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Aspectos Históricos e Sociais que subjazem à Orientação Curricular: as tendências pedagógicas e as subjetividades da comunidade – teoria e prática. Conteúdo 1 Secretaria Municipal de Educação de Cariacica EMEF “ Euvira Benedita Cardoso da Silva” Prof. Maria Dorotéa dos Santos S [email protected]

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Secretaria Municipal de Educação de Cariacica EMEF “ Euvira Benedita Cardoso da Silva”. Aspectos Históricos e Sociais que subjazem à Orientação Curricular: as tendências pedagógicas e as subjetividades da comunidade – teoria e prática. Conteúdo 1. Prof. Maria Dorotéa dos Santos Silva - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Conteúdo 1

Aspectos Históricos e Sociais que subjazem à Orientação Curricular: as tendências pedagógicas e as subjetividades da

comunidade – teoria e prática.

Conteúdo 1

Secretaria Municipal de Educação de CariacicaEMEF “ Euvira Benedita Cardoso da Silva”

Prof. Maria Dorotéa dos Santos [email protected]

Page 2: Conteúdo 1

1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

1. ASPECTOS HISTÓRICOS DO CURRÍCULO

Para início de conversa, o que é Currículo? Qual a relevância na escola?

Proposta Curricular é uma questão de Identidade ou de Subjetividade?

Nas discussões cotidianas quando pensamos em Currículo pensamos apenas

em conhecimento, esquecendo-nos de que o conhecimento que constitui o

Currículo está centralmente e intrinsecamente envolvido naquilo que somos, na

nossa identidade, na nossa subjetividade.

Currículo – vem do latim curriculum e seu significado é pista de corrida.

Na história do currículo, as teorias da eficiência social têm seu desenvolvimento

inicial associado aos trabalhos de Franklin Bobbitt  e Werret Charters , e seu

ápice associado ao trabalho de Ralph Tyler.  Bobbitt, em seu The Curriculum,

publicado em 1918, nos EUA, visava alcançar a eficiência burocrática na

Administração Escolar a partir do planejamento do Currículo e o fazia

transferindo as técnicas do mundo dos negócios, marcado pela lógica de Taylor,

para o mundo da escola. Nessa perspectiva, a criança era entendida como um

produto a ser moldado pelo currículo, de maneira a garantir sua formação

eficiente. Essa eficiência consistia no atendimento às demandas do modelo

produtivo dominante. Por isso, as atividades do adulto produtivo eram, para

Bobbitt, a fonte dos objetivos de um Currículo.

Nenhum outro modelo de construção curricular antes de Tyler foi capaz de

influenciar tanto a atividade de desenvolvimento curricular.

Revisão histórica de Currículo

Franklin Bobbitt

Frederick W. Taylor

Page 3: Conteúdo 1

1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

1. ASPECTOS HISTÓRICOS DO CURRÍCULO

Na tradição teórica de Bobbitt, Charters e Tyler, em linhas gerais, havia em comum a estreita associação entre currículo e mundo produtivo, visando à eficiência do processo educacional, à adequação da educação aos interesses da sociedade e, conseqüentemente, ao controle do trabalho docente e à administração do trabalho escolar. Tais teorias interpretavam a escola a partir de princípios derivados do modelo de organização do mundo fabril. A idéia dominante é de que a escola poderia educar de maneira mais eficiente se reproduzisse os procedimentos de administração científica das fábricas (na época, o modelo taylorista-fordista) e se executasse um planejamento muito preciso dos objetivos a serem alcançados.

A prevalência dos objetivos, especialmente comportamentais, esteve intimamente relacionada a essa perspectiva.

A idéia, ainda muito presente no senso comum educacional de uma forma mais ampla, de que a qualidade do desenvolvimento curricular, e da educação de uma forma geral, depende de uma definição precisa dos objetivos a serem implementados e, por conseguinte, do perfil de profissional, de cidadão ou de sujeito social que se pretende formar, deriva do pensamento de que o currículo existe para atender às finalidades sociais do modelo produtivo dominante.

Origem nas fábricas

Ralph W. Tyler

Henry Ford

Page 4: Conteúdo 1

1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação

1. ASPECTOS HISTÓRICOS DO CURRÍCULONecessidade de formação do trabalhador

Objetivos Objetivos comportamentais e comportamentais e

competências = competências = mensuráveis = mensuráveis = controláveiscontroláveis

Objetivos Objetivos comportamentais foram comportamentais foram

substituídos pela idéia de substituídos pela idéia de competênciacompetência

Em seguida: Em seguida: estendeu-se às estendeu-se às

diferentes áreas diferentes áreas do ensinodo ensino

Inicialmente: Inicialmente: associada aos associada aos programas de programas de formação dos formação dos trabalhadorestrabalhadores

Teorias Curriculares: Teorias Curriculares: Ensino para a Ensino para a CompetênciaCompetência

Anos 70Anos 70

O objetivo foi associar o comportamentalismo a dimensões

humanistas mais amplas, visando formar comportamentos (as

competências) que representassem metas sociais impostas aos jovens pela

sua sociedade e cultura.

Page 5: Conteúdo 1

1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação

II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós

Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?

2. TEORIA TRADICIONAL CRÍTICA E PÓS CRÍTICA DO CURRÍCULO: O QUE SÃO?

Proposta Proposta CurricularCurricular

1. Os aspectos teóricos: descrição, representação, signo, reflexo de uma realidade.

2. Os aspectos históricos: localização temporal.

3. As justificativas: Porque e Para quê? O que queremos?

4. As tendências pedagógicas: aspectos políticos e pedagógicos.

5. Os aspectos sociais: Para qual sociedade? Quais as realidades sócio-culturais?

6. Os aspectos didáticos: quais conhecimentos são importantes? Qual o tipo de ser humano? Por que esses ou aqueles conhecimentos? Como praticar e avaliar esses conhecimentos?

O que é O que é Currículo?Currículo?

Lugar, espaço, território. O currículo é relação de poder. Trajetória, viagem, percurso. Currículo é identidade. Necessário autonomia e flexibilidade para a construção de uma proposta curricular. Mas é preciso um parâmetro, uma condução, uma identidade harmônica.

Page 6: Conteúdo 1

1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação

II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós

Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?

Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos

ASPECTOS TEÓRICOS

Para isto, necessário se faz considerar o que os aspectos teóricos da Educação definem.Vamos relembrar?O que fundamenta a Educação enquanto área de estudo e de trabalho?

1. Os modos de conhecer: Epistemologias que determinam as visões, formas de considerar a aquisição e/ou apropriação do conhecimento.

2. Os Fundamentos da Educação: Ciências e pressupostos da Educação.

3. As correntes e tendências da Educação Brasileira: Que tipo de Escola, de homem e de sociedade pretende-se. São os modos de ensinar e aprender para a realidade, para um determinado ideal filosófico e uma sociedade.

4. A harmonia pedagógica: o enviesamento e integração dos modos de conhecer, de ensinar e de aprender para a composição do eixo curricular de acordo com a identidade do Meio e seus aspectos.

ATIVIDADE 1 – BREVE RESGATE DAS TEORIAS DO CURRÍCULO: VAMOS RELEMBRAR AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E AS TEORIAS DA APRENDIZAGEM? VAMOS HARMONIZÁ-LAS?

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ANÁLISO SÓCIO POLÍTICA

AbordagensSistema político

adjacente

Pressupostos Teóricos

Como o homem aprende?

Daí vem a visão de Ensino.

Sociedade Liberal: o pensamento livre para

o saber produtivo – 1789 – Revolução

Francesa.

Capitalismo

Os homens são diferentes

Visão Tradicional – Racionalista, do sujeito para o meio. Teoria Tradicional do Currículo.

Os homens são essencialmente iguais, mas a

vida em sociedade os

diferencia.

Visão Comportamentalista – Empirista – do meio para o sujeito. Teoria Tradicional do Currículo.

Visão Tecnicista – do método, da técnica para transformar o sujeito. Teoria Tradicional do Currículo.

Sociedade Progressista: o saber

para a busca equilibrada da

emancipação do sujeito.

Socialismo - Idealismo

A igualdade entre os homens não

se dá igualmente na sociedade.

Visão Libertadora – construir a partir de suas próprias descobertas. Teoria Crítica do Currículo.

Visão Libertária – Transformar-se a partir do meio para transformar, emancipar-se. Teoria Crítica do

Currículo.

Visão Interacionista – o sujeito não é somente racional, soberano, nem tampouco natural, puramente empírico. Ele é simultaneamente os dois na medida em que é um sujeito histórico-cultural. Teoria Pós-Crítica do Currículo.

TABELA 1 – Análise sócio-política da visão de Sociedade

1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação

II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós

Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?

Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos

Análise Análise Sócio Sócio

PolíticaPolítica

Page 8: Conteúdo 1

•Ensino;•Aprendizagem;•Avaliação;•Metodologia;•Didática;•Organização;•Planejamento;•Eficiência;•Objetivos;•Quais as Tendências, Técnicas da Aprendizagem e Abordagem do Ensino que se assemelham às Teorias Tradicionais do Currículo?

1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação

II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós

Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?

Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos

Análise Análise Sócio Sócio

PolíticaPolítica

Teoria Teoria TradicionalTradicional

A partir de uma inter-relação entre os mecanismos teóricos da Educação, é possível adotar uma linha, norte para pensar a Proposta Curricular. No cenário curricular, as categorias de teorias de acordo com os conceitos que elas enfatizam são:

TEORIA TRADICIONAL DO CURRÍCULO

Page 9: Conteúdo 1

•Valoriza as atividades teóricas ou práticas de racionar a partir da natureza, da hereditariedade, das raças, dos dons, da escola, do currículo.

•Considera que a razão e o pensamento são as únicas fontes de conhecimento em detrimento ao conhecimento que subjaz à ciência, à Escola, ao Currículo Programado.

•O conhecimento se dá por situações de treinamentos, repetição exaustiva e memorização.

•Os métodos são baseados em aulas expositivas como na demonstração dos conteúdos apresentados de forma linear e numa progressão lógica, sem levar em consideração as características próprias dos alunos.

•O professor é o detentor do saber e avalia o seu aluno através de provas escritas orais e exercícios.

TEORIA TRADICIONAL DO CURRÍCULO (CONT.)

1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação

II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós

Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?

Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos

Análise Análise Sócio Sócio

PolíticaPolítica

Teoria Teoria TradicionalTradicional

Page 10: Conteúdo 1

TEORIA CRÍTICA DO CURRÍCULO1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação

II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós

Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?

Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos

Análise Análise Sócio Sócio

PolíticaPolítica

Teoria Teoria TradicionalTradicional

Teoria Teoria CríticaCrítica

•Ideologia

•Reprodução cultural e social

•Poder

•Classe social

•Capitalismo

•Relações sociais de produção

•Conscientização

•Emancipação e libertação

•Currículo oculto

•Resistência

Reflete a maneira em que a educação contribui para a Reflete a maneira em que a educação contribui para a formação de uma sociedade mais igualitária, enfatizando a formação de uma sociedade mais igualitária, enfatizando a escola pública. A escola visualiza o indivíduo adequando escola pública. A escola visualiza o indivíduo adequando suas necessidades ao contexto social em que está inserido.suas necessidades ao contexto social em que está inserido.

Page 11: Conteúdo 1

O conhecimento ocorre na relação entre o sujeito e o objeto e através dela. Sozinho, o sujeito, por maiores que sejam suas potencialidades hereditários, nada é. Da mesma maneira, o objeto, não tem como manifestar suas características. Na interação, ambos são ativos e têm partes indispensáveis.

As práticas pedagógicas nessa teoria são aquelas que permitem que a escola, o professor, o aluno, a comunidade e outros envolvidos no processo educativo apreendam e sistematizem os conhecimentos juntos, numa relação de construção e interação.

Essa perspectiva dá mais importância a aprendizagem em grupo do que aos conteúdos separados, entendendo que a idéia de conhecimento não está no simples fato investigativo por meio de concepções aprendidas mas sim, nas interações e descobertas relacionadas às exigências da vida social.

TEORIA PÓS CRÍTICA DO CURRÍCULO 1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação

II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós

Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?

Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos

Análise Análise Sócio Sócio

PolíticaPolítica

Teoria Teoria TradicionalTradicional

Teoria Pós Teoria Pós CríticaCrítica

•Identidade, Alteridade, Diferença;•Subjetividade;•Significação e Discurso;•Saber-Poder;

•Representação;•Cultura;•Gênero, raça, etnia, sexualidade;•Multiculturalismo.

Page 12: Conteúdo 1

Para localizar a situação atual da educação profissional, é preciso fazer um breve histórico a fim de possibilitar uma análise da evolução da Legislação de Ensino, criando condições para repensar a situação atual com base na história passada.

3. FORMAÇÃO DE PROFESSORES E CURRÍCULO

1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação

II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós

Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?

Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos

Análise Análise Sócio Sócio

PolíticaPolítica

Teoria Teoria TradicionalTradicional

Teoria Pós Teoria Pós CríticaCrítica

III. Educação III. Educação e Trabalho: e Trabalho:

OrigemOrigem

•As primeiras décadas do Império ;•Expansão da lavoura cafeeira;•Surto inicial de crescimento industrial;•Urbanização significativa;•Fim do regime escravo;•Início do trabalho assalariado.

MAIOR PARTICIPAÇÃO POPULAR NOS PROCESSOS POLÍTICOSMAIOR PARTICIPAÇÃO POPULAR NOS PROCESSOS POLÍTICOSMAIOR PARTICIPAÇÃO POPULAR NOS PROCESSOS POLÍTICOSMAIOR PARTICIPAÇÃO POPULAR NOS PROCESSOS POLÍTICOS

Page 13: Conteúdo 1

As forças sociais que participaram do movimento foram as mesmas que governaram o país nos primeiros anos, freando os avanços em torno da educação: o Exército, as oligarquias cafeeiras e os intelectuais muito preocupados com a efervescência política oriunda da Europa

1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação

II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós

Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?

Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos

Análise Análise Sócio Sócio

PolíticaPolítica

Teoria Teoria TradicionalTradicional

Teoria Pós Teoria Pós CríticaCrítica

III. Educação III. Educação e Trabalho: e Trabalho:

OrigemOrigem

Progressismo Progressismo e Novo e Novo ModeloModelo

Após estabelecida a nova situação, as oligarquias trataram de afastar o Exército e os Intelectuais, comandando o poder e a economia brasileira através da exportação do café. Isso arrefeceu ainda mais os investimentos e tentativas de se

estabelecer um caminho para a educação no país.

Page 14: Conteúdo 1

ERA VARGAS: PERSPECTIVA PARA UM NOVO TRABALHADOR – TECNICISMO

1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação

II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós

Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?

Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos

Análise Análise Sócio Sócio

PolíticaPolítica

Teoria Teoria TradicionalTradicional

Teoria Pós Teoria Pós CríticaCrítica

III. Educação III. Educação e Trabalho: e Trabalho:

OrigemOrigem

Progressismo Progressismo e Novo e Novo ModeloModelo

Era Vargas: Era Vargas: TecnicismoTecnicismo

Três Constituições precederam a carta magna de 1937: a Constituição outorgada pelo Imperador em 1824, a Constituição republicana de 1891 e a Constituição de 1934. Ao contrário da carta de 34, produzida por uma Assembléia Nacional Constituinte eleita pelo povo, a Lei maior de 1937 foi produzida pela tecnocracia getuliana (Francisco campos) e imposta ao país como ordenamento legal do estado Novo. A carta de 37 inverteu as tendências democratizantes da Carta de 34:

•1934: “Artigo 149 – A Educação é um direito de todos e deve ser ministrada pela família e pelos poderes públicos, cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e estrangeiros domiciliados no país (...)”;

•1937: “Artigo 125 –” A Educação integral da prole é o primeiro dever e o direito natural do país. O Estado, não será estranho a esse dever, colaborando, de maneira principal ou subsidiária, para facilitar a sua execução de suprir as deficiências e lacunas da Educação particular”.

Page 15: Conteúdo 1

ERA VARGAS (cont.)

3. EDUCAÇÃO E TRABALHO (cont.)1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução

OrigemOrigem

Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação

II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós

Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?

Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos

Análise Análise Sócio Sócio

PolíticaPolítica

Teoria Teoria TradicionalTradicional

Teoria Pós Teoria Pós CríticaCrítica

III. Educação III. Educação e Trabalho: e Trabalho:

OrigemOrigem

Progressismo Progressismo e Novo e Novo ModeloModelo

Era Vargas: Era Vargas: TecnicismoTecnicismo

Page 16: Conteúdo 1

A Era A Era Vargas: O Vargas: O

Estado NovoEstado Novo

A Era A Era Vargas: Vargas: Novas Novas

Políticas Políticas EducacionaisEducacionais

ATIVIDADE 2ATIVIDADE 2

LDB’s: LDB’s: 4024/61 4024/61 5692/715692/71

A Qualidade A Qualidade no Ensinono Ensino

A QUESTÃO DA QUALIDADE DO ENSINO E AS INTENÇÕES EXPRESSAS A PARTIR DO CURRÍCULO

As grades curriculares e os demais elementos da Reforma Francisco Campos e das Leis Orgânicas do Ensino mostram com clareza que o ensino do 2º grau (chamado na época de ensino secundário e ligado estruturalmente ao “ginásio”) tinha como objetivo único o ingresso na Universidade. E quem podia efetivamente nela ingressar eram os alunos provenientes das camadas sociais economicamente mais favorecidas, ficando impedidos de chegar a esta modalidade do ensino os filhos de trabalhadores: os dados estatísticos já analisados o demonstram. Para os alunos oriundos da classe trabalhadora, essas duas reformas reservaram, em nível de 2º grau - ...

As grades curriculares e os demais elementos da Reforma Francisco Campos e das Leis Orgânicas do Ensino mostram com clareza que o ensino do 2º grau (chamado na época de ensino secundário e ligado estruturalmente ao “ginásio”) tinha como objetivo único o ingresso na Universidade. E quem podia efetivamente nela ingressar eram os alunos provenientes das camadas sociais economicamente mais favorecidas, ficando impedidos de chegar a esta modalidade do ensino os filhos de trabalhadores: os dados estatísticos já analisados o demonstram. Para os alunos oriundos da classe trabalhadora, essas duas reformas reservaram, em nível de 2º grau - ...

Disponível em http://www.cpdoc.fgv.br/nav_historia/htm/ev_linhadotempo

.htm

...os cursos profissionalizantes - rigidamente compartimentados,

impedindo-se que entre esses cursos e os demais do ensino

médio houvesse possibilidade de passagem.

...os cursos profissionalizantes - rigidamente compartimentados,

impedindo-se que entre esses cursos e os demais do ensino

médio houvesse possibilidade de passagem.

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A Era A Era Vargas: O Vargas: O

Estado NovoEstado Novo

A Era A Era Vargas: Vargas: Novas Novas

Políticas Políticas EducacionaisEducacionais

ATIVIDADE 2ATIVIDADE 2

LDB’s: LDB’s: 4024/61 4024/61 5692/715692/71

A Qualidade A Qualidade no Ensinono Ensino

A QUESTÃO DA QUALIDADE DO ENSINO E AS INTENÇÕES EXPRESSAS A PARTIR DO CURRÍCULO (CONT.)

Os cursos profissionalizantes, concebidos desde a Reforma de 1930/31 como maneira de atender às populações escolares provenientes das classes trabalhadoras, passaram a se constituir em “habilitações”, resguardando-se o chamado “núcleo comum” como uma base supostamente igualitária para todos.

Tanto educadores como alunos, em grande parte, não aceitaram essa fórmula. Em decorrência, a legislação editada em 1982 (Lei 7.044) acabou por eliminar a obrigatoriedade anteriormente estabelecida. É preciso considerar, ainda, que as habilitações em geral empobreceram os antigos “cursos técnicos”. O exemplo mais gritante é o que aconteceu com o antigo “curso normal” e com as escolas que o ministravam. Gomes, em estudo realizado no início da década de 80, apresenta um quadro-síntese das “Características do Ensino Médio no Brasil, de acordo com as Reformas de 1931 a 1971”. A apresentação desse resumo é útil para completar nossa análise.

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LINHA DO TEMPO

1930/1936Iniciando-se com a Revolução de 1930 e encerrando-se com o golpe de Getúlio Vargas que instalou o Estado Novo, esta fase tem como elemento principal de análise a Reforma Francisco Campos.

1937/1946Corresponde à duração do Estado Novo; as Leis Orgânicas do Ensino e as que criaram o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) são os documentos legais fundamentais.

1947/1963

A queda do Estado Novo e a edição da Constituição Federal de 1946 são os marcos iniciais desta fase; encerra-se com o movimento militar de 1964. Permanece em vigor durante a maior parte deste período a legislação produzida durante a ditadura Vargas, sendo aprovada apenas em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 4.024/61), principal documento legal a considerar.

1964/1982

Tendo por contexto os governos militares que se sucederam após o movimento de 1964, os elementos legais são a Lei de Diretrizes e Bases para o Ensino de 1º e 2º graus (Lei 5.692/71), os documentos que a complementam (em geral os Pareceres do Conselho Federal de Educação) e a lei que acabou por determinar a não-obrigatoriedade da profissionalização no ensino de 2º grau (Lei 7.044/82).

1983/1988

Com a eleição indireta do presidente da República (1984) no contexto de um movimento político que se propunha promover a “transição democrática”, a tumultuada posse em março de 1985, as eleições diretas para a Assembléia Nacional Constituinte (1986) e o desenvolvimento dos trabalhos para elaboração da Nova Constituição Federal (1987/1988), temos um panorama político em revolução e ainda não definido. Da nova Carta Constitucional deverá decorrer a legislação sobre Educação Nacional. Até que seja aprovada, continuam em vigor os dispositivos herdados dos governos militares. Modificação de caráter apenas ajustatório, a Resolução CFE nº 6/86 reformulou o Núcleo Comum do Ensino de 1º e 2º graus.

Vejamos a seguir um resumo de como se apresentava a educação Brasil na Primeira República até as substanciais mudanças por um país novamente democrático no início dos anos 80

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A Era A Era Vargas: O Vargas: O

Estado NovoEstado Novo

A Era Vargas: A Era Vargas: Novas Novas

Políticas Políticas EducacionaisEducacionais

ATIVIDADE 2ATIVIDADE 2

LDB’s: LDB’s: 4024/61 4024/61 5692/715692/71

A Qualidade A Qualidade no Ensino:no Ensino:

Linha do Linha do tempo 1tempo 1

Linha do Linha do tempo 2tempo 2

Período Período Militar: Militar:

Comentários Comentários às Leis às Leis

7024/827024/825540/685540/685692/715692/717044/827044/82

PERÍODO MILITAR

As reformas do ensino promovidas no período – Lei 5540/68 Reforma do Ensino Universitário e Lei 5692 - Reforma do Ensino Médio – correspondem a um esforço dos grupos políticos e intelectuais por uma reorganização legislativa da educação brasileira, mas não agradaram aos setores progressistas e não empolgou às parcelas de comunidade acadêmica que não eram simpáticos às inovações conservadoras do Governo.

Na Lei 5692/71 os anteriores curso primário e ciclo ginasial foram agrupados no ensino de 1º grau para atender crianças e jovens de 7 a 14 anos, cujo objetivo era a formação da criança e do adolescente em conteúdo e métodos segundo as fases de desenvolvimento dos alunos. A nova legislação deixou por conta do CFE a fixação de matérias e dos conteúdos do “Núcleo Comum do 1º Grau”. O 1º e 2º graus passaram a ter disciplinas do núcleo Comum obrigatórias e uma Parte Diversificada para atender às necessidades locais. O CFE fixou o Núcleo Comum extinguindo a divisão entre Português, História, geografia, Ciências da Natureza e colocando no lugar Comunicação e Estudos Sociais, Ciências. O 2º grau tornou-se integralmente profissionalizante. O CFE através do Parecer 45/72 relacionou 130 habilitações técnicas que poderiam ser adotadas pela para seus respectivos cursos profissionalizantes, mais tarde chegando a 158. Em certos casos o CFE chegou a prever várias habilitações para um mesmo setor o que chegou ao impraticável. As escolas poderiam montar um Currículo com habilitação de carne e Derivados e outro com a habilitação de Cervejaria e Refrigerantes.

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A Era A Era Vargas: O Vargas: O

Estado NovoEstado Novo

A Era Vargas: A Era Vargas: Novas Novas

Políticas Políticas EducacionaisEducacionais

ATIVIDADE 2ATIVIDADE 2

LDB’s: LDB’s: 4024/61 4024/61 5692/715692/71

A Qualidade A Qualidade no Ensino:no Ensino:

Linha do Linha do tempo 1tempo 1

Linha do Linha do tempo 2tempo 2

Período Período Militar: Militar:

Comentários Comentários às Leis às Leis

7024/827024/825540/685540/685692/715692/717044/827044/82

PERÍODO MILITAR

Dessa forma, surgiu um grave problema: as escolas particulares preocupadas em satisfazer os interesses da sua clientela e propiciar acesso ao 3º grau, desconsideraram as habilitações e continuaram a oferecer o curso colegial propedêutico à universidade. As escolas públicas obrigadas a cumprir a lei, foram desastrosamente descaracterizadas, além disso, não havia recursos humanos para transformar toda a rede de ensino nacional em profissionalizante.

A Lei 7044/82 reformula o ensino profissionalizante de “qualificação para o trabalho”, para a “preparação para o trabalho”. O 2º grau se livrou da profissionalização obrigatória e ficou sem características próprias. Esse conturbado momento ocorreu no Governo do último Presidente Militar, o General Figueiredo.. Essa lei ficou conhecida como o reconhecimento público do fracasso da Política Educacional da Ditadura.

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BIBLIOGRAFIABibliografia Básica Consultada sobre Proposta Curricular e ProjetoPolítico Pedagógico.

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CUNHA, Luiz Antônio. Política Educacional no Brasil: a profissionalização no ensino médio. 2.ed. Rio de Janeiro: Livraria Eldorado – Tijuca, 1977.

FONTANA, Roseli e CRUZ, Nazaré. Psicologia e Trabalho Pedagógico. São Paulo: Atual, 1997.FRIGOTTO, G.; CIAVATTA, M.; RAMOS, M. Ensino médio integrado: concepções e contradições. São Paulo: Cortez, 2005.

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GUIRALDELLI Jr., Paulo. História da Educação. São Paulo: Cortez, 1990.

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LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo : Cortez, 1994.

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