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QUEM PODE SER PREGOEIRO PÁGINA 05

1. PRIMEIRO REQUISITO PARA SER PREGOEIRO: CAPACITAÇÃO PÁGINA 07

2. POSSIBILIDADE DE RECEBER REMUNERAÇÃO POR PREGÃO PÁGINA 08 3. MANDATO DO PREGOEIRO PÁGINA 09

4. RESPONSABILIDADE DE PREGOEIRO, EQUIPE DE APOIO E COMISSÃO DE LICITAÇÃO PÁGINA 11




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QUEM PODE SER PREGOEIRO

Será que qualquer pessoa pode ser pregoeiro? Seu órgão

ou entidade poderiam contratar terceiro estranho ao órgão para

realizar essa função?

Não, definitivamente, não.

O pregoeiro deve, obrigatoriamente, ser servidor do órgão

ou entidade promotora da licitação, não podendo ser

contratados terceiros, estranhos ao corpo de servidores, para

desempenho desta função.

A resposta para essa pergunta está na Lei nº 10.520/02, art.

3º, inciso IV, que determina que “a autoridade competente designará,

dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da

licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio”.

Por diversas vezes me deparei com pessoas físicas que,

interessadas em entrar na área das licitações, vieram me perguntar

se poderiam fazer um curso sobre formação de pregoeiros para,




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depois, serem contratadas por órgãos públicos para exercer essa

atividade. Reitero a resposta: não. Para ser pregoeiro, você já deve

atuar no órgão ou entidade como servidor público (em sentido

amplo), terceiros estranhos ao órgão ou entidade licitante não podem

ser contratados para essa finalidade, entendido?

No caso do pregão eletrônico na esfera federal, o art. 10 do

Decreto 5.450/05 autoriza que o pregoeiro ou membros da equipe de

apoio, caso não sejam servidores do próprio órgão/entidade

promotora do certame, o sejam de órgão/entidade integrante do

SISG:

Art. 10. As designações do pregoeiro e da equipe de apoio devem recair nos servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, ou de órgão ou entidade integrante do SISG.




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1. PRIMEIRO REQUISITO PARA SER

PREGOEIRO: CAPACITAÇÃO

Para ser pregoeiro, é obrigatório que o servidor possua

capacitação específica conforme Parágrafo Único do art. 7º do

Decreto 3.555 de 08/08/2000 e art. 10, § 4o do Decreto nº 5.450 de

31/05/2005. Essa capacitação específica consiste, por exemplo, no

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PARA VER DETALHES, sendo o certificado de conclusão deste

curso documento que comprova a capacitação do servidor.

A Autoridade competente para fins de licitação só pode nomear

servidor para exercer as funções de pregoeiro, que tenha recebido

capacitação para tal atuação, o que é comprovado pelo certificado de

capacitação e habilitação de pregoeiro que o aluno receberá, ao final

do treinamento.


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2. POSSIBILIDADE DE RECEBER

REMUNERAÇÃO POR PREGÃO

As funções de pregoeiro e equipe de apoio podem ser

exercidas a título exclusivo (ou seja, os funcionários assim

nomeados terão dedicação exclusiva no exercício desta função) ou

parcial (hipótese na qual também exercem função em outro

departamento do órgão/entidade, acumulando as funções normais de

seu cargo com as de pregoeiro ou equipe de apoio).

No caso da função ser exercida de forma parcial, existe a

possibilidade de recebimento de uma gratificação por pregão ou por

sessão, que chamamos de “jeton”. Mas cuidado: o jeton apenas será

possível se existir legislação disciplinando a matéria no local onde a

gratificação será instituída.

Por exemplo, diversos Estados e Cidades regularizaram a

possibilidade de pregoeiros receberem gratificação no exercício da

função (jeton), o que geralmente ocorre por pregão ou por sessão, a




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exemplo do Rio de Janeiro (Decreto 31.863, de 16/setembro/2002),

Petrópolis (Decreto 340, de 01/setembro/2006), Pernambuco

(Decreto 31.391, de 11/fevereiro/2008), Pelotas (Lei 5.762, de

23/dezembro/2010), Macaíba (Lei 1523, de 18/março/2011), dentre

outros.

3. MANDATO DO PREGOEIRO

Quanto ao mandato do pregoeiro e equipe de apoio, a Lei

10.520/02 é omissa, não prevendo expressamente.

Uma alternativa será aplicar subsidiariamente a Lei nº 8.666/93,

em seu art. 51, § 4o , que determina “A investidura dos membros das

Comissões permanentes não excederá a 1 (um) ano, vedada a

recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão

no período subsequente”.

Portanto, a designação do pregoeiro e da equipe de apoio

poderá ocorrer especificamente para cada pregão ou por

mandato cujo prazo não ultrapasse um ano, admitida

recondução (desde que não seja reconduzida a totalidade de

seus membros, ou seja, ao menos um membro terá que ser

substituído).

Vale citar o entendimento do Tribunal de Contas da União sobre

esse assunto:




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Designação do pregoeiro poderá ser pelo período de um ano, admitindo-se reconduções para períodos seguintes ou para licitação especifica.1

O pregão eletrônico trata expressamente da matéria no mesmo

sentido:

Art. 10. (...) § 3o A designação do pregoeiro, a critério da autoridade competente, poderá ocorrer para período de um ano, admitindo-se reconduções, ou para licitação específica.

Especificamente quanto à equipe de apoio, esta é responsável

pela realização de atividades materiais, auxiliando o pregoeiro na

condução do certame. Não há determinação legal da quantidade de

membros que deverão compor a equipe de apoio. Recomendamos,

1 TRIBUNAL de Contas da União. Licitações & contratos: orientações e jurisprudência do TCU. 4.ed. Brasília: TCU, Secretaria-Geral da Presidência: Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e

Publicações, 2010. Disponível em <http://portal2.tcu.gov.br/TCU >, p. 34.


http://portal2.tcu.gov.br/TCU

http://portal2.tcu.gov.br/TCU



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em analogia à Comissão de Licitação (art. 51, Lei 8.666/932), o

número mínimo de três membros.

4. RESPONSABILIDADE DE PREGOEIRO,

EQUIPE DE APOIO E COMISSÃO DE

LICITAÇÃO

O pregoeiro decide e responde sozinho pelos atos adotados na

sessão do pregão. A equipe de apoio apenas auxilia o pregoeiro e,

via de regra, não pode ser responsabilizada pelas decisões por ele

tomadas.

2 Lei 8.666/93: Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.




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A equipe de apoio somente responderá se o pregoeiro praticar

ato manifestamente ilegal e os membros da equipe, conhecendo da

manifesta ilegalidade, cumprirem a ordem e não representarem à

autoridade superior, não resguardando suas responsabilidades. A

própria lei 8.112/1990, aplicável na esfera federal, determina que

nessa hipótese, o agente público deve se recusar a cumprir a ordem

e representar à autoridade superior.3

De forma diversa, a Comissão de Licitação, órgão colegiado,

criado para atuar na fase externa das licitações que ocorrem pelas

modalidades clássicas da Lei 8.666/93 (Concorrência, Tomada de

Preços e Convite) decide e responde solidariamente pelos atos

praticados. A responsabilidade é dividida entre o Presidente da CPL

3 Art. 116. São deveres do servidor: [...] IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; [...] XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.




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e os membros da Comissão de Licitação (salvo do membro que

fundamentar devidamente posição individual, divergente da decisão

tomada pelos demais membros, registrando-a na ata lavrada na

reunião da decisão tomada).

Importante destacar que a equipe de apoio auxiliará o pregoeiro

em todas as fases do pregão, mas, a decisão final de cada ato (ex.:

resposta à impugnações, análise das propostas, análise da

habilitação, exame de recursos) caberá ao pregoeiro, bem como será

responsável pela liderança na condução do certame. Somente o

pregoeiro poderá fornecer a decisão final sobre a aceitabilidade ou

não sobre cada documento, proposta etc, formalizando suas

decisões e por elas respondendo.

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