uma trajetória marcada pela...

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Informativo ArcelorMittal BioFlorestas Completando 55 anos em 2012, ArcelorMittal BioFlorestas abre seu baú de memórias e relembra os principais momentos de uma história pautada pelo compromisso social e a busca pelo desenvolvimento sustentável. Página 6 Uma trajetória marcada pela responsabilidade Juscelino Kubitscheck, antes dos “50 anos em 5”, participa de momento fundamental nos 55 anos da Empresa: o corte do primeiro eucalipto, em João Monlevade Jan/Fev/Mar de 2012 - Ano 1 - Número 2

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Informativo ArcelorMittal BioFlorestas

Completando 55 anos em 2012, ArcelorMittal BioFlorestas abre seu baú de memórias e relembra os principais

momentos de uma história pautada pelo compromisso social e a busca pelo desenvolvimento sustentável.

Página 6

Uma trajetória marcada pela responsabilidade

Juscelino Kubitscheck, antes dos “50 anos em 5”, participa de momento fundamental nos 55 anos da Empresa: o corte do primeiro eucalipto, em João Monlevade

Jan/Fev/Mar de 2012 - Ano 1 - Número 2

Em 2012, a ArcelorMittal

BioFlorestas completa 55 anos

de uma bem sucedida trajetória

no mercado de reflorestamento e

produção de biorredutor (carvão

vegetal). Desde o início de suas

atividades, ainda com o nome

de Companhia Agrícola e Florestal Santa Bárbara (CAF),

a Empresa carrega a convicção de que só há crescimento

se houver diálogo e ação conjunta entre as pessoas –

empregados, famílias, terceiros e comunidades –, dentro e fora

da Empresa, de modo contínuo e sistemático.

Esta edição do Informativo Florestas reafirma esse princípio

de trabalho. Além de celebrarmos nossas conquistas ao longo

de mais de cinco décadas, apresentamos os resultados de

nossas ações sociais em 2011 e contamos um pouco da

história dos 37 anos de vivência do Elesier em nossa Empresa.

Também aproveitamos para mostrar como queremos nos

comportar daqui para frente, com a implantação de novas

diretrizes de gestão. Em 2012, pretendemos alcançar níveis

de custo e qualidade que assegurem a competitividade

da produção, com saúde, segurança e responsabilidade

ambiental e social.

Para esse desafio, apostamos em uma equipe que, tenho

orgulho de dizer, está preparada para elevar a qualidade do

trabalho e conseguir resultados valiosos para a ArcelorMittal

BioFlorestas. E é com o apoio de todos vocês que eu conto

para vencermos os desafios e continuarmos sendo uma

Empresa competitiva, pautada nos valores de sustentabilidade,

qualidade e liderança.

Editorial

Tempo de projetarEm passagem recente pelo Brasil, a vice-presidente de

Comunicação global do Grupo ArcelorMittal, Nicola Davidson,

e sua equipe estiveram em instalações da Regional Centro

Oeste da ArcelorMittal BioFlorestas para conhecer a dinâmica

produtiva do biorredutor (carvão vegetal). Na ocasião, assistiram

a uma apresentação cultural da Orquestra Abadiense de Viola de

Martinho Campos, participaram de atividades diárias de saúde

e segurança e conheceram os processos de plantio, colheita e

carbonização, além do trabalho realizado no Centro de Educação

Ambiental (Ceam) local.

Durante sua estadia no país, Nicola visitou também outras

unidades da ArcelorMittal Brasil e coordenou um seminário sobre

a presença feminina na Empresa, que contou com a participação

de 75 mulheres para debater questões como tratamento

diferenciado e sucesso no ambiente de trabalho.

Visita internacional

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Publicação da ArcelorMittal BioFlorestasÁrea de Responsabilidade Social e Comunicação

Av. Carandaí, 1.115, 10º andar • Funcionários • CEP 30130-915 •

Belo Horizonte • MG • Telefone: (31) 3219-1546

E-mail: [email protected]

www.arcelormittal.com/br/bioflorestas

Coordenação: Magna Valadares • Jornalista responsável: Ana Amélia

Gouvêa (MT 4843/MG) • Produção editorial: BH Press Comunicação

• Reportagem e redação: Amanda Barros (15658/MG), Gustavo Ávila

(15240/MG) e Igor Lage (16246/MG)• Projeto gráfico e editoração: AVI

Design • Fotografias: Arquivo ArcelorMittal BioFlorestas e Arquivo Centro

de Memória ArcelorMittal Brasil • Impressão: Gráfica Pampulha

Expediente

Curtas

Mauricio Bicalho

Diretor Geral da ArcelorMittal BioFlorestas

Participantes da visita e membros da Orquestra Abadiense de Viola de Martinho Campos em unidade da Regional Centro Oeste

Nicola Davidson (à dir.) visitou o país acompanhada do gerente-geral de Comunicação e Responsabilidade Corporativa (Américas), Bill Steers, e da gerente de Responsabilidade Corporativa, Charlotte Wolff

A partir de diretrizes que contemplam as dimensões

de custo, segurança, atendimento, excelência

operacional e qualidade, a ArcelorMittal BioFlorestas

estabeleceu programas, projetos e ações para sua

atuação em 2012. “Estamos unindo esforços e

alinhando os padrões de trabalho para garantir que a

produção de gusa pelo Grupo ArcelorMittal a partir

de biorredutor (carvão vegetal) seja competitiva e

sustentável”, afirma o gerente de Recursos Humanos e

Qualidade, Vanderlan Bernardino.

Entre os trabalhos definidos para serem executados

ao longo do ano, há iniciativas que visam ao

aprimoramento do sistema de gestão, com especial

atenção ao gerenciamento da rotina, a maximização

da capacidade instalada da Empresa, a redução

sustentável dos custos e a evolução contínua da

gestão de saúde e segurança.

“Vamos atuar em conjunto para assegurar a

sustentabilidade do nosso negócio. Temos que ser

competitivos e, para isso, é preciso rever toda a

cadeia de atividades da Empresa, da administração

à produtividade e qualidade dos serviços”, destaca

Vanderlan.

“Nosso foco são os resultados. São eles que nos

permitem crescer e gerar novas oportunidades. Atuar

unidos e engajados com um só objetivo é a maneira

que pretendemos desenvolver as nossas atividades

em 2012”, aponta Mauricio Bicalho, diretor geral da

ArcelorMittal BioFlorestas.

Gestão

ArcelorMittal BioFlorestas estabelece diretrizes para orientar sua atuação em 2012

Traçando o caminho para crescer

Reuniões para definição das diretrizes envolveram representantes de todas as áreas da Empresa

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Com o objetivo de desenvolver o potencial

de seus gestores, a ArcelorMittal BioFlorestas

realizou um curso de aperfeiçoamento com

supervisores, coordenadores e gerentes técnicos

de todas as suas unidades. O treinamento

aconteceu em Bom Despacho (MG), Regional

Centro Oeste da Empresa, e envolveu 34

profissionais.

A abertura do encontro contou com a presença

do gerente regional, Boanerges de Oliveira; do

gerente de Área Administrativa local, Paulo César

da Silva; do gerente de Recursos Humanos e

Qualidade, Vanderlan Bernardino; e do diretor

administrativo e financeiro, Marc Ruppert, que

também participou da capacitação.

O curso foi ministrado pela empresa de

consultoria Malinovski Florestal, em seis

módulos: Liderança e gestão de pessoas;

Operações florestais; Perfil profissional florestal;

Planejamento, orçamento e custos operacionais;

Microplanejamento; e Controle e segurança nas

operações florestais.

Para Rafael Malinovski, instrutor do curso, um

dos destaques foi a boa participação dos alunos,

que se mostraram interessados em conhecer

melhor o atual cenário do segmento florestal.

“Realizamos diversas discussões com o intuito

de aplicar o conhecimento adquirido à realidade

operacional da ArcelorMittal BioFlorestas”, afirma.

A coordenadora de processos da Regional Bahia,

Anneli Moraes, elogiou a abordagem atualizada

e garante que os conteúdos aprendidos serão

adotados na rotina de trabalho. “Percebi também

como nossa Empresa está adiantada em relação

à segurança do trabalho, principalmente com as

certificações”, destaca.

ArcelorMittal BioFlorestas investe em capacitação da equipe e fortalece parcerias para otimizar a gestão e o processo produtivo

Cada vez mais competitiva

Capacitação

Gestores da ArcelorMittal BioFlorestas participaram de treinamento na Regional Centro Oeste

04

A ArcelorMittal BioFlorestas está participando de

um comitê técnico, juntamente com outras empresas

e instituições ligadas ao setor florestal, que pretende

assessorar o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de

Minas Gerais (Senar-MG) na criação e reestruturação

de cursos de capacitação para profissionais da área. O

objetivo é criar alternativas para suprir a alta demanda

por mão de obra qualificada no setor.

A iniciativa surgiu como ponto de apoio a uma

parceria firmada recentemente pelo Senar-MG e

o Centro Técnico de Formação de Operadores de

Máquinas (CTFlor) da Universidade Federal dos Vales

do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Ela prevê o

intercâmbio de recursos entre as instituições para

ampliar a oferta e a qualidade dos programas de

formação profissional na região.

Atualmente, o comitê técnico conta com representantes

de federações patronais e de trabalhadores, associações

de classe e das principais empresas de manejo florestal

do Estado, além de especialistas em educação profissional

e outros pesquisadores. Desde dezembro de 2011, essa

equipe se reúne periodicamente para oferecer consultoria

na implantação de um curso de capacitação em manuseio

de equipamentos florestais modernos.

O treinamento, previsto para acontecer ainda em 2012,

tem o objetivo de ensinar aos trabalhadores como operar

máquinas de alta tecnologia, que estão cada vez mais

comuns no mercado. O conteúdo será introduzido em

um módulo básico de 48h e aprofundado em dez outros

módulos, um específico para cada máquina. O material

didático utilizado está sendo produzido pelo próprio

comitê, que deve finalizá-lo nos próximos meses.

Desenvolvimento

Entidades discutem alternativas para a qualificação de profissionais no setor florestal

Esforço coletivo para capacitação

Reunião do comitê técnico criado para assessorar o Senar-MG na implantação de novos cursos de capacitação profissional

05

A criação da ArcelorMittal BioFlorestas, na época

chamada de Companhia Agrícola e Florestal Santa Bárbara

(CAF), foi impulsionada pelo crescimento dos negócios da

Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira na década de 30.

Com a inauguração da Usina de João Monlevade, em 1937,

a multinacional (que hoje integra o Grupo ArcelorMittal)

investiu fortemente na produção de carvão vegetal, usado

para abastecer os fornos de fabricação de gusa. Nos anos

seguintes, foram feitas experiências bem-sucedidas com

reflorestamento de eucalipto. Paralelamente, o setor

siderúrgico crescia em ritmo acelerado, aumentando a

demanda pelo carvão vegetal.

Empresa frondosa

História

ArcelorMittal BioFlorestas completa 55 anos com uma trajetória de crescimento e responsabilidade ambiental e social

Antecedentes

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No dia 14 de dezembro de 1954, aconteceu a

cerimônia de corte do primeiro eucalipto na reserva

situada próxima à Usina de João Monlevade. O então

Governador de Minas Gerais e futuro Presidente da

República, Juscelino Kubitschek, comandou o evento,

que simbolizou o marco inicial das florestas plantadas

para carvão vegetal pela CAF. A época era de grande

furor econômico, graças à política progressista de

Juscelino, que teve como pontos altos o fomento à

indústria automobilística e a construção de Brasília,

empreendimentos que demandavam muito aço. Nesse

período, a produção de carvão vegetal acompanhou o

crescimento da siderurgia e os investimentos florestais

somaram cerca de 240 hectares por ano, com o plantio

de 6 milhões de árvores.

Primeiro corte

A CAF foi fundada em 1957 com o objetivo de

fabricar carvão vegetal para a Belgo-Mineira. Em seus

primeiros anos de vida, a Empresa buscou soluções

tecnológicas para aprimorar seus processos e investiu

na saúde e segurança de seus empregados, montando

Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas)

e oferecendo atendimento médico. Na década de 70,

expandiu suas atividades em Minas Gerais e, a partir de

1979, iniciou o plantio de eucalipto no Sul da Bahia.

Nascimento e consolidação

Os anos 80 foram marcados pela modernização dos processos

produtivos. Também merecem destaque a implantação de novos

estudos e os projetos de preservação da fauna e flora das regiões de

plantio, como o Centro Experimental de Manejo de Animais Silvestres

(Cemas) e o Programa de Frutíferas. Na década seguinte, a Belgo, hoje

ArcelorMittal Brasil, experimentou a substituição do carvão vegetal

pelo coque. Como resposta, a Empresa investiu em alternativas para o

uso da madeira e, em 1994, embarcou a primeira carga desse produto

para países europeus e africanos.

Altos e baixos

A virada do século trouxe mudanças administrativo-estruturais.

Em 2003, a CAF se tornou uma empresa do Grupo Arcelor, como

resultado da união da Arbed com a francesa Usinor e a espanhola

Aceralia. Quatro anos depois, o Grupo Arcelor foi adquirido pela

Mittal Steel, transformando-se na ArcelorMittal, e a CAF passou a

se chamar ArcelorMittal Florestas. Em 2009, a empresa assumiu

o nome ArcelorMittal BioEnergia, reunindo ativos próprios e

da ArcelorMittal Jequitinhonha. Com o desmembramento do

segmento de inox, em 2011, as empresas de reflorestamento

foram novamente separadas, já com novos nomes: ArcelorMittal

BioFlorestas e Aperam Bioenergia.

Novos parceiros

Hoje, a ArcelorMittal BioFlorestas possui áreas preservadas e

de reflorestamento nos estados de Minas Gerais e Bahia, com

capacidade anual para produzir 1,5 milhão de m³ de carvão vegetal

e potencial para chegar a 3 milhões de m³. Além disso, a Empresa é

referência em gestão ambiental e social, efetuando investimentos

substanciais em monitoramento de água e biodiversidade, reutilização

e reciclagem de resíduos, projetos de crédito de carbono e programas

de responsabilidade social voltados para as comunidades vizinhas.

Signatária do Pacto de Erradicação do Trabalho Escravo, toda a sua

gestão possui as certificações FSC (manejo florestal e cadeia de

custódia), OHSAS 18001 (saúde e segurança do trabalho) e

ISO 14001 (meio ambiente).

Empresa modelo

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Em 1994, a Empresa realizou sua primeira exportação de madeira

Empregadas da antiga CAF selecionam mudas de eucalipto

FOTO: MEMÓRIA BELGO

Promover o desenvolvimento comunitário e investir

na educação de crianças e adolescentes. Essas foram as

premissas que nortearam a atuação social da ArcelorMittal

BioFlorestas em 2011, resultando em 14 programas, entre

iniciativas próprias e parcerias com entidades sociais,

poder público, Fundação ArcelorMittal Brasil e o Serviço

Social da Indústria (Sesi). No total, mais de 70 mil pessoas

foram beneficiadas nos 16 municípios em que a Empresa

mantém atividades.

Na área de educação, a principal novidade é a implantação

do Programa Ensino de Qualidade (PEQ) na rede pública

de ensino dos municípios mineiros de Jaguaraçu, Dionísio

e Marliéria. Por meio de encontros de capacitação para

educadores, o projeto vem apresentando bons resultados. Em

São José do Goiabal, onde concluiu suas atividades em 2011,

14 educadores foram capacitados.

Parcerias que dão certo

Responsabilidade social

Programas sociais desenvolvidos em 2011 fortalecem a relação entre Empresa e comunidades

08O PEQ promoveu capacitação de gestores em Dionísio, Marliéria e Jaguaraçu

ELVIRA NASCIMENTO

Outro destaque é o Prêmio ArcelorMittal de Meio

Ambiente. Em sua 20ª edição, o concurso registrou

dois alunos vencedores de municípios de influência da

Empresa: Patrick Ferreira Souza, de São José do Goiabal,

e Bárbara de Araújo, de Dores do Indaiá. O projeto

pedagógico da Escola Municipal Santo Antônio do

Mercadinho, de Carbonita, também foi premiado.

Segundo a professora Regiane Santos, uma das

responsáveis pelo projeto vencedor, as ações propostas

envolveram estudantes do 1º ao 9º ano e “pularam

o muro da escola”. Uma das atividades de maior

repercussão foi a “caminhada ecológica”, em que as

crianças visitaram bairros da cidade, colando cartazes

de conscientização ambiental. “Nossa maior vitória é

a sensibilização dos alunos. Esses ensinamentos, eles

levam para a vida toda”, avalia Regiane.

09

O ano também foi de conquistas para um grupo de

oito piscicultores em Baixa Verde, distrito de Dionísio,

que utilizam a Lagoa Verde, localizada dentro da área da

Empresa, para desenvolverem o seu negócio. Em 2011,

a produção alcançou a meta estipulada, registrando um

crescimento de 40% em relação ao ano anterior. “Agora,

vamos trabalhar para conseguir novos clientes e manter a

oferta cada vez mais regular”, afirma Geraldo de Araújo, o

“Dinho”, um dos beneficiados pelo programa.

Em Martinho Campos, foi implantado o Programa de

Desenvolvimento Comunitário de Buriti Grande, pequeno

povoado localizado nas proximidades do município. O

projeto, realizado em parceria com o Sesi, a Cooperação

para o Desenvolvimento e a Morada Humana (CDM), a

Prefeitura Municipal e a comunidade, estimula a formação

de lideranças locais e promove o diálogo entre as partes

interessadas no desenvolvimento da comunidade.

Trabalho em equipe

Na área de cultura, a ArcelorMittal BioFlorestas

promoveu uma série de espetáculos, levando mais

opções de teatro e música a comunidades que possuem

acesso limitado a esses bens. A Empresa investiu

também na formação de artistas e gestores, oferecendo

oficinas, cursos e palestras tanto a públicos que já

desenvolvem atividades culturais quanto a pessoas

interessadas em começar.

É o caso de Milena Barros Silva, 9 anos, moradora

de Martinho Campos. Em 2011, a garota começou

a participar do projeto “Roda de Palhaços”, no qual

aprende mais sobre o universo circense e apresenta

cenas e esquetes em escolas da região. “Eu gosto muito

das aulas e de brincar de ser palhaço. Também fiz

muitos amigos no projeto”, conta.

Oferecendo oportunidades

Desenvolvimento comunitárioProjetos: Apicultura, Cidadãos do Amanhã, Parceria Agrícola,

Piscicultura e Programa Buriti Grande

Beneficiados: 2.830

EducaçãoProjetos: Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente, Programa

de Educação Afetivo-Sexual (Peas), Programa Ensino de

Qualidade (PEQ), Programa Regular de Educação Ambiental,

Ouvir Bem para Aprender Melhor e Ver e Viver

Beneficiados: 49.092

CulturaProjetos: Formação de Artistas, Formação de Gestores e

Formação de Públicos e Platéias

Beneficiados: 19.080

Eixos de atuação social em 2011

Responsabilidade social

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Crianças aprendem a plantar no Programa Regular de Educação Ambiental, realizado nos Ceams da Empresa

Piscicultores de Baixa Verde usam lagoa localizada dentro da área da Empresa para desenvolverem o programa

PAULO SÉRGIO DE OLIVEIRA

A jovem Milena Barros, de Martinho Campos, se diverte no projeto Roda de Palhaços

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Tecnologia

Energia para gerar sustentabilidadeProjeto da ArcelorMittal BioFlorestas busca transformar fumaça em energia elétrica

A ArcelorMittal BioFlorestas está investindo em uma nova

tecnologia capaz de aproveitar a fumaça liberada em seu

processo produtivo para gerar energia elétrica. O projeto,

que está sendo desenvolvido em parceria com a Cemig,

consiste em transportar gases liberados pelo processo

de carbonização da madeira até uma turbina de queima

externa (EFGT), responsável por fornecer a potência

necessária para gerar eletricidade.

O gerente de Tecnologia da ArcelorMittal BioFlorestas,

Augusto Valencia, resume a iniciativa como “a

transformação da fumaça em energia limpa”, destacando

que o reaproveitamento dos gases pode contribuir para

tornar a produção de biorredutores uma prática ainda mais

sustentável. “O processo produtivo adotado pela Empresa

já segue um modelo viável do ponto de vista ambiental.

As florestas de eucalipto que fornecem a matéria-prima

absorvem o gás carbônico liberado na carbonização da

madeira. Com o novo projeto, outros gases, até então não

aproveitados, poderão se tornar fonte de energia”, afirma.

Pioneiro na área, o projeto conta com investimento

total de R$ 9 milhões e já está em fase inicial de testes.

Na unidade de produção de Martinho Campos, dez fornos

foram adaptados para enviar os gases de carbonização a

um queimador central, onde se encontra a turbina EFGT.

Segundo Valencia, nessa etapa piloto, o sistema é capaz

de gerar 100 kW de potência. “Se a proposta for bem-

sucedida, podemos expandi-la para os outros 28 fornos

da unidade e, em seguida, levá-la a outras instalações da

ArcelorMittal BioFlorestas”, planeja.

Caso toda a produção de carvão vegetal da Empresa,

que atualmente gira em torno de 400 mil toneladas anuais,

seja adaptada para essa finalidade, estima-se que a energia

gerada seja de até 30 MW. Para se ter uma ideia desse

potencial, o município de Martinho Campos, com 12 mil

habitantes, é abastecido com 2 MW.

Iniciado em novembro de 2010, o desenvolvimento

do projeto tem duração prevista para 36 meses. Além de

profissionais da ArcelorMittal BioFlorestas e da Cemig,

estão envolvidos especialistas das universidades federais

de Minas Gerais (UFMG), Itajubá (Unifei) e Viçosa (UFV) e

de empresas de engenharia e consultorias ligadas ao setor

termelétrico.

Dez dos 38 fornos da unidade de Martinho Campos estão sendo usados para desenvolver o projeto piloto

LEO

HO

RTA

Natural de Cachoeira do Itapemirim (ES), casado com Penha, pai

de Aline e Karina, avô de Artur e Pedro, e há 37 anos na ArcelorMittal

BioFlorestas. Essas poucas linhas resumem o perfil de Elesier Lima

Gonçalves, conciliando informações pessoais com a trajetória na

Empresa na qual construiu sua bem-sucedida carreira. “Minha história

pessoal tem forte ligação com minha vida profissional. Ao lado da minha

família, em especial da minha esposa Penha, a Empresa teve papel

significativo nos momentos mais importantes da minha vida”, afirma.

O ex-diretor presidente, que se aposentou em março deste ano,

passou a integrar a então Companhia Agrícola e Florestal Santa Bárbara

(CAF) logo após se formar em Engenharia Agronômica na Universidade

Federal de Viçosa (UFV). “Ao sair da Universidade, procurei várias

empresas e fiz concursos. O primeiro resultado foi o da Emater, no

Espírito Santo. Para mim seria uma boa, pois estaria perto de casa.

Lembro que comecei a trabalhar numa segunda-feira, mas na quarta

recebi um chamado da CAF, hoje ArcelorMittal BioFlorestas. Não pensei

duas vezes e foi uma das melhores decisões da minha vida”, relata.

Elesier Gonçalves, que deixou a Presidência, teve participação decisiva nas principais etapas de modernização da ArcelorMittal BioFlorestas

Raízes entrelaçadas

Mais que Palavras

Elesier Gonçalves: carreira dentro da Empresa está fortemente ligada à sua vida pessoal

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Na Empresa, Elesier percorreu diversos cargos, de

assistente de silvicultura a gerente de área, passando pela

diretoria florestal e culminando com a presidência. Da

mesma forma, seu caminho inclui várias cidades – Santa

Bárbara, Carbonita, Teixeira de Freitas, Coronel Fabriciano

e Belo Horizonte – e se confunde com a própria história

da Empresa: “Iniciei as minhas atividades profissionais na

cidade em que a Empresa nasceu, Santa Bárbara. Após

um ano, durante o processo de expansão e aquisição

de terras, fui para Carbonita, no Vale do Jequitinhonha,

onde a semente dos novos projetos da Empresa estava

sendo plantada”, relembra. A falta de recursos da região

impressionou o jovem profissional. “Não tinha médico,

hospital, luz elétrica e mesmo a água era escassa. Até que

a sede administrativa fosse construída, enfrentaríamos

várias dificuldades e eu tinha consciência disso, mas

acreditava no projeto. Topei o desafio”, conta.

Elesier desempenhou papel importante em momentos

essenciais da trajetória ArcelorMittal BioFlorestas, como

a expansão para outras regiões e a mecanização dos

processos. Nesse percurso, um de seus maiores motivos

de orgulho é a preocupação permanente da Empresa

com a saúde e a segurança. “Pessoas são nosso bem

mais precioso e parcerias para garantir a preservação

ambiental e assegurar o bem-estar da comunidade

sempre estiveram no escopo do nosso trabalho”, ressalta.

Ao se despedir, Elesier deixa uma mensagem para as

novas gerações: “O passado é exemplo. O futuro cabe a

nós construirmos. A ArcelorMittal BioFlorestas sempre

foi modelo de atuação na área de reflorestamento e

produção de biorredutor. Para mantermos esse padrão

temos que buscar nosso crescimento pessoal. Como

consequência, virão o crescimento profissional e do local

em que trabalhamos”.

Sementes