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CONTROLE BIOLOGICO E QUÍMICO DE NEMATÓIDES EM CANA‐DE‐ACÚCAR
Rita de Cássia Lima Mazzuchelli1; Fabio Fernando de Araújo2.
1‐ Engenheira Agrônoma, Mestranda do Curso de Pós‐Graduação em Agronomia da UNOESTE. 2 – Eng. Agrônomo Professor Doutor – UNOESTE. E‐mail: [email protected].
RESUMO O objetivo do presente trabalho é de avaliar a aplicação de Bacillus subtilis como controle biológico de nematoides em cana‐de‐açúcar (variedades SP81‐3250 e RB867515) comparando com o controle químico convencional (Carbofuran). O experimento está sendo conduzido na Usina Alto Alegre – Unidade Floresta – Presidente Prudente, em uma área com histórico de infestação de nematoides, no município de Caiabu. Encontrou‐se em média 280 nematoides a cada 100g de solo, sendo 180 do gênero Meloidogyne, 100 do gênero Pratylenchus. Os tratamentos foram controle, Bacillus subtilis AP‐3 aplicados no sulco de plantio, Bacillus subtilis AP‐3 aplicados trinta dias após o plantio e tratamento químico com carbofuran no sulco de plantio. O delineamento empregado foi de blocos ao acaso com cinco repetições. O controle biológico de nematoides através da aplicação de Bacillus subtilis no momento do plantio da cana‐de‐açúcar proporcionou controle de nematoides de maneira semelhante ao controle químico com Carbofuran. Palavras‐chave: Controle biológico; controle químico; fitonematóides.
INTRODUÇÃO
A cana‐de‐açúcar (Saccharum spp.) é uma das culturas mais importantes no cenário
nacional, devido ser a matéria‐prima utilizada pela indústria sucroalcooleira para a produção de
seus dois principais produtos o açúcar e o álcool (BENETT et al., 2011).
Já foram encontradas mais de 275 espécies de nematoides parasitos de plantas, filiadas a,
pelo menos, 48 gêneros em raízes e no solo da rizosfera da cana‐de‐açúcar (DINARDO‐MIRANDA
et al., 1996).
Além do dano causado pela utilização de nutrientes das plantas os nematoides do gênero
Meloidogyne acarretam grandes danos ao sistema radicular, estes parasitos injetam toxinas
resultando em deformações “galhas”, tornando‐o o mal desenvolvido e pouco eficiente,
consequentemente podem ocorrer reduções na produtividade da área agrícola (MOURA et al.,
1999; DINARDO‐MIRANDA, 2005).
Os nematoides do gênero Pratylenchus penetram e saem livremente das raízes, já que não
há nenhuma fase ou estágio que possa ser denominado infestante. Eles penetram as raízes,
nutrem‐se das células causando lesões pequenas, mas que aumentam gradualmente. Os mesmos
acarretam aberturas nas raízes, onde penetram fungos e bactérias patogênicas. Estes nematoides
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abandonam o sistema radicular quando encontram condições desfavoráveis, migrando para o
solo. (LORDELLO, 1986).
A aplicação de nematicidas diminui o número de nematoides, contribuindo assim para um
melhor desenvolvimento das plantas, aumentando a sua produtividade na ordem de 15% para
variedades suscetíveis (DINARDO‐MIRANDA et al., 1995), porém a utilização de nematicidas
químicos nem sempre têm sido satisfatórias, evidenciando assim necessidades de pesquisas na
área (BARROS, et al., 2000). Dinardo‐Miranda et al. (1995) concluíram que a utilização do
nematicida do grupo químico do carbofurano resultou em evidente redução das populações de
nematoides nas raízes, resultando em incrementos significativos na produção.
Dentre as bactérias envolvidas na supressividade de patógenos nos solos Bacillus subtilis é
a mais estudada (BETTIOL et al., 2009). Em experimento em casa de vegetação Cardozo e Araújo
(2009) observou que a utilização de Bacillus subtilis promoveu o crescimento das plantas e a
redução de nematoides do gênero Meloidogyne em cana‐de‐açúcar.
O objetivo do presente trabalho foi o de avaliar a aplicação de Bacillus subtilis como
controle biológico de nematoides em cana‐de‐açúcar (variedades SP81‐3250 e RB867515)
comparando com o controle químico convencional (Carbofuran).
METODOLOGIA
O experimento foi desenvolvido na Usina Alto Alegre – Unidade Floresta – Presidente
Prudente, em uma área com histórico de infestação de nematoides, no município de Caiabu a uma
latitude 22º00'44" sul e a uma longitude 51º14'08" oeste, a uma altitude de 520 metros.
Foram retiradas amostras de solo e encaminhadas ao laboratório de Microbiologia da
Unoeste para identificação de espécies de fitonematoides e contagem populacional. Encontrou‐se
em média 280 nematoides a cada 100g de solo, sendo 180 do gênero Meloidogyne, 100 do gênero
Pratylenchus.
Foi utilizada no experimento a estirpe AP‐3 de Bacillus subtilis, descrita como produtora de
antibióticos e promotora de crescimento de plantas (ARAUJO et al., 2005) a qual foi multiplicada
no laboratório de Microbiologia da Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE, por sete dias, a
28°C em meio sólido de ágar nutriente. Após este período as células foram raspadas e transferidas
para 100 mL de água esterilizada a qual foi agitada com objetivo da completa dissolução da
bactéria, formando uma suspensão homogênea com concentração aproximada de 1,0 x 109 células
por mL.
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Foram utilizadas no experimento duas variedades de cana‐de‐açúcar susceptíveis a ação de
nematoides, SP 81‐3250 e RB 867515 (MARIN, 2012). A aplicação do controle biológico foi
efetivado com quatro tratamentos: controle, Bacillus subtilis AP‐3 aplicados no sulco de plantio,
Bacillus subtilis AP‐3 aplicados trinta dias após o plantio. Como referência de controle de
nematoides foi também efetivado o tratamento químico com carbofuran no sulco de plantio.
A suspensão de células bacterianas (100 mL) obtida anteriormente foi dissolvida em 12,5
litros de água, aplicando‐se 0,250 litros para 10 metros lineares de sulco de plantio. O tratamento
químico com carbofuran foi realizado dissolvendo 0,6 litros do produto comercial, em 18 litros de
água, aplicando 0,360 litros para 10 metros lineares de sulco de plantio.
O delineamento empregado foi de blocos ao acaso com cinco repetições. Cada parcela
possuía 6 metros de largura, por 10 metros de comprimento com cinco sulcos espaçados a 1,5 m.
Considerando três sulcos centrais de cada parcela, para as avaliações, para tentar minimizar o
efeito da bordadura. A área total para cada variedade possui 62 metros de comprimento por 31,5
metros de largura.
Para o plantio da cana‐de‐açúcar, foram distribuídos nos sulcos dois colmos, cruzando a
ponta de um colmo com o pé do outro, proporcionando uma distribuição de 17 a 20 gemas por
metro linear de sulco. As mudas de cana depositadas no fundo do sulco foram cortadas em toletes
com 2 a 3 gemas, aplicados os tratamentos e após o recobrimento de solo com máquina.
Aos 90 dias após o plantio foi realizada coleta de amostras em três pontos de cada parcela,
constituindo em uma amostra composta de solo e raízes para análise da população de
nematoides. A extração dos nematoides das raízes foi realizada em alíquotas de 20 g de cada
amostra pela técnica de COOLEN & D’HERDE (1972), efetuada imediatamente após as coletas. Os
nematoides do solo foram extraídos de alíquotas de 100 cm3 pela técnica de JENKINS (1964). Após
será realizada a contagem com auxílio da câmara de Peters, no microscópio óptico, para análise de
nematoides dos gêneros Meloidogyne e Pratylenchus.
Os dados obtidos foram analisados estatisticamente pelo programa SISVAR, sendo utilizado
o teste Skott‐Knott a 5% para comparação das médias.
RESULTADOS
A população de nematoides do gênero Meloidogyne aos 90 dias nos tratamentos
com Carbofuran e a rizobactéria aplicada no momento do plantio diferiram significativamente em
relação ao tratamento com a rizobactéria aplicada após 30 dias do plantio e do controle para a
variedade SP81‐3250, o controle proporcionado pelo tratamento com carbofuran e a rizobactéria
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aplicada no plantio proporcionaram uma redução de 50% no número de nematoides nas raízes.
Para a variedade RB867515 todos os tratamentos realizados diferiram significativamente do
controle, apresentando uma redução no número de nematoides em torno de 47% referentes ao
controle (Tabela 1).
Os nematoides do gênero Pratylenchus apresentaram os menores valores populacionais na
avaliação realizada aos 90 dias nos tratamentos com carbofuran, rizobactéria aplicada no sulco no
momento do plantio, seguidos pela aplicação da rizobactéria aos 30 dias na pós‐emergência, já o
controle apresentou os maiores valores populacionais em ambas as variedades utilizadas no
experimento (Tabela 1). Na variedade SP81‐3250 os tratamentos com carbofuran e rizobactéria
aplicada no momento do plantio diminuíram a infestação de Pratylenchus na ordem de 55% em
relação ao controle. Para a variedade RB867515 os tratamentos com carbofuran e rizobactéria
aplicada no sulco de plantio proporcionaram redução de 57% para o tratamento controle.
Tabela 1: Número de nematoides do gênero Meloidogyne e Pratylenchus encontrados no solo aos
90 dias após o plantio do experimento referente às variedades SP81‐3250 e RB867515.
Meloidogyne spp. Pratylenchus spp.
SP81‐3250 RB867515 SP81‐3250 RB867515
Tratamentos Formas ativas em 100 cm3 de solo
Carbofuran 112,0 b1 128,0 b 240,0 c 240,0 c Rizobactéria no sulco de plantio 144,0 b 144,0 b 272,0 c 224,0 c Rizobactéria em pós‐emergência 224,0 a 160,0 b 400,0 b 336,0 b Controle 288,0 a 272,0 a 576,0 a 544,0 a
1. Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste Scott‐Knott (5%).
Os tratamentos com carbofuran, e rizobactéria aplicada no sulco no momento do plantio, e
na pós‐emergência apresentaram os menores valores populacionais de nematoides do gênero
Meloidogyne nas raízes em relação ao controle na variedade SP81‐3250, diminuindo a infestação
nas raízes em torno de 37%. Para a variedade RB867515 os menores valores populacionais foram
encontrados para o tratamento com carbofuran e a rizobactéria aplicada no momento do plantio,
que reduziram em 40% o número de nematoides nas raízes comparadas ao controle (Tabela 2).
Para os nematoides do gênero Pratylenchus sua população nas raízes das plantas não
apresentaram diferenças nos tratamentos, inclusive ambas as variedades utilizadas no
experimento (Tabela 2).
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TABELA 2: Número de nematoides do gênero Meloidogyne e Pratylenchus encontrados nas raízes
aos 90 dias após o plantio do experimento referente às variedades SP81‐3250 e
RB867515.
Meloidogyne spp. Pratylenchus spp.
SP81‐3250 RB867515 SP81‐3250 RB867515
Tratamentos Formas ativas em 50 g de raízes
Carbofuran 276,0 b1 204,0 b 240,0 a1 204,0 a Rizobactéria no sulco de plantio 312,0 b 300,0 b 240,0 a 264,0 a Rizobactéria em pós‐emergência 360,0 b 346,0 a 276,0 a 252,0 a Controle 504,0 a 420,0 a 312,0 a 288,0 a
1. Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste Scott‐Knott (5%).
DISCUSSÃO
Os resultados obtidos no estudo evidenciam um controle de nematoides através da
aplicação de Bacillus subtilis, o que demonstra que a produção de substâncias tóxicas ou
repelentes realizadas por rizobactérias podem desestimular a penetração ou alimentação de
nematoides (FREITAS, 2001). Conforme o constatado por Silveira (2001) as rizobactérias podem
atuar na infectividade, virulência e agressividade do patógeno, e também nos processos de
infecção, desenvolvimento de sintomas e reprodução. Este fato foi evidenciado por Araújo et al.
(2002) que constatou que a utilização de Bacillus subtilis afeta a orientação dos nematoides,
reduzindo a migração para a raiz, já que o B. subtilis interfere na produção de exsudados das
raízes, que servem como orientação para nematoides, alterando assim a reprodução e orientação
do parasita em direção as raízes, diminuindo a sua população.
A aplicação do nematicida Carbofuran também reduziu a população de nematoides no
experimento, efeito semelhante foi observado por Dinardo‐Miranda e Fracasso (2010) que
constataram que a aplicação do nematicida Carbofuran reduziu a população de nematoides dos
gêneros Meloidogyne e Pratylenchus em avaliação realizada aos 90 dias após o plantio de cana‐de‐
açúcar.
CONCLUSÃO
O controle biológico de nematoides através da aplicação de Bacillus subtilis no momento
do plantio da cana‐de‐açúcar proporcionou controle de nematoides de maneira semelhante ao
controle químico com Carbofuran.
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