controle de infecção na odontologia

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  • 8/13/2019 Controle de Infeco na Odontologia

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    CONTROLE DE INFECO EMODONTOLOGIAAntisspticos e Desinfectantes

    Prof. Ildefonso Cavalcanti

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    INTRODUO A prtica da odontologiaabrange uma

    grande variedade de procedimentos, quepodem incluir desde um simples exame atuma cirurgia mais complexa.

    Estes procedimentos geralmente implicamem contatocom secrees da cavidadeoral, algumas vezes representadossimplesmente pelo contato com saliva,outras vezes pelo contato com sangue,secrees orais, secrees respiratrias eaerossis.

    Isto tudo acaba resultando em possibilidadede transmisso de infeces.

    http://bp3.blogger.com/_E-XD5xK1bhY/RuNglN0uSuI/AAAAAAAAAFE/kED3ZUaZDvw/s1600-h/dave3.jpg
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    Efetivas medidas de controle de infeco visamquebrar ou minimizar o riscode transmisso deinfeces na prtica da odontologia.

    O decreto n. 20.377 - de 8 de set de 1931, Cap.XI, dos antisspticos, desinfectantes, produtosde higiene e tocador: Art. 143. Os antisspticos ou desinfectantes, mesmoque no tenham indicaes teraputicas, s poderoser expostos venda depois de examinados e

    licenciados pelo Departamento Nacional do SadePblica. Art. 146. Os antisspticos e desinfectantes spodero ser licenciados quando verificado ser real eaproveitvel seu poder bactericida, isento ainda de

    produtos nocivos e imprprios ao uso.

    INTRODUO

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    O controlede infeco constitudo porrecursos materiais e protocolos queagrupam as recomendaes parapreveno, vigilncia, diagnstico etratamento.

    Deter as contaminaesnos consultriosodontolgicos tem sido um grandedesafio. Na maior parte das vezes, osmicrorganismos tm vencido as medidasde segurana adotadas, colocando emrisco profissionais e pacientes.

    INTRODUO

    http://www.proteshop.com.br/mostra_produto.asp?produto=273
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    Os microrganismos so capazes de sobreviverem ambientes dediversas condies fsicas. Nas ltimas dcadas, ocorreram grandes mudanasque atuaram narelao do homem com a natureza e os microrganismos:

    O crescimento demogrfico de forma desordenada criouproblemas de saneamento bsico e de meio ambiente quefavoreceram a disperso dos microrganismos; O desenvolvimento da Medicina, que pode interferir na seleonatural, possibilitando maior sobrevida, porm superlotouhospitais de pacientes debilitados, invadidos por sondas ecateteres, sob ventilao mecnica e imunossuprimidos; Com o surgimento da AIDS, dos transplantes, da radioterapia eda quimioterapia, os microrganismos passaram a serfavorecidos, resultando nas infeces ditas oportunistas; Uso indiscriminado de antibiticos, permitindo o aparecimentode microrganismos resistentes.

    INTRODUO

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    Conceitos Esterilizao: a destruiode todas as formas devida,animal ou vegetal, macro ou microscpicas de ummaterial. Esse um termo que no deve ser usado comsentido relativo: um objeto ou substncia esto ou noesterilizados; jamais podero estar meio estreis ouquase estreis. A esterilizao denota o uso de agentesfsicos, qumicos ou fsico-qumicos. Desinfeco: a destruio dos microrganismospatognicos, sem que haja necessariamente a destruiode todos os microrganismos, pela aplicao direta de

    meios fsicos ou qumicos. Esse termo empregadopara objetos inanimados. Anti-sepsia: a utilizao de substncias (agentesqumicos) para inibio da proliferao ou a destruiode microrganismos presentes na superfcie da pelee

    mucosas, esse termo refere-se portanto a ao invivo.

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    Assepsia: o contrrio de spsis(presena depatgenos no sangue ou outros tecidos), ausncia deinfeco. O termo assepsia tambm usado paradesignar a preveno do contato com patgenos, bemcomo o conjunto de meios empregados para impedir apenetrao dos microrganismos em local que no oscontenha. Em Odontologia, isto inclui as tcnicas deproteo com invlucros, esterilizao e desinfeco.

    Cadeia assptica: toda tcnica cirrgica desenvolvidacom a preocupao da manuteno da cadeia assptica.Todas as manobrascomo esterilizao de material,antissepsia do campo operatrio, colocao de luvas emscaras, etc, fazem parte da cadeia assptica mantidapara o controle das infeces.

    Conceitos

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    Sanitizao: Processo que leva reduo dos microrganismos, anveis seguros, de acordo com os padres de sade pblica (elimina99,9 das formas vegetativas). Germicida: mata microrganismos, mas no endosporos. Cida: Qualquer agente que promova a morte ex: bactericida,fungicida, algicida). Sttico: Qualquer agente que promova a inibio do crescimento(ex: bacteriosttico, fungisttico). Esporo basicamente uma clula envolvida por uma parede celularque a protege at as condies ambientais se mostrarem favorveis

    sua germinao (fungos, algas e musgos). Limpeza: remoo mecnica e/ou qumica de sujidade (oleosidade,umidade, matria orgnica, poeira) de determinado local. Descontaminao: eliminao parcial ou total de microrganismos demateriais ou superfcies inanimadas.

    Conceitos

    http://www.faba.org.ar/fabainforma/408/images/bacterias-esporuladas.jpg
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    Antissptico x Desinfectante O antisspticose diferencia do desinfectante

    pelo meio em que atua.

    Desinfectante toda substncia qumica quedestrua ou iniba o crescimento demicrorganismos patognicos localizados emmeios inanimados (empregam-se,conseqentemente, como produtos de limpezae para manter o instrumental clnico livre de

    micrbios). Antisspticosatacam os mesmos agentes, mas

    quando estes se encontram sobre tecidos vivos(usam-se, portanto, para a higiene corporal ecomo antimicrobianos em alimentos e

    remdios).

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    A maior concentrao de microrganismos no consultriodentrio encontra-se na bocado paciente. Quanto maior a manipulao de sangue, visvel ou no,maior sua chance de contrair doena infecciosa. Ao

    utilizarmos instrumentos rotatrios, jatos de ar, ar/gua,ar/gua/bicarbonato e ultra-som, a contaminao geradaem at 1,5 m de distncia muito grande. Peas de mo e borrachas contaminadas, a gua quesupre o abastecimento de Sade, o sabonete em barra, atoalha de pano, a torneira no automtica, As solues de limpeza, podem ser fortes veculos demicrorganismos. Nossas mos, uma vez contaminadasde saliva e/ou sangue, so os maiores veculos de

    contaminao de superfcies.

    Formas de contaminao

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    Formas de contaminao Direta: ocorre pelo contato direto entre oportador e o hospedeiro. Ex: doenas

    sexualmente transmissveis, hepatites virais,HIV. Indireta: ocorre quando o hospedeiro entra emcontato com uma superfcie ou substncia

    contaminada. Ex: hepatite B, herpes simples. distncia: atravs do ar, o hospedeiro entraem contato com o microrganismo. Ex:tuberculose, sarampo e varicela.

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    Infeco Cruzada Chamamos de infeco cruzada a passagem de um agente etiolgicoda doena, de um indivduo para outro susceptvel. Atravs do controle da infeco, podemos evitar as infecessrias, e at mesmo a morte. Vrias fontes com potenciais deinfeco esto presentes nos consultrios dentrios, como mos,

    saliva, secrees nasais, sangue, roupas e cabelo, assim comoinstrumentais e equipamentos. Tais fontes, necessitam portantoserem avaliadas para minimizar o risco da doena. No consultrio odontolgico, podemos detectar quatro viaspossveis de infeco cruzada:

    Do paciente para o pessoal odontolgico; Do pessoal odontolgico para paciente; De paciente para paciente via pessoal odontolgico; De paciente para paciente por intermdio de instrumentos,equipamentos e pisos.

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    Existem trs nichos ou reservatrios quefavorecem a infeco cruzada noconsultrio: 1) instrumental; 2) mosdo pessoal odontolgico; 3) superfciescontaminadas doequipamento ou outros itens doconsultrio.

    Infeco Cruzada

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    Tratamento de Instrumentais A prtica da odontologia inclui uma grandediversidade de materiais e instrumentais, deacordo com cada especialidade. A crescente

    tecnologia amplia cada vez mais esta variedadede instrumentais e equipamentos, felizmentefabricados, nos ltimos tempos, de forma afacilitar seu processo de limpeza e esterilizaoou descarte. A escolha e organizao dos mtodos dedesinfeco e esterilizao deve ser baseada emrecomendaes de cunho cientfico ereconhecidas em nvel nacional e internacional.

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    Para adequada escolha nos processos deutilizao e tratamento dos materiais, estesdevem ser divididos nas categorias crticos,semicrticos e no crticos. Materiais crticos so aqueles que entram em contatocom tecidos cruentos; penetramnos tecidossubepiteliais, no sistema vascular e em outros rgos

    isentos de microbiota prpria, bem como todos queestejam diretamente conectados com eles. Estesmateriais devem estar obrigatoriamente estreisaoserem utilizados. Exs: instrumentos, agulhas, brocas,bisturis, seringas, etc.

    Tratamento de Instrumentais

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    Materiais semicrticos so os que entram em contato commucosas e materiais no crticos aqueles que s entram emcontato com pelentegra. De uma forma geral, durante osprocessos de tratamento, os materiais crticos deveriam seresterilizadosou de uso nico (descartveis), os materiaissemicrticos deveriam sofrer esterilizao ou no mnimodesinfeco;

    Materiais no crticos deveriam ser desinfetados ou no mnimolimpos. A periodicidade dos processos de limpeza, desinfeco eesterilizao dos materiais deveria ser sempre entre o uso emdiferentes pacientes. no entram em contato direto com opaciente.Estes materiais devem estar isentos de agentes dedoenas infecciosas transmissveis (desinfeco). Exs:mobilirio, cadeira, telefone, sanitrios, etc.

    Tratamento de Instrumentais

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    As peas de mo (seringa trplice, canetas de baixa ealta rotao), pontas dos aparelhos de profilaxia efotopolimerizveis deveriam sofrer tratamento delimpeza, desinfeco e, preferencialmente, esterilizaoentre o uso em diferentes pacientes.

    As canetas de baixa e alta rotao devem serautoclavadas entre o uso em diferentes pacientes. J que no possvel a autoclavao nas ponteiras dosoutros equipamentos descritos, estes deveriam serlimpos e desinfetados com lcool a 70 e protegidoscom papel alumnio ou plstico aderente aps cada uso.

    Tratamento de Instrumentais

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    LIMPEZA DE MATERIAIS DESINFECO DE MATERIAIS ESTERILIZAO DE MATERIAIS

    Tratamento de Instrumentais

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    Limpeza de Materiais Antes da desinfeco ou esterilizao dequalquer tipo de material fundamentalque seja realizada uma adequada limpeza,para que resduos de matria orgnica quepossam ficar presentes nos materiais no

    interfiram na qualidade dos processos dedesinfeco e esterilizao. Realizam-se mtodos mecnicos, fsicosou qumicos

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    Desinfeco de Materiais A desinfeco de instrumentais odontolgicosgeralmente recomendada para os materiaistermossensveis, que no possam ser esterilizados emestufa ou autoclave, e para aqueles artigos comurgncia de utilizao. Os mtodos de desinfeco empregados na prticaodontolgica praticamente se resumem na desinfecoqumica, atravs de desinfectantes lquidos. A deciso para escolha de um desinfectante deverialevar em considerao aspectos que envolvamefetividade, toxicidade, compatibilidade, efeito residual,solubilidade, estabilidade, odor, facilidade de uso ecustos, entre outros. Alm disso, importante que odesinfectante seja recomendado e aprovado peloMinistrio da Sade.

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    Os agentes qumicos desinfectantes comumenteutilizados em nosso meio so os lcoois, compostosclorados, glutaraldedo, formaldedo, iodforos, perxidode hidrognio, cido peractico, compostos fenlicos equaternrio de amnia.

    Os desinfetantes mais utilizados em odontologia so olcool, o hipoclorito de sdio, os compostos iodados e oglutaraldedo. O lcool e o hipoclorito de sdio so os desinfectantesmais recomendados para superfcies, enquanto que odesinfetante mais comumente usado para instrumentaise outros materiais o glutaraldedo.

    Desinfeco de Materiais

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    A esterilizao de artigos odontolgicos pode serrealizada atravs de mtodos qumicos ou fsicos. A esterilizao qumica compreende a utilizao deagentes esterilizantes lquidos, que so os mesmos

    utilizados no processo de desinfeco, porm com maiortempo de exposio. A esterilizao qumica apresenta algunsaspectosnegativos, especialmente referentes ao risco derecontaminao do material aps o processo, dificuldadede armazenamento e de controle de qualidade oumonitoramento do processo. A esterilizao fsica pode ser conseguida atravs demtodos ou equipamentos que empregam calor seco

    (estufa) e atravs de vapor saturado (autoclaves).

    Esterilizao de Materiais

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    Proteo dos Profissionais VACINAO LAVAGEM e ANTI-SEPSIA das MOS

    DEGERMAO) USO DE LUVAS USO DE MSCARAS USO DE CULOS DE PROTEO USO DE VESTIMENTAS

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    Degermao das Mos A degermao das mos umaconduta de baixo custo eextremamente relevante no contextoda preveno da infeco hospitalar. preciso, pois, que os profissionaisde sade sejam alertados econscientizados sobre a necessidade

    da adeso aos corretos mtodos paraessa prtica, uma vez que a flora(residente e mais freqentemente,transitria) pode ser causadora decontaminao e infeco hospitalar.

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    A flora residenteno facilmente removvel por lavao eescovao, mas pode ser inativada por antisspticos. A floratransitria, por sua vez, facilmente removvel pela simpleslimpeza com gua e sabo ou destruda pela aplicao deantisspticos.Lavagem bsica das mos: esse procedimento objetiva a remooda maioria da flora transitria bem como de sujidades clulasdescamativas, oleosidades, suor, plos ,e alguns microorganismos. a) abrir a torneira sem encostar na pia para evitar contaminao daroupa b) colocar 3 a 5ml de sabo liquido nas mos se o sabo for em barraenxagu-lo antes de usa-lo; c) ensaboar mos por 15 a 30 segundos no esquecendo palma , dorso ,espaos interdigitais ,polegar ,articulaes ,unhas , extremidades dosdedos e punhos; d) enxaguar as mos , em gua corrente ,retirando totalmente a espumae os resduos de sabo ,sem respingar gua na roupa e no piso e semencostar na pia; e) enxugar as mos com papel toalha duas folhas e, com esse papeltoalha, fechar a torneira, desprezando-o no lixo.

    Degermao das Mos

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    Superfcies Contaminadas O ambiente e equipamentos fixos que cercam o paciente durante oatendimento odontolgico se tornam contaminados em funo dapossibilidade de espirramento de secrees e/ou sangue e,principalmente, pelo aerossol liberado no ambiente. Todos os equipamentos devem ser limpos e desinfetados aps cadaprocedimento. Pode ser utilizado lcool para esta finalidade. Paralimpeza do cho, paredes, teto, janelas e demais superfcies podeser utilizado simplesmente gua e sabo. A utilizao de desinfetantes em superfcies fixas, tipo paredes,teto, cho, no se faz necessria, j que no contribui para adiminuio da incidncia de infeces. A desinfeco em ambientes e superfcies s recomendada emsituaes de contaminao com matria orgnica e, nestassituaes, a desinfeco localizada e prxima ao local doatendimento do paciente j suficiente.

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    ANTISSPTICOSAS PRINCIPAIS SOLUES SO: PVPI (polivinilpirrolidona iodo)- Soluo degermante: degermao das mos e braos da equipecirrgica, descontaminao do campo operatrio.- Soluo alcolica: anti-sepsia e demarcao do campo operatrio.- Soluo aquosa: anti-sepsia de mucosa, pele, e para cateterizacao(venosa, arterial, vesical), puno, biopsia, aplicaes de injees. CLOROHEXIDINA- Soluo degermante: idem- Soluo alcolica: idem HEXACLOROFENO- Soluo degermante: idem ALCOOL IODADO 2- Anti-sepsia de mos e antebraos- Preparo da pele para cirurgia- Anti-sepsia da pele para curativo, biopsia, puno, aplicao deinjees.

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    GUA OXIGENADA 10 VOLUMES- Limpeza e desinfeco de feridas- Remoo de matria orgnica- Hemosttico- Inibe os microrganismos anaerbicos, mas no age em esporos NITRATO DE PRATA 1- Profilaxia da oftalmia gonoccica do recm nascido- Cicatrizao de pequenas leses- Facilita remoo de crostas, secante e desodorizante VIOLETA DE GENCIANA- Combate infeces por fungos TINTURA DE IODO- Anti-sepsia da pele- Desinfeco de feridas cutneas

    ANTISSPTICOS

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    A clorexidina uma substncia antimicrobiana,utilizada principalmente na forma de soluo aquosapara bochechos.O uso da clorexidina em creme dental uma formasimples e eficaz de combater a gengivite.

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    DESINFECTANTES Na presena de restos orgnicos os desinfectantesqumicos tm sua atividade antimicrobianadrasticamente reduzida ou mesmo inativada. Alguns fatores, tais como quantidade de matriaorgnica, virulncia do organismo patognico, a sade ea susceptibilidade do hospedeiro so determinantes doprocesso. Os compostos desinfectantes e esterilizantes deveroagir em nvel de membrana celular, atravs dealteraes da permeabilidade seletiva da membrana,causando perda das substncias intracelulares vitais.Agem ainda por desnaturao e inativao de protenascomo as enzimas.

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    1.lcool (Nvel mdio)Atividade: Em concentraes entre 70 e 90 , as solues de lcool etlico(etanol), CH3CH2H, so eficientes contra as formas vegetativas dosmicroorganismos.As propriedades bactericidas do lcool aumentam quanto maior for suacadeia de carbono. Entretanto, lcoois com cadeias de carbono maiores doque o lcool proplico e isoproplico so pouco solveis em gua, e portantomenos utilizados.O lcool etlico a 70 e o Isopropanol a 90 so os melhores lcooisdesinfetantes para superfcies.Mecanismo de ao:a- A atividade antimicrobiana dos lcoois deve-se sua capacidade dedesnaturar protenas.b- Os lcoois tambm so solventes de lipdeos, lesando assim asestruturas lpidicas da membrana das clulas microbianas.c- Parte de sua eficincia como desinfetante de superfcie pode seratribuda ao detergente e de limpeza, que auxilia na remoo mecnicados microorganismos.

    DESINFETANTES

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    lcool Etlico a 70lcool Etlico........................qspgua Destilada qsp..............lcool a 70 (medidocom alcometro) lcool Isoproplico 90Isopropanol........................90mlgua Destilada qsp..............100ml

    Obs.:As frmulas acima so utilizadas comobactericidas para bancadas e instrumentos doconsultrio para assepsia das mos.

    DESINFETANTES

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    2. CloroO cloro, na forma gasosa (Cl2) em combinaesqumicas, representa um dos desinfectantes maisutilizados.O cloro um potente microbicida de amplo espectro,cuja atividade diminui em presena de matria orgnica.Dentre os compostos de cloro usados comodesinfetantes, destacam-se os hipocloritos, que contmo grupo qumico OCL.

    DESINFECTANTES

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    Hipoclorito de SdioMecanismo de Ao: O poder desinfectante do cloro se deve liberao decido hipocloroso que se decompe em cloro e oxignio livre.O cloro provoca a inibio de reaes enzimticas intracelulares,desnaturao de protenas e inativao de cidos nuclicos.Possui atividade antimicrobiana de amplo espectro, baixo custo e aorpida.Atividade Antimicrobiana: Os compostos que liberam cloro so ativosfrente s bactrias, vrus e fungos, inclusive HIV e HBV. Porm, so poucoativos frente a bacilos cido-lcool-resistentes e esporos.Toxicidade - O envenenamento por Hipoclorito pode ocasionar: dor namucosa oral, tosse, dor na garganta, sensao de sufocao, irritao napele, dor estomacal, vmito, queda na presso arterial, delrio e coma.Em contato com a pele pode dissolver cogulos e provocar hemorragias.

    DESINFECTANTES

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    Tratamento da intoxicao: No induzir vmito; lavar a pele com gua emabundncia; se o produto for ingerido, administrar leite, sorvete ou umanti-cido, ou ainda uma soluo de Tiosulfato de Sdio 1 a 2,5 .Armazenamento: Armazenar em frasco protegido da luz (mbar), emgeladeira.Estabilidade: No deve ser misturado com cidos fortes ou amnia. Areao subseqente libera cloro e cloramina.A atividade antimicrobiana rapidamente diminuda na presena dematerial orgnico.Possui maior estabilidade em pH alcalino.Soluo de MiltonHipoclorito de Sdio.....................l de (cloro livre)gua Destilada qsp......................l00mlIndicao: Limpeza de materiais no metlicos. Deve-se imergir osmateriais por 30 minutos.

    DESINFECTANTES

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    FIM A biossegurana no completa quandoprofissionais da Sade atendem a um paciente emanipulam instrumentos, material biolgico esuperfcies contaminadas. Porm, o fato desempre haver um risco deve ser um estmulo nossa dedicao, e no o inverso, ou seja, umajustificativa s nossas falhas. A realizao decontrole de infeces envolve muito maisconhecimento, responsabilidade, determinao,organizao e disciplina do que raciocnioscomplexos e tcnicas difceis de seremaprendidas ou executadas.