contacto 10 de fevereiro de 2016

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Bispo do Porto vai estar na peregrinação ao santuário de Fátima em Wiltz pág.12 (!4FA51C-adaaaf!:k;K;k;k;Q Jihadista que aparece em vídeo é o luso-luxemburguês Steve Duarte O jihadista que aparece num recente vídeo do Estado Islâmico a ameaçar Portugal é o luso-luxemburguês Ste- ve Stuarte, segundo a edição de quinta-feira dos sites jornais Expres- so e Correio da Manhã, que citam os serviços de segurança portugueses. As autoridades luxemburguesas estão também a investigar o caso, avançaram ao CONTACTO, mas di- zem que não podem confirmar se se trata do português com residência no Grão-Ducado. Segundo os serviços de segurança portugueses, o jihadista que fala em francês é Steve Duarte, filho de pais portugueses que residem em Meis- pelt, na comuna de Kehlen. As autoridades luxemburguesas preferem, para já, não associar Steve Duarte ao vídeo do jihadista. pág. 5 www.jornal-contacto.lu www.wort.lu/pt 10 DE FEVEREIRO DE 2016 • ANO 46 • N° 6 0,62 E O PRIMEIRO JORNAL DE LÍNGUA PORTUGUESA NO LUXEMBURGO Investigadores de todo o mundo discutem imigração portuguesa no Luxemburgo pág. 11 Polícia luxemburguesa investiga vídeos de rappers de Esch-sur-Alzette com jovens armados pág. 7 Prevenção é resposta de ministra à petição de portuguesa sobre doença de Lyme págs 2-3 “Eldorado”, o documentário sobre a imigração portuguesa no Luxemburgo, estreia em Março pág. 15 © 2016 McDonald’s · As long as stocks last /mcdlu NEU! 4 KÄSEGIPFEL DER BIG DOUBLE BACON CH E ES E

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Page 1: Contacto 10 de Fevereiro de 2016

Bispo do Portovai estar naperegrinaçãoao santuário deFátima emWiltz

pág.12

(!4FA51C-adaaaf!:k;K;k;k;Q

Jihadista que aparece em vídeoé o luso-luxemburguês Steve Duarte

O jihadista que aparece num recentevídeo do Estado Islâmico a ameaçarPortugal é o luso-luxemburguês Ste-ve Stuarte, segundo a edição dequinta-feira dos sites jornais Expres-so e Correio da Manhã, que citam osserviços de segurança portugueses.

As autoridades luxemburguesasestão também a investigar o caso,avançaram ao CONTACTO, mas di-zem que não podem confirmar se setrata do português com residência noGrão-Ducado.

Segundo os serviços de segurançaportugueses, o jihadista que fala emfrancês é Steve Duarte, filho de paisportugueses que residem em Meis-pelt, na comuna de Kehlen.

As autoridades luxemburguesaspreferem, para já, não associar SteveDuarte ao vídeo do jihadista.

pág. 5

www.jornal-contacto. lu • www.wort . lu/pt 10 DE FEVEREIRO DE 2016 • ANO 46 • N° 6 • 0,62 E

O P R I M E I R O J O R N A L D E L Í N G U A P O R T U G U E S A N O L U X E M B U R G O

Investigadoresde todo o mundo

discutemimigração

portuguesa noLuxemburgo

pág. 11

Polícialuxemburguesainvestiga vídeosde rappers deEsch-sur-Alzettecom jovensarmados

pág. 7

Prevenção é resposta de ministra à petiçãode portuguesa sobre doença de Lyme págs 2-3

“Eldorado”, odocumentário

sobre aimigração

portuguesa noLuxemburgo,

estreia em Marçopág. 15

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2 em foco 10 DE FEVEREIRO DE 2016 \\ Contacto Contacto \\ 10 DE FEVEREIRO DE 2016 em foco 3

Depois de Tânia Silva ter levado ao Parlamento petição que reclama mais apoios para doentes

Prevenção é resposta do Governo à petiçãode portuguesa sobre doença de Lyme

O reforço da prevenção é aprimeira medida que aministra da Saúde vai levara cabo para combater adoença de Lyme, transmi-tida pela carraça. O anún-cio de Lydia Mutsch foifeito na quarta-feira du-rante o debate público noParlamento sobre a petiçãode Tânia Silva, que recla-ma mais apoios para aspessoas com esta doença.

C om quase oito mil assinatu-ras, a luso-luxemburguesaTânia Silva, ela própria víti-

ma da doença de Lyme, conseguiuganhar a sua primeira batalha: levara petição à discussão no Parlamento.

Acompanhada pela referência eu-ropeia na investigação da doença, oprofessor francês Christian Perrone,pelo biólogo luxemburguês MarcPauly e pela citogeneticista Aranzazude Perdigo, do Laboratório Nacionalde Saúde, Tânia Silva saiu-se bemdurante as duas horas de debate. Nãoprocurou confrontos e apresentoupropostas concretas, a começar pelaprevenção.

“Gostaria que fossem afixados pai-néis informativos à entrada das flo-restas para sensibilizar as pessoas,que fossem distribuídas brochurasnas escolas e também pinças pró-prias para que as pessoas soubessemcomo retirar as carraças”, propôs Tâ-nia Silva.

A resposta da ministra da Saúdenão se fez esperar. “Sempre fizemossensibilização nas escolas. Há umabrochura sobre a doença, mas va-mos acentuar a sensibilização pú-blica e reeditar essa brochura antesda Primavera. Vou dar atenção a es-ta petição e vamos também entrar emcontacto com a administração dasÁguas e Florestas para pôr painéis in-formativos dirigidos às pessoas quepasseiam na floresta”, disse LydiaMutsch ao CONTACTO, à saída dodebate.

A ministra lembrou ainda o ante-projecto de lei que vai obrigar os mé-dicos e laboratórios a declarar os ca-sos diagnosticados da doença de Ly-me.

Apesar de o regulamento grão-ducal de 10 de Setembro de 2004, so-bre as doenças infecciosas ou trans-missíveis, obrigar os médicos a de-clarar os novos casos de pessoas in-fectadas, os casos diagnosticadosnem sempre chegam às autoridadessanitárias.

Outra das medidas anunciadasprende-se com um projecto de in-vestigação, actualmente em curso naLuxembourg Institute of Health, que“deverá aperfeiçoar os testes de des-pistagem com diagnósticos mais fiá-veis, para evitar casos no Luxem-burgo como o da Tânia Silva”, disseainda a ministra ao CONTACTO.

O teste de despistagemutilizado noLuxemburgo, ELISA, não detectamaisdo que 20% a 40% dos casos da do-ença. A solução para o diagnósticoprecoce de casos positivos poderá es-tar em testes utilizados já na Alema-nha, com uma fiabilidade de 90%.

Questionado sobre a eficácia des-tas medidas, o especialista europeuna doença de Lyme, Christian Per-rone, disse que prefere “esperar paraver”.

“Os governantes mostraram umespírito aberto sobre esta questão de

saúde pública. Resta agora ver o quevão fazer nos meses que se seguem”,disse o investigador francês ao CON-TACTO, lembrando que a fase cró-nica da doença “não é ainda reco-nhecida emmuitos países”, entre elesa França.

Ao final do debate, os ministériosda Saúde e da Segurança Socialcomprometeram-se a elaborar, noespaço de um mês, um documentoque reúna todas as informações dis-

poníveis sobre a doença de Lyme noGrão-Ducado.

A formação contínua dos médicossobre a doença, a tomada de acçõesenquadradas na resolução europeiada doença de Lyme e a promoção doServiço Nacional de Doenças Infecto-contagiosas como centro de compe-tência na matéria foram algumas daspropostas feitas pelas comissões par-lamentares de Petição, Saúde e Se-gurança Social.

REEMBOLSO DOSTRATAMENTOS CONTINUA ASER TRATADO ’COM PINÇAS’

Além da ministra da Saúde, o debatepúblico entre peticionários e depu-tados contou ainda com a presençado presidente da Câmara dos Depu-tados e antigo ministro da Saúde,Mars di Bartolomeo, e do ministro daSegurança Social, Romain Schneider.

Sobre a questão das compartici-

pações do Estado aos tratamentos nafase crónica da doença, o ministroRomain Schneider disse que a do-ença está incluída na convenção daCaixa Nacional de Saúde (CNS) e queas “avultadas despesas” serão anali-sadas caso a caso.

“A doença de Lyme está na nossaconvenção e todas as prestações pre-vistas são reembolsadas pela CNS.Quando há tratamentos no exterior eum montante superior ao previsto aser comparticipado, as pessoas po-dem pedir um reembolso através deum relatório fundamentado”, disse oministro. Para Tânia Silva, esta in-formação “é conhecida por quemtrabalha na área”, enquanto um“simples trabalhador dificilmente temacesso a essa informação” e aos re-embolsos. A ideia é reforçada por ummédico generalista luxemburguês.

“A fase crónica da doença de Ly-me custa caro. Se for reconhecida, aCNS teria de desembolsar 16.600 eu-ros por ano por cada paciente. Essaspessoas são tratadas como tendo fi-bromialgia, esclerose múltipla, reu-matismo”, revelou o médico, sobanonimato, numa entrevista publi-cada a 30 de Outubro de 2015, no jor-nal Luxemburger Wort.

O médico aponta ainda o dedo aoscolegas de profissão por não decla-rarem os casos positivos à Direcçãode Saúde. “Continua a ser melhor nãodizer nada para se ter uma certa li-berdade nas receitas médicas”.

A doença de Lyme é provocada poruma bactéria transmitida pela pica-da de uma carraça infectada. Os sin-tomas mais comuns são o cansaço eas dores corporais. Com o tempo, al-guns doentes infectados podem pas-sar para a fase crónica, com sinto-mas duradouros que podem deixaras pessoas debilitadas física e men-talmente. n Henrique de Burgo

Tânia Silva fez-se acompanhar pelo investigador francês Christian Perrone (esq.), pelo bioquímico Marc Pauly e pela médica Aranzazu de Perdigo Foto: Chris Karaba

Deputada joga ao “Bubble”durante apresentação da petição

A imagem, inesperada, não passoudespercebida durante o debate pú-blico no Parlamento para quem es-tava a assistir a partir da galeria.

A deputada do partido cristão-social Martine Mergen passou gran-de parte da apresentação da peti-ção de Tânia Silva a jogar ao “Bub-ble” (um jogo disponível no tele-móvel).

O comportamento da deputada,que é também médica, foi alvo decríticas entre quem assistia à cena apartir da galeria. A fotografia che-gou depois à rede social Facebook,onde as críticas se multiplicaram.

Mas Martine Mergen não se li-mitou a jogar. Quando pediu a pa-lavra, disse que “o Luxemburgo nãoé uma selva” e que os médicos es-tão “bem informados” sobre a fasecrónica da doença de Lyme.Dirigindo-se depois a Tânia Silva,disse não compreender porque éque a jovem luso-luxemburguesa“passou tanto tempo” a tentar sa-

ber como retirar uma carraça.“Não, na escola nunca me ensi-

naram a tirar uma carraça”, res-

pondeu Tânia Silva à médica e de-putada do CSV.

Além de Martine Mergen, outrodos críticos acérrimos da petição foio deputado Edy Mertens, do parti-do liberal DP, curiosamente tam-bém médico.

“Qual é o objectivo desta peti-ção?”, questionou Edy Mertens.

“Todos os meus camaradas estãobem informados sobre esta doença.Eu mesmo já tratei doentes com do-ença de Lyme”, acrescentou o de-putado e médico com mais de 30anos de carreira.

Em resposta, Tânia Silva criticouos médicos por não declararem oscasos de doença de Lyme, como alei exige. “Esses seus doentes esta-rão [declarados] em algum lado?”,ironizou a portuguesa.

Segundo a Direcção de Saúde, em2015 não foi registado nenhum ca-so de doença de Lyme no Luxem-burgo. Em 2014, houve apenas qua-tro casos declarados.

A deputada do CSV, que também é mé-dica, passou grande parte do tempoagarrada ao telemóvel Foto: Facebook

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Imigrante portuguesa

“Fui picada na primeira vezque me convidaram a passear”

Ana Paula Dourado tirou o dia napassada quarta-feira para estar pre-sente no debate público no Parla-mento. Era uma das cerca de 15 pes-soas que estavam na galeria paraapoiar Tânia Silva.

Diagnosticada há dois anos com adoença de Lyme, a imigrante portu-guesa não quis perder o debate ao vi-vo entre os peticionários e os depu-tados. “Assim que soube que iria ha-ver uma petição, achei que qualquercoisa poderá avançar. Vamos ga-nhar. Há muita gente a passar malcom esta doença”, disse Ana PaulaDourado ao CONTACTO, no final dodebate.

A imigrante portuguesa descobriuque tinha a doença de Lyme há doisanos, meses depois do primeiro pas-seio com os colegas pela floresta.

“Fui convidada por colegas paraum passeio e fui picada nessa únicavez que fui passear. Fiquei com mui-ta febre e com a tal mancha de quetanto se fala. No dia seguinte à pi-cada, vi a carraça na dobra da pernae tirei-a com uma pinça. Não sus-peitei de nada, porque na altura des-conhecia a doença de Lyme e penseique era a febre da carraça, de que játinha ouvido falar em Portugal”, con-ta a imigrante, residente há 15 anosno Luxemburgo.

A febre passou e Ana Paula pen-sou que estava bem. Mais tarde, con-tou o episódio a um casal de amigosenfermeiros. “Aí, disseram-me parair ao médico, porque já viram casosmuito complicados”. Mas Ana Paulanão foi logo ao médico, porque, paraela, “estava tudo bem”.

“Se eu tivesse conhecimento dossintomas preocupantes, tinha idoimediatamente ao Serviço Nacionalde Doenças Infecto-contagiosas ou

tinha exigido imediatamente um an-tibiótico, porque na altura as bacté-rias estavam lactentes e facilmentepodiam ser neutralizadas. Mas tantotempo depois já é difícil”, lamenta aimigrante portuguesa.

Dias mais tarde, quando começoua sentir um dos sintomas mais típi-cos da doença de Lyme, o cansaço,os amigos insistiram com Ana Paula

para ir ao médico. Teve duas con-sultas no Luxemburgo, mas os “mé-dicos não sabiam o que era”. Asmanchas e a fadiga estavam a au-mentar e Ana Paula decide ir a Por-tugal, para mais duas consultas. “Is-to não tem nada a ver com a carra-ça”, disseram-lhe os médicos emPortugal.

Dois meses depois da picada da

carraça, e de volta ao Grão-Ducado,foi reencaminhada para o ServiçoNacional de Doenças Infecto-contagiosas do Centro Hospitalar doLuxemburgo. “Aí disseram-me queestava infectada. Deram-me umacaixa de antibióticos e disseram-meque podia continuar a trabalhar”.

Ana Paula pediu para ficar no hos-pital. Tinha dores corporais e sentia-se muito cansada. Mas a resposta foinegativa. “Não pode ficar aqui. Façauma vida normal, trabalhe e vá to-mando os antibióticos. Vai ficar bem”,disseram-lhe no hospital.

Poucos meses depois, Ana Paulateve uma gripe que a atirou para a ca-ma durante cinco meses, sem se po-der levantar. “Não tinha energia pa-ra me levantar. Tinha também ton-turas, os braços caíam-me e não con-seguia comer bem”, recorda.

“Por milagre”, há dois anos des-cobriu um médico luxemburguês es-pecialista na doença, que a ajudou avoltar ao trabalho. “Mandou umaamostra do meu sangue para um la-boratório na Alemanha e com o re-sultado positivo começou a tratar-me.Foi assim que voltei a trabalhar, masnão as oito horas por dia”.

Ana Paula aprendeu a convivercom a doença, mas não se resignou.“Eu sou uma pessoa positiva e es-pero que as coisas mudem. Entre-tanto, desde que soube que tinha adoença de Lyme, tenho vindo a in-formar as pessoas no meu trabalho eos amigos sobre esta doença”.

No trabalho, quando o corpo vaiabaixo, Ana Paula conta com a soli-dariedade do patrão e dos colegas. Omédico do trabalho dá-lhe um mês atempo parcial para se poder recom-por. E a vida continua.

n Henrique de Burgo

Ana Paula Dourado foi picada pela carraça durante um passeio na floresta. Sem res-posta no Luxemburgo e em Portugal, só descobriu que tinha a doença de Lyme de-pois de análises feitas na Alemanha Foto: Shutterstock

n Lyme, a cidade onde tudo co-meçou

Lyme não é o nome do médicoque descobriu a doença, masuma cidade do Estado norte-americano de Connecticut. Em1975, duas mães com filhos quesofriam de artrite reumatóide ju-venil observaram que muitas ou-tras crianças da cidade tinham osmesmos sintomas. Alertaram osepidemiologistas, que descobri-ram que os casos de artrite reu-matóide juvenil eram cem vezesmais elevados em Lyme do queno resto dos Estados Unidos. Osprofissionais de saúde constata-ram que os novos casos erammais elevados no Verão, commuitos doentes a serem picadospela carraça. As suspeitas recaí-ram numa doença infecciosa aque deram o nome de “artrite deLyme”, mais tarde conhecida co-mo doença de Lyme.

nRastreio no Luxemburgo

Não há nenhum estudo que per-mita saber que zonas da Europatêm mais carraças infectadas ouqual a incidência da Borreliosede Lyme na população. O ras-treio tem sido feito graças ao tra-balho das associações. No Lu-xemburgo, o levantamento estáa ser feito pela Associação Lu-xemburguesa de Borreliose deLyme (ALBL), criada em Junhode 2013 pela portuguesa SofiaAraújo. No site www.albl.lu, osinteressados podem preencherum questionário com o objecti-vo de avaliar a extensão do fe-nómeno no Grão-Ducado.

n 8% da população já teve con-tacto com a doença

Segundo o Luxembourg Instituteof Health (antigo Centro de In-vestigação Pública da Saúde),16% das carraças estão infecta-das com o agente da doença deLyme. Além disso, 38% dos tra-balhadores florestais e 8% da po-pulação já teve contacto com abactéria.

Como proteger-se dapicada da carraça

A carraça vive em bosques e vegeta-ção baixa (ervas altas, fetos, arbus-tos) à espera de um hospedeiro.

Grande parte dos casos de pesso-as ou animais que são picados pelacarraça ocorrem nas florestas, mastambém pode acontecer em prada-rias ou mesmo em espaços verdes emzonas urbanas.

Os carrapatos, como são tambémconhecidos, dão-se bem em ambi-entes de calor e humidade, por issoas infecções ocorrem principalmentea partir de Maio até Outubro. O quenão significa que não ocorram du-rante o resto do ano.

PARA SE PROTEGER:

n Cubra o corpo ao máximo, ponhaos pés das calças dentro das meias,use calçado fechado e roupas leves eclaras para ser mais fácil visualizar acarraça.n Utilize o ’spray’ repelente (comcomposto químico DEET ou com oinsecticida Permetrina) sobre as par-tes não cobertas do corpo, quandoestiver em áreas de risco.n Examine regularmente os seus ani-mais domésticos e trate de eliminaras carraças encontradas.n Nas caminhadas, permaneça nostrilhos.n Ao regressar a casa, faça umainspecção minuciosa no corpo in-teiro, especialmente em áreas sensí-veis, como os olhos, atrás da orelha,no couro cabeludo ou nas dobras(interior dos joelhos, cotovelos, axi-las).

COMO REAGIR SEFOR PICADO

Antes de mais, convém lembrar quenem todas as carraças são portado-ras da infecção (segundo o Luxem-bourg Institute of Health, apenas 16%das carraças estão infectadas), por is-so é perfeitamente possível ser mor-dido sem contrair qualquer doença.No entanto, logo que veja uma car-raça sobre a pele, deverá retirá-la omais rapidamente possível, seguindoeste método:n Segure a cabeça da carraça comuma pinça ou um “tira-carraças”(disponível nas farmácias).n Puxe-a devagar, o mais próximopossível da pele.n Não torça a carraça quando puxarcom a pinça, para que não fique ne-nhum fragmento na pele.n Desinfecte a ferida com álcool e la-ve também a pinça e as mãos com ál-cool.n Não use outros truques para for-çar a carraça a soltar-se, como deitarálcool, óleo ou encostar objectosquentes. O stress provocado na car-raça pode fazer com que ela libertesubstâncias e bactérias que podemaumentar o risco de infecção.n Consulte o seu médico em caso dedificuldade, caso note um vermelhãona área picada (frequentemente, avermelhidão – eritema migratório –pode ser o primeiro sinal de doençade Lyme) ou se começar a ter sinto-mas semelhantes aos da gripe (febre,fadiga, dores no corpo).

Sintomas da doença de Lyme

Enxaquecas

Perdas auditivase paralisiada face

Doresmusculares

Eritemamigratório

Dores articularesFebreFadigaFraqueza

Vector

Carraças

Complicaçõescardíacas

Náusease vómitos

Agente patogénico

Borrelia

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A FRASE

“ [A Comissão Eu-ropeia estár a fa-zer] uma inquali-ficável operação depressão e de chan-tagem [sobre o Go-verno português],com uma arro-gância de recortecolonial, [paraimpedir o Governode] devolver aosportugueses umaparte do que lhesfoi roubado nosúltimos anos (...).Acalme lá os seusburocratas.”

O eurodeputado João Ferreira(PCP) dirigindo-se ao presidenteda Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a 3 de Feverei-ro, a propósito das pressões deBruxelas sobre o Orçamento deEstado do Governo português. GRANDE PLANO

Carnaval de Torres Vedras transforma Governo em marioneta do PCP e do BE – O Carnaval de Torres Vedras voltou a retratareste ano o país na tradicional sátira dos carros alegóricos, um dos quais transforma o Governo em marioneta do PCP e do BE. “Os políticos brincam connoscoo ano todo e nós nestes dias brincamos com eles”, ironiza Bruno Melo, um dos criativos que idealizou colocar o actual primeiro-ministro António Costa na pelede uma marioneta manipulada pelas figuras de Jerónimo de Sousa (PCP) e por Catarina Martins (BE). No carro alegórico, António Costa dispara um canhãodo qual são ‘projectados’ Passos Coelho e Paulo Portas, primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro até Dezembro. Conhecido pela sátira político-social, o Car-naval torreense trouxe também este ano a questão da crise dos refugiados, ao contrastar um luxuoso cruzeiro de um porco milionário com um bote sobrelotadode migrantes retratados por figuras sem rosto, para ilustrar que poderiam ser quaisquer povos do mundo. Num outro carro, a chanceler alemã Angela Merkelprepara-se para soltar os tubarões contra a acrópole dos deuses gregos, que se vêem desesperados a afundar, numa alusão às divergências entre o Governogrego e a Comissão Europeia. Sócrates, Armando Vara, Duarte Lima e Ricardo Sagrado estiveram na pele dos irmãos Dalton, enquanto o Presidente da Repú-blica, Cavaco Silva, é Lucky Luke, um “xerife mas pouco”, já que “vai dormindo enquanto os casos se passam nas suas barbas”. Foto: Lusa

EDITORIAL

A liturgia das cinzasJonas é uma das figuras bí-blicas mais inesperadas.Profeta que se recusa e sedisfarça em antiprofeta, di-vidido entre o que Deus lheordena e Israel lhe faz sen-tir, sem terra, sem mar, semninguém. É o drama dequem sofre por falta de per-tença.

Não se deu conta de que,ao fugir de Nínive, fugia desi mesmo. De onde per-

tencia, por vontade divina. Entrou no barco dadeserção e drogou-se de sono para não se re-encontrar. Desertor de Deus, mergulhou no na-da da inconsciência.

Entretanto, levantou-se uma grande tempes-tade, com ventos arrasadores. “Os ventos sãomensageiros de Deus” (Sl 104, 4).

Assim o perceberam, atemorizados, os mari-nheiros. Era um vento do mar grande, não da-quele mar nosso. Acordado à força, Jonas reco-nheceu a sua culpa, mas só foi lançado ao mar,porque sobre ele recaiu o jogo da sorte. Um pei-xe enorme o acolheu nas entranhas, três dias etrês noites, antes de o vomitar em terra. Foi o se-gundo nascimento de Jonas, e nasceu profeta.

Nínive era uma grande metrópole, um impé-rio soberbo e expansionista, uma ameaça paraIsrael. Jonas andava perdido naquela missão iné-dita a que o Altíssimo o destinara. Mas, renas-cido, converteu-se para converter os outros, os

gentios. É o S. Paulo do Antigo Testamento. Umatravessia de séculos, como é toda a grande lite-ratura. S.Thomas More, na sua Utopia, WilliamMorris, em “News from nowhere”. “When mas-tership has changed into fellowship”. O sonho(ou a previsão) da fraternidade e do perdão. Umadas peças mais populares em todo omundo, nes-tes 500 anos de Shakespeare, é um convite à re-conciliação: “As you like it” (como for de seu gos-to). E todos já estamos no palco: “All the worldis a stage”, homens e mulheres somos os acto-res. Os pais da Europa assinaram um tratado dereconciliação, um tratado-epitalâmio, celebran-do as núpcias das velhas rivalidades do esface-lado continente. Como acontece na lírica do te-atro shakespeariano. Mas não tiveram discípu-los à altura. Só eurocratas.

Três dias passou Jonas no ventre do cetáceo,três dias leva Jonas a percorrer a grande cidade,gritando: “Dentro de quarenta dias, Nínive seráarrasada”. Jonas não fala de Yavé, como no cul-to judaico, mas de Deus, na linguagem univer-sal.

Os ninivitas abandonaram os seus ídolos “va-zios”, acreditaram em Deus, proclamaram umjejum e vestiram-se de penitentes, com pano desacos, pequenos e grandes. Como lhes pregavao estrangeiro. O próprio rei se levantou do tro-no, tirou o manto, envergou um saco e sentou-se no pó das cinzas. Quarenta dias, a distânciaque deve percorrer o peregrino penitente.

O percurso profético de Jonas foi um êxito en-tre os gentios. É o primeiro profeta de um Deus

cósmico e salvador universal. Uma irrupçãoprofética, o vulcão do futuro.

Quarenta dias, a distância que interpela o pe-regrino penitente. “As you like it”.

Quarenta dias da Quaresma, para acordar dovácuo torpor da Nínive do nosso tempo. Deusnão é demagogo, populista. É um Pai, pai-mãe,como na parábola do filho pródigo.

A Europa criada pelos pais-fundadores é umaEuropa à medida do homem, económica e es-piritual.

Do naufrágio do sonho, George Orwell re-mendou um estandarte de hotel dourado, deprisão ou de pocilga, onde “todos os animaissão iguais, mas alguns mais iguais do que os ou-tros”.

Mas também temos um profeta, um Jonas dasperiferias, que não constam das agendas dos sa-cerdotes do templo do bezerro de oiro, o ídoloda monstruosa Nínive moderna. As leis servempara sustentar a tirania do sistema, que dá a20% metade da riqueza planetária, e a 2% deamericanos metade da riqueza do novo mun-do.

O Papa Jonas (ou Francisco!) já percorreu to-das as periferias de Roma, das guerras africa-nas, prepara-se para ir à China e está, quantopossível, no coração do Médio Oriente bélico.

Hoje, quarta-feira de cinzas, dia de deixar queos ventos de Deus nos libertem da Nínive quenos empoeira o coração. E esse pó que nos cu-bra a cabeça. Do pó ao pó, “ashes to ashes”. Ébom pensar.

BELMIRO NARINO

4 página quatro 10 DE FEVEREIRO DE 2016 \\ Contacto

Contactoficha técnicaFundado em Janeiro de 1970 / ISSN 1027-7331Tiragem: 25.269EDITORSaint-Paul Luxembourg s.a.RCS Luxembourg B.147.9732, rue Christophe Plantin, L-2988 Luxembourgtel.: 4993-1 (central)Redacção: tel.: 4993-337, fax: 4993-448Assinaturas: tel.: 4993-9393, fax: 4993-9394Publicidade: tel.: 4993-9000, fax: 4993-9092Anúncios: tel.: 4993-315, fax: 4993-666Gráfica: fax: 4993-262CCPLLULL LU50 1111 0000 1212 0000URL: http://www.contacto.luE-mail: [email protected].: 4993-9393 | fax: 4993-448URL: www.contacto.lu e wort.lu/ptE-mail: [email protected], rue Christophe Plantin | L-2988 Luxembourgtel.: 4993-337 | fax: 4993-448EDITORIALISTAPe Belmiro NarinoRESPONSÁVEL DA REDACÇÃOJosé Luís Correiatel.: 4993-470 | [email protected]ÇÃOÁlvaro Cruztel.: 4993-276 | [email protected] de Burgotel.: 4993-442 | [email protected] Telo Alvestel.: 4993-496 | [email protected] Selas, tel.: 4993-337 | fax: [email protected] DOS LEITORES: A Redacção reserva-se odireito de não devolver as cartas enviadas ao jor-nal. Devido a imperativos editoriais, serão apenaspublicados as cartas ou os excertos destas consi-derados pertinentes.COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: Carlos de Jesus,Hugo Guedes, Paulo Bastos, Paulo Freixinho (Pala-vras Cruzadas), Raúl Reis, Sérgio Ferreira Borges,Vanessa CastanheiraFOTOGRAFIAS:Manuel Dias, Rico Cunha, ArquivosWort; Cartoon: Alexandre TorresLAYOUT: Pierre Ferry, Alain PironPUBLICIDADE:Preço ao milímetro:(preto e branco) 1,06 e/colunaREGIE.LU2, rue Christophe Plantin | L-2988 Luxembourgtel.: 4993-9000 | fax: [email protected] PLURIMEDIA 2014/2015:50.100 leitores semanais (51% entre os residentesportugueses com idade igual ou superior a 15anos)CIM 2014Tiragem média: 25.333Difusão total: 25.357

Page 5: Contacto 10 de Fevereiro de 2016

Contacto \\ 10 DE FEVEREIRO DE 2016 luxemburgo actualidade 5

Terrorismo

Autoridades portuguesas dizem que jihadistaque aparece em vídeo é luso-luxemburguês

O jihadista que aparece num re-cente vídeo do Estado Islâmico aameaçar Portugal é o luso-luxemburguês Steve Stuarte, se-gundo o jornal Expresso. Os ser-viços de segurança portugueses te-rão já confirmado a identidade doluso-descendente, segundo o Cor-reio da Manhã. As autoridades lu-xemburguesas estão também a in-vestigar o caso, mas dizem que nãopodem confirmar se se trata doportuguês com residência no Grão-Ducado.O vídeo publicado no final de

Janeiro na internet dura 8 minutose põe em cena cinco jihadistas en-capuzados. Um, que parece enca-beçar o grupo, exprime-se emfrancês e faz ameaças contra “osinfiéis” em Portugal, Espanha eFrança, e menciona os atentadosde 13 de Novembro de 2015, emParis. Depois, cada um executacom um tiro na cabeça os prisio-neiros com roupas de cor laranja,os quais apresentaram como “es-piões”.Segundo os serviços de segu-

rança portugueses, o jihadista quefala em francês é Steve Duarte, fi-lho de pais portugueses que resi-dem em Meispelt, na comuna deKehlen.As autoridades luxemburguesas

deram conta do conhecimento daexistência do vídeo e confirmamque estão a investigar o caso mas,para já, preferem não associar Ste-ve Duarte ao jihadista.

“Não podemos agir porque nãotemos a confirmação de que seja oSteve Duarte. Há uma investiga-ção e ela vai seguir o seu curso”,disse ao CONTACTO o porta-vozda Procuradoria do Luxemburgo,Henri Eippers, excusando-se aconfirmar se as autoridades lu-xemburguesas estão em contactocom os serviços de segurança por-tugueses.Segundo as autoridades luxem-

burguesas, em Novembro de 2014havia seis jihadistas do Luxem-burgo na Síria.Steve Duarte, hoje com 27

anos, deixou o Grão-Ducado em2014 para se juntar ao grupo ter-rorista Estado Islâmico (EI), naSíria, segundo os serviços de se-gurança luxemburgueses. SteveDuarte integra a célula de propa-ganda do Estado Islâmico, conhe-cida por Al-Furqan, ainda segun-

do as autoridades luxemburgue-sas.O jovem português originário de

Meispelt, na comuna de Kehlen, a20 km da capital luxemburguesa,adoptou o nome de guerra AbuMuhadjir Al Purtughali. Noutrosvídeos é referido como AbuMuhadjir Al Andalousi.O português, que se terá con-

vertido ao Islão em 2010, frequen-tava uma mesquita em Esch-sur-

Alzette, na rue du Brill, conhecidacomo o ponto de encontro dosmuçulmanos radicais no Grão-Ducado.A mesquita de Esch-sur-Alzette

frequentada pelo luso-descendente é a mesma onde o’jihadista’ belga de origem espa-nhola Davide de Angelis, detidopelas autoridades luxemburguesasem Julho, recrutaria membros pa-ra combater na Síria.

Steve Duarte era conhecido no Luxemburgo como o rapper “Pollo”O vídeo do Estado Islâmico foi publicado na internet no final de Janeiro

Ministro da Economia quer atrair empresas e investidores

Grão-Ducado lança-se na corridaao ouro e minérios do espaço

O Luxemburgo quer atrair empre-sas e investidores para explorar osrecursos naturais no espaço, in-cluindo minérios em asteróides,como o ouro ou a platina. O anún-cio foi feito na quarta-feira pelo mi-nistro da Economia luxemburguês,Etienne Schneider, que sublinhouque o Grão-Ducado é o primeiropaís europeu a criar um “quadro re-gulamentar e jurídico” favorável àsempresas que queiram explorar co-mercialmente o espaço.

A iniciativa surge doismeses apósa promulgação pelo presidenteamericano Barack Obama do “Spa-ce Act”, uma lei que autoriza a ex-ploração comercial das riquezas

encontradas nos asteróides e naLua. O “Space Act” estabelece quetodos os recursos encontrados porum cidadão ou empresa norte-americana no satélite natural daTerra ou em corpos celestes pas-sarão a pertencer a quem os des-cobriu.

“O Luxemburgo também quer terum quadro regulamentar e jurídicopara preparar a exploração do es-paço”, disse à AFP o ex-director daAgência Espacial Europeia (ESA),Jean-Jacques Dordain, conselheirodo Governo luxemburguês nestamatéria.

As empresas privadas que deci-dam instalar-se no país para ex-

plorarem este sector terão assegu-rados os “seus direitos” aos recur-sos extraídos dos asteróides, comopor exemplo minerais raros, expli-cou o ministro.

O Governo luxemburguês tam-bém vai investir na exploração co-mercial do espaço, financiandoprojectos de investigação e desen-volvimento nesta área ou investin-do em empresas, através de parti-cipações directas no capital. O or-çamento para esta iniciativa, bap-tizada que já tem um site, o portalspaceresources.lu, ainda não foi de-terminado.

“O nosso objectivo é permitiraceder a recursos valiosos que nãoestão ainda a ser explorados, situ-ados em rochedos sem vida no es-paço, sem prejudicar os habitatsnaturais”, assegurou Etienne Sch-neider.

Questionado sobre a razão paranão desenvolver esta iniciativa noâmbito da Agência Espacial Euro-peia (ESA), uma organização de queo Luxemburgo e 22 Estados-membros fazem parte, o ministrodisse que “o ritmo de trabalho daESA não é o [s]eu”.

Na Agência, “todos os projectosde investimento levam anos de dis-cussão e depois discute-se duranteanos onde é que os investimentosvão ser feitos e quais serão as con-sequências para cada Estado-membro”, justificou.

“Além disso, eu sou ministro daEconomia do Luxemburgo, e

interessa-me atrair a actividadeeconómica ao Luxemburgo e não àUnião Europeia em geral”, reco-nheceu.

Segundo o ministro, a empresanorte-americana Planetary Resour-ces, que desenvolve técnicas paraextrair minérios de asteróides, diz

estar “ansiosa” para trabalhar como Luxemburgo. A empresa ameri-cana Deep Space Industries, queanunciou que vai começar a ex-plorar minérios em asteróides já apartir deste ano, já se mostrouigualmente interessada, disse Sch-neider.

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Page 6: Contacto 10 de Fevereiro de 2016

6 luxemburgo actualidade 10 DE FEVEREIRO DE 2016 \\ Contacto

Visita ao Luxemburgo de 12 a 14 de Fevereiro

Autarca da Figueira reúnecom ministro do Trabalho

O presidente da Câmara Municipalda Figueira da Foz, João Ataíde, vaiestar no Luxemburgo entre sexta-feira e domingo.

A visita tem como objectivo o“contacto com a comunidade por-tuguesa e figueirense” residente noGrão-Ducado e o reforço das rela-ções com as autoridades luxembur-guesas. A agenda da visita ainda nãofoi divulgada, mas o CONTACTO

soube através do chefe de gabinetedo autarca figueirense que João Ataí-de vai ser recebido pelo ministro doTrabalho, Nicolas Schmit.

Além de presidente da CâmaraMunicipal da Figueira da Foz, JoãoAtaíde preside também a Comuni-dade Intermunicipal da Região deCoimbra, que congrega todos os mu-nicípios do distrito e ainda a Mea-lhada e Mortágua.

José Maria Neves chega ao Luxemburgo no domingo

Chefe de Governo de Cabo Verdevai ser recebido por Xavier Bettel

O primeiro-ministro de Cabo Ver-de, José Maria Neves, chega ao Lu-xemburgo no domingo, para umavisita de trabalho de três dias.

O governante cabo-verdiano vaiser recebido pelo seu homólogo lu-xemburguês Xavier Bettel, pelo pre-sidente da Câmara dos Deputados,Mars Di Bartolomeo, e pelo minis-tro da Cooperação, Romain Sch-neider. José Maria Neves tem tam-bém um encontro marcado com acomunidade cabo-verdiana no do-mingo à tarde, na capital.

As relações económicas entre osdois países vão dominar os váriosencontros, com destaque para olançamento do projecto de consti-tuição do fundo “Afro-Verde I”.

“No Luxemburgo terei encontroscom diferentes autoridades e tereicomo objectivo lançar o Fundo deInvestimentos Afro-Verde I, no dia15 [na Câmara de Comércio do Lu-xemburgo, em Kirchberg], que éuma parceria entre o Governo e osector privado para garantirmos oacesso ao financiamento a um con-junto de projectos importantíssi-mos na região norte do país, parti-cularmente Santo Antão, São Vi-cente e São Nicolau”, disse o go-vernante.

José Maria Neves vai encontrar-se ainda com a comunidade cabo-verdiana no domingo, às 16h, noCentre Sociétaire (rue de Stras-

bourg, n° 29), na cidade do Lu-xemburgo.

Esta deverá ser a última viagemde José Maria Neves ao Luxem-burgo enquanto primeiro-ministro.Durante os três mandatos conse-cutivos, o governante cabo-verdiano

esteve cinco vezes no Grão-Ducado:em Abril de 2012 e de 2010, em No-vembro de 2005 e de 2003 e emMaiode 2001.

Depois do Grão-Ducado, JoséMaria Neves segue a viagem de tra-balho rumo a França e Portugal.

José Maria Neves recebeu Xavier Bettel e Romain Schneider em Cabo Verde, emMarço de 2014. Agora é a vez de Bettel e Schneider receberem Neves Foto: Inforpress

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Page 7: Contacto 10 de Fevereiro de 2016

Contacto \\ 10 DE FEVEREIRO DE 2016 luxemburgo actualidade 7

Videoclipes no Youtube

Polícia investiga vídeos de rappersde Esch com jovens armados

A Procuradoria do Luxemburgoabriu um inquérito sobre vários ví-deoclipes de rap postados no You-tube nos quais se vê jovens na pos-se de armas, e a consumirem dro-gas e álcool.

Num dos vídeos, gravado pertoda Escola do Brill, em Esch-sur-Alzette, vê-se um jovem a dispararuma pistola. A julgar pelo tiro e pe-la munição a saltar da culatra, po-de ter sido utilizada uma bala real.

O caso é avançado pelo Luxem-burger Wort, na sua edição de terça-feira, que fala noutros clips seme-lhantes postados naquele canal departilha de vídeos. Num deles, vê-se um menor, com cerca de 12 anose que veste um fato de treino doSporting, a manejar uma carabina.Noutros vídeos há jovens munidosde revólveres, espingardas de pres-são de ar, mas também armas queparecem automáticas. Há imagenscom os protagonistas a beber ál-cool, a fumar cannabis e haxixe, e adizerem “Passa aí a passa!”, emportuguês. Os jovens filmaramimagens nas quais são revistadospor agentes da Polícia Grã-Ducal,que depois insultam em luxem-burguês, francês e português, comonum vídeo no qual se reconhece aesquina da rueNelsonMandela coma rue Zénon Bernard, em Esch. Hájovens com a cara tapada com gor-ros e capacetes, mas outros têm orosto à vista.

Os vídeoclipes foram publicadosno Youtube entre Setembro e De-zembro do ano passado e são da

autoria de bandas de hip-hop querespondem pelos nomes de ALQ,Madrugz, Sampas, Puto 711 eB.D.B., com elementos de origemluxemburguesa, portuguesa e cabo-verdiana.

Segundo disse ao Wort fonte daPolícia, alguns dos participantesnestes vídeos são conhecidos dasautoridades, uns foram inclusivecondenados por actos de violênciae, segundo o jornal, um deles es-

teve envolvido na rixa da semanapassada na avenue de la Gare, nacapital, em que um jovem esfa-queou três outros.

Ao CONTACTO, a porta-voz daPolícia disse apenas que a Políciade Esch enviou um relatório para aProcuradoria, que abriu um inqué-rito sobre este caso. Mas a porta-voznão confirmou que jovens que apa-recem já tivessem sido identifica-dos pela Polícia.

Num dos vídeos vê-se ummenor, com um fato de treino do Sporting, com uma ar-ma na mão Fonte: Youtube

Polaco fazia contrabandode armas no Luxemburgo

Um polaco foi apanhado pela po-lícia alemã com 50 armas semi-automáticas na bagageira do carro,quando tinha acabado de deixar oLuxemburgo. As armas foram com-pradas no Grão-Ducado.

O caso remonta a Janeiro, massó foi divulgado na sexta-feira pe-las autoridades alfandegárias da ci-dade alemã de Koblenz.

A fiscalização alfandegária tevelugar em Trier, perto da fronteira

luxemburguesa. Segundo as auto-ridades alemãs, um segundo indi-víduo também seguia na viatura,com destino à Polónia.

Questionados sobre onde ti-nham comprado as 50 armas semi-automáticas, os homens disseramque foi num vendedor no Luxem-burgo.

Os dois indivíduos terão deresponder pela posse ilegal de ar-mas.

No aeroporto

Câmara descoberta em casade banho das mulheres

Uma mulher descobriu que estavaa ser filmada quando estava numacasa de banho no aeroporto do Fin-del. A câmara estava fixada ao ladode um vestiário não acessível aospassageiros do aeroporto.

A polícia esteve no local nosábado e retirou a câmara, comum mandado do Ministério Públi-co. A câmara e os registos de ima-gem foram confiscados pelo tribu-nal.

Framboesas congeladascontaminadas com norovírus

A Segurança Alimentar do Luxem-burgo lançou um aviso alertandopara a presença de norovírus emframboesas congeladas distribuídasno Grão-Ducado pelo grupo Picard.O alerta foi recebido no Luxembur-go através do sistema de alerta rá-pido da Comissão Europeia.

O nome do produto em francês é“Framboises brisées surgelées”, damarca Picard, com origem no Chile,vendidas em embalagens de um

quilo, e a referência do lote conta-minado é 28/01/2015, com data devalidade até 01/2017.

O norovírus é a principal causade gastroenterite. Os sintomassão vómitos e diarreia. O produto foiretirado dos locais de vendano Luxemburgo, mas uma partedos stocks já tinha sido vendida.

A Segurança Alimentar do Lu-xemburgo recomenda que o pro-duto não seja consumido.

Schifflange: Fábrica da Arcelorvai dar lugar a urbanização

O terreno onde se situa a fábrica daArcelorMittal em Schifflange e a zo-na envolvente vão dar lugar a umanova urbanização. A reconversão doterreno vai ser gerida pela agênciaAgora, que fez o mesmo trabalhonos terrenos da Arcelor em Belval.

O “estudo de viabilidade para areconversão do terreno localizadoem Esch/Alzette e Schifflange” é asentença de morte da fábrica, queestá praticamente sem produçãodesde 2011, mantendo até agoraapenas 15 funcionários responsá-veis pela manutenção e segurançado local. “Em Esch e Schifflange,queremos repetir o sucesso da re-conversão de Belval” refere o mi-nistro das Infra-estruturas, Fran-çois Bausch. Os 62 hectares de ter-reno, que incluem as instalações dafábrica, lotes da galeria de arte“Schlassgoart”, da Arcelor, e partedos caminhos-de-ferro cedidos pe-lo Governo, vão ser reavaliados pe-la Agora, a agência especializada emreconversão industrial.

Fundada pelo Governo e pela Ar-celor, a agência vai “analisar a via-bilidade técnica e económica do

projecto: habitações, comércio, es-critórios, infra-estruturas colecti-vas”, segundo o comunicado. O es-tudo, que começou no início do ano,será apresentado em 2018 ou 2019.

A descontaminação do local vaificar a cargo do Governo.

O encerramento da fábrica emSchifflange afectou 750 trabalha-dores, que graças ao acordo entresindicatos, Governo e assalariados,foram entretanto recolocados emoutras fábricas da Arcelor, foram-trabalhar para outras empresas ouobtiveram a reforma antecipada.

Em reacção ao anúncio do fimda unidade de Schifflange, o sindi-cato LCGB saúda as negociações emtorno da reconversão do local, maslamenta as “más decisões nos in-vestimentos” que empurraramaquela fábrica para o precipício. Osindicato social-cristão desafia ain-da a administração da Arcelor a “ti-rar lições para evitar o desmante-lamento de outras fábricas”. Amensagem aplica-se sobretudo àunidade fabril de Rodange, que sevê a braços com dificuldades pararetomar as actividades.

Sanem vai ter rotunda “turbo”A saída Gadderscheier na A13, jun-to a Sanem, vai transformar-se emrotunda-turbo, e deverá estar pron-ta em meados de Julho. A notícia éavançada pelo Luxemburger Wort,que falou com Frédéric de Oliveira,engenheiro no departamento dasnovas obras públicas. Neste novotipo de cruzamento giratórios – aprimeira a ser inaugurada em Ou-tubro foi a rotunda Serra, em Kir-chberg – o automobilista antes deentrar na rotunda escolhe uma fai-xa de rodagem segundo a direcçãoque vai seguir. Ao circular nessapista, o condutor não tem de mu-dar de faixa dentro da rotunda atéà saída pretendida. Mudar de faixadentro deste tipo de rotunda é, aliás,proibido.

Este tipo de rotunda costuma sermais amplo e ter mais de duas fai-xas e semáforos. O conceito, im-portado da Holanda, permite fazerfluir de forma mais rápida e segura

o tráfego nas rotundas, segundo osconceptores.

Outras rotundas-turbos estão já

em projecto, por exemplo na ro-tunda Irrgarten, junto à A1, na saí-da para Sandweiler.

Obras no bairro da gare deEttelbruck começam em Junho

Depois de anos de planeamento ediscussão, as obras de transforma-ção no bairro da gare de Ettelbruckvão começar em Junho.

O principal objectivo é reduzir otráfego no centro de Ettelbruck etornar os transportes públicos maisatractivos, anunciaram os respon-sáveis do empreendimento, duran-te a apresentação pública do pro-jecto, na segunda-feira. A qualida-de de vida no bairro deve ser sig-nificativamente melhorada.

O projecto inclui a construção deuma nova estação de comboios, umparque de estacionamento com 450lugares, uma nova estação de au-tocarros, uma pousada da juven-tude, uma ponte junto ao memo-rial Patton e um túnel de 350 me-tros de comprimento, que vai pas-sar por baixo da estação dos com-boios. Parte da rue Prince Henri vaipassar a ser zona pedonal. A ave-nue Kennedy vai ser reconstruída evai ter menos tráfego, e a regulação

da circulação naquela zona vai sercompletamente revista.

Durante a apresentação do pro-jecto, a maioria da assistênciamostrou-se satisfeita com o planodas obras. Quem não está contentesão os comerciantes, que mostra-ram o seu descontentamento emrelação às zonas reservadas paracargas e descargas, os lugares de es-tacionamento e a possibilidade deaceder às garagens durante as obras,orçadas em 156 milhões de euros.

Page 8: Contacto 10 de Fevereiro de 2016

8 luxemburgo actualidade 10 DE FEVEREIRO DE 2016 \\ Contacto

10 mortes por dia

Doenças cardiovascularessão a principal causa

de morte no LuxemburgoEm 2014, a Direcção de Saúde re-gistou 3.802 mortes no Luxembur-go. Em média morreram 10 pesso-as por dia, 73 por semana e 317 pormês. Um terço das mortes estão li-gadas às doenças cardiovasculares.

Apesar de a taxa de mortalidadecausada por doenças que afectamos vasos sanguíneos e o coração terregredido de 39% para 31% nos úl-timos dez anos, estas continuam aser a principal causa de morte noGrão-Ducado.

De acordo com o comunicadodivulgado na quarta-feira pela Di-recção de Saúde, 1.189 pessoasmorreram em 2014 devido a doen-ças cardiovasculares, perfazendocerca de um terço das 3.802 mor-tes.

A segunda causa de morte no Lu-xemburgo é o cancro, represen-tando 30,4% dos óbitos (1.164 pes-soas). Em 2014, 673 homens (57,8%)e 491 mulheres (42,%) morreramcom esta doença.

Contrariamente às doenças car-diovasculares, a taxa de mortalida-de ligada ao cancro aumentou nosúltimos dez anos, de 26% para 30%.

As doenças do sistema respira-tório são responsáveis por 7% dosóbitos (265 pessoas), representan-do a terceira causa de morte.

As mortes causadas por razõesexternas (suicídio, acidentes de vi-ação, quedas, entre outras) repre-sentam 6,9% do total (261 óbitos),sendo a principal causa de morta-lidade entre pessoas até aos 50 anos,sobretudo nos homens, refere a Di-recção da Saúde.

No total, 85 mortes foramatribuídas a suicídio ou a

incidentes cuja intenção não foideterminada (66 homens e 19mulheres).

As quedas provocaram 55 mor-tes e os acidentes de viação 38.

Os dados constam do relatório“Estatísticas das causas dos óbitosno ano de 2014”, publicado pela Di-recção da Saúde em Janeiro desteano.

Cancro atinge 30%da população

No Luxemburgo, o cancro é a pri-meira causa de mortalidade noshomens e a segunda nas mulhe-res, com 33,9% e 27,1% de inci-dência, respectivamente.

Em 2014, o cancro foi respon-sável por 30% de todas as mortesregistadas no país. Nesse ano

morreram 1.164 pessoas por cau-sa da doença.

Os casos mais comuns de can-cro entre os homens foram o doestômago, pulmões e órgãos ge-nitais. Nas mulheres, prevalecemo cancro do estômago, pulmão eo cancro da mama.

Novo alerta do Ministério da Saúde luxemburguês

Vírus Zika pode ser transmitidopor via sexual

Com a recente confirmação de queo vírus Zika, que pode provocar mi-crocefalia nos fetos, se transmite se-xualmente, o Ministério da Saúde doLuxemburgo recomenda abstinên-cia sexual ou protecção das mulhe-res grávidas que viajem para zonasde transmissão do vírus.

Os Estados Unidos confirmaramque o vírus Zika se transmite sexu-almente, aumentando o temor deuma propagação rápida da doença,suspeita de causar malformações nocérebro de fetos.

Por causa da epidemia do vírusZika, o Ministério da Saúde reco-

menda “a todos os homens em via-gem para zonas de transmissão dovírus Zika e que tenham uma par-ceira grávida que se abstenham detodo o tipo de actividade sexual coma parceira, ou utilizem de forma sis-temática e correcta o preservativodurante a relação sexual, até ao fimda gravidez”, refere a Direcção deSaúde em comunicado.

“O Ministério da Saúde reitera asua recomendação a mulheres grá-vidas de não viajar para os paísesem causa”, lê-se ainda no docu-mento.

Até agora, foram detectados ca-

sos de infecção com vírus Zika naAmérica Latina, África e Ásia.

Os ministros da Saúde do Mer-cosul, mercado comum do conti-nente sul-americano, o mais afec-tado pelo vírus, vão reunir-se estaquarta-feira para avaliar a situaçãoepidemiológica da doença transmi-tida pelo mosquito Aedes aegypti.

A Organização Mundial de Saúde(OMS) considerou na segunda-feiraa epidemia como uma “emergênciade saúde pública de alcance glo-bal”.

Na Europa e na América do Nor-te, dezenas de casos foram relata-dos, mas as temperaturas frias queactualmente se registam impedem asobrevivência do mosquito.

O Brasil, país mais atingido pelaepidemia, com 1,5 milhões de ca-sos, segundo a OMS, desaconselhouas mulheres grávidas a viajarem pa-ra aquele país.

A Organização Mundial de Saúde(OMS) alertou que a epidemia do ví-rus Zika poderá afectar entre três aquatro milhões de pessoas no con-tinente americano. O Brasil e aColômbia são os países onde se re-gistam mais casos de pessoas in-fectadas.

O vírus Zika é transmitido aos se-res humanos pela picada de mos-quitos infectados e está associado acomplicações neurológicas e mal-formações em fetos.

Jactos privados vãoligar Findel à Índia

A companhia aérea privada luxem-burguesa Luxaviation vai começara voar para a Índia. Os clientes-alvodesta empresa de jactos privadoscontinuam a ser os homens de ne-gócios.

A notícia foi avançada pela em-presa, que gere uma frota de 250jactos privados, conta com 1.600trabalhadores e já voa para 34 des-tinos.

Agora, a Luxaviation vai ligar oFindel ao aeroporto Indira Gandhi,em Nova Delhi.

Grão-Ducado aindaé “paraíso” europeu parafundos de investimento

O Luxemburgo continua a ser umareferência no mercado financeiroeuropeu no que toca a fundos deinvestimento. Os investidoresnorte-americanos e britânicos sãoos que têm mais activos no Grão-Ducado, refere a Associação Lu-xemburguesa de Indústria de Fun-dos (ALFI, no acrónimo em in-glês).

No final de 2015, os fundos deinvestimento domiciliados no Lu-xemburgo totalizaram 3.506,2 milmilhões de euros em activos sobgestão, um valor que supera lar-gamente qualquer registo alcan-çado pelos vizinhos europeus.

O Luxemburgo representa42.43% de todas as vendas líquidasdo sector na Europa, e o volumede negócios cresceu mesmo 13,29%no final do ano passado, de acor-do com a ALFI.

O número de fundos de inves-timento registados no Grão-Ducado era de 3.878 em 2015, semgrandes alterações em relação a2014. Em média, há um fundo deinvestimento por cada 145 resi-

dentes no país. Os gestores de ac-tivos internacionais com mais do-miciliações no Luxemburgo são osnorte-americanos e os britânicos:respectivamente, 759,8 mil mi-lhões e 581,5 mil milhões de eurosem activos sob gestão, indica a AL-FI.

Segundo o presidente da ALFI,Denise Voss, “os fundos de inves-timento do Luxemburgo continu-am a ser a escolha preferida dos in-vestidores internacionais”.

Exemplo disso são os investi-dores de 69 nacionalidades que noúltimo ano voltaram a apostar noGrão-Ducado para comercializar osseus produtos à escala global, ape-sar da nova legislação comunitáriaintroduzida durante esse período.

Depois dos norte-americanos ebritânicos, foram os chineses quemmais investiu no último ano nestesfundos no Luxemburgo, comos maiores bancos do giganteasiático a escolherem o Grão-Ducado como “domicílio” para osseus fundos de investimento naEuropa.

Economia luxemburguesapode crescer entre 4 e 5%

A Comissão Europeia reviu naquinta-feira em alta as previsões decrescimento do país até 2017. Se-gundo o executivo europeu, o PIBdo Grão-Ducado pode crescer en-tre 4 e 5% até 2017.

Em Novembro, Bruxelas estima-va a taxa de crescimento da eco-nomia do Luxemburgo em 3,1% pa-ra 2015, 3,2% para 2016 e 3% para2017.

Três meses depois, mais opti-mista, o executivo europeu calculaagora que o PIB luxemburguês po-de aumentar 4,7%, 3,8% e 4,4% en-tre 2015 e 2017.

Estas previsões colocam o Grão-

Ducado em terceiro lugar na listados países cuja economia mais vaicrescer na UE nos próximos doisanos, depois da Irlanda (6,9%) e deMalta (4,9%). A média na zona eu-ro fica-se pelos 1,6% e no conjuntoda União a média é de 1,9%.

Para Bruxelas, o dinamismo daeconomia grã-ducal deve-se sobre-tudo ao aumento das exportaçõesem 2015, do consumo interno, quedeverá continuar a crescer, dascondições financeiras favoráveis edas perspectivas positivas no mer-cado do trabalho.

Segundo a Comissão Europeia, oregresso da indexação automáticados salários (“index”), no segundosemestre deste ano, também vai serpositivo para o consumo interno ea economia.

O bom momento que está a vi-ver o sector da construção, graças auma forte procura tanto do Estadocomo dos privados, também é re-ferido como um vector de cresci-mento “robusto”.

Em 2017, o consumo interno de-verá crescer tanto como as expor-tações, prevê a Comissão.

Quanto aos bancos, fundos deinvestimento e serviços da praça fi-nanceira luxemburguesa, só deve-rão crescer se, apesar das turbu-lências dos mercados, se adapta-rem às regulamentações internaci-onais em matéria de fiscalidade,adverte Bruxelas.

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Contacto \\ 10 DE FEVEREIRO DE 2016 praça pública 9

O desejávele o possível

Há orçamentos me-lhores que outros, ouhá apenas orçamentospossíveis? Esta pareceser a grande questão,quando António Costaapresenta o seu pri-meiro Orçamento deEstado. Mas a respostaé muito mais comple-xa que a pergunta.A direita e os co-

mentadores que lhesão afectos dizem, re-

petidamente, que o orçamento do gover-no do PS não é coerente. Têm alguma ra-zão, sobretudoquando o comparamcom os orçamentosapresentados pelogoverno de PassosCoelho.Estes sim, eram

muito mais coeren-tes e marcados ide-ologicamente. Apos-tavam no empobre-cimento, na proleta-rização das classesmédias, na falênciadas micro, pequenase médias empresas,na criação de gran-des bolsas de de-semprego, para em-baratecer a mão-de-obra e os custos dotrabalho. E, durantequatro anos, PassosCoelho não teve oatrevimento de falarem social democra-cia, expressão queagora, em campanhapara a liderançado PSD, quer recu-perar.O orçamento de

António Costa, na suaprimeira versão,também era coeren-te, mas de sinal con-trário. Não se pre-tendia acabar, de umúnico golpe, com aausteridade.Pretendia-se invertero caminho iniciadopelo governo anteri-or, faseadamente.Repor rendimentos,incentivar o crescimento económico,aumentar a procura e assim criar empre-go.Mas os orçamentos raramente são

aquilo que se pretende. Quase sempre sãoaquilo que podem ser. São o possível. E,neste caso, assim foi, depois de o esboçoter sofrido as “afinações” impostas pelaComissão Europeia, em representação detodos os credores. Aqueles que nos em-prestaram 78 mil milhões de euros que-rem a garantia de mais receitas no orça-mento de 2016. Não acreditaram que ocrescimento económico fosse suficiente

para promover um aumento na colectafiscal. Foi por isso que alguns impostos fo-ram agravados. Não por vontade de An-tónio Costa.A direita diz ainda que o orçamento

não é credível. Talvez não seja, mas a crí-tica parece estranha, vinda de dois parti-dos que, em quatro anos de governo,apresentaram sete orçamentos rectifica-tivos.Com esta pressão orçamental, a Euro-

pa demonstrou, mais uma vez, que querseguir o caminho oposto ao escolhido porBarack Obama. O presidente dos EstadosUnidos apostou numa política de estí-mulos, para sair da crise económica e

afastar o perigo deuma recessão. E, pe-los vistos, com su-cesso.A Europa esco-

lheu o caminho con-trário e, como se temvisto desde 2008, semqualquer sucesso.Como se viu com ocaso português, aComissão Europeiaaposta na austerida-de, apesar de enti-dades como o FundoMonetário Interna-cional (FMI(, pormais de uma vez, játerem dito que a do-se foi excessiva.Jean-Claude

Juncker tem consci-ência de tudo isto,masestá muito só naluta contra outras fi-guras mais compro-metidas com o neo-liberalismo. É o caso,entre outros, do pre-sidente do Eurogru-po, Jeroen Dijssel-bloen, apesar de serum trabalhista. Umhomem de vergo-nhas escassas que atéjá injuriou Jean-Claude Juncker.António Costa tem

agora o cutelo sobreo pescoço. Se esteorçamento tiver su-cesso, é quase certoque o orçamento de2017 estará mais de

acordo com o programa político dos so-cialistas e, então, Costa pode pensar emcumprir toda a legislatura. Mas se falhar,tudo pode ser diferente. Resta saber co-mo estará a direita nessa altura. O CDS pa-rece enfraquecido por uma futura lide-rança que se tem mostrado frouxa. E, poresta altura, ainda não é líquido que Pas-sos Coelho não seja desafiado por outracandidatura forte à liderança do PSD.

As crónicas da rubrica Praça Pública podemser lidas no site do CONTACTO na internet,em www.contacto.lu

AVENIDA DA LIBERDADE

SÉRGIO FERREIRABORGES

“ Os orçamentos

raramente são

aquilo que se

pretende. Quase

sempre são aquilo

que podem ser.

São o possível.

E, neste caso, assim

foi, depois de o esboço

ter sofrido as

’afinações’ impostas

pela Comissão

Europeia, em

representação de

todos os credores.

TAA – Transportesaéreos alfacinhas

Mesmo não sentindoqualquer tipo de en-tusiasmo por um go-verno liderado porAntónio Costa, reco-nheço algumas me-lhorias (no relaciona-mento com os parcei-ros europeus, porexemplo). Sobretudo,estava convencidíssi-mo que a queda do go-verno tão economica-

mente incompetente liderado por PassosCoelho, Portas e Maria Luís Albuquerquesó podia mesmo significar algo de bom.Enganei-me. A queda do governo an-

terior também trouxe más notícias. É quelogo no dia seguinte a ter sido demitido,Passos Coelho tinha conseguido resolverum sorvedouro de impostos que se ar-rasta há décadas – os Transportes AéreosPortugueses. Sim, a venda foi feita à pres-sa e de forma quase clandestina, a um con-sórcio estranho de homens de negóciossem liquidez e com li-gações perigosas aospartidos então no go-verno; sim, do valorobtido pela privatiza-ção só 10 milhões deeuros entraram noscofres do Estado – umvalor menor, que nemchegaria para pagar asperdas da transporta-dora sofridas por cadauma das enésimasgreves de pilotos, masjá aceitável por umaempresa em falênciatécnica e cujo passivochega aos 100 eurospor cada português emidade activa. A vendalivraria por fim osportugueses de umluxo incomportável epouco eficiente. Maseis que António Costaacaba de despender mais 31,9 milhões deeuros do Estado para recomprar 50% daTAP. Isso dá-lhe direito a um “controlo es-tratégico” e aos sempre apetecíveis luga-res principescamente remunerados noConselho de Administração. Isso sim, agestão corrente da companhia aérea seráprivada – no que configura uma nova ver-são das desastrosas parcerias público-privadas em que, como sempre, o risco (eos prejuízos) ficam para os contribuintes,mas os salários e os eventuais lucros fi-cam firmemente do lado de um punhadode pessoas.As perguntas cruciais a colocar são sim-

ples: devem, querem e podem os portu-gueses ter uma companhia estatal de avi-ação? A resposta é três vezes não. 1. Nãodevem, porque andar a brincar aos aviõesnão é uma função do Estado; essas estãoreservadas para os bens que pela sua na-tureza o mercado não saiba ou consigaproduzir tão eficientemente, como a edu-cação, a saúde, a defesa… Não é clara-mente o caso do competitivo (e altamente

poluente) sector da aviação aérea, maisbem servido por privados. 2. Não querem,como demonstrado em várias sondagensa apoiar a privatização ou nos próprios re-sultados das eleições portuguesas – e tudoisto antes das recentes revelações deabandono de rotas e de todos os aero-portos portugueses que não se chamemLisboa, factores que obrigam a questionarse uma “transportadora de bandeira” de-ve servir apenas uma pequena fracção dapopulação que, além disso, já é a mais pri-vilegiada do país. 3. Não podem, porquecomo está em voga dizer-se, “não há di-nheiro”; o país tem uma dívida gigantes-ca, os recursos públicos são finitos e émuito mais importante que eles sejam ca-nalizados para manter um nível civiliza-cional decente (o que implica, por exem-plo, voltar a ter médicos em hospitais du-rante a noite) do que para subvencionarcompanhias historicamente deficitárias eque se distinguem pelo sofrível serviçoprestado (a TAP terminou 2015 em 70° lu-gar do ranking Skytrax, os “óscares da avi-

ação”, atrás de colos-sos como a Air Azer-baijão ou a Air Mau-rícias; os seus níveis decortesia, pontualidadeou número de malasperdidas são ainda pi-ores).A solução encon-

trada é, para quase to-dos os portugueses, opior de dois mundos:continuam a garantircom os seus impostosà empresa, mas estapassa a estar liberta doaborrecimento de fin-gir que presta algumtipo de “serviço pú-blico”. Daí a inacre-ditável decisão de fe-char rotas que liguemo Porto à Europa e cu-jas taxas de ocupação– a preços exorbitan-

tes, convém não esquecer – estão entre asmais altas do mercado. Daí as quotas demercado vergonhosas detidas pela TAP noaeroporto de Faro (uns míseros 4%), doPorto (19%, menos de metade da Rya-nair), de Ponta Delgada (um ano depoisda liberalização, passou de líder incon-testada para 7% dos passageiros) e mes-mo do Funchal, onde a Easyjet a ultra-passará em pouco anos. Tudo isto parajustificar que tudo passe e fique em Lis-boa, para onde a TAP já leva por ano 3 mi-lhões de passageiros “contrariados”, ouseja, que não querem ir ali mas não têm al-ternativa, números que vão aumentar coma supressão de rotas no Porto, fortementeutilizadas pela diáspora portuguesa. As-sim se manipula a justificação de maisaviões e de até um novo aeroporto em Lis-boa, este último desde sempre um fortedesejo do PS… Mas se os lisboetas que-rem muito ter uma transportadora localque os leve a passear pelo mundo, ondeestá escrito que os restantes portuguesestêm de lhes pagar o capricho?

NA RUA DA GRANDE CIDADE

HUGO GUEDES

“ As perguntascruciais a

colocar são simples:devem, querem epodem os portuguesester uma companhiaestatal de aviação? Aresposta é três vezesnão.

Assine o Contacto ereceba-o em sua [email protected] / Tel. (+352) 299596-202

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Page 10: Contacto 10 de Fevereiro de 2016

10 praça pública 10 DE FEVEREIRO DE 2016 \\ Contacto

Portugueses de segunda,luxemburgueses e jihadista de primeira

O Luxemburgotornou-se umponto impres-cindível para oexecutivo deLisboa. Desde avisita de Cava-co Silva, os mi-nistros portu-gueses, sempreque vêm aoLuxemburgopara uma reu-

nião de trabalho, encontram-se comnotáveis da comunidade portugue-sa. Faz bem mostrar-se com jovensexecutivos de segunda geração, cu-jas reivindicações são poucas. Coma vida cá, muitos deles nem fazemuso do seu direito de voto.

A ’sucess story’ da comunidade,que produziu um ministro luxem-burguês, advogados, médicos, jor-nalistas, artistas e intelectuais,permite-lhes esquecer por algunsmomentos a cena política de Lis-boa, a alcateia da comunicação so-cial e da oposição. As questões doinsucesso escolar e dos problemassociais da comunidade lembram-lhes, certo, que o mundo já nasceutorto. Escutam com cortesia, asse-guram que farão seguir o recado,sabendo bem que estes problemasnão são os deles, mas sim os do Go-verno luxemburguês.

No entanto, este sucesso acabade ser perturbado pelo nome deSteve Duarte. Para além das cate-

gorias profissionais mencionadas,temos agora de juntar a de carras-co. Como é possível que um jovemluso-luxemburguês tenha escolhidoesta via? Antes de julgar, tentemoscompreender o que pode levar umjovem a tais actos.

Para quem nasceu em Lisboa depais portugueses, estudou emCoimbra e vive em Faro, a questãoda identidade não se põe; é-se por-tuguês, tal como uma uma pessoanascida em Mersch de pais luxem-burgueses, estudando no Luxem-burgo e trabalhando em Wiltz sesentirá luxemburguesa.

A identidade é construída desdea infância de modo “natural”, poisnão se levantam questões que le-vem a duvidar dessa identidade,porque ela se identifica com a damaioria.

Para os filhos de emigrantes, quetrazem uma língua e cultura dife-rentes, a identidade terá de serconstruída pelo indivíduo, o que re-quer reflexão, orientação, dedica-ção e ajuda que um jovem nemsempre encontra. Sem identidadeauto-definida, um indivíduo estaráà mercê de quem lhe ofereça umsentimento de inclusão. A exclusãoressentida, que é sempre um sen-timento doloroso, pode levar a di-ferentes reacções emocionais, dadepressão ao sentido de humor edo humor à agressividade. O lequede respostas emocionais é tão va-riado como a sensibilidade dos di-

ferentes indivíduos. Não é portantoprevisível.

Uma vez a que a identidade é lá-bil, a exclusão será ressentida co-mo uma ferida e todos os desairesem projectos, tanto profissionaiscomo privados, serão vividos atra-vés desta falta.

O modo de radicalização que sesegue é conhecido; Olivier Roydescreve-o muito bem na sua obra“La sainte ignorance”. O jovem pro-cura a radicalização onde a possaencontrar. Não havendo terrorismode esquerda, não se podendo in-serir em terrorismo da direita, ficaum radicalismo que se apreende aomesmo tempo que as orações emárabe. Para além do mais, a histó-ria portuguesa tem um elo de liga-ção com a Síria, através do Califa-do Omíada, podendo ser exploradopelos islamistas que operam a ra-dicalização. Uma aprendizagemcom mais-valias, portanto.

Contudo, estamos aqui peranteuma responsabilidade individual, àqual a comunidade dificilmentepoderá corresponder. A decisãocoube a Steve Duarte, e seria umacto de infantilizaçãodesresponsabilizá-lo apontandodificuldades sociais, escolares,amorosas ou outras.

Contudo, estou convicto que acomunidade portuguesa tem detentar dar resposta a este caso e evi-tar que a história se repita. A co-munidade arriscaria ver-se estig-

matizada, tal como acomunidade magre-bina em França ac-tualmente. Mas co-mo?

Existem bas-tantes grupos fol-clóricos, cafés eclubes de fute-bol no Luxem-burgo, cujafunção socialnão questio-namos. Há, ameu ver, porém, falta deapoio a crianças e sobretudo a jo-vens. A inclusão começa já a nívelescolar. Porque não pedir aos ac-tores políticos um apoio escolarcontinuado, que os pais muitas dasvezes não podem dar por não co-nhecerem as línguas e/ou por ra-zões sociais? Porque não fazer co-nhecer aos jovens outras vertentesdo nosso país, que vão para alémdos quatro clubes de futebol naci-onais, de Fátima e da música po-pular? O que sabem eles da culturado país e da língua que falam? Qua-se nada, não porque não o quei-ram, mas porque não sabem ondeencontrar as informações. Os gran-des nomes da cultura são embuti-dos no ensino do Português, masnunca mais aparecem no percursoescolar. No liceu podem aprenderfrancês, inglês, italiano, espanhol,japonês até, mas não português.

Esta falta cultural traz necessa-

riamente um vazio emo- cional,que tem de ser combatido com co-nhecimento, de modo lúdico e pe-dagógico, obviamente.

Quais as estruturas do OLAI (Ga-binete Luxemburguês de Acolhi-mento e Integração) e da ’Maisonde l’Orientation’ para impedir a ra-dicalização? Há aqui pano paramangas para reivindicações políti-cas, grupos de trabalho no OLAI ena Maison de l’Orientation e as di-ferentes associações e confedera-ção de associações portuguesas,para grupos, institutos e associa-ções culturais. E embora saibamosque estes actores não poderão mui-to, seria irresponsável não tenta-rem o pouco que podem.

*o autor é professor de Filosofia

CRISTÓVÃO S.MARINHEIRO*

Viva a

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Contacto \\ 10 DE FEVEREIRO DE 2016 vida associativa & sociedade 11

Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo vai desenvolver programa “Escolhas” para combater o abandono escolar

CCPL e Governo português assinamprograma pioneiro para apoiar jovens

O programa “Escolhas”, que pro-move a inclusão social de jovens ecrianças, através da igualdade deoportunidades, vai ser assinado es-te mês entre o Governo e a Confe-deração da Comunidade Portugue-sa no Luxemburgo (CCPL), em Lis-boa, segundo responsáveis da as-sociação.

Ainda no mês de Fevereiro seráassinado um protocolo para im-plementar o programa “Escolhas”no Luxemburgo.

O projecto visa combater o aban-dono escolar: orienta jovens, fa-zendo aconselhamento sobre for-mações e planos escolares apro-priados a cada caso, e promove o

emprego e o empreendorismo.Além disso, combate o desinteressee o abandono escolar precoce, queagravam o desemprego nestas fai-xas etárias, sobretudo na comuni-dade lusófona do Luxemburgo.

Promovido pela Presidência doConselho de Ministros (PCM) e in-tegrado no Alto Comissariado paraas Migrações (ACM), o programaEscolhas “é um projecto piloto forade Portugal que vai servir de refe-rência às outras comunidades por-tuguesas”, avançou José Coimbra deMatos, porta-voz da CCPL.

De acordo com o Ministério daEducação luxemburguês, a taxa deabandono escolar entre alunos por-

tugueses situa-se nos 21,1%, en-quanto somente 13% dos alunos lu-sófonos frequenta o ensino clássi-co, segundo o Statec. Valores alar-mantes, que a Confederação querajudar a combater, trabalhandocom “jovens dos 12 aos 25 anos, pa-ra orientar, acompanhar nas esco-lhas, ajudar na procura de empre-go e incentivar ao empreendoris-mo”, disse a presidente da CCPL,Paula Martins. A dirigente associa-tiva adiantou que “o plano seráaplicado em Esch-sur Alzette, ondeas taxas de insucesso são bastanteelevadas”.

O incentivo aos estudos, atravésde acompanhamento profissional e

realização de actividades extracur-riculares, são algumas das estraté-gias que vão ser discutidas e deci-didas na assinatura do acordo, queterá lugar em Lisboa.

Apesar de terem inaugurado no-vas instalações no final de Outu-bro, os responsáveis da CCPL di-zem que já atingiram a lotação má-xima de formações e formandos. “Járeabrimos as antigas instalações, em

Gasperich, e estamos a negociar ar-rendar mais dois espaços, no mes-mo edifício de Strassen”, disse Pau-la Martins.

A par da formação em línguas,informática e em várias compe-tências profissionais, a organizaçãoaposta também na vertente social eleva à cena uma peça de teatro queaborda a violência doméstica, emMarço. n Vanessa Castanheira

O programa “Escolhas”, que vai ser desenvolvido no Luxemburgo de forma pi-oneira, visa combater o abandono escolar entre os alunos lusófonos Foto: Guy Jallay

Associação vai fazer estudo sobre idososportugueses em Wormeldange

A Confederação da ComunidadePortuguesa no Luxemburgo (CCPL)continua a desenvolver actividadescom os idosos portugueses. Depoisde projectos em Esch-sur-Alzette eSteinfort, a associação vai iniciar jáeste mês um novo estudo em Wor-meldange, uma localidade comumapopulação idosa representativa.

Segundo a gerontóloga RuteMonteiro, o objectivo é “fazer o re-conhecimento das necessidades dapopulação, conhecer os seus gostose interesses e saber o que esperamde um projecto como este”, que temcomo objectivo “desenvolver acti-

vidades com esta população”.“Só depois é que vamos elaborar

actividades concretas, para irmos deencontro às necessidades das pes-soas”, explicou a gerontóloga, au-tora de um estudo sobre os refor-mados lusófonos em Esch-sur-Alzette.

O objectivo da intervenção é“minimizar as diferenças, criarpontes entre portugueses e os ser-viços luxemburgueses e oferecer umnovo projecto de vida depois dos60 anos”. Para isso, Rute Monteiroapela à participação dos seniores erespectivas famílias. “Entrem em

contacto connosco, deixem-se co-nhecer, revelem as vossas dificul-dades”.

A gerontóloga defende que asactividades levam os participantesa “tornarem-se mais independen-tes e dinâmicos”. “Tem de se olharpara a terceira idade como maisuma etapa da vida. A esperançamédia de vida aumentou substan-cialmente nos últimos anos, e te-mos de ajudar a criar estilos de vi-da adequados e de qualidade”, dis-se.

Informações pelo telefone 29 0075 ou 661 27 99 30.

Conferência internacional de 19 a 20 de Fevereiro

Investigadores de todo o mundo discutemimigração portuguesa no Luxemburgo

Mais de uma dezena de investiga-dores vão estar reunidos no Grão-Ducado para discutir a imigraçãoportuguesa no país, numa confe-rência internacional organizadapela Universidade do Luxemburgoe pelo Centro de Documentaçãosobre as Migrações Humanas(CDMH).

Durante dois dias, de 19 a 20 deFevereiro, historiadores, sociólo-gos, geógrafos e investigadores naárea das migrações vão participarna conferência “Luso-Luxemburguês?”, a fim de trocarinformação e experiências.

Para o coordenador da confe-rência, o historiador luxemburguêsThierry Hinger – a preparar actu-almente um doutoramento sobre apolítica de imigração portuguesaapós o 25 de Abril –, a iniciativaconfirma o interesse crescente deacadémicos e investigadores pelaimigração portuguesa no Luxem-burgo.

“Há muitos investigadores a tra-balhar nesta área na Universidadedo Luxemburgo, mas também nou-tros países”, disse o historiador aoCONTACTO.

O objectivo “é pôr em contactoos investigadores que trabalhamnesta área e iniciar uma discussãosobre a imigração portuguesa”.

Esta é a primeira conferência in-ternacional sobre imigração por-tuguesa realizada no Luxemburgo,

sublinha o coordenador, que es-pera também conseguir “mostrar aopúblico aquilo que se faz sobre a

imigração portuguesa no país, a ní-vel académico”.

Do painel faz parte José Carlos

Marques, investigador do Centro deEstudos Sociais e do Núcleo de Es-tudos das Migrações, em Coimbra,considerado um dos maiores es-pecialistas internacionais em imi-gração.

“Temos a sorte de contar com Jo-sé Carlos Marques para moderar osdebates e apresentar as conclu-sões”, disse ao CONTACTO o his-toriador luxemburguês.

As relações entre gerações deimigrantes, a nova vaga de imigra-ção portuguesa no Luxemburgo, aterceira idade, um estudo compa-rativo entre a imigração portuguesae italiana, o impacto da livre cir-culação nos trabalhadores portu-gueses no Grão-Ducado, são al-guns dos temas que vão ser discu-tidos na conferência internacional.

Além de especialistas da Uni-versidade do Luxemburgo, como asinvestigadoras portuguesasStéphanie Barros Coimbra, HeidiMartins e Anne Carolina Ramos oua brasileira Anita Lucchesi, a con-ferência vai contar ainda com es-pecialistas vindos da Universidadeda Califórnia, da Universidade deLisboa e da Universidade de Tren-to, em Itália.

A geógrafa luxemburguesa AlineSchiltz, a viver há vários anos entreo Luxemburgo e Lisboa, também vaiapresentar as primeiras conclusõesdo estudo Remigr, um inquéritoglobal da Universidade de Lisboa

sobre a emigração portuguesa re-cente, que analisa a nova vaga deemigração a partir de 2000.

O coordenador sublinha que aconferência “não se destina exclu-sivamente aos especialistas” e fazum apelo à participação dos por-tugueses. A fechar os dois dias dediscussões, os imigrantes portu-gueses vão ter a oportunidade decontar as suas experiências, numainiciativa baptizada “Conte a suahistória”, aberta a todos os inte-ressados.

“É um projecto em que as pes-soas são convidadas a contar a suahistória da emigração, na expecta-tiva de recolher testemunhos oraisque podem vir a ser integrados maistarde no trabalho da Anita Luc-chesi, que está a fazer uma recolhasobre a imigração portuguesa e ita-liana”, adiantou o coordenador daconferência ao CONTACTO.

A iniciativa “Conte a sua histó-ria” vai ter lugar no dia 20 de Fe-vereiro (um sábado), das 16h30 às18h, no Centro de Documentaçãosobre as Migrações Humanas, emDudelange (junto à Gare-Usines).

O programa da conferência, quearranca no dia 19 na Universidadedo Luxemburgo, em Belval, e pros-segue a 20 no Centro de Docu-mentação sobre as Migrações Hu-manas, pode ser descarregado nosite www.cdmh.lu.

n P.T.A.O historiador Thierry Hinger é o coordenador da primeira conferência interna-cional sobre a imigração portuguesa organizada no Luxemburgo Foto: Gerry Huberty

Page 12: Contacto 10 de Fevereiro de 2016

12 vida associativa & sociedade 10 DE FEVEREIRO DE 2016 \\ Contacto

FOTOGALERIA

A entrega dos prémios sorteados pelo stand português do Bazar Internacional teve lugar dia 2 deFevereiro na residência da Embaixada. O embaixador Carlos Pereira Marques e a mulher (na foto,à direita) receberam o comité de Portugal, bem como os 37 vencedores da tômbola organizadadurante o 55° Bazar Internacional do Luxemburgo, que decorreu em Novembro Foto: Manuel Dias

Mais fotos em

n A associação AmizadePortugal-Luxemburgo (APL) e oRancho Folclórico JuventudePortuguesa de Dudelange or-ganizam um baile de Carnavalno sábado, dia 13 de Fevereiro,na sala Hild, em Dudelange, apartir das 20h30. Animação ebaile com o grupo Nova Era. Háprémios para os três melhoresmascarados. Não faltarão os tra-dicionais petiscos à portuguesa.

Para publicar eventos, bailes efestas nesta agenda, contacte-nos: [email protected] /[email protected] pelo tel. 299596-202.

Agenda completa em:www.contacto.lu

Agenda deEventos

Consulado de Portugal

Novas permanênciasconsulares

O Consulado de Portugal no Lu-xemburgo organiza três novas per-manências consulares em Laro-chette, Diekirch e Ettelbruck.

Os funcionários consulares vãoestar no Centro Cultural de Laro-chette, situado na rue de Meder-nach, n° 19, a 24 de Fevereiro.

A 7 de Março é a vez de Diekirchreceber o serviço consular na sededa associação de Pais dos Alunosde Português, na avenue de la Ga-re, n° 7, 4° andar.

A permanência consular em Et-telbruck tem lugar a 14 de Marçona associação de Pais de Ettelbruck(rue Michel Weber, n° 1).

Os cidadãos portugueses resi-dentes nestas localidades vão po-der requerer o cartão de cidadão, opassaporte electrónico, certidões denascimento e reconhecimento deassinaturas, podendo ainda efec-tuar a inscrição consular, registos denascimento e proceder ao respec-tivo recenseamento eleitoral.

O atendimento é feito apenas sobmarcação prévia, pelo tel. 45 33 4753 ou pelo email [email protected].

Os custos da emissão dos docu-mentos sofrem um agravamento de15%.

Nesta sexta-feira

Onze humoristas portugueses em EttelbruckOnze humoristas portugueses vaõestar no Luxemburgo para partici-par no primeiro festival de comé-dia europeu. O espectáculo tem lu-gar na sala Daïchhal, em Ettel-bruck, nesta sexta-feira, dia 12 deFevereiro.

Vão subir ao palco os humoris-tas João Seabra, Pedro Neves, Fer-nando Rocha, Marco Horácio, Ga-briel Mendes, António Raminhos,Hugo Sousa, Roscas & Estacionân-cio, Óscar Branco e Rui Xará.

O espectáculo tem início às21h30, mas as portas abrem duashoras antes. Os bilhetes custam 30euros (sentado) e 25 euros (de pé).Reservas e mais informações pelotel. 691 100 720 ou 691 101 009.

No âmbito do 50° aniversário da Missão Católica Portuguesa do Luxemburgo

Bispo do Porto é o convidado daperegrinação ao santuário de Fátima em WiltzO bispo do Porto, Dom AntónioFrancisco dos Santos, é o convida-do da edição deste ano da peregri-nação ao santuário de Nossa Se-nhora de Fátima em Wiltz.

O evento popular e religioso, quea comunidade portuguesa organizadesde 1968, tradicionalmente noferiado de Quinta-feira da Ascen-são, está marcado este ano para 5de Maio.

No dia seguinte, 6 de Maio, o bis-po do Porto participa numa Jorna-da de Solidariedade e celebra umamissa com os reclusos, no CentroPenitenciário de Schrassig.

A vinda do bispo do Porto aoGrão-Ducado acontece no âmbitodo 50° aniversário da Missão Cató-lica Portuguesa no Luxemburgo,que se assinalou em Junho de 2015,e que vai continuar a ser celebradoeste ano através de vários eventos,entre Março e Julho.

No dia 6 de Março, está agen-dada uma Jornada da Gratidão àDiocese na igreja Sacré-Coeur deEsch-sur-Alzette. O dia começa comuma missa celebrada às 9h. Segue-se uma conferência no Centro Aris-ton, às 10h15, na presença deMathias Schiltz, vigário-geral emé-rito.

A 18 de Junho há uma Jornadade Convívio entre Comunidades nosalão da Igreja do Sacré-Coeur, nacidade do Luxemburgo, às 20h, ani-

mada pelo grupo de teatro “Giras-sol”, de Esch.

A jornada de encerramento dos50 anos da Missão Católica Portu-guesa do Luxemburgo está marca-

da para 3 de Julho na CatedralNotre-Dame de Luxembourg, nacapital, com uma missa, às 15h30h,celebrada pelo arcebispo Jean-Claude Hollerich. A missa contará

igualmente com membros da equi-pa pastoral portuguesa, missioná-rios lusófonos e representantes dasautoridades portuguesas e luxem-burguesas.

A cultura de Cabo Verde foi tema de um serão muito animado na quarta-feira, nas Rotondes, em Bon-nevoie. A iniciativa foi organizada pelo projecto Rocking Integration on Futuristic Festival (RIFF),que promove intercâmbios culturais. As batucadeiras Terra-Terra (na foto) foram um dos destaquesdo evento Foto: Manuel Dias

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14 artes & espectáculos 10 DE FEVEREIRO DE 2016 \\ Contacto

Concerto na Rockhal

Tony Carreira quer esquecer polémica emtorno da entrega de condecoração francesa

Com mais de 25 anos decarreira, o popular cantorsubiu ao palco da Rockhalpela segunda vez no sába-do. Ao CONTACTO, TonyCarreira disse que quer pôrum ponto final na polémi-ca em torno da entrega dacondecoração do Governofrancês, depois de a Em-baixada de Portugal emFrança ter recusado que acerimónia se realizasse nassuas instalações.

T ony Carreira regressou no sá-bado ao Luxemburgo, paramais um concerto na Rockhal,

em Belval, e o acolhimento dos fãsconfirma a enorme popularidade docantor romântico.

A fila começou muitas horas antesdo concerto. Desde as duas da tarde,uma dezena de pessoas, a maioriamulheres, já marcavam presença àporta da Rockhal. Eram cinco da tar-de quando o CONTACTO falou como grupo de fãs. Um vento forte so-prava pelas ruas de Belval, e as por-tas da sala de espectáculos só abriri-am duas horas mais tarde, mas semtemerem o frio, as fãs aguardavam jáa chegada do cantor.

“Somos três amigas. Eu vivo no Lu-xemburgo, mas elas vêm de Portugal,de Famalicão e de Guimarães. Somosfãs incondicionais de Tony Carreira evamos regularmente aos seus con-certos”, explicaram ao CONTACTO.

Quando, por volta das nove da noi-te, o concerto começa, as três mu-lheres deliram no meio de centenas

de pessoas, batendo palmas ou can-tando o refrão das populares can-ções. Têm na maioria entre vinte e 50anos, vêm com amigas ou com os ma-ridos e algumas trazem mesmo os fi-lhos.

Ao CONTACTO, Tony Carreira dis-se que tem um carinho especial peloLuxemburgo. “Há dois sítios onde eucantei antes de ser ’Tony’. Por isso po-de dizer-se que já canto no Luxem-burgo desde sempre. Fui sempre bemrecebido, muito acarinhado, e é umgrande prazer voltar a ver todas estaspessoas que me acompanham desdeesse tempo”, disse o cantor a este jor-nal, em declarações antes de subir aopalco.

Durante todo o concerto, as can-ções fazem vibrar o público. Na pla-teia, os portugueses conhecem as le-

tras tão bem como o cantor. Mas à saí-da, há muitos fãs desiludidos com oalinhamento: anunciado como umconcerto para apresentar o novo ál-bum, “Mon Fado”, o espectáculo ter-mina sem uma única música do dis-co lançado em Novembro, com ex-cepção de uma canção a fechar o con-certo. Monique Marques, uma fã quenão falha um concerto e conhece bemo reportório do cantor, ficou desilu-dida. “Fiquei muito desiludida, atéporque ele tinha dito na entrevista àRádio Latina que ia apresentar temasdo novo álbum, e não percebo comoé que no primeiro concerto da ’tour-née’ para apresentar o ’Mon Fado’,não canta nenhuma”.

POLÉMICA EM FRANÇA

Em declarações ao CONTACTO an-

tes do concerto, Tony Carreira falousobre o álbumque afinal acabaria pornão apresentar no Luxemburgo. Em“Meu Fado”, o cantor diz que quis le-var ao público francês a música doseu país. ”Se vier a ter sucesso nomercado francês, quero ser reco-nhecido como artista português”, ex-plica o cantor, que foi distinguido emFevereiro com o título de Cavaleiroda Ordem das Artes e Letras do go-verno francês.

Um caso que levantou polémicanas redes sociais. Nessa altura, na suaconta no Facebook, Tony Carreiraqueixou-se da recusa da Embaixadade Portugal em Paris em acolher acerimónia de entrega da condeco-ração atribuída pelo Estado francês,o que gerou muitas reacções em Por-tugal e em França.

O conselheiro das comunidadesportuguesas em França lançou mes-mo uma petição ’online’ a pedir asubstituição do embaixador de Por-tugal e a “exigir uma representação

mais activa, menos desigual e maispróxima para com e de todos os por-tugueses, em solo francês”. O em-baixador viria a justificar a recusa,explicando não ser habitual entregarcondecorações de um Estado no ter-ritório de outro país.

No sábado, o cantor disse aoCONTACTO que quer pôr um pontofinal no assunto.

“Não vou mais alimentar a polé-mica. Basicamente, o que eu dissediz o que diz, e não me arrependode o ter dito, mas logo no dia se-guinte já só queria trabalhar e can-tar, nada mais”.

Uma coisa é certa: quer seja ounão reconhecido pelas elites, o pú-blico português adora o cantor ro-mântico, como o demonstram os nu-merosos discos de platina e os con-certos sempre cheios.

Tony Carreira deixa ainda umanotícia para os fãs: se tudo correrbem, até final do ano vai haver novodisco. n CJTony Carreira actuou pela segunda vez na Rockhal Fotos: Carlos de Jesus

Sonoridades jamaicanas na Rockhal

Reggae português de Richie Campbellconquistou Luxemburgo

lRichie Campbell, o menino-prodígio do reggae português, in-cendiou a Rockhal no domingo.

Richie Campbell e a sua banda911 não defraudaram expectativas,num concerto electrizante, commuita alegria. A abertura com a 911Band mostrou porque são consi-derados a melhor ’backing band’portuguesa.

Logo a seguir entrou RichieCampbell, eufórico e aos saltos, pa-ra hora e meia de alegria. O cantorportuguês abriu com “Feels like”,cujo refrão diz “reggae a tocar todaa noite”. Estava lançado o repto pa-ra uma sessão de pura música ja-maicana.

O músico ficou surpreendidocom os muitos portugueses na pla-teia, e em jeito de brincadeira, pe-diu ajuda para falar francês.

Seguiu-se “Man don’t cry”e “Re-volution”, numa noite sempre aabrir. Com um solo fantástico deuma das cantoras, “Love is an ad-diction” foi dos momentos altos danoite, dando direito a uma chuvade assobios, com o público rendidoà performance dos novemúsicos empalco. Em “Inna Jamaica”, Richiepede para acenderem isqueiros e

telemóveis e afirma: “Presto ho-menagem ao país que me fez estaraqui hoje”. Entre saltos e danças quemais pareciam folclore de leste,muitas gargalhadas e um “francêsarcaico” que pôs todos a rir, o con-

certo continuou sempre com boasvibrações.

O colectivo não deixou os crédi-tos por mãos alheias na interpre-tação de “Ain´t no sunshine”, oclássico composto por Bill Withers

que se converteu num ’standard’ doreggae.

No final, os fãs queriammais umamúsica e Richie Campbell cantou“How amazing”, depois da apo-teótica “Feel amazing”.

E foi mesmo a falar deste temaque o CONTACTO iniciou a con-versa com o cantor. No vídeo-clipe,Richie passeia livremente por umadas ruas mais perigosas de Kings-ton, a capital jamaicana, e o cantorassume que “é uma experiência quehoje não repetiria”. “Foi uma im-prudência, mas passei a mensagemde que, independentemente das si-tuações económicas em que se in-serem, as pessoas são pessoas”.

Richie Campbell continua aliás air à Jamaica para gravar e para“aperfeiçoar o crioulo jamaicano,porque faz sentido cantar reggaenessa língua”, disse.

O cantor admitiu que ficou sur-preendido “com a quantidade deportugueses” que estiveram noconcerto no Luxemburgo. “Foi o es-pectáculo onde tivemos a maior co-munidade portuguesa“, disse. “Opúblico gostou, saiu satisfeito,divertiu-se e recebeu-nos bem”.

Com uma carreira fulgurante, o

músico lamentou que “a cena reg-gae não esteja muito vibrante emnenhuma parte do mundo”, de-fendendo que é preciso moderni-zar este estilo. “Por exemplo, eu fa-lo do que vejo na minha vida pes-soal, falo de amor no sentido lato,abordo temas polémicos e sociais,assim como há mais artistas a fa-zerem o mesmo, e espero que es-teja para ficar”.

Satisfeito com a grande adesão aoconcerto, Richie Campbell disse aoCONTACTO que quer voltar aoLuxemburgo.

“Eu vou voltar para actuar na sa-la do Tony [Carreira]”, brincou omúsico, referindo-se ao cantor ro-mântico que um dia antes de Ri-chie encheu a sala da Rockhal.

Nascido em Mortágua, RichieCampbell é o alter-ego de RicardoVentura da Costa. Em 2015 lançouo álbum “In the 876” (indicativo daJamaica), que em poucas horas seconverteu no número 1 do iTunes.Já abriu concertos para Nas e Da-mien Marley, tocou em quase to-dos os países europeus e actuoucom Kymani Marley e vai ter estasemana seis concertos na Alema-nha. n Vanessa CastanheiraRichie Campbell actuou com a sua banda 911 Foto: Vasco Santos

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Contacto \\ 10 DE FEVEREIRO DE 2016 artes & espectáculos 15

Filme foi seleccionado para a competição do Lux Film Festival

Documentário retrata imigrantesportugueses em busca do “Eldorado”

Quase sete anos depoisdo lançamento das pri-meiras sementes, o do-cumentário “Eldorado”,sobre a imigração portu-guesa no Luxemburgo, vaifinalmente chegar aos ci-nemas luxemburgueses.Durante três anos, os re-alizadores acompanha-ram a história de quatroimigrantes lusófonos àprocura do “Eldorado”luxemburguês. O resulta-do é um filme a meio ca-minho entre o documen-tário e a ficção que quermostrar as “alegrias etristezas” dos imigrantesportugueses.

S ão três realizadores, mas àconversa com o CONTACTOestão apenas dois, o portu-

guês Rui Abreu e o luxemburguêsThierry Besseling (Loïc Tanson, oterceiro, não pôde estar presente).

“Eldorado”, o documentário as-sinado pelos três, é o primeiro fil-me sobre a emigração portuguesano Luxemburgo e é esperado há vá-rios anos. O projecto foi mesmoanunciado nos cinemas luxembur-gueses em Julho de 2009, com um“spot” provocatório que questio-nava os estereótipos em relação aosportugueses. “Não estão fartos declichés?”, perguntava-se no anún-cio. Depois, silêncio rádio.

Foram precisos sete anos paraconcluir o documentário, agora se-leccionado para a competição noLux Film Festival, que decorre emFevereiro, e a conversa começa lo-go por aí: porquê tanto tempo?

“Foi o tempo necessário”, diz RuiAbreu. “No início era uma ideia va-ga, proposta pela ASTI (Associaçãode Apoio aos Trabalhadores Imi-grantes). Mas a realizadora alemãque foi convidada para fazer o fil-me acabou por não poder conti-nuar, e como eu já estava ligado aoprojecto, a Samsa convidou-me pa-ra continuar”, recorda.

A produtora luxemburguesachegou a pensar fazer três curtas-metragens sobre a imigração por-tuguesa no Luxemburgo, tendoconvidado mais dois realizadorespara o projecto. Mas o documen-tário ganhou vida própria e os trêsacabaram por decidir trabalhar emequipa.

“Fizemos muita pesquisa sobre aemigração, e acabámos por docu-mentar durante três anos a vida dequatro personagens”, conta o jo-vem realizador português.

“Eldorado” conta as histórias detrês imigrantes portugueses e umcabo-verdiano recém-chegados aoLuxemburgo: Fernando, à procurade trabalho, Carlos, a braços com ajustiça, Jonathan, um adolescentecom dificuldades de integração naescola, e Isabel, uma divorciadaatormentada pelo passado. “Há umhomem de 40 anos que vem ao Lu-xemburgo procurar trabalho, eacompanhamo-lo praticamentedesde que sai do avião”, explica RuiAbreu.

A duração das filmagenspermitiu-lhes também “documen-tar as mudanças na vida destas pes-soas, e as mudanças não se vêemno quotidiano, não se vêem no dia-a-dia, produzem-se numa certa du-ração”, acrescenta Thierry Besse-ling.

Os três anos de filmagens per-mitiram também aos realizadorescriar uma relação de confiança comos imigrantes – as “personagens” dofilme, como Rui e Thierry insistemem chamar-lhes, sublinhando a li-

nha fina que separa o documentá-rio da ficção (o filme termina aliáscom “uma parte mais ficcional”,adiantam).

“Não somos mercadores deemoções que chegam e dizem:’dêem-nos os vossos segredos, eagora adeus’”, diz Thierry Besse-ling. “Conseguimos aproximar-nostanto das personagens que conse-guimos mostrá-las para além danacionalidade, de uma forma uni-versal, mostrando as suas alegrias etristezas, as suas forças e fraquezas,as suas emoções, o que ultrapassaos ’clichés’ em que as pessoas es-tão encerradas”, defende o reali-zador luxemburguês.

O resultado “são histórias muitopessoais, histórias íntimas, que per-mitem apreender estas persona-gens, não como a empregada delimpeza ou o trabalhador da cons-trução, mas como pessoas de cor-po inteiro – o Jonathan, a Isabel, oFernando e o Carlos”, defende RuiAbreu. “Foi esta riqueza e belezaque quisemos mostrar a quem sóos vê como empregada de limpezaou trabalhador da construção”,completa Thierry.

Os quatro imigrantes que dãocorpo ao documentário já viram ofilme, e ficaram comovidos com oresultado. Agora, “Eldorado” vaienfrentar o teste do público: pri-meiro na ante-estreia, a 27 de Fe-vereiro, no cinema Utopolis, depoisa partir de 16 de Março, com a es-treia no cinema Utopolis, na capi-tal e em Belval.

É possível que as maiores críti-cas venham do público português,confrontado com um espelho quelhes mostra muitas das dificulda-des que os imigrantes enfrentam defacto no país? Antecipando as crí-ticas, Rui Abreu recusa que o filmeperpetue o estereótipo do portu-guês que trabalha nas obras e daportuguesa que faz limpezas.

“Não aceitamos como crítica queé positivo mostrar um arquitecto eque é negativo mostrar uma em-pregada de limpeza. Há muita gen-

te que tem medo de aceitar esta re-alidade, e são eles que os conde-nam e os querem deixar na som-bra. Nós quisemos dar-lhes voz evisibilidade”.

Rui Abreu nasceu emPortugal em1981, mas vive no Luxemburgodesde os onze anos. Licenciado

em Etnologia pela UniversidadeParis VII, fez uma pós-graduação eum mestrado em cinema docu-mental. Thierry Besseling e LoïcTanson, formados em realização,são autores de várias curtas-metragens.

n Paula Telo Alves

Dois dos realizadores de “Eldorado”, Rui Abreu e Thierry Besseling, com os cartazes de promoção do filme. O documentário foi seleccionado para a competição doLux Film Festival Foto: Pierre Matgé

Os realizadores filmaram a vida de quatro imigrantes lusófonos durante trêsanos Imagens: Samsa

Ana Moura

Envie moura para o 64447seguido do seu nome e apelido

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16 artes & espectáculos 10 DE FEVEREIRO DE 2016 \\ Contacto

“Steve Jobs”

Os génios têm desculpa?Desde que Steve Jobs morreu sur-giram artigos na imprensa, livros efilmes sobre o génio por trás damarca Apple a explicar que o norte-americano não era uma pessoa detrato fácil. E isto é uma forma di-plomática de o dizer, porque o ho-mem já não está entre nós e, sópor isso, merece um certo respei-to.

As histórias sobre as suas crisesde raiva e a forma desagradável co-mo tratava os seus empregados fa-ziam parte do mito Jobs ainda an-tes da sua morte. Assim, fazer umfilme sobre o visionário Steve Jobsnão é possível sem mostrar (tam-bém) o homem irritado, colérico emuitas vezes injusto.

Danny Boyle não teve medo denada disso. Decidiu pegar no as-sunto com frontalidade e fez umamarcação cerrada à personagem deJobs, sem o deixar respirar.

Aliás, é essa a primeira impres-são do filme “Steve Jobs”: estamosfechados com este homem quetranspira stress e o realizador es-colhe colocar-nos ao seu lado, detal forma que o espectador se iden-tifica facilmente com Steve Jobs.

Tudo acontece em três capítu-los. Capítulos que se seguem, con-tíguos, apesar de na realidade es-tarem separados por vários anos.Estas três etapas do percurso deJobs são os momentos que ele vi-veu antes do lançamento de trêsdos seus produtos: o computadorMacintosh em 1984, o NextCubeem 1988 e finalmente o iMac em1998.

Danny Boyle e o argumentistaAaron Sorkin (responsável por “TheSocial Network”) vão contando avida do protagonista através deuma série de curtos flashbacks ecolocam no caminho de Jobs umleque de personagens essenciais nasua vida.

A história principal, e que dámais força dramática à longa me-tragem, é a relação de Steve Jobscom a mãe da sua filha e com aprópria criança. Lisa aparece logono primeiro capítulo, pequenina,indefesa, e é agredida pelo ho-mem que recusa reconhecer a pa-ternidade e que não hesita em dizê-lo duramente diante da criança.

A obra é tecnicamente perfeitae mostra bem que Danny Boyle éum realizador competente, con-seguindo criar um filme sem in-formações desnecessárias e que

mantém o público agarrado a ca-da pormenor até ao fim.

O segredo é a incrível monta-gem, alternando o passado e pre-sente de forma fluida, funcionan-do como a própria memória doprotagonista. E além disso, o es-pectador assiste a uma espécie defogo de artifício de acontecimen-tos relacionados com a vida pro-fissional de Steve Jobs e o seu per-curso com a Apple. Esse regressoao passado torna o filme extre-mamente dinâmico e ajuda a ex-plicar o protagonista, mas tam-bém as personagens com que secruza.

Nós não o conhecemos, masapetece dizer que o retrato de Jobsé pintado com realismo. A prepo-tência, a arrogância e a frieza es-tão lá e Michael Fassbendertransforma-se com perfeição emJobs. De costas, Fassbender é Jobse os seus gestos são os do funda-dor da Apple.

Contudo, no meio de tanta per-feição, fica-se com a impressão queo realizador estava fascinado pelasua personagem e perdoa-lhe tu-do. Da mesma forma que a sua fi-el assistente Joanna (Kate Winslet)tenta acalmar os ânimos e expli-car o porquê de todas as reacçõesde Jobs, o filme acaba por falar pe-la boca desta personagem con-

vincente e que está – provavel-mente – apaixonada por Steve Jobs.

Os grandes feitos de Jobs, o seuespírito visionário, são aquilo queinteressa a Boyle. Assim, todos ospormenores dos computadores sãodiscutidos, mas servem de pano defundo para o verdadeiro tema queo filme tenta discutir: a psicologiapor trás das decisões e dos feitosde Jobs.

O argumento de Sorkin não se-ria tão forte se o elenco não tives-se sido tão bem escolhido. De Mi-chael Fassbender a Kate Winslet,passando por Seth Rogen, MichaelStuhlbarg e Jeff Daniels, ninguémse parece de verdade que cheguecom as personagens reais, mas ca-da actor manifesta toda a perso-nalidade de quem retrata. E cadafrase é definidora de cada pessoa,cada situação transmite uma men-sagem sobre as personagens. A ve-locidade com que as personagenssecundárias entram e saem de ce-na dão um ritmo fabuloso ao fil-me, que no final não parece ter asduas horas que a ficha técnica de-nuncia.

n Raúl Reis

“Steve Jobs”, de Danny Boyle, comMichael Fassbender, Kate Winslet,Seth Rogen, Michael Stuhlbarg e JeffDaniels.

Ouve lá, depois de pormos a funcionar este Mac vamos inventar um iPod,um iPhone e outras coisas começadas por i

UTOPOLISKirchberg

Alvin and the Chipmunks:The Road Chip – quar., sex. e dom. 10h30,14h15, 14h30, 16h45; quin. e sáb. 10h30,14h30, 16h45; seg. 14h15, 14h30; ter. 14h30Creedquar., quin., de sáb. a ter. 21h30; sex. 19hDaddy’s Home – sex., dom. e ter. 22h(NOVO) Deadpoolde quar. a sex., seg. e ter. 12h; quar., sex. edom. 14h, 16h45, 19h, 22h15; quin., sáb., seg.e ter. 14h15, 16h45, 19h, 22h15; sáb. 0h15(NOVO) Die wilden Kerle 6quin., sex., seg.e ter. 14h15, 16h30; sáb. edom. 10h30, 14h15, 16h30(NOVO) Dirty Grandpa – de quar. a sex.,seg. e ter. 12h; de quar. a sex. e ter. 17h,19h30, 22h; sáb. 17h, 19h30, 21h45, 0h15; dom.17h, 19h15, 22h; seg. 14h, 17h, 19h15, 22hGoosebumps – quin. e dom. 10h30Chair de Poul – le filmquar., sex. e sáb. 10h30Joy – quar., quin., de dom. a ter. 19h; sex.19h30Legend – de quar. a sex., seg. e ter. 12h(NOVO) Les tuche 2 – le rêve américainde quar. a sex., seg. e ter. 12h; quar. 14h30,16h45, 19h15, 21h30; quin., dom. e ter.16h45, 19h15; sex. 16h45, 19h15, 21h30; sáb.16h45, 19h15, 21h30, 0h00; seg. 14h30,16h45, 19h15Point Break – (2D) – quar., sex., de dom. ater. 16h30, 22h; quin. 22h; sáb. 22h, 0h00;(3D) – quar., quin., de sáb. a ter. 19h30(NOVO) Ride Along 2de quar. a sex., seg. e ter. 12h; quar., sex. edom. 14h30, 19h15, 22h; quin., sáb. e ter.19h15, 22h; sáb. 0h15, seg. 19h15Spotlightquar., sex., dom. e ter. 19h15; quin.. 16h30,19h15; sáb. e seg. 16h30, 19h15, 22hStar Wars: The Force Awakens(2D) – quar., sex. e seg. 19h15; (3D) – sáb.e ter. 19h15Steve Jobsde quar. a sex. e de dom. a ter. 21h30The Big Short – de quar. a dom. e ter. 18h45The Hateful Eightquar., sex., sáb. e ter. 21h30The Revenant – quar. e sex. 19h, 21h30;quin. 16h30, 19h, 21h30; sáb., seg. e ter.16h30, 19h, 21h30; dom. 16h15, 19h, 21h30(NOVO) Zootropolis(2D) – de quar. a sex. e dom. 10h30, 14h;sáb. 10h30, 14h, 19h; seg. e ter. 14h; (3D) –quar., de sex. a seg. 16h30; quin. 16h30; sáb.19h; ter. 16h30, 16h45

UTOPIALimpertsberg

45 Yearsquar., quin., seg. e ter. 16h15, 18h45; sex. esáb. 16h45, 21h15; dom. 16h45, 21h(NOVO) Anomalisaquar., quin., seg. e ter. 16h30, 21h15; sex. esáb. 17h, 19h30; dom. 16h45, 21hCarol – quar. 21h; quin. 14h, 18h30, 21h;sex. e dom. 14h, 19h; sáb. 14h, 19h, 21h30;seg. 14h, 21h; ter. 14h, 21h15Chocolat – quar., quin. e ter. 16h, 21h; sex.16h30, 18h45, 21h30; sáb. e dom. 16h30,18h45; seg. 16h, 18h45, 21hThe Danish Girlquar., seg. e ter. 16h30, 18h30; quin. 18h30;sex. 16h45, 21h; sáb. 21h; dom. 16h45, 21h15Les délice de Tokyo (AN) – quar. e quin.14h15, 21h15; sex. 19h15; sáb. e dom. 14h15,19h15; seg. 14h, 21h15; ter. 21h15(NOVO) Les innocentesquar. 16h30, 19h, 21h15; quin. 16h30, 21h;sex., dom. e ter. 16h30, 19h; sáb. 16h30, 19h,21h30; seg. 14h, 16h30, 21hLes saisons – de quar. a sex. 14h15; sáb. edom. 14h30; seg. e ter. 14hPréjudicequar. 18h45; sex. 21h30; seg. 19h

UTOPOLIS BELVALEsch/Belval

Alvin and the Chipmunks: The Road Chipde quar. a dom. 10h30, 14h30, 16h45; seg.14h30; ter. 14h30, 16h45Creed – de quar. a dom. 21h30; ter. 20hDaddy’s Home – quar., de sex. a dom. 22h(NOVO) Deadpoolquar., e sex. 14h, 16h30, 19h, 22h15; quin.14h, 16h30, 19h, 22h; sáb. 14h, 17h, 19h,22h15; dom. 17h, 19h, 22h15; seg. 14h, 16h30,17h, 20h30; ter. 14h, 16h30, 20h30

(NOVO) Die wilden Kerle 6de quin. a dom. 10h30, 14h, 16h30; seg. eter. 14h, 16h30(NOVO) Dirty Grandpa – de quar. a sex.17h, 19h30, 22h; sáb. e dom. 14h30, 19h30,22h; seg. 14h30, 17h, 20h30; ter. 17h, 20h30Chair de Poul – le filmquar. 14h; quin. e sáb. 10h30Point Break – (2D) – de quar. a dom. 22h;seg. 17h; ter. 20h30; (3D) – de quar. a dom.19h30; seg. 20h30The Danish Girl – quar., quin. e sáb. 19h15The Hateful Eightde quar. a dom. 21h30; seg. 20hThe Revenant – quar., sex. e sáb. 16h15,19h, 21h30; quin. 18h45, 21h30; dom. 19h,21h30; seg. e ter. 20hLes tuche 2 – le rêve américainquar. 16h30, 19h15; quin. e dom. 17h, 19h15;sex. e sáb. 19h15; seg. 14h30, 17h, 20h30;ter. 17h, 20h30(NOVO) Zootopie(2D) – de quar. a dom. 10h30, 14h; seg. eter. 14h; (3D) – de quar. a ter. 16h30

CINESTARLIGHTDudelange

The Big Short – quar., sex., sáb. e ter. 18h30;dom. 16h; seg. 15hThe Hateful Eightquin. e seg. 21h; dom. 19hMia madre – quar., sex. e ter. 21h(NOVO) Die wilden Kerle 6quin. e dom. 14h; sáb. 16h; ter. 15h

PRABBELIWiltz

The Big Short – quar. 20h30The Hateful Eight – dom. 20h(NOVO) Die wilden Kerle 6 – sáb. 17h

ORIONTroisvierges

The Big Short – quin. 20hThe Hateful Eight – sex. 20h

SURAEchternach

The Big Short – sex. 20h15; dom. 18hSuburra – quin. 20h30(NOVO) Die wilden Kerle 6quin. 15h30; dom. 16h

SCALADiekirch

The Big Short – seg. 20hSuburra – dom. 20h(NOVO) Die wilden Kerle 6 – dom. 17h

CINEMAACHERGrevenamacher

The Big Short – ter. 20hThe Hateful Eight – sáb. 20hStar Wars: The Force Awakens – seg. 19h(NOVO) Die wilden Kerle 6 – sáb. 14h

LE PARISBettembourg

The Big Short – sáb. 20h30The Hateful Eight –quar. 20h30Suburra – sex. 20h30

KURSAALRumelange

(NOVO) Die wilden Kerle 6quin. 16h; sex. 17h; sáb. e dom. 16h30(NOVO) Joséphine s’arrondit – quin. e seg.20h30; sex. 19h; sáb. 20h45; dom. 18h20(NOVO) Zootopiaquar. e sex. 15h; quin. 14h; sáb. e dom. 14h20The Revenant – sex. 20h45Tschiller: Off Dutyquin. e seg. 18h; sáb. 18h20

WAASSERHAUSMondorf-les-Bains

(NOVO) Die wilden Kerle 6de quin. a sáb. 16h20; dom. 16h(NOVO) Joséphine s’arronditquar. 18h; quin., sex. e dom. 20h30; sáb.18h20; seg. 18h10(NOVO) Zootopia – quar. 16h; de quin. asáb. 14h20; dom. e ter. 14hThe Revenant – seg. 20hTschiller: Off Dutyquar. 20h; dom. 18h; ter. 20h30

Sábado em Bruxelas

Luxemburgo recebe dois prémios“Magritte” do cinema belga

Duas co-produções luxemburgue-sas foram distinguidas com um pré-mio “Magritte” do cinema belga,numa cerimónia que decorreu nosábado em Bruxelas. “L’étrangecouleur des larmes de ton corps”,de Hélène Cattet e Bruno Forzani(Red Lion) recebeu o Magritte damelhor imagem. A película“Puppylove” (na foto), da realiza-dora Delphine Lehericey (PaulThiltges Distribution) ganhou oMagritte da melhor música origi-nal. O Magritte do Melhor Filme foiganho pelos irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne, pelo filme“Deux jours, une nuit”.

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18 desporto 10 DE FEVEREIRO DE 2016 \\ Contacto

Torneio WTA de Taiwan

Minella vence japonesa OsakaA tenista luxemburguesaMandy Minella (173a do’ranking’ WTA mundial),de 30 anos, qualificou-separa a segunda volta dotorneio de Kaohsiung, emTaiwan, na terça-feira, aoderrotar a jovem japo-nesa Naomi Osaka (112a

WTA mundial), de 18anos, em dois sets, pelosparciais de 6-2 e 7-6.

Para a jogadora de Es-ch, este é o seu primeirodesempenho de desta-que desde o início daépoca.

Na segunda volta, Mi-nella vai defrontar a cabeça-de-sérien°6, a taiwanesa Su-Wei Hsieh (WTA81), n°1 no seu país.

Na segunda-feira, Minella já se ti-nha apurado para a segunda voltado mesmo torneio em pares.

Minella e a sua parceira russaMarina Melnikova, dominaram fa-cilmente a dupla taiwanesa I-Hsuan

Cho/Hsin-Yuan Shih em dois sets,pelos parciais de 6-2 e 6-1.

Na segunda volta, Minella e Mel-nikova vão jogar contra as cabeças-de-série n°1 do torneio, as taiwa-nesas Hao-Ching Chan e Yung-JanChan, ou então contra a duplachinesa-cazaque Yi-Fan Xu/ZarinaDiyas.

Ténis / Torneio ATP 250

Gilles Muller eliminado nameia-final do torneio de Sofia

O tenista luxemburguês, GillesMüller (40° no ranking ATP, cabeça-de-série n°6) foi eliminado nasmeias-finais do torneio ATP 250 deSofia (Bulgária) pelo espanhol Ro-berto Bautista Agut (cabeça-de-sérien° 1), pelos parciais de 6-7 e 4-6.

Contra o actual número 18 doranking mundial e número um nacabeça-de-série deste torneio, odesportista do ano luxemburguêsdeixou escapar, por pouco, a clas-sificação para a final.

Esta semana, “Mulles” participa

no torneio ATP de Roterdão, quecomeçou na segunda-feira e de-corre até domingo. No encontro daprimeira ronda, o luxemburguêsbateu o italiano Andrea Seppi (36°mundial) em três sets, pelos parci-ais de 4-6, 7-6 e 6-4. Na segundaronda, “Mulles” vai defrontar o cro-ata Marin Cilic (13° mundial ecabeça-de-série n°2 do torneio).

Por seu lado, o português JoãoSousa (33° mundial) defronta emRoterdão o espanhol Roberto Bau-tista Agut. n P.B.

O FC Porto do Luxemburgo celebrou o seu 32° aniversário no sábado, com muitos convidados e ami-gos. A festa teve lugar na sede do clube, na rue Adolphe Fischer, na cidade do Luxemburgo

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Campeonato luxemburgues de futsal

Niederkorn recupera,Bettendorf e Nordstad no top 4

A 12a jornada da série A do campe-onato luxemburguês de futsal foi po-sitiva para equipas como o Clervaux,Bettendorf e Nordstad, que carim-baram a sua passagem para os play-offs. O Wilwerwiltz ainda vai ter queesperar. Na série B, onde o Nieder-korn e o Differdange 03 se impuse-ram, falta apurar os resultados de doisjogos que se disputam amanhã,quinta–feira.

Na série A, o FC Wiltz 71 resistiubem à Amicale Clervaux Futsal equase fez esquecer o jogo da pri-meira volta, que os jogadores de Wiltzperderam por 25-2. No entanto, oClervaux foi mais forte e acabou porvencer por 6-11.

O 58 Boys Garnich continua nummau momento, tendo registado a suaquarta derrota consecutiva, desta fei-ta face ao Wilwerwiltz, por 6-12. Ape-sar do desaire sofrido, a formação deGarnich diz estar determinada a al-cançar a futura primeira divisão.

O FC Bettendorf assegurou umavitória indispensável face aos GoldenCrows Feulen, que estava no seu en-calço na tabela classificativa. No pri-meiro tempo, o Bettendorf fez a di-ferença e chegou ao intervalo a ga-nhar por 5-1. No final, o Feulen

inclinou-se por 7-3. Com seis pontosde avanço, a equipa de Nuno Miguelpode agora almejar pelo top 4.

No duelo entre as duas formaçõesnortistas mais antigas do campeo-nato, o Nordstad arrasou o All Stars

Colmar-Berg por 11-2, num encon-tro jogado num ritmo frenético. Nasérie B. o Samba Seven estava em mápostura antes da pausa de Inverno.Mas ao derrotar o US Esch por 2-1, aequipa de Niederkorn regista duasvitórias consecutivas, o que não só adeixa com novo alento, mas tambémmais próxima do derrotado e até doslugares cimeiros da tabela. Para oSamba Seven tudo é ainda possível.

O “lanterna vermelha” Union Ti-tus Pétange mostrou uma bela re-sistência ao FC Differdange 03, masnão o suficiente, tendo perdido por1-5.

n Guillaume Stéphane

Programa da 13a jornada:

Série A: domingo, 18h, Cler-vaux–Bettendorf; segunda-feira,20h, Wilwerwiltz–Wiltz; 20h,Nordstad–Garnich; quinta-feira,19h30, All Stars–Feulen.

Série B: domingo, 19h, Differ-dange03–Niederkorn; 20h,USEsch–AS Sparta Dudelange;quinta, 20h, ALSS–Pétange; 21h,Bettembourg–RAF Differdange.

A associação FC Amílcar Cabral ou Luso-cabo-verdiana, mais conhecida por FCMicau, festejou no sá-bado o seu 37° aniversário, na sede do clube, em Bonnevoie Fotos: Manuel Dias

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Contacto \\ 10 DE FEVEREIRO DE 2016 desporto 19

Sexta-feira, às 21h30

Clássico Benfica – FC Porto: Rui Vitóriamenos pressionado que Peseiro

O clássico Benfica – Portomarca o arranque da 22ªjornada da I Liga portu-guesa de futebol. O está-dio da Luz vai ser o palcodo jogo agendado para as21h30 desta sexta-feira.

C om o Benfica na liderançado campeonato, com osmesmo 52 pontos do que o

Sporting, e o Porto “cada vez maisterceiro”, os dois treinadores vãoentrar em campo com diferentesníveis de pressão.

O técnico encarnado, Rui Vitó-ria, sabe que se o Benfica ganhar,vai continuar em primeiro lugar.Caso empate ou perca frente aosdragões, Rui Vitória sabe tambémque vai continuar na luta pelo tí-tulo.

Mais: dependendo do desfechodo jogo de sábado (19h30) entre oNacional e o Sporting, o Benfica atépode perder em casa frente ao Por-to e continuar ainda assim em pri-meiro lugar. Neste caso, o Nacionalteria de ganhar ao Sporting na Ma-deira para tudo continuar igual notopo da tabela.

Do lado dos azuis e brancos e de-pois da derrota caseira na últimajornada frente ao Arouca, o treina-dor portista José Peseiro vai entrarem campo sob forte pressão. Com46 pontos, está obrigado a ganharse quiser ainda acalentar o sonhodo título.

Em caso de vitória sobre o Ben-fica, os dragões reduzem para trêsa diferença pontual para a equipaencarnada. Caso o FC Porto em-pate ou perca na Luz, e o Sportingvença na Madeira, Peseiro pratica-mente diz adeus ao campeonato, fi-cando respectivamente a oito ounove pontos do clube de Alvalade.

Quanto aos jogadores, destaque

para os centrais das duas equipas.Com Luisão de fora com o braçopartido, o Benfica tenta recuperarLisandro López para jogar o clás-sico. O central ainda está em tra-tamento após um estiramento na

perna direita e está em dúvida. Senão recuperar a tempo, Lindelöfdeverá ser chamado novamente àtitularidade para jogar ao lado deJardel, depois de o ter feito no úl-timo jogo, frente ao Belenenses.

Do lado do FC Porto, a dupla decentrais deverá recair sobre o es-panhol Marcano e o holandês Mar-tins Indi. O capitão de equipa Mai-con, que saiu lesionado na derrotade domingo frente ao Arouca está

ainda em recuperação.O árbitro nomeado para o en-

contro é Artur Soares Dias, que já ti-nha apitado o jogo entre as duasequipas na primeira volta (com vi-tória dos ”dragões” por 1-0).

Espera-se um grande clássico no estádio da Luz, esta sexta-feira, a partir das 21h30 (hora do Luxemburgo)

Liga dos Campeões

André Villas-Boas quer jogodecisivo na Luz com Benfica

O treinador do Zenit de São Pe-tersburgo, adversário do Benficanos oitavos-de-final da Liga dosCampeões de futebol, diz que querdecidir a eliminatória no segundojogo, na Rússia, beneficiando doapoio do público e do clima.

“A nossa grande aspiração enossa grande vontade é levar o jo-go e a eliminatória para São Pe-tersburgo, decidi-la lá com um am-biente difícil como é o do [estádio]Petrovski, com as condições cli-matéricas que são sempre decisi-vas e incomodam sempre as equi-pas que vão jogar à Rússia”, afir-mou Villas-Boas aos jornalistas,após o Zenit vencer a Atlantic Cup,no Algarve.

O técnico da formação russa, quejoga a primeira mão no Estádio daLuz, em Lisboa, a 16 de Fevereiro,considerou, por isso, que os seusjogadores têm de ser “competitivosneste primeiro jogo, tentar mantera eliminatória viva, levá-la para SãoPetersburgo e fazer tudo lá” parapassar aos quartos-de-final.

Sobre o peso de uma eventualderrota contra o FC Porto, na par-

tida para a I Liga portuguesa, queo Benfica tem antes de medir for-ças com o Zénit, Villas-Boas afir-mou que desconhece qual vai ser oresultado, mas frisou que o “FCPorto tem de se manter o mais per-to possível dos primeiros lugares, oBenfica neste momento está emprimeiro e o FC Porto tem de sercompetitivo até ao fim para ambi-cionar o campeonato”.

“A nós não nos afecta o resulta-do que possa sair daí, já jogámoscom o Benfica confiante, quandojogámos com eles para a Liga doasCampeões, já jogámos num maumomento na altura do segundo jo-go da Liga dos Campeões, os mo-mentos da equipa podem ser de-terminantes, a confiança afectasempre, de uma forma ou de ou-tra, se o Benfica ganhar ao Porto se-guramente será ainda mais confi-ante e motivado”, acrescentou otreinador.

O treinador da equipa russa con-siderou ainda que o Zenit pode tera vantagem de fazer uma prepara-ção para o jogo da primeira mãocom o Benfica durante seis dias, em

Espanha, depois de ter estado 12dias a estagiar no Algarve, partici-pando na Atlantic Cup.

“Agora fazemos uma preparaçãoextensa para o jogo com o Benfica,o que não deixa de ser uma van-tagem porque não temos outro ad-versário com que nos preocupar”,disse.

André Villas-Boas falou ainda deum eventual interesse dos espa-nhóis Valência nos seus serviços,noticiado pela imprensa espanho-la, para dizer que se sente “lison-jeado”, não sabe se isso vai ser “re-alizável”, mas continua a trabalharpara alcançar os objectivos com oZenit.

“O que posso dizer é que só meposso sentir lisonjeado pelo inte-resse, porque é um clube impor-tante, que está afastado dos títuloshá algum tempo,mas que agora temum forte investimento por trás, nãoque dizer que seja realizável, masnão deixo de me sentir lisonjeado.Agora, não tira minimamente o fo-co do que são os desafios do Zenit,o campeonato e a Liga dos Cam-peões”, frisou.

Belgrado

Espanha afasta Portugaldo Europeu de futsal

A selecção portuguesa foi elimina-da na segunda-feira nos quartos-de-final do Campeonato da Europa defutsal, ao perder com a Espanha por6-2, em jogo disputado na Arena deBelgrado, na Sérvia.

Apesar da saída precoce doCampeonato da Europa, Portugal

poderá ainda levar para casa o tro-féu de melhor jogador da compe-tição: Ricardinho é o candidato. Asjogadas e os dois golos “mágicos”contra a Sérvia e contra a Espanhaforam destaque no site e Twitter daUEFA e têm corrido mundo.

A final vai ter lugar no sábado.

Ricardinho, 30 anos, foi uma das figuras do Europeu Foto: Lusa

Page 20: Contacto 10 de Fevereiro de 2016

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Vencedro da Volta a França em 2010

Andy Schleck abre lojade bicicletas em Itzig

O ex-ciclista luxemburguês AndySchleck vai abrir brevemente umaloja de bicicletas em Itzig.

Na loja “Andy Schleck Cycles”, ovencedor da Volta a França 2010 vaiter como sócio o seu sogro, JeannotDelvaux.

Além de velocípedes e materialpara ciclistas, a loja, que fica situ-ada numa quinta restaurada, incluium museu sobre a carreira de AndySchleck, uma escola para as crian-ças aprenderem a andar de bici-cleta e ainda um café.

Depois de vários títulos nas ca-tegorias jovens do ciclismo luxem-burguês, entre 1997 e 2005, AndySchleck começou a sua carreira in-ternacional na Volta à Catalunha,integrando a equipa dinamarquesaCSC, rebaptizada em 2009 SaxoBank. No seu palmarés, Andy conta

com uma vitória na Volta a Françaem 2010 e foi várias vezes segundoclassificado, no Giro de Itália em2007, e na Volta a França em 2009e 2011. Ganhou ainda provas comoa ’Flèche du Sud’ (Bélgica, 2004) ouo ’Liège-Bastogne-Liège’ (2009). Foicampeão luxemburguês do contra-relógio em 2005 e 2010. Em 2009,foi campeão luxemburguês de es-trada. Foi eleito desportista luxem-burguês do ano em 2009, 2010 e2011.

Depois de um carreira que du-rou quase uma década, Andy Sch-leck retirou-se definitivamente daalta competição em Outubro de2014, após ter sofrido lesões con-secutivas. Hoje, aos 31 anos, per-manece ligado à Trek Voyage e évice-presidente da Volta ao Luxem-burgo em bicicleta.

A loja fica situada numa quinta restaurada em Itzig Foto: Serge Waldbillig

20 publi-reportagens 10 DE FEVEREIRO DE 2016 \\ Contacto

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Page 21: Contacto 10 de Fevereiro de 2016

Contacto \\ 10 DE FEVEREIRO DE 2016 diversos 21

PALAVRAS CRUZADAS

HORIZONTAIS: 1- Vento brando.7- Tubérculo caulinar (subterrâ-neo). 13- Abastecido. 14- Pousar naágua (hidroavião). 15- Apresentar(razões). 16- Pessoa calva. 17- So-berano. 18- Largo, vasto. 20- Sus-pirar. 21- Rádio (s.q.). 23- Brin-quedo de criança. 25- Altar. 26- Fi-lho de burro e égua ou de cavalo eburra. 28- Tântalo (s.q.). 30- Aber-tura na terra. 32- Pessoa que exer-ce uma arte. 35- Vaia (fig.). 39- Pa-rado. 40- Algazarra. 41- Curar. 42-Serão até de madrugada. 43- Ras-teiro. 45- Suspiro. 46- Artigo anti-go. 47- Grande massa de água sal-gada. 50- Rocha em fusão expelidapelos vulcões. 52- Antes de Cristo

(abrev.). 54- Discursar. 56- Batinade eclesiástico. 58- Fileira. 61- Lis-ta de preços. 63- Comparar. 65- Fi-gura. 66- Valor cambial. 67- Cadauma das duas partes iguais em quese divide uma unidade. 68- Meterem mala.

VERTICAIS: 1- Gostar muito de. 2-Descortês (fig.). 3- Consentir. 4-É utilizado para escrever na ardó-sia. 5- Vereador. 6- Residir. 7-Palerma. 8- Mulher que cria umacriança alheia. 9- Invólucro deum produto. 10- Há muita, no are-al. 11- Dar tacada. 12- Ave da fa-mília dos psitacídeos, de pluma-gem rica e cauda longa. 19- Lura

de coelhos e de outros animais.22- Arremessar. 24- Aprecia omerecimento de. 26- Em maiorquantidade. 27- Caixa em que serecolhem os votos nas eleições.29- Sideral. 31- Marasmo. 33- Pos-suir. 34- A ti. 36- Alguma. 37- Épossível. 38- Verbal. 40- Cobalto(s.q.). 42- De pouco tempo. 44-Pode ser de chocolate. 47- Tu-multo popular. 48- Fio metálico.49- Capital de Marrocos. 51- O su-perior de uma abadia. 53- Especi-aria indiana. 55- Molha (popular).57- Semelhante. 59- Plana. 60- La-vrar. 62- Díodo emissor de luz. 64-A primeira mulher, segundo aBíblia. (Autor: Paulo Freixinho)

Palavras Cruzadas

Soluçõesde 3 de Fevereiro

HORIZONTAIS: 1- TEMA. 5- ASA. 8-ARCA. 12- AMAR. 13- VIL. 14- DO-AR. 15- PILOTO. 17- FRALDA. 19-ARAME. 20- CAI. 21- AAR. 22- BAR-REIRA. 25- ABA. 27- MODA. 28- BA-FO. 32- VARRIDO. 34- PARAR. 35- IR.36- ANA. 37- LAT. 38- CL. 39- ACI-MA. 41- MALEITA. 43- ROSA. 44- CA-VE. 45- MOR. 46- LEOPARDO. 49-UMA. 52- IRA. 53- MURRO. 56- PE-NOSO. 58- CAPTAR. 59- AGIR. 60-AIO. 62- LAIA. 63- RALO. 64- RIM.65- ALAR.VERTICAIS: 1- TAPA. 2- EMIR. 3-MALABAR. 4- AROMA. 5- AVO. 6- SI.7- ALFAIA. 8- ADA. 9- ROLA. 10- CA-DA. 11- ARAR. 16- TERMINA. 18- RIR.20- CEDO. 23- RODA. 24- ABATE. 25-AVIAR. 26- BARCO. 29- AR. 30- FAC-TO. 31- ORLAR. 33- RAMAL. 34- PA-LERMA. 37- LAVA. 40- IS. 41- MAPA.42- IMORTAL. 44- COROAR. 47- EIS.48- DUPLA. 49- UPAR. 50- MEGA. 51-ANIL. 54- RAIA. 55- ORAR. 57- ORO.58- COM. 61- II.

Como se joga: Preencha umquadrado de 9x9 (grelha dejogo) com números de 1 a9, sem os repetir em cada li-nha e coluna. Também nãose podem repetir os núme-ros em cada quadrado (ousubgrelha) de 3x3.

Nível fácil (solução na próxima semana)

Solução de 3 de Fevereiro

98 5 64 3 2 6 7

3 9 6 8 4 11 4 7 5

8 75 4 1 2 6

9 36 9 3 5

7 5 3 9 1 2 8 6 41 2 6 7 8 4 5 9 38 4 9 5 6 3 7 2 15 3 2 6 9 7 1 4 84 7 1 2 5 8 9 3 69 6 8 3 4 1 2 7 52 1 7 8 3 6 4 5 93 9 4 1 7 5 6 8 26 8 5 4 2 9 3 1 7

De sábado (às 7h) a segunda (às 7h)de 13 a 15 de Fevereiro: Centro Hospitalar do Luxemburgo

De segunda a terça:* Hospital do KirchbergDe terça a quarta:* Centro Hospitalar do LuxemburgoDe quarta a quinta:* Hospital do KirchbergDe quinta a sexta:* Centro Hospitalar do LuxemburgoDe sexta a sábado:* Centro Hospitalar do Luxemburgo

(*das 7 horas no primeiro dia às 7 horas do dia seguinte)Maisons médicales (Centros de Atendimento Permanente)

Cidade do Luxemburgo: 57-59, rue Michel WelterEsch/Alzette: 70, rue Emile MayrischEttelbruck: 110, av. Salentiny

(Os centros estão abertos diariamente das 20h à meia-noite e durante os dias feriados, a partir das 8hda manhã às 24h. Da meia-noite às 7h da manhã, é necessário ligar primeiro para o tel. 112 que avisará o mé-dico de serviço. Se o paciente não puder, por alguma razão, deslocar-se até ao posto médico da sua re-gião, os médicos dispõem de veículos próprios, com motorista, para efectuarem consultas ao domicílio.)

Centre hosp. du Nord (Ettelbruck) tel: 81 66-1Centre hosp. du Nord (Site Wiltz) tel: 95 95-1Clínica das crianças tel: 44 11-1Hospital de Dudelange tel: 52 152-1Clínica Ste-Marie – Esch/Alz. tel: 57 12 31Hospital de Esch/Alzette tel: 57 11-1Serviço de urgências tel: 112

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110, rue Adolphe FischerEsch/Alzette: Ph. Welschbillig

12, rue de l’AlzetteColmar-Berg: Ph. de Colmar-BergDudelange: Ph. MartensHosingen: Ph. de HosingenLamadeleine: Ph. de LamadeleineLarochette: Ph. de LarochetteMondercange: Ph. de MondercangeMondorf-les-Bains: Ph. des ThermesWalferdange: Ph. de Walferdangen 11 de Fevereiro de 2016Luxemburgo: Ph. Lugen

18, av. de la GareEsch/Alzette: Ph. Fleur de Vie

2, rue Guillaume CapusColmar-Berg: Ph. de Colmar-BergDudelange: Ph. MartensHosingen: Ph. de HosingenLamadeleine: Ph. de LamadeleineLarochette: Ph. de LarochetteMondercange: Ph. de MondercangeMondorf-les-Bains: Ph. des ThermesWalferdange: Ph. de Walferdangen 12 de Fevereiro de 2016Luxemburgo: Ph. de la Liberté

48, av. de la LibertéEsch/Alzette: Ph. du Nord

28, rue Victor HugoBridel: Ph. du BridelDiekirch: Ph. RommesEchternach: Ph. du LionNiederkorn: Ph. de NiederkornRumelange: Ph. de RumelangeSchuttrange: Ph. SyrdallWiltz: Ph. de l’Aiglen 13 de Fevereiro de 2016Luxemburgo: Ph. Gingko

3, Val Ste CroixEsch/Alzette: Ph. Bouchard Guy

15, av. de la Gare

Capellen: Ph. de CapellenDiekirch: Ph. RommesMersch: Ph. du CerfRodange: Ph. NeiensSchifflange: Ph. du SoleilWiltz: Ph. de l’AigleWormeldange: Ph. de Wormeldangen 14 de Fevereiro de 2016Luxemburgo: Ph. du Globe

16, place de la GareEsch/Alzette: Ph. Bouchard Guy

15, av. de la GareCapellen: Ph. de CapellenDiekirch: Ph. RommesMersch: Ph. du CerfRodange: Ph. NeiensSchifflange: Ph. du SoleilWiltz: Ph. de l’AigleWormeldange: Ph. de Wormeldangen 15 de Fevereiro de 2016Luxemburgo: Ph. de la Liberté

48, av. de la LibertéEsch/Alzette: Ph. du Benelux

9, place BeneluxBridel: Ph. du BridelEchternach: Ph. du LionEttelbruck: Ph. PetryNiederkorn: Ph. de NiederkornRumelange: Ph. de RumelangeSchuttrange: Ph. SyrdallTroisvierges: Ph. de Troisviergesn 16 de Fevereiro de 2016Luxemburgo: Ph. de Gasperich

20, rue de GasperichEsch/Alzette: Ph. Welschbillig

12, rue de l’AlzetteBridel: Ph. du BridelEchternach: Ph. du LionEttelbruck: Ph. PetryNiederkorn: Ph. de NiederkornRumelange: Ph. de RumelangeSchuttrange: Ph. SyrdallTroisvierges: Ph. de Troisvierges

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n SERVIÇO DE ENSINO DO PORTUGUÊSTel.: 45 24 03, Fax: 45 34 56Horário de funcionamento: de 2a a 6a feira, 9h-13h / 14h30-17h30

n CONSULADO-GERAL DE PORTUGAL282, route de Longwy, L-1940 Luxembourg-Merl, Tel.: 45 33 47-1, Fax: 45 06 94Horário de funcionamento: de 2a a 6a feira, das 8h-15h sem interrupção

n EMBAIXADA DE CABO VERDE117, Val Ste-Croix, L-1371 Luxembourg – Tel.: 26 48 09 48, Fax.: 26 48 09 49Horário de funcionamento: 2a e 6a feira, 9h-12h / 14h30-17h30; 3a, 4a e 5a feira, 9h-15h

n INSTITUTO CAMÕES – CENTRO CULTURAL8, Bd. Royal, L-2449 Luxembourg – Tel.: 46 33 71-1, Fax: 46 33 71-30Horário de funcionamento: 2a, 3a e 5a feira, 9h-12h30 / 14h-17h; 4a feira, 9h-12h30 /14h-19h, e 6a feira, 9h-14h

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Cremação 6 Anúncios fúnebresAgradecimentos”

Delfina de JesusGonçalves

3. 1. 1932 – 11. 1. 2016

Após 4 anos de grande sofrimento,faleceu na paz do Senhor, dia 11 deJaneiro 2016, no Centre do Rham,Luxemburgo.

Está sepultada no cemitério deFentange, ao lado de seu maridoCarlos Gonçalves e seu filho ManuelCarlos Gonçalves.

Ummês já passou, mas a memória da minha mãe para sempre vaificar, como uma mulher bondosa, boa esposa e muito boa mãe.

Uma missa em sua memória terá lugar, dia 14 de Fevereiro 2016,às 17 horas, na igreja do Sacré-Coeur, na cidade de Luxemburgo.

Que Deus a acolha em paz.

Obrigado a todas e todos pelas mensagens de reconforto esimpatia que nos foram dirigidas.

Seu filho Jaime Gonçalves.

A família enlutada.2045203.1

3 anos,uma saudade impossivel de gerir;

Milhares de lágrimas quetraduzem a dor da tua ausência.

Olindina da Silva Maia* 29. 11. 1942 – † 11.2.2013

Uma missa pelo terceiro aniver-sário será celebrada no domin-go, dia 14 de Fevereiro 2016, às8 horas, na igreja de Fousbann emDifferdange.

Da parte: do marido, filho e nora, filhas e genros, neta e netos.

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Page 23: Contacto 10 de Fevereiro de 2016

Contacto \\ 10 DE FEVEREIRO DE 2016 última página 23

Baviera

Nove mortos e 80 feridos emacidente ferroviário na Alemanha

Pelo menos nove pessoas morrerame cerca de 80 ficaram feridas no cho-que frontal entre dois comboios queocorreu terça-feira de manhã naAlemanha, informou a polícia. Deacordo com as informações avan-çadas pela polícia local, houve 10 fe-ridos graves e 70 ligeiros.

O acidente ocorreu por volta das6h locais (a mesma hora no Lu-xemburgo), na localidade Bad Ai-bling, no estado da Baviera, a cer-ca de 60 quilómetros a sudeste deMunique.

O choque frontal dos dois com-boios fez com que descarrilassem,não sendo ainda conhecidas ascausas do acidente.

O grupo francês Transdev, em-presa mãe da companhia Meridi-an, proprietária dos dois comboiosque estiveram envolvidos no aci-dente, manifestou o seu choquecom o acidente e anunciou o de-sejo de ver explicadas as causas datragédia.

A Comissão Europeia (CE) ma-nifestou a sua tristeza perante

o trágico acidente ferroviário,mostrando-se disponível paraprestar a assistência necessária.

Bruxelas sublinhou estar aacompanhar, juntamente com aAgência Ferroviária Europeia(AFE), o caso da colisão frontal en-tre os dois comboios.

A agência Lusa contactou a as-sessoria da Secretaria de Estado dasComunidades, que disse nãoter conhecimento de quaisquer ci-dadãos portugueses entre as víti-mas.

Líder checheno

Rússia terá enviado espiõespara infiltrar Estado Islâmico

A Rússia terá enviado espiões che-chenos para infiltrar o grupo Esta-do Islâmico (EI) e ajudar a aviaçãorussa a bombardear os jihadistas emapoio ao regime sírio, assegurou olíder checheno Ramzan Kadirov emuma entrevista, que a agência FR-nace Presse cita.

“É hora de falar dos que asse-guram o sucesso da aviação russano terreno colocando em perigo assuas vidas”, declarou Kadirov fa-lando ao canal russo Rossiya 1 nu-ma reportagem que será difundidaesta quarta-feira.

As imagens mostram Kadirovnum campo de treinos das forçasespeciais na Chechénia.

Segundo o canal, o líder che-cheno enviou os seus melhores ho-mens para a Síria para infiltrar asbases do grupo jihadista.

A missão destes espiões é reunirinformações sobre o número e aidentidade dos combatentes do EIe ajudar a identificar os objectivosda aviação russa, que começou umacampanha de bombardeamentosaéreos na Síria em Setembro.

“Infelizmente, sofremos muitas

perdas. Mas os nossos homens sa-biam ao que iam. Foram para quepossamos viver em paz na Repú-blica da Chechênia e na Rússia emgeral”, afirmou Kadirov.

O porta-voz do Kremlin, DmitriPeskov, não quis, no entanto, con-firmar estas afirmações.

Em Dezembro, a organizaçãojihadista publicou um vídeo da exe-cução de um homem apresentadocomo um russo checheno que tra-balhava para os serviços secretos.Kadirov negou, nessa altura, que setratava de um espião.

Realizador Michael Moore sugere

“EUA deviam copiar políticaportuguesa sobre drogas”

O realizador americano MichaelMoore apresenta no seu novo filme“Where to Invade Next” Portugalcomo um exemplo a seguir pelosEUA no que toca à descriminaliza-ção do consumo de drogas.

A ideia do documentário é des-cobrir políticas internacionais quedeveriam ser importadas pelosnorte-americanos e para isso Mo-ore visita vários países onde copiaos ’melhores sistemas’ e as melho-res acções governamentais para le-var para os EUA.

O documentarista chama-lhe in-vasões amigáveis, anexações parasalvar os EUA, e de cada vez que en-contra algo de bom coloca umabandeira dos EUA em solo estran-geiro e pede licença para copiar aideia no seu país.

Michael Moore diz que os ame-ricanos deviam “invadir” a Françae importar o modelo de refeiçõessaudáveis aplicado nas suas canti-nas escolares, deviam ocupar a Fin-lândia e copiar o fim dos trabalhosde casa para os alunos e de Portu-gal deviam levar a política de des-criminalização de drogas aprovadaem 2001. Em Portugal ninguém épreso por consumir drogas ou porter na sua posse uma quantidade

considerada para consumo próprioe esta mudança legislativa não pro-vocou um aumento de consumo desubstâncias.

Vencedor de um Óscar de Me-lhor Documentário, por “Bowlingfor Columbine”, Moore aplaudeainda as várias medidas que foramintroduzidas neste campo em Por-tugal, como a troca de seringas ouos gabinetes de apoio à prevenção.

“Where to Invade Next” estreounos EUA no final de Dezembro.

Archdaily

Três projectos portuguesesentre os vencedores do

Prémio Edifício do Ano 2016Três projectos dos sete portuguesesque se encontravam entre os fina-listas do Prémio Edifício do Ano2016, promovido pela plataformaArchdaily, dedicada à arquitetura,são os vencedores nas categorias dehospitalidade, arquitectura públicae remodelação, foi anunciado naterça-feira no site da organização.

O Cella Bar, nos Açores, do ate-liê FCC Arquitetura e Paulo Lobo,ganhou a categoria de hospitalida-de, a Cozinha Comunitária Terrasda Costa, na Costa de Caparica, daresponsabilidade do ateliermob e docolectivo Warehouse, venceu a ca-tegoria de arquitectura pública, e aCasa de Guimarães, de Elisabete deOliveira Saldanha, saiu vitoriosa nacategoria de remodelação.

Nesta sétima edição do galardãointernacional, atribuído pelo pú-blico especializado da área da ar-

quitectura que visita a plataformanorte-americana, estiveram dispo-níveis para votação cerca de 3 milprojectos de todo o mundo, distri-buídos por 14 categorias, contando-se sete projectos portugueses entreos 70 finalistas.

Fundada em 2008, a Archdaily éuma plataforma online de divulga-ção da arquitectura, com base emNova Iorque, que contabiliza 350mil visitas diárias e atribui anual-mente este prémio a projectos quese destacam pela inovação espaci-al, social, material e técnica. São es-colhidos cinco projectos finalistaspor cada uma das 14 categorias, queabrangem áreas como desporto,cultura, hotelaria, casas, remode-lação, escritórios e espaços comer-ciais. A votação dos vencedores doprémio Edifício do Ano 2016 de-correu até segunda-feira.

O Cella Bar, nos Açores, do atelier FCC Arquitectura + Paulo Lobo foi um dosvencedores do galardão internacional Foto: FCC Arquitectura + Paulo Lobo

Page 24: Contacto 10 de Fevereiro de 2016

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