contestação à ação de alimentos.docx

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    EXCELENTSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 2 VARA CVEL DACOMARCA DE CAIC/RN

    Autos n ............................

    FRANCISCO DE TAL, portador da cdula de identidade RG n 004.321.654SSP/RN, e inscrito no CPF sob o n 987.654.321-59, brasileiro, solteiro, funcionriopblico federal, nascido aos 01/03/1977, residente e domiciliado na Rua Sem

    Nome, n 104, Bairro Inominado, municpio de Caic/RN, por intermdio de seuprocurador, que esta subscreve, conforme procurao em anexo (doc. 1), vem,respeitosamente, perante Vossa Excelncia, apresentar

    CONTESTAO AO DE ALIMENTOS

    proposta por MARIA FULANA DE TAL, brasileira, menor impbere, nascida em01/01/2006, neste ato representada por sua genitora ANTNIA FULANA,portadora da cdula de identidade RG n 007.123.456 SSP/RN, e inscrita no CPFsob o n 123.456.789-98, brasileira, solteira, autnoma, nascida aos 01/02/1982,residente e domiciliada na Rua Direita, n 100, Bairro Esquerdo, Caic/RN, pelosfatos e fundamentos que passa a expor:

    I - DA VERSO DOS FATOS APRESENTADA NA INICIAL

    Maria Fulana de Tal, menor impbere, no ato representada legalmente porsua genitora Antnia Fulana, apresentou perante este Juzo Ao de Alimentos compedido liminar, na qual requereu o estabelecimento de penso alimentcia estimadaem 20% dos vencimentos percebidos pelo Sr. Francisco de Tal.

    Para tanto, alegou que o mesmo, sendo o seu pai, deixou de cumprir comsuas obrigaes legais e morais de genitor, por ter sustado o pagamento de valores

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    que efetuava em benefcio da autora, bem como, pelo fato de NUNCA terestabelecido um relacionamento afetivo com a mesma.

    Outrossim, tambm se encontra exposto que a genitora da requerente, nopossuindo condies financeiras para sanar as necessidades bsicas da filha,procurou o ru, com a finalidade de que este voltasse a custear as despesasoriundas do sustendo da requerente, tendo tal proposta, contudo, sido enjeitada,pedindo o ru para no mais ser importunado.

    II - PRELIMINIARMENTE

    1. Da litispendncia:

    A autora, juntamente com sua me, residiu, at meados do ms de novembrode 2011, na cidade de Uberlndia, Estado de Minas Gerais. Nessa comarca, propsa ao de alimentos autuada sob o n 00067512-54.2011.8.20.0142, a qual idntica presente, nos termos do art. 301, 2, do CPC, in verbis: Uma ao

    idntica outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir, e o mesmopedido.

    Assim sendo, conforme aduz o extrato processual em anexo (doc. 2), obtidono stio do Tribunal de Justia de Minas Gerais, resta aparente a litispendncia,que se consubstancia, como dispe o art. 301, 1 e 3 do CPC, quando se reproduzao anteriormente ajuizada e que se encontra em curso.

    III - DA VERDADE DOS FATOS

    1 - Realmente o Ru pai da Requerente Maria Fulana de Tal, a qual frutode um breve relacionamento amoroso que manteve com a Sra. Antnia Fulana, emmeados de 2005.

    2 - Pouco tempo depois do fim desse relacionamento, o Ru tomou cincia deque a Sra. Antnia Fulana estava grvida, razo pela qual, no mediu esforos paraque a mesma tivesse uma gestao saudvel, proporcionando-lhe todo oacompanhamento mdico pertinente, conforme comprovado pelos recibos em anexo(docs. 03-09).

    3 - Quando do nascimento da sua filha, o Ru, juntamente com alguns de

    seus familiares, esteve presente, tendo, inclusive registrado esse esperado momentomediante fotografias, em uma das quais aparece com a infante nos braos (cf. doc.10-15). Ademais, desde essa data, comeou a fazer depsitos mensalmente no valorde R$ 400,00 (quatrocentos reais), em conta corrente pertencente Antnia Fulana,a fim de custear as necessidades bsicas da Autora.

    4 - Todavia, quando a criana estava com aproximadamente 3 (trs) meses devida, o Ru envolveu-se com uma amiga de Antnia Fulana, razo pela qual, esta,muito ressentida, comeou a obstaculizar a aproximao do mesmo com a filha. tanto que, j estando a infante com aproximadamente 2 (dois) anos de idade, o Ru,tomando conhecimento de que a genitora da mesma, enquanto saa em busca deemprego, deixava a sua filha na casa de uma vizinha, aproveitou o ensejo para irver esta. Sabendo disto, Antnia Fulana dirigiu-se residncia do Sr. Francisco de

    Tal, promovendo a um escndalo, com gritarias e ameaas de sumir com amenina caso ele voltasse a tentar se aproximar da mesma. Tal fato foi assistido

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    pelos pais do ru, que so pessoas idosas e enfermas e moram na companhia domesmo, tendo sua me passado mal, necessitando ser socorrida, s pressas, vindo,infelizmente, a bito em razo de uma infeco hospitalar que contraiu no mbitodo centro de sade.

    5 - Abalado psicologicamente por esse fato, bem como com a finalidade deno sofrer novamente outro constrangimento, o Sr. Francisco de Tal cortou todo equalquer vnculo com a infante, bem como com a me desta. Entretanto, honrandocom o seu dever de genitor, continuou a efetivar os referido depsitos, tendo-ossuspendido a menos de 2 (dois) anos, em razo de seu pai, que tem 73 anos deidade, ter sido acometido de um cncer no pulmo, encontrando-se em umasituao preocupante.

    6 - Francisco de Tal, sendo o filho nico, cuida do seu pai com todo o afinco,na esperana de amenizar o sofrimento do mesmo, haja vista tal enfermidadeencontrar-se em um estgio bastante avanado. O acompanhamento mdico temensejado altas despesas mensais ao Ru, gravitando em torno de R$ 3.200,00 (trsmil e duzentos reais), incluindo-se gastos com viagens, compra de medicamentos e

    de aparelhos, contratao de enfermeiros e outros profissionais, entre outrospertinentes, atestados pelas notas fiscais e recibos em anexo (docs. 16-32).

    7 - Nesse nterim, a Sra. Antnia Fulana, juntamente com a infante, quehaviam ido residir em Uberlndia/MG, retornaram a esta cidade de Caic/RN, etendo aquela procurado o ru, pediu ao mesmo que novamente voltasse a efetuar osdepsitos, pois estava com dificuldades para sustentar, sozinha, a filha. Todavia,diante da comprometida situao financeira em que o Ru se encontra, respondeu amesma que no tinha mais condies de efetivar tais depsitos, pedindo que elano lhe procurasse mais, pois o fazia rememorar a morte de sua me.

    8 - Em face disso, a Requerente, mediante sua genitora, mesmo j tendoproposto uma ao de alimentos na cidade de Uberlndia/MG, que se encontra emcurso nessa comarca, interps a presente ao de alimentos, idntica quela, nestacomarca de Caic/RN.

    9 - Por fim, cabe salientar que os avs maternos da Requerente soaposentados, e que os seus tios maternos encontram-se bem empregados,percebendo salrios razoveis.

    IV - DO DIREITO APLICVEL

    O dever de alimentar no verticalizado apenas de ascendente paradescendente, mas tambm se aplica sequncia inversa, como inteligentementedispe o art. 229 da Carta Magna de 1988, in verbis:

    Art. 229 - Os pais tm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, eos filhos maiores tm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,carncia ou enfermidade. (Grifos acrescidos).

    Fundado neste emrito comando constitucional, assim dispe o art. 1.696 doCdigo Civil de 2002:

    Art. 1.696. O direito prestao de alimentos recproco entre pais efilhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigao nos maisprximos, uns em falta dos outros. (Grifou-se).

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    6 Ainda, se outro for o entendimento deste Nobre Magistrado, queseja deferido o parcelamento do quantumao critrio e bom senso deste

    juzo, a fim de poder, com os devidos sacrifcios, quitar a presenteobrigao;

    7Sejam chamados ao processo, a fim de figurarem no plo passivo,os avs maternos da autora, com base no art. 1.698, 1 parte, doCdigo Civil, e art. 77, inciso III, do CPC.

    Protesta provar o exposto por todos os meios em direito admitidos, emespecial pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas e depoimento pessoaldo autora, mediante sua representante legal, sob pena de confesso.

    Nestes termos,Pede deferimento.

    Local, .... de ....... de 20..

    Francisco de TalRequerido

    AdvogadoOAB/RN sob o n 0000

    ROL DE TESTEMUNHAS:

    MARIA JOS DAS OLIVEIRAS, brasileira, casada, do lar, residente e domiciliadana Rua Esquerda, n 118, Bairro Direito, Passo Fundo/RS;

    JOS MARIA DE CARVALHO, brasileiro, casado, funcionrio pblico, residente edomiciliado na Rua Sem Nome, n 305, Bairro Inominado, Indianpolis/F1;

    AdvogadoOAB/RN sob o n 0000