contestação à rt de andre silva

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Constestação Trabalhista

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Estagirios: ERIDELSON NUNES DE MEDEIROS MARLIA DE F. ROSSI M. BRANDO

GRUPO: 5105/15.1

EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA... VARA DO TRABALHO DE CUIAB-MT.Reclamao Trabalhista n...

Reclamante: Andr Silva

Reclamada: Central de Alimentos Ltda.

CENTRAL DE ALIMENTOS LTDA., j qualificada nos autos do processo sob o nmero em epgrafe, por seu procurador devidamente representado, segundo art.39, I, do CPC, com endereo profissional na Rua..., n..., Bairro..., Cidade.... Estado..., CEP..., vem respeitosamente a presena de Vossa Excelncia para apresentar defesa na forma de:

CONTESTAO RECLAMATRIA TRABALHISTA

Que lhe move ANDR SILVA tambm j qualificado nos autos pelos fatos e fundamentos de direito que a seguir passa a expor:

I - Dos Fatos e do Direito

1. Do Contrato de Trabalho

O Reclamante informa ter sido contratado em 05 de maio de 2011, e dispensado em 27 de outubro de 2013, exercendo a funo de empacotador de alimentos percebendo um salrio mensal fixo de R$.....

Ocorre que a alegao de acidente de trabalho no merece prosperar, tendo em vista a negligncia do Reclamante no ato do acidente, por no est fazendo uso dos equipamentos de segurana, fornecido pela Reclamada,como consta nas fotos tiradas por um funcionrio que trabalhava com o RECLAMANTE na mesma mquina.

A RECLAMADA sempre primou pela segurana de seus funcionrios, como consta o relatrio da CIPA, que, em quinze anos de funcionamento, nunca foi registrado nenhum acidente dentro da empresa.

Motivo pelo qual a RECLAMADA foi condecorada seis meses atrs, num evento na Casa da Indstria do RN.

Resta evidente que inverdicas todas as alegaes do Reclamante, assim, deve no caso em tela ser configurado a m f do RECLAMANTE.

Cabe ainda referir que em caso de remota possibilidade de no reconhecimento da negligncia do RECLAMANTE, que deu causa ao acidente, que a RECLAMADA no deu causa para resciso do contrato de trabalho e no tinha a inteno de demitir o empregado/RECLAMANTE, pois coube ao RECLAMANTE, o pedido de demisso, alegando que iria morar em outro Estado, segundo consta a carta com o pedido de desligamento da Empresa.

2. DO DANO MORAL / ESTTICO

Pleiteia o RECLAMANTE a caracterizao de dano moral/esttico, insurgindo-se pelo fato de supostamente a RECLAMADA no ter cumprido com suas obrigaes como EMPREGADOR, no oferecendo os equipamentos de segurana necessrios para o desempenho no trabalho, o que j foi devidamente comprovado, que isso no verdadeiro, pois todos os empregados do setor, trabalham devidamente equipados.

Entretanto, no deve prosperar tal pedido, pois conforme as fotos anexadas no processo e a prova testemunhal dos funcionrios do setor, o RECLAMANTE fazia isso constantemente, quando na ausncia do fiscal.

Para que se possa caracterizar o dano moral/esttico, deveria ter sido constatado a omisso da RECLAMADA com a sua obrigao de segurana trabalhista, situao que no ocorreu, pois a RECLAMADA detentora do Ttulo ISO 2011.

Em todas as visitas de fiscalizao trabalhista, a RECLAMADA nunca foi autuada.

A alegao de responsabilidade da RECLAMADA pelo acidente inverdica sendo comprovada por meio de prova testemunhal, fotos tiradas no momento do acidente e imagens das cmeras de segurana da empresa , que mostram com total clareza, a imprudncia do funcionrio, que no usava os equipamentos de segurana.

No assiste ao RECLAMANTE direito algum de indenizao.

3. DA RESCISO DO CONTRATO DE TRABALHO

O RECLAMANTE teve seu contrato rescindido a seu pedido, fato este demonstrando nitidamente em seu pedido por escrito, dando assim causa para isto.

Excelncia, o RECLAMANTE comunicou ao Empregador por escrito, os motivos que o levou a rescindir o contrato, no h que se falar em demisso arbitrria.

A RECLAMADA sempre pagou em dia os salrios de seus funcionrios, depositou as parcelas de FGTS, bem como pagou devidamente o dcimo terceiro salrio, remunerou devidamente o empregado em suas frias, onde se inclui o 1/3 constitucional, de maneira que, ao sumir por tanto tempo, sem deixar nenhuma notificao ao empregador, por bvio que se caracteriza a m f do RECLAMANTE.

Todas as despesas relacionadas ao acidente foram pagas pela RECLAMADA, como constam os recibos em anexo, como tambm as providncias para um enxerto no dedo acidentado, junto a um dos melhores cirurgies da cidade, sendo negado pelo RECLAMANTE, que alegou a necessidade de morar em So Paulo-SP, pois iria realizar seu sonho na Escola de Belas Artes, atravs de uma vaga que h muito tempo pleiteara.

Isso mostra que, o RECLAMANTE no perdeu o movimento dos dedos, caso contrrio, deveria fazer a cirurgia e fisioterapia para recuperar totalmente.

Tambm esclarece, que em momento algum a esttica de sua mo ficou comprometida, e que no lhe causou trauma.

A RECLAMADA tentou por diversas vezes, atravs de ligaes telefnicas contato com o RECLAMANTE, bem como a Assistente Social, foi por diversas vezes at a residncia para saber de sua recuperao.

At que foi entregue o pedido de demisso, pelas mos do RECLAMANTE a Assistente Social.

Desta forma, resta comprovado que a resciso do contrato de trabalho partiu do RECLAMANTE, cabendo a RECLAMADA aceitar e homologar a demisso.Ademais dever o RECLAMANTE comprovar que sofreu alguma leso por tal motivo, nus que lhe incumbe, eis que aqui se nega qualquer possibilidade de irregularidade prejudicar a RECLAMANTE.

A alegao do RECLAMANTE ao pedido dos danos emergentes e lucros cessantes, no procede pois a sua demisso foi motivada por seu pedido.

Deste modo, inexiste dever de indenizar por qualquer dos pedidos aqui expostos, eis no existirem.

Ocorre que esta pretenso no merece prosperar, haja vista que a RECLAMADA honrou todas as obrigaes trabalhistas

Por ter o RECLAMANTE devidamente notificado a Reclamada da sua vontade em desfazer o contrato de trabalho, incabvel requerer qualquer valor alm do que foi pago, todos impostos pela CLT.

4. DO NO CABIMENTO DO DANO MORAL

Para que haja o dever de reparar h que estar presente a conduta culposa do agente pela prtica de um ato ilcito, o dano suportado pela vtima e o nexo causal.

No caso concreto, inexiste qualquer ato culposo da RECLAMADA, haja vista que, conforme documentos em anexos, quem deu causa ao acidente foi o RECLAMANTE.

Desta forma, descabida pretenso de auferir danos morais, restando assim, evidente que sua inteno era perquirir enriquecimento ilcito em detrimento de outrem.

Para ensejar o Dano Moral, imprescindvel sua comprovao, o nexo causal entre o ato ilcito do RECLAMADO em desfavor do RECLAMANTE, colacionando neste sentido jurisprudncia majoritria em que, inexistindo um dos fatores referido, descaracterizado resta o Dano Moral, se no vejamos:

Ementa: [...] DANO MORAL. Para averiguao do dano moral, preciso observar que deve estar fundamentado na firme comprovao de danos aos direitos relacionados intimidade, vida privada, a honra e a imagem da obreira, ser irrefutvel a relao de causalidade entre o eventus damni e a conduta do empregador, que agiu de maneira intencional, ou que, agindo com negligncia ou imprudncia, deu causa ao dano suportado pelo empregado. Assim, descabido o dano moral ante a insuficincia de comprovao de sua ocorrncia, qual seja demonstrar devidamente o nexo causal e o dano efetivamente sofrido. HONORRIOS ADVOCATCIOS. No satisfeitos os requisitos das Smulas 219 e 329 do TST, incabvel a condenao em honorrios advocatcios. Recurso conhecido e parcialmente provido. (TRT-16 714200900716001 MA 00714-2009-007-16-00-1, Relator: JAMES MAGNO ARAJO FARIAS, Data de Julgamento: 18/05/2010, Data de Publicao: 31/05/2010)

Assim, resta demonstrado que a indenizao pretendida no devida, haja vista a RECLAMADA no ter dado causa a nenhum constrangimento, humilhaes entre outras situaes que poderiam ensejar a indenizao.

5. DA IMPUGNAO DOS PEDIDOS

Impugna-se TODOS os pedidos do RECLAMANTE eis que manifestamente improcedentes no merecendo guarida inclusive o pedido de Dano moral.

6. DOS REQUERIMENTOSa) Isto posto, requer a Vossa Excelncia o recebimento da presente Contestao, bem como sua apreciao para julgar improcedente a presente demanda, com extino do feito com resoluo de mrito, dando-se por extinto os pedidos bem como condenando o RECLAMANTE ao pagamento das custas processuais;Outrossim, se o entendimento no for pela caracterizao do dano moral/esttico e lucros cessantes, que seja aceito a m f do RECLAMANTE,com objetivo de enriquecimento ilcito;

b) Protesta por todos os meios de prova em direito admitido, em especial depoimento pessoal do Reclamante e testemunhal, bem como pericial;c) Impugna-se o pedido de Assistncia Judiciria, eis que o Reclamante no cumpre com os requisitos legais para tal concesso;d) No que tange aos honorrios assistenciais, nota-se que o procurador do RECLAMANTE no cumpre os requisitos legais para tal recebimento restando que diante do jus postulandi inexiste a figura dos honorrios de sucumbncia;e) Postula-se seja aplicado, ao pedido de assistncia e honorrios assistenciais, o quanto determinado nos artigos 14 e seguintes da Lei 5584/70, bem como as smulas 219 e 329 do TST;

f) Postula ainda em caso de condenao a compensao de todos os valores devidamente pagos.

6. DO VALOR DA CAUSA

D-se a causa o valor economicamente pretendido

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local e data

Advogado

OAB- UF

7. TESTEMUNHAS:

a)____________________

b)____________________

c)____________________