contrato de autonomia são bruno

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÃO BRUNO CONTRATO DE AUTONOMIA “Quem melhor conhece e tem de saber administrar o agrupamento de escolas é a comunidade educativa local, a começar pelos professores e diretores, pelos pais e pelo poder autárquico” in Recomendação n.º7/2012 Conselho Nacional de Educação

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  • AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SO BRUNO

    CONTRATO DE AUTONOMIA

    Quem melhor conhece e tem de saber administrar o agrupamento de escolas a comunidade educativa local, a comear pelos professores e diretores, pelos pais e pelo poder autrquico

    in Recomendao n.7/2012

    Conselho Nacional de Educao

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    PREMBULO

    1. NOTA INTRODUTRIA

    A presente proposta de CONTRATO DE AUTONOMIA a celebrar entre o AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SO BRUNO e o MINISTRIO DA EDUCAO E CINCIA tem como base os dispositivos legais, reforados com a publicao da Portaria n265/2012 de 30 de agosto.

    Cumpridos os requisitos, contemplados no artigo 6. da acima referida Portaria, a saber:

    a) Aprovao prvia dos termos do Contrato de Autonomia, por parte do Conselho Geral, reunido a 29 de novembro de 2012;

    b) Aprovao do Projeto Educativo de Agrupamento, para o trinio 2012/2015, pelo Conselho Geral, na mesma data, aps parecer favorvel pronunciado pelos membros do Conselho Pedaggico, a 24 de outubro de 2012; (cpia em anexo)

    c) Avaliao Externa realizada de 21 a 23 de maio de 2012, por equipa da Inspeo-Geral de Educao e Cincia (IGEC), de cujo Relatrio se destaca a classificao de Muito Bom nos trs Domnios;

    d) Reforo de medidas e prticas de Autoavaliao, como recomendado no Relatrio referido na alnea anterior, com um Plano de Melhoria j em fase de implementao, com incio em setembro de 2012 e com acompanhamento de mentor externo, de empresa de proximidade local.

    2. CARACTERIZAO DO AGRUPAMENTO

    O Agrupamento de Escolas de So Bruno, criado em maio de 2003, assinalou em Setembro de 2012, o 10. aniversrio das instalaes da escola sede EBI de SO BRUNO inaugurada aps um perodo alargado de 26 anos de funcionamento num espao do Convento da Cartuxa, em Caxias.

    Atualmente, esta unidade orgnica serve no Concelho de Oeiras, as Freguesias de Caxias e de Barcarena, constitudas por uma populao multicultural e heterognea a nvel socioeconmico. Agrega quatro Escolas Bsicas de 1. Ciclo (EB1), uma das quais com Jardim-de-infncia EB1/JI N. Senhora do Vale, EB1 Joo de Freitas Branco e EB1 Samuel

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    Johnson em Caxias e a EB1 Visconde de Leceia, servindo as localidades de Leceia e Barcarena.

    Entre 2004 e 2012 verificou-se um aumento de quase 25% no total de crianas e jovens a frequentar o Agrupamento, embora se tenha encerrado uma EB1, por iniciativa conjunta da Direo e do Departamento de Educao da Cmara Municipal de Oeiras (CMO). A escola sede aumentou a capacidade de acolher turmas, mantendo o turno nico e integrando o 1. ciclo, aps obras de adaptao e requalificao de espaos, a cargo da Direo Regional de Educao de Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT) e da Autarquia. Em sentido contrrio, diminuiu o nmero de professores em exerccio efetivo de funes, face a um maior nmero de turmas e de alunos o que indicia uma melhoria na rentabilizao dos recursos disponveis, com efetiva diminuio de custos pblicos e sociais.

    No ano letivo 2012/13 frequentam o Agrupamento quase mil alunos dos nveis Pr-escolar, 1., 2. e 3.ciclos. Perante perfis que indiciavam reteno e pouco investimento nas aprendizagens, bem como forma de combater o insucesso escolar e prevenir o abandono precoce, constituram-se duas turmas de Percursos Curriculares Alternativos, de incio de 2. e 3. ciclos e em simultneo manteve-se outra de 3. ciclo que conclura o ano antecedente com grande sucesso (100% de transio). A adeso a estas modalidades educativas visa despertar gostos e aptides, abordando os contedos programticos de forma mais experimental e prtica, adaptando-os a ritmos diferenciados, capacidades de concentrao e ateno reduzidas, associados a dificuldades especficas de aprendizagem e a problemticas de ndole comportamental.

    A prestao de servios educativos contempla ainda o ensino para adultos no Estabelecimento Prisional de Caxias (EP Caxias), de acordo com o respetivo Projeto Educativo, aprovado anualmente pela tutela, assim como, Cursos de Educao e Formao para jovens no Centro Educativo Padre Antnio de Oliveira, (CEPAO) no mbito do Despacho conjunto n. 23038/2009 (Ministrios da Justia, do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educao), cuja experincia adquirida ao longo de dcadas nos permite evidenciar os respetivos resultados positivos na recuperao, capacitao e integrao na sociedade de jovens e adultos, pelo que as exigncias destas variedades de ensino requerem profissionais com perfil adequado.

    Cerca de 5% dos alunos so naturais de outros pases, maioritariamente lusfonos e quase 40% beneficia de Ao Social Escolar com Auxlios Econmicos (refeies, livros e transportes). Os indicadores relativos

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    formao acadmica conhecida de 80% dos pais permitem verificar que 24% possuem formao superior. Dos 70% de pais com ocupao profissional conhecida, 44% desenvolvem atividades de nvel intermdio e superior, o que remete para um contexto socioeconmico e cultural razoavelmente favorvel, no obstante a existncia de fortes assimetrias.

    Exercem funes no Agrupamento 83 docentes, dos quais 88% so de quadro e apenas 10 so contratados. Fazem parte do Pessoal No Docente 5 Assistentes Tcnicos e 21 Assistentes Operacionais, recorrendo-se ainda a 5 Trabalhadores colocados ao abrigo de contratos de Emprego-Insero, o que permite colmatar necessidades de atendimento, vigilncia e apoio a alunos, manuteno, limpeza e conservao de espaos. Presta tambm servio, na escola sede, um elemento do Gabinete de Segurana Escolar do Ministrio da Educao e Cincia.

    Embora partilhado com outro Agrupamento de Escolas da rea, os Servios de Psicologia Escolar tm tido impacto muito positivo no acompanhamento e apoio de alunos, turmas e famlias, para alm da Orientao Escolar e Vocacional dos alunos de 9. ano, considerando-se imprescindvel e necessria a sua manuteno, por forma a garantir respostas de equipas multidisciplinares, onde se incluem as duas Professoras de Educao Especial e as Tcnicas de Terapia da Fala e de Psicologia, da Parceria com o Centro de Recursos para a Integrao (CRI) estabelecida com a CERCIOEIRAS, instituio de reconhecida qualidade na prestao de servios sociais na rea do apoio deficincia, embora apenas para alguns dos alunos com Necessidades Educativas Especiais de carter permanente, que atingem j quase 4% do total da populao discente.

    Tambm os servios prestados pela Biblioteca Escolar na escola sede e as iniciativas de criao de Postos de Leitura nas EB1 tm contribudo para reforar a promoo das competncias de literacia e da informao que transversalmente atingem todos os alunos dos vrios nveis de ensino.

    Um dos denominadores comuns em todas as Escolas do Agrupamento o ambiente de escola inclusiva com resultados visveis e impacto muito positivo junto das comunidades escolar e envolvente. Para esse ambiente educativo contribuem fortemente as aes promovidas pelos diversos departamentos curriculares e estruturas intermdias de gesto pedaggica que acolhem, articulam e dinamizam o contributo, o saber, o compromisso e a disponibilidade demonstrados pela grande maioria dos docentes.

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    No decurso da implementao da escola a tempo inteiro para o 1. ciclo a Autarquia assumiu a promoo das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC), atravs de adjudicao de servios a empresas, tendo para o corrente ano proposto aos agrupamentos de escolas do concelho, numa linha de confiana e reconhecimento de capacidade para tal, delegar tais competncias, pelo que no ano letivo de 2012/13 a gesto est a cargo da entidade Parceira CERCIOEIRAS com uma equipa mais reduzida, coesa e devidamente preparada e coordenada, para a promoo dessas atividades Ingls, Msica e Atividade Fsica e Desportiva, com um nvel de maior proximidade, qualidade e rentabilidade de recursos humanos e financeiros.

    3. RESULTADOS DA AVALIAO EXTERNA E DA AUTOAVALIAO

    3.1. Avaliao externa

    Reportando ao Relatrio de Avaliao Externa, realizada de 21 a 23 de maio de 2012, como j acima mencionado e onde se l em Resultados Acadmicos Analisando as taxas de transio/concluso, no ltimo trinio, de assinalar a evoluo muito positiva que ocorreu no 1

    ciclobem como a tendncia de melhoria verificada nos 6, 7 e 8 anos

    e a diversificao das estratgias de aprendizagem constitui uma boa prtica; em Resultados Sociais o Agrupamento situa-se num patamar elevado. A comunidade escolar identifica-se como agente de mudana e

    de enriquecimento individual, de grupo e comunitrio, ou em Prticas de Ensino conferida uma ateno particular dimenso artstica e ainda em Liderana uma viso estratgica de agrupamento inclusivo e que, suportando-se na qualidade, na equidade e no rigor, se perspetiva

    como promotor do sucesso educativo de todos os alunos, donde se infere que a MISSO que nos confiada de formar crianas e jovens para uma cidadania ativa e participada, preparados para enfrentarem os desafios de prosseguimento de estudos e integrao no mercado de trabalho, atinge um significativo patamar de pontos fortes.

    3.2. Autoavaliao

    Mediante o balano dos resultados obtidos no trinio anterior, decorrente da Avaliao do PEA (2009/12) concluiu-se que na Meta MANUTENO OU MELHORIA DOS NVEIS DE SUCESSO no se atingiu o inicialmente proposto com apenas um ponto percentual abaixo do ponto de partida de

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    94,3%; no entanto, na Meta MELHORIA DA QUALIDADE DAS APRENDIZAGENS o objetivo foi conseguido com sucesso, pois o nmero de alunos propostos para Quadro de Excelncia aumentou e os resultados tm vindo numa curva evolutiva ascendente; no que se refere PROMOO DE INICIATIVAS DE MELHORIA DOS NVEIS COMPORTAMENTAIS a meta foi amplamente atingida, porque se reduziu em muito o nmero de processos disciplinares e, na proporo inversa, aumentou significativamente o nmero e qualidade de iniciativas promotoras do ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE NO QUOTIDIANO DA VIDA ESCOLAR.

    Terminado o primeiro ano de implementao do PEA (2012/15) constata-se, atravs de tratamento estatstico de dados, que a taxa de sucesso global de agrupamento atinge 89%, mantendo-se a taxa de 0% de abandono escolar e registando-se um ligeiro aumento na atribuio de Diplomas de Excelncia.

    Tendo ainda como referncia, quer os nveis de participao, quer os de satisfao pelos servios prestados, no mbito do processo de Avaliao Interna (2010/11), os resultados obtidos com os inquritos aplicados a uma amostra do Pessoal Docente e No Docente, Alunos e Pais/EE revelaram: Percentagem de respondentes PD 54%; PND 100%; Alunos 93% e Pais/EE 45%; numa Escala de Valores de 0 a 5, o PD atinge uma mdia de 4,3, o PND e os Alunos de 3,7 e os Pais/EE de 3,8 donde se pode concluir, em todas as categorias de prestadores e utilizadores dos servios educativos, uma tendncia de melhoria a progresso substancial (modelo CAF-Common Assessment Framework).

    No mbito do desenvolvimento do regime jurdico de autonomia da escola, consagrada pelo Decreto-Lei n. 43/89, de 3 de fevereiro, e ao abrigo do Decreto-Lei n.75/2008, de 22 de abril, com a nova redao que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n. 137/2012, de 2 de julho, e pela Portaria n. 265/2012, de 30 de agosto, e demais legislao aplicvel, o Ministrio da Educao e Cincia, atravs da Direo-Geral dos Estabelecimentos Escolares, e o Agrupamento de Escolas de So Bruno, celebram e acordam entre si o presente Contrato de Autonomia, que se rege pela regulao suprarreferida e ainda pelas clusulas seguintes:

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    Clusula 1.

    Objetivos gerais

    Os objetivos gerais do contrato so:

    1) Garantir um servio pblico de educao que promova as competncias bsicas de todos os alunos/formandos e ajude a desenvolver aptides, gostos e interesses, num referencial de excelncia assente em princpios de equidade, corresponsabilizao e eficcia.

    2) Promover condies para a melhoria do sucesso escolar e educativo dos alunos e formandos, prevenindo e superando situaes de reteno, absentismo e abandono escolar, atravs da adaptao e diversificao das ofertas formativas.

    3) Reforar a adopo de processos inovadores e diferenciados de gesto psicopedaggica, estratgica, patrimonial, administrativa e financeira, aumentando o nvel de participao de entidades externas atravs da negociao e assinatura de protocolos e parcerias.

    Clusula 2.

    Objetivos operacionais

    Os objetivos operacionais so:

    1) Manter ou aproximar a taxa de abandono a 0%;

    2) Aumentar a taxa de sucesso escolar do 3 ciclo, de 88% para 90% em 3 anos letivos;

    3) Diminuir em 2% ao ano a diferena entre a mdia nacional e as classificaes nas provas da avaliao externa, na disciplina de matemtica, no 3 ciclo;

    4) Manter a flexibilidade na gesto do currculo de acordo com grupos de perfil, constituindo turmas de nvel (PCA e/ou Turma+) para 8% a 10% dos alunos dos 2. e 3. ciclos;

    5) Possibilitar a coadjuvao em 30% das turmas ou grupos de alunos, incentivando a adoo de modelos alternativos de ensino;

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    6) Adequar a formao a prestar no Estabelecimento Prisional de Caxias e no Centro Educativo Padre Antnio de Oliveira s caractersticas especficas do pblico-alvo e forma de funcionamento das instituies, visando a manuteno de uma taxa de validao de competncias de 75%.

    Clusula 3.

    Plano de ao estratgica

    O plano de ao estratgica deve concretizar-se utilizando os recursos disponveis nas Escolas do Agrupamento bem como aqueles que decorram da celebrao do Contrato de Autonomia e no respeito pela legislao aplicvel. Tendo em vista a concretizao dos objetivos previstos nas clusulas 1 e 2, desenvolver-se-:

    PLANO DE AO ESTRATGICA

    DOMNIOS OBJETIVOS

    ESTRATGICOS PROJETOS/ATIVIDADES RECURSOS CALENDARIZAO

    Melhorar/manter as taxas de transio

    Trimestral/Anual

    Sucesso escolar Diversificar prticas pedaggicas diferenciadas

    Turma+; Grupos de nvel

    Turmas PCA Anual/Ciclo

    Melhorar/Manter a qualidade do ensino e da aprendizagem

    Reforo das aprendizagens

    Valorizar as aprendizagens dos alunos

    Curso Vocacional (em rea a

    determinar)

    12 horas para docente (a atribuir pelo MEC) Entidades parceiras rea social

    Anual/Ciclo (2014/15?)

    Educao para a Cidadania

    Prevenir e combater a indisciplina

    Equipa Tutorial Multidisciplinar

    18 horas para psiclogo (a atribuir pelo MEC)

    Anual/Trinio

    Promover a imagem institucional do Agrupamento

    Estgios a jovens especializados

    Entidades parceiras promotoras dos estgios

    Trimestral/Semestral//Anual

    Eficcia da Gesto Rentabilizar os

    recursos humanos, fsicos e materiais

    Plano de Melhoria - Autoavaliao

    Mentor externo empresa local

    Anual/Bianual/Trinio

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    O Plano de ao estratgica, a implementar por um perodo de trs anos letivos, visa garantir a consecuo das seguintes medidas:

    a) Afetao de turma+ e/ou grupos de nvel temporariamente fora do grupo/turma, para aquisio de conhecimentos mnimos e capacitao de competncias que permitam a concluso de ciclos;

    b) Manuteno e/ou constituio de turmas de PCA (Percursos Curriculares Alternativos); criao de modalidades de Ensino Vocacional (Curso Vocacional em rea a determinar), no respeito dos limites definidos em lei sobre a matria;

    c) Constituio de uma Equipa Tutorial que, no respeito dos limites definidos em lei sobre a matria, proponha, supervisione e acompanhe um Programa de Gesto Comportamental e Capacitao Parental;

    d) Contratao de Tcnico Especializado em Psicologia para garantir o acompanhamento, encaminhamento e apoio dos alunos, famlias e profissionais de educao, nos termos autorizados pelo Ministrio da Educao e Cincia e no respeito pela legislao em vigor.

    e) Oferta de oportunidades de estgio a jovens especializados, em Psicologia, Ao Social, Mediao Escolar e Familiar, Terapias da Fala e Ocupacional, Fisioterapia, entre outras, para com a necessria superviso poderem apoiar as equipas de trabalho e em simultneo adquirirem experincia em situao real, em estrito cumprimento da legislao vigente;

    f) Alargamento das parcerias com Programa Escolhas, Casa de S. Bento, Centro Paroquial e Social Nossa Senhora das Dores e outras instituies para em rede mais estreita se atuar junto dos alunos e famlias;

    g) Implementao do Plano de Melhoria na rea da Autoavaliao, com a superviso de mentor externo e a participao de toda a comunidade educativa.

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    Clusula 4.

    Competncias reconhecidas ao Agrupamento de Escolas

    Com o presente contrato, o Ministrio da Educao e Cincia reconhece ao Agrupamento de Escolas de So Bruno competncias relativas Gesto e desenvolvimento curricular, aos Processos de ensino, apoio e guarda, Gesto e organizao escolar e, ainda, Excelncia, inovao e empreendedorismo, para o desenvolvimento da sua autonomia.

    Gesto e desenvolvimento curricular

    1) Planificar e gerir formas de diversificao curricular e formativa, dentro do quadro legal, adequadas variedade dos interesses e capacidades dos alunos e formandos, tendo em vista a progressiva qualificao do percurso formativo dos alunos e assegurando a melhoria/manuteno dos resultados escolares, o enquadramento na matriz curricular nacional, e a prestao de contas nos exames nacionais, nos termos da legislao aplicvel.

    2) Mobilizar recursos locais para servios de apoio aos alunos e para enriquecimento das ofertas educativas, dentro do quadro legal em vigor, com verbas prprias geradas pelo Agrupamento.

    Processos de ensino, apoio e guarda

    3) Rentabilizar os recursos humanos, recorrendo quando necessrio seleo e contratao de pessoal docente e tcnico para assegurar os projetos de melhoria, nos termos autorizados pelo Ministrio da Educao e Cincia e no respeito pela legislao em vigor, mediante uma matriz de competncias e perfis, previamente aprovada em sede dos rgos competentes;

    4) Organizar atividades de complemento curricular, de acordo com os interesses dos alunos e os recursos das escolas, de forma a manter a forte imagem de cultura cientfica, ambiental, desportiva, artstica e musical para todos.

    Gesto e organizao escolar

    5) Organizar o horrio e o funcionamento dos servios da escola sede, a fixar no incio do ano letivo, salvaguardando a guarda dos alunos durante todo o ano letivo e o respeito pela escola a tempo inteiro, no 1 ciclo do ensino bsico, desenvolvendo-se no respeito pela legislao em vigor e em funo dos recursos humanos disponveis,

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    de forma a assegurar o cumprimento de tarefas e o atendimento com otimizao dos recursos humanos e reduo de despesas;

    6) Flexibilizar a organizao do ano escolar, garantindo o cumprimento integral do nmero de dias de aulas, salvaguardando a guarda dos alunos durante todo o ano letivo e sem prejuzo do cumprimento integral do nmero mnimo de dias de aulas bem como do respeito pelo calendrio de exames nacionais.

    7) Gerir o crdito horrio global podendo solicitar a sua converso em equivalente financeiro para investimento.

    Excelncia, inovao e empreendedorismo

    8) Implementar programas de inovao educacional, estabelecendo e consolidando parcerias com entidades, instituies, tcnicos, empresas e escolas, que permitam reforar as equipas internas das escolas;

    9) Colaborar com solicitaes externas, desde que consistentes com os princpios preconizados pela escola na defesa de uma educao inclusiva de elevada qualidade pedaggica e cientfica e como incentivo a aes de solidariedade, de voluntariado, de estgios, entre outros, que promovam a cidadania ativa.

    Clusula 5.

    Compromissos do Agrupamento de Escolas

    Com vista a cumprir os objetivos gerais e operacionais constantes do presente contrato, o Agrupamento de Escolas de So Bruno compromete-se e fica obrigado a:

    1) Cumprir e fazer cumprir os princpios subjacentes e constantes do artigo 3. da Portaria n. 265/2012 e as disposies do presente Contrato de Autonomia;

    2) Garantir um estreito envolvimento de toda a comunidade educativa, atravs dos respetivos rgos que a representam, nos processos de tomada de decises com impacto estratgico na organizao das escolas e dos processos de aprendizagem;

    3) Concretizar as aes e medidas acima preconizadas e constantes do Projeto Educativo, por um perodo de trs anos letivos;

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    4) Angariar e gerar recursos direcionados para a sustentabilidade financeira de projetos de ao e inovao pedaggica;

    5) Reforar a diversidade de oferta curricular e formativa prevista, de acordo com os perfis identificados, tendo em vista a progressiva qualificao do percurso formativo dos alunos e assegurando a melhoria/manuteno dos resultados escolares, o enquadramento na matriz curricular nacional, e a prestao de contas nos exames nacionais, nos termos da legislao aplicvel e em articulao com os servios competentes do MEC;

    6) Facilitar o acesso a equipas multidisciplinares e tcnicos especializados que contribuam para a preveno de conflitos, insucesso escolar repetido e eventual abandono precoce;

    7) Garantir apoio em psicologia e mediao escolar junto dos alunos, famlias e profissionais de educao, identificados com necessidades especficas e que no esto abrangidos pelos servios locais e parcerias em vigor;

    8) Manter, com as entidades representativas do meio social e comunitrio envolvente, um dilogo e colaborao permanentes, que permitam ao Agrupamento de Escolas, por um lado, potenciar recursos e por outro, reforar os mecanismos de integrao das escolas ao servio da comunidade;

    9) Realizar anualmente processos de autoavaliao com divulgao de resultados obtidos e metas atingidas.

    Clusula 6.

    Compromissos do Ministrio da Educao e Cincia

    Pelo presente contrato, o Ministrio de Educao e Cincia compromete-se e obriga-se a:

    1) Tomar as decises necessrias viabilizao e concretizao do Plano de Ao estabelecido no presente Contrato;

    2) Autorizar a afetao de doze horas de docente do grupo de recrutamento 500;

    3) Autorizar a contratao de dezoito horas para psiclogo;

    4) Participar na Comisso de Acompanhamento prevista no artigo 9. da Portaria n. 265/2012, de 30 de agosto;

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    5) Manter com o Agrupamento de Escolas um relacionamento institucional direto e colaborante, no quadro da delimitao e delegao de competncias.

    Clusula 7

    Compromissos dos parceiros

    O Agrupamento compromete-se a celebrar, sempre que seja conveniente, com os diversos parceiros da comunidade, os acordos, protocolos ou outros documentos equivalentes que se mostrem necessrios ao desenvolvimento e concretizao do plano e projeto de autonomia constante do presente contrato, em condies e termos a definir com os mesmos.

    Clusula 8.

    Durao do contrato

    1 O presente Contrato de Autonomia vigorar at ao termo do ano letivo de 2015-2016.

    2 O presente contrato pode ser revisto e alterado a todo o tempo, por acordo entre as partes, respeitado o requisito previsto na alnea a) do artigo 6. da Portaria pela qual se rege.

    Clusula 9.

    Acompanhamento e monitorizao

    O Agrupamento de Escolas de So Bruno constitui uma estrutura permanente de acompanhamento e monitorizao constituda pela diretora e por mais dois docentes, sendo um membro do Conselho Geral e o outro do Conselho Pedaggico, designados para o efeito, com as seguintes competncias:

    1) Monitorizar o cumprimento e a aplicao do presente contrato e acompanhar o desenvolvimento do processo;

    2) Monitorizar o processo de autoavaliao da escola;

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    3) Produzir e divulgar o relatrio anual de progresso;

    4) Constituir meio de interlocuo com os servios competentes do Ministrio da Educao e Cincia.

    Clusula 10.

    Casos omissos

    Todas as matrias no reguladas no presente contrato sero regidas pela lei geral aplicvel.

    Assinaturas

    O Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares

    __________________________________________

    Jos Alberto Moreira Duarte

    A Diretora do Agrupamento de Escolas de So Bruno

    ___________________________________________

    Isabel Cristina Gomes Santos Silva Loureno

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    A Presidente do Conselho Geral Agrupamento de Escolas de So Bruno

    ___________________________________________

    Helena Maria Muralha Cardoso Leito

    Parceiros

    ___________________________________________

    Homologo

    O Secretrio de Estado do Ensino e Administrao Escolar

    ___________________________________________

    Joo Casanova de Almeida