenham valores de concentraodo oxignio remanescente na embalagem aps o envase, representando desta forma,uma importante ferramenta analtica na melhoria da estabilidade organolptica doproduto.

    A anlise se fundamenta na obteno do equilbrio entre o oxignio das fases lquida egasosa.

    Esse equilbrio pode ser conseguido atravs da agitao da amostra

    Princpio: O clculo do Oxignio Total se fundamenta na Lei de Henry (damesma forma que a anlise do CO2) onde as concentraes dos gases soiguais quando atingem o equilbrio. A presso parcial do oxignio (headspace) igual a presso de vapor do O2 no lquido (dissolvido) , dependendo

    apenas da temperatura e no da presso. TPO = O2 x (1+HS% x (3777 x (4,15E-7x T2+2E-4 x T-0,0701) / T ))

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    OXIGNIO TOTAL

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    PASTEURIZAO

    A pasteurizao um tratamento trmico bastante suave para reduzir o nmero demicrorganismos com um mnimo de alterao do aroma do produto. Para acerveja uma esterilidade parcial o suficiente, principalmente por que microrganismostais como esporos que tenham sobrevivido pasteurizao, no so capazes de sedesenvolver na cerveja.

    O Redpost mede e registra, a cada meio minuto (30 segundos), a temperatura do lquidoe o tempo de permanncia do aparelho dentro do pasteurizador. A partir destes dados,o aparelho calcula a UP (Unidade de pasteurizao).

    Prncipio: medir a pasteurizao do produto com base no clculo UP = 1,393(t-60)

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    RED POST

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    TESTE TAP

    Testes bioqumicos baseados no fato da enzima invertase estar presente na cervejafermentada, e ser destruda na mesma medida que as bactrias, so geralmenteutilizadas face a rapidez de execuo.

    A enzima invertase hidrolisa o acar no redutor (sacarose) em glicose e frutose,ambos redutores, e o aparecimento destas substncias detectado atravs de fitas

    reativas para glicose.

    Estudos provaram que a enzima invertase completamente destruda aps a exposioa 5 unidades de pasteurizao. Portanto, a cerveja pasteurizada no deve apresentarhidrlise da sacarose e o aparecimento de glicose no deve ocorrer.

    Princpio: Consiste em adicionar sacarose cerveja e detectar a ocorrncia de

    reao enzimtica, atravs de uma tira de papel reativo glicose.

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    TURVAO

    A turvao da cerveja uma aparncia tica resultante da difuso (ou disperso) da luzpor partculas diminutas existentes no lquido. A turvao frio aquela formada nacerveja quando a mesma resfriada de 20 at 0 oC e permanece 24 horas a 0 oC semagitar o sedimento.A turvao a quente a turvao presente na cerveja temperaturaambiente (20oC), sem agitar o sedimento.

    Princpio:

    Mosto: Consiste em avaliar as condies de filtrao, atravs da medida daturvao.

    Produto Acabado: Consiste em submeter a amostra variao da temperatura(20 - 0 oC), com a medida da turvao aps 24 horas.

    .

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    TURVAO

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    CO2

    O CO2 componente essencial de uma cerveja devido sua grande influncia na recncia(sabor refrescante), e formao de espuma, participando decisivamente na formao dogosto e aroma do produto.

    Os denominados manomtricos, esto baseados na lei de Henry, que estabelece que aquantidade de um gs dissolvido em determinada quantidade de lquido, a uma dadatemperatura, proporcional presso parcial do gs. Nas amostras de cerveja,

    eliminando-se, de modo satisfatrio, o efeito da presso parcial dos gases presentes noespao vazio da embalagem, a presso restante causada inteiramente pelo gscarbnico.

    Principio: Consiste em expandir, atravs de agitao, os gases contidos emuma amostra medindo, manometricamente, a presso exercida pelo CO2.

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    CO2

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    MICROBIOLOGIA

    Os microrganismos dentro de uma amostra lquida, so detectados atravs dedesenvolvimento em um meio de cultura. Os meios de cultura podem ser slidos oulquidos. A tarefa detectar at uma pequena quantidade de microrganismos em umgrande volume de amostra.

    INOCULAO DIRETA; a inoculao direta de uma amostra permite um volume de todosos tipos de amostras (lquidas, slidas e gasosas) e, tambm, a inoculao fcil de

    swabs. Neste tipo de anlise o resultado obtido qualitativo. MICROSCOPIA ; a microscopia em campo escuro utilizada para examinar as

    preparaes a fresco, pouco visveis na microscopia em campo claro e tambm noestudo de microrganismos que sofrem alteraes em sua morfologia, quando corados.

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    MICROBIOLOGIA

    Microscopia em campo escuro a principal ferramenta de trabalho para a identificaomorfolgica de microrganismos (bactrias, leveduras, mofos ou bolores) e de materiaisno biolgicos (cristais, auxiliares de filtrao, fibras, etc.). Onde se pode verificar arefrao da luz produzida pelas bactrias, auxiliando na diferenciao entre bactriasgram-negativas e gram-positivas;

    Microscopia em campo claro ou objetiva de imerso um recurso utilizado namicroscopia de identificao de microrganismos quando estes so corados (caso dacolorao de Gram), para objetos grandes e algas.

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    MICROBIOLOGIA

    A filtrao em membrana permite anlise de volumes maiores, usualmente 100mL (comalgumas excees). O volume mnimo para ser utilizado o mtodo de filtrao emmembrana de 10mL, para volumes menores deve-se colocar de 50 a 100mL desoluo salina no copo de filtrao e adicionar a amostra, homogeneizar para suspendera mesma e permitir filtrao adequada.

    Outra vantagem na obteno de resultados quantitativos e obteno de UFCs isoladas,o que facilita na aplicao de testes como: oxidase, catalase, KOH e colorao de Gram,utilizados para identificar os microrganismos.

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    MICROBIOLOGIA

    O Meio de cultura NBB-c (NBB concentrado) foi desenvolvido para detectarmicroorganismos deteriorantes cervejeiros, em baixas concentraes, com especificidadee sensibilidade.

    Incubar o frasco (tipo Schott). O desenvolvimento de turvao, indica resultado positivo(presena de microorganismos deteriorantes cervejeiros).

    YM especfico para leveduras selvagem

    WLN especfico para bactrias aerbicas

    RR organismos anaerbicos

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    DIFERENCIAO DE BACTRIAS

    Solues em ordem de

    aplicao

    Gram-positivas Gram-negativas

    Cristal violeta (CV) Clulas coradas em violeta Clulas coradas em violeta

    . Soluo de iodo (I) ou Lugol Formao de complexo CV-I nointerior das clulas quepermanecem violetas

    Formao de complexo CV-I nointerior das clulas quepermanecem violetas

    lcool Desidratao das paredescelulares, diminuio daporosidade e dapermeabilidade: o complexo CV-

    I no liberado e as clulaspermanecem violetas

    Extrao dos lipdios da paredecelular, aumento da porosidade:o complexo CV-I removido dasclulas

    Fucsina ou Safranina Desidratao das paredescelulares, diminuio daporosidade e dapermeabilidade: o complexo CV-I no liberado e as clulas

    permanecem violetas

    As clulas se coram, devido aretirada do complexo CV-I eaumento da permeabilidade, etornam-se vermelhas

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    MICRORGANISMOSLactobacillus

    Colnias usualmente pequenas, convexas, lisas, brilhantes ou opacas, normalmente sempigmentos;

    Bastonetes delgados, curtos para longos, unitrios ou pares formando ngulos obtusos, algumasvezes em bastes curvos e curtos, comumente formando cadeias;

    Crescem 30 C, porm a temperatura tima varia de 25 40 C; Necessitam de faixa de pH entre 4,0 e 6,4, embora o desenvolvimento ocorra, geralmente, a pH

    5,0 ou menos. Gram-positivos; Microaerfilos ou anaerbios facultativos; Catalase-negativa; cido ltico o principal produto do metabolismo; Produtores de diacetil; No formadores de esporos; So organismos fastidiosos, que exigem complexos requerimentos nutricionais, como:

    aminocidos, peptdeos, derivados de cidos nucleicos, vitaminas, sais, cidos graxos, steres decidos graxos e carboidratos;

    Toleram at 5% de lcool etlico; Fonte original: p de malte e ar; Deterioram o produto, causando turbidez, acidificao eoff-flavors; Na cerveja, o mais importante off-flavor associado a essas bactrias doce, semelhante

    manteiga queimada ou mel devido produo de diacetil; Fases da produo: preparo do mosto e mosto doce; fermentao; maturao; packaging;

    comercializao (s de chopp) (cervejas); sucos; packaging (refrigerantes); Principais espcies: L. brevis, L. lindneri, L. delbrueecki, L. plantarum e L. casei.

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    MICRORGANISMOS

    Pediococcus Colnias usualmente pequenas, convexas, lisas e cinzas esbranquiadas; Clulas esfricas, nunca alongadas, divises ocorrem alternadamente em dois planos, em ngulo retopara formar tetradas; clulas nicas so raras e clulas em cadeia no so formadas; Crescem a 30 C, porm a temperatura tima varia de 21 25 C Necessitam de faixa de pH entre 3,5 e 5,5, embora o desenvolvimento ocorra, geralmente, a pH 4,0; Gram-positivos; cido ltico o principal produto do metabolismo; Produtores de diacetil; No formadores de esporos; So organismos fastidiosos, que exigem complexos requerimentos nutricionais, como: aminocidos,

    peptdeos, derivados de cidos nuclicos, vitaminas, sais, cidos graxos, steres de cidos graxos ecarboidratos;

    Toleram at 5% de lcool etlico; Metabolizam fracamente as protenas; Fonte original: p de malte e ar; Podem causar viscosidade ao meio de cultura lquido como resultado da secreo de cpsulas

    polissacardicas produzidas a partir de acares, mas no de dextrinas. Deterioram o produto, causando turbidez, acidificao eoff-flavors; Na cerveja, o mais importanteoff-flavorassociado a essas bactrias doce, semelhante manteiga

    queimada ou mel devido produo de diacetil; Fases da produo: preparo do mosto e mosto doce; fermentao; maturao; packaging;

    comercializao (s de chopp) (cervejas); sucos (refrigerantes) Principais espcies: P. damnosus e P.inopinatus

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    MICRORGANISMOSAcetobacter Colnias grandes, regulares, convexas, plidas. Podem produzir pigmentos (porfirinas) conferindo

    colorao rsea; Cocobacillos aos pares ou em cadeias. Formas degeneradas podem ser esfricas, alongadas,curvas ou filamentosas; Crescem a 30 C, porm a temperatura tima varia de 25-40 C; Necessitam de faixa de pH entre 5,4 e 6,3; Gram-negativos; Aerbios; Compreendem espcies homo e heterofermentativas;; Oxidam acetato e lactato dixido de carbono e gua; Metabolismo respiratrio; No produzem gs sulfdrico; Produzem cido a partir de: manitol, sorbitol, arabinose, sorbose, manose, frutose, sacarose,

    lactose, rafinose e dextrina; Formao de pelcula, em forma de anel, em meio lquido; Abaixam pH da cerveja; Em baixas condies de aerobiose podem causar em 24-48 horas deteriorao na cerveja,

    acompanhada de odor vinagroso e de uma considervel acidez; Os efeitos causados pelaAcetobacter sp. so: acidficao, viscosidade, turbidez,off-flavors,descolorao;

    Fases da produo: resfriamento do mosto, at inoculao da levedura; fermentao; packaging;comercializao (s chopp) (cervejas); sucos; packaging; fbrica - assepsia (refrigerantes);

    Principais espcies:A . ascendens; A . aceti; A . xylinum; A . pasteurianus; A . orleanensis.

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    MICRORGANISMOSBacillus Colnias de tamanhos variados, redondas ou irregulares, de superfcie rugosa, opaca, com colorao

    creme ou castanha. Podem apresentar pigmentos difusos no meio de cultura. O material celular que

    cresce em Agar no dispersado prontamente em meio lquido; Bastonetes alongados com extremidades arredondadas ou quadradas, isoladas, raramente em

    cadeias; Necessitam de faixa de temperatura de 25-75 C; Crescem na faixa de pH de 2,0 a 8,0, embora o desenvolvimento ocorra, geralmente, a pH 5,5; Gram varivel; Aerbios; Mveis devido a presena de flagelos peritrquios; Formam endosporos muito resistentes, em condies muito adversas; Necessidades nutricionais variando de compostos simples complexos; Algumas cepas so sais tolerantes, outras tm requisitos especficos para sais; Levana e dextrana so formadas extracelularmente a partir de sacarose; Um meio mnimo para crescimento vegetativo no precisa conter vitaminas e admite glicose e sais de

    amnia, como nicas fontes de carbono e nitrognio; Ocorrncia no necessariamente relacionada aohabitat natural, por causa da distribuio passiva e

    persistncia de esporos; Fases da produo: Esse microrganismo pode ser encontrado em diversas fases da produo,

    principalmente no ar ambiente, ocasionando por vezes, o seu aparecimento sob forma decontaminao secundria em amostras e/ou anlises, dificultando e as vezes inviabilizando ainterpretao dos resultados;

    Principais espcies: B. subtilis, B. coagulans, B. macerans, B. estereatermophilus.

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    DETERMINAO DE LEVEDURAS

    As anlises quantitativas tm como finalidade determinar a concentrao da populaode microrganismos em um volume definido. Existem dois mtodos de escolha para aquantificao de leveduras: a contagem direta de clulas em cmara ou contagem deviveis por plaqueamento em meio de cultura definido .

    A cmara de contagem mais comumente utilizada a de Neubauer. As reasreticuladas so recobertas por uma lamnula, sendo que a altura delimitada tambm

    conhecida. A cmara de Neubauer apresenta uma das reas dividida em quadrados de0,0025 mm . A altura coberta pela lamnula de 0,1 mm, assim sendo, o volume de amostra definido

    em cada rea reticular de 0,00025 mm.

    Princpio do mtodo: Baseia-se na obteno da concentrao de clulas delevedura em uma suspenso, atravs de contagem em cmara de Neubauer,cujas reas reticuladas possuem dimenses conhecidas e a altura entre acmara e a lamnula tambm conhecida. Portanto, tem-se um nmero declulas calculado em um volume conhecido e da obtm-se a concentrao.

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    Cmara de Neubauer

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    VIABILIDADE

    O termo viabilidade expressa o percentual de clulas vivas com potencial reprodutivo eestado fisiolgico adequando para o processo fermentativo. A tcnica de determinaoda viabilidade em lmina baseada na capacidade de proliferao da levedura decultivo, atravs da metabolizao dos nutrientes presentes no mosto, ou seja, asleveduras ativas capazes de gerar clulas filhas ou microcolnias ao trmino daincubao, so consideradas viveis, j que conseguiram uma metabolizao eficaz aponto de aumentar a sua biomassa.

    O teste apresenta vantagens, j que possvel determinar quantitativamente acapacidade de propagao da levedura de cultivo em tempo significamente menor aoempregado na tcnica de plaqueamento tradicional (cerca de trs dias), alm de tornarpossvel uma anlise de cada clula individualmente na lmina amostrada.

    Princpio: Baseia-se na avaliao microscpica e quantificao do nmero declulas de levedura de cultivo em gemulao (viveis), atravs deestriamento em lmina e incubao.

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    VITALIDADE

    A vitalidade celular em levedura expressa o estado fisiolgico, os nveis de reservametablica e a adaptabilidade do fermento ao processo cervejeiro. Um importante fatornessa avaliao a concentrao de glicognio intrace-lular disponvel para a clula.

    Fundamentalmente, o glicognio constitui a mais importante reserva de carboidratos daclula viva. Atravs da colorao com lugol (soluo de iodo), estas dextrinas, formadas partir da assimilao da glicose presente no substrato, adquirem colorao marrom e

    tornam todo o interior celular corado. Sabe-se que a intensidade da colorao est diretamente relacionada com a

    disponibilidade do glicognio e o contedo enzimtico celular.

    O conhecimento do estado fisiolgico da populao celular de levedura muitoimportante no controle da fermentao, pois serve de orientao para o tratamento dalevedura de cultivo, alm de auxiliar no acompanhamento da cintica do processofermentativo, refletindo a adaptabilidade da populao ao ambiente.

    Princpio: Baseia-se na avaliao microscpica qualitativa do estadofisiolgico da levedura de cultivo atravs da reao de colorao doglicognio intracelular com o reagente de Lugol

  • 8/22/2019 Cerveja; Controle de Qualidade

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    Visualizao das espcies

    Acetobacter aceti Acetobacter sp.

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    Visualizao das espcies

    Lactobacillus brevis

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    Visualizao das espcies

    Lactobacillus casei

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    Visualizao das espcies

    Lactobacillus lindineri

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    Visualizao das espcies

    Pediococcus sp.

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    Meio NBB - Lactobacillus

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    Meio Raka-Ray micorganismos anaerbicos

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    Meio YM - levedura selagem

  • 8/22/2019 Cerveja; Controle de Qualidade

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    Meio WLN - Bactrias aerbicas

  • 8/22/2019 Cerveja; Controle de Qualidade

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    Incubao

  • 8/22/2019 Cerveja; Controle de Qualidade

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    Incubao

  • 8/22/2019 Cerveja; Controle de Qualidade

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    Incubao

  • 8/22/2019 Cerveja; Controle de Qualidade

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    Incubao

    Itens de controle via diretrizes legais:

  • 8/22/2019 Cerveja; Controle de Qualidade

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    Itens de controle via diretrizes legais:

    Teor de cool ( 3,5 a 5,5 v/v para cervejas pilsen)

    Iseno de resduos de acar em produes de Diet

    Contedo lquido das embalagens ( Portaria Inmetro n 096

    07/04/2000)

    Potabilidade da gua

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    Potabilidade pH 6 a 8 Cloro 0,4 a 0,8 ppm Cor mx. 5 ppm Turbidez mx. 01 NTU Cloreto mx. 50 mg/L Nitrato mx. 3 mg/L Nitrito ausncia Amnia mx. 0,1 mg/L Dureza Total mx. 160 mg/L Dureza Clcio mx. 120 mg/L Dureza Magnsio mx. 40 mg/L Alcalinidade mx. 50 mg/L Alumnio mx. 0,2 mg/L Slica mx. 30mg/L Sulfato mx. 50mg/L Matria orgnica mx. 1,5 mg/L Slidos totais mx. 300mg/L Cobre mx. 0,05mg/L Coliformes ausncia Bactrias Euterotrficas ausncia Metais pesados(Chumbo mercrio arsnio) ausncia