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FACULDADE RORAIMENSE DE ENSINO SUPERIOR CURSO DE AGRONOMIA Profº Denysson Amorim CONTROLE BIOLOGICO DE PRAGAS E DOENÇAS

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Page 1: 4 Controle Biologico

FACULDADE RORAIMENSE DE ENSINO SUPERIOR

CURSO DE AGRONOMIA

Profº Denysson Amorim

CONTROLE BIOLOGICO DE

PRAGAS E DOENÇAS

Page 2: 4 Controle Biologico

O que é melhor curar?A febre ou a doença que a provoca?

• Responder a essa pergunta significa optar pelo

tratamento do efeito (a febre) ou da causa

(doença) de um determinado problema. Assim

como no corpo humano habita uma série de

microorganismos que coexistem pacificamente

conosco, na lavoura esses organismos também

se encontram no solo, nas plantas e nos

organismos dos animais.

O que é melhor curar?A febre ou a doença que a provoca?

Page 3: 4 Controle Biologico

• Só quando o corpo e a agricultura se tornam fracos

e desequilibrados em seu metabolismo, é que

esses organismos oportunistas atacam, tornando-

se um problema.

• Isso significa que a origem do problema não é a

existência desses organismos, mas o desequilíbrio

presente ou no corpo humano ou no ambiente

agrícola.

Page 4: 4 Controle Biologico

• Na agricultura convencional, as práticas de campo se

direcionam para o efeito do desequilíbrio ecológico

existente. Este desequilíbrio gera a reprodução exagerada

de insetos, fungos, ácaros e bactérias, que acabam se

tornando "pragas e doenças" das lavouras e das criações

de animais.

• Aplicam-se agrotóxicos nas culturas, injetam-se

antibióticos nos animais buscando exterminar esses

organismos. Contudo, o desequilíbrio que se causa nas

plantas, animais, constituição físico-química e biológica do

solo permanece. E permanecendo a causa, os efeitos

(pragas e doenças) cedo ou tarde reaparecerão, exigindo

maiores frequências de aplicação ou maiores doses de

agrotóxicos num verdadeiro "círculo vicioso".

Page 5: 4 Controle Biologico

• Na agricultura orgânica, por sua vez, trabalha-se no

sentido de estabelecer o equilíbrio ecológico em todo

o sistema. Parte-se da melhoria das condições do

solo, que é a base da boa nutrição das plantas que,

bem nutridas, não adoecerão com facilidade,

podendo resistir melhor a algum ataque eventual de

um organismo prejudicial. Cabe destacar o termo

"eventual" porque num sistema equilibrado, não é

comum a reprodução exagerada de organismos

prejudiciais, visto que existem no ambiente inimigos

naturais, que naturalmente irão controlar a

população de pragas e doenças.

Page 6: 4 Controle Biologico

• O controle biológico consiste no emprego de um

organismo (predador, parasita ou patógeno) que

ataca outro que esteja causando danos econômicos

às lavouras.

• Trata-se de uma estratégia muito utilizada em

sistemas agroecológicos, assim como na agricultura

convencional que se vale do Manejo Integrado de

Pragas (MIP).

• No Brasil, embora o uso do controle biológico não

seja uma prática generalizada entre os agricultores,

há avanços significativos em alguns cultivos, devido

aos esforços de órgãos estaduais de pesquisa e da

Embrapa.

Page 7: 4 Controle Biologico

Manejo Integrado de Pragas (MIP) X

Métodos Agroecológicos

Page 8: 4 Controle Biologico

• O MIP constitui um plano de medidas voltadas para

diminuir o uso de agrotóxicos na produção convencional,

buscando otimizar o uso desses produtos no sistema. O

princípio da agricultura convencional de atacar apenas

os efeitos, permanece à medida em que todas as

práticas se voltam para o controle de pragas e doenças

e não para o equilíbrio ecológico do sistema. Contudo,

existe uma preocupação em se utilizar agrotóxicos

apenas quando a população desses organismos atingir

um nível de dano econômico (em que as perdas de

produção gerem prejuízos econômicos significativos),

diminuindo a contaminação do ambiente com tais

produtos.

Page 9: 4 Controle Biologico

• Já os métodos agroecológicos buscam aplicar o

princípio da prevenção, fortalecendo o solo e as

plantas através da promoção do equilíbrio

ecológico em todo o ambiente. Seguindo essa

lógica, o controle agroecológico de insetos,

fungos, ácaros, bactérias e viroses é realizado

com medidas preventivas tais como:

Page 10: 4 Controle Biologico

• Plantio em épocas corretas e com variedades

adaptadas ao clima e ao solo da região.

• Fazer uso da adubação orgânica.

• Rotação de culturas e adubação verde.

• Cobertura morta e plantio direto.

• Plantio de variedades e espécies resistentes às

pragas e doenças.

• Consorciação de culturas e manejo seletivo do

mato.

Page 11: 4 Controle Biologico

• Evitar erosão do solo.

• Fazer uso de adubos minerais pouco solúveis

admitidos pela Instrução Normativa.

• Uso de plantas que atuem como "quebra ventos"

ou como "faixas protetoras".

• Nutrição equilibrada das plantas com

macronutrientes e micronutrientes.

• Conservação dos fragmentos florestais existentes

na região.

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Page 13: 4 Controle Biologico

• Plantas companheiras;

Cultura principal Plantas companheiras

Abóbora Milho, vagem, acelga.

AlfaceCenoura, rabanete, pepino, beterraba, rúcula, acelga, feijão.

Berinjela Feijão, vagem.

Cebolinha Cenoura, espinafre, tomate, repolho, couve.

CouveFeijão, cebola, camomila, hortelã, alecrim, cebolinha.

FeijãoMilho, berinjela, alface, cenoura, pepino, couve, repolho, alecrim, nabo.

MilhoFeijão, pepino, abóbora, melancia, rúcula, nabo, rabanete, quiabo, maxixe,.

Pepino Feijão, milho, alface, rabanete.

Page 14: 4 Controle Biologico

• A tecnologia é um aliado no controle biológico de

pragas e doenças. Um exemplo de sucesso é o

controle da lagarta da soja (Anticarsia

gemmatallis) por meio do Baculovirus anticarsia.

Essa prática foi lançada pelo Centro Nacional de

Pesquisa da Soja em 1983 e, desde então, o

produto foi utilizado em mais de dez milhões de

hectares, proporcionando ao país uma economia

estimada em cem milhões de dólares em

agrotóxicos, sem considerar os benefícios

ambientais resultantes da não-aplicação de mais

de onze milhões de litros desses produtos.

Page 15: 4 Controle Biologico

Estratégias para o Manejo Agroecológico de Pragas e Doenças

Page 16: 4 Controle Biologico

1 - Reconhecimento das pragas-chave da cultura

• Consiste em identificar qual o organismo que causa maior

dano à cultura. Por exemplo, no caso do algodão, o bicudo

constitui o inseto mais importante no elenco de organismos

que prejudicam a cultura. Na cultura da banana os

principais organismos são fungos, responsáveis pelo "Mal de

Sigatoka" e pelo "Mal do Panamá"

• Conhecer a praga-chave de cada cultura ajudará o

agricultor a adotar práticas que incentivem a reprodução de

seus principais inimigos naturais, ou que criem condições

ambientais desfavoráveis à multiplicação do organismo

indesejável

Page 17: 4 Controle Biologico

2 - Reconhecimento dos inimigosnaturais da cultura

• Diversos insetos, fungos e bactérias podem atuar

beneficamente como agentes de controle biológico das

principais pragas e doenças e, o que é melhor, de forma

gratuita na medida em que ocorrem naturalmente no

ambiente. Conhecer as principais espécies e favorecê-las

através de diversas práticas (manejo do mato nativo,

adubação orgânica, preservação de fragmentos

florestais, entre outros), é uma estratégia fundamental

para o sucesso do controle de pragas e doenças na

agricultura agroecológica.

Page 18: 4 Controle Biologico

3 - Amostragem da população dosorganismos prejudiciais

• Monitorar a presença das pragas através da contagem

de ovos, largas e organismos adultos (no caso de

insetos), ou da vistoria das plantas (% de dano em caso

de doenças fúngicas ou bacterianas), é uma atividade

obrigatória para que o produtor saiba quando agir e o

faça de modo a promover o equilíbrio ecológico de todo

o sistema de produção.

Page 19: 4 Controle Biologico

4 - Escolher e utilizar as táticas decontrole

• Mesmo promovendo o equilíbrio do sistema, a

persistência de determinadas pragas e doenças no

ambiente é comum e nem sempre basta a adoção

apenas de medidas preventivas. A traça do tomateiro

(Tuta absoluta), a requeima da batata (Phytophora

infestans) são exemplos desse caso. Assim, quando

existem ameaças destes organismos promoverem um

dano econômico às culturas agroecológicas, será

necessário ao agricultor adotar práticas "curativas". Tais

práticas atuam como "remédios" para as plantas, como

o uso das caldas bordalesa ou sulfocálcica, por exemplo.

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Controle Biológico Natural (CBN)

VS

Controle Biológico Aplicado (CBA)

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• Existem na natureza vários organismos

benéficos, também chamados de inimigos

naturais, que utilizam para sua sobrevivência

os insetos-pragas.

• Pássaros, aves, aranhas, insetos, fungos,

bactérias e vírus tem papel importante no

controle de pragas. É o que denominamos de

Controle Biológico Natural.

Page 22: 4 Controle Biologico

• Outro tipo de controle é o Controle Biológico

Aplicado (CBA) que consiste na introdução e

manipulação de inimigos naturais pelo homem para

controlar a praga. O Controle Biológico Aplicado só

é possível graças às técnicas de criação destes

inimigos naturais em laboratórios. A vespa

Trichogramma parasita os ovos de inúmeras

espécies de praga da ordem Lepidoptera. Os

parasitóides de ovos apresentam como principal

vantagem a possibilidade de controlar a praga

antes que sejam causados danos à cultura.

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Cotesia e Trichogramma

Page 24: 4 Controle Biologico

As três principais abordagens do controle biológico

Page 25: 4 Controle Biologico

1. Controle biológico clássico(importação)

• Envolve a coleta de inimigos naturais de uma praga

na região onde esta se originou e que aí a atacam e

impedem-na de tornar-se daninha. Novas pragas

estão constantemente se originando acidental ou

intencionalmente e a introdução de alguns de seus

inimigos naturais poder ser um meio importante

para reduzir o nível de dano que podem provocar.

Page 26: 4 Controle Biologico

2. Propagação

• Forma de se aumentar a população de um inimigo natural

que ataque uma praga. Isto pode ser feito pela massiva

produção de um predador em laboratório e liberá-lo no

campo na época apropriada. Um outro método é o

melhoramento genético de um inimigo natural que possa

atacar ou encontrar sua presa mais eficientemente. Esses

predadores podem ser liberados em períodos especiais

quando a praga está mais susceptível e inimigos naturais não

estejam ainda presentes ou, então, podem ser liberados em

grandes quantidades. Os métodos de propagação requerem

contínuo controle e não representam uma solução

permanente como podem os métodos da importação e da

conservação.

Page 27: 4 Controle Biologico

3. Conservação de inimigos naturais

• Parte importante de qualquer prática de controle

biológico. Isto envolve a identificação de quaisquer

fatores que limitam a efetividade de um inimigo natural

particular e alterá-los para auxiliar a espécie benéfica.

Esta abordagem envolve ou a redução de fatores que

interferem com os inimigos naturais ou o fornecimento

dos recursos requeridos que auxiliem os predadores

naturais.

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Alguns Agentes Utilizados e Controle Biológico

Page 29: 4 Controle Biologico

Agente Biológico O que ele ataca Como se aplica

Fungo Metarhiziumanisopliae

Cigarrinha da folha dacana-de-açúcar

O fungo é pulverizado e, em contato como corpo do inseto, causa doença.

Fungo Metarhiziumanisopliae

Broca dos citrus O fungo é polvilhado nos buracos daplanta contaminando a praga.

Fungo Beauveria bassiana Besouro "moleque-da-bananeira"

O fungo é aplicado em forma de pasta empedaços de bananeira que são colocadosao redor das árvores servindo de isca.

Fungo Insectonrumsporothrix

Percevejo "mosca-de-renda"

O fungo é pulverizado e, em contato como corpo do inseto, causa doença.

Vírus Baculovírusanticarsia

Lagarta da soja Pulverizado sobre a planta o vírus adoecea lagarta que se alimenta das folhas.

Vírus Baculovírusspodoptera

Lagarta do cartucho domilho

Pulverizado sobre a planta, o vírus adoecea lagarta que se alimenta da espiga emformação.

Vírus Granulose Mandorová da mandioca Pulverizado sobre a mandioca o víris énocivo à praga.

Nematóide Deladendussiridicola

Vespa-da-madeira Em forma de gelatina, o produto éinjetado no tronco da árvoreesterelizando a vespa.

Bactéria Bacillusthuringiensis (Dipel)

Lagartas desfolhadoras Pulverizado sobre a planta o Dipel énocivo às lagartas.

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Tabela 1. Bactérias

Bactéria utilizada Inseto controlado

Bacillus thuringiensislepidópteros, larvas aquáticas de

mosquitos (Aedes spp., Anophelesspp, Culex spp.), borrachudos

Bacillus popilliaelarvas de AE; besouros da família

Scarabaeidae

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Tabela 2. Fungos

Fungo utilizado Inseto controlado

Aspergillus flavus larvas de Culex sp.

Beauveria bassiana larvas de mosquitos e moscas

Beauveria brongniartii baratas

Metarhizium anisopliae

cigarrinha da cana-de-açúcar: Mahanarvaposticata

cigarrinha das pastagens: Deois zuliabroca da cana: Diatraea saccharalispercevejos da soja: Nezara sp e Piezodorus

sp.reduvídeos: insetos da família Reduviidae

Nomuraea rileyimembros das ordens Coleoptera,

Lepidoptera e Orthoptera

Paecelomycesfumoroseus

larvas de mosquitos e moscas

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Tabela 3. Vírus

Vírus utilizado Inseto controlado

Baculovirusanticarsia (NPV)

Anticarsia gemmatalis (lagarta dasoja)

Page 33: 4 Controle Biologico

Alternativas no Controle Biológico

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Meios de captura

Em uma garrafa de plástico, faça diversas janelas com 2 cm. A isca é

feita com atrativos com sucos de frutas como laranja, tomate, entre

outras. Pode-se obter o suco dessas frutas por esmagamento e/ou

fervura em água e açúcar, sendo este o modo mais simples e rápido, e

acrescenta-se duas colheres de inseticida.

O suco pode ser coado e guardado em latas ou garrafas. É importante

que os recipientes não sejam totalmente fechados, pois a fermentação

durante o armazenamento poderá rompê-los. Não haverá problema se

o suco fermentar e adquirir odor azedo, pois isso aumentará a

atratividade para a mosca.

Mosca-das-frutas

Page 35: 4 Controle Biologico

Uso de extratos vegetais

• Existem inúmeras plantas que tem ação inseticida ou

repelente contra pragas e doenças. Entre elas pode-se

citar: o alho, o nim, a urtiga, o cravo de defunto, a

arruda a cavalinha entre outras...

Controle biológico de insetos

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Meios contra Pragas

Extratos de plantas

Nim• Coloca-se 3,75 Kg de sementes

moídas sem casca, ou 7,5 Kg de

sementes moídas com casca, em um

tambor, com capacidade para 200

litros de água;

• Deixa-se em repouso cerca de 12

horas, agitando bem duas a três

vezes;

• Coar o líquido para evitar o

entupimento do bico do pulverizador;

• Combate mais de 200 espécies de

insetos, como é o caso de lagartas

desfolhadoras, besouros, cigarrinhas

percevejos, pulgão e etc.

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Macerado de samambaia

Controla ácaros, cochonilhas e pulgões.

• 1/2 Kg de folhas frescas ou 100 Kg de folhas secas em 1

litro de água.

• Ferver por meia hora e depois dilua um litro desse

macerado em 10 litros de água.

Meios contra Pragas

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Meios contra Pragas

Água de sabão

o É utilizada para o controle de pulgões, lagartas,cochonilhas e pulgão.

o Separe 500g de sabão comum e 5 litros de água.Aqueça a água e misture a 500g de sabão raspado ouralado. Agite bem até dissolver o sabão, deixe esfriar epulverize sobre as plantas.

Page 39: 4 Controle Biologico

Para o controle de cochonilha farinhenta.

• 1 litro de querosene

• 400g de sabão em pedra

• 1 litro de água

• Fatie o sabão em tiras pequenas, coloque em uma

vasilha e leve ao fogo. Deixe que a água ferva,

mexendo sempre e depois retire e acrescente o

querosene batendo até virar uma pasta. Nunca

acrescente o querosene com o fogo aceso. Dilua um

litro desta pasta em nove litros de água e pulverize a

planta atacada em até dois dias após o preparo.

Solução de Querosene e sabão

Meios contra Pragas

Page 40: 4 Controle Biologico

Pimenta-do-Reino

• 100g de pimenta-do-reino;• 60g de sabão de coco;• 01 litro de álcool;• 1 l de água.

Colocar 100g de pimenta-do-reino em 1 litro de álcool durante 07dias.

Dissolver 60g de sabão de coco em 1 litro de água fervente.Retirar do fogo e juntar as duas partes. Utilizar um copo cheio para

10 l de água, fazendo 3 pulverizações a cada 3 dias.

Indicação: Pulgão, ácaro e cochonilhas.

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Meios contra Pragas

Preparados viróticos, fúngicos e bacteriológicos (não OGM);

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CONTROLE DE FORMIGAS

• sugerido pelo prof. Odair Correa Bueno - UNESP - Rio Claro:

• Se o formigueiro estiver na terra do jardim ou pomar,

coloque água fervendo no olheiro. Para obter maior

resultado, cavar até encontrar os ovos.

• O uso de sementes de gergelim como iscas, para ninhos

pequenos, na base de 30 a 50 gramas, ao redor do olheiro,

é útil no combate a formigas, que irão carregá-las para

dentro e oferecê-las como alimentos para os fungos, que

morreram. Um canteiro de gergelim em volta da horta ou da

área a ser protegida pode ser eficiente no controle de

formigas;

Page 43: 4 Controle Biologico

• Mudas de hortelã, pimenta, calêndula e batata-doce podem

ajudar a diminuir o ataque à cultura principal, pois as

cortadeiras vão atacar preferencialmente essas espécies.

• Menta, lavanda, manjerona, absinto, cravo-da-índia e alho

servem como repelente, quando plantados espalhados pelo

jardim.

• A cal destrói o alimento e as larvas das saúvas, sem o risco

de contaminar a água. Para um formigueiro de 3 metros,

usar 1 kg de cal, aplicada com bomba nas entradas

principais, enfiando a mangueira o mais fundo possível.

Aplicar mais duas vezes, com intervalos de uma semana.

Para evitar cortadeiras em árvores, pode-se colocar no

tronco das plantas uma tira de borracha com graxa ou

vaselina, evitando que as formigas subam.

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Manipueira

Para controle da formiga utilizar 2 l de manipueira noformigueiro para cada olheiro, repetir a cada 5 dias. Emtratamento por metro quadrado, 15 dias antes do plantio.Para o controle de pulgão, ácaro, lagarta, usar uma parte demanipueira e uma parte de água, acrescentar 1% de açúcarou farinha de trigo (liga). Aplicar em intervalo de 14 dias.

Indicação: formigas, pragas do solo, ácaro, pulgões, lagartas.

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Pão caseiro

Colocar pedaços pequenos de pão caseiro embebido emvinagre próximo às tocas/ninhos/carreadores em locais ondeas formigas estão cortando. O produto introduzido naalimentação das formigas começa a criar mofo preto efermenta, tornando-se tóxico as formigas.

Indicação: Formigas cortadeiras, Saúvas.

Page 48: 4 Controle Biologico

Pasta querosene

• 400 g de qualquer sabão;

• 1 l de querosene;

Coloque o sabão em 1 l de água quente, mexa atédissolver o sabão (retire do fogo).

Acrescentar 1 l de querosene, mexa até esfriar (depois defria fica pastosa). A pasta pode ser armazenada por até 2meses numa vasilha fechada.

Diluída pode ser pulverizada em até 3 dias (diluir em águaquente).

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• Para cochonilha em geral 1:8 (1 de pasta para 8 de água);

• Pulgão 1:15;

• Brocas do tronco, aplicar diretamente na lesão.

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Leite e Cinza

• 150g de cinza de madeira;

• 150g de esterco fresco de bovino;

• 150g de açúcar;

• 250ml de leite;

• 10 litros de água.

Misture todos os ingredientes, filtre em pano fino epulverizar as culturas.

Indicação: fungos do pimentão, pepino, tomate. Semcontra-indicação para hortaliças. Aplicar no tomate a cada 10dias.

Page 51: 4 Controle Biologico

Alho

• 01 pedaço de sabão (tamanho de um polegar);• 04 litros de água quente;• 02 cabeças de alho;• 04 colheres pequenas de pimenta vermelha picada.

Dissolva o sabão em 4 l de água. Junte as 2 cabeças de alho e 4 colheres de pimenta vermelha. Coar com pano fino e aplicar.

Indicação: Repelente, bactéria, fungos, nematóide, inibidor de digestão de insetos.

Page 52: 4 Controle Biologico

Defensivos Alternativos

• MANIPUEIRA;

• FUMAÇA;

• GERGELIM;

• CAL VIRGEM e ÁGUA;

• CINZA e ÁGUA

• ISCA GRANULADA MACEX;

• ROTENAT EM PÓ E ROTENAT FOG;

• NOSÓDIO;

• FORMIFIM;

• CONTROLE DE FORMIGAS.

Page 53: 4 Controle Biologico

Controle BiológicoJoaninha

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Pragas das culturas olerícolas

Pulgões ou Piolhos Joaninhas

Vaquinhas Aranhas

Tripes Aranhas

Ácaros Ácaro Vermelho

Lagartas Pássaros

Percevejo Pássaros

Brocas Vespas

Traças Vespas

Cochonilhas Moscas

Mosca Branca Aranha

Gafanhotos Sapos

Cupins Pássaros e Sapos

Formigas Pássaros

Pragas Inimigos Naturais

Page 57: 4 Controle Biologico

Meios contra Doenças Fúngicas

Calda Bordalesa;

Calda Viçosa;

Calda Sulfocálcica;

Extrato de Composto de Plantas.

Page 58: 4 Controle Biologico

Folha Branca Alternaria

Botritis Fusariose "Amarela"

Page 59: 4 Controle Biologico

Mancha Anular

Cancro do Talo

Podridão da Raíz

Mildio

Page 60: 4 Controle Biologico

Calda Bordalesa

A calda Bordalesa tem um amplo uso em fruteiras e hortaliças. Ela é

preparada à base de sulfato de cobre, cal virgem e água.

Ingredientes e Modo de preparo:

100g de sulfato de cobre

100g de cal virgem

10 litros de água

Page 61: 4 Controle Biologico

• O sulfato de cobre deve ser coloque em um saco de pano e

mergulhado em um balde contendo 5 litros de água até ser

completamente dissolvido, deixe assim por uma hora para

que o sulfato de cobre possa se dissolver totalmente. Em

outro balde, coloque a cal virgem e aos poucos, coloque

pequenas quantidades de água até formar uma pasta

homogênea, essa mistura deve esquentar pela reação da cal

em água, caso isso não ocorra, a cal não deve ser usada,

depois junte água até completar 5 litros. Em outro recipiente

de dez litros, junte as duas soluções, sempre o sulfato de

cobre sobre a cal, nunca o contrario, mexendo a mistura

enquanto prepara, verificar o pH utilizando um prego. A calda

precisa ser filtrada antes da pulverização para evitar o

entupimento do bico do pulverizador e a aplicação deve ser

feita no mesmo dia do preparo. Nunca utilizar vasilhame de

ferro.

Page 62: 4 Controle Biologico

Uso no controle biológicoQuadro 5 – Aplicação da calda bordalesa de acordo com a hortaliça.

HORTALIÇA APLICAÇÃO

Tomate A calda é aplicada quando a plantinha estiver com quatro folhas.

Controla a requeima, a pinta-preta e septoriose.

BatatinhaAplicar a partir de vinte dias após a germinação. Controla a

requeima e a pinta-preta.

CebolaContra a mancha púrpura e outras manchas das folhas, diluir três

partes da calda em uma parte de água.

alhoUsar a mesma concentração para a cebola. Contra ferrugem usar

calda sulfocálcica.

BeterrabaContra a mancha da folha(Cercospora beticola), usar três partes

de calda para uma de água.

Alface e

chicória

Contra míldio e podridãodeesclerotínia, usar uma parte de calda

para uma parte de água.

Couve e repolhoContra míldio e alternaria em semeteira, diluir uma parte de

calda em uma parte de água.

Page 63: 4 Controle Biologico

Pasta bordalesa

• 1 kg de sulfato de cobre;

• 2 kg de cal virgem;

• 300 g de sal de cozinha.

Coloque 5 l de água no balde com capacidade para 10 l, Dissolva

2 kg de cal misture por 2 min.

Em outro balde coloque 5 l de água, coloque 1 kg de sulfato de

cobre, mexer até dissolver.

Coloque o Sulfato (azul) sobre o cal (branco), nunca o inverso,

mexer por 1 min e acrescentar 300 g sal (Não armazenar).

Page 64: 4 Controle Biologico

Calda Viçosa

• 50g de sulfato de cobre

• 10 a 20g de sulfato de zinco

• 80g de sulfato de magnésio

• 10 a 20g de ácido bórico

• 40g de uréia

• 75g de cal hidratada.

Coloque a metade da água no recipiente e prepare aágua de cal. Coloque a outra metade da água em outrorecipiente para dissolver os sais minerais

Page 65: 4 Controle Biologico

• Em um terceiro recipiente, coloque o volume de cal já

preparado correspondente à metade do volume desejado

de calda (5 litros), misture aos poucos a água de sais,

sempre em constante agitação. Ao final, a calda deve ser

azulada e deve estar com o pH entre 7,5 e 8,5. Utilize

sempre recipientes de plástico, amianto ou alvenaria, que

não são ateados pelos sais. Nunca deve ser preparada em

quantidades muito grandes, pois não se deve guardar as

sobras.

Page 66: 4 Controle Biologico

Calda Sulfocálcica

• 750g de cal hidratada ou 500g de cal virgem

• 1 Kg de enxofre em pó

• Água

• Vasilha para fervura

• Fogão

Em uma vasilha de 10 litros coloque 500g de enxofre em pó de

boa qualidade, acrescente 400g de cal hidratada ou 250g de cal

virgem. ). Em seguida, coloque dois litros de água no balde, mexa

bem e acenda o fogo, espere a calda ferver, marque 45 minutos e

reponha a água evaporada. Espere ferver novamente e deixe mais

quinze minutos. Retire do fogo e coloque uma tampa no latão,

espere a calda esfriar e deixe decantar por uma noite.

Page 67: 4 Controle Biologico

• No dia seguinte, utilize a calda, mas apenas a parte

sobrenadante deve ser recolhida. Pegue uma caneca e retire

a calda tomando cuidado para não agitar o fundo, colocando

em um recipiente de vidro ou plástico. No final, a calda tem

uma coloração marrom café, quando colocada no vidro ou no

plástico torna-se cor de vinho. Para ser armazenada, a calda

não pode ficar em contato com o ar, sendo necessário

recipientes tampados.

Page 68: 4 Controle Biologico

Pasta de enxofre

• 1 kg de enxofre;

• 2 kg de cal virgem;

• 300 g de sal de cozinha.

• Inseticida natural (nim).

Por 5 l de água em um balde com capacidade de 10 l,

acrescenta 2 kg de cal, misture por 2 min.

Aqueça 5 l de água, ponha em um balde e acrescente 1 kg

de enxofre, mexer por 1 min. Coloque a mistura com enxofre

sobre a mistura de cal, mexer por 1 min.

Coloque 300g de sal, mexer por 1min. Acrescentar

inseticida natural. Indicado para partes podadas, caiação e

brocas.

Page 69: 4 Controle Biologico

Muito Obrigado!