controle das doenÇas causadas por vÍrus · 2017. 3. 28. · controle das doenÇas causadas por...
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CONTROLE DAS DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS
CONTROLE DAS DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS
A. EXCLUSÃO
B. ESCAPE OU REMOÇÃO DA FONTE DE INÓCULO
C. CONTROLE OU ESCAPE DOS VETORES
D. PROTEÇÃO GENÉTICA AO VÍRUS
E. PROTEÇÃO GENÉTICA AO VETOR
F. PROTEÇÃO INDUZIDA
PREMUNIZAÇÃO
PLANTAS TRANSGÊNICAS
- Certificação no país de origem
- Regulamentação nos portos de entrada
- Quarentena
- Cooperação Internacional
European and Mediterranean Plant Protection Organization
- Pesquisa: identificação de espécies desconhecidas/potenciais
Desenvolvimento de métodos sensíveis e rápidos para
detecção /identificação
- Educação do público
A. EXCLUSÃO
VÍRUS EXÓTICOS QUE AINDA NÃO
OCORREM NO BRASIL
PLUM POX VIRUS - PPV
Potyvirus
Afídeos, ñ persistente
PLUM POX VIRUS - PPV
- Infecta: pessegueiro, ameixeira, nectarina, etc.
- Na América do Sul, presente no Chile
(Rosales et al., Act Hortic. 1998)
(Detectado na Argentina)
- Vetores: 20 espécies de afídeos
Aphis gossypii, não coloniza Prunnus
Myzus persicae, coloniza Prunnus
PPV NA FEIRA EM PIRACICABA, SP, 2014
Plum Pox Virus - O que muda com a Instrução Normativa 5/201722/02/2017|DefesaVegetal.Net
Importadores de frutas de caroço devem estar atentos à nova regulamentação
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) atualizou em 17/2/2017 [1] a norma
que trata da importação de frutas de caroço in natura, tais como pêssego, ameixa, cereja,
damasco e nectarina oriundos da Argentina, Chile, Espanha, EUA, Irã, Israel, Itália, Portugal e
Turquia [2].
A Instrução Normativa original estabelece a obrigatoriedade de apresentação do Certificado
Fitossanitário com Declaração Adicional (DA) de que o envio está livre do Plum Pox Virus (PPV),
uma espécie quarentenária para o Brasil e considerada uma das pragas mais agressivas
para frutas de caroço. Embora essa exigência tenha entrado em vigor na data de publicação da
Instrução Normativa, ou seja, setembro de 2016, a nova Instrução Normativa concede um prazo
de 60 dias para que as autoridade fitossanitárias dos países de origem adaptem
seus procedimentos a essa exigência.
Assim sendo, o MAPA só exigirá a DA1 para PPV a partir de 16/4/2017. Até essa data, a
importação pode ser feita somente com o Certificado Fitossanitário.
African cassava mosaic virus
Infecta: Manihot esculenta
Ricinus communis
Distribuição:África, Ilhas no
Oceano Indico, Índia,
Sri Lanka
Vetor: Bemisia tabaci
- Distribuição: Mediterrâneo, África, Ásia, Japão
Austrália, México, América Central (Costa
Rica, Jamaica, Rep. Dominicana e Porto
Rico), USA (Florida e Georgia)
- Vetor: Bemisia tabaci
Tomato yellow leaf curl virus
- Infecta: tomateiro, pimentão,
Maria pretinha,
Datura stramonium,
Phaseolus vulgaris,
etc
CONTROLE DAS DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS
A. EXCLUSÃO
B. ESCAPE OU REMOÇÃO DA FONTE DE INÓCULO
C. CONTROLE OU ESCAPE DOS VETORES
D. PROTEÇÃO GENÉTICA AO VÍRUS
E. PROTEÇÃO GENÉTICA AO VETOR
F. PROTEÇÃO INDUZIDA
PREMUNIZAÇÃO
PLANTAS TRANSGÊNICAS
ESTUDOS DE CASOS: ENDURECIMENTO DOS
FRUTOS DO MARACUJAZEIRO E MOSAICO
DO MAMOEIRO
GENERALIDADES SOBRE A DOENÇA:VÍRUS; HOSPEDEIROS; VETORES; DISSEMINAÇÃO E DANOS
Afídeos (pulgões)
PICADA DE PROVA
Mecânica
Sementes: NÃO
Transmissão
do vírus
Hospedeiros do vírus: maracujazeiros;
algumas leguminosas
Outras espécies de Passiflora
Pulgões não
colonizam
maracujazeiros
Feijão de corda
Maracujá azedo
Maracujá doce
Potyvírus
GENERALIDADES SOBRE A DOENÇA:VÍRUS; HOSPEDEIROS; VETORES; DISSEMINAÇÃO E DANOS
Marília/SP
Transplante: 9/6/2001
V. A. Yuki. não publicado
Disseminação:
Transmissão
Tesoura
Canivete
Unha
Inf./Inoc.
01/35
02/35
03/35
%
2,8
5,7
8,6Yuki et al. (2004)
DANOS:50% redução área foliar
Redução vida útil da cultura
3 anos para 1 a 1,5 ano
DATA No. PLANTAS
DOENTES (%)
28/8 146 (12%)
24/9 691 (57%)
25/10 1211 (100%)
DATA No. PLANTAS
DOENTES (%)
12/4 37 (3,9%)
10/5 139 (14,6%)
11/6 481 (50,5%)
10/7 783 (82,1%)
10/8 932 (97,7%)
Presidente Prudente/SP
Transplante: 03/2007
Narita, 2007, não publicado
MOSAICO DO MAMOEIRO:VÍRUS; HOSPEDEIROS E VETORES
Afídeos (pulgões)
PICADA DE PROVA
Mecânica
Sementes: NÃO
Transmissão
do vírus
Hospedeiros do vírus: mamoeiro + cucurbitáceas
Algumas espécies de Vasconcella (Carica)
Pulgões não colonizam
mamoeiros
Várias cucurbitáceas são experimentalmente suscetíveis ao PRSV-P
Plant Pathology, 2012
Total 965
Suscetibilidade de Cucurbita pepo
em função da distância da fonte de inóculo
RESISTÊNCIA DE CAMPO
Mamoeiros infectados
Localidades
Limeira
Ribeirão Preto
Pariquera Açu
4 meses
100
100
25
8 meses
60
11 meses
80
15 meses
100
% de plantas infectadas após o transplante
Rezende et al., 1986
TAXA DE DISSEMINAÇÃO DO VÍRUS DO MOSAICO DO MAMOEIRO
EM TRÊS LOCALIDADES NO ESTADO DE SÃO PAULO, 83/84.
Estado de São Paulo
Ribeirão Preto
Limeira
Pariquera Açu
O SUCESSO DO “ROGUING” TEVE INÍCIO NA DÉCADA DE 80
Martins & Costa, 2003
É POSSIVEL MANEJAR A DOENÇA POR MEIO DA
ERRADICAÇÃO DE PLANTAS DOENTES?
Caramanchões individuais
COMO CULTIVAR MARACUJAZEIROS INDIVIDUALIZADOS?
C
E
M
Fazenda Areão
PRIMEIRO ENSAIO
ESALQ/USP
Plantio: 25 de outubro 2011
Espaldeiras: 89 dias
23/05/12: 3 plantas infectadas
17/08/12: 100 % infecção
Caramanchões: 8 meses
2/3/12: 4 plantas erradicadas
16/11/12: 79 plantas erradicadas
C: caramanchões
E: espaldeiras
M: maracujazeiros microbiologia
Fazenda Areão
SEGUNDO ENSAIO
ESALQ/USP
CARAMANCHÕES (Areão):
Transplante 26/09/2013
Erradicações: 1 planta 23/10/2013
2 plantas 13/9/2014
1 planta 21/11/2014
ESPALDEIRAS: ESALQ (Fito)
Controle
ESPALDEIRAS: ESALQ
Transplante: 10/01/2014
56 plantas
22/04/2014
29/05/2014
05/06/2014
1,8%
14%
17,8%
17/06/2014
60,7%
02/07/2014
94,6%%
22/07/2014
100%
Vitória da Conquista, BA
PRIMEIRO ENSAIO
BAHIA
CARAMANCHÕES: 100 plantas
Transplante 09/11/2013
ESPALDEIRAS: 102 plantas
Transplante 28/09/2013
- Presença de maracujazeiros
silvestres infectados.
Prof. Quelmo S. Novaes
PLANTIO EM
CARAMANCHÕES
56 plantas erradicadas,
sendo 4 replantas
Transplante 09/11/2013
PLANTIO EM
ESPALDEIRAS
Transplante 28/09/2013
8/11/2013
7/03/2014
4 meses:
4 meses:
Vitória da Conquista, BA
SEGUNDO ENSAIO
BAHIA
CARAMANCHÕES: 100 plantas
ESPALDEIRAS: 102 plantas
Transplante 20/09/2014
- Eliminação parcial de maracujazeiros
silvestres infectados.
Prof. Quelmo S. Novaes
Controle 100% de plantas infectadas
em: 13/3/2015 (115 dias)
Caramanchões: 8 plantas erradicadas
até o dia 13/3/2015
0
10
20
30
40
50
60
0 20 40 60 80 100 120 140
Nú
mero
de p
lan
tas e
rrad
icad
as
Dias após o plantio
2013/2014
2014/2015
0
20
40
60
80
100
120
0 50 100 150 200
Nú
mero
de p
lan
tas s
into
máti
cas
Dias após o plantio
2013/2014
2014/2015
Caramanchões
Controle
espaldeiras
Vitória da Conquista, BA
Remoção da fonte de inóculo próxima ou dentro da cultura
Medidas de higiene
- TMV, PVX, ToMV, ORSV, CyMV, viróides
- Tratamento de implementos: ortofosfato trisódio 3%Hipoclorito de sódio 0,25%
- Lavar as mãos, etc
Uso de material propagativo livre de vírus
SEMENTES SADIAS
- Semente introduz o vírus dentro da cultura
- EX: mosaico da alface na Califórnia
< 0,003% sementes contaminadas é toleradoProdutividade: 140 cx/ha 190 cx/ha em 5 anos
- EX: Vírus do mosaico comum do feijoeiro
CONTROLE DAS DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS
A. EXCLUSÃO
B. ESCAPE OU REMOÇÃO DA FONTE DE INÓCULO
C. CONTROLE OU ESCAPE DOS VETORES
D. PROTEÇÃO GENÉTICA AO VÍRUS
E. PROTEÇÃO GENÉTICA AO VETOR
F. PROTEÇÃO INDUZIDA
PREMUNIZAÇÃO
PLANTAS TRANSGÊNICAS
RESPOSTAS DAS PLANTAS AOS VÍRUS
Infectada (Hospedeira) Não infectada
(Imune)
Suscetível ResistenteResposta ao vírus:
infecção, replicação,
invasão sistêmica
Tolerante Intolerante
(Sensível)
Resposta da planta
à doença (virose)
Maciel et al., 2005
M 1 2 3 4 5 6 7 8 9
ISOLADOS NO PORTA-ENXERTO
1 e 2 = CABMV-SP
3 e 4 = CABMV-RJ
5 = CABMV-CE
6 = CABMV-PA
7 = P. suberosa sadia
8 = Maracujá azedo sadio
9 = Maracujá azedo CABMV (+)
Imunidade de P. suberosa
ao CABMV
Maciel et al., 2005
P. suberosa: 2n = 12, 24, 36
P. edulis f. flavicarpa: 2n = 18
RESPOSTAS DAS PLANTAS AOS VÍRUS
Infectada (Hospedeira) Não infectada
(Imune)
Suscetível ResistenteResposta ao vírus:
infecção, replicação,
invasão sistêmica
Tolerante Intolerante
(Sensível)
Resposta da planta
à doença (virose)
RESISTÊNCIA DO TOMATEIRO À INFECÇÃO COM O
TOMATO CHLOROSIS VIRUS
Mansilla, 2014
Genótipos
% plantas
infectadas
log do número
de cópias
IAC CN RT F5 0 0
PI127826 80 4,73
PI134417 80 4,14
LA462 100 4,81
LA441 100 4,76
PI134418 100 4,85
IAC14-2-49 100 4,66
Daiana Bampi, 2016
Resistência do maracujazeiro ao
Cucumber mosaic virus - CMV
- Teste biológico
- ELISA
- “Western blot”
- PCR e Hibridização
de ác. nucleico
Resistência do maracujazeiro ao CMV
“Western blot”/ Hibridização
Teste biológico/ELISAPCR
Gioria et al., 2002
Resistência do maracujazeiro ao CMV
- Propagação vegetativa
- Resistência invasão sistêmica Gioria et al., 2002
TRANSMISSÃO MECÂNICA
RESISTÊNCIA DE FUMO AO TOBACCO MOSAIC VIRUS (TMV)
(HIPERSENSIBILIDADE)
Turkish vs Turkish NN (TNN)
Costa, A.S. 1978Lesões locais necróticas
RESPOSTAS DAS PLANTAS AOS VÍRUS
Infectada (Hospedeira) Não infectada
(Imune)
Suscetível ResistenteResposta ao vírus:
infecção, replicação,
invasão sistêmica
Tolerante Intolerante
(Sensível)
Resposta da planta
à doença (virose)
Tolerância
TRISTEZA DOS CITROS(Citrus tristeza virus - CTV)
TOLERÂNCIA
Laranja doce – laranja azeda = Intolerante
Laranja doce – limão cravo = tolerante
Tolerância: Tristeza dos citros
Baía/Azeda Baía/Cravo
Proteção: fenômeno onde uma planta previamente infectada
por um vírus fica protegida contra a infecção e/ou
expressão dos sintomas do vírus desafiante.
PREMUNIZAÇÃO
A. TRISTEZA DOS CITROS
Brasil, Austrália,
África do Sul
Pêra (Brasil):
1977 = 7 milhões
1980 = 8 milhões
1987 = 50 milhões
1992 = 80 milhões
2008 = ~70 milhões
África do Sul: Pomelos
1992 = 22,5 milhões
B. Pepino mosaic virus em tomateiro
Potexvirus
Transmissão: contato,
sementes, abelhas
http://www.hortidaily.com/article/30166/Double-protection-provides-
significantly-more-security
Scope of
applicationTomato (covered crops)
Type of scope Crop treatment by rubbing-in, after planting
To combat Pepino Mosaic Virus
Dose (agent) per
application
10% (1 L of the means per 10 L water). In
combination with 15 grams carborundum
per 1 L rub-in liquid
Maximum dose
(agent) per
application
0,8 L/ha
Maximum amount
of applications
per cultivation
cyclus
1
Safety time in
days14
TRANSFORMAÇÃO GENÉTICA PARA
RESISTÊNCIA A VÍRUS
CP = capa protéica (mais utilizado)
REP = replicase
PM = proteína de movimento
Genes de vírus usados em transformação genética:
Plantas transgênicas para resistência a vírus:
Avaliadas em campo: 36 espécies (cereais, ornamentais, frutíferas, forrageiras, leguminosas, hortaliças)84 vírus (Fuchs & Gonsalves, 2007)
Liberadas para comércio:
1992 e 1995: primeiros ensaios no campo
28 meses
(Ferreira et al., 2002)
TRANSFORMAÇÃO GENÉTICA DO MAMOEIRO
Tennant et al., 1994
Resposta de mamoeiro transgênico à isolados
do PRSV de diferentes origens
TRANSFORMAÇÃO GENÉTICA PARA RESISTÊNCIA A VÍRUS
Mosaico do mamoeiro (Papaya ringspot virus - type P)
‘Rainbow’ ‘SunUp’
12 anos de trabalho
1999 = 607 ha (50% área c/ transg.)
2006 = ~500 ha c/ transgênico
118.000 ton de frutos em 15 anos (Hawaii Papaya Industry Association, 2015)
2003 = Canadá
2011 = JapãoGonsalves et al., 2004
FEIJOEIRO TRANSGÊNICO BRASILEIRO
Resistente ao vírus do mosaico dourado do feijoeiro
Início dos trabalhos: 1990
Gene da rep
Silenciamento gênico
Liberação pela CTNBio: 16/09/2011
Foto J.C. Faria