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Elza M. Thomazini Bióloga

CRBio 26143/01

Mestre em Ciências Biológicas

UNESP – Rio Claro - SP

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BIOSSEGURANÇA CONTROLE DE INFECÇÃO CRUZADA

NA PRÁTICA ODONTOLÓGICA.

MANUAL DE CONDUTAS

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PIRACICABA

2004

FOP – UNICAMP

F icha Catalográfica

T368b

Thomazini, Elza M. Biossegurança - controle de infecção cruzada na prática odontológica : manual de condutas. / Elza M. Thomazini. – Piracicaba, SP : FOP/UNICAMP, 2004. 47f. : il. 1. Biossegurança. 2. Controle de infecção cruzada. 3.

Equipamento de proteção individual. I. Título.

CDD 660.6

Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Marilene Girello CRB/8–6159, da Biblioteca da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.

Agradecimentos

Ao Prof. Dr. Thales Rocha de Mattos Filho, todo meu apreço e gratidão pela amizade,

incentivo, reconhecimento e valorização dispensados para a concretização deste

Manual.

Ao Prof. Dr. Luís Alexandre Maffei Sartini Paulillo, pela amizade, empenho, incentivo,

reconhecimento e crédito dado a este trabalho, minha gratidão.

Ao Prof. Dr. Márcio de Moraes, pelo grau de suporte dado pelos seus

conhecimentos, meu apreço.

A Profa. Dra. Maria da Luz Rosário de Souza, pelo apoio, amizade e

sugestões apontadas na elaboração deste trabalho.

Ao Emílio Carlos Salles, pela amizade, carinho, compreensão e apoio

dispensados a realização deste protocolo.

A Marilene Girello, pela amizade, apoio e sugestões concernentes à revisão

bibliogrática.

Ao Marco Antonio Cavallari Junior, pela colaboração na execução da capa e na

estruturação das fotos.

A Luciana Asprino, pela colaboração nas fotos.

Ao José Domingos Pedro, pelo apoio e contribuição concernente a digitação.

APRESENTAÇÃO

O objetivo deste trabalho é identificar os riscos existentes no exercício da

Odontologia para o cirurgião-dentista, para os alunos e demais pessoas envolvidas nas

atividades odontológicas e propor medidas eficazes para impedir contágios.

Há necessidade imediata de que toda a classe odontológica conscientize-se

de que o consultório e clínicas odontológicas são ambientes de risco, e que tanto o paciente

como o profissional ou o aluno de Graduação podem contaminar-se nesse ambiente.

Mudanças são necessárias na rotina do trabalho odontológico e tais

mudanças não devem ser encaradas como obstáculos ao exercício da Odontologia, mas

estímulos para uma evolução que se faz extremamente necessária no momento.

Informação, responsabilidade e determinação são os ingredientes

necessários na luta contra a contaminação nos consultórios e nas clínicas odontológicas e

cumprir o protocolo de controle de doenças transmissíveis é o desafio diário de todos nós.

Elza M. Thomazini

[email protected]

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�1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 1 2. DOENÇAS INFECCIOSAS DE RELEVÂNCIA NA PRÁTICA

ODONTOLÓGICA. ............................................................................. 2

2. 1 Infecções causadas por vírus ..................................................... 2

2.1.1 O vírus do Herpes ............................................................. 2 2.1.2 Hepatites ........................................................................... 2 2.1.3 AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ............. 3 2.1.4 Outras infecções viróticas ................................................. 3

2. 2 Infecções causadas por bactérias .............................................. 4

2.2.1 Sífilis .................................................................................. 4 2.2.2 Tuberculose ....................................................................... 4 2.2.3 Legionelose ....................................................................... 4

2. 3 Infecções causadas por fungos ................................................. 4

2.3.1 Candidíase Bucal ............................................................. 4

3. MEIOS E RISCOS DE CONTAMINAÇÃO .......................................... 5

4. CONTROLE DA INFECÇÃO CRUZADA (CI) NA PRÁTICA

ODONTOLÓGICA ............................................................................... 6

4. 1 Mecanismo de Infecção Cruzada ............................................... 6

4. 2 Estruturação do conhecimento para a realização do CI ............. 7

4.2.1 A presença de fontes de microrganismos ........................ 7

4.2.2 As formas de contaminação ............................................. 8

4.2.3 Patogenicidade ................................................................. 8

5. IMPLANTANDO O PROGRAMA DE CI .............................................. 9

5. 1. Medidas de precaução-padrão ................................................... 9

5. 2 Proteção pessoal ........................................................................ 9

5. 2. 1 Avaliação do paciente (história médica – anamnese) .... 9

5. 2. 2 Imunização ..................................................................... 9

5. 2. 3 Higienização das mãos ............................................... .10

5. 2. 4 Evitar acidentes .......................................................... 12

5. 2. 5 Uso de equipamentos de proteção individual ............ 12

5. 3. Preparação do ambiente .......................................................... 17

5. 3. 1 Descontaminação de superfícies ................................ 17

5. 3. 2 Cobertura de superfícies passíveis de contaminação. 17

5. 3. 3. Antissepsia prévia da boca do paciente ...................... 21

5. 3. 4 Cuidados com o instrumental ...................................... 21

5. 3. 4. 1 Imersão ........................................................ 22

5. 3. 4. 2 Limpeza ........................................................ 22

5. 3. 4. 3 Enxágue ....................................................... 23

5. 3. 4. 4 Secagem ...................................................... 24

5. 3. 4. 5 Empacotamento ........................................... 24

5. 3. 4. 6 Desinfecção ................................................. 24

5. 3. 4. 7 Esterilização dos artigos ............................. 25

5. 3. 4. 8 Armazenamento ........................................... 27

5. 3. 5 Cuidados com os moldes e modelos ........................ 27

5. 3. 6 Cuidados com a manipulação de materiais de

biópsia e dentes ........................................................ 30

5. 3. 7 Cuidados com a manipulação do lixo ....................... 30

5. 3. 8 Em caso de contaminação ........................................ 31

6. ALGUNS ERROS OBSERVADOS NA CLÍNICA ODONTOLÓ-

GICA ........................................................................................... 32

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................... 42

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................... 43

1. Introdução

Biossegurança: é um conjunto de normas e procedimentos considerados seguros

e adequados à manutenção da saúde.

O controle de infecção é constituído por recursos materiais e protocolos que

agrupam as recomendações para prevenção e vigilância visando à segurança da equipe de

saúde e dos pacientes.

Infecção Cruzada é a infecção ocasionada pela transmissão de microrganismo de

um paciente a outro indivíduo, geralmente pelo pessoal, ambiente ou fômite.

O controle de infecção visa impedir a penetração de microrganismos em locais

onde eles não existam e evitar aportar novos agentes à área já contaminada, garantindo

segurança aos pacientes e à equipe.

A cavidade bucal é um ambiente propício à transmissão, inoculação e crescimento

de vários microrganismos, sendo que a saliva e o sangue são meios ideais para transmissão

desses microrganismos (CDC8 l986).

No exercício da prática odontológica, uma série de doenças infecciosas pode ser

transmitida para pacientes e profissionais, sendo que os microrganismos causadores dessas

doenças, podem ser vírus, bactérias, fungos e protozoários (MARTINIANO E MARTINIANO19

1999).

Através do controle da infecção, podemos evitar as infecções sérias e até mesmo

a morte. Várias fontes com potenciais de infecção estão presentes na Clínica Odontológica:

mãos, saliva, secreções nasais, sangue, roupas e cabelo, assim como instrumentais e

equipamentos.

ROSSETINI, em 1984, no Brasil, foi o primeiro a alertar e indicar os problemas do

contágio na prática odontológica, destacando as evidências do risco, as vias potenciais de

transmissão bem como medidas para reduzir a contaminação.

Algumas das doenças infecciosas de maior relevância na Odontologia passíveis de

serem contraídas são: hepatites, AIDS, difteria, herpes, rubéola, sarampo, influenza (gripe),

caxumba (parotidite), tuberculose.

2. Doenças infecciosas de relevância na prática odontológica

2. 1. Infecções causadas por vírus

As infecções ocasionadas por vírus são as mais graves e de maior preocupação

quando contraídas.

2.1.1. O vírus do Herpes

É considerado o mais transmissível e infeccioso em humanos.

Existem 6 tipos conhecidos do vírus do herpes em humanos:

. vírus do herpes simples tipo I e II

. o citomegalovírus

. o vírus Epstein-Barr

. o vírus varicela-zóster

. o herpes vírus humano 6

2.1.2. Hepatites

- vírus da Hepatite C

- vírus da Hepatite D

- vírus da Hepatite B

Hepatites viróticas: apresentam manifestações clínicas bastante semelhantes. Os

principais sinais e sintomas da hepatite virótica são: cefaléia, febre, fadiga, mal estar, náuseas,

perda de apetite, dor abdominal, calafrios, pele amarelada, urina escura, fezes sem

pigmentação, coceira e dor nas articulações.

A concentração mais elevada do vírus é observada no sangue de pessoas infectadas.

Um (1) mililitro de sangue de uma pessoa infectada pode conter 100 milhões de partículas

virais, significando que pequena quantidade de sangue ou outros fluidos corpóreos são

suficientes para transmissão da doença (OTTONI21 1991).

Hepatite B

� O vírus da Hepatite B é considerado de elevado risco de transmissão du

rante a prática odontológica.

� As principais formas de transmissão do vírus da Hepatite B na prática

odontológica acontecem através de acidentes perfuro-cortantes contami

nados com saliva e sangue.

2.1.3. AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

- O HIV, já foi isolado em todas as secreções orgânicas (sangue, sêmen, secreções

vaginais, saliva, lágrimas, leite materno, fluído cérebro espinhal, fluido amniótico e

urina), porém as evidências epidemiológicas mundiais indicam que apenas o sangue,

sêmen, secreções vaginais e leite materno são fontes de infecção do vírus (BRASIL5

1996).

- As infecções por esse vírus podem provocar uma variedade de sintomas dos quais

as manifestações bucais desempenham um papel importante.

As manifestações bucais mais freqüentes são as infecções fúngicas (Candidíase bucal,

Candidíase pseudomembranosa, Candidíase eritematosa, Queilite angular), infecções

bacterianas (Gengivite, Periodontite, lesões ulceradas), infecções virais (Herpes simples,

Leucoplasia pilosa), cânceres (Sarcoma de Kaposi, Linfoma, Carcinoma epidermóide) e

outras manifestações (aftas, úlceras) (BRASIL5 1996).

2.1.4. Outras infecções viróticas

-Outras infecções viróticas de interesse na Odontologia, freqüentemente transmitidas na

prática odontológica através de pequenas partículas de aerossóis, são as doenças

gripais, geralmente atribuídas ao vírus influenza, comumente associada a um quadro

febril, dores, amigdalite, tosse não produtiva (BRASIL5 1996).

2. 2. Infecções causadas por bactérias

2.2.1 - SÍFILIS: Agente causal: Treponema pallidum. Altamente contagiosa.

Presentes em lesões bucais (ÁLVAREZ LEITE1 1996).

2.2.2 - TUBERCULOSE:

Causada pelo Mycobacterium tuberculosis.

Transmissão se dá por inalação, ingestão ou inoculação, podendo ser disseminada

através dos aerossóis formados, colocando em risco a equipe odontológica e os

pacientes. A partir de 1984, o número de casos de tuberculose voltou a crescer nos

países desenvolvidos, apresentando formas atípicas e disseminadas da doença e,

mais recentemente com formas resistentes ao tratamento habitual (GUANDALINI e

MELO14 1998).

2.2.3 - LEGIONELOSE:

Tem sido sugerida como agente contaminante da água de reservatórios e da

tubulação dos equipamentos odontológicos, podendo causar a “doença dos

legionários”, que se apresenta como uma forma grave de pneumonia (ÁLVAREZ

LEITE1 1996).

2.3. Infecções causadas por fungos

2.3.1 . CANDIDIASE BUCAL: caracteriza-se por manchas brancas, podendo estar

localizadas na língua, gengiva, palato duro, comissuras labiais e bochechas, e ser

disseminada pelo organismo. Verifica-se hoje um aumento na presença de

candidíase sistêmica em pacientes sob tratamento de imunodepressores, ou de

antibióticoterapia prolongada, assim como em portadores de HIV (MARTINIANO e

MARTINIANO19 1999).

3. Meios e riscos de contaminação

A prática odontológica oferece condições para o risco de infecção cruzada, que são:

� Estreito contato profissional-paciente;

� Realização do trabalho diretamente na cavidade bucal, favorecendo o potencial de

estímulo a sangramento;

� Produção constante de aerossóis pelo uso de instrumentos rotatórios cortantes,

dispersando um vasto número de microrganismos no ambiente e, portanto, colocando

toda a área de operação e a equipe como potencialmente contaminadas;

Podemos classificar as vias de transmissão de microrganismos no atendimento a

pacientes na Clínica Odontológica em três:

� Contato direto com lesões infectadas, sangue ou saliva;

� Transmissão indireta através de instrumentos e equipamentos contaminados;

� Inalação ou absorção dos microrganismos veiculados através do ar, em decorrência da

produção de aerossóis contaminados de sangue e saliva infectados pela tosse, espirro e

fala ou perdigotos de secreções nasofaringeanas (ALVAREZ LEITE1 1996; CHINELATO e

SCHEIDT11 1993).

Apesar do alto risco existente na prática odontológica em adquirir e/ou transmitir doenças

infecciosas, existem meios capazes de controlar a transmissão de microrganismos

patogênicos, através da adoção de medidas de controle de infecção, tais como o uso de

equipamentos de proteção individual e procedimentos de desinfecção e esterilização de

equipamentos e instrumentais utilizados (ROSSETINI22 1984; SAMARANAYAKE et al.23

1995; COTTONE et al.12 1996; CDC9 1998).

4. Controle da Infecção Cruzada na Prática Odontológica

Não existem dúvidas que a infecção cruzada acontece a partir dos procedimentos

odontógicos. A exata magnitude da infecção cruzada na Odontologia é improvável de

se conhecer precisamente.

4. 1. Mecanismo de Infecção Cruzada

Para compreender o mecanismo da infecção cruzada vamos sugerir uma situação

hipotética:

“O paciente sentou-se na cadeira odontológica, o instrumental esterilizado foi disposto

adequadamente e o aluno/profissional lavou criteriosamente as mãos. Porém, num

dado momento o refletor precisa ser melhor posicionado, a cadeira abaixada, novo

instrumento precisa ser retirado da gaveta, as seringas de ar e água são manipuladas,

as peças de alta e baixa rotação são tocadas.”

Tudo o que for tocado pelo aluno ou pelo profissional torna-se teóricamente

contaminado. Além disso, todas as superfícies da sala ficam contaminadas por

aerossóis produzidos pela peça de mão, seringas de ar e água.

Existem três nichos ou reservatórios que favorecem a infecção cruzada na Clínica ou

no Consultório:

1. Instrumental

2. Mãos

3. Superfícies contaminadas

Todos os pacientes devem ser considerados potencialmente infectantes pelo fato de

não poderem ser identificados, mesmo com um bom levantamento da história médica

e a realização de criterioso exame físico e de testes laboratoriais.

Todo paciente deve ser atendido como se fosse portador de uma doença contagiosa.

Levando-se em consideração isso tudo, o CDC-EUA (Center for Disease Control and

Prevention) recomenda que se tomem precauções contra a contaminação por sangue

ou outros fluidos corporais de forma consistente no atendimento de TODOS OS

PACIENTES. Isso ficou conhecido como “precauções universais.”

Realizar CI (Controle de Infecção) é uma necessidade moral e legal, que torna a

razão do trabalho verdadeira e valoriza o profissional da Saúde e a profissão, perante

o paciente e a sociedade. Embora a realização do CI tenha um certo custo, vidas não

tem preço.

4. 2 Estruturação do conhecimento para a realização do CI

Todos devem estar conscientes das variáveis que levam à contaminação e à

infecção:

4.2.1 A presença de fontes de microrganismos

4.2.2 As formas de contaminação

4.2.3 Patogenicidade

4.2.1 A PRESENÇA DE FONTES DE MICROGANISMOS

A maior concentração de microrganismos na Clínica/Consultório Odontológico

encontra-se na boca do paciente. Quanto maior a manipulação de sangue, visível ou

não, maior é a sua chance de contrair doença infecciosa. Ao utilizarmos

instrumentos rotatórios, jatos de ar, ar/água, ar/água/bicarbonato e ultra-som, a

contaminação gerada em até 1,5 m de distância é muito grande.

Peças de mão e borrachas contaminadas, a água que supre o abastecimento de

Saúde, o sabonete em barra, a toalha de pano, a torneira não automática, as

soluções de limpeza, podem ser fortes veículos de microrganismos.

Nossas mãos, uma vez contaminadas de saliva e/ou sangue, são os maiores

veículos de contaminação de superfícies.

4.2.2 FORMAS DE CONTAMINAÇÃO

a. Direta: ocorre pelo contato direto entre o portador e o hospedeiro. Ex.

Hepatites virais, HIV.

b. Indireta: ocorre quando o hospedeiro entra em contato com uma

superfície ou substância contaminada. Ex. Hepatite B, Herpes simples.

c. À distância: através do ar, o hospedeiro entra em contato com o

microrganismo. Ex.Tuberculose, Sarampo e Varicela.

4.2.3 PATOGENICIDADE

Expressa a possibilidade de uma contaminação gerar uma infecção.

hospedeirodosistênciavirulênciaxsmosmicrorganidenúmero

dadePatogenici__Re

____=

Uma vez ocorrida a contaminação, a possibilidade de ocorrer a infecção é

diretamente proporcional ao número de microrganismos contaminantes vezes a

virulência deles e é inversamente proporcional à resistência do hospedeiro. A

virulência é definida como o conjunto de recursos que os microrganismos

possuem para causar dano ao hospedeiro, instalando-se, sobrevivendo e,

finalmente multiplicando-se. Resumindo, para que ocorra uma infecção é

necessário que haja uma fonte de microrganismos, um contágio através de uma

das três formas, por um microrganismo de determinada virulência, em um

hospedeiro com maior ou menor resistência.

5. Implantando o Programa de Controle de Infecção (CI)

5. 1 Medidas de Precaução-Padrão

É um conjunto de medidas de controle de infecção adotadas universalmente como

forma eficaz de redução de risco e de transmissão de agentes infecciosos nos

serviços de saúde. Essas precauções foram criadas para reduzir o risco de

transmissão de patógenos através de sangue e fluidos corporais.

O controle de infecção na prática odontológica obedece a 4 princípios básicos:

Princípio 1 - Os profissionais e os alunos devem tomar medidas para proteger a saúde;

Princípio 2 - Os profissionais e os alunos devem evitar contato direto com matéria

orgânica;

Princípio 3 - Os profissionais e os alunos devem limitar a propagação de microrganismos;

Princípio 4- Os profissionais e os alunos devem tornar seguro o uso de artigos, peças

anatômicas e superfícies.

5. 2. Proteção Pessoal

5. 2. 1 Avaliação do paciente – história médica - anamnese

A anamnese deve ser obtida, revista e atualizada nas sessões subsequentes e

poderá fornecer dados para que a frente de acidentes, possa decidir pela conduta

terapêutica a ser tomada, pois pode identificar um paciente como sendo portador de

agentes patogênicos, por ter sofrido ou sofrer condições de risco como por exemplo:

transfusões sanguíneas, ser usuário de drogas e outros (OTTONI21 1991; GUANDALINI

e MELO14 1998).

5. 2. 2 Imunização

A Secretaria da Saúde recomenda que todos os componentes da equipe

odontológica, que não tenham contraído ou que não tenham sido imunizados contra as

seguintes doenças: tétano, difteria, rubéola, sarampo, hepatite B, tuberculose, sejam

vacinados, antes de iniciar a prática odontológica (SÃO PAULO27 1998).

Vacinação contra tétano e difteria

Está indicada para os profissionais e alunos que não foram vacinados ante riormente e

para aqueles nos quais a última dose tenha sido aplicada há mais de 10 anos. A vacina

dupla adulto (difteria e tétano) deve ser feita com um intervalo de um a dois meses entre a

primeira e a segunda dose e de seis meses a um ano entre a segunda e terceira dose

(BALDY3 1997).

Vacinação contra a rubéola

Está indicada para as profissionais e alunas (sexo feminino) que não tiveram a doença

e/ou apresentam teste sorológico negativo. Hoje se recomenda uma segunda dose da

vacina contra a rubéola às pessoas que receberam a primeira dose na infância (BALDY3

1997).

Vacinação contra a hepatite B

São recomendadas as três doses da vacina contra a hepatite B, cujos intervalos após a

primeira dose deverão ser de um a seis meses. Pessoas que tenham interrompido o

esquema vacinal após a primeira dose deverão realizar a segunda dose logo que possível

e a terceira dose deverá ser indicada com um intervalo de pelo menos dois meses da dose

anterior. Caso haja interrupção após a segunda dose, a terceira deverá ser administrada

imediatamente (BRASIL6 1999; CDC9 1998).

5. 2. 3. Higienização das mãos

A lavagem das mãos com freqüência é um importante meio de proteção pessoal

e de prevenção de doenças, embora se estime que apenas 40% dos profissionais o façam

rotineiramente (CEDROS10 1993).

A lavagem básica das mãos é uma norma preconizada no pré e no pós-

atendimento de cada paciente, antes da colocação de luvas e depois de sua remoção e

sempre que se verificar ruptura na integridade das luvas de látex, de modo que todas as

áreas das mãos sejam consistentemente limpas (SAMARANAYAKE et al.23 1995;

COTTONE12 1996; TEIXEIRA e SANTOS30

1999).

A pele é densamente povoada por microrganismos. A flora habitante é

classificada em:

Transitória: presente na superfície da pele, facilmente removível com adequada lavagem

das mãos. Trata-se de uma flora patogênica composta principalmente por bactérias Gram

negativas e estafilococos.

Residente: presente nas camadas mais internas da pele e derme, exigindo uso de

escovação associada a substâncias químicas para remoção. É composta por bactérias

Gram positivas e é considerada patogênica em procedimentos cirúrgicos e nos pacientes

imunodeficientes.

LAVAGEM PRÉVIA A PROCEDIMENTOS DE ROTINA (NÃO-CIRÚRGICOS) DEVE SER

FEITA DA SEGUINTE FORMA:

1. Retire anéis, relógios e pulseiras;

2. Ensaboe as mãos e a metade dos antebraços por, no mínimo 10 segundos. O

sabão deve ser líquido, hipoalergênico, Clorex 4%,

PVPI degermante;

3. Enxágüe em abundante água corrente;

4. Seque, preferencialmente com toalhas de papel;

5. Feche a torneira com acionador de pedal ou, se não disponível, com toalha de

papel ou ajuda de um auxiliar. Nunca toque a torneira depois de haver lavado

as mãos.

LAVAGEM DE MÃOS PREVIAMENTE À REALIZAÇÃO DE PROCEDIMEN

TOS CIRÚRGICOS:

1. Retirar anéis, relógio e pulseiras;

2. Use sabão antisséptico e escova;

3. Escove, nessa ordem: unhas, dedos, palma e dorso das mãos e

antebraços, até o cotovelo;

4. Enxágüe em abundante água corrente;

5. Seque com compressas estéreis;

6. Calce as luvas assepticamente.

5. 2. 4 Evitar acidentes

As agulhas devem ser descartáveis, não devem ser entortadas ou

reencampadas após o uso, evitando a punção acidental. As brocas devem ser

retiradas das pontas, logo após o uso. Não reencapar instrumentos pérfurocortantes

com as mãos desprotegidas, usar sempre um instrumento auxiliar e uma superfície

fixa como apoio.

5. 2. 5 Uso de equipamentos de proteção individual.

Uso de barreiras protetoras:

- luvas,

- máscara

- gorro

- óculos de proteção

- avental

Uso de equipamento de proteção individual é extremamente eficiente

na redução do contato com sangue e secreções orgânicas, sendo obrigatório durante

o atendimento odontológico:

LUVAS

As luvas devem ser usadas para prevenir contato da pele das mãos e antebraços com

sangue, secreções ou mucosas, durante a prestação de cuidados e para manipular

instrumentos e superfícies. Deve ser usado um par de luvas exclusivo para cada

paciente, descartando-as após o atendimento. O mercado dispõe de diversos tipos de

luvas, segundo as finalidades de uso:

� Luvas descartáveis de vinil: não oferecem boa adaptação e servem

para a realização de procedimentos como exame clínico, remoção

de sutura e como sobreluva.

� Luvas descartáveis de látex: oferecem boa adaptação, e são usadas

em procedimentos clínicos de dentística, prótese, periodontia, etc.Pa

ra procedimentos em prótese o acabamento de pequenas peças em

resina e metais, exige luvas bem adaptadas nas mãos, sob pena das

brocas, drilas ou pedras para acabamento e/ou polimento, se enros-

carem nas luvas e lançarem as peças no piso da Clínica. Devido a

isso todo cuidado deve ser tomado na seleção do tamanho de luva

adequado. Se durante o desgaste dessas peças a luva for perfurada,

a mesma deve ser substituida imediatamente.

� Luvas cirúrgicas estéreis descartáveis: confeccionadas com látex de

melhor qualidade, oferecem melhor adaptabilidade e seu uso é indi -

cado em procedimentos cirúrgicos.

� Luvas para limpeza geral: são de borracha grossa, utilizadas para

serviços de limpeza e descontaminação de instrumentos, equipa-

mentos e superfícies e reutilizáveis, se não estiverem furadas ou

rasgadas. Devem ser descontaminadas após o uso e guardadas em

saco plástico, separadamente.

Um fato importante relacionado ao uso de luvas, diz respeito ao tempo de utilização das

mesmas, não sendo recomendado o uso de um mesmo par por mais de 1 hora, pois além

de aumentar as chances de perfurações, perdem a capacidade de manter a

impermeabilidade e provoca irritação na pele pela sudorese e pela multiplicação

bacteriana sob as luvas (COTTONE et al.12 1996; GUIMARÃES Jr15 2000).

IMPORTANTE

� Enquanto estiver de luvas não manipular objetos fora do campo de trabalho –

canetas, fichas de pacientes, maçanetas, telefone;

� Retirar as luvas imediatamente após o término do tratamento do paciente;

� Lavar as mãos assim que retirar as luvas;

� As luvas não protegem de perfurações de agulhas, porém está comprovado que as

luvas podem diminuir a penetração de sangue em até 50% de seu volume;

� Uso de 2 pares de luvas é formalmente indicado em procedimentos cirúrgicos de

longa duração ou com sangramento profuso, conferindo proteção adicional contra a

contaminação.

MÁSCARAS

A máscara constitui-se na maior medida de proteção das vias aéreas superiores contra

microrganismos presentes nas partículas de aerossóis produzidas durante os

procedimentos clínicos ou durante um acesso de tosse, espirro ou fala (GUANDALINI e

MELO14 1998).

O uso adequado da máscara facial deve atender os seguintes princípios:

��prover conforto e boa adaptação;

��não tocar lábios e narinas;

� não irritar a pele;

� permitir respiração normal;

� não embaçar o protetor ocular;

� não permanecer pendurada no pescoço;

� descartá-la após o uso.

A efetividade da máscara depende da adaptação à face e da habilidade de filtrar

micropartículas contaminadas, sendo considerada eficiente quando apresenta um

mínimo de filtração de 95% a 98% das partículas de aproximadamente 3,0 a 5,0 micras

de diâmetro (SAMARANAYAKE et al.23 1995; COTTONE et al.12 1996; MILLER e

PALENIK20 1998).

O uso da máscara é recomendado em todos os procedimentos (SÃO PAULO24 1995a;

SÃO PAULO28 1999), sendo indicada sua troca quando essa se apresentar úmida e

após o atendimento do paciente (COTTONE et al.12 1996; GUANDALINI e MELO14

1998).

As máscaras são confeccionadas com diferentes tipos de materiais e cada material

apresenta uma capacidade de filtração diferente, sendo que as máscaras confeccionadas

com fibra de vidro ou fibra sintética foram consideradas mais eficientes na filtragem de

bactérias do que as de tecido ou papel (ALVAREZ LEITE1 1996; GUANDALINI e

MELO14 1998), especialmente quando se trabalha em ambientes com potenciais

pacientes de Tuberculose.

ÓCULOS DE PROTEÇÃO

Os protetores oculares ou óculos de proteção devem ser usados para todos os

procedimentos que envolvam produção de aerossóis, pois impedem a penetração de

resíduos e a contaminação dos olhos (SAMARANAYAKE et al.23 1995; LORENZI18

1997; SÃO PAULO27 1998; SÃO PAULO28 1999). O protetor ocular deve ser também

fornecido aos pacientes sempre que os procedimentos a serem realizados possam trazer

risco a integridade ocular do paciente (COTTONE et al.12 1996; LORENZI18 1997;

GUANDALINI e MELO14 1998).

Após o atendimento clínico do paciente, o protetor ocular deverá ser lavado com sabão

germicida ou soluções antissépticas, posteriormente sofrer um enxágüe com água

corrente e seco com toalhas descartáveis e se possível

esterilizado (COTTONE et al.12 1996; CDC9 1998).

Os protetores oculares com abas laterais e com vedação periférica são mais efetivos que

os óculos, pois esses, não oferecem proteção completa nos procedimentos odontológicos

sujeitos a ferimentos e produção de aerossol. As infecções herpéticas oculares são o

maior risco quando do não uso desse equipamento (MILLER e PALENIK20 1998).

AVENTAIS

O avental deve ser usado sempre. A roupa branca não o substitui.

O avental deve ter colarinho alto e mangas longas e comprimento de ¾ e deverão ser

confeccionados com material a prova de líquido (ALVAREZ LEITE1 1996; GUANDALINI

e MELO14 1998). Na prática da nossa Clínica

Odontológica, só devem ser retirados após a lavagem do instrumental, permi

tindo assim, a proteção da pele.

GORRO

Protege contra gotículas de saliva, aerossóis e sangue contaminados.

O uso de gorros é recomendado para prevenir infecção cruzada oriunda dos cabelos

expostos ao aerossol contaminado decorrente do acionamento de instrumentos rotatórios

e de procedimentos cirúrgicos (SÃO PAULO24 1995a

SÃO PAULO28 1999).

O gorro deve ser de material descartável e com troca realizada a cada paciente.

5. 3. Preparação do ambiente

5. 3. 1 Descontaminação de superfícies

5.3. 2 Cobertura de superfícies passíveis de contaminação

Considerando-se que um grande número de superfícies operatórias podem

ser respingados por sangue, saliva e outras secreções, torna-se claro que o uso de

desinfetantes constitui uma das principais etapas de assepsia efetiva. A limpeza e

desinfecção das superfícies operatórias fixas e partes expostas do equipo reduz

significativamente a contaminação cruzada ambiental.

O hipoclorito de sódio a 1%, iodóforos e fenóis sintéticos são os melhores

produtos a serem utilizados na etapa de desinfecção. A solução de hipoclorito de

sódio à 1% não deve ser aplicada sobre superfícies metálicas e mármores: ela

apresenta ação corrosiva sobre metais e ação descolorante sobre o mármore.

Ademais, devido ao seu baixo custo, é recomendável usar o hipoclorito de sódio em

todas as superfícies não-metálicas. Já o fenol sintético causa despigmentação

irreversível da pele, e portanto, deve ser utilizado com cuidado. O que aplicar então?

- Aplicar Álcool 70% em três aplicações em um único sentido após cada atendimento.

É importante lembrar que desinfetantes de imersão, como o glutaraldeído,

não devem ser utilizados como desinfetantes de superfícies, devido as suas

características de toxicidade, e o seu alto custo para esta aplicação.

Todas as superfícies que são passíveis de contaminação e, ao mesmo tempo,

de difícil descontaminação, devem ser cobertas. Exemplos:

- Alças e interruptor de refletor;

- Tubo, alça e disparador do Raio-X;

- Filme radiográfico;

- Pontas de alta e baixa rotação;

- Seringa tríplice;

- Haste da mesa auxiliar;

- Ponta do fotoativador;

- Ponta da mangueira do sugador;

- Ponta do aparelho ultrassônico.

A cobertura deve ser de material impermeável e descartada após o atendimento de

cada paciente, podendo ser usada folhas de alumínio (estéreis em procedimentos

cirúrgicos), capas plásticas e filmes plásticos de PVC.

O uso adequado das coberturas depende dos seguintes passos:

- Colocação de cobertura limpa, preferencialmente com luvas;

- Após o uso, remoção da cobertura utilizada, com luvas grossas de

borracha;

- Repetição desse processo após cada atendimento.

As pontas (alta e baixa rotação e seringa tríplice) devem ser limpas com água e

sabão, antes da esterilização.

Seqüência:

1. Permitir escoar toda a água de refluxo que fica aprisionado no sistema

das pontas. Manter a ponta funcionando com água abundante em direção a

unidade auxiliar por 30 segundos

2. Lavar com água e sabão, secar e desinfetar.

3. Lubrificar

4. Fazer funcionar para que o lubrificante penetre em todo o sistema.

5. Esterilizar (sempre que possível para procedimento cirúrgico). Caso

não seja possível, esterilizar e encapar com PVC.

A esterilização ou desinfecção deve ser realizada após o atendimento de cada

paciente.

Recomenda-se que o mesmo seja feito com o espaldar da cadeira, mesa auxiliar e

todas as superfícies com as quais o profissional mantenha contato. Nessas

superfícies o filme de PVC também deverá ser trocado a cada paciente.

Para desinfecção de bancadas, móveis e equipamentos com superfícies não

metálicas, é adequada a fricção com álcool etílico a 70%, com tempo de exposição de

10 minutos (3 aplicações) conforme descrito na norma “Processamento de artigos e

superfícies em estabelecimentos de saúde,”

MS/94.

Quanto à limpeza de paredes e pisos, recomenda-se o uso de água e sabão.

Os antissépticos bucais são utilizados através de bochechos e/ou aplicação tópica, e

não devem ser irritantes, tóxicos, alergizantes, produzir lêsões celulares, interferir na

defesa do organismo ou prejudicar reparação ou cicatrização, além de ter rápido início

de ação e boa penetração nos tecidos.

O número de microrganismos viáveis na cavidade bucal após a antissepsia é

diminuído em 99% na região cervical dos dentes e, em 96% nos aerossóis e gotículas

decorrentes da utilização de pontas. Portanto, devem ser utilizados como rotina e

para todos os pacientes, não só para os que serão submetidos a cirurgia.

OBS. - GERENCIAMENTO DE SUPERFICIE

As partículas produzidas pelo uso de equipamentos rotatórios permanecem

viáveis no ambiente. Além disso, há relatos a respeito da sobrevivência de

microrganismos sobre superfícies, mostrando que uma grande variedade deles

consegue sobreviver durante um tempo prolongado em diversos materiais de uso

rotineiro em Odontologia, tais como fichas clínicas, peças de mão, papel e

descartáveis como gazes e luvas, e ainda sobre a pele.

Antes de cada atendimento deve-se desinfetar as peças de mão, as seringas

de ar/água, o refletor e os comandos, as bandejas de instrumentos e superfícies, os

suportes das peças de mão e seringas, os braços e alavancas da cadeira, o suporte

da cabeça, as torneiras do laboratório, as superfícies dos armários e puxadores das

gavetas, as cuspideiras, etc.

Papel impermeável, folha de alumínio ou plástico devem ser usados para

proteger superfícies que são difíceis de limpar ou desinfetar e, que podem ser

contaminados com sangue ou saliva durante o uso.

No intervalo entre o atendimento de dois pacientes, essas coberturas de

proteção devem ser removidas (com o profissional/aluno ainda enluvado),

descartadas, e novas coberturas devem ser colocadas. As barreiras garantem-nos

segurança.

5. 3. 3 Antissepsia prévia da boca do paciente

Para a profilaxia das infecções, utilizamos os antissepticos sempre antes de

qualquer procedimento como incisões, injeções, punções, raspagens, polimentos,

moldagens.

São considerados antissépticos bucais: a clorexidina 0,12%, os iodóforos

(PVPI tópico).

5. 3. 4 Cuidados com o instrumental

Verifica-se pela literatura que a forma de se tratar os artigos odon

tológicos dependerá de sua utilização, sendo considerados como: críticos, semicríticos

e não críticos. Visando primar por mais segurança na Clínica da FOP, o tratamento

dos instrumentais sempre será da maneira mais rigorosa ou melhor, críticos e semi-

críticos.

Artigos críticos: são todos aqueles que penetram nos tecidos subepiteliais, no sistema

vascular e em outros órgãos isentos de microbiota própria, bem como todos que

estejam diretamente conectados com eles. Esses artigos devem estar

obrigatoriamente estéreis ao serem utilizados.

Ex: instrumentos, agulhas, brocas, bisturis, seringas, etc.

Artigos semicríticos: são todos aqueles que tocam membrana mucosa integra. Esses

artigos também devem estar estéreis ou o mais possível livre de microrganismos –

desinfecção. Ex: Espelho bucal, sonda exploratória, afastadores fotográficos, suporte

de lençol de borracha, etc.

Artigos não-críticos: são todos os que entram em contato apenas com pele íntegra

e/ou não entram em contato direto com o paciente. Esses artigos devem estar isentos

de agentes de doenças infecciosas transmissíveis (desinfecção). Ex: mobiliário,

cadeira, telefone, sanitários, etc.

As mais recentes recomendações são de que todos os artigos reutilizáveis,

críticos, semicríticos ou não críticos, devem ser esterilizados, desde que possível

(BRASIL4 1994) pois todos os artigos odontológicos apresentam-se de alguma forma

contaminados através dos aerossóis e/ou do contato das mãos (CDC9 1998).

5. 3. 4. 1 IMERSÃO

O objetivo desta etapa é a diminuição da carga biológica com a remoção das

sujeiras e resíduos orgânicos pelo contato com água e sabão ou detergentes.

Atualmente, os detergentes desincrostantes enzimáticos tem-se destacado na limpeza

dos instrumentais cirúrgicos. Essas enzimas podem identificar, dissolver e digerir

sujeiras específicas. Após a diluição, deve-se deixar o instrumental totalmente imerso

na solução por 15 minutos; depois, enxaguar copiosamente com água, dispensando a

limpeza mecânica. Podem-se usar, também, os limpadores ultrassônicos. Seguir

rigorosamente as instruções do fabricante, particularmente no que diz respeito à

diluição e tempo de ação.

5.3.4.2 LIMPEZA

É o processo de remoção de sujeiras e é universalmente recomendada

antes de quaisquer procedimentos de desinfecção ou de esterilização de todos os

instrumentos, superfícies e equipamentos; qualquer falha nesta atividade, incorre em

falha no processo de desinfecção e esterilização, pois sujeira e gordura atuam como

fatores de proteção para os microrganismos, impedindo o contato do agente

esterilizante. (APECIH2 1998).

São duas as formas de limpeza:

1. Limpeza manual: é realizada com água, sabão/detergente e ação mecânica que

consiste na fricção dos artigos e superfícies com escovas, panos, dentre outros.

Deve ser realizada com muita atenção, para evitar ferimentos nas mãos em

decorrência da manipulação de artigos perfuro-cortantes.

2. Limpeza mecânica (automática): é executada principalmente através do uso de

ultrassom, onde a chance de ferimento é bastante diminuída (ALVAREZ LEITE1

1996; GUANDALINI e MELO14 1998).

Durante a limpeza dos instrumentos, visando a redução de riscos ocupacionais,

recomenda-se o uso de aventais impermeáveis, luvas de limpeza, óculos de

proteção e máscaras.

Portanto, antes da esterilização ou desinfecção, os instrumentos devem ser

limpos vigorosamente para a retirada da sujeira e do material orgânico. O aluno

ou o profissional deve decidir os objetos a serem utilizados durante o atendimento

e determinar:

. aqueles que podem ser apenas cobertos por invólucros,

. aqueles que podem ser esterilizados,

. e aqueles que podem ser desinfetados.

5. 3. 4. 3 ENXÁGUE

O enxágüe deve ser realizado posteriormente a limpeza e/ou

descontaminação, com água potável e corrente (BRASIL41994; SÃO PAULO 25

1995b; BRASIL7 2000).

5. 3. 4. 4 SECAGEM

A secagem dos artigos tem como objetivos reduzir as chances de

corrosão e evitar a ação da umidade nos processos e produtos utilizados para

esterilização. O processo de secagem pode ser conseguido através de um pano

limpo e seco; secadora de ar quente ou frio; estufa regulada a 50°C e ar comprimido

medicinal (BRASIL4 1994; GUANDALINI e MELO14 1998; BRASIL7 2000). A

secagem por ação da gravidade também é indicada (SÃO PAULO26 1995C), mas

ocasiona manchamento nos instrumentos metálicos.

5. 3. 4. 5 EMPACOTAMENTO

Após a limpeza e a secagem do instrumental, este deve ser empacotado

para posterior esterilização.

5. 3. 4. 6 DESINFECÇÃO

O processo de desinfecção é menos letal aos microrganismos

patogênicos que o processo de esterilização, podendo o primeiro processo ser

definido como um processo que leva a destruição dos microrganismos patogênicos

com exceção dos esporos bacterianos.

Os desinfetantes são classificados em baixo, intermediário e alto nível

segundo sua eficácia contra bactérias na forma vegetativa, bacilo da tuberculose,

esporos de fungos, vírus hidrofílicos e lipofílicos e endósporos bacterianos

(CEDROS10 1993; GUANDALINI e MELO14 1998).

Como exemplos de desinfetantes mais comuns utilizados em

Odontologia podemos citar o GLUTARALDEIDO À 2%, classificado como um

DESINFETANTE DE ALTA EFICÁCIA, quando os artigos são imersos por um período

de 30 minutos, e como ESTERILIZANTE QUÍMICO se os artigos permanecerem

imersos durante 10 horas. É frequentemente utilizado como um desinfetante de alto

nível para os materiais sensíveis ao calor (CEDROS10 1993; SAMARANAYAKE et

al.23 1995).

Na Norma técnica de Artigos e Superfícies em estabelecimentos de

saúde, o ÁLCOOL é indicado como desinfetante de nível intermediário para artigos e

superfícies. São recomendadas 3 aplicações, da maneira como se segue: friccionar o

álcool etílico 70% embebido em gaze, esperar secar e repetir 3 vezes o procedimento,

totalizando um tempo de exposição de 10 minutos (BRASIL4 1994).

6. 3. 4. 7 ESTERILIZAÇÃO DOS ARTIGOS

“NÃO DESINFETAR QUANDO SE PODE ESTERILIZAR.

ESTERILIZAR É A MELHOR CONDUTA”

__________________________________________________________

MÉTODO TEMPERATURA TEMPO

__________________________________________________________

Autoclave:

- por gravidade 121°C (1atm) 20 min

- por alto-vácuo 132°C (2atm) 4 min

______________________________________________________ Estufa 160°C 120 min

170°C 60 min

__________________________________________________________

Imersão em Glutaraldeído a 2% - 10 horas

__________________________________________________________

ESTERILIZAÇÃO: é o processo que promove completa elimi

nação ou destruição de todas as formas de microrganismos

presentes. O processo de esterilização de artigos é um dos

métodos mais eficientes de controle de infecção e o seu uso

deve ser recomendado na rotina odontológica.

Processo de esterilização indicado para materiais e instrumental odontológicos

MATERIAL TIPO DE MATERIAL PROCESSO

Brocas aço, carbide, tungstênio Autoclave ou Estufa

Instrumental de Endodontia aço inox e outros Autoclave ou Estufa

Moldeiras resistentes ao calor alumínio ou inox Autoclave ou Estufa

Moldeiras não resistentes ao calor cera ou plástico Agentes Químicos

Instrumental aço Autoclave ou Estufa

Bandejas ou Caixas metal Autoclave ou Estufa

Discos e Brocas de Polimento borracha Agente Químico

Pedra Autoclave, Estufa

Placas e Potes Vidro Autoclave ou Estufa

As bandejas também necessitam ser submetidas à esterilização, devendo ser

trocadas a cada paciente atendido.

Após a esterilização, o instrumental não deve ser manipulado, e a sua

transferência para as bandejas deve ser feita por meio de pinças, também esterilizadas.

Quando uma caixa é aberta, não se pode mais assegurar a esterilidade do instrumental

que ela contém.

5. 3. 4. 8 ARMAZENAMENTO

Os artigos esterilizados devem ser armazenados em condições adequadas,

evitando-se a sua contaminação.

O Ministério da Saúde em sua última publicação destinada a classe

odontológica indica que quando o material é estocado em local limpo, protegido do meio

externo, sua esterilidade é preservada por sete dias, ultrapassado esse período, o

instrumental deverá ser submetido novamente a todas as etapas de tratamento (BRASIL7

2000).

5. 3. 5 Cuidados com os moldes e modelos

Para evitar que material contaminado seja enviado ao Laboratório de Prótese,

recomenda-se a sua prévia lavagem e descontaminação na Clínica.

Após a realização de moldagens, e antes de enviá-las ao Laboratório ou vazar

o gesso, é necessário descontaminar a peça para remover salina, sangue e outros detritos

e em seguida, usar substâncias desinfetantes.

Os desinfetantes indicados são: hipoclorito de sódio a 1% e glutaraldeído a

2%. Os métodos de aplicação podem ser por aspersão ou por imersão. Para a

desinfecção, siga os seguintes passos:

1 - Lave abundantemente o molde com água para retirar toda a secreção ou resíduos

presentes.

2 - Aplique o desinfetante por imersão (Glutaraldeído a 2% por 30 min, pois o gesso

não sofre alterações), exceto para o alginato.

3 - Mantenha-o assim por 30 minutos, lave e realize os procedimentos necessários

para confecção do modelo.

Os moldes em alginato não podem ser desinfetados antes de se vazar o

gesso pois altera as propriedades do material, por isso a desinfecção deve ser feita no

modelo de gesso.

As siliconas de adição devem ser desinfetadas após 30 minutos, Para a

possível eliminação do hidrogênio residual. Após esse período de tempo, desinfeta-se e

vaza-se o gesso no molde.

As siliconas de condensação quando o fabricante não recomenda aguardar

um determinado período de tempo, precede-se como para o alginato, se for recomendado

aguardar um tempo antes de se vazar o molde procede-se como para a silicona de adição.

Sobre as moldagens e moldes:

MOLDES: dependem do material, portanto lavar abundantemente para retirar toda a

secreção ou os resíduos presentes e depois vazar o gesso.

MODELOS: imergir em glutaraldeído a 2% por 30 min pois o gesso não sofre alterações e

isto estará reduzindo em muito as chances de Infecção Cruzada ao Técnico de Laboratório

(Protético).

Apesar do Ministério da Saúde recomendar a desinfecção de materiais

odontológicos utilizados para moldagem das arcadas dentárias e até de gesso para a

obtenção de modelos, é importante ressalvar que não são encontradas na literatura

pesquisas que objetivem estudar alterações nas propriedades físico-químicas destes

materiais e fundamentalmente as relacionadas com a perda ou diminuição nas

propriedades relacionadas à fidelidade de reprodução (modificações dimensionais),

provovados por substâncias desinfetantes, tais como: o hipoclorito de sódio, glutaraldeído,

clorexidina, iodóforo e outras.

O quadro seguinte sugere condutas para os diversos materiais de moldagem e

modelos. Procedimentos indicados para desinfecção de materiais de moldagem e modelos.

MATERIAL DESINFETANTE TÉCNICA TEMPO

Siliconas

Glutaraldeido

Ácido a 2%

Imersão

10 minutos

Mercaptanas

Glutaraldeído

Ácido a 2%

Imersão

10 minutos

Polisulfetos

Glutaraldeído

Ácido a 2%

Imersão

10 minutos

Poliéster

Hipoclorito de

Sódio a 1%

Imersão

10 minutos

Alginatos

Iodóforos; e

Hipoclorito de

Sódio a 1%

Aspersão ou

Imersão

Não mais que

10 minutos

Gesso

Glutaraldeído

a 2%

Imersão

30 minutos

Cones de Guta-percha

Hipoclorito de Sódio a 1% ou

Clorexidina gel a 2%

Imersão

30 minutos

Prótese fixa:

Metal/porcelana

Glutaraldeído

a 2%

Imersão

10 minutos

Hidrocolóide

Reversível

Iodóforos; Hipoclorito de

Sódio a 1% e Glutaraldeído

Ácido a 2%, 1:4

Imersão Não mais que

10 minutos

Prótese removível

Metal/Acrílico

Hipoclorito de Sódio a 1:10

Imersão

Não mais que

10 minutos

Prótese removível

total

Hipoclorito de

Sódio a 1:10

Imersão

10 minutos

Pasta OZE

Hipoclorito de

Sódio a 1:10; e

Gluta alcalino 2%

Imersão

10 minutos

Registros em cera

Iodóforo

Lavar-borrifar-

Lavar-borrifar

Deixar úmido por

10”após 2a.borrifar

5. 3. 6 Cuidados com a manipulação de materiais de biópsia e dentes

1. MATERIAL DE BIÓPSIA – PRECAUÇÕES

Para transportar a peça usar recipiente de paredes duras, inquebrável,

envolvido em um saco impermeável e resistente de cor branco leitoso; fechar e lacrar o

recipiente; cuidado para não contaminar a parte externa do recipiente.

2. DENTES PARA ESTUDO

Antes de serem manipulados, devem sofrer descontaminção com imersão em

uma das seguintes soluções: detergentes e Glutaraldeído a 2% ou Hipoclorito a 1% por 30

minutos. Depois de descontaminados, devem ser limpos e esterilizados em autoclave.

3. DENTES EXTRAIDOS

Usar luvas ao manipular dentes extraídos e descartá-los junto com o lixo sólido

contaminado.

5. 3. 7 Cuidados com a manipulação do lixo

Descarte do lixo e de resíduos da Clínica

O lixo contaminado da Clínica deve ser separado e acondicionado em sacos

plásticos brancos e recolhido pelo serviço público especializado, que o encaminhará à

incineração.

Objetos pérfuro-cortantes devem ser descartados imediatamente após o uso em

recipientes estanques, rígidos e com tampa e com o símbolo de infectante, de acordo com

a NBR 7500 da ABNT ( Associação Brasileira de Normas Técnicas) e com a transcrição das

expressões INFECTANTE e MATERIAL PÉRFUROCORTANTE. Após o fechamento

desse coletor de material pérfuro-cortante, ele deve ser colocado em saco plástico branco

leitoso, padronizado (ABNT - NBR 9190 e NBR 9191 de 1993).

Nesse saco, deve constar o símbolo de material infectante. Em seguida, o saco

deve permanecer em local apropriado, aguardando a coleta especial.

5. 3. 8 Em caso de contaminação

� Contaminação de pele com saliva ou sangue: lavar imediata e abundantemente a

região com água e sabão líquido e promover a antissepsia com álcool-iodado 0,3%

ou similar;

� Ferimentos com instrumental cortante ou perfurante: lavagem imediata e abundante

com água e sabão líquido, seguido de álcool-iodado a 0,3% ou similar;

� Contaminação dos olhos com sangue ou saliva: deve-se usar colírio a base de

nitrato de prata a 1%.

� Procurar o Professor Responsável pela Clínica para que o aluno e o paciente sejam

encaminhados para o Centro de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) para

consulta com médico infectologista para que seja instituida a terapia adequada de

acordo com o tipo de ferimento e com o perfil do paciente.

LEMBRETE IMPORTANTE:

Existindo aparelhos condicionadores de ar, estes não devem ser usados ininterruptamente. O

ambiente necessita de ventilação natural. Os filtros devem ser substituídos por outros limpos,

semanalmente.

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24. SÃO PAULO. Portaria CVS-11, de 4 de julho de 1995. Dispõe sobre condições ideais de

trabalho relacionadas ao controle de doenças transmissíveis – em estabelecimentos de

assistência odontológica. Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, 5 jul. 1995a.

p.11-12. Reed. 22 jul. 1995. p. 8-10.

25. SÃO PAULO. Resolução SS-186, de 19 de julho 1995. Aprova a norma técnica que

classifica os estabelecimentos de assistência odontológica e dá providências correlatas.

Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, 20 jul. 1995b. p. 11.

26. SÃO PAULO. Resolução SS-374, de 15 de dezembro 1995. Altera a Norma Técnica sobre

organização do Centro de Material e noções de Esterilizações. Diário Oficial do Estado de

São Paulo, São Paulo,16 dez. 1995c. p.12.

27. SÃO PAULO. Secretaria do Estado da Saúde. Programa Estadual de Doenças

Sexualmente Transmissíveis/AIDS. Atualidades em DST/AIDS Biossegurança. São Paulo,

1998. ano I nº. 1.

28. SÃO PAULO. Resolução SS-15, de 18 de janeiro de 1999. Aprova a norma técnica que

estabelece condições para instalação e funcionamento de estabelecimentos de assistência

odontológica e dá providências correlatas. Diário Oficial do Estado de São Paulo, São

Paulo.

29. SÃO PAULO. Resolução SS-15, de 18 de janeiro 1999. Aprova a norma técnica que

estabelece condições para instalação e funcionamento de estabelecimentos de assistência

odontológica e dá providências correlatas. Diário Oficial do Estado de São Paulo, São

Paulo.

30. TEIXEIRA, M.; SANTOS, M.V. Responsabilidade no controle de infecção. Rev Assoc Paul

Cir Dent, São Paulo, v.53, n.3, p.177-189, maio/jun. 1999.